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Coleção Manuais
Indústria do Vestuário
2003
SESI-SP
©SESI – Departamento Regional de São Paulo
Ficha Catalográfica
Presidente
Horacio Lafer Piva
Titulares
Luis Eulálio de Bueno Vidigal Filho
Luis Alberto Soares Souza
Paulo Tamm Figueiredo
Suplentes
Artur Rodrigues Quaresma Filho
Dante Ludovico Mariutti
Nelson Abbud João
Diretor Regional
Claudio Vaz
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Lista de Siglas e Abreviaturas
AACD Associação de Assistência à IPT Instituto de Pesquisas
Criança Deficiente Tecnológicas
ACGIH American Conference of LESF Lar Escola São Francisco
Governamental of Industrial LO Laboratório de Ótica
Hygienists MTbE Ministério do Trabalho e Emprego
APAE Associação de Pais e Amigos dos NHO Norma de Higiene Ocupacional
Excepcionais NIOSH National Institute for Occupational
APM Associação Paulista de Medicina Safety and Health
ASO Atestado de Saúde Ocupacional NBR Norma Brasileira Registrada
AVAP Associação para Valorização e NR Norma Regulamentadora
Promoção de Excepcionais OIT Organização Internacional do
CAI Certificado de Aprovação de Trabalho
Instalações PADEF Programa de Apoio à Pessoa
CAT Comunicação de Acidente de Portadora de Deficiência no
Trabalho Mercado de Trabalho da
CF Constituição Federal Secretaria do Emprego e
CIPA Comissão Interna de Prevenção Relações do Trabalho
de Acidentes PAIR Perda Auditiva Induzida por Ruído
CLT Consolidação das Leis do Trabalho PCA Programa de Conservação
CNAE Classificação Nacional de Auditiva
Atividades Econômicas PCMAT Programa de Condições e Meio
CP Código Penal Ambiente de Trabalho
CPMAT Conclusão de Perícia Médica de PCMSO Programa de Controle Médico de
Acidente de Trabalho Saúde Ocupacional
CREM Comunicação de Resultado de PPD Pessoas Portadoras de
Exame Médico Deficiência
DME Divisão de Mecânica e PPRA Programa de Prevenção de Riscos
Eletricidade Ambientais
DMR Divisão de Medicina e SESMT Serviço Especializado em
Reabilitação da Faculdade de Engenharia de Segurança e
Medicina da Universidade de São Medicina do Trabalho
Paulo - FMUSP SIPAT Semana Interna de Prevenção de
DRT Delegacia Regional do Trabalho Acidentes
EPC Equipamento de Proteção SPC Sistemas de Proteção Coletiva
Coletiva TST Tribunal Superior do Trabalho
EPI Equipamento de Proteção UFIR Unidade Fiscal de Referência
Individual dB(A) Decibel (unidade de medida da
FISPQ Ficha de Informação de intensidade das ondas sonoras)
Segurança de Produtos Químicos avaliado na escala A do medidor
GLP Gás Liquefeito de Petróleo de nível de pressão sonora
HAS Hipertensão Arterial Sistêmica Hz Hertz (unidade de medida da
IBUTG Índice de Bulbo Úmido freqüência das ondas sonoras)
Termômetro de Globo Lux Unidade de medida de
IMC Índice de Massa Corpórea iluminância
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia tbn Termômetro de bulbo úmido
INSS Instituto Nacional de Seguridade natural
Social tg Termômetro de globo
Gráfico 3 Distribuição percentual dos níveis de pressão sonora dos pontos avaliados 135
Gráfico 4 Distribuição percentual dos índices de iluminância dos pontos avaliados 136
Gráfico 6 Fatores de riscos ergonômicos encontrados para o setor de enfesto e corte 138
Gráfico 12 Distribuição percentual de outras queixas apresentadas pela população avaliada 142
PARTE I 5
■ 1. Introdução 7
■ 2. Objetivo Geral 9
■ 3. Tipificação 11
■ 5. Tipos de Trabalhadores 15
5.1 Trabalho Infantil 10
5.2 Trabalho Domiciliar 11
5.3 Trabalho da Mulher 12
5.4 Trabalho do Deficiente 13
5.5 Trabalho do Idoso 15
PARTE II 40
■ 9. Mapa de Risco 59
9.1 Introdução 59
9.2 Conceito 59
9.3 Objetivo 59
9.4 Estrutura 59
9.5 Modelos de documentos 65
9.5.1 Mapa de risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz 66
9.5.2 Setor de risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz 67
PARTE IV
Atenção
Além dos fatores de risco citados neste manual, outros podem existir em função
do arranjo físico, das condições ambientais da indústria e das formas de
organização do trabalho.
■ Trabalho infantil
■ Trabalho domiciliar
■ Trabalho da mulher
■ Trabalho do deficiente
■ Trabalho do idoso
■ Deficiência física
■ Deficiência auditiva
■ Deficiência visual
■ Deficiência mental
■ Deficiência múltipla
A legislação obriga as empresas que possuem cem ou mais funcionários a contratar be-
neficiários da Previdência Social reabilitados ou portadores de deficiência habilitados, pre-
enchendo de 2 a 5% do total de seus cargos, conforme o quadro a seguir:
Risco é uma condição que apresenta potencial para causar danos. Esses danos podem ser
entendidos como lesões a pessoas, quebras de equipamentos ou estruturas, perda de material
em processo ou redução da capacidade de desempenho de uma função predeterminada.
Os fatores de risco existentes nos locais de trabalho podem comprometer a segurança
das pessoas, e a produtividade da empresa.
No ambiente de trabalho, estes fatores, podem variar em função de sua natureza,
concentração, intensidade e tempo de exposição aos agentes nocivos, tais como:
■ 6.1.1. Ruído
Ruído é um som indesejável e desagradável. No ser humano ele pode ocasionar altera-
ções em todo o organismo, principalmente no aparelho auditivo.
O trabalhador pode muitas vezes estar exposto no ambiente de trabalho a ruídos de dife-
rentes intensidades e durações, devendo-se considerar o efeito combinado dessas variações.
De acordo com a freqüência, a intensidade e a duração, podemos ter diferentes tipos de
alterações auditivas descritas a seguir:
Medidas de controle
A prevenção das alterações auditivas ocupacionais começa no ambiente de trabalho
com o objetivo de estacionar as perdas auditivas já existentes e impedir o aparecimento de
novos casos. Para isso também é necessário implantar um Programa de Conservação Audi-
tiva (PCA) em conjunto do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (NR-7) e do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (NR-9).
■ Conceito
O Programa de Conservação Auditiva (PCA) consta de uma série de medidas orga-
nizadas e coordenadas, tendo em conta os níveis de pressão sonora elevados confor-
me levantamento realizado no PPRA de cada empresa.
■ Objetivo
O PCA tem como objetivo preservar a audição dos trabalhadores expostos a níveis
de pressão sonora iguais ou superiores a 80 dB(A) pela atuação de uma equipe mul-
tidisciplinar (engenheiro de segurança, técnico de segurança, médico do trabalho, fo-
noaudiólogo, recursos humanos, trabalhador da produção, diretoria da empresa).
■ Atividades do PCA
■ Avaliação da exposição...........................................................
✗ Reconhecer o ambiente de trabalho e as atividades desenvolvidas pelos
trabalhadores;
✗ Avaliar a presença de ruído e outros agentes ototóxicos e otoagressivos
no ambiente e a exposição individual a este(s);
✗ Avaliar a interferência do ruído na comunicação oral dos trabalhadores,
e na atenção para os sinais de alerta;
✗ Identificar os setores de risco e o tempo de exposição, entrevistando o
trabalhador no local;
✗ Identificar e avaliar as fontes emissoras de ruído para possibilitar seus
controles;
✗ Estabelecer prioridades para o controle;
Medidas de controle
Para minimizar o calor no ambiente laboral, algumas medidas podem ser adotadas, co-
mo: revezamento de função quando possível, isolamento das partes emissoras de calor, pla-
nejamento de instalação e uso adequado de máquinas e equipamentos geradores de calor,
instalação e utilização de ventilação natural e artificial.
1. Identificação da substância/preparação e
da empresa;
4. Primeiros socorros;
7. Manuseamento e armazenagem;
9. Propriedades físico-químicas;
Medidas de controle
Em atividades que o trabalhador esteja exposto a risco biológico, esta exposição deve
ser atenuada por medidas preventivas como o uso de equipamentos de proteção individual
- EPI (luvas de látex, botas, máscaras); higiene adequada no ambiente de trabalho e pesso-
al (hábito de lavar as mãos, não comer, beber e fumar no local de trabalho) e vacinação
(principalmente anti-tetânica, contra influenza e hepatite B entre outras, conforme quadro
19 da p.131).
■ Força e manuseio de carga: a força interna gerada pelo organismo e a força ex-
terna realizada para a execução de manuseio de cargas, são aspectos importantes a
observar, já que ambas podem gerar sobrecarga à estruturas corporais, diminuindo a
circulação sangüínea do local e podendo ocasionar fadiga muscular.
85° 0°
desempenho biomecânico em algu-
a
recomendada
se
re
as
mas faixas de amplitudes de movi-
vi
er
ta
25°
da
ev
ita
a se
ev
45°
as
itad
15° 20°
15°
0°
Figura 12 – Faixa de amplitude de movimento para articulações dos
membros superiores
Medidas de controle
As medidas de controle para os aspectos da organização do trabalho dependem da es-
trutura da empresa, no qual os processos de trabalho podem ser flexíveis para a adequação
do conforto físico e psíquico de cada trabalhador. Esses aspectos, entre outros, podem pro-
porcionar uma melhora na qualidade de vida e saúde mental dos trabalhadores, garantindo
uma melhor produtividade.
■ Condições ambientais: as condições ambientais adequadas, influenciam de forma po-
sitiva o ambiente de trabalho, propiciando um local agradável sem riscos de acidentes,
aumentando a produtividade sem que haja fadiga excessiva por parte dos funcionários.
■ Posicionamento de mobiliários: as condições de trabalho podem variar com a in-
trodução de novos produtos, materiais, ferramentas, máquinas ou métodos de traba-
lho. Estas mudanças indicam que os padrões utilizados no passado devem ser revis-
tos e atualizados, de acordo com a necessidade de cada empresa.
As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos devem ser
dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores possam mo-
vimentar-se com segurança.
■ Posturas e transportes
manuais
No setor de almoxarifado e em-
balagem encontramos riscos de pos-
turas inadequadas, levantamento e
transporte manual de peso.
Medidas de controle
■ Acidente nas mãos e dedos
■ Quebra de agulhas: recomenda-se adquirir agulhas de durabilidade elevada e ade-
quada para o tipo de tecido e/ou material em uso. Observar as recomendações do fa-
bricante quanto ao tempo de uso e realizar sua troca de acordo com estas caracterís-
ticas. Estudar a possibilidade de adaptar nas máquinas que necessitam de agulhas
(costura, pregar botões, entre outras) proteção para a região de movimento da agulha.
A Indústria do Vestuário Roupa Feliz é uma empresa fictícia, composta por 95 fun-
cionários e foi estruturada com base em dados reais. Apresenta modelos da CIPA (Capítulo
8), Mapa de Risco (Capítulo 9), Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (Ca-
pítulo 10), Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (Capítulo 11).
Conforme disposto na NR-28, é de responsabilidade do empregador a implantação destes
programas em sua empresa, estando ciente que podem ocorrer variações dos modelos
apresentados em decorrência de diferenças no processo produtivo, nas instalações, no nú-
mero de funcionários, entre outras.
8.1. Introdução
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), visa a segurança e saúde do tra-
balhador no seu ambiente laboral. A CIPA surgiu por recomendação da OIT no ano de 1921
e tornou-se uma determinação legal no Brasil adequando-se a Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT instituída em 1943 no artigo 63. A CIPA é descrita pela NR-05 através da Por-
taria 3214 de 08 de junho de 1978, atualmente revisada pela Portaria 08 de 23 de feverei-
ro de 1999, retificada em 12 de julho de 1999.
8.2. Conceito
A CIPA pode ser conceituada através de sua própria sigla, descrita a seguir:
■ Comissão – é um grupo de pessoas encarregado de tratar de determinados assuntos.
■ Interna – limite da atuação da comissão, restrita a própria empresa.
■ Prevenção – é um conjunto de medidas antecipadas que visa evitar danos materiais
ou imateriais.
■ Acidentes – é um acontecimento casual, fortuito e imprevisto.
8.3. Objetivo
A CIPA tem como objetivo principal prevenir os acidentes e doenças decorrentes do tra-
balho, preservando a vida e a promoção da saúde do trabalhador.
8.4. Estrutura
Para a composição da CIPA, a empresa deve consultar os quadros I, II e III da NR-5, le-
vando-se em consideração o número de funcionários e o grau de risco de suas atividades.
A seguir, observamos estes quadros resumidos e direcionados para indústria do vestuário.
O dimensionamento da CIPA para a Indústria do Vestuário Roupa Feliz deve ter uma co-
missão com um membro efetivo e outro suplente, de acordo com o seu número de funcio-
nários (95).
20 a 29 – –
30 a 50 1 1
51 a 80 1 1
81 a 100 1 1
101 a 120 1 1
121 a 140 1 1
C4 141 a 300 2 2
301 a 500 2 2
501 a 1.000 2 2
1.001 a 2.500 3 3
2.501 a 5.000 5 4
5.001 a 10.000 6 4
Acima de 10.000
para cada grupo de 2.500 1 1
acrescente
* Conforme NR-05 no quadro de dimensionamento da CIPA, os grupos representados de C-1 à C-35 são as atividades econômicas dos grupos que estão
especificados pelo CNAE.
Com as informações obtidas nos quadros I, II e III da NR-5, deve ser iniciado o processo
da eleição da CIPA, conforme o cronograma a seguir:
Código da Horas de
Item Conteúdo
Infração Treinamento
* Horas de treinamento sugeridas, de acordo com as necessidades da empresa. O tempo de cada item pode ser modificado.
Cidade, / /
dia mês ano
O
Coordenadoria das Relações do Trabalho
EL EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Feliz situada à Rua da Confecção, no 02 Bairro da Moda nesta cidade, para a eleição
D
dos membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA para gestão
componentes Sra. Calça de Moleton e a Sra. Camisa com bolso. O período para
M
Vestuário Vestido
Nota: Este edital deve ser enviado ao sindicato de classe da região em que a empresa se encontra. Exemplos:
Sindicato da Indústria do Vestuário (SINDIVEST/SINDIROUPAS/SINDICAMISAS) - São Paulo;
Sindicato dos Confeccionistas da Baixada Santista – Santos;
Sindicato da Indústria do Vestuário (SINDIVEST) – São José do Rio Preto.
CIPA GESTÃO /
ano ano
NO PERÍODO DE dia
A dia
/ mês
/ ano
O
ESTARÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA
Vestuário Vestido
O
dia mês ano
1ª via funcionário
2ª via funcionário
Número da
Nome Apelido Setor
inscrição
O
004 Saia de Brim Plissada Passadoria
Nota: Esta ficha deve ser afixada nos locais de maior circulação de pessoas (refeitório, portaria de entrada, cartão de ponto).
Data:
Horário: das 8:00 as 14:00 h
Local: refeitório
Apuração: será realizada após a votação no refeitório
O
Nome Apelido Setor
Pé no altar
Costura
Costura
Passadoria
Sobretudo e Lã Almoxarifado
O
Bermuda Rasgada Ajudante geral
Blazer Xadrez Costureiro
Blusa de Brim Ajudante
Blusa de Frio Lã Acrílico Estampador
Blusa de Moletom Costureiro
EL
Bolso Furado Operador de Máquina Especial
Calça de Algodão Costureiro
Calça de Moletom Costureiro
Calça jeans Enfestador
Calça Justa Office-boy
Calça Molhada Costureiro
Calça Triste Operador de Máquina Especial
D
O
Paletó Microfibra Costureiro
Pano de Chão Costureiro
Pano de Copa Costureiro
Pano Legal Revisor
EL
Pijama Listrado de Algodão
Roupa Alegre
Roupa Amarrotada
Roupa de Trabalho
Roupa Faturada
Roupa Lavada
Passador
Pregador de Botão
Passador
Encarregado de Departamento Pessoal
Faturista
Auxiliar de Lavanderia
Roupa Malhada Auxiliar de Departamento Pessoal
Roupa Suja Operador de Máquina Especial
D
Roupão de Flanela Embalador
Saco de Pano Alvejado Passador
Saia de Brim Plissada Passador
Saia Justa Secretária
Shorts Curto Costureiro
O
O
Após a apuração chegou-se ao seguinte resultado:
TITULAR
Nome: Terno Pronto de Cambraia N.º de votos: 29
EL
SUPLENTE
Nome: Pijama Listrado de Algodão N.º de votos:19
Sobre Tudo de Lã 1
Avental de Brim 0
Roupão de Flanela 0
Calça Jeans 0
Nulos e brancos 2
E para constar, o coordenador da mesa lavrou a presente Ata, assinada por ele, e pelos
demais componentes da comissão eleitoral.
Titulares
Colocação Nome Setor no de votos
1º Terno Pronto de Cambraia Costura 29
Suplentes
O
Colocação Nome Setor no de votos
2º Pijama Listrado de Algodão Passadoria 19
ELColocação
3º
4º
Nome
Veste Tudo de Linho
Vestida de Noiva de Renda
Demais Votados
Setor
Adm. Geral
Costura
no de votos
14
10
5º Saia de Brim Plissada Passadoria 9
D
6º Camisa de Sarja Expedição 4
7º Blusa de Frio Lã Acrílico Silk-screen 4
8º Fraque de Tergal Lavanderia 1
O
Votos válidos : 93
Votos brancos: 01
Votos nulos: 01
Total de votos: 95
Gestão ano
/ ano
O
Data: / /
dia mês ano
EL
Conteúdo Programático:
Instrutor:
Horário do treinamento: Início: _______ Término: ______
D
ORDEM NOME ASSINATURA
01 Terno Pronto de Cambraia
02 Pijama Listrado de Algodão
O
03 Camisa de Algodão
04 Camisa de Manga Curta
M
Aos ..... dias do mês de .......... do ano de ...... nas dependências da Indústria do
Vestuário Roupa Feliz situada à Rua da Confecção, 02 Bairro da Moda nesta cidade
com C.N.P.J. n.º 99.999.999 / 9999 – 99, reuniram-se o(s) Senhor(es) Diretor(es) da
empresa, bem como os demais presentes, para instalação e posse dos
componentes da CIPA. Foi declarado aberto os trabalhos lembrando a todos o
objetivo da reunião, quais sejam: instalação e posse dos componentes da CIPA
gestão / . Continuando, declarou instalada a Comissão e empossados
ano ano
O
os representantes do empregador:
Titular: Suplente:
Camisa de Algodão Camisa de Manga Curta
EL
Da mesma forma declarou empossados os representantes eleitos pelos
empregados:
Titular: Suplente:
D
Terno Pronto de Cambraia Pijama Listrado de Algodão
Nada mais havendo para tratar, o Sr. Presidente da Sessão deu por encerrada a
reunião, lembrando a todos que o período de gestão da CIPA instalada será de um
ano a contar da presente data. Para constar, lavrou-se a presente Ata, que lida e
aprovada, passa a ser assinada por mim secretário, pelo Presidente da CIPA e por
todos os representantes eleitos e designados inclusive os suplentes.
O
3ª / / 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
dia mês ano
O
dia mês ano dia mês ano
exigido na NR 5, através da Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978.
EL
São Paulo, ........... de .......................... de ..............
9.1. Introdução
O Mapa de Risco consiste num instrumento de responsabilidade da CIPA envolvendo os
trabalhadores e os empresários na solução dos possíveis riscos de acidentes do trabalho
que acarretam perdas humanas e econômicas.
9.2. Conceito
O mapa de risco é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos
locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.
9.3. Objetivo
O mapa de risco tem como objetivo reunir as informações necessárias para estabelecer
o diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalho na empresa, possibilitando a
troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, além de estimular sua participa-
ção nas atividades de prevenção de segurança e saúde.
9.4. Estrutura
Na confecção do mapa de risco, é necessário conhecer inicialmente as instalações da
indústria para elaboração do arranjo físico. Deve ser consultado e os locais de trabalho ava-
liados. Para tanto, sugere-se dividir a fábrica em áreas de acordo com as diferentes etapas
do processo de produção.
Substância,
Ferramenta
Radiação composto ou Imposição de
Fungos inadequada ou
ionizante produto químico ritmo excessivo
defeituosa
em geral
Inseto vetor de
Jornada de
doença
Frio — trabalho Queimadura
infecciosa
prolongada
(mosquito)
Roedor(rato): Probabilidade
Monotonia e
Calor — vetor de doença de incêndio
repetitividade
infecciosa ou explosão
Outras situações
causadoras de Armazenamento
Umidade — —
“stress” físico inadequado
e/ou psíquico
Outras situações
de risco que
poderão
— — — —
contribuir para a
ocorrência de
acidentes
Nota: Modificado de acordo com os possíveis riscos encontrados na empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz.
Etiquetagem
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
(código barras)
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Embalagem Risco de acidente – queda de caixas
Cada círculo deve ser desenhado ou colocado no desenho do arranjo físico no local cor-
respondente onde existe o risco, anotando-se no seu interior o número de pessoas expos-
tas à ele. É importante que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos de ris-
cos. Caso ocorra diversos riscos de um só grupo no mesmo ponto de uma seção (como por
exemplo, risco ergonômico: postura inadequada e repetitividade), não é necessário colocar
um círculo para cada um desses riscos, colocando-se apenas um círculo, desde que os ris-
cos tenham o mesmo grau de nocividade (pequeno, médio, grande).
Setor Etiquetagem
Repetitividade
1
Postura Inadequada
Nota: O mapa de riscos deve ficar em local visível e de forma legível para alertar os tra-
balhadores ou visitantes para que conheçam quais os riscos a que estão expostos.
Criação
Acabamento
Costura Iluminação 1
Rua da Confecção, 99
Postura
Área para n-hexano e Inadequada Inadequada
Manutenção Tolueno
Perfuração
nos dedos Perfuração nos
20 Postura Inadequada Modelagem
e mãos. dedos,mãos e olhos e Repetitividade
Iluminação Iluminação Inadequada
Saída de Emergência Inadequada Perfuração e/ou cortes
nos dedos e mãos.
2 Postura
Inadequada
Iluminação Inadequada
Vibração
21 Postura
Inadequada e
Repetitividade Gerência
Vestiário
Masculino Etiquetagem
Fungos e
Embalagem Iluminação 1 Postura
Inadequada Inadequada
Bactérias
1 Araras
4 Metálicas
Quedas e Queda de Postura Postura
Escorregão caixas Inadequada e Inadequada e
Repetitividade Repetitividade
Lavanderia
Recebimento matéria-prima W.C. 1 Portaria
Quedas e Postura
Postura Entorses 1 Postura Inadequada e
Levantamento Inadequada
Ruído Inadequada
2 Manual de Peso
Iluminação
Inadequada
Estamparia
Postura
n-hexano e Inadequada e
Tolueno Repetitividade
3
Iluminação
Inadequada
10.1. Introdução
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) consiste em avaliar os possíveis
riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho, bem como, estabelecer um plano e
cronograma de ações para melhoria das situações encontradas, além de servir de subsídio
para o PCMSO.
10.2. Conceito
É um programa de higiene, segurança e saúde ocupacional que apresenta um plano de
implantação e manutenção para gestão dos riscos ambientais nos locais de trabalho.
10.3. Objetivo
O programa tem como objetivo primordial a preservação da saúde e qualidade de vida
de seus funcionários através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente
controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,
considerando também a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
10.4. Estrutura
O PPRA é um planejamento de ações integradas com os setores responsáveis pelo de-
senvolvimento do programa, principalmente, com o PCMSO.
Podemos considerar como riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
(NR-9.1.5) encontrados nos locais de trabalho, que de acordo com sua natureza, concentra-
ção ou intensidade e tempo de exposição, podem ocasionar danos à saúde do trabalhador.
Observação: Para um estudo mais detalhado, estamos considerando os riscos de aci-
dentes e ergonômicos a título de complementação deste trabalho, obedecendo a determi-
nação desta Norma Regulamentadora com relação ao mapa de risco como complemento.
■ Risco Físico – o mais comum encontrado no ambiente de trabalho foi o ruído.
■ Risco Químico – pode-se encontrar de diversas formas no ambiente de trabalho,
tais como: substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo.
■ Risco Biológico – os mais presentes nos locais de trabalho são: vírus, fungos
e bactérias.
Este Programa ficará disponível na empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz para
ser consultado e acompanhado pelo responsável da mesma (Sr. Diretor Vestuário Vesti-
do), dos membros da CIPA, médico do trabalho, equipe de segurança e saúde no trabalho
e aos trabalhadores.
Cidade, / / .
dia mês ano
O
Riscos Ambientais – PPRA, para sua análise e providências no que tange
ao cumprimento das ações propostas, conforme consta no cronograma
EL
aprovado por V. Sª, em reunião datada em
dia
se fizerem necessários.
Atenciosamente,
M
Colete de Lã
Engenheiro de Segurança
Cidade, / / .
dia mês ano
O
Riscos Ambientais – PPRA, para sua análise e providências no que tange
ao cumprimento das ações propostas, conforme consta no cronograma
EL
aprovado por V. Sª, em reunião datada em / / .
dia mês ano
se fizerem necessários.
Atenciosamente,
M
Colete de Lã
Engenheiro de Segurança
PPRA
PROGRAMA DE PREVENÇÃO
DE RISCOS AMBIENTAIS
O
EL
INDÚSTRIA DO
VESTUÁRIO
D
ROUPA FELIZ
O
M
/
MÊS ANO
A
/
MÊS ANO
■ 10.5.4. Apresentação
O desenvolvimento do PPRA esta sob a responsabilidade do Engenheiro de Segurança
do Trabalho, Sr. Colete de Lã. Este programa foi acompanhado pelo gerente de produção Sr.
Camisa de Algodão.
Posse:
dia mês ano
administração
compras
criação e
modelagem
almoxarifado
enfesto
corte
costura
acabamento
passadoria
conferência e
etiquetagem
embalagem
expedição
Diretoria 94 90
Refeitório 89 91 92
95 96 Compras
Depto. Portaria
W.C. Pessoal
Ambulatório
Saída de Emergência
Acabamento Criação
Costura
Rua da Confecção, 99
Área para 55 56 57 58 59 60 86
Manutenção 42 43
54 53 52 51 50
61 Modelagem
45 46 47 48 49
39 40 41 88
Saída de Emergência 62
44 63
36 37 38 87
33 34 35 Gerência
Etiquetagem
32 31 30 Embalagem
Vestiário 77 93
Masculino 75
27 28 29 74 Araras
Metálicas
76
Vestiário 64 65 66 Expedição
15
Feminino 69 68 67 79 12 13 16
70 71 72 14
73 78 11
20 25 24 10 6 5 Produtos
23 acabados
17 Almoxarifado Almoxarifado 2
22 de aviamentos de tecidos 80 81
19 26 21 3
Bordado 9 82
18 Estamparia 8 7 4
caldeira
Extintor
Hidrante
■ Setor Criação
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (estilista).
Funções Atividades Riscos
Ergonômico – postura
Desenha os modelos das roupas de
inadequada
Estilista acordo com a tendência e aceitação
Acidente – iluminação
do mercado.
inadequada
■ Setor Modelagem
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (modelista), 01 (moldador/riscador).
Funções Atividades Riscos
Ergonômico – postura
inadequada
Cria as peças piloto para futuro
Modelista corte em série.
Acidente – perfuração e/ou corte
nas mãos e dedos, e iluminação
inadequada
■ Setor Bordado
Máquinas e Equipamentos: Máquina de bordar
No de Funcionários: 03 (bordadores)
Ergonômico – postura
Auxilia nas funções de costura e inadequada
Ajudante revisão. Acidente – iluminação
inadequada
■ Setor Lavanderia
Máquinas e Equipamentos: Centrifuga e máquina de lavar, caldeira.
No de Funcionários: 02 (Auxiliares de lavanderia).
Funções Atividades Riscos
Físico – ruído
Auxiliar Ergonômico – postura
Executa a lavagem, pesagem e
inadequada
de lavanderia desengomamento das peças.
Acidente – iluminação
inadequada
Ergonômico – postura
inadequada e repetitividade
Reforça a costura nas peças
Costureiro revisadas.
Acidente – perfuração nas mãos,
dedos e olhos, e iluminação
inadequada
Ergonômico – postura
Operador de Efetua caseamento e travete das inadequada e repetitividade
máquina peças, prega botões e reforça Acidente – perfuração nas mãos,
costura. dedos e olhos, e iluminação
especial inadequada
Ergonômico – postura
Pregador de inadequada e repetitividade
Prega botões. Acidente – perfuração nas mãos,
botão dedos e olhos, e iluminação
inadequada
■ Setor Embalagem
Máquinas e Equipamentos: Máquina grampeadeira, Máquina empacotadeira.
No de Funcionários: 02 (embaladores ), 02 (ajudantes)
Funções Atividades Riscos
Ergonômico – postura
Embala manualmente as peças de
Embalador roupas.
inadequada e repetitividade
Acidente – queda de caixas
■ Setor Compras
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (comprador).
Funções Atividades Riscos
Ergonômico – postura
Efetua a compra dos materiais e inadequada
Comprador equipamentos solicitados. Acidente – iluminação
inadequada
■ Setor Gerência
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (gerente de produção).
Funções Atividades Riscos
Gerencia as operações referentes à Ergonômico – postura
Gerente de produção da empresa, planejando, inadequada
produção organizando e controlando as Acidente – iluminação
atividades. inadequada
■ Setor Secretaria
Máquinas e Equipamentos: Computador.
No de Funcionários: 01 (secretária).
Funções Atividades Riscos
Executa tarefas relativas à Ergonômico – postura
anotação, redação, digitação e inadequada, monotonia e
Secretária organização de documentos entre repetitividade
outros serviços pertinentes à Acidente – iluminação
função. inadequada
Auxiliar
Auxilia o encarregado do Ergonômico – postura
departamento departamento pessoal. inadequada
pessoal
Executa trabalhos internos e
externos, de coleta e entrega de Ergonômico – postura
Office-boy correspondência, documentos e inadequada
outros.
■ Setor Manutenção
O serviço de manutenção é realizado por profissional terceirizado de acordo com a ne-
cessidade, portanto os risco identificados são variáveis.
■ Risco Físico
■ Níveis de pressão sonora (ruído)
Os níveis de pressão sonora dos postos de trabalho foram quantificados através do apa-
relho medidor de nível de pressão sonora (decibelímetro), calibrado conforme normas CEI
60651 e CEI 804 produzidas pela Commission Electrotechnical Internationale.
As leituras foram efetuadas no circuito de compensação “A” e circuito de resposta len-
ta (slow) para ruído contínuo, na altura da zona auditiva dos trabalhadores de acordo com
as instruções da (NR-15, Anexo no 1).
Observação: Este anexo (NR-15) estabelece o Limite de tolerância (L.T.) de 85dB (A)
para uma jornada de 08:00h diárias de trabalho.
■ Dosimetria de Ruído
A dosimetria de ruído foi realizada com o aparelho denominado de dosímetro, para me-
dir a quantidade de nível de pressão sonora em dB(A) a que o trabalhador está exposto em
uma jornada de trabalho de 08:00h, calibrado conforme normas CEI 60651 e CEI 804 produ-
zidas pela Commission Electrotechnical Internationale.
As medições foram feitas na altura da zona auditiva dos trabalhadores, num período re-
presentativo da exposição ocupacional ao ruído em conformidade com os procedimentos
técnicos da Norma de Higiene Ocupacional – NHO 01 da Fundacentro, que por sua vez aten-
de o disposto da NR-15.
A nomenclatura utilizada para a interpretação dos dados de dosimetria encontra-se des-
crita no quadro 10.
■ Risco Químico
A avaliação química qualitativa do ambiente de trabalho foi realizada por inspeção das
instalações e dos processos produtivos, através da observação dos produtos químicos utili-
zados e armazenados e da existência de fibras coletadas para a determinação de suas di-
mensões. Foi realizado o monitoramento ambiental para a determinação quantitativa das
concentrações de solventes orgânicos através de análises de amostras de ar, coletadas de
forma passiva com amostradores afixados nos trabalhadores e de forma ativa no ambien-
te, ambos colocados à altura da zona respiratória dos funcionários.
■ Risco de Acidente
■ Níveis de Iluminância (Lux)
Os níveis de iluminância dos postos de trabalho foram medidos no campo de trabalho
onde o trabalhador executa sua atividade utilizando-se o aparelho luxímetro calibrado
anualmente conforme o método de comparação de acordo com o procedimento DME-LO-PC-
006, 2a edição, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
10.5.10.2. Resultados
■ A. Risco Físico
■ Ruído
O Nível de Pressão Sonora é uma medida instantânea para avaliar o ruído contínuo ou
intermitente. Apresentam-se a seguir as medições realizadas.
■ Enfesto / Corte
11 Mesa de anotações 70
12 Bancada enfesto / corte 70/87
13* Bancada enfesto / corte 70/87
14* Máquina entretela 70
15 Máquina entretela 70
16 Bancada separação / etiquetagem 70
■ Bordado
17 Mesa de anotações 78
18 Computador 78
19 Bancada revisão 78
20* Máquina de bordar automática 70/87
■ Estamparia (silk-screen)
21 Mesa de anotações 56
22 Bancada de silk-screen 60/64
23 Bancada de silk-screen 60/64
24 Estufa de secagem (entrada) 68
25 Estufa de secagem (saída) 67
26 Bancada de revisão 63
* ponto de dosimetria
** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)
■ Costura
27 Máquina de costura reta 70
28 Máquina de costura reta 70
29* Máquina de costura reta 70/78
30 Máquina de costura reta 70/77
31 Máquina de costura reta 70/77
32 Máquina de costura reta 70/77
33 Máquina de costura reta 70/77
34 Máquina de costura reta 70/77
35 Máquina de costura galoneira 70/78
36 Máquina de costura galoneira 70/78
37 Máquina de costura galoneira 70/78
38 Máquina de costura galoneira 70/78
39 Máquina de costura overloque 70/77
40 Máquina de costura overloque 70/77
41 Máquina de costura overloque 70/78
42 Mesa de anotações / controle 70/75
43 Bancada de separação / revisão 70/75
■ Acabamento
44 Bancada de separação 70/75
45 Máquina de costura reta 70/77
46 Máquina de costura reta 70/77
47 Máquina de costura reta 70/77
48 Máquina de costura overloque 70/78
49 Máquina de costura overloque 70/78
50* Máquina de costura caseadeira 70/83
51* Máquina de pregar ilhoses 70/80
* ponto de dosimetria
** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)
■ Acabamento (continuação)
52 Máquina de pregar botões 70/78
53 Máquina de pregar botões 70/78
54 Máquina de costura traveti 70/78
55 Máquina de costura traveti 70/78
56 Máquina de costura reta 70/78
57 Máquina de costura reta 70/78
58 Máquina de costura reta 70/78
59 Máquina de costura galoneira 70/78
60 Máquina de costura galoneira 70/82
61 Mesa de anotações / controle 74
62 Mesa do computador 72
63 Bancada de revisão 72
■ Passadoria
64 Mesa de passar 70
65 Mesa de passar 70
66 Mesa de passar 70
67 Mesa de passar 70
68 Mesa de passar 70
69 Mesa de passar 70
70 Mesa de passar 70
71 Mesa de passar 70
72 Mesa de passar 70
73 Bancada de apoio 60
■ Embalagem
75 Bancada de embalagem 70
76* Máquina de lacrar caixa 72/84
77 Área 70
■ Expedição
78 Mesa de anotações / computador 70
79 Área 70
■ Produtos acabados
80 Mesa de anotações / computador 60
81 Corredor 65
82 Corredor 65
■ Lavanderia
83 Centrífuga 80
84 Máquina de lavar 76/85
85 Máquina de lavar 76/85
■ Criação e modelagem
86 Mesa estilista 58
87 Mesa modelista 60
88 Mesa moldador 57
■ Administração
89 Mesa da secretária 60
90 Mesa recepcionista 63
91 Mesa do encarregado de D.P. 60
* ponto de dosimetria
** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)
■ Administração (continuação)
92 Mesa do auxiliar do D.P. 62
93 Mesa do gerente de produção 63
94 Mesa do comprador 62
95 Mesa do diretor 60
96 Mesa do diretor 60
** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)
A análise dos resultados obtidos nas avaliações de ruído e iluminância mostraram alte-
rações nos setores de enfesto/corte e bordado para a medida do nível de pressão sonora,
conforme NR-15 – Atividades e operações insalubres, anexo no 1.
Ponto no 13
Cumulativo
Função: Cortador Distribuição
dB(A) %
Distribuição
Setor: Corte %
Data: __ / __ / ____ 60 3,1 100,0
Início: 13:00h 65 9,1 96,9
Fim: 15:18h 70 7,9 87,8
Tempo medição: 02:18h
75 41,6 79,9
Pausa: -
80 35,8 38,3
Dose %: 14
85 2,2 2,5
Dose % - 8 h: 42
Lav dB (A): 78,7
90 0,1 0,3
Max L dB (A): 102,1 95 0,0 0,2
Max P dB (A): 132,6 >95 0,2 0,2
* resultados ampliados
Cumulativo
Ponto no 20 Distribuição
dB(A) %
Distribuição
Função: Operador de máquina %
de bordar 50 0,0 100,0
Setor: Bordado 55 5,5 100,0
Data: __ / __ / ____ 60 15,0 94,5
Início: 08:09h
65 17,6 79,5
Fim: 10:25h
70 15,0 61,9
Tempo medição: 02:16h
75 10,1 46,9
Pausa: -
Dose %: 13 80 11,7 36,8
Dose % - 8 h: 47 85 23,7 25,1
Lav dB (A): 79,6 90 1,1 1,4
Max L dB (A): 105,4 95 0,1 0,3
Max P dB (A): 138,8 100 0,0 0,2
>105* 0,2 0,2
* resultados ampliados
Cumulativo
Distribuição
Ponto n 50o dB(A) %
Distribuição
%
Setor: Acabamento
Data: __ / __ / ____
55 0,9 100,0
Início: 08:07h 60 3,6 99,1
Fim: 11:07h 65 1,7 95,5
Tempo medição: 02:24h 70 29,2 93,8
Pausa: 00:36h 75 38,9 64,6
Dose %: 12 80 16,6 25,7
Dose % - 8 h: 39 85 7,9 9,1
Lav dB (A): 78,2
90 1,1 1,2
Max L dB (A): 95,0
95 0,0 0,1
Max P dB (A): 139,9
>95* 0,1 0,1
* resultados ampliados
Cumulativo
Distribuição
Ponto n 76
o
dB(A) %
Distribuição
%
Setor: Embalagem
Data: __ / __ / ____
55 0,3 100,0
Início: 12:57h 60 3,0 99,7
Fim: 1:21h 65 11,2 96,7
Tempo medição: 02:16h 70 20,8 85,5
Pausa: 00:08h 75 20,5 64,7
Dose %: 24 80 19,5 44,2
Dose % - 8 h: 59 85 17,7 24,7
Lav dB (A): 81,2
90 5,5 7,0
Max L dB (A): 112,3
95 1,2 1,5
Max P dB (A): 141,7
100 0,1 0,3
>105* 0,2 0,2
* resultados ampliados
Adoção de medidas
50 a 80 82 a 84 Acima do nível de ação
preventivas
Adoção de medidas
preventivas e corretivas
80 a 100 84 a 85 Região de incerteza
visando a redução da dose
diária
■ Vibração
A vibração observada foi de modo qualitativo.
■ Temperatura
A temperatura foi avaliada através do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo
(IBUTG), conforme definido pela NR-15, anexo no 3. Foram avaliados os ambientes internos
baseada na equação IBUTG= 0,7 tbn + 0,3 tg, onde tbn é Termômetro de bulbo úmido natu-
ral e tg é Termômetro de globo.
Almoxarifado de
14:43 04 Moderado Intermitente 26.4 24.0 32.0
tecidos
45 minutos trabalho
26,8 a 28,0
15 minutos descanso
30 minutos trabalho
28,1 a 29,4
30 minutos descanso
15 minutos trabalho
29,5 a 31,1
45 minutos descanso
Não é permitido o trabalho
sem a adoção de medidas Acima de 31,1
adequadas de controle
Concentração (ppm)
Setor/Fonte Ponto
tolueno n-hexano*
22 10 13
Estamparia
23 12 10
61 NE <10
Acabamento
62 NE <10
Limite de tolerância 78 (NR-15) 50 (ACGIH)
ACGIH – “American Conference of Governmental Industrial Hygienists”.
NR-15 – Norma Regulamentadora No 15, anexo no 11, quadro no 1.
ppm - partes por milhão. NE - não encontrado. *O n-hexano é o principal componente da benzina.
Conforme observado nos quadros 13 e 14, os resultados obtidos estão abaixo do nível
de ação definido como 50% do Limite de Tolerância.
■ D. Risco Ergonômico
Os setores avaliados qualitativamente podem apresentar situações ergonômicas desfa-
voráveis aos trabalhadores, principalmente a dificuldade de ajuste no posto de trabalho
considerando a manutenção de uma postura fixa (trabalho sentado, trabalho em pé).
■ E. Risco de Acidente
O nível de iluminância é uma variável que abaixo do adequado pode influenciar na ocor-
rência de acidentes de trabalho.
Para a avaliação desta variável foram considerados os valores estabelecidos na
NR 17.5.3 que remete a NBR 5413 de abril de 1992. O item 5.3 classifica Iluminância em
lux, por tipo de atividade, sendo que a indústria do vestuário encontra-se no subitem 5.3.53.
Postos de trabalho avaliados não contemplados neste subitem foram comparados com va-
lores estabelecidos para outros tipos de atividade nos subitens:
■ 5.3.3 bancos;
■ 5.3.14 escritórios;
■ 5.3.43 indústria de fumos;
■ 5.3.45 indústrias de gravação de desenhos e dizeres;
■ 5.3.57 locais de armazenamento.
O item 5.2 da NBR 5413 de abril de 1992 apresenta, seleção de iluminação que tem no
seu subitem 5.2.4 três níveis de iluminância, porém na avaliação apresentada no quadro a
seguir consideramos a explicação contida em 5.2.4.1 valor do meio.
■ Enfesto / Corte
11 Mesa de anotações 5.3.53 1000 1000
12 Bancada enfesto / corte 5.3.53 1050 1000
13* Bancada enfesto / corte 5.3.53 1100 1000
14* Máquina entretela 5.3.53 1000 1000
1000 Máquina entretela 5.3.53 1080 1000
16 Bancada separação / etiquetagem 5.3.53 1020 1000
■ Bordado
17 Mesa de anotações 5.3.53 1000 1000
18 Computador 5.3.53 1000 1000
19 Bancada revisão 5.3.53 950 1000
20* Máquina de bordar automática 5.3.53 1000 1000
■ Estamparia (silk-screen)
21 Mesa de anotações 5.3.45 700 2000
22 Bancada de silk-screen 5.3.45 1600 2000
23 Bancada de silk-screen 5.3.45 1250 2000
24 Estufa de secagem (entrada) 5.3.45 700 2000
25 Estufa de secagem (saída) 5.3.45 800 2000
26 Bancada de revisão 5.3.45 700 2000
■ Costura
27 Máquina de costura reta 5.3.53 400 1000
28 Máquina de costura reta 5.3.53 450 1000
29* Máquina de costura reta 5.3.53 500 1000
30 Máquina de costura reta 5.3.53 600 1000
31 Máquina de costura reta 5.3.53 550 1000
32 Máquina de costura reta 5.3.53 550 1000
33 Máquina de costura reta 5.3.53 550 1000
34 Máquina de costura reta 5.3.53 600 1000
35 Máquina de costura galoneira 5.3.53 600 1000
36 Máquina de costura galoneira 5.3.53 400 1000
37 Máquina de costura galoneira 5.3.53 500 1000
38 Máquina de costura galoneira 5.3.53 570 1000
39 Máquina de costura overloque 5.3.53 550 1000
40 Máquina de costura overloque 5.3.53 600 1000
41 Máquina de costura overloque 5.3.53 800 1000
42 Mesa de anotações / controle 5.3.53 700 1000
43 Bancada de separação / revisão 5.3.53 700 1000
■ Acabamento
44 Bancada de separação 5.3.53 1000 1000
45 Máquina de costura reta 5.3.53 500 1000
46 Máquina de costura reta 5.3.53 450 1000
47 Máquina de costura reta 5.3.53 500 1000
48 Máquina de costura overloque 5.3.53 600 1000
49 Máquina de costura overloque 5.3.53 600 1000
50* Máquina de costura caseadeira 5.3.53 650 1000
51* Máquina de pregar ilhoses 5.3.53 500 1000
52 Máquina de pregar botões 5.3.53 550 1000
53 Máquina de pregar botões 5.3.53 580 1000
54 Máquina de costura traveti 5.3.53 600 1000
55 Máquina de costura traveti 5.3.53 500 1000
56 Máquina de costura reta 5.3.53 550 1000
57 Máquina de costura reta 5.3.53 500 1000
58 Máquina de costura reta 5.3.53 450 1000
59 Máquina de costura galoneira 5.3.53 500 1000
60 Máquina de costura galoneira 5.3.53 550 1000
61 Mesa de anotações / controle 5.3.53 1000 1000
62 Mesa do computador 5.3.53 1100 1000
63 Bancada de revisão 5.3.53 1120 1000
■ Passadoria
64 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000
65 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000
66 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000
67 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000
68 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000
*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)
■ Passadoria (continuação)
69 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000
70 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000
71 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000
72 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000
73 Bancada de apoio 5.3.53 980 1000
■ Embalagem
75 Bancada de embalagem 5.3.43 500 500
76* Máquina de lacrar caixa 5.3.43 500 500
77 Área 5.3.43 500 500
■ Expedição
78 Mesa de anotações / computador 5.3.57 500 200
79 Área 5.3.57 500 200
■ Produtos acabados
80 Mesa de anotações / computador 5.3.57 500 200
81 Corredor 5.3.57 550 200
82 Corredor 5.3.57 450 200
■ Lavanderia
83 Centrífuga 5.3.55 150 200
84 Máquina de lavar 5.3.55 140/300 200
85 Máquina de lavar 5.3.55 140/300 200
*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)
■ Criação e modelagem
86 Mesa estilista 5.3.14 450 500
87 Mesa modelista 5.3.14 460 500
88 Mesa moldador 5.3.14 450 500
■ Administração
89 Mesa da secretária 5.3.3 400 500
90 Mesa recepcionista 5.3.3 450 500
91 Mesa do encarregado de D.P. 5.3.3 400 500
92 Mesa do auxiliar do D.P. 5.3.3 390 500
93 Mesa do gerente de produção 5.3.3 450 500
94 Mesa do comprador 5.3.3 460 500
95 Mesa do diretor 5.3.3 500 500
96 Mesa do diretor 5.3.3 520 500
*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)
■ Risco Biológico
É necessário uma higienização adequada de locais como ambulatório médico, serviços
de limpeza de sanitários, refeitório, vestiário e coleta de resíduos sólidos. Os trabalhadores
que executam essas atividades deverão sempre fazer uso dos equipamentos de proteção in-
dividual adequados, por exemplo: luvas de látex, botas de borracha e máscara.
■ Risco Ergonômico
Os setores apresentaram diversas situações que mostram condições ergonômicas que
podem ser desfavoráveis aos trabalhadores. É necessário um estudo detalhado e ações que
visem neutralizar ou minimizar desconfortos ao trabalhador no ambiente de trabalho.
■ Risco de Acidente
Os setores de corte e almoxarifado são os que apresentam maiores riscos de acidentes.
No setor de corte, o risco de ferimentos e até amputação nas mãos e dedos pode ocorrer
se não houver treinamento adequado para a utilização da máquina e equipamento de pro-
teção individual (luvas de malha de aço). No setor de almoxarifado o risco de queda de cai-
xas sobre o funcionário é grande, devendo haver uma adequação da altura máxima para ar-
mazenamento de produtos. Por se tratar de ações rápidas e de baixo custo, as mesmas po-
dem ser executadas de imediato.
O nível de iluminância em vários setores esta abaixo do mínimo exigido pela legislação
NBR 5413 de abril de 1992. Por demandar maiores investimentos as correções deverão ser
realizadas em duas etapas:
Análise ergonômica e
Todos início das ações X
propostas
Reorganização e
estabelecimento de
Almoxarifado
altura máxima para
X
estoque de matéria prima
Bordado,
lavanderia, Adequar a iluminação
criação, aos limites mínimos X
modelagem e exigidos por lei.
administração
Providenciar luvas de
Corte
malha de aço
X
OBSERVAÇÕES
Comunicar ao responsável pelo PPRA após providenciar os eventos propostos.
O
O cronograma foi discutido e aprovado em reunião com a presença
do Sr. Diretor Vestuário Vestido, Sr. Gerente de Produção Camisa de
EL
Algodão, Sr. Encarregado do Departamento Pessoal Roupa de
Trabalho, Sr. Engenheiro de Segurança Colete de Lã, Sr. Médico
Coordenador Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalho e representantes
da CIPA, em / / .
dia mês ano
D
Cidade, / / .
dia mês ano
O
M
11.1. Introdução
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (NR-07),tem por fina-
lidade promover a saúde, prevenir as doenças e acidentes de trabalho, contribuindo para
uma melhor qualidade de vida do trabalhador. Este programa deve estar articulado com o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (NR-9).
11.2. Conceito
É um programa de controle médico relacionado à higiene, segurança e saúde dos traba-
lhadores.
11.3. Objetivo
O programa tem como objetivo promover e preservar a saúde dos trabalhadores da em-
presa, através da prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos possíveis danos à
saúde relacionados ao trabalho.
11.4. Estrutura
O PCMSO é um planejamento de ações da área médica, estruturado com as informaçõ-
es contidas no PPRA, que define parâmetros para o controle biológico da população de tra-
balhadores, contendo as seguintes informações:
■ Identificação da empresa;
■ Observação dos riscos ambientais realizados pelo PPRA;
■ Programação dos exames médicos ocupacionais por setores: exames clínicos e exa-
mes complementares, direcionados para os riscos detectados;
■ Registro de dados dos exames médicos ocupacionais;
■ Tratamento e análise estatística dos dados obtidos;
■ Planos de ação preventivos de doenças ocupacionais e não ocupacionais;
■ Elaboração de atestados de saúde ocupacional e do relatório anual do PCMSO.
Cidade, / /
dia mês ano
O
elaborado tendo como subsídios: a visita aos postos de trabalho em
/ / e as informações técnicas fornecidas pela empresa nesta data.
dia mês ano
O programa pode sofrer modificação caso ocorra mudanças no processo de
EL
trabalho, nos maquinários, na exposição a outros riscos ocupacionais ou na
alteração do ramo de atividade, sendo de responsabilidade da empresa, comunicar
a este serviço médico, tais mudanças.
Ao término do atendimento médico com os exames complementares
concluídos, será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias,
D
sendo a primeira via da empresa e a segunda do trabalhador.
Os casos suspeitos ou diagnosticados como doença ocupacional devem ser
notificados ao INSS através da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho –
O
CAT pela empresa. Após realizada a perícia médica pelo INSS, o trabalhador deve
retornar a este Serviço Médico, munido da Comunicação de Resultado de Exame
Médico - CREM/CPMAT.
M
Atenciosamente,
Roupa Branca Saúde do Trabalhador
Médico do Trabalho
Cidade, / /
dia mês ano
O
elaborado tendo como subsídios: a visita aos postos de trabalho em
/ / e as informações técnicas fornecidas pela empresa nesta data.
dia mês ano
O programa pode sofrer modificação caso ocorra mudanças no processo de
EL
trabalho, nos maquinários, na exposição a outros riscos ocupacionais ou na
alteração do ramo de atividade, sendo de responsabilidade da empresa, comunicar
a este serviço médico, tais mudanças.
Ao término do atendimento médico com os exames complementares
concluídos, será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias,
D
CAT pela empresa. Após realizada a perícia médica pelo INSS, o trabalhador deve
retornar a este Serviço Médico, munido da Comunicação de Resultado de Exame
Médico - CREM/CPMAT.
M
Atenciosamente,
Roupa Branca Saúde do Trabalhador
Médico do Trabalho
PCMSO
PROGRAMA DE CONTROLE
MÉDICO DE SAÚDE
O
OCUPACIONAL
EL
INDÚSTRIA DO
VESTUÁRIO
D
ROUPA FELIZ
O
M
/
MÊS ANO
A
/
MÊS ANO
■ 11.5.4. Apresentação
O desenvolvimento do PCMSO está sob a responsabilidade do médico do trabalho
Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalho registrado no Conselho Regional de Medicina do Esta-
do de São Paulo.
Faixa
FEM % MASC % Total %
Etária
–| 20 3 3,16% 1 1,05% 4 4,21%
20 |– 25 9 9,47% 4 4,21% 13 13,68%
25 |– 30 16 16,84% 4 4,21% 20 21,05%
30 |– 35 14 14,74% 1 1,05% 15 15,79%
35 |– 40 14 14,74% 2 2,11% 16 16,84%
40 |– 45 11 11,58% 2 2,11% 13 13,68%
45 |– 50 8 8,42% — — 8 8,42%
50 |– 55 4 4,21% — — 4 4,21%
55 |– 2 2,11% — — 2 2,11%
Total 81 85,26% 14 14,74% 95 100,00%
Fonte: Dados RH / INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO ROUPA FELIZ
* Os valores percentuais apresentam diferenças pela soma dos valores de cada componente devido a arredondamentos de cálculo matemático a partir
da segunda casa decimal.
■ 11.5.6. Estrutura
Este Programa está constituído por um planejamento de atendimento aos funcionários
de acordo com o possível risco a que estão expostos. A ocorrência destes riscos foi estabe-
lecida baseada em visita aos postos de trabalho e consulta ao Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA).
■ Setor Criação
Funções: 01 (estilista).
No de Funcionários: 01
Funções Riscos Controle Periodicidade
Ergonômico – postura
Exame clínico com atenção para
inadequada
Estilista Acidente – iluminação
aparelho osteomuscular Anual
Exame oftalmológico
inadequada
■ Setor Modelagem
Funções: 01 (modelista), 01 (moldador/ riscador).
No de Funcionários: 02
Funções Riscos Controle Periodicidade
Ergonômico – postura
inadequada
Exame clínico com atenção para
Acidente – perfuração
Modelista e/ou corte nas mãos e
o aparelho osteomuscular Anual
Exame oftalmológico
dedos, e iluminação
inadequada
Ergonômico – postura
Moldador / Exame clínico com atenção para
inadequada
o aparelho osteomuscular Anual
riscador Acidente – iluminação
Exame oftalmológico
inadequada
Ergonômico – postura
Encarregado Exame clínico com atenção para
inadequada
o aparelho osteomuscular Anual
Acidente – quedas e
Exame oftalmológico
entorses
Ergonômico – postura
inadequada e
levantamento e Exame clínico com atenção para
Conferente transporte manual de aparelho osteomuscular Anual
peso Exame oftalmológico
Acidente – quedas e
entorses
Ergonômico – postura
Exame clínico com atenção para
inadequada
Conferente Acidente – quedas e
aparelho osteomuscular Anual
Exame oftalmológico
entorses
Físico – ruído e
Admissional de
vibração Audiometria completa
referência, 6
Ergonômico – postura Exame clínico com atenção para
meses após
Cortador inadequada e sistema auditivo, aparelho
admissão e
repetitividade osteomuscular e vascular
anual
Acidente – Corte nas Exame oftalmológico
Anual
mãos e dedos
■ Setor Bordado
Funções: 03 (bordador)
No de funcionários: 3
Funções Riscos Controle Periodicidade
Físico – ruído
Admissional de
Ergonômico – postura
Audiometria completa referência,
inadequada
Exame clínico com atenção para 6 meses após
Bordador Acidente – perfuração
aparelho osteomuscular admissão
nas mãos e dedos, e
Exame oftalmológico e anual
iluminação
Anual
inadequada
Químico – n-hexano e
Exame clínico com atenção para
tolueno
sistema nervoso e dermatológico
Ergonômico – postura
e aparelho osteomuscular
Estampador inadequada e
Exame oftalmológico
Semestral
repetitividade
Dosagem de 2,5 hexanodiona
Acidente – iluminação
(urina)
inadequada
Físico – Vibração
Ergonômico – postura
inadequada e Exame clínico com atenção para
repetitividade aparelho osteomuscular e
Costureiro Acidente – perfuração vascular
Anual
nas mãos e dedos, e Exame oftalmológico
iluminação
inadequada
■ Setor Lavanderia
Funções: 02 (auxiliar de lavanderia)
No de funcionários: 2
Funções Riscos Controle Periodicidade
Ergonômico – postura
inadequada e
repetitividade Exame clínico com atenção para
Costureiro Acidente – perfuração aparelho osteomuscular Anual
nas mãos, dedos e Exame oftalmológico
olhos, e iluminação
inadequada
Ergonômico – postura
inadequada e
Operador de repetitividade Exame clínico com atenção para
máquina Acidente – perfuração aparelho osteomuscular Anual
na mão, dedos e Exame oftalmológico
especial olhos, e iluminação
inadequada
Ergonômico – postura
inadequada e
Pregador repetitividade Exame clínico com atenção para
Acidente – perfuração aparelho osteomuscular Anual
de botão nas mãos, dedos e Exame oftalmológico
olhos, e iluminação
inadequada
■ Setor Passadoria
Funções: 07 (passador), 02 (ajudante)
No de funcionários: 9
Funções Riscos Controle Periodicidade
Acidente –
Exame clínico com atenção para
queimadura
aparelho cardiovascular e
Passador Ergonômico – postura
osteomuscular
Anual
inadequada e
Exame oftalmológico
repetitividade
Ergonômico – postura
inadequada e Exame clínico com atenção para
Embalador repetitividade aparelho osteomuscular Anual
Acidente – queda de Exame oftalmológico
caixas
Ergonômico – postura
Ajudante de inadequada e Exame clínico com atenção para
repetitividade aparelho osteomuscular Anual
embalagem Acidente – queda de Exame oftalmológico
caixas
■ Setor Expedição
Funções: 01 (faturista), 03 (ajudante geral), 02 (conferente)
No de funcionários: 6
Funções Riscos Controle Periodicidade
Ergonômico – postura
Ajudante inadequada e Exame clínico com atenção para
levantamento e aparelho osteomuscular Anual
geral transporte manual de Exame oftalmológico
peso
Ergonômico – postura
Exame clínico com atenção para
inadequada
Comprador Acidente – iluminação
aparelho osteomuscular Anual
Exame oftalmológico
inadequada
■ Setor Gerência
Funções: 01 (gerente de produção).
No de funcionários: 01
Funções Riscos Controle Periodicidade
Ergonômico – postura
Gerente de Exame clínico com atenção para
inadequada
aparelho osteomuscular Anual
produção Acidente – iluminação
Exame oftalmológico
inadequada
■ Setor Ambulatório
Funções: 01 (auxiliar de enfermagem do trabalho).
No de funcionários: 01
Funções Riscos Controle Periodicidade
Ergonômico – postura
inadequada
Auxiliar de Biológico – vírus, Exame clínico com atenção para
enfermagem fungos e bactérias aparelho osteomuscular Anual
Acidente – perfuração Exame oftalmológico
do trabalho e/ou corte nas mãos e
dedos, e quedas
Ergonômico – postura
Exame clínico com atenção para
inadequada
Recepcionista Acidente – iluminação
aparelho osteomuscular Anual
Exame oftalmológico
inadequada
■ Setor Secretaria
Funções: 01 (secretária).
No de funcionários: 01
Funções Riscos Controle Periodicidade
Ergonômico – postura
inadequada,
Exame clínico com atenção para
monotonia e
Secretária repetitividade
aparelho osteomuscular Anual
Exame oftalmológico
Acidente – iluminação
inadequada
■ Setor Diretoria
Funções: 02 (diretores).
No de funcionários: 02
Funções Riscos Controle Periodicidade
■ Setor Manutenção
O serviço de manutenção como descrito no PPRA é realizado por profissionais terceiri-
zados, de acordo com a necessidade. Os riscos identificados são variáveis, portanto, o con-
trole do exame clínico ocupacional é específico e individual. O acompanhamento de saúde
desta atividade é direcionado pela empresa que fornece o serviço.
Admissional
Periódico
Costura 25 10 8,84 21
Retorno ao
trabalho
Atenção
✓No Estado de São Paulo é obrigatório o uso do formulário de atestados mé-
dicos da Associação Paulista de Medicina, ou o impresso próprio do atesta-
do médico de saúde ocupacional com o selo médico da APM.
Orientação de prevenção de
doenças respiratórias. Programa de
Sistema respiratório Asma, rinite alérgica, tuberculose controle de aerodispersóides e
vapores orgânicos.
Profissionais da
saúde(auxiliar de
enfermagem do X X X X X X X
trabalho e médico do
trabalho)
Indivíduos imuno-
deprimidos (AIDS,
Diabetes, X X X
Insuficiência Renal,
Câncer, Alcoolismo)
Pacientes com
doença
cardiopulmonar
X X X
crônica
Viajantes (diretor,
gerente de produção, X X X X X X X X
comprador, outros)*
* Importante: consulte o serviço de saúde em viagens da secretária da saúde.
12.2. Objetivo
O estudo desta população teve a finalidade de conhecer a diversidade do trabalho e os
possíveis riscos existentes na indústria do vestuário, fornecendo subsídios para a elabora-
ção deste manual.
12.4. Resultados
As empresas apresentaram mão-de-obra predominantemente feminina e uma população
jovem, conforme mostra os gráficos 1 e 2.
%
100
90 Sexo feminino
84 Sexo masculino
80
70
60
50
40
30
20 16
10
Feminino Masculino
(293 funcionários) (55 funcionários)
Gráfico 1 – Distribuição percentual da população avaliada segundo o sexo.
%
20
18
16
14
13,54 13,54 12,98
12
12,10 12,10
11,24
10
8,07 8,36
8
4 3,75
2
1,15 1,44 1,15
0 0,58
0
s
18
22
26
30
34
38
42
46
50
54
58
62
66
no
a
a
18
22
26
30
34
38
42
46
50
54
58
62
14
14
<
✓ Foram realizadas 1756 avaliações do nível de pressão sonora (ruído), sendo que
9,17% apresentaram resultados acima do limite de tolerância de 85dB(A) (NR-15),
como apresentados no gráfico 03.
% %
100 100
90
90,83 Dentro do limite de 90 Dentro dos índices de iluminância
tolerância de 85dB (A) conforme NBR 5.413
80 Acima do limite de 80 Abaixo dos índices de iluminância
tolerância de 85dB (A)
70 70
60 60 59,59
50 50
40 40
40,41
30 30
20 20
10 9,17 10
0 0
Gráfico 3 – Distribuição percentual dos níveis de Gráfico 4 – Distribuição percentual dos índices
pressão sonora dos pontos avaliados. de iluminância dos pontos avaliados.
29,8°C. 20
10
■ Ergonomia
Os aspectos ergonômicos foram observados com detalhes nos postos de trabalho dos
setores de enfesto e corte, costura e passadoria por serem os mais característicos na in-
dústria do vestuário.
✓ O cortador realiza suas atividades de forma manual com a tesoura, com o uso da má-
quina de corte elétrica manual e/ou com o uso da máquina automática. Na operação
de uso da tesoura, ocorre uma grande repetitividade dos movimentos da mão domi-
nante. Com o uso da máquina de corte elétrica manual, o cortador realiza o enfesto
e corta o tecido com o auxílio da mesma. No caso da maquina automática, o corta-
dor realiza apenas o enfesto, posicionando o tecido na máquina para que esta, o cor-
te. Entre os aspectos favoráveis para esta função, em 95% dos casos não há a reali-
zação de transporte manual de carga acima do limite permitido pela legislação (CLT,
seção XIV, art.198) e em 74%, o manuseio de materiais não exige o uso de força por
parte do trabalhador. Os aspectos desfavoráveis que devem ser ressaltados são rela-
%
100 95
90 Média dos aspectos favoráveis
80
81 Média dos aspectos desfavoráveis
70
64
60 54 55
50 46 45
40 36
30
20 19
10 5
0
%
100
50
38 39
40
33 31
30 26
20
10
%
Média dos aspectos favoráveis
100
Média dos aspectos desfavoráveis
90
80
71 74,4
70
62
60
50 49,5 50,5 49 51
40 38
30 29 25,6
20
10
20
de. No gráfico 09, observamos 12,10
que o índice de alterações auditi-
10
5,77
0
vas sugestivas de PAIR encontra-
das é de 5,77%. Gráfico 9 – Distribuição percentual dos resultados obtidos
nos exames audiométricos da população avaliada
%
Ausência de queixa
100
Presença de queixa
90 88,76 87,03
81,56
80
72,92
70
60
51,59
50 48,41
40
30 27,08
20 18,44
11,24 12,97
10
Gráfico 10 – Distribuição percentual das queixas otológicas apresentadas pela população avaliada
70
60 55,62
50
44,38
40
30
20
10,37 13,55
10 8,93
0
Gráfico 11 – Distribuição percentual das queixas audiológicas apresentadas pela população avaliada.
✓ No gráfico 12, podemos observar que entre outras queixas, a dor de cabeça foi a que
apresentou maior índice de reclamação (62,54%).
%
Ausência de queixa
100
Presença de queixa
90
80 78,38
73,78 73,49
70 69,45
62,54
60
50
40 37,46
26,51 30,55
30 26,22
21,62
20
10
%
100 99,14 97,41 96,25
Não refere
Refere
90
83,57 80,69
80
70
70,61
60
50
40
30 29,39
20 16,43 19,31
10
0,86 2,59 3,75
0
✓ As queixas referidas não atingiram isoladamente 5%. As mais freqüentes foram: dor de
cabeça/tontura em 4,72% (14 trabalhadores), pressão alta 4,05% (12 trabalhadores), dor
nas penas/varizes 3,37% (10 trabalhadores) e gripe/rinite em 3,04% ( 09 trabalhadores).
✓ Os aspectos comporta- %
100
mentais e psíquicos estão
90
relatados no gráfico 15,
80 Refere queixa
refletindo o sentimento 70
pessoal tanto no trabalho 60
61,80
quanto na vida diária. 50
Ansiedade apareceu na 40
40,90 39,10
proporção de 61,80%, 30 25,70
20
tranqüilidade em 40,90%,
nervosismo/irritabilidade
10 5,30
0
em 39,10%, insônia em
25,70% e depressão Ansiedade Tranqüilidade Nervosismo e
irritabilidade
Insônia Depressão
em 5,30%.
Gráfico 15 – Distribuição percentual dos trabalhadores examinados
segundo queixas apresentadas no aspecto psíquico e comportamental.
■ Toxicologia Industrial
No setor de estamparia, quando utilizado o processo de serigrafia (silk-screen), o risco
químico ocupacional é mais relevante devido ao uso dos produtos químicos à base de sol-
ventes orgânicos.
Na determinação das concentrações destes solventes orgânicos no ambiente de traba-
lho e de seus metabólicos em amostras de urina dos trabalhadores, os valores obtidos fo-
ram inferiores aos limites de tolerância estabelecidos pelas NR 15 e NR 17.
■ Conteúdo
Dispõe das demais normas relativas à segurança e medicina do trabalho, sendo de ob-
servância obrigatória pelas empresas e órgãos, que possuam empregados regidos pela Con-
solidação das Leis do Trabalho (CLT).
■ Aspectos principais
■ A observância das Normas Regulamentadoras (NR) não desobriga as empresas do
cumprimento de outras disposições incluídas em códigos de obras ou regulamentos
sanitários dos Estados ou Municípios, e outras provenientes de convenções e acor-
dos coletivos de trabalho.
■ Deveres do empregador: cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamen-
tares, elaborar ordens de serviço sobre Segurança e Medicina do Trabalho; informar
aos trabalhadores: os riscos profissionais que possam estar expostos nos locais de
trabalho, os meios para prevenir/limitar tais riscos e as medidas adotadas pela em-
presa, permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização
dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.
■ Deveres do empregado: cumprir as disposições legais e regulamentares sobre Segu-
rança e Medicina do Trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empre-
gador; usar o EPI – Equipamento de Proteção Individual, fornecido pelo empregador;
submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras (NR’s);
colaborar com a empresa na aplicação das NR’s.
■ Conteúdo
Estabelece que todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá soli-
citar aprovação de suas instalações ao Órgão Regional do Ministério do Trabalho e Emprego,
que após realizar a inspeção prévia, emitirá o Certificado de Aprovação de Instalações (CAI).
■ Aspectos principais
■ A inspeção prévia e a declaração de instalações, constituem os elementos capazes de
assegurar que o novo estabelecimento inicie suas atividades livre de riscos de aciden-
tes e/ou de doenças do trabalho, razão pela qual o estabelecimento que não atender
ao disposto naqueles itens fica sujeito ao impedimento de seu funcionamento, confor-
me estabelece o artigo 160 da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, até que seja
cumprida a exigência deste artigo.
Atenção
✓ Na impossibilidade da inspeção prévia antes do início das atividades da
empresa, esta deverá encaminhar ao Órgão Regional do Ministério do
Trabalho e Emprego uma declaração das instalações, podendo ou não ser
aceita para fins de fiscalização.
■ Conteúdo
O Delegado Regional do Trabalho poderá interditar estabelecimento, setor de serviço,
máquina ou equipamento, ou embargar obra conforme o caso, mediante laudo técnico do
serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, indicando na
decisão tomada, com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser
adotadas para prevenção de acidentes do trabalho e doenças profissionais.
■ Aspectos principais
■ A interdição acarreta paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de servi-
ço, máquina ou equipamento.
■ O embargo acarreta paralisação total ou parcial da obra. Considera-se obra todo e qual-
quer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação, manutenção e reforma.
Atenção
✓ Considera-se grave e iminente risco toda condição ambiental de trabalho que
possa causar acidente do trabalho ou doença profissional com lesão grave à
integridade física do trabalhador.
■ Conteúdo
Esta norma determina a obrigatoriedade das empresas implantarem o SESMT (Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho).
■ Aspectos principais
■ A finalidade do SESMT é de promover a saúde e proteger a integridade do trabalha-
dor no local de trabalho.
■ As empresas que possuam mais de 50% (cinqüenta por cento) de seus empregados
em estabelecimento ou setor com atividade cujo grau de risco seja superior ao da ati-
vidade principal, deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho em função do maior grau.
■ Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho é vedado o
exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua atuação nos Ser-
viços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.
■ Conteúdo
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CIPA) tem como objetivo a
constante melhoria das condições laborais para prevenção de acidentes e doenças decor-
rentes do trabalho.
■ Aspectos principais
■ É composta por representantes dos empregados eleitos em votação secreta e do em-
pregador por ele designado.
■ Deve ser constituída por estabelecimento, ou seja, por endereço. A empresa que pos-
suir no mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deve garantir a integração
da CIPA de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) da
empresa, e número de empregados no estabelecimento da empresa onde o dimensi-
onamento desta comissão está previsto no quadro III.
■ A CIPA deve colaborar no desenvolvimento e implementação do Programa de Contro-
le Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e Programa de Prevenção de Riscos de Aci-
dentes (PPRA) e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho,
tais como: SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes), mapa de risco e cam-
panhas de divulgação.
■ O mandato dos membros eleitos da CIPA tem duração de um ano, sendo permitida
uma reeleição.
Atenção
✓ Os titulares da representação dos empregados na CIPA não poderão sofrer
despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que se fundar em motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
■ Conteúdo
O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto, de uso indivi-
dual utilizado pelo trabalhador, destinado à sua proteção contra os riscos existentes no am-
biente de trabalho.
■ Principais aspectos
■ É obrigação da empresa fornecer gratuitamente aos empregados o (s) EPI (s) adequa-
do(s) ao(s) risco(s) ambiental(is), sempre que: as medidas de proteção coletivas neces-
sárias forem tecnicamente inviáveis; enquanto as medidas de proteção coletiva esti-
verem sendo implantadas; e para atender as situações de emergência.
■ É dever do empregador adquirir o tipo de EPI com Certificado de Aprovação (CA) ade-
quado a atividade do trabalhador; treinando-o sobre o seu uso e obrigatoriedade, além
de oferecer possibilidade de troca e manutenção periódica.
■ O empregado tem o dever de usar o EPI, responsabilizando-se por sua guarda e con-
servação.
Atenção
✓ O empregador deve ter uma ficha datada e assinada pelo trabalhador
comprovando o recebimento do(s) EPI(s).
■ Conteúdo
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Controle
Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), com o objetivo de promoção e preservação da saú-
de dos seus trabalhadores.
■ Principais aspectos
■ Estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execu-
ção do PCMSO, podendo ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.
■ Caberá à empresa contratante de mão-de-obra prestadora de serviços, informar a em-
presa contratada os riscos existentes e auxiliar na elaboração e implantação do
PCMSO.
■ Integra outras iniciativas da empresa com a saúde dos trabalhadores.
■ O médico do trabalho analisa as relações entre a saúde e o trabalho em grupos de tra-
balhadores que exercem serviços semelhantes.
■ O PCMSO deve ter caráter preventivo.
■ Os exames médicos ocupacionais que devem ser realizados são: admissional, periódi-
co, mudança de função, retorno ao trabalho (mais de 30 dias de afastamento) e de-
missão.
■ O relatório anual do PCMSO deve ser apresentado à Delegacia Regional do Trabalho
até 31 de janeiro, mantendo-se cópia no arquivo da empresa.
Atenção
✓O PCMSO deve estar integrado com o desenvolvimento do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA – NR-9).
■ Conteúdo
Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece requisitos técnicos mínimos que devem
ser observados nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.
■ Principais aspectos
■ Os locais de trabalho devem ter no mínimo 3 metros de pé direito (altura livre do piso
ao teto).
■ Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões.
■ Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar as
cargas móveis e fixas, para as quais a edificação se destina; devem dispor de proces-
sos antiderrapantes e guarda-corpo de proteção contra quedas onde for necessário.
■ Quando necessário, os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem ser imperme-
abilizados e protegidos contra a umidade.
■ As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e construídas de modo a
evitar insolação excessiva ou falta de insolação.
Atenção
✓A construção do ambiente de trabalho deve ser projetada de modo a favore-
cer a ventilação e a iluminação natural.
■ Conteúdo
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais – PPRA.
■ Principais aspectos
■ É de responsabilidade do empregador estabelecer, implementar e assegurar o cum-
primento do PPRA, como atividade permanente da empresa ou instituição, além de
informar os trabalhadores sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos lo-
cais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos pro-
tegendo-os dos mesmos.
■ O PPRA tem como objetivo a preservação da saúde e da integridade física dos traba-
lhadores.
■ Sua abrangência e profundidade dependem das características dos riscos e das ne-
cessidades de controle.
■ Etapas do PPRA: antecipação e reconhecimentos dos riscos, estabelecimento de pri-
oridades e metas de avaliação e controle, avaliação dos riscos e da exposição dos
trabalhadores, implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia, mo-
nitoramento da exposição aos riscos, registro e divulgação dos dados.
■ O PPRA pode ser elaborado e desenvolvido pelo Serviço Especializado em Engenha-
ria de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou terceirizado, isto é, por
pessoa que a critério do empregador, que sejam capazes de desenvolver o disposto
nesta NR.
■ É de responsabilidade dos trabalhadores: colaborar e participar na implantação e
execução do PPRA, seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos, in-
formar ao seu superior ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à
saúde dos trabalhadores.
Atenção
✓ O PPRA deve estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial
com a NR-7 (PCMSO).
✓O Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deve ser considerado para fins de pla-
nejamento e execução do PPRA em todas as suas fases.
■ Conteúdo
Esta Norma Regulamentadora fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segu-
rança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas,
incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e, ainda, a segu-
rança de usuários e terceiros.
■ Principais aspectos
■ Nas instalações e serviços em eletricidade, devem ser observadas as normas técnicas
oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas, as normas inter-
nacionais vigentes, de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos
de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.
■ Todas as edificações devem ser protegidas contra descargas elétricas atmosféricas, e
as partes das instalações elétricas sujeitas a acumulação de eletricidade estática de-
vem ser aterradas.
■ No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas devem ser previstos Siste-
mas de Proteção Coletiva (SPC) através de isolamento físico de áreas, sinalização,
aterramento provisório e outros similares.
■ Os serviços de manutenção e/ou reparos em partes de instalações elétricas, sob ten-
são, só podem ser executados por profissionais qualificados, devidamente treinados,
em cursos especializados, com emprego de ferramentas e equipamentos especiais,
atendidos os requisitos tecnológicos.
■ Deve ser fornecido um laudo técnico ao final de trabalhos de execução, reforma ou
ampliação de instalações elétricas, elaborado por profissional devidamente autoriza-
do e que deverá ser apresentado, pela empresa, sempre que solicitado pelas autori-
dades competentes.
Atenção
✓a É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada
de corrente, com o emprego de acessórios que aumentem o número de saí-
das, salvo se a instalação for projetada com essa finalidade.
■ Conteúdo
Esta norma trata dos equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como
elevadores de carga, empilhadeiras entre outros utilizados.
■ Principais aspectos
■ Em todo equipamento deve ter indicado a carga máxima de trabalho permitida, em lo-
cal visível;
■ Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos.
■ Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão receber um treina-
mento dado pela empresa que o habilitará nessa função, podendo dirigir se durante o
horário de trabalho portarem um cartão de identificação com validade de 1 (um) ano,
contendo o nome e fotografia do trabalhador.
■ Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência so-
nora (buzina).
■ Todos os transportadores industriais devem ser permanentemente inspecionados e as
peças com defeitos devem ser imediatamente substituídas.
■ Os materiais armazenados devem estar dispostos de forma a evitar a obstrução de
portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergência, entre outros.
Atenção
✓ Para a validação do cartão de identificação, o empregado deve passar por
exame de saúde completo por conta do empregador.
■ Conteúdo
Esta norma estabelece requisitos mínimos na instalação das máquinas e equipamentos
utilizados nas empresas.
■ Principais aspectos
■ As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de acionamento e parada lo-
calizados de modo que seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de
trabalho ou por outra pessoa, e que não possa ser acionado ou desligado involuntari-
amente pelo operador ou de forma acidental.
■ As máquinas e os equipamentos que utilizarem energia elétrica, devem possuir chave
geral em local de fácil acesso e acondicionada em caixa que evite o seu acionamen-
to acidental e proteja as suas partes energizadas.
■ As máquinas e os equipamentos devem ter suas transmissões de força enclausuradas
dentro de sua estrutura ou devidamente isoladas por anteparos adequados.
Atenção
✓ Os reparos, a limpeza, os ajustes e a inspeção somente podem ser
executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for
indispensável à sua realização.
■ Conteúdo
Esta norma refere-se à prevenção de acidentes em caldeiras e vasos de pressão.
■ Aspectos principais
■ Toda caldeira e vaso de pressão devem ter placa de identificação em local de fácil
acesso e bem visível.
■ A Caldeira deve estar sob operação e controle de Operador de Caldeira com certifica-
do de “Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras”.
■ A operação de unidades que possuam vasos de pressão deve ser efetuada por profis-
sional com "Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo”.
Atenção
✓ Os instrumentos e controles de caldeiras e vasos de pressão devem ser
mantidos calibrados e em boas condições operacionais.
■ Aspectos principais
■ Entende-se por Limite de Tolerância, a concentração ou intensidade máxima ou míni-
ma, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará
dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
■ O exercício de trabalho em condições de insalubridade, assegura ao trabalhador a per-
cepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 40%
(quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo, 20% (vinte por cento), para in-
salubridade de grau médio e 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.
■ É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas re-
quererem ao Ministério do Trabalho e Emprego, através das DRTs, a realização de pe-
rícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar
ou determinar atividade insalubre.
Atenção
✓No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será
considerado apenas o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo
salarial, sendo vedada a percepção cumulativa
■ Conteúdo
São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que impliquem contato per-
manente com inflamáveis, explosivos, operações com radiações ionizantes e eletricidade em
condições de risco acentuado.
■ Aspectos principais
■ São consideradas atividades ou operações perigosas: o manuseio de explosivos, as ope-
rações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, as operações com
radiações ionizantes ou substâncias radioativas e as operações com energia elétrica.
■ A periculosidade poderá ainda estar presente nos serviços de manutenção elétrica fei-
ta por eletricistas habilitados, conforme especifica o decreto 93.412 - Quadro de ati-
vidades/ área de risco no seu item 3.
Atenção
✓ Na Indústria do Vestuário, o manuseio de recipientes com líquidos
inflamáveis acima de 5 litros caracteriza o pagamento do adicional de
periculosidade, conforme Portaria 545 de 10 de julho de 2000, publicada no
Diário Oficial da União no 132-E em 11/07/2000.
■ Conteúdo
Estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às caracte-
rísticas psico-fisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de confor-
to, segurança e desempenho eficiente.
■ Aspectos principais
■ As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte
e descarga de manual de cargas, ao mobiliário, aos equipamentos, às condições am-
bientais do posto de trabalho e a própria organização do trabalho.
■ A análise ergonômica do trabalho deve descrever as exigências do trabalho ao ho-
mem, como posturas e movimentos.
■ Todo trabalhador designado ao transporte manual regular de cargas (exceto as leves)
devem receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de execu-
tar o trabalho. O peso máximo que um empregado pode remover individualmente é 60
kg (sessenta quilogramas), ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho
do menor e da mulher.
■ O mobiliário deve ser adaptado às características antropométricas da população e a
natureza do trabalho. Sempre que este puder ser executado na posição sentada, o
posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para essa posição.
■ A organização do trabalho, deve levar em consideração as normas de produção, o mo-
do operatório, a exigência de tempo, a determinação do conteúdo de tempo, o ritmo
de trabalho e o conteúdo das tarefas.
Atenção
✓ Cabe ao empregador solicitar a análise ergonômica do trabalho, avaliando a
adaptação das condições de trabalho às características psico-fisiológicas dos
trabalhadores.
■ Conteúdo
Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e organização, com o ob-
jetivo de implementar procedimentos de aspecto preventivo relacionados às condições de
trabalho na construção civil.
■ Conteúdo
Estabelece os aspectos de segurança que envolve o transporte, manuseio e estocagem
de explosivos.
■ Aspectos principais
■ O armazenamento de líquidos inflamáveis dentro do edifício só poderá ser feito com
recipientes cuja capacidade máxima seja de 250 litros por recipiente.
■ As salas de armazenamento interno devem obedecer os seguintes itens: as paredes,
os pisos e os tetos devem ser construídos de material resistente ao fogo, de fácil lim-
peza e que não provoquem centelha por atrito de sapatos e ferramentas; as passagens
e portas devem ser providas de soleiras ou rampas com pelo menos 15cm (quinze cen-
tímetros) de desnível, ou valetas abertas e cobertas com grade de aço com escoamen-
to para local seguro; a instalação elétrica deve ser à prova de explosão, conforme NR-
10; devem ser ventiladas, de preferência com ventilação natural e possuir extintores
apropriados, próximo à porta de acesso escrito de forma bem visível “INFLAMÁVEL”
e “NÃO FUME”.
■ Esta Norma define como Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o produto constituído, pre-
dominantemente, pelo hidrocarboneto propano, propeno, butano e buteno.
■ O GLP não poderá ser canalizado na sua forma líquida dentro da edificação, salvo se
a edificação for construída exclusivamente para tal finalidade.
Atenção
✓ Esta Norma define “líquido combustível” da classe III, como todo aquele que
possua ponto de fulgor igual ou superior a 70º C e inferior a 93,3º C, da classe
II tem o ponto de fulgor a 37,7º C e inferior a 70º C e da classe I , tem o ponto
de fulgor abaixo de 37,7º C.
■ Conteúdo
Esta norma estabelece os aspectos de segurança a serem desenvolvidos nas atividades
realizadas a céu aberto, tais como pedreiras e afins.
■ Conteúdo
Esta norma estabelece os aspectos de segurança a serem desenvolvidos nas atividades
realizadas no campo da mineração.
■ Conteúdo
Esta norma estabelece as medidas de proteção contra incêndios nos locais de trabalho.
■ Aspectos principais
■ As empresas devem possuir: proteção contra incêndio, saídas suficientes para a rápi-
da retirada do pessoal em serviço, equipamentos suficientes para combater o fogo em
seu início e pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos.
■ As empresas devem formar Brigadas de Incêndio capazes de combater princípios de
incêndios e de orientar quanto ao abandono do prédio.
■ Os extintores deverão ser colocados em locais de fácil visualização e acesso, e devem
obedecer às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do INMETRO.
■ Os extintores devem ser apropriados à classe de fogo a extinguir.
Atenção
✓Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente.
✓As empresas com mais de 50 empregados devem possuir sistema de prote-
ção de combate a incêndio através de hidrantes.
■ Conteúdo
Esta norma diz respeito aos aspectos mínimos de higiene e de conforto nas instalações
sanitárias, vestiários e refeitórios.
■ Aspectos principais
Instalações Sanitárias
■ As instalações sanitárias devem atender às dimensões de 1,00 m2 (um metro quadra-
do) para cada sanitário por grupo de vinte trabalhadores em atividade, devendo serem
separadas por sexo e submetidas a processo permanente de higienização.
Vestiários
■ Em todos os estabelecimentos da indústria nos quais a atividade exija a troca de rou-
pas, deve haver local apropriado para vestiário, dotado de armários individuais, obser-
vada a separação de sexo e provido de bancos.
Refeitório
■ Por ocasião das refeições, devem ser asseguradas aos trabalhadores condições de
conforto, com requisitos de limpeza, arejamento, iluminação e fornecimento de água
potável.
■ Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários, é obriga-
tória a existência de refeitório, devendo ser instalado em local apropriado, não se co-
municando diretamente com os locais de trabalho, instalações sanitárias e locais in-
salubres.
Atenção
✓ Todo lavatório deve ser provido de material para a limpeza e secagem das
mãos, sendo proibido o uso de toalhas coletivas.
■ Conteúdo
Esta norma trata das coletas e descartes dos resíduos industriais sólidos, líquidos e gasosos.
■ Aspectos principais
■ Os redíduos líquidos e sólidos produzidos por processos e operações industriais deve-
rão ser convenientemente tratados e/ou dispostos e/ou retirados dos limites da indús-
tria, de forma a evitar riscos a saúde e a segurança dos trabalhadores.
■ O lançamento ou disposição dos resíduos sólidos e líquidos de que trata esta norma
nos recursos naturais - água e solo - se sujeitarão às legislações pertinentes nos ní-
veis federal, estadual e municipal.
Atenção
✓ Qualquer material inflamável como tintas e solventes não poderá ser jogado
na rede de esgoto.
■ Conteúdo
Esta norma trata das fixações de cores padrão que devem ser usadas nos locais de tra-
balho para a prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimi-
tando áreas, identificando as canalizações empregadas para a condução de líquidos e gases,
e advertindo contra riscos.
■ Aspectos principais
■ A utilização das cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de aci-
dentes.
■ O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, afim de não ocasionar distração,
confusão e fadiga ao trabalhador.
■ As cores a serem utilizadas:
■ Vermelho para distinguir e indicar ■ Púrpura deve ser usada para indi-
equipamentos e aparelhos de prote- car os perigos das radiações eletro-
ção e combate a incêndio. magnéticas penetrantes de partícu-
■ Amarelo para indicar "Cuidado!". las nucleares.
■ Branco para indicar áreas de arma- ■ Lilás deve ser usado para indicar ca-
zenagem e zonas de segurança, en- nalizações que contenham álcalis.
tre outras. ■ Cinza Claro deve ser usado para
■ Preto para indicar as canalizações identificar canalizações em vácuo.
de inflamáveis e combustíveis de al- ■ Cinza Escuro deve ser usado para
ta viscosidade. identificar eletrodutos.
■ Azul para indicar "Cuidado!" a avi- ■ Alumínio deve ser utilizado em ca-
sos contra uso e movimentação de nalizações contendo gases liqüefei-
equipamentos. tos, inflamáveis e combustíveis de
■ Verde é a cor que caracteriza "segu- baixa viscosidade.
rança". ■ Marrom pode ser adotado, a critério
■ Laranja deve ser empregado para da empresa, para identificar qual-
identificar partes móveis de máqui- quer fluído não identificável pelas
nas e equipamentos. demais cores.
Atenção
✓O corpo das máquinas deve ser pintado de branco, preto ou verde.
■ Conteúdo
Esta norma trata dos requisitos para o registro profissional para o exercício da profissão
de técnico de segurança do trabalho.
■ Aspectos principais
■ Esta norma, em conformidade com a NR-4, deverá ser implementada quando o núme-
ro de funcionários e o grau de risco o exigirem.
■ Conteúdo
Esta norma determina os procedimentos a serem adotados pela fiscalização, no que diz
respeito aos prazos que as empresas tem para regularizar os itens que, por ventura, não es-
tejam em conformidade com as mesmas e também o procedimento de autuação por infração
às normas regulamentadoras.
■ Aspectos principais
■ O agente de inspeção do trabalho poderá notificar os empregadores, concedendo ou
não prazo para a correção das irregularidades encontradas que deverá ser no máximo
de 60 (sessenta) dias.
■ A empresa terá um prazo de 10 (dez) dias a partir da notificação para entrar com re-
curso ou solicitar prorrogação de prazo que poderá ser estendido até 120 (cento e vin-
te) dias. Quando o empregador necessitar de prazo de execução superior a 120 dias
fica condicionada a prévia negociação entre empresa, sindicato da categoria dos em-
pregados e representante da autoridade regional competente.
■ A empresa que não sanar as irregularidades descritas no auto de infração, mesmo
após reiteradas as advertências e intimações nas quais foi notificada por 03 (rês) ve-
zes consecutivas, estará negligenciando as disposições legais da norma e estará su-
jeita às penalidades.
Atenção
✓ Caso a empresa seja reincidente nas penalidades, poderá pagar o teto máxi-
mo de multa, que é de 6.304 UFIR.
■ Conteúdo
Esta norma tem como objetivo assegurar a saúde e a segurança aos trabalhadores por-
tuários.
■ Conteúdo
Esta norma se aplica aos trabalhadores de toda embarcação comercial e transporte de
mercadorias ou passageiros na navegação marítima.
Para entendermos esta relação precisamos saber qual o elo de ligação entre eles e, para
tanto, transcrevemos abaixo o que a Constituição da República Federativa do Brasil (CF) expli-
cita em alguns de seus artigos, incisos e parágrafos quanto aos princípios, direitos e garanti-
as fundamentais de todas as pessoas, brasileiras e estrangeiras residentes em nosso País.
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem co-
mo fundamentos:
III – dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Capítulo I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Capítulo II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segu-
rança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos de-
samparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à me-
lhoria de sua condição social:
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de reve-
zamento, salvo negociação coletiva;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cen-
to à do normal;
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de cen-
to e vinte dias;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXIII – adicional de remuneração para atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da lei;
XXIV – aposentadoria;
Seção III
Da previdência Social
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio finan-
ceiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
II – proteção à maternidade, especialmente à gestante;”
Como podemos observar, a Constituição Federal, mostra de uma maneira clara os direi-
tos e garantias fundamentais de todos os brasileiros.
EMPREGADOR
Definição: Empregador é toda pessoa que, de alguma forma, gera serviços a outras
pessoas, podendo estes serem continuados, subordinados e assalariados.
EMPREGADO
Definição: É toda pessoa física que presta serviço a um empregador subordinadamen-
te e de modo não-eventual, recebendo salário.
Trabalhador temporário
Definição: É o empregado que presta serviço por período pré-determinado a um toma-
dor de serviço ou cliente. Este tipo de trabalho é regido por lei especial, a Lei no 6.014/74,
diferenciando, portanto, do contrato de experiência previsto pela CLT.
Trabalhador eventual
Definição: A Lei no 8.212/91, Art. 12, V, alínea g, indica que o trabalhador eventual "é
aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural em caráter eventual a uma ou mais
empresas, sem relação de emprego"
Trabalhador autônomo
Definição: É todo trabalhador não subordinado, que presta serviço a outrem, tendo po-
der de direção sobre a atividade que está desenvolvendo, disciplinando-se segundo seus
critérios e não são regidos pela CLT.
Trabalho domiciliar
Definição: É aquele em que os membros de uma família, prestam serviço e cooperam
entre si em atividade profissional terceirizada e eventual, para um ou mais empregador mu-
itas vezes de forma artesanal e na própria residência. A CLT, em seu Art. 83, define este tra-
balho domiciliar como “oficina de família”, comumente observado com as costureiras que
trabalham em suas residências.
Nota: Diante dos conceitos acima, podemos considerar o Direito do Trabalho como sen-
do o estudo do trabalho subordinado e suas inúmeras regras que regem as matérias conti-
das na CLT.
INSALUBRIDADE
São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condição ou método de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde aci-
ma dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do
tempo de exposição aos seus efeitos (Art. 189 – CLT).
PERICULOSIDADE
São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, na forma da regula-
mentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por sua natureza ou métodos
ACIDENTE DO TRABALHO
Definição: É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provo-
cando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte ou redução permanente ou
temporária da capacidade do trabalho. (Art. 2o da Lei no 6.367, de 19/10/1976). Pode ser tí-
pico, de trajeto, doença do trabalho ou profissional.
Nota: Outro termo comumente utilizado pelo INSS, são os acidentes do trabalho liqui-
dados, que correspondem aos acidentes cujos processos foram encerrados administrativa-
mente (pelo INSS), depois de completado o tratamento e indenizadas as seqüelas, aos aci-
dentados.
O Art. 4o, parágrafo único da CLT, considera que haverá contagem de tempo de serviço
para efeito de indenização e estabilidade, o período em que o empregado estiver afastado
do trabalho por motivo de acidente do trabalho e computar-se-ão o tempo de serviço para
as férias (Art. 131, III da CLT), exceto quando este período for superior a seis meses e ter
recebido da Previdência Social o benefício.
1. O acidente que embora não tenha sido a causa única, tenha contribuído diretamente
para a morte do segurado, para a redução da perda da sua capacidade para o traba-
lho ou produzido lesão corporal que exija atenção médica para a sua recuperação.
2. O acidente sofrido pelo segurado no local de trabalho em conseqüência de ato de
agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro do traba-
lho, por motivo de disputa relacionada com o trabalho; ato de imperícia, imprudência
ou negligência ocasionada por terceiro ou companheiro de trabalho; desabamento,
inundação, incêndio e outros casos fortuitos.
3. O acidente sofrido pelo empregado em cumprimento de sua atividade ou não; em vi-
agem a serviço da empresa; no percurso da residência ao local de trabalho ou deste
para aquela, independentemente do meio de locomoção.
Coeficiente de Freqüência
no de acidentes x 1.000.000
CF:
no hht
Coeficiente de Gravidade
Onde:
CF = coeficiente de freqüência;
CG = coeficiente de gravidade;
1.000.000 = base de cálculo adotada universalmente;
hht = número de horas efetivamente trabalhadas por todos os fun-
cionários da empresa;
n.º de dias perdidos = corresponde aos dias perdidos durante o mês por acidenta-
dos dos meses anteriores;
n.º de dias debitados = aparece quando o acidente resulta em morte ou incapacida-
de permanente, total ou parcial.
Comunicação de óbito
O óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a emissão de CAT
inicial ou até mesmo da reabertura deverá ser comunicado ao INSS através de nova CAT,
constando a data do óbito e os dados relativos ao acidente inicial anexando a certidão de
óbito e, quando houver, o laudo da necropsia.
AUXÍLIO DOENÇA
O Art. 476 da CLT, define que em caso de seguro-doença ou auxílio enfermidade, duran-
te o período de benefício, o mesmo estará em licença não remunerada. No período em que
o empregado estiver enfermo, o seu contrato de trabalho não poderá ser rescindido. Em ca-
so de afastamento por causa de doença, os quinze primeiros dias de afastamento são pa-
gos pela empresa. A partir do 16o dia, a Previdência Social paga o referido (Lei no 8.213/91,
Art. 59), não ocorrendo neste período o pagamento de salários por parte da empresa.
O segurado que exercer mais de uma atividade laboral e sofrer uma incapacitação defi-
nitiva de uma delas, terá o auxílio doença mantido indefinidamente, não cabendo transfor-
mação em aposentadoria por invalidez enquanto esta não estiver causando influência na
outra atividade. Se, por acaso, ocorrer novo benefício decorrente da mesma doença dentro
de sessenta dias, contados da cessação do benefício anterior, o empregador fica desobri-
gado do pagamento que lhe é devido, ou seja, os quinze primeiros dias de afastamento.
Observações
■ Na falta de comunicação por parte da empresa, podem fazê-lo, o próprio acidentado,
seus dependentes, o sindicato da categoria, o médico que o assistiu ou autoridades
públicas.
■ Mesmo com a carência exigida de doze meses de contribuição para recebimento do
benefício, o trabalhador que for acometido de tuberculose ativa, hanseníase, aliena-
ção mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardi-
opatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave,
estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência
imunológica adquirida – AIDS, ou contaminação por radiação, com base em conclu-
são da medicina especializada, terá direito ao referido, independentemente do paga-
mento das doze contribuições, desde que tenha a qualidade de segurado.
Valor do Benefício
■ O valor do auxílio-doença corresponde a 91% do salário de benefício.
■ Para os inscritos até 28/11/1999, o salário de benefício corresponderá à média arit-
mética simples dos maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente,
correspondente a no mínimo 80% de todo período contributivo desde a competência
07/94.
■ Para os inscritos a partir de 29/11/1999, o salário de benefício corresponderá à mé-
dia aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80%
de todo o período contributivo.
■ Para o segurado especial, o valor do auxílio-doença é de um salário mínimo. Caso te-
nha optado por contribuir facultativamente, o valor do auxílio-doença corresponderá
a 91% do salário de benefício.
Observação: Não é exigida carência para auxílio doença por acidente do trabalho, bas-
ta ser segurado da Previdência Social.
Valor do Benefício
■ Para os inscritos até 28/11/1999, o salário de benefício corresponderá à média arit-
mética simples dos maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente,
correspondentes a, no mínimo 80% de todo período contributivo desde a competên-
cia 07/94.
■ Para os inscritos a partir de 29/11/1999, o salário de benefício corresponderá à mé-
dia aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80%
de todo o período contributivo.
O Enunciado 160 do TST (Tribunal Superior do Trabalho), dispõe que: “cancelada a apo-
sentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá o direito de retornar
ao emprego, facultado, porém, ao empregador indenizá-lo na forma da lei.”.
Valor do Benefício
O valor da aposentadoria especial é de 100% do salário de benefício.
Para os inscritos até 28/11/1999, este corresponderá a média aritmética simples dos
maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente, correspondentes a no mínimo
80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência 07/94.
Para os inscritos a partir de 29/11/1999, este salário (benefício), corresponderá a média
aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% (oitenta por
cento) de todo período contributivo.
A CLT, em seu Art. 446, que presume autorizado o trabalho da mulher casada pelo ma-
rido, tem este artigo revogado expressamente pela Lei no 7.855/89, porém a Constituição
de 05/10/1988, em seu Art. 5o, I, enuncia que “todos são iguais perante a lei, sem distin-
ção de qualquer natureza”, garantindo às mulheres os mesmos direitos e deveres em re-
lação aos homens. Prova mais contundente disto é o novo Código Civil (lei no 10.406, de
10/01/2002), que na PARTE GERAL, LIVRO I – DAS PESSOAS, TÍTULO I – DAS PESSOAS
NATURAIS, Art. 1o diz: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”, confir-
mando tal igualdade.
O Art. 377 da CLT dispõe que: “a adoção de medidas de proteção ao trabalho das mu-
lheres é considerada de ordem pública, não justificando, em hipótese alguma, a redução de
salário”, vindo reforçar a necessidade, independente dos direitos iguais, de uma atenção di-
ferenciada com o trabalho desenvolvido pela mulher.
Em relação aos métodos e locais de trabalho, toda empresa deve observar de forma
igualitária o disposto na Portaria no 3.214, de 08/06/1978, que trata das Normas Regula-
mentadoras citadas de forma sucinta neste Manual.
Quanto à licença maternidade, esta é de 120 dias e o salário da gestante deverá ser pa-
go pela Previdência Social e não pelo empregador, basta observarmos o disposto no Arts.
7o, XVIII e 201, II da C.F.
Observação: O prazo para a segurada requerer o benefício é de cinco anos a partir da da-
ta do parto ou adoção. Se no momento da concessão do benefício for verificado que a segu-
rada recebe auxílio-doença, este será suspenso na véspera do início do salário-maternidade.
Considerando que somos todos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer nature-
za, e tendo as garantias de inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à se-
gurança e à propriedade, qualquer prática discriminatória contra a mulher, assegura-lhe o
direito de resposta proporcional ao agravo, além de indenização por dano material, moral
ou à imagem.
Diante do exposto, qualquer pessoa que tenha sua integridade física e/ou moral ofendi-
da poderá pleitear indenização por estes motivos. Esse pedido poderá ser de forma amigá-
vel. Quando não for possível este acordo, a outra forma é fazer através de demanda judicial.
O dano moral, muito mais complexo de ser quantificado, é toda lesão do patrimônio ima-
terial da pessoa como a honra, o crédito, a liberdade e a dignidade pessoal. Cabe indeniza-
ção em delitos como injúria, calúnia e difamação, como em outros que causem agravo mo-
ral intenso.
O Código Penal (CP) define em seu Art. 138 a calúnia como sendo a falsa imputação (atri-
buição de responsabilidade) de fato criminoso a outrem; a injúria, Art. 140, é a ofensa à dig-
nidade ou decoro de alguém; a difamação, Art. 139, como sendo a imputação a alguém de
fato ofensivo à sua reputação.
Observações:
■ As penas, qualificações e atenuantes não foram contempladas acima. Identificamos
alguns exemplos, que podem ocorrer para que se possa ter idéia da gravidade de um
acidente do trabalho.
■ Na ocorrência de acidente grave ou fatal poderá haver inquérito e eventual processo
aberto a pedido do Ministério Público, podendo, em caso de condenação, ser o em-
pregador ou seu preposto responsabilizado penalmente.
Trabalhar de uma forma preventiva é o melhor remédio jurídico evitando possíveis açõ-
es que tenham como pedido, indenizações de ordem moral e/ou material.
Destacamos do novo Código Civil (lei no 10.406, de 10/01/2002), em seu TÍTULO IX, DA
RESPONSABILIDADE CIVIL, Capítulo I, DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR, em seu Art. 927, a
maior expressividade, de forma clara, quanto ao exposto:
“Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
Coordenação Editorial
Diretoria de Comunicação e Marketing
Julho 2003