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Proteja a vida,

trabalhe com
segurança
A P R E S E N TA Ç Ã O

A segurança é um diferencial estratégico no mundo do


trabalho. A filosofia do Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado do Ceará é incentivar o
investimento na educação para o trabalho como
instrumento primordial para identificar os problemas
antes que eles possam se materializar em acidentes
que comprometam a integridade física e a saúde das
pessoas.

Com a elaboração deste Manual de Técnicas de


Trabalho em Alturas - Prevenção de Quedas, o
Sinduscon-CE contribui com o esforço do Governo
para baixar os índices de acidentes de trabalho no
Ceará.

Dirigido aos engenheiros e mestres-de-obras, o


manual tem conteúdo técnico e as mensagens
apresentam situações de risco, defendendo a
importância do uso correto dos equipamentos de
proteção pessoal e a forma correta de realizar
trabalhos em altura. De posse dessas informações,
cabe ao leitor repassá-las à equipe responsável pela
execução da obra.

Carlos Fujita
Presidente do
Sinduscon-CE

03
Educação para o
Acreditando na prevenção pela
conscientização, a DRT-CE saúda
todas as iniciativas voltadas para a
disseminação de conhecimentos na
área da segurança e saúde dos
trabalhadores. Vemos o lançamento
de um manual voltado para
José Nunes Passos
prevenção de quedas como uma
Delegado Regional iniciativa da maior importância para
do Trabalho no Ceará
o controle de uma das principais
causas de mortes e acidentes na
indústria da construção.

O Ministério Público do Trabalho


cearense, como instituição
conhecedora que é do meio
ambiente em que trabalham
cotidianamente milhares de
profissionais, não poderia deixar de
se congratular, neste instante, pela
iniciativa cidadã do Sinduscon em
Hilda Leopoldina veicular o presente manual.
Pinheiro Barreto
Procuradora-Chefe da Temos convicção de que muito
Procuradoria Regional mais ainda precisa ser feito,
do Trabalho (7ª Região-
Ceará) também em outros segmentos,
para oferecer aos trabalhadores
condições dignas para o exercício
de sua atividade, mas
reconhecemos como importante
passo esta demonstração de
cuidado com a saúde e a
segurança de tão valiosos
cidadãos.

04
trabalho seguro
Motivados pela a verificação da
DRT e PGT de que elevados
índices de acidentes por quedas
estavam ocorrendo em obras, de
pronto nos associamos para
combater tais fatos, e, objetivando
reduzir ao máximo estes males,
Eng. Roberto S. Ferreira
resolvemos editar este guia de
Vice-Pres.Sinduscon-CE informações sobre as prevenções
necessárias, que acreditamos ser
de grande utilidade técnica.

Os riscos de queda merecem uma


atenção toda especial no
planejamento e implementação de
um programa de gestão de riscos
na indústria da construção.
O controle adequado desse tipo de
risco envolve intervenção técnica,
disseminação de informações e
Dorelland Ponte Lima supervisão. Tendo em consideração
Auditor Fiscal do Serviço o valor da informação como
de Segurança e Saúde no
Trabalho da DRT - CE ferramenta de prevenção,
acreditamos que o lançamento de
um manual dedicado a prevenção
de quedas representa um
importante passo na promoção de
segurança do trabalho nos diversos
tipos de obras.

05
S U M Á R I O

Introdução
08
Apresentação das Normas
09
Prevenção de Acidentes em Altura
11
Medidas de Proteção em Pisos e Paredes
12
Movimentação e Transporte de Materiais
e Pessoas em Altura
16
Medidas de Segurança em Andaimes
22
Medidas de Segurança em Telhados
30
Deveres do Empregador
32
Treinamento de Trabalhadores
33
Equipamento de Proteção Individual
34
Segurança no Transporte de Materiais
37
Responsabilidade do Empregador
38
ANEXO
Prevenção de Quedas
39
Empresário da
construção civil
mantenha o sinal
verde para Segurança,
Meio Ambiente
e Saúde (SMS)

1.Eduque, capacite e comprometa os trabalhadores


com questões de SMS

2.Envolva fornecedores, órgãos competentes e


entidades dos trabalhadores com SMS

3.Atue na promoção da saúde, na proteção do ser


humano e do meio ambiente

4.Identifique, controle e monitore riscos para adequá-


los às normas de segurança de processos

5.Mantenha-se preparado para emergências


I N T R O D U Ç Ã O

Os riscos de queda existem em vários ramos de


atividades e em diversos tipos de tarefas. Faz-se
necessário, portanto, uma intervenção nestas atuações
de grave e iminente risco, regularizando o processo, de
forma a tornar estes trabalhos seguros. Este manual
apresenta alguns conceitos das Normas
Regulamentadoras para as atividades onde existam
riscos de queda de trabalhadores.

Acidentes fatais por queda de altura ocorrem


principalmente em:
Obras de construção civil e
reformas

Serviços de manutenção e limpeza


de fachadas

Pontes rolantes

Montagens de estruturas diversas

Serviços em ônibus e caminhões

Depósitos de materiais

Serviços em linhas de transmissão


e postes elétricos

Trabalhos de manutenção em
torres e de telecomunicação

Serviços diversos em locais com


aberturas em pisos e paredes sem
proteção

08
APRESENTAÇÃO DAS NORMAS
REGULAMENTADORAS

A legislação brasileira possui hoje 32 Normas


Regulamentadoras (NR) relativas à segurança e
medicina do trabalho. Essas regras são de observância
obrigatória pelas empresas que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho-CLT.
Nacionalmente essas normas são supervisionadas pela
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) e
regionalmente pela Delegacia Regional do Trabalho
(DRT), nos limites de sua jurisdição.

Este manual foi


baseado nas seguintes
Normas Regulamentadoras:
NR 1 Disposições Gerais
Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do
Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigações do
Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no
tocante a este tema específico. A fundamentação legal,
ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, são os artigos 154 a 159 da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

NR 6 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)


Estabelece e define os tipos de EPI's a que as empresas
estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre
que as condições de trabalho o exigirem, a fim de
resguardar a saúde e a integridade física dos
trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à existência
desta NR são os artigos 166 e 167 da CLT.

09
NR 8 Edificações
Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem
ser observados nas edificações para garantir segurança
e conforto aos que nelas trabalham. A fundamentação
legal, ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR são os artigos 170 a 174
da CLT.

NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e


Manuseio de Materiais
Estabelece os requisitos de segurança a serem
observados nos locais de trabalho, no que se refere ao
transporte, à movimentação, à armazenagem e ao
manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto
manual, objetivando a prevenção de infortúnios
laborais. A fundamentação legal, ordinária e específica,
que dá embasamento jurídico à existência desta NR são
os artigos 182 e 183 da CLT.

NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na


Indústria da Construção
Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de
planejamento de organização, que objetivem a
implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na indústria
da construção civil. A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à existência
desta NR é o artigo 200 inciso I da CLT

10
PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM
TRABALHOS REALIZADOS EM ALTURAS

Quem realiza trabalhos em altura deve:


conhecer e respeitar os riscos e normas de
segurança relativas ao seu trabalho
utilizar todas as técnicas corretas na execução
de suas atividades
verificar diariamente a existência e o bom
estado dos EPI´s
fazer, junto com o trabalhador responsável
pela atividade, uma minuciosa análise das
condições dos trabalhos que serão
realizados, tomando as medidas necessárias
para que ocorram com total segurança para
ele e terceiros

Andaime montado
com o encaixe de
peças e elementos
parafusados, com
trabalhador utilizando
cinto de segurança
tipo pára-quedista,
ligado ao trava-
quedas de segurança
e a cabo-guia fixado
em estrutura e EPI.

11
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NAS ABERTURAS
EM PISOS E PAREDES

É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde


houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção
de materiais.

Aberturas em pisos e paredes


Devem ser protegidas de forma que impeçam a queda
de pessoas ou objetos seguindo as seguintes
orientações:
proteções resistentes e, quando feitas em
madeira, esta deve ser de primeira qualidade
quando colocadas tábuas ou outras

madeiras no chão, para tapar buracos ou


aberturas, estas devem ser firmemente
fixadas e visualmente identificadas como
proteção coletiva, para impedir que sejam
inadvertidamente retiradas

Exemplo de
abertura em piso
com proteção
coletiva

12
Vãos de acesso às caixas de elevadores
Os vãos de acesso às caixas de elevadores devem ter
fechamento provisório com as seguintes
características:

ter altura mínima de 1,20m

utilizar material resistente

estar seguramente fixado à estrutura até a


colocação definitiva das portas

ERRADO
Exemplos de vão de
elevador sem proteção
1,20m

CERTO
Exemplos de vão de
elevador com proteção

Periferia da edificação
É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de
proteção contra queda de trabalhadores e projeção de
materiais a partir do início dos serviços necessários à
concretagem da primeira laje.

13
Exemplo de
edifício com
proteção nas
periferias de
lajes

A proteção contra quedas, quando constituída de


anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e
rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:

ser construída com altura de 1,20m para o


travessão superior e 0,70m para o travessão
intermediário

ter rodapé com altura de 0,20m

ter vãos entre travessas preenchidos com tela


ou outro dispositivo que garanta o fechamento
seguro da abertura

Edifício com
proteção contra
quedas constituída
de anteparos rígidos,
em sistema de
guarda-corpo e
rodapé

14
Em todo perímetro da construção de edifícios com mais
de 4 pavimentos ou altura equivalente é obrigatória a
instalação de uma plataforma principal de proteção na
altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-
direito acima do nível do terreno.

45
45

Plataforma principal = 2.50m


Plataforma secundária = 1.40m

Acima, a partir da plataforma principal de proteção,


devem ser instaladas, plataformas secundárias de
proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes
construídas de maneira resistente e mantidas sem
sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua
estrutura.

Exemplo
de instalação
de plataformas
de proteção
Plataforma
de proteção
secundária

Plataforma
de proteção
secundária

Plataforma
de proteção
principal

15
MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE
MATERIAIS E PESSOAS EM ALTURAS

A montagem e desmontagem de torres de elevadores e


equipamentos como gruas etc. são atividades de
grande risco e tem causado grande número de
acidentes.

Assim, todos os equipamentos de movimentação e


transporte de matérias e pessoas só devem ser
operados por trabalhador qualificado, o qual terá sua
função anotada em Carteira de Trabalho.

É proibido o transporte de pessoas por equipamento de


guindar.

No transporte vertical e horizontal de concreto,


argamassas ou outros materiais, são proibidos a
circulação ou permanência de pessoas sob a área de
movimentação da carga, sendo a mesma isolada e
sinalizada.

Área isolada
sob cargas
suspensas

ea as
Árarg
C
de

16
Torres de elevadores
As torres devem ser montadas e desmontadas por
trabalhadores qualificados.

Em todos os acessos de entrada à torre do elevador


deve ser instalada uma barreira que tenha, no mínimo
1,80m de altura, impedindo que pessoas exponham
alguma parte de seu corpo no interior da mesma.

As torres do elevador de material e do elevador de


passageiros devem ser equipadas com dispositivo de
segurança que impeça a abertura da barreira (cancela),
quando o elevador não estiver no nível do pavimento.

Cancela
na entrada
da torre

17
As rampas de acesso à torre de elevador
devem:

ser providas de sistema de guarda-corpo e


rodapé com altura de 1,20m para o travessão
superior e 0,70m para o travessão
intermediário; com rodapé de 0,20m de altura
e vãos entre travessas preenchidos com tela
ou outro dispositivo que garanta o fechamento
seguro da abertura

ter pisos de material resistente, sem


apresentar aberturas

ser fixadas à estrutura do prédio e da torre

não ter inclinação descendente no sentido da


torre

Elevadores de transporte de materiais


É proibido o transporte de pessoas nos elevadores de
materiais.

Deve ser fixada uma placa no interior do elevador de


material, contendo a indicação de carga máxima e a
proibição de transporte de pessoas.

O posto de trabalho do guincheiro deve:

ser isolado

dispor de proteção segura contra queda de


materiais

assentos atendendo ao disposto na NR 17 -


Ergonomia

18
Os elevadores de materiais devem dispor de:
sistema de frenagem automática

sistema de segurança eletromecânica no


limite superior, instalado a 2m abaixo da viga
superior da torre

sistema de trava de segurança para mantê-lo


parado em altura, além do freio do motor

interruptor de corrente para que só se


movimente com portas ou painéis fechados

O elevador deve ainda:


contar com dispositivo na subida e descida, de
modo a impedir a descida da cabina em queda
livre (banguela)

ser dotados de botão em cada pavimento,


para acionar lâmpada ou campainha junto ao
guincheiro, a fim de garantir comunicação
única

ser providos de painéis fixos de contenção


com altura em torno de 1m e, nas demais
faces, de portas ou painéis removíveis

Elevadores de transporte de passageiros


O elevador do passageiro deve dispor de:

limitador de curso superior

freio automático

limitador de fim de curso inferior

freio eletromagnético

limite de curdo da porta

19
freio manual

botoeira

chave de abertura de circuito

dispositivo eletromecânico (chave de


distribuição)

freio centrífugo

Limitador de
curso superior

Limite de curso
da porta

Freio automático Freio manual

Botoeira

Limitador de
fim de curso Chave de
inferior abertura
de circuito

Dispositivo eletromecânico
( Chave de Distribuição )
Freio Freio centrífugo
eletromagnético

20
Gruas

A porta da lança de aço de sustentação deve ficar no


mínimo a 3m de qualquer obstáculo e ter afastamento
da rede elétrica que atenda orientação da
concessionária local.

É proibido qualquer trabalho sob intempéries ou outras


condições desfavoráveis que exponham a risco os
trabalhadores da área.

As áreas da carga/descarga devem ser delimitadas,


permitindo o acesso às mesmas somente ao pessoal
envolvido na operação.

A grua deve possuir alarme sonoro que será acionado


pelo operador sempre que houver movimentação da
carga.

21
MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA
TRABALHO EM ANDAIMES
Além dos riscos durante a utilização dos andaimes a sua
montagem e desmontagem também apresentam
grandes riscos.

É proibida, sobre o piso de trabalho de andaimes, a


utilização de escadas e outros meios para se atingirem
lugares mais altos.

A utilização do cinto de segurança é obrigatória.

O piso de trabalho dos andaimes deve:


ter forração completa
ser anti-derrapante
ser nivelado e fixado de modo seguro

Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e


rodapé, inclusive nas cabeceiras, em todo o perímetro,
com altura de 1,20m para o travessão superior e 0,70m
para o travessão intermediário; com rodapé de 0,20m
de altura e vãos entre travessas preenchidos com tela
ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro
da abertura com excesso do lado da face de trabalho.

Andaimes Simplesmente Apoiados


É proibido trabalho em andaimes apoiados sobre
cavaletes que possuam altura superior a 2m e largura
inferior a 0,90m.

É proibido o trabalho em andaimes na periferia da


edificação sem que aja proteção adequada fixada à
estrutura da mesma.

É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes


com trabalhadores sobre os mesmos.

Os andaimes cujos pisos de trabalho estejam situados a


mais de 1,50m de altura devem ser providos de escadas
ou rampas.

22
Andaimes Fachadeiros
Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser
feitos em escada incorporada à sua própria estrutura ou
por meio de torre de acesso.

Os andaimes fachadeiros devem dispor de proteção


com tela de arame galvanizado ou material de
resistência e durabilidade equivalentes, desde a
primeira plataforma de trabalho até pelo menos 2 m
acima da última plataforma de traballho

Exemplo de andaime fachadeiro

Andaime fachadeiro com


piso de trabalho com
forração completa e
escada incorporada à sua
própria estrutura

Andaimes móveis
Rodízios de andaimes devem ser providos de travas,
para evitar deslocamentos acidentais.

Os andaimes móveis somente poderão ser utilizados


em superfícies planas.

23
03

09

04

02

08

01
05 07

01 - Rodapé de madeira = 20 cm
(sarrafo de Pinho 1 Industrial 1” x 9” )

02 - Cabos de Aço (3/8”)

03 - Longarina Perfil “I” 6”

04 - Braçadeira em forma de anel com parafusos (Gancho)

05 - Assoalho de Madeira Largura de 1,50m


(Tábua de Pinho 1 Industrial 1” x 12”)

06 - Arame Galvanizado n. 14 com malha de 0,03cm.

08 - Altura de 1,20m

09 - Guarda Corpo h = 1,20m (pontalete 1 Interior 3”x3”)

10 - Vão entre as catracas de 2m

Obs. É obrigatório o uso de catracas duplas

24
Andaimes suspensos

Os sistemas de fixação e sustentação e as estruturas de


apoio dos andaimes suspensos, deverão ser
precedidos de projeto elaborado e acompanhado por
profissional legalmente habilitado. Este profissional é o
engenheiro civil ou tecnólogo em edificações.

Os andaimes suspensos deverão ser dotados de placa


de identificação, colocada em local visível, onde conste
a carga máxima de trabalho permitida.

É proibido o uso de cabos de fibras naturais ou artificiais


para sustentação dos andaimes suspensos. A
sustentação de andaimes suspensos só pode ser feita
por cabos de aço.

Sobre os andaimes suspensos somente é permitido


depositar material para uso imediato.

Os estrados dos andaimes suspensos mecânicos


podem ter comprimento máximo de 8m.

O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára-


quedista, ligado ao trava-quedas de segurança este,
ligado a cabo-guia fixado em estrutura independente da
estrutura de fixação e sustentação do andaime
suspenso.

A sustentação dos andaimes suspensos deve ser feita


por meio de vigas afastadas ou outras estruturas
metálicas de resistência equivalente a, no mínimo, três
vezes o maior esforço solicitante.

A sustentação dos andaimes suspensos somente


poderá ser apoiada ou fixada em elemento estrutural.

Em caso de sustentação de andaimes suspensos em


platibanda ou beiral da edificação, essa deverá ser
precedida de estudos de verificação estrutural sob
responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

25
A verificação estrutural e as especificações técnicas
para a sustentação de andaimes suspensos em
platibanda ou beiral de edificação deverão permanecer
no local de realização dos serviços.

A extremidade do dispositivo de sustentação, voltada


para o interior da construção, deve ser adequadamente
fixada, constando essa especificação do projeto
emitido.

É proibida a fixação de sistemas de sustentação dos


andaimes por meio de sacos com areia, pedras ou
qualquer outro meio similar.

Quando de utilização do sistema contrapeso, como


forma de fixação de estrutura de sustentação dos
andaimes suspensos, este deverá atender às seguintes
especificações:

ser invariável (forma e peso especificados no


projeto)

ser fixado à estrutura de sustentação dos


andaimes

ser de concreto, aço ou outro sólido não


granulado, com seu peso conhecido e
marcado de forma indelével em cada peça

ter contra-ventamentos que impeçam seu


deslocamento horizontal

26
Os dispositivos de suspensão devem ser diariamente
verificados pelos usuários e pelo responsável pela obra,
antes de iniciados os trabalhos. Os usuários e o
responsável pela verificação deverão receber
treinamento e manual de procedimentos para a rotina
de verificação diária.

Os andaimes suspensos devem ser convenientemente


fixados à edificação na posição de trabalho.

É preciso acrescentar trechos em balanço ao estrado de


andaimes suspensos.

Quando utilizado apenas um guincho de sustentação


por armação é obrigatório o uso de um cabo de
segurança adicional de aço, ligado a dispositivo de
bloqueio mecânico automático, observando-se a
sobrecarga indicada pelo fabricante de equipamento.

A plataforma de trabalho deve resistir em qualquer


ponto, a uma carga pontual de 200kgf (duzentos
quilograma força).

Os andaimes devem ser convenientemente fixados à


edificação na posição de trabalho. Estas ancoragens
foram engastadas durante a concretagem da laje.

Não se deve permitir o uso de ponto de ancoragem com


baixa resistência mecânica. Durante a construção dos
edifícios não é costume deixar pontos de ancoragem
definitivos para futura ligação dos cabos de aço de
andaimes, cadeiras e trava-quedas. Alguns anos após a
construção é inevitável a necessidade de limpar, pintar
ou restaurar as fachadas e a não existência destes
pontos de ancoragem, induzem a ancorar os cabos em
pontos improvisados, com grande risco de acidentes,
motivados pela baixa resistência mecânica.

27
Cadeiras suspensas

Em quaisquer atividades em que não seja possível a


instalação de andaimes, é permitida a utilização de
cadeira suspensa ( balancim individual)

A sustentação da cadeira deve ser feita por meio de


cabo de aço ou cabo de fita sintética.

A cadeira suspensa deve se dispor de:


sistema dotado com dispositivo de subida e
descida com dupla trava de segurança
quando sustentada por cabo de aço

sistema dotado com dispositivo de descida


com dupla trava de segurança, quando
sustentada por cabo de fibra sintética

sistema de fixação do trabalhador por meio de


cinto

O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo


pára-quedista, ligado ao trava-quedas em cabo-guia
independente.

28
Cabos de aço e de fibra sintética devem ser substituídos
quando apresentarem condições que comprometam
sua integridade.

Os cabos de fibra sintética utilizados para sustentação


de cadeira suspensa ou como cabo guia para fixação de
trava-quedas deverão ser dotados de alerta visual
amarelo. O cabo terá traçado externo em multifilamento
de poliamida e o traçado intermediário e o alerta visual
(amarelo) de polipropileno ou poliamida.

Estes cabos deverão ainda contar com o seguinte aviso:

Cuidado. Cabo para uso específico em cadeiras


suspensas e cabo-guia de segurança para
fixação de trava-quedas.

O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser


independente do cabo-guia do trava-quedas.

A cadeira suspensa deve apresentar na sua estrutura,


em caracteres indeléveis e bem visíveis, a razão social
do fabricante e o número de registro respectivo no
Cadastro Geral de Contribuintes CGC.

É proibida a improvisação de cadeira suspensa.

PROIBIDO

“Cadeirinhas” improvisadas. Só permitem a movimentação no sentido


de descida. A maioria das “cadeirinhas” utilizadas em serviços de
fachada é de fabricação artesanal. São consideradas, pelos
trabalhadores, mais fáceis de utilizar, pois são mais leves e muito mais
baratas, porém são perigosas e proibidas.

29
MEDIDAS DE SEGURANÇA
PARA SERVIÇOS EM TELHADOS

Para trabalhos em telhados, devem ser usados


dispositivos que permitam à movimentação segura dos
trabalhadores, sendo obrigatória à instalação de cabo-
guia, para fixação do cinto de segurança tipo pára-
quedista.

Todo o serviço realizado sobre o telhado exige um


planejamento prévio, devendo necessariamente ser
verificado:

tipo de telha, seu estado e resistência

materiais e equipamentos necessários à


realização dos trabalhos

definição de trajeto sobre o telhado visando


deslocamento racional

sinalização e isolamento da área prevista para


içamento e movimentação de telhas ou outros
materiais

definição dos locais para instalação de cabo-


guia de aço para possibilitar uso do cinto de
segurança

controle médico

qualificação técnica dos trabalhadores para


serviços

30
Cabo-guia de aço

Cabo guia de
aço fixador do
cinto de
segurança tipo
pára-quedista.
O sistema
permite a livre
movimentação
sobre o
telhado.
Cinto de segurança
pára-quedista

Em virtude do
tipo de
telhado e da
sua
resistência,
pode ser
necessário
utilizar uma
prancha
apoiada sobre
as telhas

É proibido o trabalho em telhado com chuva ou vento,


bem como concertar cargas num mesmo ponto.

Trabalhadores devem ser orientados que é proibido


qualquer tipo de carga concêntrica sobre as telhas, visto
que é o motivo principal de graves acidentes.

31
DEVERES DO EMPREGADOR*

Elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina


do trabalho, dando ciência aos empregados, com os
seguintes objetivos:

prevenir atos inseguros no desempenho do


trabalho
divulgar as obrigações e proibições que os
empregados devam conhecer e cumprir
dar conhecimento aos empregados de que
serão passíveis de punição pelo
descumprimento das ordens de serviço
expedidas
determinar os procedimentos que deverão
ser adotados em caso de acidente do
trabalho e doenças profissionais ou do
trabalho
adotar medidas determinadas pelo Ministério
do Trabalho e Emprego
adotar medidas para eliminar ou neutralizar a
insalubridade e as condições inseguras de
trabalho

Informar aos trabalhadores:


os riscos profissionais que possam originar-se
nos locais de trabalho
os meios para prevenir e limitar tais riscos e as
medidas adotadas pela empresa
os resultados dos exames médicos e de
exames complementares de diagnóstico aos
quais os próprios trabalhadores forem
submetidos

* Baseado na NR 1 Disposições Gerais que trata do campo de


aplicação de todas as Normas Regulamentadoras de Segurança e
Medicina do Trabalho, bem como os direitos e obrigações do
Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante ao
tema.

32
TREINAMENTO DE TRABALHADORES*

Todos os empregados devem receber treinamento


admissional e periódico, visando a garantir a
execução de suas atividades com segurança.

O treinamento admissional deve ter carga horária


mínima de 6 horas, ser ministrado dentro do
horário de trabalho, antes de o trabalhador iniciar
suas atividades, constando de:

informações sobre as condições e meio


ambiente de trabalho

riscos inerentes a sua função

uso adequado dos EPI´s

informações sobre os Equipamentos de


Proteção Coletiva (EPC), existentes no
canteiro de obra

O treinamento periódico deve ser ministrado:


sempre que se tornar necessário

ao início de cada fase da obra

Nos treinamentos, os trabalhadores devem


receber cópias dos procedimentos e operações a
serem realizadas com segurança.

*Baseado na NR 18 Condições e Meio Ambiente de


Trabalho na Indústria da Construção Civil

33
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL (EPI)*

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,


gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:

sempre que as medidas de ordem geral não


ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças
profissionais e do trabalho
enquanto as medidas de proteção coletiva
estiverem sendo implantadas
para atender a situações de emergência

Cabe ao empregador:
adquirir EPI adequado ao risco de cada
atividade
exigir seu uso
fornecer ao trabalhador somente o aprovado
pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho
orientar e treinar o trabalhador sobre o uso
adequado, guarda e conservação
substituir imediatamente, quando danificado
ou extraviado
responsabilizar-se pela higienização e
manutenção periódica
comunicar ao MTE qualquer irregularidade
observada

*Baseado na NR 6 Equipamento de Proteção Individual (EPI) e


na NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção Civil

34
EPI para proteção contra quedas com
diferença de nível
O cinto de segurança tipo abdominal somente deve ser
utilizado em serviços de eletricidade e em situações em
que funcione como limitador de movimentação.

O cinto de segurança tipo pára-quedistas deve ser


utilizado em atividades a mais de 2m de altura do piso,
nas quais haja risco de queda do trabalhador.

O cinto de segurança deve ser dotado de dispositivo


trava-quedas** e estar ligado a cabo de segurança
independente da estrutura de queda do andaime.

Trava-queda Cinturão

**Trava-queda - dispositivo de segurança para proteção do


usuário contra quedas em operações com movimentação vertical
ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para
proteção contra quedas.

Os cintos de segurança tipo abdominal e pára-quedistas


devem possuir:
argolas e mosquetões de aço forjado

ilhoses de material não-ferroso

fivela de aço forjado ou material de resistência


e durabilidade equivalentes

35
O trabalho em cadeirinha é o momento de maior
risco. Deve ser obrigatoriamente realizado com
acompanhamento de outra pessoa e o primeiro
passo é colocar o cinto de segurança tipo pára-
quedista e fixá-lo ao cabo com o trava-quedas.

Seqüência da fixação do trava-quedas ao cabo guia

36
SEGURANÇA NO TRANSPORTE,
MOVIMENTAÇÃO E MANUSEIO DE
MATERIAIS*

Poços de elevadores e monta-cargas deverão ser


cercados, solidamente, em toda sua altura, exceto as
portas ou cancelas necessárias nos pavimentos.

Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas,


correntes, roldanas e ganchos que deverão ser
inspecionados, permanentemente, substituindo-se as
suas partes defeituosas.

Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível,


a carga máxima da trabalho permitida.

CARGA MÁXIMA

1.500 Kg
Trabalho de carregamento em caminhões,
principalmente, durante a operação de cobrir a carga
com lona, sem a devida proteção contra quedas, é o
principal responsável por graves acidentes nesta área.

Proteção contra queda de pedestres em obras em vias públicas.

* Baseado na NR 11 Transporte, Movimentação e Manuseio de


Materiais

37
RESPONSABILIDADES DOS EMPREGADORES

Responsabilidade Civil - É a obrigação de reparar


dano causado a outro. Apresenta-se como relação
obrigacional cujo objetivo é a prestação de
ressarcimento. Decorre de fato ilícito praticado pelo
agente responsável, ou por pessoa por quem ele
responde ou de simples imposição legal.

Dano Material/Ressarcimento - Código Civil Art. 159


“Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligencia ou imprudência, violar direito ou causar
prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.”

Responsabilidade Criminal - Consiste na existência


de pressupostos psíquicos pelos quais alguém é
chamado a responder penalmente pelo crime que
praticou. É a obrigação que alguém tem de arcar com as
conseqüências jurídicas do crime.

Dano Físico/Obrigação Penal - Código Penal Art. 132


“Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e
iminente”. Pena: detenção, de três meses a um ano, se
o fato não constitui crime mais grave.

Responsabilidade Solidária - Consiste na delegação


de serviços e ou tarefas sem que isso implique a
desobrigação de atender as conseqüências das ações
praticadas pelo subcontratado.

Responsabilidade dentro da NR 1 - Item 1.6 “ Sempre


que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma
delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob
direção, controle ou administração de outra,
constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer
outra atividade econômica, serão, para efeito de
aplicação das Normas Regulamentadoras (NR),
solidariamente responsáveis a empresa principal e
cada uma das subordinadas.”

38
ANEXO - PREVENÇÃO DE QUEDAS

A prevenção de quedas, assim como a gestão de


qualquer risco, envolve alguns princípios gerais
aplicáveis a todas as situações.

1.Antecipação dos riscos que podem surgir em


decorrência de uma determinada atividade laboral.

2.Designação de um supervisor da equipe envolvida em


atividade de risco.

3.Designação de trabalhadores em condições físicas,


mentais e profissionais, adequadas às suas tarefas.

4.Treinamento do supervisor e dos trabalhadores


designados para atividade de risco, abrangendo a
execução correta do trabalho e as práticas de
segurança correspondentes.

5.Adoção de procedimentos de segurança por escrito.

6.Emprego de sinalização de segurança.

7.Emprego de tecnologias capazes de viabilizar as


tarefas com o máximo de segurança e mínimo de
desgaste para os trabalhadores.

8.Proibição de quaisquer improvisações.

Antecipação de riscos
A antecipação de riscos deve levar em conta os
seguintes princípios:

1.Reuniões preparatórias com os eventuais envolvidos.

2.Dar voz a todos os participantes.

3.Conhecimento das dificuldades a enfrentar.

39
4.Fornecimento de autorizações pAra execução de
tarefas e procedimentos de segurança por escrito.

5.Indicação das movimentações vertical e horizontal.

6.Número de trabalhadores envolvidos.

7.Freqüência de realização das atividades.

8.Tempo despendido em cada tarefa.

9.Descrição geral do ambiente de trabalho, destacando


possíveis obstáculos às trajetórias de quedas.

10.Simulações e análises que apontem possibilidades


de auto-recuperação e necessidades de resgate.

11.Identificação de condições ambientais


desfavoráveis

Exemplos de situações de risco de queda em


obras
Circulação nas proximidades das bordas de
escavações

Montagem e desmontagem de formas

Poços de ventilação , de elevadores e de passagem


de instalações, sem proteção provisória

Construção de caixas d'águas

Circulação na periferia do prédio e nas escadas sem


guarda-corpo provisório ou definitivo

Montagem de torres de elevadores

Aplicação de revestimento externo

40
O supervisor
O supervisor deve ter preencher os seguintes
requisitos:
1.Possuir treinamento específico para a supervisão de
uma determinada atividade.

2.Ser investido de autoridade para interromper de forma


imediata atividades que ponham em risco a segurança
de sua equipe e/ou terceiros.

3.Gozar do respeito de seus pares.

4.Ser avaliado regularmente por seus subordinados e


superiores.

A equipe de trabalho
1. A equipe de trabalho deve preencher os seguintes
requisitos:

2.Possuir treinamento específico para a execução


competente e segura das atividades de risco.

3.Ter liberdade para apresentar reivindicações de


segurança ao supervisor e/ou superiores deste.

4.5.Ser avaliada regularmente pelo supervisor e pelos


próprios pares.

6.Passar por avaliação médica especifica para as


situações de risco a serem enfrentadas.

Seleção de pessoal
Atingir ou trabalhar em lugares altos não é uma situação
de trabalho normal ou tarefa rotineira. A seleção de
pessoal para esse tipo de atividade deve levar em conta
o seguinte:

41
1.Restrição de pessoas com histórico de problemas
médicos internos ou lombares.

2.Restrição de pessoas sob medicação de uso


continuado.

3.Verificação do histórico pessoal de trabalho em


alturas.

4.Disposição para se envolver no planejamento da


utilização de EPI durante o trabalho e para dar aos
seus companheiros um exemplo de segurança.

O treinamento
O treinamento deve ser uma forma de compartilhar e
expandir o bom senso. Nem sempre é possível
apresentar um vídeo periodicamente e esperar que os
trabalhadores aprendam e sigam as práticas sugeridas.
Sem comunicação em duas mãos, o treinamento está
comprometido. Programas interativos são um passo na
direção certa, mas o compromisso tem de ser ensinado
através do exemplo pessoal e da repetição controlada
de princípios. A eficácia do programa de treinamento
deve considerar os seguintes pontos:

1.Apesar de ser assunto extremamente sério, o


treinamento deve ser divertido.

2.Aos participantes deve ser garantida liberdade de


manifestação durante as atividades de aprendizado.

3.A competência da equipe de treinamento deve ser


pesquisada junto a outros clientes.

4.Treinamento é do interesse da empresa, portanto,


deve ter um compromisso de qualidade afirmado pela
alta administração.

42
5.O treinamento deve ser contextualizado, levando em
conta as características do público-alvo e as
particularidades de cada tarefa.

6.Treinamento fora do expediente normal é


contraproducente e enseja o pagamento de hora-
extra.

Procedimentos escritos
Seguindo o ensinamento latino de que as palavras
voam, mas o escrito permanece, é fundamental para a
implantação de um programa de segurança a
manutenção de registros e informações prontamente
recuperáveis por trabalhadores, supervisores e
auditorias.

Devem ser evitadas as comunicações orais em favor


mensagens por escrito, claras e objetivas.

Todos os trabalhadores devem receber materiais


escritos recordando suas principais obrigações, rotinas
de segurança, regras de convivência no local de
trabalho, mecanismos e canais para a resolução de
problemas.

Sinalização de segurança
A promoção da conscientização sobre os riscos exige
esforços contínuos e iniciativas criativas. O local de
trabalho deve contar com avisos , cartazes, barreiras e
outros recursos visuais.

43
Sugestões de mensagens

A SEGURANÇA CONTRA QUEDAS É PARA TODOS

A PERDA DE UM ENTE QUERIDO É MUITO PARA


LAMENTAR. POR FAVOR, FAÇA SUA PARTE EM
FAVOR DA SEGURANÇA DO TRABALHO

COM SEGURANÇA, O TRABALHO EM EQUIPE SE


DESTACA (FIGURA DE UMA ESQUADRILHA DA
FUMAÇA)

TRABALHO EM EQUIPE E SEGURANÇA CAMINHAM


JUNTOS

VOCÊ NÃO TEM SETE VIDAS

COM ELETRICIDADE NÃO SE BRINCA

ALGUMAS VEZES, UM POUCO DE PLANEJAMENO


PODE TER UM ENORME IMPACTO NA SUA VIDA
FAZER UMA ENORME DIFERENÇA

A CONSCIENTIZAÇÃO TEM IMPACTO SOBRE AS


VIDAS

CONSCIENTIZAÇÃO É ANALISAR A SITUAÇÃO


A N T E S D E E N F R E N TA R A S P O S S Í V E I S
CONSEQÜÊNCIAS DELA

SE DEPENDER DE VOCÊ, FAÇA CERTO LOGO NA


PRIMEIRA VEZ

O ESTRESSE LEVA A ACIDENTES

QUANDO VOCÊ NÃO OLHA ONDE PISA, O RISCO


NÃO AVISA

44
Recursos tecnológicos
É essencial coibir todo tipo de improvisação na
execução de trabalhos com riscos de quedas. A
proteção individual deve ser associada à proteção
coletiva e práticas gerenciais especializadas. Como
exemplos de práticas a serem implementadas citamos:

1.Substituição dos tradicionais andaimes tipo torre.

2.Substituição dos andaimes suspensos mecânicos em


favor dos modelos motorizados.

3.Utilização de rede de proteção tipo “trapezista”.

4.Utilização de guarda-corpos removíveis.

5.Utilização de “linhas de vida” .

6.Manutenção de um cadastro de locadores e


fornecedores de equipamentos adequados.

Improvisações
Improvisações representam formas de reduzir custos
capazes de gerar imensos prejuízos na forma de
acidentes e atrasos na execução dos serviços
contratados.

O planejamento adequado das atividades e a devida


qualificação do pessoal e dos equipamentos a utilizar
contribuirão para reduzir a possibilidade de
improvisações.

A constatação de improvisações deve produzir a devida


investigação e relatório escrito. Mais importante do que
encontrar culpados, é analisar a cadeia de
circunstâncias que levaram a uma determinada
improvisação.

Improvisações podem ser causadas por: deficiências


no treinamento, falta de supervisão, comunicação
inadequada, pressão por metas
Colaboração: Dorelland Ponte Lima

45
A segurança
contra quedas
é para todos
Créditos
MANUAL DE TÉCNICAS DE TRABALHO EM ALTURAS -
Prevenção de Quedas

Elaboração
Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do
Ceará - SINDUSCON-CE

Consultoria Técnica
Engenheiro Dorelland Ponte Lima

Coordenação
Fernando Pinto
Paula Frota

Projeto Gráfico
Roberto Barros

Criação
VSM Comunicação
Rua João Brígido, 1381 - Aldeota
(85) 3246.37111
Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado do Ceará

Fórum Estadual de Proteção


ao Meio Ambiente do Trabalho

Ministério do
Trabalho e Emprego
DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO NO CEARÁ
Setor de Segurança e Saúde do Trabalhador

Procuradoria Regional do Trabalho

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