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Colecção Formação Modular Automóvel

Título do Módulo Classificação e Características de Veículos


Ligeiros

Suporte Didáctico Guia do Formando

Coordenação Técnico-Pedagógica
CEPRA - Centro de Formação Profissional da
Reparação Automóvel
Departamento Técnico Pedagógico

Direcção Editorial CEPRA - Direcção

Autor CEPRA - Desenvolvimento Curricular

Maquetagem CEPRA - Núcleo de Apoio Gráfico

Propriedade CEPRA – Centro de Formação Profissional da


Reparação Automóvel
Rua Francisco Salgado Zenha, 3
2685 - 332 PRIOR VELHO

Edição 1.0 Portugal, Lisboa, 2007/11/02

Depósito Legal 264600/07


Índice

ÍNDICE

DOCUMENTOS DE ENTRADA
OBJECTIVOS GERAIS................................................................................................. E.1
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................... E.1
CORPO DO MÓDULO
0 - INTRODUÇÃO..........................................................................................................0.1
1 - DEFINIÇÕES LEGAIS..............................................................................................1.1
1.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS .............................................................................. 1.1
1.2 - VIAS................................................................................................................................ 1.4
1.3 - OUTRAS DEFINIÇÕES .................................................................................................1.6
2 - Classificação de veículos automóveis...................................................2.1
2.1 - CLASSES E TIPOS DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS ..................................................... 2.1
2.2 - CATEGORIAS DOS VEÍCULOS..................................................................................... 2.1
2.3 - DEFINIÇÃO DE MODELO DE VEÍCULO ..................................................................... 2.10
3 - CARACTERÍSTICAS REGULAMENTARES DOS VEÍCULOS................................3.1
3.1 - LIMITES DE PESO ....................................................................................................... 3.1
3.2 - TRAVÕES ..................................................................................................................... 3.2
3.2.1 - TABELA DE DISTÂNCIAS DE TRAVAGEM (EM SEGURANÇA) ......................... 3.3
3.2.2 - CLASSIFICAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS EM FUNÇÃO DA EFICIÊNCIA DE
TRAVAGEM ........................................................................................................... 3.4
3.2.3 - CÁLCULO MATEMÁTICO DO VALOR DA EFICIÊNCIA DE TRAVAGEM ............ 3.5
3.3 - RODADOS .................................................................................................................... 3.5
3.4 - CAIXAS ......................................................................................................................... 3.5
3.5 - PORTAS E JANELAS ................................................................................................... 3.7
3.6 - DISPOSIÇÕES ESPECIAIS APLICÁVEIS EM TRANSPORTES PÚBLICOS DE
PASSAGEIROS............................................................................................................... 3.7
3.7 - DIMENSÕES DOS VEÍCULOS .................................................................................... 3.8
3.8 - CARACTERÍSTICAS DAS LUZES DOS VEÍCULOS .................................................. 3.12
3.9 - PNEUS E SUAS CARACTERÍSTICAS......................................................................... 3.31
4 - IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS.............................................................................4.1
4.1 - IDENTIFICAÇÃO COLOCADA NOS VEÍCULOS .......................................................... 4.2
4.2 - IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS ATRAVÉS DO LIVRETE .......................................... 4.4
5 - DOCUMENTO ÚNICO AUTOMÓVEL.......................................................................5.1
6 - CARACTERÍSTICAS DOS DISPOSITIVOS DE PRÉ-SINALIZAÇÃO.....................6.1
7 - COLETES RETRORREFLECTORES.......................................................................7.1

Mecânica de
Classificação Veículos Ligeiros
e Características depara Inspectores
Veículos LigeirosII
Índice

8 - ESCLARECIMENTOS SOBRE EXTINTORES DE INCÊNDIO................................8.1


9 - SISTEMAS DE SEGURANÇA..................................................................................9.1
9.1 - CINTOS DE SEGURANÇA EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS . ........................................ 9.1
9.2 - CINTOS DE SEGURANÇA NOS BANCOS DA RECTAGUARDA EM VEÍCULOS DA
CATEGORIA N1 TRANSFORMADOS EM VEÍCULOS DA CATEGORIA M1 ................ 9.4
9.3 - MARCAS DE HOMOLOGAÇÃO . .................................................................................. 9.4
10 - VELOCIDADE ......................................................................................................10.1
11 - DOCUMENTOS DE QUE O CONDUTOR DEVE SER PORTADOR.................... 11.1
11.1 - CARTA DE CONDUÇÃO . ...........................................................................................11.1
11.2 - LICENÇA DE CONDUÇÃO .........................................................................................11.2
12 - INSPECÇÃO E EMISSÃO DA FICHA DE INSPECÇÃO......................................12.1
13 - CONTRA ORDENAÇÕES.....................................................................................13.1
13.1 - CONTRA ORDENAÇÕES GRAVES . ........................................................................ 13.1
13.2 - CONTRA ORDENAÇÕES MUITO GRAVES.............................................................. 13.3
13.3 - INIBIÇÃO DE CONDUZIR ......................................................................................... 13.4

BIBLIOGRAFIA............................................................................................................. C.1
DOCUMENTOS DE SAÍDA
PÓS-TESTE.................................................................................................................. S.1
CORRIGENDA DO PÓS-TESTE................................................................................... S.6
ANexos
Classificação das deficiências observadas nas inspecções de
veículos..................................................................................................................... a1

Classificação e Características de Veículos Ligeiros


DOCUMENTOS
DE
ENTRADA
Objectivos Gerais e Específicos

OBJECTIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

Depois de ter estudado este módulo, o formando deverá ser capaz de:

OBJECTIVOS GERAIS

Identificar as definições técnicas de vários termos presentes na actual legislação


rodoviária, nomeadamente no Código da Estrada, com o fim de se familiarizar com
os conhecimentos técnicos inerentes à execução de inspecções técnicas de veículos
e à importância da sua realização.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

1. Definir os termos utilizados na terminologia técnica rodoviária e na regulamen-


tação presente no sector das ITV’s (Inspecções Técnicas de Veículos).

2. Identificar as Classes, Tipos, Categorias e Modelos de Veículos.

3. Definir a tara e peso bruto dos veículos.

4. Enunciar o tipo de deficiência em função da eficiência de travagem.

5. Calcular as eficiências e distâncias de travagem dos veículos.

6. Determinar a distância entre eixos dos veículos.

7. Enunciar as características das caixas, portas e janelas, coxias e lugares de


passageiros.

8. Enunciar as disposições especiais aplicáveis a veículos pesados.

9. Enunciar as dimensões máximas dos veículos.

10. Identificar as características das luzes dos veículos.

11. Enunciar as características mínimas dos pneus que podem circular na via publica.

12. Identificar características dimensionais, índices de velocidade, índices de


carga e calcular a altura e largura dos pneus.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros E.1


Objectivos Gerais e Específicos

13. Enunciar as características técnicas dos triângulos de pré-sinalização.

14. Identificar a velocidade máxima de um veículo numa determinada via.

15. Identificar os documentos que o condutor de determinado veículo deve ser


portador obrigatoriamente.

16. Enunciar os tipos de inspecção a que os veículos a motor e seus reboques


podem ser sujeitos.

17. Enunciar os procedimentos a cumprir na emissão das fichas de inscrição.

18. Identificar as contra ordenações leves, graves e muito graves do Código da


Estrada.

19. Identificar os sistemas de conforto e segurança.

E.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


CORPO
DO
MÓDULO
Introdução

0 - INTRODUÇÃO
Este Módulo pretende compilar e abordar os principais termos técnicos, bem como outras questões
e artigos da legislação aplicável à actividade de inspecção de veículos, não dispensando contudo o
conhecimento e consulta da legislação na sua forma original.

A actividade de inspector, de grande responsabilidade e importância para o objectivo do aumento da


segurança rodoviária e consequente redução da sinistralidade rodoviária, exige ao profissional de
inspecção um conhecimento técnico de mecânica automóvel que lhe permita definir o estado geral
do veículo com o maior rigor possível, detectando possíveis deficiências responsáveis pela redução
do nível de segurança do veículo e que, consequentemente, coloquem em risco as vidas dos seus
passageiros e os demais utilizadores das vias públicas.

Por forma a melhorar o seu desempenho e a sua actualização quanto às constantes inovações
aplicadas aos veículos automóveis, o inspector deve adoptar uma política de formação contínua que
lhe proporcione uma actualização e um aumento da amplitude dos seus conhecimentos, devendo
diversificar e aprofundar os seus conhecimentos nas diferentes áreas da mecânica, bem como dos
componentes electrónicos que com ela interagem.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 0.1


Definições Legais

1 - Definições legais
1.1 - Classificação dos veículos

Do Código da Estrada art.º 105º


Automóveis

Automóvel - É o veículo com motor de propulsão, dotado de pelo menos quatro rodas, com tara
superior a 550 kg, cuja velocidade máxima é, por construção, superior a 25 km/h, e que se destina, pela
sua função, a transitar na via pública, sem sujeição a carris.

Do Código da Estrada art.º 107º


Motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos

1. Motociclo - É o veículo dotado de duas rodas, com ou sem carro lateral, com motor de propulsão
com cilindrada superior a 50 cm3, no caso de motor de combustão interna, ou que, por construção,
exceda em patamar a velocidade de 45 km/h.

2. Ciclomotor - É o veículo dotado de duas ou três rodas, com uma velocidade máxima, em patamar e
por construção, não superior a 45 km/h, e cujo motor:

a) No caso de ciclomotores de duas rodas, tenha cilindrada não superior a 50 cm3, tratando-se de
motor de combustão interna ou cuja potência máxima não exceda 4 kW, tratando-se de motor
eléctrico;

b) No caso de ciclomotores de três rodas, tenha cilindrada não superior a 50 cm3, tratando-se de
motor de ignição comandada ou cuja potência máxima não exceda 4 kW, no caso de outros
motores de combustão interna ou de motores eléctricos.

3. Triciclo - É o veículo dotado de três rodas dispostas simetricamente, com motor de propulsão com
cilindrada superior a 50 cm3, no caso de motor de combustão interna, ou que, por construção, exceda
em patamar a velocidade de 45 km/h.

4. Quadriciclo - É o veículo dotado de quatro rodas, classificando-se em:

a) Ligeiro - veículo com velocidade máxima, em patamar e por construção, não superior a 45 km/h,
cuja massa sem carga não exceda 350 kg, excluída a massa das baterias no veículo eléctrico, e
com motor de cilindrada não superior a 50 cm3, no caso de motor de ignição comandada, ou cuja
potência máxima não seja superior a 4 kW, no caso de outros motores de combustão interna ou
de motor eléctrico;

b) Pesado - veículo com motor de potência não superior a 15 kW e cuja massa sem carga, excluída
a massa das baterias no caso de veículos eléctricos, não exceda 400 kg ou 550 kg, consoante se
destine, respectivamente, ao transporte de passageiros ou de mercadorias.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 1.1


Definições Legais

Do Código da Estrada art.º 110º


Reboques

1. Reboque - É o veículo destinado a transitar atrelado a um veículo a motor (figura 1.1).

2. Semi-reboque - É o reboque cuja parte da frente assenta sobre o veículo a motor, distribuindo o peso
sobre este.

3. Os veículos referidos nos números anteriores tomam a designação de reboque ou semi-reboque agrícola
ou florestal quando se destinam a ser atrelados a um tractor agrícola ou a um motocultivador.

4. Máquina agrícola ou florestal rebocável - É a máquina destinada a trabalhos agrícolas ou florestais


que só transita na via pública quando rebocada.

5. Máquina industrial rebocável - É a máquina destinada a trabalhos industriais que só transita na via
pública quando rebocada.

6. A cada veículo a motor não pode ser atrelado mais de um reboque.

7. É proibida a utilização de reboques em transporte público de passageiros.

8. Exceptuam-se do disposto nos números 6 e 7 a utilização de um reboque destinado ao transporte de


bagagem nos veículos pesados afectados ao transporte de passageiros, de reboques em comboios
turísticos, bem como, nos termos a fixar em regulamento local, de reboques em tractores agrícolas
ou florestais.

Fig. 1.1 - Reboque

1.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Definições Legais

Do Código da Estrada art.º 111º


Veículos únicos e conjuntos de veículos

1. Consideram-se veículos únicos:

a) O automóvel pesado composto por dois segmentos rígidos permanentemente ligados por uma
secção articulada que permite a comunicação entre ambos;

b) O comboio turístico constituído por um tractor e um ou mais reboques destinados ao transporte de


passageiros em pequenos percursos e com fins turísticos ou de diversão.

2. Conjunto de veículos é o grupo constituído por um veículo tractor e seu reboque ou semi-reboque.

3. Para efeitos de circulação, o conjunto de veículos é equiparado a veículo único.

Do Código da Estrada art.º 112º


Velocípedes

1. Velocípede - É o veículo com duas ou mais rodas accionado pelo esforço do próprio condutor por
meio de pedais ou dispositivos análogos.

2. Velocípede com motor - É o velocípede equipado com motor auxiliar eléctrico com potência máxima
contínua de 0,25 kW, cuja alimentação é reduzida progressivamente com o aumento da velocidade
e interrompida se atingir a velocidade de 25 km/h, ou antes, se o ciclista deixar de pedalar (figura
1.2).

3. Para efeitos do presente Código, os velocípedes com motor e as trotinetas com motor são equiparados
a velocípedes.

Fig. 1.2 - Velocípede com motor

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 1.3


Definições Legais

1.2 - Vias

Do Código da Estrada art.º 1º


Definições legais

1. Auto-estrada – Via pública destinada a trânsito rápido, com separação física de faixas de rodagem,
sem cruzamentos de nível nem acesso a propriedades marginais, com acessos condicionados e
sinalizada como tal (figura 1.3).

2. Berma – Superfície da via pública não especialmente destinada ao trânsito de veículos e que ladeia
a faixa de rodagem.

3. Caminho – Via pública especialmente destinada ao trânsito local em zonas rurais.

4. Corredor de circulação – Via de trânsito reservada a veículos de certa espécie ou afectados a


determinados transportes.

5. Cruzamento – Zona de intersecção de vias públicas ao mesmo nível.

6. Eixo da faixa de rodagem – Linha longitudinal, materializada ou não, que divide uma faixa de
rodagem em duas partes, cada uma afecta a um sentido de trânsito.

7. Entroncamento – Zona de junção ou bifurcação de vias públicas.

8. Faixa de rodagem – Parte da via pública especialmente destinada ao trânsito de veículos (figura
1.3).

9. Ilhéu direcional – Zona restrita da via pública, interdita à circulação de veículos e delimitada por
lancil ou marcação apropriada, destinada a orientar o trânsito.

10. Localidade – Zona com edificações e cujos limites são assinalados com os sinais regulamentares
(figura 1.3).

11. Parque de estacionamento – Local exclusivamente destinado ao estacionamento de veículos


(figura 1.3).

12. Passagem de nível – Local de intersecção ao mesmo nível de uma via pública ou equiparada com
linhas ou ramais ferroviários.

13. Passeio – Superfície da via pública, em geral sobrelevada, especialmente destinada ao trânsito de
peões e que ladeia a faixa de rodagem.

14. Pista especial – Via pública ou via de trânsito especialmente destinada, de acordo com sinalização,
ao trânsito de peões, de animais ou de certa espécie de veículos.

1.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Definições Legais

15. Rotunda – Praça formada por cruzamento ou entroncamento onde o trânsito se processa em
sentido giratório e sinalizada como tal.

16. Via de abrandamento – Via de trânsito resultante do alargamento da faixa de rodagem e destinada
a permitir que os veículos que vão sair de uma via pública diminuam a velocidade já fora da corrente
de trânsito principal (figura 1.3).

17. Via de aceleração – Via de trânsito resultante do alargamento da faixa de rodagem e destinada a
permitir que os veículos que entram numa via pública adquiram a velocidade conveniente para se
incorporarem na corrente de trânsito principal (figura 1.3).

18. Via de sentido reversível – Via de trânsito afecta alternadamente, através de sinalização, a um ou
outro dos sentidos de trânsito.

19. Via de trânsito – Zona longitudinal da faixa de rodagem destinada à circulação de uma única fila
de veículos.

Fig. 1.3 - Vias

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 1.5


Definições Legais

20. Via equiparada a via pública – Via de comunicação terrestre do domínio privado aberta ao trânsito
público.

21. Via pública – Via de comunicação terrestre afecta ao trânsito público.

22. Via reservada a automóveis e motociclos – Via pública onde vigoram as normas que disciplinam
o trânsito em auto-estrada e sinalizada como tal.

23. Zona de estacionamento – Local da via pública especialmente destinado, por construção ou
sinalização, ao estacionamento de veículos.

1.3 - Outras definições

1. Tráfego de passagem – Conjunto de veículos que circula numa dada área ou passa por um dos
seus pontos e tem a origem e o destino fora dela.

2. Tráfego local – Parte do tráfego que circula numa dada área e tem nela a origem e/ou o destino.

3. Trânsito – Movimento das pessoas, animais e veículos que utilizam uma via de comunicação.

4. Volume de tráfego – Número de veículos que passam numa dada secção da estrada durante um
período determinado.

5. Densidade de tráfego – Número de veículos que, num dado instante, ocupa a unidade de
comprimento de uma via de tráfego. Exprime-se geralmente em veículos por quilómetro.

6. Distância de paragem – Distância percorrida por um veículo que se pretende parar o mais
rapidamente possível, medida entre o ponto em que o condutor tem possibilidade de tomar
consciência da necessidade de parar e ponto de paragem. A distância de paragem inclui, portanto,
a distância que é percorrida durante o tempo de percepção-reacção.

7. Distância de travagem – Distância percorrida por um veículo entre o ponto em que o condutor actua
no travão e o ponto em que o veículo pára.

8. Capacidade de tráfego – Número máximo de veículos que uma dada secção da estrada pode
escoar, em determinadas condições.

9. Velocidade base – Velocidade estabelecida na elaboração do projecto, correlacionada com as


características da estrada que condicionam a segurança da circulação, tais como raios e sobrelevações
das curvas e distâncias de visibilidade.

10. Velocidade média de utilização – Maior velocidade média que é possível realizar numa dada
estrada, em determinadas condições de tráfego, sem paragens e sem ser excedida a velocidade
base.

1.6 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Definições Legais

11. Viragem ou brecagem – Ângulo horizontal máximo que as rodas directoras de um veículo podem
descrever a partir da sua posição em movimento rectilíneo.

12. Amortecedor – Dispositivo associado à suspensão para reduzir rapidamente as oscilações de um


veículo.

13. Cardin – Dispositivo que transmite o movimento entre o motor e a roda, constituido por um eixo e
rotúlas protegidas por um fole.

14. Peso suspenso – Peso total suportado pela suspensão de um veículo.

15. Peso não suspenso – Peso da parte de um veículo que não é suportada pela suspensão.

16. Eixo – Conjunto de rodas de um veículo cujos centros se encontram num mesmo plano vertical,
transversal a esse veículo.

17. Rodado – Conjunto de eixos a distância suficientemente pequena uns dos outros para poderem,
para determinado fim, ser considerados como um único eixo.

18. Largura do eixo – Distância entre as faces externas das rodas extremas de um eixo.

19. Largura do rodado – Largura do eixo mais largo de um rodado.

20. Piso – Superfície periférica da roda, destinada a contactar com o pavimento.

21. Rasto – Impressão deixada, pelo piso das rodas de um veículo, na superfície sobre que se
desloca.

22. Cubo da roda – Parte da roda onde entra o eixo da roda e se fixa à jante.

23. Patinagem – Deslizamento entre a roda e o pavimento.

24. Derrapagem – Patinagem que provoca mudança da trajectória de um veículo.

25. Tara – Peso de um veículo sem carga.

26. Peso bruto – Soma da carga com a tara do veículo.

27. Distribuição da arga por eixo – carga total transmitida a cada eixo.

28. Carga por eixo – Carga total transmitida ao pavimento por um eixo ou um rodado.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 1.7


Classificação de Veículos Automóveis

2 - Classificação de veículos automóveis

2.1 - CLASSES E TIPOS DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS

Do Código da Estrada art.º 106º


Classes e tipos de automóveis

1. Os automóveis classificam-se em:

a) Ligeiros: veículos com peso bruto igual ou inferior a 3500kg e com lotação não superior a nove
lugares, incluindo o do condutor;

b) Pesados: veículos com peso bruto superior a 3500kg ou com lotação superior a nove lugares,
incluindo o do condutor.

2. Os automóveis ligeiros ou pesados incluem-se, segundo a sua utilização, nos seguintes tipos:

a) De passageiros: os veículos que se destinam ao transporte de pessoas;

b) De mercadorias: os veículos que se destinam ao transporte de cargas.

3. Os automóveis de passageiros e de mercadorias que se destinam ao desempenho de função diferente


do normal transporte de passageiros ou de merdadorias são considerados especiais, tomando a
designação a fixar em regulamento, de acordo com o fim a que se destinam.

4. As categorias de veículos para efeito de aprovação de modelo são definidas em regulamento.

2.2 - Categorias dos veículos

Definições das categorias e modelos de veículos

A - As categorias de veículos são definidas de acordo com a seguinte classificação:

1.

• Categoria M: veículos a motor destinados ao transporte de passageiros com pelo menos quatro
rodas;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 2.1


Classificação de Veículos Automóveis

• Categoria M1: veículos destinados ao transporte de passageiros com oito lugares sentados no
máximo, além do lugar do condutor (figura 2.1);

Fig. 2.1 - Veículo da categoria M1

• Categoria M2: veículos destinados ao transporte de passageiros, com mais de oito lugares sentados,
além do lugar do condutor e uma massa máxima em carga tecnicamente admissível não superior a
5 t (figura 2.2).

Fig. 2.2 - Veículo da categoria M2

2.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Classificação de Veículos Automóveis

• Categoria M3: veículos destinados ao transporte de passageiros, com mais de oito lugares sentados,
além do condutor e uma massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 5 t (figura
2.3);

Fig. 2.3 - Veículo da categoria M3

2.
• Categoria N: veículos a motor destinados ao transporte de mercadorias, com pelo menos quatro
rodas;

• Categoria N1: veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga
tecnicamente admissível não superior a 3,5 t (figura 2.4);

Fig. 2.4 - Veículo da categoria N1

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 2.3


Classificação de Veículos Automóveis

• Categoria N2: veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga
tecnicamente admissível superior a 3,5 t mas não superior a 12 t (figura 2.5);

Fig. 2.5 - Veículo da categoria N2

• Categoria N3: veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga
tecnicamente admissível superior a 12 t (figura 2.6).

Fig. 2.6 - Veículo da categoria N3

No caso de um veículo tractor concebido para ser ligado a um semi-reboque ou reboque de eixo(s)
central(is), a massa a considerar para a classificação de veículo é a massa do veículo tractor em ordem
de marcha, acrescida da massa correspondente à carga vertical estática máxima transferida para o
veículo tractor pelo semi-reboque ou reboque de eixo(s) central(is), e, quando aplicável, da massa
máxima correspondente à própria carga do veículo tractor.

2.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Classificação de Veículos Automóveis

3.
• Categoria O: reboques, incluindo semi-reboques ;

• Categoria O1: reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível não superior a
0,75 t (figura 2.7);

Fig. 2.7 - Veículo da categoria O1

• Categoria O2: reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 0,75 t
mas não superior a 3,5 t (figura 2.8);

Fig. 2.8 - Veículo da categoria O2

• Categoria O3: reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 3,5 t
mas não superior a 10 t (figura 2.9);

Fig. 2.9 - Veículo da categoria O3

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 2.5


Classificação de Veículos Automóveis

• Categoria O4: reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 10 t
(figura 2.10).

Fig. 2.10 - Veículo da categoria O4

No caso de um semi-reboque ou reboque de eixo(s) central(is), a massa máxima a considerar para a


classificação do reboque corresponde à carga vertical estática transmitida ao solo pelo eixo ou eixos
do semi-reboque ou reboque de eixo(s) central(is) quando ligado ao veículo tractor e quando sujeito à
sua carga máxima.

4. Veículos fora de estrada (símbolo G)

Veículos para fins especiais: um veículo da categoria M, N ou O para transportar passageiros ou


mercadorias ou desempenhar uma função especial para a qual são necessários arranjos da carroçaria
e ou equipamentos especiais (figura 2.11).

Fig. 2.11- Veículo para fins especiais

2.6 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Classificação de Veículos Automóveis

Autocaravanas: um veículo da categoria M1 para fins especiais construído de modo a incluir um espaço
residencial que contém pelo menos os seguintes equipamentos (figura 2.12):

• Bancos e mesa;
• Espaço para dormir, que pode ser convertido a partir dos bancos;
• Equipamentos de cozinha;
• Instalações para armazenamento.

Estes equipamentos devem estar rigidamente fixados no compartimento residencial; todavia, a mesa
pode ser concebida para ser facilmente amovível.

Fig. 2.12- Autocaravana

Ambulâncias: veículos a motor da categoria M destinados ao transportes de pessoas doentes ou


feridas e que têm equipamentos especiais para tal fim (figura 2.13).

Fig. 2.13- Ambulância

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 2.7


Classificação de Veículos Automóveis

Carros funerários: veículos a motor destinados ao transporte de defuntos e que têm equipamentos
especiais para tal fim, como mostra a figura 2.14.

Fig. 2.14- Carro Funerário

5.Veículos fora de estrada (símbolo G)

• Qualquer veículo da categoria N1, com uma massa máxima que não exceda 2 t, bem como qualquer
veículo da categoria M1, será considerado veículo fora de estrada (figura 2.15) se:

- Estiver equipado, pelo menos, com um eixo dianteiro e, pelo menos, um eixo à retaguarda
concebidos para serem simultaneamente motores incluindo os veículos cuja motricidade de
um eixo possa ser desembraiada;

- Estiver equipado, pelo menos, com um dispositivo de bloqueamento do diferencial, ou, pelo
menos, com um mecanismo que assegure um efeito semelhante e se puder transpor um
gradiente de 30%, calculado estando o veículo isolado.

Fig. 2.15- Veículo todo o terreno

2.8 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Classificação de Veículos Automóveis

• Além disso, deve satisfazer, pelo menos, cinco das seis exigências seguintes:

- Ter um ângulo de ataque mínimo de 25º;


- Ter um ângulo de fuga mínimo de 20º;
- Ter um ângulo de rampa mínimo de 20º;
- Ter uma distância ao solo mínima sob o eixo da retaguarda de 180 mm;
- Ter uma distância ao solo mínima entre os eixos de 200 mm.

Qualquer veículo da categoria N1 com uma massa máxima superior a 2 t, das categorias N2 e M2 e
da categoria M3 com uma massa máxima que não exceda 12 t será considerado como veículo fora
da estrada se todas as rodas forem concebidas para serem simultaneamente motoras, incluindo os
veículos cuja motricidade de um eixo possa ser desembraiada, ou se satisfazer as três exigências
seguintes:

• Ter, pelo menos, um eixo dianteiro e, pelo menos, um eixo à retaguarda concebidos para
serem simultaneamente motores, incluindo os veículos cuja motricidade de um eixo possa ser
desembraiada;

• Estar equipado, pelo menos, com um dispositivo de bloqueamento do diferencial, ou, pelo menos,
um mecanismo que assegure um efeito semelhante;

• Poder transpor um gradiente de 25%, calculado estando o veículo isolado.

Os veículos da categoria N1, com uma massa que não exceda 2 t, e da categoria M1 devem estar em
ordem de marcha, isto é, com fluido de arrefecimento, lubrificantes, combustível, ferramentas, roda de
reserva e condutor com uma massa avaliada em 75 kg.

Os veículos que não os referidos devem estar carregados com a massa máxima tecnicamente admissível
declarada pelo fabricante.
A verificação da transposição dos gradientes requeridos (25% e 30%) será efectuada por simples
cálculo. Todavia, em casos excepcionais, o serviço técnico pode pedir que um veículo do modelo em
questão lhe seja apresentado para proceder a um ensaio real.
Aquando das medições dos ângulos de ataque, de fuga e de rampa, não serão tomados em consideração
os dispositivos de protecção contra o encaixe.

O símbolo «G» deve ser combinado com qualquer dos símbolos «M» ou «N». Por exemplo, um veículo
da categoria N1 que é adequado para a utilização fora de estrada deve ser designado como N1G.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 2.9


Classificação de Veículos Automóveis

2.3 - Definição de modelo de veículo

1. Em relação à categoria M1:

O «modelo» abrange o conjunto de veículos que não diferem no que se refere aos seguintes aspectos
essenciais, pelo menos:

• O fabricante;
• A designação de modelo do fabricante;
• Aspectos essenciais de construção e de projecto:
• Quadro/piso (diferenças óbvias e fundamentais);
• Motor (de combustão interna: eléctrico/híbrido), como mostra a figura 2.16.

Fig. 2.16 - Comparação entre modelos diferentes

2.10 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Classificação de Veículos Automóveis

Por «variante» de um modelo entende-se o conjunto de veículos dentro de um modelo que não diferem
no que se refere aos seguintes aspectos essenciais, pelo menos:

• Estilo da Carroçaria [por exemplo, berlina tricorpo, berlina bicorpo, coupé, descapotável,
carrinha (break), veículos para vários fins];
• Motor;
• Princípios de funcionamento;
• Número e disposição dos cilindros;
• Diferenças de potência superiores a 30% (a mais elevada é superior a 1,3 vezes a mais baixa);
• Diferença de cilindrada superior a 20% (a mais elevada é superior a 1,2 vezes a mais baixa);
• Eixos motores (número, posição e interligação);
• Eixos direccionais (número e posição), como mostra a figura 2.17.

Fig. 2.17 - Comparação entre variantes diferentes

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 2.11


Características Regulamentares dos Veículos

3 - Características regulamentares dos veículos

3.1 - Limites de peso

Do Decreto-Lei n.º 203/2007


Regulamento que fixa os pesos e as dimensões máximos autorizados para os
veículos em circulação

Artigo 2.º - Definições

1 - Para efeitos do disposto no presente Regulamento, entende-se por:

a) «Veículo a motor» qualquer veículo provido de um motor de propulsão que circule na via pública
pelos seus próprios meios;

d) «Dimensões máximas autorizadas» as dimensões máximas para a utilização de um veículo


previstas na secção seguinte;

e) «Tara» o peso do veículo em ordem de marcha, sem passageiros nem carga, com o líquido
de arrefecimento, lubrificantes, 90% do total de combustível, 100% dos outros fluídos, excepto
águas residuais, ferramentas e roda de reserva, quando esta seja obrigatória e, com excepção
dos ciclomotores, motociclos, triciclos e quadriciclos, o condutor (75 kg), devendo ainda ser
considerado, no caso dos veículos pesados de passageiros, o peso do guia (75 kg), se estiver
previsto um lugar específico para o mesmo;

f) «Peso bruto» o conjunto da tara e da carga que o veículo pode transportar;

g) «Peso bruto por eixo» o peso resultante da distribuição do peso bruto por um eixo ou grupo de
eixos;

h) «Peso bruto rebocável» a capacidade máxima de carga rebocável dos veículos a motor e
tractores agrícolas;

i) «Dimensões» as medidas de comprimento, largura e altura do contorno envolvente de um veículo,


compreendendo todos os acessórios para os quais não esteja prevista uma excepção;

j) «Lotação» o número de passageiros que o veículo pode transportar, incluindo o condutor.

Artigo 12.º - Outras características relativas a pesos

1 - O peso bruto no eixo ou eixos motores de um veículo ou conjunto de veículos não pode ser inferior
a 25% do peso bruto do veículo ou conjunto de veículos.

2 - O peso bruto que incide sobre o eixo da frente não pode ser inferior a 20% ou 15% do peso bruto
total, conforme se trate, respectivamente, de veículos de um ou mais eixos à retaguarda.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.1


Características Regulamentares dos Veículos

3 - O valor do peso bruto máximo, em toneladas, de um veículo a motor de quatro eixos não pode
exceder cinco vezes o valor da distância, em metros, entre os eixos extremos do veículo, excepto no
caso dos veículos com caixa aberta ou betoneira.

4 - Nos veículos ligeiros de mercadorias com quadro-cabina separados, após carroçamento, a carga útil
não pode ser inferior a 10% do peso bruto.

3.2 - Travões

Do Regulamento do Código da Estrada art.º 18º


Travões

Os travões dos veículos automóveis devem ter a eficiência bastante para, rodando o veículo em patamar
à velocidade de V [km/h[, o imobilizarem nas condições seguintes:

a) O travão de serviço deve fazer parar o veículo numa distância máxima de V2/100 [m];

b) O travão de estacionamento deve fazer parar o veículo numa distância máxima de V2/50 [m].

Qualquer veículo em andamento, em condições ideais, tem de se imobilizar numa distância máxima
igual à dada pelas fórmulas apresentadas, consoante o tipo de travão utilizado, como mostra a figura
3.1.

Fig. 3.1 - Travão de disco

3.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

3.2.1 - Tabela de distâncias de travagem (em segurança)

A tabela 3.1 mostra a distância de travagem consoante a velocidade do veículo.

Distância percorrida
Velocidade em Velocidade Distância total
Km/h em metros por percorrida até
Durante o tempo Durante a
segundo à paragem (em
de reacção travagem
metros)
40 11,1 8,3 10 18,3

50 13,9 10,4 16,1 26,5

60 16,7 12,5 23,2 35,7

70 19,4 14,6 31,4 46

80 22,2 16,7 41 57,7

90 25 18,7 52 70,7

100 27,8 20,9 64,5 85,4

110 30,6 23 78 101

120 33,4 25 93 118

140 38,8 29,2 123 152,2

180 50 37,5 208 245,5


Tab. 3.1 - Distância de travagem consoante a velocidade do veículo

O gráfico 3.1 mostra a relação entre a velocidade e distância percorriga até parar, por um veículo no
momento da travagem.

Graf. 3.1 - Distâncias de travagem

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.3


Características Regulamentares dos Veículos

3.2.2 - Classificação das deficiências em função da eficiência de


TRAVAGEM

Do Despacho DGV n.º 5392/99 ( 2ª Série ) do anexo n.º1


Classificação das deficiências

2 - Desempenho e eficiência dos travões de serviço:

2.1 - Comportamento funcional (aumentando na força de travagem progressivamente até ao


valor máximo):

• Força de travagem inadequada de uma ou mais rodas.................................................tipo 2

• A força de travagem de qualquer roda inferior a 70% do valor máximo registado


na outra roda do mesmo eixo (registo automatizado dos valores)................................tipo 2

• No caso de o eixo de travagem ser efectuada em estrada, o desvio do veículo


em relação a uma linha recta é excessivo.....................................................................tipo 2

• Inexistência de variação gradual da força de travagem (trepidação ou bloquea-


mento brusco)................................................................................................................tipo 2

• Tempo de resposta anormal na operação de travagem de qualquer roda....................tipo 2

• Flutuação excessiva da força de travagem devida à existência de discos empe-


nados ou de tambores ovalizados.................................................................................tipo 2

2.2 - Eficiência:

• Para ligeiros:

Inferior a 25%...........................................................................................................tipo 3
Entre 25% e 50% (exclusive)...................................................................................tipo 2

4. Desempenho e eficiência do travão de estacionamento:

4.1 - Desempenho: travão inoperativo num dos lados...........................................................tipo 2

4.2 - Eficiência: inferior a 16% (registo automatizado dos valores)........................................tipo 2

3.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

3.2.3 - cálculo matemático do valor da eficiência de travagem

Do Despacho DGV n.º 5392/99 ( 2ª Série ) anexo n.º1

II – Cálculo matemático do valor da eficiência de travagem – a eficiência de travagem, deve estar


relacionada com a massa máxima autorizada ou, no caso dos semi-reboques, com a soma das cargas
máximas autorizadas, por eixo.

A determinação do valor da eficiência de travagem é baseada na seguinte expressão matemática:

F
E (%) = ______ x 100
P x 9,81
em que:

E = valor da eficiência (em percentagem)


F = soma das forças máximas de travagem medidas em cada roda durante o ensaio (Newton)
P = massa do veículo no momento do ensaio (kg)

3.3 - Rodados

Do Regulamento do Código da Estrada art.º 19


Rodados

1. Quando o número de rodados for de três, um à frente e dois à retaguarda, considerar-se-á como
distância entre eixos a distância entre o eixo do primeiro rodado e o meio dos eixos dos rodados da
retaguarda. Havendo dois rodados à frente e um à retaguarda, a distância entre o eixo do primeiro
rodado e o da retaguarda. Se o número de rodados for de quatro, dois à frente e dois à retaguarda,
será considerada como distância entre eixos a distância entre o primeiro eixo da frente e o meio dos
eixos da retaguarda.

2. O peso bruto que incide sobre o rodado dianteiro não poderá ser inferior a 20 por cento ou 15 por
cento do peso bruto total, conforme os veículos tiverem à retaguarda, respectivamente, um ou mais
eixos.

3.4 - Caixas
Do Regulamento do Código da Estrada art.º 19
Caixas

3. Quaisquer que sejam as dimensões das caixas dos veículos automóveis ou dos reboques não devem
as mesmas prejudicar as suas boas condições de equilíbrio. Nos automóveis pesados a linha vertical
que passa pelo centro da gravidade da caixa deve estar situada à frente do eixo da retaguarda e a
uma distância deste não inferior a 5 por cento de distância entre os eixos. Nos automóveis ligeiros
bastará que a referida linha não fique situada à retaguarda do eixo traseiro (figura 3.2).

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.5


Características Regulamentares dos Veículos

5. Nos automóveis destinados ao transporte simultâneo de carga e passageiros o comprimento do leito


da caixa reservado ao transporte das mercadorias não poderá ser inferior a 40 por cento da distância
entre eixos.

6. Nos automóveis de carga e reboques de caixa aberta, os taipais não podem ter altura inferior a 45
cm e, quando abertos, devem ficar perpendiculares ao solo.

7. A altura interior das caixas fechadas dos veículos dos tipos «ambulância» e «funerário» não poderá
ser inferior a 120 cm. Nos automóveis ligeiros do tipo misto esta altura não poderá ser inferior a 115
cm, sendo 90 cm do tecto do assento ao leito da caixa.

8. As caixas fechadas dos automóveis pesados destinados ao transporte de passageiros deverão ser
estanques ao vento e à chuva.

9. Igualmente os automóveis pesados de passageiros poderão ter degraus transversais situados no


leito da caixa, devendo a sua altura estar compreendida entre 15 cm e 25 cm. Contudo, se houver um
degrau situado junto à ultima fila de bancos, deverá ter uma altura inferior a 20 cm e uma profundidade
mínima de 30 cm. Este degrau não será considerado para efeito de verificação da altura interior do
veículo.

10. O orifício de enchimento do reservatório do combustível deve ficar situado no exterior da caixa.

Fig. 3.2 - Veículo ligeiro (menor que 3,5 t) com um caixa frigorifica

3.6 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

3.5 - Portas e janelas

Do Regulamento do Código da Estrada art.º 21


Portas e janelas

5. Nos automóveis mistos com peso bruto superior a 2500 kg, a altura ao solo do primeiro degrau
de acesso não poderá exceder 43 cm, medidas nas condições atrás referidas; a altura de
quaisquer outro degrau de acesso não poderá ser superior a 30 cm e a sua profundidade não
será inferior a 20 cm; Em qualquer caso, dever-se-á poder assentar sobre eles uma superfície
rectangular com as dimensões mínimas de 38 cm x 20 cm.

Nos veículos automóveis destinados unicamente ao transporte de crianças haverá uma única
porta para entrada e saída destas, situada à direita do condutor e pelo mesmo comandada do
seu lugar. A porta deverá permitir ao condutor ver do seu lugar, através dela, o pavimento.

3.6 - Disposições especiais aplicáveis em transportes


públicos de passageiros

Do Regulamento do Código da Estrada art.º 30


Disposições especiais aplicáveis a automóveis utilizados em transportes
públicos de passageiros
1. Os automóveis ligeiros (figura 3.3), e pesados utilizados em transportes públicos de passageiros
devem ter:

a) Pelo menos uma roda completa de reserva em condições de imediata utilização;

b) Extintores de incêndio em condições de imediato funcionamento colocados em locais bem visíveis


e de fácil alcance;

c) O ferramental e acessórios que, pela D.G.V., forem considerados indispensáveis.

Fig. 3.3 - Veículo ligeiro utilizado em transporte de passageiros

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.7


Características Regulamentares dos Veículos

Exceptuam-se do disposto nas alíneas a) e c) deste número os automóveis pesados de passageiros


da categoria I.

2. Os veículos a que este artigo se refere deverão estar sempre em perfeito estado de asseio e
conservação, tanto interior como exteriormente.

3. Além dos dispositivos luminosos exigidos no artigo 30.º do C.E. é obrigatória a instalação, no interior
dos automóveis utilizados no transporte público de passageiros, de um sistema de iluminação que
nos automóveis pesados será permanente e deverá permitir a fácil leitura em todos os lugares sem,
no entanto, prejudicar a boa visibilidade do condutor ou dos condutores de outros veículos que por
ele passem. Deverão ainda ser convenientemente iluminados os degraus a que se refere o n.º 5 do
artigo 21.º.

4. Os veículos a que o presente artigo se refere deverão dispor de, pelo menos, 2 portas, podendo ser
ambas de serviço ou uma de serviço e outra de emergência; porém, os veículos das categorias I e II
com uma lotação superior a 17 lugares deverão possuir 2 portas no painel lateral direito destinadas à
entrada e saída de passageiros. Os veículos das categorias I e II com lotação superior a 60 lugares
deverão dispor de pelo menos, 3 portas de serviço, todas no painel direito; para este efeito, considerar-
se-ão como porta dupla a que tiver um espaço livre mínimo de 120 cm, medido nos termos do n.º 5
do artigo 21.º.

3.7 - Dimensões dos veículos

Do Decreto-Lei n.º 99/2005 (Secção II)


Artigo 5.º - Dispositivos não tomados em consideração na medição do
comprimento.

Na medição do comprimento dos veículos não são tomados em consideração os seguintes


dispositivos:

a) Limpa-pára-brisas e dispositivos de lavagem do pára-brisas;

b) Chapas de matrícula à frente e à retaguarda (figura 3.4);

c) Dispositivos de selagem aduaneira e sua protecção;

d) Dispositivos de fixação dos oleados das coberturas das caixas e sua protecção;

3.8 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

Fig. 3.4 - Posição das matrículas nos veículos

e) Luzes;

f) Espelhos retrovisores ou outros dispositivos auxiliares de visão para a retaguarda (figura 3.5);

Fig. 3.5 - Espelhos rectovisores

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.9


Características Regulamentares dos Veículos

g) Tubos de admissão de ar (figura 3.6);

Fig. 3.6 - Tubos de admissão de ar

h) Batentes para caixas amovíveis;

i) Degraus e estribos de acesso (figura 3.7);

Fig. 3.7 - Degraus atrás e lateral

j) Borrachas;

3.10 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

l) Plataformas elevatórias, rampas de acesso e outros equipamentos semelhantes, em ordem de


marcha, desde que não constituam saliência superior a 200 mm (figuras 3.8 e 3.9);

Fig. 3.8 - Plataforma elevatória

Fig. 3.9 - Engates do veículo motor

Artigo 6.º - Dispositivos não tomados em consideração na medição da largura

Na medição da largura dos veículos não são tomados em consideração os seguintes dispositivos:

a) Luzes;

b) Dispositivos de selagem aduaneira e sua protecção;

c) Dispositivos de fixação de oleados e sua protecção;

d) Dispositivos de controlo da pressão dos pneus;

e) Elementos flexíveis dos sistemas antiprojecção;

f) Espelhos retrovisores;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.11


Características Regulamentares dos Veículos

g) Degraus e estribos retrácteis;

h) Partes deflectidas das paredes laterais dos pneus imediatamente acima do ponto de
contacto com o solo;

i) Nos veículos das categorias europeias M2 e M3, rampas de acesso em ordem de marcha,
plataformas de elevação e outro equipamento semelhante que não ultrapasse 10 mm em
relação à face lateral do veículo, desde que os cantos posteriores e anteriores das rampas se
apresentem arredondados com um raio não inferior a 5 mm e as arestas sejam boleadas com
um raio não inferior a 2,5 mm.

Artigo 7.º - Dispositivos não tomados em consideração na medição da altura

Na medição da altura dos veículos não são tomados em consideração as antenas de comunicação e os
pantógrafos na sua posição mais elevada.

Artigo 11.º - Outras características relativas a dimensões

1 - Nos conjuntos veículo a motor-reboque, com excepção dos formados por veículos a motor das
categorias europeias M1 ou N1 ou tractores agrícolas, ou que incluam reboques das categorias
europeias O1 ou O2, a distância entre o eixo da retaguarda do veículo a motor e o eixo da frente do
reboque não deve ser inferior a 3 m.

4 - Nos automóveis equipados com caixas especiais, nenhuma parte do veículo pode passar além de
um plano vertical paralelo à face lateral do mesmo e distando desta 1200 mm quando o veículo
descreve uma curva com o ângulo de viragem máximo das rodas directrizes.

5 - Por despacho do director-geral de Viação são fixados os valores máximos que as caixas podem
exceder relativamente à largura dos rodados mais largos.

6 - Todos os acessórios móveis devem ser fixados de forma a evitar que, em caso de oscilação, passem
além do contorno envolvente dos veículos.

7 - Os cubos das rodas e as lanternas dos veículos de tracção animal podem sobressair até ao
limite de 200 mm sobre cada uma das faces laterais.

3.8 - Características das luzes dos veículos

Da Portaria n.º 851/94


Regulamenta as características das luzes dos veículos

Artigo 1.º - Para efeitos do disposto na presente portaria entende-se:

a) «Luz», um dispositivo destinado a iluminar a estrada ou emitir um sinal luminoso. Os dispositivos


de iluminação da chapa de matrícula da retaguarda e os reflectores são igualmente considerados
como luzes;

3.12 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

b) «Luzes agrupadas», os dispositivos que tenham superfícies iluminantes e fontes luminosas


distintas, mas o mesmo invólucro;

c) «Luzes combinadas», os dispositivos que tenham superfícies iluminadas distintas, mas uma
fonte luminosa e um invólucro comuns;

d) «Luzes incorporadas», os dispositivos que tenham fontes luminosas distintas ou uma fonte
luminosa única que funcione em diferentes modos, possuindo superfícies iluminantes total ou
parcialmente comuns e um mesmo invólucro;

e) «Luz de estrada (máximos)», a luz que serve para iluminar a estrada a uma grande distância
para a frente do veículo, como mostra a figura 3.10;

Fig. 3.10 - Luzes de estrada mais luzes de cruzamento

f) «Luz de cruzamento (médios)», a luz que serve para iluminar a estrada para a frente do veículo,
sem encandear nem incomodar indevidamente os condutores que venham em sentido contrário
ou os outros utentes da estrada, como mostra a figura 3.11;

Fig. 3.11 - Luzes de cruzamento


g) «Luzes de presença», as luzes que servem para indicar a presença e a largura do veículo
quando visto de frente e da retaguarda. As luzes de presença da frente tomam a designação de
«mínimos»;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.13


Características Regulamentares dos Veículos

h) «Luz indicadora de mudança de direcção», a luz que serve para indicar aos outros utentes da
estrada que o condutor tem a intenção de mudar de direcção para a direita ou para a esquerda
(figura 3.12);

Fig. 3.12 - Luzes indicadores de mudança de direcção ou avisadoras de perigo

i) «Luzes avisadoras de perigo», o funcionamento simultâneo de todos os indicadores de mudança


de direcção destinado a assinalar que o veículo representa nomeadamente um perigo especial
para os outros utentes da estrada (figura 3.12);

j) «Luz de travagem», a luz que serve para indicar a outros utentes da estrada que se encontram atrás
do veículo que o condutor deste está a accionar o travão de serviço (figura 3.13);

Fig. 3.13 - Luzes de travagem

k) «Luz de marcha atrás», a luz que serve para iluminar a estrada para a retaguarda do veículo
e para avisar os outros utentes da estrada que o veículo faz ou vai fazer marcha atrás (figura
3.14);

Fig. 3.14 - Luzes de marcha atrás

3.14 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

l) «Luz da chapa de matricula», o dispositivo que serve para assegurar a iluminação do espaço
destinado à chapa de matricula da retaguarda (figura 3.15);

Fig. 3.15 - Luzes da chapa de matricula

m) «Luz de nevoeiro da retaguarda», a luz que serve para tornar mais visível o veículo quando
visto da retaguarda, em caso de nevoeiro intenso ou outras situações de redução significativa da
visibilidade (figura 3.16);

Fig. 3.16 - Luzes de nevoeiro da retaguarda

n) «Luz de nevoeiro da frente», a luz que serve para melhorar a iluminação da estrada em caso de
nevoeiro ou outras situações de redução significativa da visibilidade (figura 3.17);

Fig. 3.17 - Luzes de nevoeiro da frente

o) «Luz delimitadora», a luz destinada a indicar a largura total do veículo, destinando-se a completar,
para determinados veículos automóveis e reboques, as luzes de presença e da retaguarda de
veículos, chamando especial atenção para as suas dimensões;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.15


Características Regulamentares dos Veículos

p) «Luz de presença lateral», a luz que serve para indicar a presença do veículo quando visto de
lado (figura 3.18);

Fig. 3.18- Luzes de presença lateral

q) «Reflector», um dispositivo que serve para indicar a presença de um veículo por reflexão da luz
proveniente de uma fonte luminosa, não ligada a esse veículo, estando o observador colocado
perto da referida fonte luminosa (figura 3.19);

Fig. 3.19 - Reflectores

r) «Avisador de accionamento», uma luz que indica que um dispositivo foi posto em acção.

Artigo 2.º - Os veículos automóveis e reboques devem possuir à frente luzes de presença
(mínimos) com as seguintes características (figura 3.20):

a) As luzes de mínimos deverão apresentar uma intensidade tal que sejam visíveis de noite e por
tempo claro a uma distância mínima de 150 m;

Fig. 3.20 - Luzes de presença dianteiras

3.16 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

b) Número:

• Automóveis ligeiros e pesados – duas luzes;


• Motociclos – uma luz;
• Reboques de largura superior a 1600 mm ou sempre que a sua largura seja superior à do
veículo tractor – duas luzes;

c) Cor da luz emitida – branca;



d) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura (com excepção dos motociclos):


• Devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam as dimensões máximas
do veículo de 400 mm;
• Nos reboques, devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam as
dimensões máximas do veículo de 150 mm;
• Devem estar situadas a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo de
300 mm;

Em comprimento:
• Devem estar colocadas na frente do veículo;

Em altura:
• Devem estar colocadas a uma altura ao solo que não exceda 1550 mm;
• Se a forma do veículo não permitir respeitar a altura máxima de 1550 mm, aquele valor será
alterado para 2100 mm;

e) Devem estar orientadas para a frente;

f) Deve existir avisador de accionamento, não intermitente, que poderá no entanto ser dispensado
se estas luzes acenderem simultaneamente com as do painel de instrumentos.

Artigo 3.º - Os veículos automóveis e reboques devem possuir à retaguarda luzes de presença com
as seguintes características (fig. 3.21):

a) Número:

• Automóveis ligeiros e pesados – duas luzes;


• Reboques – duas luzes;
• Motociclos – uma luz.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.17


Características Regulamentares dos Veículos

Os motociclos com carro lateral terão na parte superior direita deste uma luz que emita luz branca para
a frente e luz vermelha para a retaguarda. Esta luz será instalada do lado esquerdo sempre que o carro
esteja colocado à frente ou à retaguarda do motociclo;

Fig. 3.21 - Luzes de presença traseiras

b. Cor da luz emitida - vermelha.

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura (com excepção dos motociclos):


• Devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam as dimensões máximas
do veículo de 400 mm;

• Nos reboques, devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam as
dimensões máximas do veículo de 150 mm;

• Devem estar situadas a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo de
300 mm;

Em comprimento:
• Devem estar colocadas na frente do veículo;

Em altura:
• Devem estar colocadas a uma altura ao solo que não exceda 1550 mm;

• Se a forma do veículo não permitir respeitar a altura máxima de 1550 mm, aquele valor será
alterado para 2100 mm;

d. Devem estar orientadas para a frente;

e. Deve existir avisador de accionamento, não intermitente, que poderá no entanto ser dispensado
se estas luzes acenderem simultaneamente com as do painel de instrumentos.

Artigo 4.º - Com excepção dos tractores agrícolas, os veículos automóveis devem possuir à frente
luzes de estrada (máximos) com as seguintes características (figura 3.22):

a) Os máximos devem emitir um feixe luminoso que atinja, de noite e por tempo claro, pelo menos
100 metros;

3.18 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

b) Número:
• Automóveis ligeiros e pesados: duas luzes;
• Motociclos: uma luz;

c) Cor da luz emitida: branca ou amarela;

d) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:
• Nenhuma especificação em especial;

Em comprimento:
• Devem ser colocadas na frente do veículo e montadas de tal modo que a luz emitida não
cause, directa ou indirectamente, incómodo ao condutor, através dos espelhos retrovisores
ou outras superfícies reflectoras do veículo;

Em altura:
• Nenhuma especificação especial;

e) Devem estar orientadas para a frente;

f) Deve existir um avisador de accionamento.

Fig. 3.22 - Luzes de estrada

Artigo 5.º - Para além das luzes referidas no número anterior, os veículos automóveis devem possuir
luzes de cruzamento (médios), com as seguintes características (figura 3.23):

a) Devem emitir um feixe luminoso que, projectando-se no solo, o ilumine eficazmente numa distância
de 30m, por forma a não causar encandeamento aos demais utentes das vias públicas, qualquer
que seja a direcção em que transitem;

b) Número:
• Automóveis ligeiros e pesados – duas luzes;
• Motociclos – uma luz;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.19


Características Regulamentares dos Veículos

c) Cor da luz emitida – branca ou amarela;

d) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:
• Nenhuma especificação em especial;

Em comprimento:
• Devem estar colocadas na frente do veículo e montadas de tal modo que a luz não cause,
directa ou indirectamente, incómodo ao condutor, através dos espelhos retrovisores e ou
outras superfícies reflectoras do veículo;

Em altura:
• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 500 mm e 1200 mm;

d) Devem estar orientadas para a frente, apresentando uma montagem tal que permita uma regulação
fácil, rápida e segura da sua orientação. Podem ser utilizadas luzes médias assimétricas que,
evitando o encadeamento, permitam que o feixe luminoso emitido tenha um alcance superior no
seu lado direito;

e) Pode existir um avisador de accionamento.

Fig. 3.23 - Luzes de cruzamento

Artigo 6.º - Com excepção dos tractores agrícolas e reboques agrícolas, os veículos automóveis e
reboques devem possuir à retaguarda luzes de travagem com as seguintes caracterís-
ticas (figura 3.24):

a) Número:
• Automóveis ligeiros e pesados – duas luzes;
• Motociclos – uma luz;
• Reboques – duas luzes;

Os reboques ficam dispensados das luzes de travagem, sempre que forem claramente visíveis
as do veículo a que vão atrelados;

3.20 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

b) Cor da luz emitida – vermelha ou alaranjada;

c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura (com excepção dos motociclos ou quando exista luz de travagem suplementar):
• Devem estar situadas a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo
de 300 mm;

• Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distância pode ser reduzida
para 200 mm;

Em comprimento:
• Devem estar colocadas na retaguarda do veículo;

Em altura:
• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1550 mm;

• Se a forma do veículo não permitir respeitar a altura máxima de 1550 mm, aquele valor será
elevado para 2100 mm;

d) Devem estar orientadas para a retaguarda, acendendo sempre que seja utilizado o travão de
serviço dos veículos automóveis ou motociclos e, quando de cor vermelha, a sua intensidade
deve ser superior à da luz vermelha a que se refere o número 3 da presente portaria, se com esta
estiver agrupada ou incorporada.

Fig. 3.24 - Luzes de travagem

Artigo 7.º - Os veículos automóveis ligeiros e pesados e seus reboques devem possuir luzes
indicadoras de mudança de direcção, com as seguintes características, como mostra a
figura 3.25:

a) Número:
• Automóveis ligeiros e pesados – quatro luzes;
• Reboques – duas luzes;

b) Para além das luzes referidas na alínea anterior, é permitida a montagem nos veículos automóveis
ligeiros e pesados de luzes indicadoras de mudança de direcção laterais;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.21


Características Regulamentares dos Veículos

c) Cor da luz emitida:


• Para a frente – branca ou laranja;
• Para a retaguarda – vermelha ou laranja;
• Para o lado – laranja;

d) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:
• Devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam as dimensões máximas
do veículo de 400 mm;

• Devem estar situadas a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo
de 300 mm;

• Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distância pode ser reduzida
para 200 mm.

Em comprimento:
• Nos veículos automóveis ligeiros e pesados devem estar colocadas duas à frente e duas à
retaguarda do veículo;

• Nos reboques devem estar colocadas na retaguarda do veículo;

Em altura:
• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1900 mm;

• Se a forma da carroçaria não permitir respeitar a altura máxima de 1900 mm, aquele valor
deve ser elevado para 2300 mm;

e) A luz emitida deve ser intermitente;

f) A ligação das luzes indicadoras de mudança de direcção será independente de qualquer outra luz.
Todas as luzes indicadoras de mudança de direcção situadas no mesmo lado do veículo serão
ligadas e desligadas pelo mesmo comando e devem apresentar intermitência síncrona;

g) Deve existir um avisador de accionamento óptico ou acústico;

h) Nos veículos automóveis adaptados para atrelar um reboque, o comando das luzes indicadoras
de mudança de direcção do veículo tractor deve poder igualmente accionar as luzes indicadoras
de mudança de direcção do reboque;

i) Em veículos históricos, os indicadores de mudança de direcção poderão ser constituídos por


dois braços móveis com o comprimento mínimo de 15cm, dotados de luz continua de cor laranja
colocada uma de cada lado do veículo;

3.22 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

j) Nos motociclos que possuam luzes de mudança de direcção, estas deverão respeitar as disposições
aplicáveis constantes no presente número, com excepção do que se refere ao posicionamento em
largura (figura 3.25).

Fig. 3.25 - Luzes de mudança de direcção

Artigo 8.º - Com excepção dos motociclos, tractores e reboques agrícolas, os veículos automóveis e
reboques matriculados após 27 de Maio de 1990 devem possuir luzes de nevoeiro à
retaguarda, com as seguintes características (figura 3.26):

a) Número:
• Automóveis ligeiros e pesados – uma ou duas luzes;
• Reboques – uma ou duas luzes;

b) Cor da luz emitida – vermelha;

c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:
• Quando a luz de nevoeiro for única, deve estar situada do lado esquerdo do plano longitudinal
médio do veículo;

• A distância entre qualquer luz de nevoeiro à retaguarda e a luz de travagem mais próxima
deve ser superior a 100 mm;

Em comprimento:
• Devem estar à retaguarda;

Em altura:
• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 250 mm e 1000
mm;

d) Devem estar orientadas para a retaguarda;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.23


Características Regulamentares dos Veículos

e) Só devem poder ligar-se quando as luzes de médios, ou de máximos ou de nevoeiro à frente, ou


ainda uma combinação dessas luzes, estiverem em serviço, devendo poder ligar-se ao mesmo
tempo que as luzes máximos, médios e de nevoeiro à frente;

f) Deve existir um avisador de accionamento da luz, sob a forma de um indicador luminoso de cor
âmbar, independente e não intermitente;

g) As luzes a que se refere este número devem obedecer ao modelo aprovado nos termos da
regulamentação em vigor para a aprovação de componentes, não podendo ser homologado
ou matriculado qualquer veículo se as luzes de nevoeiro nele instaladas forem de modelo não
aprovado.

Fig. 3.26 - Luzes de nevoeiro à retaguarda

Artigo 9.º - Os veículos automóveis podem igualmente dispor de luzes de nevoeiro à frente, as quais
podem substituir ou completar as luzes de médios, devendo possuir as seguintes caracterís-
ticas (figura 3.27):

a) Número:
• Automóveis ligeiros e pesados – duas luzes;
• Motociclos – uma ou duas luzes;

b) Cor da luz emitida – branca ou amarela;

c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:
• O ponto da superfície iluminante mais afastado do ponto longitudinal médio do veículo não
deve encontrar-se a mais de 400 mm da extremidade da largura total do veículo;

Em comprimento:
• Devem estar colocadas na frente do veículo, não podendo a luz emitida causar encadeamento
ao condutor do veículo da frente, por reflexão, directa ou indirecta, no espelho retrovisor ou
em quaisquer outras superfícies reflectoras do mesmo, não podendo, em caso algum, a
incidência do feixe luminoso exceder os 30 m;

3.24 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

Em altura:
• Devem estar colocadas no mínimo a 250 mm acima do solo e nenhum ponto da superfície
iluminante se deve encontrar acima do ponto mais alto da superfície iluminante da luz de
cruzamento (médios);

d) Devem estar orientadas para a frente do veículo, sem encadear os condutores que circulam no
sentido oposto, não podendo a sua orientação variar em função da viragem de direcção;

e) Devem ser ligadas e apagadas separadamente das luzes de máximos e das de médios ou de uma
combinação destas;

f) A existência de um avisador de accionamento da luz, sob a forma de um indicador luminoso, é de


instalação facultativa, mas, quando instalado, deve ser sob a forma de um indicador luminoso de
cor verde;

g) As luzes de nevoeiro podem estar agrupadas com qualquer outra luz, não podendo contudo ser
combinadas com outras.

Fig. 3.27 - Luzes de nevoeiro à frente

Artigo 10.º - Com excepção dos tractores e reboques agrícolas, todos os veículos de largura superior
a 2,10m deverão possuir luzes delimitadoras dos mesmos, destinadas a assinalar a sua largura, com
as seguintes características:

a) Número:
• Em todos os veículos – duas visíveis da frente e duas visíveis da retaguarda;

b) Cor da luz emitida – branca à frente e vermelha à retaguarda;

c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:
• Devem estar instaladas o mais próximo possível das arestas exteriores extremas dos
veículos;

Em comprimento:
• Nenhuma especificidade especial;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.25


Características Regulamentares dos Veículos

Em altura:
• Devem ser colocadas à altura máxima que permita respeitar o estabelecido para o seu
posicionamento em largura e seja compatível com a forma ou aspectos funcionais do veículo
e a instalação simétrica das luzes;

• Contudo, à frente nos veículos automóveis não deverão ser colocadas a altura inferior à do
ponto mais elevado da superfície transparente do pára-brisas;

d) Devem estar orientadas de tal forma que as luzes cumpram as condições de visibilidade para a
frente e para a retaguarda;

e) A luz visível da frente e a luz visível da retaguarda, a colocar do mesmo lado do veículo, poderão
estar reunidas num único dispositivo.

Artigo 11.º - Os sinais luminosos destinados a assinalar a mudança de direcção, previstos no n.º 7.º,
poderão ser utilizados em funcionamento simultâneo como luzes avisadoras de perigo,
devendo apresentar as seguintes características:

a) O número, cor da luz emitida, posicionamento e orientação devem obedecer ao especificado para
as luzes indicadoras de mudança de direcção no n.º 7.º da presente portaria;

b) Devem emitir uma luz intermitente com uma frequência de 90+30 ciclos por minuto;

c) O accionamento destas luzes deve ser obtido através de um comando distinto que permita a
intermitência síncrona de todas as luzes indicadoras de mudança de direcção;

d) O avisador de accionamento é de instalação obrigatória e de cor vermelha e intermitente, podendo


funcionar em conjunto com o ou os avisadores de mudança de direcção;

e) Quando um veículo automóvel estiver equipado para atrelar um reboque, o comando das luzes
avisadoras de perigo deve poder igualmente accionar as luzes avisadoras de perigo do reboque;

f) As luzes avisadoras de perigo devem poder funcionar mesmo se o dispositivo que comanda a
marcha ou a paragem do motor se encontrar numa posição tal que a marcha seja impossível.

Artigo 12.º - Os veículos automóveis e reboques podem dispor, à retaguarda, de luzes de marcha-
atrás, com as seguintes características (figura 3.28):

a) Número:
• Em todos os casos – uma ou duas luzes;

b) Cor da luz emitida – branca;

c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

3.26 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

Em largura:
• Nenhuma especificação especial;

Em comprimento:
• Devem estar colocadas na retaguarda do veículo;

Em altura:
• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 250 mm e 1200 mm;

d) Devem ser fixas e insusceptíveis de provocar encadeamento, apresentando um alcance não


superior a 10 m;

e) Devem estar orientadas para a retaguarda, só podendo acender se a marcha-atrás estiver engatada
e se o dispositivo que comanda a marcha ou a paragem do motor se encontrarem em posição tal
que o funcionamento do motor seja possível. Não deve acender-se ou ficar acesa se uma ou outra
das condições acima referidas não for cumprida.

Fig. 3.28 - Luzes de marcha atrás

Artigo 13.º - O número de matrícula inscrito à retaguarda dos veículos automóveis ou reboques
deve ser iluminado por uma luz com as seguintes características:

a) Deve permitir a fácil leitura do número de matricula a uma distância de, pelo menos, 20 m;

b) Relativamente ao seu número, posicionamento e orientação, devem ser tais que o dispositivo pos-
sa assegurar a correcta iluminação do espaço da chapa de matricula;

c) Cor da luz emitida – branca;

d) Deve possuir uma ligação eléctrica funcional com as luzes de presença, devendo ser accionada
conjuntamente com estas.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.27


Características Regulamentares dos Veículos

Artigo 16.º - Os veículos automóveis devem possuir à retaguarda reflectores não triangulares, com as
seguintes características (figura 3.29):

a) Número:
• Automóveis ligeiros e pesados – dois reflectores;
• Motociclos – um reflector;

b) Cor do reflector – vermelha;

c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura (com excepção dos motociclos):


• Devem estar situados a uma distância máxima aos bordos que limitam as dimensões
máximas do veículo de 400 mm;

• Devem estar situados a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo
de 300 mm;

• Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distância pode ser reduzida
para 200 mm;

Em comprimento:
• Devem estar colocados na retaguarda do veículo;

Em altura:
• Devem estar colocados a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1200 mm;

d) Devem estar orientados para a retaguarda.

Fig. 3.29 - Reflectores

3.28 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

Artigo 17.º - Os reboques, semi-reboques, máquinas agrícolas e industriais automotrizes ou rebocadas


devem possuir à retaguarda reflectores triangulares, com as seguintes características:

a) Número – dois reflectores;

b) Cor do reflector – vermelha;

c) Devem respeitar o seguinte posicionamento:



Em largura:
• Devem estar situados a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo
de 300mm;

• Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distância pode ser reduzida
para 200mm;

Em comprimento:
• Devem estar colocados na retaguarda do veiculo;

Em altura:
• Devem estar colocados a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1200 mm;

d) Devem estar orientados para a retaguarda, sendo colocados com um dos vértices para cima e o
lado oposto horizontal;

e) Sempre que as características dos veículos não permitam a montagem dos reflectores de acordo
com o estabelecido anteriormente, podem os mesmos ser colocados em dispositivo amovível
fixado à estrutura do veículo.

Artigo 18.º - Os reboques e semi-reboques devem possuir à frente reflectores não triangulares, com
as seguintes características:

a) Número – dois reflectores;

b) Cor do reflector – incolor ou branca;

c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:
• Devem estar situados a uma distância máxima aos bordos que limitam as
dimensões máximas do veículo de 400 mm;

• No caso dos reboques, aquela distância máxima será de 150 mm;

• Devem estar situados a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo
de 300 mm;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.29


Características Regulamentares dos Veículos

• Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distância pode ser reduzida
para 200 mm;

Em comprimento:
• Devem estar colocados na frente do veículo;

Em altura:
• Devem estar colocados a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1500 mm;

d) Sempre que as características dos veículos não permitam a montagem dos reflectores de acordo
com o estabelecido anteriormente, podem os mesmos ser colocados em dispositivo amovível
fixado à estrutura do veículo.

Artigo 19.º - Todos os veículos automóveis que transitem com reboque deverão possuir sistema de
iluminação do sinal de reboque colocado no tejadilho, com as seguintes caracteristicas:

a) A luz deve iluminar apenas o sinal, tornando-o visível nos dois sentidos de trânsito à distância
mínima de 100 m;

b) Cor da luz emitida – branca.

Artigo 23.º - Todas as luzes referidas anteriormente devem obedecer à convenção de cores e possuir
as correspondentes tonalidades bem definidas e uniformes.

Artigo 24.º - As luzes devem ser emitidas por dispositivos bem regulados e limpos, não podendo ser
objecto de quaisquer interferências que reduzam a sua intensidade luminosa.

Artigo 25.º - Com excepção das luzes de máximos, as luzes não poderão ter intensidade susceptível
de causar encadeamento.

Artigo 26.º - A coloração, quando exigida, não deverá resultar de pintura ou aplicações superficiais
nos dispositivos luminosos, mas ser propriedade dos elementos transparentes ou trans-
lúcidos utilizados.

Artigo 27.º - Sem prejuízo do disposto na alínea d) do n.º 5.º do presente diploma, bem como dos
casos especiais autorizados pela D.G.V., a orientação das luzes deve ser horizontal.

Artigo 28.º - Em todos os casos de obrigatoriedade de instalação de duas luzes do mesmo tipo,
devem estas ser da mesma cor e de igual intensidade, devendo estar colocadas simetri-
camente em relação ao plano longitudinal médio do veículo.

3.30 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

Artigo 29.º - Nos casos de tractores agrícolas e máquinas em que a localização e as distâncias
estabelecidas no presente diploma se mostrem incompatíveis com as suas características, a D.G.V.
poderá autorizar soluções especificas que se mostrem adequadas.

3.9 - Pneus e suas características

Do Decreto Regulamentar n.º 7/98

Artigo 6.º

1. Os automóveis ligeiros e os reboques de peso bruto não superior a 3500 kg não podem transitar
na via pública sem que o piso de todos os seus pneus, incluindo o de reserva, quando obrigatório,
apresente em toda a circunferência da zona de rodagem desenhos com uma altura de, pelo menos,
1,6 mm nos relevos principais (figura 3.30).

Fig. 3.30 - Pneu novo e pneu gasto

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.31


Características Regulamentares dos Veículos

2. Os motociclos, bem como os automóveis e os reboques não abrangidos pelos disposto no número
anterior, não podem transitar na via pública sem que o piso de todos os seus pneus, incluindo o de
reserva, quando obrigatório, apresente em toda a circunferência da zona de rodagem desenhos com
altura de, pelo menos, 1 mm nos relevos principais (figura 3.31).

Fig. 3.31 - Pneu novo e pneu gasto

3. Entende-se por relevos principais os relevos largos situados na zona central da superfície de rodagem,
a qual cobre cerca de três quartos da largura desta superfície.

4. Considera-se zona de rodagem a zona do pneu que, a pressão normal e em alinhamento recto e em
patamar, toque no solo.

Artigo 7.º

1. Nos veículos a que se refere o artigo anterior nenhum pneu, incluindo o de reserva, quando obrigatório,
pode apresentar no piso ou nas partes laterais lesões que atinjam a tela ou a ponham a descoberto
(figura 3.32).

Fig. 3.32 - Pneus com lesão na parte lateral

3.32 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

2. São excluídas as lesões meramente puncturais ou de pouca importância.

Artigo 8.º
1. É proibido reabrir nos pneus os desenhos originais, abrir novos desenhos para além da base
daqueles, bem como transaccionar por qualquer forma, aplicar e utilizar pneus nestas condições ou
consentir na sua utilização.

2. O disposto no número anterior não é aplicável aos pneus destinados aos automóveis e reboques que
estejam nas condições fixadas no n.º 3.1.8 do Regulamento n.º 54/CEE/ONU, anexo ao Decreto n.º
14/89, de 18 de Abril.

Artigo 9.º
1. O disposto nos artigos 6.º e 8.º não é aplicável aos veículos que, por fabrico ou imposição legal, não
possam exceder a velocidade de 20 km/h, nem aos reboques que lhes estejam atrelados.

2. No entanto, nos veículos a que se refere o número anterior não podem os respectivos pneus
apresentar à vista qualquer parte das telas.

Anotação da largura dos pneumáticos nos livretes dos veículos automóveis e


reboques
Direcção-Geral de Viação

Desp. DGV 33/96 - considerando necessário estabelecer um critério uniforme para a anotação da
largura dos pneumáticos nos livretes, determina-se:

1. Nos livretes dos veículos automóveis e reboques, a medida da largura dos pneumáticos constante
do campo «Pneumáticos» corresponderá à largura mínima permitida (figura 3.33).

Fig. 3.33 - Livrete. Indicação do tipo de pneumáticos

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.33


Características Regulamentares dos Veículos

2. O valor máximo admissível da largura do pneumático deverá garantir que o mesmo não faça saliência
relativamente ao contorno envolvente do veículo aprovado.

3. Sempre que o fabricante estabelecer limites para a largura dos pneumáticos a instalar nos veículos,
deverão os mesmos constar nos livretes em anotações especiais.

Características Dimensionais, como mostra a figura 3.34

Piso
Ranhuras
do piso
Corda
Zona inferior da parede lateral
Altura da secção (II)

Parede lateral

Tela
Diâmetro exterior (D)

Carcaça

Diâmetro exterior (D)

Talão

Largura da jante (A)


Diâmetro nominal

Largura da secção (B)


da jante (d)

Largura total

Fig. 3.34 - Vista em corte de um pneu com as respectivas dimensões

As dimensões dos pneus vêm inscritos no seu flanco. Pode ver-se um exemplo:

175 / 70 R 13

Está-se na presença de um pneu com uma largura de 175 mm, com uma relação entre a altura e largura
de 70%. O número da direita informa que o diâmetro da jante é de 13 polegadas.

A letra R indica o tipo de construção (radial).

ALTURA/175x100 = 70% ALTURA = 122,5 mm ALTURA =70x175/100

3.34 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

Fig. 3.35 - Tipo de informação encontrada num pneu

Índices de Carga e Velocidade

O peso máximo que pode suportar um pneu também é indicado pelo fabricante. As referências ao peso
que se vêm no pneu são indicadas por meio de dois algarismos, como mostra a figura 3.35.

• Ex. 195/60 R14 85, como mostra a figura 3.36. O índice indicado de 85 corresponde a
515 kg, como mostra a tabela 3.1.

Fig. 3.36 - Tipo de informação encontrada num pneu

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.35


Características Regulamentares dos Veículos

A velocidade a que pode circular um pneu também vem expressa na banda lateral deste.
Este índice vem indicado através de uma letra.

• Ex. 165/70 R13 79T, como mostra a figura 3.37. O índice T indica-nos uma velocidade
máxima de 190 km/h, como mostra a tabela 3.1.

Fig. 3.37 - Tipo de informação encontrada num pneu

3.36 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Características Regulamentares dos Veículos

Índice Carga por Índice Carga Índice Carga Índice Carga Índice de Vel. em
de carga pneu (kg) de carga Por pneu de por de por pneu veloc. km/h
(kg) carga pneu carga (kg)
(kg)

62 265 79 437 96 710 113 1150 J 100

63 272 80 450 97 730 114 1180 K 110

64 280 81 462 98 750 115 1215 L 120

65 290 82 475 99 775 116 1250 M 130

66 300 83 487 100 800 117 1285 N 140

67 307 84 500 101 825 118 1320 P 150

68 315 85 515 102 850 119 1360 Q 160

69 325 86 530 103 875 120 1400 R 170

70 335 87 545 104 900 121 1450 S 180

71 345 88 560 105 925 122 1500 T 190

72 355 89 580 106 950 123 1550 H 210

73 365 90 600 107 975 124 1600 V 240

74 375 91 615 108 1000 125 1650 W 270

75 387 92 630 109 1030 Y 300

76 400 93 650 110 1060 VR >210

77 412 94 670 111 1090 ZR >240

78 425 95 690 112 1120

Tab. 3.1 - Correspondencia entre o códigos existentes nos pneus e os valores em


unidades conhecidas

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 3.37


Identificação de Veículos

4 - Identificação de veículos
Do Código da Estrada art.º 118
Identificação do veículo

1. Por cada veículo matrículado deve ser emitido um documento destinado a certificar a respectiva
matrícula, donde consta as características que o permitam identificar (figura 4.1).

Fig. 4.1 - Livrete

2. É titular do documento de identificação do veículo a pessoa, singular ou colectiva, em nome da qual


o veículo for matriculado e que, na qualidade de proprietária ou a outro título jurídico, dele possa
dispor, sendo responsável pela sua circulação.

3. O adquirente ou a pessoa a favor de quem seja constituído direito que confira a titularidade do
documento de identificação do veículo deve, no prazo de 30 dias a contar da aquisição ou constituição
do direito, comunicar tal facto à autoridade competente para a matrícula.

4. O vendedor ou a pessoa que, a qualquer título jurídico, transfira para outrem a titularidade de direito
sobre o veículo, deve comunicar tal facto à autoridade competente para a matrícula, nos termos e
no prazo referidos no número anterior, identificando o adquirente ou a pessoa a favor de quem seja
constituído o direito.

5. No caso de alteração do nome ou da designação social, mudança de residência ou sede, deve o


titular do documento de identificação do veículo comunicar essa alteração no prazo de 30 dias à
autoridade competente, requerendo o respectivo averbamento.

6. Quando o documento de identificação do veículo se extraviar ou se encontrar em estado de


conservação que torne ininteligível qualquer indicação ou averbamento, o respectivo titular deve
requerer, consoante os casos, o seu duplicado ou a sua substituição.

7. Só a autoridade competente para a emissão do documento de identificação do veículo pode nele


efectuar qualquer averbamento ou a pôr carimbo.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 4.1


Identificação de Veículos

8. Cada veículo matriculado deve estar provido de chapas com o respectivo número de matrícula, nos
termos fixados em regulamento.

9. Quem infringir o disposto nos n.ºs 3, 4, 7 e 8 e quem colocar em circulação veículo cujas características
não confiram com as mencionadas no documento que o identifica é sancionado com coima de 120 a
600 euros, se sanção mais grave não for aplicável por força de outra disposição legal.

10. Quem infringir o disposto nos n.ºs 5 e 6 é sancionado com coima de 30 a 150 euros.

4.1- Identificação colocada nos veículos

Do Despacho N.º 5392/99 ANEXO N.º10


Identificação de veículos

I. Definições:

a) Número do quadro: este número identifica o construtor (XXX), características gerais do modelo
(YYYYYY) e o número de série do veículo (ZZZZZZZZ); de acordo com a norma ISO 3779 deve
ser constituído por 17 caracteres (XXX YYYYYY ZZZZZZZZ);

b) Número de série : últimos 8 caracteres do número do quadro;

c) Chapa do construtor: chapa de identificação colocada pelo fabricante ou seu mandatário fixada
numa peça não susceptível de ser substituída durante a normal utilização do veículo (figura 4.2);

d) Localização do número do quadro: o número do quadro lê-se na chapa do construtor e deve estar
gravado na metade direita do veículo, em local facilmente acessível, numa peça que normalmente
não é substituída no decurso da utilização normal do veículo.

Fig. 4.2 - Chapa do construtor com informação sobre o veículo

4.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Identificação de Veículos

Do Código da Estrada art.º 117º


Matrícula - Obrigatoriedade de matrícula

1. Os veículos a motor e os seus reboques só são admitidos em circulação desde que matriculados,
salvo o disposto nos nºs 2 e 3 (figura 4.3).

Fig. 4.3 - Vários tipos de matriculas

2. Exceptuam-se do disposto no número anterior os veículos que se desloquem sobre carris e os


reboques cujo peso bruto não exceda 300 kg.

3. Os casos em que as máquinas agrícolas e industriais, os motocultivadores e os tractocarros estão


sujeitos a matrícula são fixados em regulamento.

4. A matrícula do veículo deve ser requerida à autoridade competente pela pessoa, singular ou colectiva,
que proceder à sua admissão, importação ou introdução no consumo em território nacional.

5. Os veículos a motor e os reboques que devam ser apresentados a despacho nas alfândegas pelas
entidades que se dediquem à sua admissão, importação, montagem ou fabrico podem delas sair
com dispensa de matrícula, nas condições fixadas em diploma próprio.

6. O processo de atribuição e a composição do número de matrícula, bem como as características da


respectiva chapa, são fixados em regulamento.

7. A entidade competente deve organizar, nos termos fixados em regulamento, um registo nacional de
matrículas.

8. Quem puser em circulação veículo não matriculado nos termos dos números anteriores é sancionado
com coima de 600 a 3 000 euros, salvo quando se tratar de ciclomotor ou veículo agrícola, casos em
que a coima é de 300 a 1 500 euros.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 4.3


Identificação de Veículos

4.2 - Identificação de veículos através do livrete

Do Despacho DGV n.º 22/95


Número de Quadro

Fig. 4.4 - Indicação do número de quadro do livrete

O n.º 4 da Portaria n.º 267/93 de 11 de Março estabelece que, sempre que se verifiquem alterações
das características dos veículos, nomeadamente as constantes do livrete, o veículo não será
aprovado, devendo a entidade inspectora comunicar tal facto ao serviço regional desta Direcção Geral,
correspondente à sua área.

Constituindo o número do quadro o elemento fundamental de identificação dos veículos e tornando-


se necessário uniformizar os procedimentos a adoptar nos casos em que se levantem dúvidas na
identificação dos veículos através deste elemento, determina-se:

1. Os veículos só poderão ser aprovados em inspecção desde que exista total coincidência entre o
número de série inscrito no livrete e o verificado no veículo, com as ressalvas do n.º 3 do presente
despacho (figura 4.4).

2. Sempre que se verifique a ausência, impossibilidade de leitura ou divergência de qualquer dos


caracteres constituintes do número de série, deverão os veículos ser reprovados em inspecção.

3. Ficam excepcionados do referido no número anterior, os casos de divergência de caracteres em que


manifestamente se verifique tratar-se de lapso, pela semelhança gráfica dos caracteres constantes
no número de série e os indicados no livrete.

4.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Identificação de Veículos

4. Sempre que se verifique a ausência, impossibilidade de leitura ou divergência de um dos caracteres


referentes aos restantes elementos do número do quadro (nomeadamente Identificação Mundial do
Construtor - WMI - ou Secção Descritiva do Veículo - VDS) não determinará tal facto a reprovação
do veículo em inspecção (figura 4.5).

Fig. 4.5 - Número de quadro do veículo ilegível

5. Nos casos em que se verifique constar no livrete apenas a indicação de um número de série,
encontrando-se no veículo o número VIN completo (WMI + VDS + VIS - Secção informativa do
veículo/Número de série) não devem os veículos ser reprovados por tal motivo, nem assinalada a
necessidade de regularização de tal situação, desde que exista correspondência entre o número de
série constante do livrete e o número de série verificado no veículo (figura 4.6). Na ficha de inspecção
deverá ser assinalado o número completo verificado no veículo.

Fig. 4.6 - Indicação do número de quadro em falta no livrete

6. Em todos os casos em que não seja possível localizar gravação do número do quadro, mas exista
chapa de construtor com a indicação daquele número, apresentando constituição, inscrições e
fixação original, poderá tal elemento ser utilizado para a identificação do veículo.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 4.5


Identificação de Veículos

7. Sempre que se verifique a ausência do número do quadro ou divergência para além do referido
anteriormente, ou existam indícios de viciação ou fraude, nomeadamente pela qualidade e
uniformidade das marcações ou condições de fixação e origem da chapa do construtor, deverão os
veículos ser reprovados em inspecção.

8. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, qualquer divergência entre o número do quadro
verificado no veículo e o constante do livrete, deverá ser assinalada na ficha de inspecção periódica,
através da indicação dos dois números referidos anteriormente, bem como da necessidade da
regularização dessa situação junto desta Direcção Geral.

9. Mensalmente os centros de inspecção deverão remeter aos serviços regionais da área, listagem com
a indicação da matrícula de todos os veículos reprovados por questões relacionadas com o número
do quadro.

4.6 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Documento único automóvel

5 - Documento único automóvel


Decreto-Lei n.º 178-A/2005 de 28 de Outubro

O presente decreto-lei aprova o projecto «Documento único automóvel», criando o certificado de matrí-
cula, que agrega a informação anteriormente constante do título de registo de propriedade e do livrete
do veículo (figura 5.1).

Fig. 5.1 - Documento único

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 5.1


Documento único automóvel

ANEXO

1. O certificado de matrícula pode ser emitido em papel ou sob a forma de cartão inteligente.

2. Especificações do certificado de matrícula em papel:

2.1 - As dimensões totais do certificado de matrícula não devem exceder as dimensões do formato
A4 (210mm×297mm) ou de um desdobrável de formato A4;

2.2 - Sem prejuízo da possibilidade de a entidade emissora introduzir elementos de segurança adi-
cionais, o papel utilizado para o certificado de matrícula deve ser protegido contra a falsificação
por meio da utilização de, pelo menos, duas das técnicas seguintes:

a) Grafismos;
b) Marca de água;
c) Fibras fluorescentes; ou
d) Impressões fluorescentes.

2.3 - A primeira página do certificado de matrícula deve conter as informações seguintes:

a) A menção «República Portuguesa»;


b) A letra «P», em maiúscula, como sinal distintivo de Portugal;
c) A indicação das autoridades competentes;
d) A menção «Certificado de matrícula», em corpo grande, podendo esta menção apresentar-
se a uma distância adequada, impressa em corpo pequeno, noutras línguas da Comunidade
Europeia;
e) A menção «Comunidade Europeia»;
f) A indicação do número do documento.

2.4 - O certificado de matrícula deve igualmente conter as informações seguintes, precedidas dos
respectivos códigos comunitários harmonizados:

(A) Número de matrícula;


(B) Data da primeira matrícula do veículo;
(C) Dados pessoais:
(C.1) Titular do certificado de matrícula:
(C.1.1) Apelido(s) ou denominação comercial;
(C.1.2) Outro(s) nome(s) ou inicial(ais) (quando aplicável);
(C.1.3) Morada em Portugal na data de emissão do documento;
(C.4) Se as informações do n.º 2.5, código (C.2), não constarem do certificado de matrícula,
referência do facto de o titular do certificado de matrícula:
a) Ser o proprietário do veículo;
b) Não ser o proprietário do veículo;
c) Não estar identificado no certificado de matrícula como proprietário do veículo;
(D) Veículo:
(D.1) Marca;
(D.2) Modelo:
Variante (se disponível);
Versão (se disponível);
(D.3) Denominação(ões) comercial(ais);
(E) Número de identificação do veículo;
(F) Massa:
(F.1) Massa máxima em carga tecnicamente admissível, excepto para motociclos;
(G) Massa do veículo em serviço com carroçaria e, no caso de um veículo tractor de qualquer
categoria que não a categoria M1 (quilograma), com dispositivo de engate;

5.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Documento único automóvel

(H) Validade da matrícula, caso não seja ilimitada;


(I) Data da matrícula a que se refere o certificado;
(K) Número de homologação do modelo (se disponível);
(P) Motor:
(P.1) Cilindrada (em centímetros cúbicos);
(P.2) Potência útil máxima (em kW) (se disponível);
(P.3) Tipo de combustível ou fonte de energia;
(Q) Relação potência/peso (em kW/kg) (apenas para os motociclos);
(S) Lotação:
(S.1) Número de lugares sentados, incluindo o lugar do condutor;
(S.2) Número de lugares em pé (se aplicável).

2.5 - O certificado de matrícula pode ainda incluir os seguintes dados, precedidos dos respectivos
códigos comunitários harmonizados:

(C) Dados pessoais:


(C.2) Proprietário do veículo (repetir o número de vezes correspondente ao número de proprie-
tários):
(C.2.1) Apelido(s) ou denominação comercial;
(C.2.2) Outro(s) nome(s) ou inicial(ais) (se aplicável);
(C.2.3) Morada em Portugal na data de emissão do documento;
(C.3) Pessoa singular ou colectiva autorizada a utilizar o veículo em virtude de um direito legal
que não a propriedade do veículo:
(C.3.1) Apelido(s) ou denominação comercial;
(C.3.2) Outros(s) nome(s) ou inicial(ais) (se aplicável);
(C.3.3) Morada em Portugal na data de emissão do documento;
(C.5) (C.6) (C.7) e (C.8) Se a alteração dos dados pessoais a que se referem os n.os 2.4, códi-
go (C.1), 2.5, código (C.2), ou 2.5, código (C.3), não der lugar à emissão de um novo certificado
de matrícula, os novos dados pessoais correspondentes podem ser inseridos com os códigos
(C.5), (C.6), (C.7) ou (C.8). Neste caso devem ser desagregados de acordo com as referências
constantes dos n.os 2.4, código (C.1), 2.5,
código (C.2), 2.5, código (C.3), e 2.4, código (C.4);
(F) Massa:
(F.2) Massa máxima em carga admissível do veículo em serviço em Portugal;
(F.3) Massa máxima em carga admissível do conjunto em serviço em Portugal;
(J) Categoria do veículo;
(L) Número de eixos;
(M) Distância entre eixos (em milímetros);
(N) No caso dos veículos com massa total superior a 3500 kg, distribuição entre os eixos da
massa máxima em carga tecnicamente admissível:
(N.1) Eixo 1 (em quilogramas);
(N.2) Eixo 2 (em quilogramas), quando aplicável;
(N.3) Eixo 3 (em quilogramas), quando aplicável;
(N.4) Eixo 4 (em quilogramas), quando aplicável;
(N.5) Eixo 5 (em quilogramas), quando aplicável.
(O) Massa máxima rebocável tecnicamente admissível:
(O.1) Reboque com travão (em quilogramas);
(O.2) Reboque sem travão (em quilogramas);
(P) Motor:
(P.4) Regime nominal (em min-1);
(P.5) Número de identificação do motor;
(R) Cor do veículo;
(T) Velocidade máxima (em km/h);
(U) Nível sonoro:
(U.1) Estacionário [em dB(A)];

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 5.3


Documento único automóvel

(U.2) Regime do motor (em min-1);


(U.3) Em circulação [em dB(A)];
(V) Gases de escape:
(V.1) CO (em g/km ou g/kWh);
(V.2) HC (em g/km ou g/kWh);
(V.3) NOx (em g/km ou g/kWh);
(V.4) HC+NOx (em g/km);
(V.5) Partículas no caso dos motores diesel (em g/km ou g/kWh);
(V.6) Coeficiente de absorção corrigido no caso dos motores diesel (em min-1);
(V.7) CO2 (em g/km);
(V.8) Consumo de combustível em ciclo combinado (em l/100 km);
(V.9) Indicação da classe ambiental de homologação CE; referência da versão aplicável por
força da Directiva n.º 70/220/CEE ou da Directiva n.º 88/77/CEE;
(W) Capacidade do(s) depósito(s) de combustível (em litros).

2.6 - As entidades emissoras podem incluir no certificado de matrícula informações complementa-


res, designadamente acrescentando, entre parêntesis, aos códigos de identificação, conforme
estabelecido nos n.os 2.4 e 2.5, códigos nacionais adicionais.

3. Especificações do certificado de matrícula sob a forma de cartão inteligente:

3.1 - Modelo do cartão:

3.1.1 - Formato do cartão e dados legíveis a olho nu:


a) O cartão com circuito integrado deve ser concebido de acordo com as normas constantes
do n.º 3.5 do presente anexo;
b) A leitura dos dados armazenados no cartão deve poder ser efectuada com a ajuda de equi-
pamentos de leitura de uso corrente, tal como para os cartões tacográficos;
c) A frente e o verso do cartão devem ter impressos, pelo menos, os dados especificados nos
n.os 2.3 e 2.4;
d) Os dados referidos na alínea anterior devem ser legíveis a olho nu, sendo a altura mínima
dos caracteres de seis pontos;

3.1.2 - Bloco de dados de base:

3.1.2.1 - Os dados de base devem incluir, na frente do cartão, o seguinte:


a) À direita do circuito integrado, em língua portuguesa:
A menção «Comunidade Europeia»;
A menção «República Portuguesa»;
A menção «Certificado de matrícula», impressa em corpo grande;
O nome da autoridade competente;
O número sequencial e inequívoco do documento;
b) Na zona acima do circuito integrado, a letra «P», em maiúscula, como sinal distintivo de
Portugal, a branco, num rectângulo azul e rodeada por 12 estrelas amarelas;
c) Pode ser incluída, no bordo inferior e em corpo pequeno, a menção, em língua portu-
guesa:
«O presente documento deve ser exibido mediante pedido de qualquer pessoa com pode-
res para o efeito.»;
d) A cor de base do cartão é o verde (Pantone 362), sendo alternativamente possível a
transição do verde para o branco;
e) No canto inferior esquerdo da face do cartão deve ser impresso um símbolo representa-
tivo de uma roda, conforme figura seguinte:

5.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Documento único automóvel

3.1.3 - Bloco de dados específicos:

3.1.3.1 - O bloco de dados específicos deve conter, na frente do cartão, as informações se-
guintes:
a) O nome da autoridade competente;
b) O nome da autoridade emissora do certificado de matrícula (opcional);
c) O número sequencial e inequívoco do documento;
d) Os dados do n.º 2.4, referidos abaixo, podendo os códigos comunitários harmonizados
ser acompanhados de códigos nacionais, conforme indicado no n.º 2.6:
(A) Número de matrícula (número oficial da autorização);
(B) Data da primeira matrícula do veículo;
(I) Data da matrícula a que se refere o presente certificado;
Dados pessoais:
(C.1) Titular do certificado de matrícula:
(C.1.1) Apelido ou denominação comercial;
(C.1.2) Outro(s) nome(s) ou inicial(ais) (quando aplicável);
(C.1.3) Morada em Portugal de matrícula na data de emissão do documento;
(C.4) Se as informações especificadas no n.º 2.5, código (C.2), não constarem do certifi-
cado de matrícula, conforme definido nas secções (A) e (B), referência do facto de o titular
do certificado de matrícula:
a) Ser o proprietário do veículo;
b) Não ser o proprietário do veículo;
c) Não estar identificado no certificado de matrícula como proprietário do veículo.

3.1.3.2 - O bloco de dados específicos deve conter, no verso do cartão, as informações seguintes:

a) Os restantes dados especificados no n.º 2.4., podendo os códigos comunitários harmoni-


zados ser acompanhados de códigos nacionais, conforme indicado no n.º 2.6:
Dados do veículo (tendo em conta as notas do n.º 2.4):
(D.1) Marca;
(D.2) Modelo (variante/versão, quando aplicável);
(D.3) Denominação(ões) comercial(ais);
(E) Número de identificação do veículo:
(F.1) Massa máxima em carga tecnicamente admissível, excepto para os motociclos (qui-
logramas);
(G) Massa do veículo em serviço com carroçaria e, no caso de um veículo tractor de qual-
quer categoria que não a categoria M1 (quilogramas), com dispositivo de engate;
(H) Prazo de validade da matrícula, caso não seja ilimitado;
(K) Número de homologação do modelo (se disponível):
(P.1) Cilindrada (centímetros cúbicos);
(P.2) Potência nominal (kW);
(P.3) Tipo de combustível ou fonte de energia;
(Q) Relação potência/peso (kW/kg) (apenas para os motociclos):
(S.1) Número de lugares sentados, incluindo o lugar do condutor;
(S.2) Número de lugares em pé (quando aplicável);
b) Acessoriamente, podem ser acrescentados, no verso do cartão, os dados complementa-
res constantes do n.º 2.5., com os códigos harmonizados, e do n.º 2.6.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 5.5


Características dos dispositivos de pré-sinalização

6 - Características dos dispositivos de pré-sinalização


Da Portaria n.º 418/90
Define as características a que devem obedecer os dispositivos de pré-sinalização

I. Características Técnicas

1. Configuração - O triângulo de pré-sinalização, aberto no meio, é constituído por uma faixa vermelha,
composta por uma banda catadióptrica exterior e por uma banda fluorescente interior, colocada a
uma certa altura em relação ao solo. A abertura ao meio e as bandas fluorescentes são limitadas por
contornos triangulares equiláteros concêntricos (figura 6.1).

Fig. 6.1 - Triângulo de pré-sinalização

2. Estrutura:
2.1 A construção do triângulo de pré-sinalização deve ser tal que em condições de utilização normal
(na via pública e em transporte no veículo) se mantenham as características exigidas e o seu
bom funcionamento seja assegurado;

2.2 Os elementos ópticos do triângulo de pré-sinalização não devem ser facilmente desmontáveis.
As diferentes partes que o constituem devem assegurar uma boa estabilidade sobre a via pública
e não podem ser separáveis;

2.3 O triângulo de pré-sinalização e o suporte não devem apresentar nem ângulos nem arestas
vivas;

2.4 Do triângulo de pré-sinalização fará parte obrigatoriamente a bolsa onde será colocado quando
fora de serviço, para protecção contra os choques e os agentes exteriores. Na face exterior da
bolsa figurará, em autocolante ou outro tipo de gravação, a indicação esquemática do modo de
instalação e montagem do triângulo de pré-sinalização;

2.5 O sistema de apoio do dispositivo deve garantir, quando em serviço que o plano do elemento
reflector fique perpendicular ao pavimento.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 6.1


Características dos dispositivos de pré-sinalização

3. Dimensões:
3.1 De acordo com o desenho em anexo, os lados do triângulo têm um comprimento de 500 mm +
50 mm (Fig. 6.2).

3.2 A banda catadióptrica colocada ao longo do bordo do triângulo tem uma largura constante
compreendida entre 25 mm e 50 mm.

3.3 Entre o bordo exterior do triângulo e a banda catadióptrica pode existir uma bordadura, não
necessariamente de cor vermelha, com 5 mm de largura máxima.

3.4 A banda catadióptrica pode ser contínua ou não. No último caso a superfície exposta do duporte
deve ser de cor vermelha.

3.5 A superfície fluorescente será contígua aos elementos catadióptricos. É disposta simetricamente
em relação aos três lados do triângulo e tem uma superfície mínima de 315 cm2.

3.6 Admite-se igualmente uma bordadura, não necessariamente de cor vermelha, de 5 mm de


largura máxima, entre a superfície catadióptrica e a superfície fluorescente.

3.7 A parte central do triângulo, aberta, terá um lado de comprimento máximo de 70 mm.

3.8 A distância entre a superfície de apoio e o lado inferior do triângulo de pré-sinalização não deve
ser superior a 300 mm.

Fig. 6.2 - Forma e dimensões do triângulo de pré-sinalização e do suporte

6.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Coletes retrorreflectores

7 - Coletes retrorreflectores
Portaria n.º 311-D/2005 de 24 de Março

Considerando que o aumento da visibilidade dos condutores, perante outros em circulação, é uma
forma de aumentar essa segurança, o Código da Estrada consagra a obrigatoriedade de utilização de
colete retrorreflector, como mostra a figura 7.1, sempre que seja exigida a utilização de triângulo de
pré-sinalização de perigo;

Fig. 7.1 - Colete Retrorreflector

Assim:
Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e da Administração Interna, nos termos conjugados da
alínea b) do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de Fevereiro, e do n.º 5 do artigo
88.o do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de Maio, na última redacção
conferida, o seguinte:
1.º O presente regulamento estabelece as características dos coletes retrorreflectores, cuja utilização
se encontra prevista no n.º 4 do artigo 88.º do Código da Estrada;
2.º Os coletes retrorreflectores são considerados equipamentos de protecção individual, para efeitos
do disposto no Decreto-Lei n.º 128/93, de 22 de Abril, regulamentado pela Portaria n.º 1131/93,
de 14 de Novembro, devendo satisfazer os requisitos estabelecidos numa das seguintes normas
harmonizadas:
a) NP EN 471 — vestuário de sinalização de grande visibilidade; ou
b) NP EN 1150 — vestuário de protecção/vestuário de visibilidade para uso não profissional/
métodos de ensaio e requisitos.
3.º O uso de coletes que não contenham a marca de conformidade prevista nas normas referidas no
artigo anterior é equiparado à sua não utilização.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 7.1


Esclarecimentos sobre extintores de incêndio

8 - Esclarecimentos sobre extintores de incêndio


Circular ITVA nº 23/2002

O artigo 30º do Regulamento do Código da Estrada estabelece que os veículos automóveis ligeiros
e pesados afectos ao transporte público de passageiros devem ter extintores de incêndio (fig. 8.1)
prontos a funcionar e colocados em local de alcance fácil.

Tornando-se necessário que os centros de inspecção de veículos façam aplicação uniforme das
condições necessárias esclarece-se que:

Estão obrigados a possuir com as características que se indicam, os seguintes veículos:

a) Ambulâncias:

As ambulâncias estão obrigadas a possuir um extintor de pó quimico de 1 kg, nos termos do nº


14.4 do Regulamento de Transporte de Doentes, aprovado pelo nº 1 da Portaria nº 439/1993, de
27 de Abril.

b) Veículos de transporte de mercadorias perigosas:

Os tipos de extintores a utilizar constam do marginal 10 240 RPE, da Portaria nº 977/1987, de 31


de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 76/2000, de 9 de Maio.
Este marginal exige que veículo que transporte matérias perigosas deve ter dois extintores:

b.1) Pelo menos um portátil, com capacidade mínima de 2 kg de pó, apto a combater incêndio de
motor ou da cabina. Se o veículo dispuser de dispositivo automático de combate a incêndio do
motor, deve ser adaptado também ao combate de incêndio na cabina.

b.2) Pelo menos um portátil apto a combater


incêndio de pneus/travões ou a carga, o
qual deve ter:

b.2.1) Capacidade mínima de 6 kg de pó (ou
equivalente) para veículos de peso
bruto superior a 3,5 t.

b.2.2) Capacidade mínima de 2 kg de pó


(ou equivalente) para outros agentes
aceitáveis.

Fig. 8.1 - Extintor de incêndio

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 8.1


Esclarecimentos sobre extintores de incêndio

Os extintores devem ainda:

• Estar munidos de solo de chumbo;

• Ostentar uma marca de conformidade com uma marca reconhecida pelo IPQ (conforme previsto
no quadro de entidades ou serviços competentes indicados na Portaria nº 1106-C/1997, de 24
de Novembro);

• Ostentar uma inscrição que indique a data em que deve ser feita a próxima inspecção ao
extintor;

• Possuir agentes de extinção de fogo que não libertem gases tóxicos.

c) Veículos de transporte público de passageiros.

Despacho nº 15680/2002 de 10 de Julho

1 - Para efeitos do presente despacho, entende-se por:

a) Extintor portátil: aparelho destinado a ser transportado e utilizado manualmente, contendo


um agente extintor que, por acção de uma pressão interna, pode ser dirigido para o fogo;

b) Agente extintor: substância contida no extintor que provoca a extinção do fogo.

2 - Os automóveis pesados de passageiros devem estar equipados com um extintor de incêndio,


colocado próximo do banco do condutor.

3 - Nos automóveis pesados de passageiros das categorias II e III, só com lotação sentada, para além
do extintor referido no número anterior deve existir um outro colocado na metade posterior do
veículo.

4 - Quando o veículo for de dois pisos, deve existir ainda um outro extintor no piso superior, colocado
na zona central do veículo.

5 - Os extintores devem ser adequados para fogos das classes A, B e C e ter capacidade não inferior
a 4 kg.

6 - Os extintores devem estar colocados de forma claramente visível e a sua localização estar
assinalada através de setas indicadoras adequadas, no caso de existir, obstrução visual impossível
de remover.

8.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Sistemas de segurança

9 - Sistemas de segurança

9.1 - Cintos de Segurança em veículos automóveis

Circular ITVA nº 29/2003

Tendo em vista harmonizar a actuação dos centros de inspecçäo no que se refere aos cintos de
segurança da retaguarda dos veículos de passageiros, matriculados inicialmente como veículos de
mercadorias, informa-se o seguinte:

1. Os automóveis ligeiros de passageiros resultantes da transformaçäo de veículos de mercadorias,


matnculados pela primeira vez a partir de 1-1-1998, podem apresentar nos lugares da retaguarda
(laterais ou centrais) cintos de segurança subabdominais.

2. Os refendos veículos podem ser identificados através do respectivo livrete dado que, apesar de
possuírem a classificaçäo de “passageiros”, não apresentam no campo “Aprovação” a indicação de
uma homologaçäo comunitária (exemplo; e9*08/14*0514) nem de Variante ou Versão.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 9.1


Sistemas de segurança

A figura 9.1 mostra a aplicação dos cintos de segurança para a categoria M1.

Fig. 9.1 - Cintos de Segurança - Categoria M1

9.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Sistemas de segurança

A figura 9.2 mostra a aplicação dos cintos de segurança para a categoria N1.

Fig. 9.2 - Cintos de Segurança - Categoria N1

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 9.3


Sistemas de segurança

9.2 - Cintos de segurança nos bancos da retaguarda em veículos da


categoria N1 transformados em veículos da categoria M1

Circular ITVA nº 7/2005, de 5 de Maio

1. Os automóveis ligeiros de passageiros resultantes da transformaçäo de veículos de mercadorias,


matnculados pela primeira vez a partir de 1-1-1998, podem apresentar nos lugares da retaguarda
(laterais ou centrais) cintos de segurança subabdominais.

2. Os refendos veículos podem ser identificados através do respectivo livrete dado que, apesar de
possuírem a classificaçäo de “passageiros”, não apresentam no campo “Aprovação” a indicação de
uma homologaçäo comunitária (exemplo; e9*08/14*0514) nem de Variante ou Versão.

9.3 - Marcas de homologação

Circular ITVA nº 16/2001

Anexo IV
De acordo com o Despacho nº 5392/1999, de 16 de Março, todos os veículos cujos equipamentos
ou acessórios não estejam homologados ou não tenham marca de homologação quando obrigatória,
devem ser anotados na ficha de inspecção com uma deficiência do tipo 2. Por outro lado, todos os
cintos de segurança ou todos os sistemas de retenção em conformidade com um tipo homologado
devem ostentar uma marca de homologação. Durante as inspecções deverá ser analisado se o cinto
instalado está devidamente homologado a nível nacional ou internacional (normas CEE e ECE/ONU).

1. Marcas de homologação nacionais:

Os primeiros cintos homologados em Portugal foram-no pela Direcção-Geral de Transportes Terrestres


(D.G.T.T.). Daí que a marca de homologação respectiva tivesse o formato:

D.G.T.T. - C - ***

em que:
C - cinto
*** - número de homologação

por exemplo o último cinto homologado com esta marca foi:


D.G.T.T. - C - 043

Posteriormente os cintos vieram a ser homologados pela D.G.V. e a marca de homologação dos cintos
passou a ter o seguinte formato:

D.G.V. - C - ***

em que apenas se substituiu a sigla da entidade de homologação.

9.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Sistemas de segurança

À presente data, o último cinto homologado segundo as normas nacionais tinha a marca:
D.G.V. - C - 032

2. Marca de homologação europeia (CEE):

A marca de homologação CEE apresentará o seguinte formato:


tipo
e Id
n.h.
em que:
Id - caracteres de identificação do país comunitário que fez a homologação
tipo - tipo de cinto
n.h. - número de homologação

Códigos dos tipos de cintos:


O código começa por uma letra:
A - cinto de três pontos
B - cinto subabdominal
S - cinto especial
ZA, ZB ou ZS - cinto do tipo A, B ou S, que faz parte do sistema de retenção.
seguido por:
e - quando possuir absorvedor de energia
r - quando o cinto possuir retractor (existem quatro tipos de retractores)
m - quando o cinto possuir retractor de bloqueamento de emergência de sensibilidade múltipla
p - cinto de segurança munido de dispositivo pretensor
3 - retractor de bloqueamento automático
4 - retractor de bloqueamento de emergência
N - limiar de reacção mais elevado
p - quando o cinto dispuser de dispositivo pretensor
n.h. - número de homologação

A figura 9.3 mostra a marca de homologação de


um cinto de segurança de três pontos de fixação
(tipo A) munido de um retractor do tipo 4m (r4m)
de sensibilidade múltipla (m) e homologado na
Espanha sob o número 0416117.

Fig. 9.3 - Homologação de Cinto de Segurança

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 9.5


Sistemas de segurança

3. Marca de homologação ECE/ONU:

A marca de homologação segundo as normas do “Economic Commission for Europe” (ECE) das Nações
Unidas (ONU) apresenta o seguinte formato:

tipo
(E Id.)
n.h.

em que:
E - homologação ECE/ONU (ver códigos dos tipos de cintos segundo a norma europeia)
Id. - identificação do país que aprovou o cinto
n.h. - número da homologação

Se
(E 4)
0322439

O exemplo anterior significa:

Um cinto de segurança do tipo especial (S) com um absorvedor de energia (e) aprovado nos Países
Baixos (E 4) com o número 0322439.

9.6 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Velocidade

10 - Velocidade
Do Código da Estrada art.º 24.º
Princípios gerais

1. O condutor deve regular a velocidade de modo que, atendendo às características e estado da via
e do veículo, à carga transportada, às condições meteorológicas ou ambientais, à intensidade do
trânsito e a quaisquer outras circunstâncias relevantes, possa, em condições de segurança, executar
as manobras cuja necessidade seja de prever e, especialmente, fazer parar o veículo no espaço livre
e visível à sua frente.

2. Salvo em caso de perigo eminente, o condutor não deve diminuir subitamente a velocidade do
veículo sem previamente se certificar de que daí não resulta perigo para os outros utentes da via,
nomeadamente para os condutores dos veículos que o sigam.

3. Quem infringir o disposto nos números anteriores é sancionado com coima de 120 a 600 euros.

Do Código da Estrada art.º 27.º


Limites gerais de velocidade

1. Sem prejuízo do disposto nos artigos 24.º e 25.º e de limites inferiores que lhes sejam impostos,
os condutores não podem exceder as seguintes velocidades instantâneas (em quilómetros/hora),
(tabela 10.1).

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 10.1


Velocidade

Dentro das Auto- Vias reservadas Restantes


localidades -estradas a automóveis e vias
motociclos públicas

CICLOMOTORES E QUADRICICLOS 40 - - 45

MOTOCICLOS:
3
• De cilindrada superior a 50 cm e sem carro 50 120 100 90
lateral

• Com carro lateral ou com reboque 50 100 80 70

3
• De cilindrada não superior a 50 cm 40 - - 60

TRICICLOS 50 100 90 80

AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS E MISTOS:

• Sem reboque 50 120 100 90

• Com reboque 50 100 80 70

AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE MERCADORIAS:

• Sem reboque 50 110 90 80

• Com reboque 50 90 80 70

AUTOMÓVEIS PESADOS DE PASSAGEIROS:

• Sem reboque 50 100 90 80

• Com reboque 50 90 90 70

AUTOMÓVEIS PESADOS DE MERCADORIAS:

• Sem reboque ou com semi-reboque 50 90 80 80

• Com reboque 40 80 70 70

TRACTORES AGRÍCOLAS OU FLORESTAIS 30 - - 40

Máquinas agrículas, motocultivadores 20 - - 20


e tractocarros

MÁQUINAS industriais

Sem matrícula 30 - - 30

Com matrícula 40 80 70 70

Tab. 10.1 - Limites geral de velocidade em km/h

10.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Documentos de que o condutor deve ser portador

11- Documentos de que o condutor deve ser portador


Do Código da Estrada art.º 85.º
Documentos de que o condutor deve ser portador

1. Sempre que um veículo a motor transite na via pública o seu condutor deve ser portador dos seguintes
documentos:

a) Documento legal de identificação pessoal;

b) Título de condução;

c) Certificado de seguro.

2. Tratando-se de automóvel, motociclo, triciclo, quadriciclo, ciclomotor, tractor agrícola ou florestal, ou


reboque, o condutor deve ainda ser portador dos seguintes documentos:

a) Título de registo de propriedade do veículo ou documento equivalente;

b) Documento de identificação do veículo;

c) Ficha de inspecção periódica do veículo, quando obrigatória nos termos legais.

3. Tratando-se de velocípede ou de veículo de tracção animal, o respectivo condutor deve ser portador
de documento legal de identificação pessoal.

4. O condutor que se não fizer acompanhar de um ou mais documentos referidos nos n.ºs 1 e 2 é
sancionado com coima de 60 a 300 euros, salvo se os apresentar no prazo de 8 dias à autoridade
indicada pelo agente de fiscalização, caso em que é sancionado com coima de 30 a 150 euros.

5. Quem infringir o disposto no n.º 3 é sancionado com coima de 30 a 150 euros.

11.1- Carta de Condução

Do Código da Estrada art.º 123.º


Carta de Condução

1. A carta de condução, como mostram as figuras 11.1 e 11.2, habilita a conduzir uma ou mais das
seguintes categorias de veículos:

A. motociclos de cilindrada superior a 50 cm3, com ou sem carro lateral;

B. automóveis ligeiros ou conjuntos de veículos compostos por automóvel ligeiro e reboque de peso
bruto até 750 kg ou, sendo este superior, com peso bruto do conjunto não superior a 3500 kg, não
podendo, neste caso, o peso bruto do reboque exceder a tara do veículo tractor;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 11.1


Documentos de que o condutor deve ser portador

B+E. conjuntos de veículos compostos por um automóvel ligeiro e reboque cujos valores excedam
os previstos para a categoria B;

C. automóveis pesados de mercadorias, a que pode ser atrelado reboque de peso bruto até 750 kg;

C+E. conjuntos de veículos compostos por veículo tractor da categoria C e reboque com peso bruto
superior a 750 kg;

D. automóveis pesados de passageiros, a que pode ser atrelado reboque de peso bruto até 750 kg;

D+E. conjuntos de veículos compostos por veículo tractor da categoria D e reboque com peso bruto
superior a 750 kg.

2. As categorias referidas no número anterior podem compreender subcategorias que habilitam à


condução dos seguintes veículos:

A1. motociclos de cilindrada não superior a 125 cm3 e de potência máxima até 11 kW;

B1. triciclos e quadriciclos;

C1. automóveis pesados de mercadorias cujo peso bruto não exceda 7 500 kg, a que possa ser
atrelado um reboque de peso bruto até 750 kg;

C1+E. conjuntos de veículos compostos por veículo tractor da subcategoria C1 e reboque com
peso bruto superior a 750 kg, desde que o peso bruto do conjunto não exceda 1 200 kg e o
peso bruto do reboque não exceda a tara do veículo tractor;

D1. automóveis pesados de passageiros com lotação até 17 lugares, incluindo o do condutor, a
que pode ser atrelado um reboque de peso bruto até 750 kg;

D1+E. conjuntos de veículos compostos por veículo tractor da subcategoria D1 e reboque com
peso bruto superior a 750 kg, desde que, comulativamente, o peso bruto do conjunto não
exceda 12 000 kg, o peso bruto do reboque não exceda a tara do veículo tractor e o reboque
não seja utilizado para o transporte de pessoas.

3. Os titulares de carta de condução válida para veículos da categoria A ou da subcategoria A1


consideram-se habilitados para a condução de:

a) ciclomotores ou motociclos de cilindrada não superior a 50 cm3;

b) triciclos.

11.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Documentos de que o condutor deve ser portador

4. Os titulares de carta de condução válida para veículos da categoria B consideram-se também


habilitados para a condução de (figuras 11.1 e 11.2):

a) Tractores agrícolas ou florestais simples ou com equipamentos montados desde que o peso
máximo do conjunto não exceda 6 000 kg;

b) Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras, motocultivadores, tractocarros e máquinas industriais


ligeiras;

c) Ciclomotores de três rodas, triciclos e quadriciclos.

Fig. 11.1 - Carta de condução

Fig. 11.2 - Modelo comunitário de carta de condução

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 11.3


Documentos de que o condutor deve ser portador

11.2 - Licença de condução

Do Código da Estrada art.º 124.º


Licença de condução

1. As licenças de condução a que se refere o n.º 2 do artigo 122.º são as seguintes:

a) De ciclomotores e de motociclos de cilindrada não superior a 50 cm3;


b) De veículos agrícolas.

2. A licença de condução referida na alínea a) do número anterior habilita a conduzir ambas as categorias
de veículos nela averbadas.

3. A licença de condução de veículos agrícolas habilita a conduzir uma ou mais das seguintes categorias
de veículos:

I. Motocultivadores com reboque ou retrotrem e tractocarros de peso bruto não superior a 2500 kg;

II.:
a) Tractores agrícolas ou florestais simples ou com equipamentos montados, desde que o peso
bruto do conjunto não exceda 3 500 kg;

b) Tractores agrícolas ou florestais com reboque ou máquina agrícola ou florestal rebocada, desde
que o peso bruto do conjunto não exceda 6 000 kg;

c) Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras e tractocarros de peso bruto superior a 2 500 kg;

III. Tractores agrícolas ou florestais com ou sem reboque e máquinas agrícolas pesadas.

4. Os titulares de licença de condução de veículos agrícolas válida para veículos da categoria I


consideram-se habilitados para a condução de máquinas industriais com peso bruto não superior a
2 500 kg.

5. Os titulares de licença de condução de veículos agrícolas válida para veículos da categoria II


consideram-se habilitados para a condução de veículos da categoria I.

6. Os titulares de licença de condução de veículos agrícolas válida para veículos da categoria III
consideram-se habilitados para a condução de veículos das categorias I e II.

7. Quem, sendo titular de licença de condução de veículos agrícolas, conduzir o veículo agrícola ou
florestal de categoria para a qual a mesma licença não confira habilitação é sancionado com coima
de 120 a 600 euros.

11.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Inspecções e emissão da ficha de inspecção

12 - Inspecções e emissão da ficha de inspecção


Do Código da Estrada art.º 116.º - Inspecções

1. Os veículos a motor e os seus reboques podem ser sujeitos, nos termos fixados em regulamento, a
inspecção para:

a) Aprovação do respectivo modelo;


b) Atribuição de matrícula;
c) Aprovação de alteração de características construtivas ou funcionais;
d) Verificação periódica das suas características e condições de segurança;
e) Verificação das características construtivas ou funcionais do veículo, após reparação em
consequência de acidente;
f) Controlo aleatório de natureza técnica, na via pública, para verificação das respectivas condições
de manutenção, nos termos de diploma próprio.

2. Pode determinar-se a sujeição dos veículos referidos no número anterior a inspecção extraordinária
nos casos previstos no n.º 5 do artigo 114.º e ainda quando haja fundadas suspeitas sobre as suas
condições de segurança ou dúvidas sobre a sua identificação, nomeadamente em consequência de
alteração das caracaterísticas construtivas ou funcionais do veículo, ou de outras causas.

3. A falta a qualquer das inspecções previstas nos números anteriores é sancionada com coima de 250
a 1 250 euros.

Do Despacho DGV n.º 26 433-A/2000 /2ª Série)


Emissão de Ficha de Inspecção

No artº 8.º do Decreto-Lei nº 554/99, de 16 de Dezembro, determina-se que a comprovação da


realização das inspecções periódicas é efectuada através da emissão, pela entidade titular do centro
de inspecção, da ficha de inspecção e vinheta, por cada veículo inspeccionado.

No nº 3 do mesmo artigo está previsto que a aprovação nas inspecções extraordinárias e nas inspecções
de atribuição de nova matrícula é comprovada através do respectivo certificado.

Compete ao director-geral de Viação, de harmonia com a alínea c) do nº 4 do artigo 5º do mesmo


diploma, aprovar os modelos e o conteúdo desses documentos.

Nesses termos determina-se:

1 - Por cada veículo sujeito a inspecção periódica é emitida, pelo inspector que realizou a inspecção e em
papel destinado à impressão por laser, uma ficha de inspecção contendo os seguintes elementos:

a) Identificação da entidade inspectora;


b) Numeração sequencial;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 12.1


Inspecções e emissão da ficha de inspecção

c) Identificação do veículo;
d) Pontos observados onde se registem deficiências e respectiva classificação;
e) Observações complementares;
f) Resultado final da inspecção;
g) Data da inspecção;
h) Data limite da próxima inspecção;
i) Código do inspector;
j) Assinatura do inspector.

A figura 12.1 mostra o modelo de impresso destinado à ficha de inspecção.

Nos termos do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 550/99, de 15 de Dezembro, determina-se:

1. A emissão informatizada do novo modelo de ficha de inspecção, em cada centro de


inspecções, deve ter por base:

a) Um relatório de inspecção, preenchido e assinado pelo inspector credenciado que a


realizou ou,

b) Um sistema de consulta e registo informatizados com acesso directo e personalizado


para o inspector.

2. O modelo de impresso para o relatório de inspecção deve ser criado pela entidade
autorizada detentora do centro de inspecções que dele deve dar conhecimento formal à
DGV antes de o pôr em aplicação (fig. 12.2).

Fig. 12.1 - Modelo de ficha de inspecção Fig. 12.2 - Relatório de inspecção de viatura

12.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Inspecções e emissão da ficha de inspecção

3. O referido impresso deve facilitar as observações e o registo das verificações feitas pelo inspector
e a recolha de dados para a emissão da ficha de inspecção e registos de controle, diferenciando-se
relativamente às observações e verificações próprias dos veículos ligeiros, pesados e reboques.

Devem constar do relatório os seguintes elementos:

a) Relativamente ao veículo, como mostra a figura 12.3:

• Matrícula;
• Marca e modelo;
• Ano de matrícula;
• Categoria;
• Tipo;
• Combustível;
• Concelho de residência do proprietário.

Fig 12.3 - Relatório de inspecção de viatura (cabeçalho)

b) Relativamente à inspecção:

• Motivo da inspecção;
• Observações e verificações feitas pelo inspector nos termos do Despacho nº 1165/2000
de 11 de Março;
• Deficiências observadas cuja correcção seja obrigatória e grau atribuído (tipos 1,2 ou
3);
• Resultado da inspecção;
• Número da ficha de inspecção emitida;
• Código do inspector credenciado,
• Assinatura do inspector.

Estes elementos devem constar convenientemente codificados nos termos previstos no Despacho DGV
n.º 59/92. O modelo do impresso deve, ainda, conter um campo adequado para o inspector anotar
eventuais comentários sobre a inspecção ao veículo.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 12.3


Inspecções e emissão da ficha de inspecção

4. Anexos ao referido relatório devem constar os talões de registo das verificações efectuadas com os
seguintes equipamentos:

a) Frenómetro;
b) Ripómetro;
c) Analisador de gases ou opacímetro.

Estes talões devem ser rubricados pelo inspector.

No caso de ser utilizado o desacelerógrafo deve ser também anexada a folha de registo respectiva e
justificada, no relatório, a utilização deste equipamento.

5. O sistema de acompanhamento e registo informáticos referido em 1.b) deve contemplar as


possibilidades de consulta, registo e controle equivalentes às do sistema baseado em relatório e dele
deve ser dado conhecimento formal à Direcção-Geral de Viação, antes de ser posto em aplicação.

6. O inspector antes de iniciar uma inspecção deve dispor de:

a) livrete do veículo;
b) título de registo de propriedade;
c) impresso referido no n.º 3 já com as indicações relativas ao veículo e ao motivo da inspecção como
referido em 3.a) ou acesso fácil, próximo do veículo, à consulta informatizada destas indicações e
aos meios de registo adequados.
 
7. A entrega da ficha de inspecção e a devolução do livrete e do título de registo de propriedade deve
ser feita pelo inspector, acompanhada da explicação do seu conteúdo, nomeadamente, sobre os
aspectos técnicos que possam ter causado as deficiências observadas.

8. O relatório e talões anexos e todos os dados informatizados devem ser de acesso fácil ao inspector
para efeitos de consulta com vista a eventuais informações técnicas aos serviços da Direcção-Geral
de Viação e devem ser arquivados nos termos do n.º 18.º da referida Portaria 1165/2000.

12.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Contra-ordenações

13 - Contra Ordenações

13.1 - Contra Ordenações Graves

Do Código da Estrada art.º 145.º


São graves as seguintes contra-ordenações:

a) O trânsito de veículos em sentido oposto ao legalmente estabelecido;

b) O excesso de velocidade praticado fora das localidades superior a 30 km/h sobre os limites
legalmente impostos, quando praticado pelo condutor de motociclo ou de automóvel ligeiro,
ou superior a 20 km/h, quando praticado por condutor de outro veículo a motor;

c) O excesso de velocidade praticado dentro das localidades superior a 20 km/h sobre os


limites legalmente impostos, quando praticado pelo condutor de motociclo ou de automóvel
ligeiro, ou superior a 10 km/h, quando praticado por condutor de outro veículo a motor;

d) O excesso de velocidade superior a 20 km/h sobre os limites de velocidade estabelecidos


para o condutor ou especialmente fixados para o veículo, sem prejuízo do estabelecido nas
alíneas b) ou c);

e) O trânsito com velocidade excessiva para as características do veículo ou da via, para


as condições atmosféricas ou de circulação ou nos casos em que a velocidade deva ser
especialmente moderada (figura 13.1);

Fig. 13.1 - Zona de velocidade controlada

f) O desrespeito das regras e sinais relativos a distância entre veículos, cedência de


passagem, ultrapassagem, mudança de direcção ou de via de trânsito, inversão do
sentido de marcha, início de marcha, posição de marcha, marcha atrás e atravessamento
de passagem de nível;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 13.1


Contra-ordenações

g) A paragem ou o estacionamento nas bermas das auto-estradas ou vias equiparadas;

h) O desrespeito das regras de trânsito de automóveis pesados e de conjuntos de veículos,


em auto estradas ou vias equiparadas;

i) A não cedência de passagem aos peões pelo condutor que mudou de direcção dentro
das localidades, bem como o desrespeito pelo trânsito dos mesmos nas passagens para
o efeito assinaladas (figura 13.2);

Fig. 13.2 - Passadeira

j) O trânsito de veiculos sem utilização das luzes referidas no nº1 do artº 61º , nas
condições previstas no mesmo nº, bem como o trânsito de motociclos e de ciclomotores
sem utilização das luzes de cruzamento;

l) A condução sob influência de álcool, quando a taxa de álcool no sangue for igual ou
superior a 0,5 g/l e inferior a 0,8g/l;

m) A não utilização do sinal de pré-sinalização de perigo e das luzes avisadoras de perigo;

n) A utilização, durante a marcha do veículo, de auscultadores sonoros e de aparelhos


radiotelefónicos, salvo nas condições previstas no nº2 do artº 84º;

o) A paragem e estacionamento nas passagens assinaladas para a travessia de peões;

p) O transporte de passageiros menores ou inimputáveis sem que estes façam uso dos
acessórios de segurança obrigatórios.

13.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Contra-ordenações

13.2- Contra Ordenações Muito Graves

Do Código da Estrada art.º 146.º

São muito graves as seguintes contra-ordenações:

a) A paragem ou o estacionamento nas faixas de rodagem, fora das localidades, a menos de 50


metros dos cruzamentos e entroncamentos, curvas ou lombas de visibilidade insuficiente e, ainda,
a paragem ou o estacionamento nas faixas de rodagem das auto-estradas ou vias equiparadas;

b) O estacionamento, de noite, nas faixas de rodagem, fora das localidades;

c) A não utilização do sinal de pré-sinalização de perigo, bem como a falta de sinalização de veículo
imobilizado por avaria ou acidente, em auto-estradas ou vias equiparadas;

d) A utilização dos máximos de modo a provocar encandeamento;

e) A entrada ou saída das auto-estradas ou vias equiparadas, por locais diferentes dos acessos a
esses fins destinados;

f) A utilização, em auto-estradas ou vias equiparadas, dos separadores de trânsito ou de aberturas


eventualmente neles existentes, bem como o trânsito nas bermas;

g) As infracções previstas na alínea a) do artigo anterior quando praticadas em auto-estradas, vias


equiparadas e vias com mais de uma via de trânsito em cada sentido;

h) As infracções previstas nas alíneas f) e j) do artigo anterior quando praticadas nas auto-estradas
ou vias equiparadas;

i) A infracção prevista na alínea b) do artigo anterior, quando o excesso de velocidade for superior
a 60 km/h ou a 40 km/h, respectivamente, bem como a infracção prevista na alínea c) do mesmo
artigo, quando excesso de velocidade for superior a 40 km/h ou a 20 km/h, respectivamente, e a
infracção prevista na alínea d), quando o excesso de velocidade for superior a 40 km/h;

j) A infracção prevista na alínea l) do artigo anterior, quando a taxa de álcool no sangue for igual ou
superior a 0,8 g/l e inferior a 1,2 g/l, ou quando o condutor for considerado influenciado pelo álcool
em relatório médico;

l) O desrespeito da obrigação de parar imposta por sinal regulamentar dos agentes fiscalizadores ou
reguladores do trânsito ou pela luz vermelha de regulação do trânsito;

Classificação e Características de Veículos Ligeiros 13.3


Contra-ordenações

m) A condução sobre influência de substâncias psicotrópicas (figura 13.3);

Fig. 13.3 - Substâncias psicrotópicas

n) O desrespeito pelo sinal de paragem obrigatória nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas;

o) A transposição ou a circulação em desrespeito de uma linha longitudinal contínua delimitadora de


sentidos de trânsito ou de uma linha mista com o mesmo significado;

p) A condução de veículo de categoria ou subcategoria para a qual a carta de condução de que o


infractor é titular não confere habilitação;

q) O abandono pelo condutor do local do acidente nas circunstâncias referidas no n.º 2 do artigo
89.º

13.3 - INIBIÇÃO DE CONDUZIR

Do código da estrada art º 147. º

1. A sanção acessória aplicável aos condutores pela prática de contra ordenações graves ou muito
graves previstas no código da estrada e legislação complementar consiste na inibição de conduzir.

2. A sanção de inibição de conduzir tem a duração mínima de um mês e máxima de um ano , ou mínima
de dois meses e máxima de dois anos, consoante seja aplicável as contra-ordenações graves ou
muito graves, respectivamente, e refere-se a todos os veículos a motor.

3. Se a responsabilidade for imputada a pessoa singular não habilitada com título de condução ou
a pessoa colectiva, a sanção de inibição de conduzir é substituída por apreensão do veículo por
período idêntico de tempo que aquela caberia.

13.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


BIBLIOGRAFIA

Código da estrada - Regulamentos, Legislação Complementar, Código de Infracções e tudo


sobre Direito Rodoviário - Edições Júlio Reis

CEPRA - Elementos de Instrução - Rodas e Pneus - Colecção Formação Modular Automóvel

Classificação e Características de Veículos Ligeiros C.1


DOCUMENTOS
DE
SAÍDA
Pós-teste

PÓS-TESTE

Em relação a cada uma das perguntas seguintes, são apresentadas 4 (quatro) respostas das quais
apenas 1 (uma) está correcta. Para cada exercício indique a resposta que considera correcta, colocando
uma cruz (X) no quadradinho respectivo

1 – Automóvel é um veículo com motor de propulsão, dotado de pelo menos quatro rodas, que se

destina, pela sua função, a transitar na via publica, sem sujeição a carris e tem:

a) Tara superior a 750kg e velocidade máxima superior a 90km/h .............................................

b) Tara superior a 400kg e velocidade máxima superior a 90km/h...............................................

c) Tara superior a 750kg e velocidade máxima superior a 25km/h...............................................

d) Tara superior a 550kg e velocidade máxima superior a 25km/h...............................................

2 – Um veículo destinado ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga

tecnicamente admissível de 5 t é da categoria:

a) Cat. M2......................................................................................................................................

b) Cat. M3......................................................................................................................................

c) Cat. N2......................................................................................................................................

d) Cat. N3......................................................................................................................................

3 – Um reboque com massa máxima em carga tecnicamente admissível de 2 t é da categoria:

a) Cat. N1 .....................................................................................................................................

b) Cat. O1 . ...................................................................................................................................

c) Cat. O2 .....................................................................................................................................

d) Cat. O3 . ...................................................................................................................................

Classificação e Características de Veículos Ligeiros S.1


Pós-teste

4 – Um veículo com dois eixos pode atingir um peso bruto máximo de:

a) 3 t..............................................................................................................................................

b) 7,5 t...........................................................................................................................................

c) 19 t............................................................................................................................................

d) 26 t............................................................................................................................................

5 – Qual a percentagem mínima do peso bruto total que incide sobre o eixo da frente não motor

de um veículo com um eixo à retaguarda?

a) 15%...........................................................................................................................................

b) 20%...........................................................................................................................................

c) 25%...........................................................................................................................................

d) 30% ..........................................................................................................................................

6 – Qual o peso bruto mínimo que incide sobre o eixo ou eixos motores de um veículo ou

conjunto de veículos?

a) 20% do peso bruto total............................................................................................................

b) 25% do peso bruto total ...........................................................................................................

c) 250kg .......................................................................................................................................

d) 375kg........................................................................................................................................

7 – Qual a eficiência mínima que o travão de serviço de um ligeiro misto sem deficiência deve

atingir no frenómetro?

a) 25%...........................................................................................................................................

b) 40%...........................................................................................................................................

c) 50%...........................................................................................................................................

d) 65% ..........................................................................................................................................

S.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Pós-teste

8 – A diferença da força de travagem máxima entre rodas do mesmo eixo não pode ser superior a:

a) 10%...........................................................................................................................................

b) 20% ..........................................................................................................................................

c) 30%...........................................................................................................................................

d) 40% ..........................................................................................................................................

9 – O travão de serviço deve fazer parar o veículo que circula a 50 km/h numa distância máxima de:

a) 15m...........................................................................................................................................

b) 20m...........................................................................................................................................

c) 25m...........................................................................................................................................

d) 30m ..........................................................................................................................................

10 – Determine qual das eficiências corresponde ao veículo que atingiu 981N na soma das
forças máximas de travagem medidas em cada roda e tem no momento do ensaio uma

massa de 1000kg.

a) 10%...........................................................................................................................................

b) 30% ..........................................................................................................................................

c) 50%...........................................................................................................................................

d) 70% ..........................................................................................................................................

11 – O feixe de luz projectado no solo pelas luzes de cruzamento devem iluminar, eficazmente e

sem provocar encadeamento, a uma distância de:

a) 25m...........................................................................................................................................

b) 30m...........................................................................................................................................

c) 45m...........................................................................................................................................

d) 50m...........................................................................................................................................

Classificação e Características de Veículos Ligeiros S.3


Pós-teste

12 – A chapa de matricula colocada na retaguarda do veículo deve ser iluminada por uma luz

branca que a torne legível a uma distância mínima de:

a) 10m...........................................................................................................................................

b) 15m...........................................................................................................................................

c) 20m...........................................................................................................................................

d) 25m...........................................................................................................................................

13 – Os veículos ligeiros e os reboque de peso bruto inferior 3500kg podem circular desde que

todos os pneus, tenham na circunferência da zona de rodagem uma altura mínima dos

relevos principais de:

a) 1,4mm incluindo o de reserva quando obrigatório....................................................................

b) 1,4mm excluindo o de reserva quando obrigatório...................................................................

c) 1,6mm incluindo o de reserva quando obrigatório....................................................................

d) 1,6mm excluindo o de reserva quando obrigatório...................................................................

14 – Se não existir qualquer anotação especial, a largura dos pneumáticos que consta no livrete

corresponde:

a) À largura máxima permitida......................................................................................................

b) À única largura permitida..........................................................................................................

c) À largura mínima ......................................................................................................................

d) À largura mínima desde que não ultrapasse o contorno do veículo.........................................

15 – Os primeiros caracteres do número de quadro indica-nos:

a) O número de série do veículo...................................................................................................

b) O número do motor...................................................................................................................

c) O número que identifica o construtor........................................................................................

d) As características gerais do modelo .......................................................................................

S.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Pós-teste

16 – O triângulo de pré-sinalização é constituído por:

a) Uma faixa amarela rectroreflectora...........................................................................................

b) Uma faixa vermelha e amarela florescente...............................................................................

c) Uma faixa vermelha composta por uma banda catadióptrica exterior e uma banda

florescente interior....................................................................................................................

d) Uma faixa vermelha composta por uma banda catadióptrica interior e uma banda

florescente exterior....................................................................................................................

17 – Qual a altura interior das caixas fechadas dos veículos tipo ambulância:

a) ≥ 120 cm...................................................................................................................................

b) ≥ 100 cm...................................................................................................................................

c) ≥ 150 cm....................................................................................................................................

d) ≥ 180 cm...................................................................................................................................

18 – Qual o equipamento que não necessita de fornecer talão de registo das verificações

efectuadas?

a) Frenómetro................................................................................................................................

b) Ripómetro ................................................................................................................................

c) Regloscópio...............................................................................................................................

d) Analisador de gases ou opacímetro . .......................................................................................

19 – Qual das contra-ordenações é muito grave?:

a) O trânsito de um veículo em sentido oposto ao legalmente estabelecido................................

b) A utilização dos máximos de modo a provocar encadeamento................................................

c) A paragem ou o estacionamento nas bermas das auto-estrada ..............................................

d) A condução sob influência do álcool ........................................................................................

20 – Qual é a sanção acessória de inibição de conduzir aplicável às contra ordenações muito graves:

a) Mínimo 1 mês e máximo 2 anos.........................................................................................................

b) Mínimo 2 meses e máximo 2 anos.....................................................................................................

c) Mínimo 1 mês e máximo 1 ano...........................................................................................................

d) Mínimo 6 meses e máximo 2 anos.....................................................................................................

Classificação e Características de Veículos Ligeiros S.5


Corrigenda do Pós-teste

CORRIGENDA DO PÓS-TESTE

Nº DA QUESTÃO RESPOSTA CORRECTA

1 d)
2 c)
3 c)
4 c)
5 b)
6 b)
7 c)
8 c)
9 c)
10 c)
11 b)
12 c)
13 c)
14 c)
15 c)
16 c)
17 a)
18 c)
19 c)
20 b)

S.6 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


ANEXOS
Anexos

Classificação das deficiências observadas nas inspecções


de veículos

Despacho nº 5392/1999, de 16 de Março

Anexo I - Sistemas de Travagem.


Tipo
1 - Estado mecânico de funcionamento
1.1 - Veios de excêntricos dos travões e alavanca de travão
Difíceis de movimentar 2
Desvio da sede 2
Forte desgaste ou com folga 2
1.2 - Estado e curso do pedal do travão
Curso excessivo, reserva de curso insuficiente 2
O travão recupera com dificuldade 2
Superfície anti-escorregamento do pedal de travão inexistente, mal fixada ou gasta 1
1.3 - Bomba de vácuo ou compressor e depósito
Tempo demasiado longo para atingir a pressão de serviço e assegurar uma
travagem eficaz 2
Pressão insuficiente para assegurar uma travagem repetida (pelo menos
duas aplicações de travão) após indicação de pressão baixa (situação de perigo) 2
Fuga de ar causadora de uma queda de pressão significativa ou fugas de ar
perceptíveis 2
Perdas de óleo excessivas no compressor 2
1.4 - Indicação de pressão (manómetro) ou indicador
Funcionamento defeituoso do indicador do manómetro 2
1.5 - Válvula manual de travagem
Fissurada ou danificada, forte desgaste 2
Funcionamento defeituoso da válvula de comando 2
Pouca fiabilidade no accionamento da válvula ou da haste respectiva 2
Fugas no sistema, ligações mal fixadas 2
Mau funcionamento 2
1.6 - Travão de estacionamento, alavanca de comando e dispositivo de bloqueio
Fixação de posição da alavanca, insuficiente 2
Desgaste excessivo no pivot da alavanca ou no mecanismo da cremalheira 2
Curso excessivo ou afinação incorrecta 1
1.7 - Válvulas de travagem (de comando, descarga rápida, reguladoras de pressão, etc)
Danificadas, descarga excessiva estanquicidade insuficiente (fugas de ar) 2
Fixação ou suporte defeituoso 2
Perdas de fluído de travões 2
1.8 - Cabeças de acoplamento para os travões dos reboques e semi-reboques
Torneiras ou válvulas autovedantes defeituosas 2
Fixação ou montagem defeituosa 2
Estanquicidade insuficiente 3
1.9 - Depósitos de pressão
Danificado, corroído ou com fugas 2
Dispositivo de purga inoperativo 1
Fixação inoperativa ou incorrecta 2
1.10 - Dispositivo de assistência à travagem e bomba central (sistemas hidráulicos)
Dispositivo de assistência à travagem deficiente 2
Dispositivo de assistência à travagem ineficaz 3

Classificação e Características de Veículos Ligeiros A.1


Anexos

Bomba central com fugas 3


Bomba central defeituosa 2
Bomba central solta 3
Quantidade insuficiente de fluído de travões 1
Tampão do reservatório da bomba central em falta 1
Luz indicadora do fluído dos travões acesa ou defeituosa 1
Funcionamento defeituoso do dispositivo indicador do nível de fluído dos travões 1
1.11 - Tubagem rígida dos travões
Risco de falha ou de rotura 2
Fugas nos tubos ou acoplamentos 3
Danificada ou excessivamente corroída 2
Deficientemente apertada 2
1.12 - Tubagem flexível dos travões
Risco de falha ou de rotura 2
Danificada demasiado curta ou torcida 2
Fugas nos tubos ou nas ligações 3
Deformação dos tubos sob pressão 2
1.13 - Cintas / calços dos travões
Ausência de calços 3
Desgaste excessivo 2
Atacados por óleo ou gorduras 2
1.14 - Tambores e discos dos travões
Desgaste excessivo, fissuras, fracturas ou outros defeitos comprometedores
da segurança 2
Tambores ou discos engordurados por óleo, gorduras, etc 2
Chapa mal fixada (protecção) 1
1.15 - Cabos dos travões e comandos
Cabos danificados 2
Desgaste ou corrosão excessivos 2
Falta dos dispositivos de segurança nas juntas dos cabos ou das hastes 2
Guias dos cabos defeituosas ou mal fixadas 2
Fixação insuficiente dos cabos 2
Entrave ao movimento do sistema de travagem 3
Movimento anormal das alavancas, tirantes ou articulações que revelem
afinação incorrecta ou desgaste excessivo 2
1.16 - Cilindros dos travões (incluindo travões de molas e cilindros hidráulicos)
Fissurados ou danificados 3
Com fugas 3
Montagem inadequada ou deficiente 2
Corrosã o excessiva 2
Curso excessivo do mecanismo de diafragma 2
Curso excessivo do embolo 2
Protecção anti-poeira inexistente ou danificada 2
1.17 - Compensador automático de travagem em função da carga
Montagem ou ligações defeituosa 2
Afinação incorrecta 2
Mecanismo gripado ou inoperativo 2
Inexistente 2
1.18 - Alavancas excêntricas de afinação automática
Mecanismo gripado 3
Movimento anormal indicando desgaste excessivo ou má afinação 2
Funcionamento defeituoso 2
1.19 - Sistemas retardadores (para os veículos equipados com este tipo de dispositivo)
Mal montado ou ligação deficiente 2
Funcionamento defeituoso 2

A.2 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Anexos

Ausência de revestimentos térmicos 2


Posicionamento inadequado 2
1.20 - Sistema ABS (Sistema de travagem anti-bloqueio)
Funcionamento deficiente 2
Montagem incorrecta 2
Mau funcionamento do indicador luminoso 1

2 - Desempenho e eficiência dos travões de serviço


2.1 - Comportamento funcional (aumentando a força de travagem progressivamente até ao valor máximo)
Força de travagem inadequada de uma ou mais rodas 2
A força de travagem de qualquer roda inferior a 70% do valor máximo registado
na outra roda do mesmo eixo (registo automatizado dos valores) 2
No caso do ensaio de travagem ser efectuado em estrada, o desvio do veículo
em relação a uma linha recta é excessivo 2
Inexistência de variação gradual da força de travagem (trepidação ou bloqueamento
brusco) 2
Tempo de resposta anormal na operação de travagem de qualquer roda 2
Flutuação excessiva da força de travagem devida à existência de discos empenados
ou de tambores ovalizados 2
2.2 - Eficiência
Para reboques e semi-reboques matriculados antes de Janeiro de 1989
Inferior a 20% 3
Entre 20% e 40% (exclusive) 2
Para reboques e semi-reboques matriculados a partir de Jan de1989
Inferior a 20% 3
Entre 20% e 43% (exclusive) 2
Para pesados de mercadorias e tractores
Inferior a 20% 3
Entre 20% e 45% (exclusive) 2
Para ligeiros
Inferior a 25% 3
Entre 25% e 50% (exclusive) 2
Para pesados de passageiros
Inferior a 25% 3
Entre 25% e 50% (exclusive) 2
3-Desempenho/eficência do travão de emergência (se existir um sistema separado)
3.1 - Desempenho
Travão(s) inoperativo(s) num dos lados 2
Força de travagem da roda menos travada do eixo, inferior a 70% do esforço
máximo da outra roda 2
Progressividade irregular na travagem (bloqueamento) 2
Sistema automático de travagem do reboque inoperativo 2
3.2 - Eficiência
Para reboques e semi-reboques : Inferior a 20% 2
Para ligeiros e pesados de passageiros : Inferior a 25% 2
Para os restantes veículos : Inferior a 20% 2
4 - Desempenho e eficência do travão de estacionamento
4.1 - Desempenho: Travão inoperativo num dos lados 2
4.2 - Eficiência: Inferior a 16% ( registo automatizado dos valores) 2
5 - Desempenho do retardador ou do travão de escape
Não modulável (retardador) 2
Funcionamento defeituoso 2

Classificação e Características de Veículos Ligeiros A.3


Anexos

Anexo II - Direcção e Volante


Tipo
1 - Alinhamento de direcção
Desvio superior a 10 m/km (a) 2
Desvio superior a 5 m/km e inferior ou igual a 10 m/km (a) 1
2 - Volante e coluna de direcção
Folga radial no volante, superior e 1/8 de volta (45º) 2
Folga axial no volante com batimento 2
Resistência ao movimento 2
Existência de deformações soldaduras ou fissuras (b) 2
Folga nos cardans ou uniões elásticas deterioradas 2
Má fixação do sistema de volante e coluna 2
3 - Caixa de direcção
Fixação deficiente 2
Fuga de fluído 1
Guarda-pós ausente ou em mau estado 1
Mau estado geral exterior, nomeadamente, fissuras 2
4 - Barras de direcção, tirantes e rótulas
Deformações soldaduras ou fissuras 2
Folgas exageradas nas rótulas ou ausência de guarda-pós (c) 2
Mau estado dos guarda-pós 1
Limitador de direcção inexistente ou mal regulado (quando especificado) 2
5 - Direcção assistida
Funcionamento incorrecto (c) 2
Fuga de fluído 1

Notas complementares:

(a) O ensaio é feito no ripómetro com pressão correcta dos pneus e o volante solto.
(b) Detectáveis sem recurso a meios auxiliares.
(c) A verificação é feita com o motor em funcionamento.

Resultado dos ensaios


Do registo de resultados deve constar:

a) O desvio (m/km)
b) Data e hora do ensaio

A.4 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Anexos

Anexo III - Visibilidade.


Tipo
1 - Visibilidade
Autocolantes na área de varrimento das escovas do limpa pára-brisas ou alterações
no vidro que reduzam, deformem ou interfiram com a visibilidade para o condutor 2
Objectos ou autocolantes não regulamentares no pára-brisas ou em qualquer outro
componente que interfira com a visibilidade (a) 1
Ausência de pálas de sol 2
Funcionamento deficiente das pálas de sol 1
2 - Vidros
Vidros inexistentes ou partidos (b) 2
Vidros não homologados 2
Vidros com películas não regulamentares 2
3 - Espelhos retrovisores
Ausência de retrovisores 2
Retrovisores não homologados 2
Espelhos deteriorados ou com visão deficiente 2
Sistema de regulação deficiente 2
4 - Sistema de limpa vidros
Ausência ou não funcionamento de qualquer elemento 2
Funcionamento deficiente ou escovas em mau estado 1
Limpa pára-brisas com dimensões ou características não regulamentares 2

5 - Lava vidros
Funcionamento deficiente 1

Notas complementares:

(a) Excepto os que estão regulamentarmente colocados, nomeadamente, os relativos


a seguro, inspecção e impostos.
(b) Não se considera partido um vidro que apresente fenda com dimensão que:

1) Não reduza nem interfira com o campo de visibilidade do condutor.


2) Não reduza a resistência do vidro.

Classificação e Características de Veículos Ligeiros A.5


Anexos

Anexo IV - Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamento eléctrico


Tipo
1 - Luzes de estrada (máximos) e de cruzamento (médios)
Deteriorados, ausência ou não funcionamento 2
Funcionamento incorrecto 2
Montagem ou cor não regulamentar 2
Projectores não homologados 2
Má fixação ou deficiente regulação 1
Alinhamento incorrecto (orientação alta) 2
Alinhamento incorrecto (orientação baixa) 1
Diferença entre intensidade luminosa de luzes do mesmo tipo superior a 50% 2
2 - Luzes de presença, delimitadoras, de mudança de direcção, de chapa de matrícula,
de travagem, avisadoras de perigo e sinalização lateral (a)
Ausência ou não funcionamento 2
Montagem ou cor não regulamentares 2
Mau estado ou partidos 1
Fixação deficiente 1
Eficácia reduzida ou nula 2
Funcionamento deficiente 2
Terceira luz de travagem não homologada ou mal colocada 1
3 - Luzes de nevoeiro à frente e à rectaguarda
Deteriorada, ausência ou não funcionamento (b) 2
Montagem ou cor não regulamentar 2
Mau estado, partidos ou fixação deficiente 1
Funcionamento incorrecto ou eficácia nula à retaguarda 2
Dependência de funcionamento não regulamentar 2
Orientação alta 2
4 - Luzes de marcha atrás
Funcionamento incorrecto 1
Colocação não regulamentar 1
Cor não regulamentar 1
Orientação incorrecta provocando encandeamento 2
Funcionamento não dependente da marcha atrás 2
5 - Luzes do painel de instrumentos
Não funcionamento de luzes indicadoras de máximos 2
Não funcionamento de luzes indicadoras 1
6 - Reflectores e placas reflectoras (a)
Ausência ou deteriorados 2
Colocação não regulamentar 2

7 - Todas as luzes e reflectores incluindo as placas reflectoras


Não homologados ou sem marca de homologação quando obrigatória 2
8 - Instalação eléctrica
Mau estado da cablagem 2
Fixação deficiente de cablagem 1
Bateria e ligações em mau estado 1

Notas Complementares:

(a) Nos casos em que exista mais que uma luz (ou reflector), do mesmo tipo, ao não
funcionamento de uma delas é atribuído deficiência de grau 1.
(b) Excepto a ausência no caso de luzes de nevoeiro à frente

A.6 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Anexos

Anexo V - Eixos, Suspensão, Rodas e Pneus, Transmissão


Tipo
1 - Eixos traseiro e dianteiro
Deformações, soldaduras ou fissuras 2
Fixações deficientes ao chassis 2
2 - Molas (de lâmina e helicoidais) e barras de torção
2.1 - Mola de lâminas
Braçadeiras desapertadas ou partidas 2
Ponto de mola desapertado ou partido 2
Brincos ou apoios partidos, fissurados ou desapertados 2
Olhais, casquilhos ou cavilhas com desgaste 2
Olhais, casquilhos ou cavilhas com desgaste ligeiro 1
Lâminas partidas, soldadas ou fortemente oxidadas 2
Lâminas pasmadas (com inversão de curvatura) 2
Lâminas pasmadas (sem inversão de curvatura) 1
Batentes em falta, partidos ou em mau estado 2
2.2 - Molas helicoidais
Mola partida ou soldada 2
Molas do mesmo eixo com diâmetros de arame diferentes 2
Molas pasmadas 2
Montagem ou fixação incorrecta 2
Batentes ou apoios em falta ou mau estado 2
2.3 - Barras de torção
Elementos de fixação patidos fissurados ou desapertados 2
Barra partida ou soldada 2
Montagem incorrecta 2
3 - Amortecedores
Ausência 2
Fuga de óleo 2
Suporte partido ou fissurado 2
Montagem incorrecta 2
Danos exteriores 1
4 - Braços de suspenção e barras estabilizadoras
4.1 - Barras estabilizadoras
Ausência quando prevista 2
Elementos ou casquilhos de fixação da barra estabilizadora com folga/fissurados 2
Barra estabilizadora soldada ou fissurada 2
Montagem incorrecta da barra estabilizadora 2
Guarda-pós da barra estabilizadora inexistentes ou em mau estado 1
4.2 - Braços de suspensão
Braços de suspensão danificados ou fissurados 2
Rótulas dos braços de suspensão com folgas 2
Veios ou casquilhos dos braços de suspensão com folgas 2
Deficiente fixação dos braços de suspensão à carroçaria 2
Guarda-pós em mau estado ou inexistentes 1
Braços esticadores com folga (tensores) 2
5 - Sistemas Pneumáticos e hidroelásticos
5.1 - Sistemas pneumáticos
Ligação à carroçaria, ou ao eixo, deficiente 2
Fugas de ar 2
Veículo desnivelado 2
Componentes em mau estado ou defeituosos 2
Pressão de funcionamento insuficiente 2

Classificação e Características de Veículos Ligeiros A.7


Anexos

5.2 - Sistemas hidroelásticos


Fugas de óleo 2
Incorrecto funcionamento do comando manual 2
Montagem incorrecta de componentes 2
6 - Ensaio de eficiência para veículos ligeiros (a)
Diferença de eficiência entre duas rodas do mesmo eixo superior a 30 % 2
Suspensão anormalmente ruidosa 1
7 - Jantes
Mais de um tipo de jantes no mesmo eixo 2
Deformações localizadas que não ponham em causa o equilíbrio da roda nem
a montagem do pneu 1
Deformações localizadas que ponham em causa o equilíbrio da roda ou a
montagem do pneu 2
Empeno 2
Fissuras 2
Soldaduras de recuperação 2
Corrosão excessiva 2
Fixação com deficiência de carácter permanente (ex. furos, ovalisados) 2
Dimensão (largura e, ou diâmetro) não de acordo com o pneu 2
8 - Pneus
Mais que um tipo de estrutura dos pneus 2
No mesmo eixo, mais que um tipo de pneu 2
Profundidade das ranhuras do piso inferior aos valores mínimos legais 2
Cortes ou fissuras que ponham à vista ou alcançam a carcaça 2
Pisos com sinais de reabertura de ranhuras (salvo em pneus regrovable) 2
Deformações convexas (salientes) na superfície das paredes laterais 2
Falta das marcações regulamentares incluindo a da homologação 2
Dimensão não contemplada no livrete e diâmetro exterior diferente em mais de 5% 2
Largura inferior à que consta do livrete 2
Capacidade de carga incorrecta 2
Categoria de velocidade incorrecta 2
Sentido ou posição de montagem incorrecto 2
Impossibilidade de manutenção da pressão correcta do ar 2
9 - Rolamentos das rodas
Folga excessiva 2
Fuga de lubrificante 1
10 - Transmissão
Guarda-pós em mau estado 1
Rolamentos ou uniões com folga exagerada 2
Elementos de fixação ou protecções deficientes 2
Fuga de fluído lubrificante 1

Nota complementar:

a)Aplicável a veículos ligeiros cuja tara ou peso bruto não ultrapassem 2.800 kg.

A medição dos valores relativos da eficiência, expressa nos registos informatizados do


respectivo equipamento, deve constar dos relatórios de inspecção a partir de 1 de Julho
de 1999.

A.8 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Anexos

Anexo VI - Quadro e Acessórios do Quadro


Tipo
1 - Quadro e “Chassi”
1.1 - Estado geral
Deformação ou empeno no quadro (longarinas ou monobloco) 2
Longarina fendida 3
Ligação deficiente em longarina ou travessas (soldadura, parafusos, etc.) 2
Corrosão profunda em longarina ou travessa, ou em elementos de fixação 2
Corrosão média em quadro de estrutura simples (chassi) 1
Corrosão média em quadro monobloco 2
Corrosão superficial em quadro monobloco 1
Palas anti-projecção inexistentes quando obrigatórias, ou ineficientes 2
Limpeza insuficiente que dificulte as observações e verificações do inspector 2
1.2 - Reservatório e tubagens de combustível
Fugas de combustível 3
Tampão inadequado 1
Tampão ausente 2
Reservatório danificado 2
Montagens ou fixações não regulamentares 2
Tubagem ou elementos de fixação deformados, partidos ou deteriorados 1
Ausência de dístico identificativo GPL 2
Reservatório de GPL não regulamentar nomeadamente ausência de chapa
de características 2
1.3 - Dispositivos anti-encastramento (lateral e retaguarda)
Ausência ou forma, dimensões ou fixação não regulamentares 2
Empeno, soldaduras deficientes ou fendas 1
1.4 - Suporte da roda de reserva
Ausência ou fixação deficiente 2
1.5 - Dispositivo de reboque
Montagem ou dispositivo não regulamentar ou com folgas, desgaste ou
reparações precárias 2
Ligação deficiente ao quadro (aperto, fissuras, empeno, reforço, etc.) 2
Dispositivo de ligação eléctrica ausente ou defeituoso 2
Dispositivo de ligação eléctrica mal colocado ou mal fixado 1
2 - Cabine e carroçaria
2.1 - Estado geral
Corrosão média ou profunda em elemento resistente 2
Corrosão superficial em elemento resistente 1
Deformação num elemento resistente 2
Deformação com arestas vivas 2
Saliências agressivas não regulamentares (frisos, ou outros acessórios), exteriores
ou interiores interiores 2
Pára-choques em mau estado (sem saliências agressivas) 1
Comando ou funcionamento deficiente para abertura e fecho de vidros 1
Protecção (pintura) deficiente ou incompleta 1
2.2 - Fixação
Elementos de ligação ou fixação deteriorados ou incorrectos 2
2.3 - Portas e fechos (inclui tampas de motor e bagageira)
Dificuldade de abertura ou fecho 1
Mau funcionamento que ponha em causa a segurança 2
2.4 - Fixação da bateria
Aperto deficiente 1
Fixação deficiente ou suporte corroído 2
2.5 - Fixação do motor

Classificação e Características de Veículos Ligeiros A.9


Anexos

Apoio deteriorado ou ineficiente 2


2.6 - Piso do habitáculo e do compartimento de carga
Mau estado sem perigo 1
Mau estado com perigo 2
2.7 - Antepara
Ausentes ou não regulamentares 2
Fixação deficiente ou deteriorada 1
2.8 - Bancos
Mecanismo de regulação do banco do condutor não funcional ou com revestimento
em mau estado 1
Fixação deficiente ou estrutura deformada 2
2.9 - Degraus e estribos
Danificados ou com superfície do revestimento pouco aderente 1
Ausência 2

A.10 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Anexos

Anexo VII - Equipamentos Diversos


Tipo
1 - Cintos de segurança
Falta de um ou mais cintos de segurança 2
Fixações deficientes ou precintas deformadas ou gastas, ou mau funcionamento
dos fechos 2
Pretensor ou absorvedor de energia que já tenha sido activado 2
2 - Extintor
Ausência, não adequado ou com prazo de validade ultrapassado 2
Fixação deficiente ou local de fixação inadequado (bem visível e fácil acesso) 1
3 - Dispositivos anti-roubo
Ausência quando obrigatório 2
Funcionamento deficiente 1
4 - Triângulo de pré-sinalização
Ausência ou não funcionalidade 2
Não homologado ou não aprovado 2
Mau estado geral 2
5 - Caixa de primeiros socorros
Ausência quando regulamentada 2
6 - Calços de roda
Ausência quando obrigatória (de acordo com RPE) 1
7 - Caixa de ferramenta
Ausência quando regulamentada ou incompleta 1
Ausência ou não funcionamento 2
Avisador pneumático sem comutação para avisador de utilização urbana 2
Funcion amento deficiente 1
9 - Velocímetro e conta-quilómetros
Ausência ou com escala em milhas 2
Funcionamento deficiente 1
10 - Tacógrafo
Ausência quando obrigatório 2
Ausência da chapa de instalação, ausência de selagem ou controlo caducado 2
Funcionamento deficiente 1
11 - Limitador de velocidade
Ausência da chapa de instalação, quando obrigatório 2
Ausência de selagem, quando prevista 1
12 - Todos os equipamentos e acessórios
Não homologados ou sem marca de homologação quando obrigatória 2

Classificação e Características de Veículos Ligeiros A.11


Anexos

Anexo VIII - Perturbações


Tipo
1 - Deficiências gerais
Fugas nas condutas ou silenciador 2
Ausência de silenciador 2
Reparações precárias ou suportes deficientes 1
Montagem deficiente 2
2 - Emissões de escape para motores de ignição por faísca (Gasolina)
2.1 - Emissões não controladas Teor de CO
2.1.1 - Para veículos matriculados antes de 01-10-1986
Teor CO superior a vol. % 7 2
Teor CO superior a vol % 5,5 e inferior a vol.% 7 inclusivé 1
2.1.2 - Para veículos matriculados a partir de 01-10-1986
Teor CO superior a vol% 5,5 2
Teor CO superior a vol% 3,5 e inferior a vol% 5,5 inclusivé 1
2.1.3 - Para veículos matriculados a partir de 01-01-1993
Teor CO superior a 3,5 vol % 2
2.2 - Emissões controladas - Teor CO e medições
2.2.1 - Para veículos matriculados antes de 01-01-1993
Com o motor em marcha lenta
Teor CO superior a vol.% 1 2
Teor CO superior a vol % 0,5 e inferior a 1 vol. % inclusivé 1
Com o motor moderadamente acelerado ( rotações > 2000 r.p.m.)
Teor CO superior a 0,6 vol.% 2
Teor CO superior a 0,3 vol % e inferior a 0,6 vol. % inclusivé 1
Valor de fora do intervalo 1 + 0,03 (excepto quando indicação em contrário
do construtor) 2
2.2.2 - Para veículos matriculados a partir de 01-01-1993
Com o motor em marcha lenta
Teor CO superior a 0,5 vol. % 2
Com o motor moderadamente acelerado ( rotações > 2000 r.p.m. )
Teor CO superior a 0,3 vol % 2
Valor de fora do intervalo 1 + 0,03 (excepto quando indicação em contrário do construtor ) 2
3 - Emissões de escape para motores com ignição por compressão (Gasóleo)
3.1 - Para veículos matriculados antes de 01-01-1980
3.1.1 - Motores de aspiração natural
Opacidade superior a 4,5 m -1 2
Opacidade superior a 4 m-1 e inferior a 4,5 m-1 inclusivé 1
3.1.2 - Motores sobrealimentados
Opacidade superior a 5,0 m-1 2
Opacidade superior a 4,5 m-1 e inferior a 5,0 m-1 inclusivé 1
3.2 - Para veículos matriculados a partir de 01-01-1980
3.2.1 - Motores de aspiração natural
Opacidade superior a 3,0 m-1 2
Opacidade superior a 2,5 m -1 e inferior a 3,0 m-1 inclusivé 1
3.2.2 - Motores sobrealimentados
Opacidade superior a 3,5 m-1 2
Opacidade superior a 3,0 m -1 e inferior a 3,5 m-1 inclusivé 1
3.3 - Para veículos matriculados a partir de 01-01-1993
3.3.1 - Motores de aspiração natural
Opacidade superior a 2,5 m-1 2
3.3.2 - Motores sobrealimentados
Opacidade superior a 3,0 m-1 2

A.12 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Anexos

4 - Emissões relativas ao óleo de lubrificação


Emissões generalizadas de óleo (“motor babado”) 2
Emissões pequenas de óleo em juntas secundárias 1
Emissões de óleo do carter, em juntas a ele associadas directamente, ou grandes
emissões localizadas 2
Emissões de vapores, de óleo provenientes do carter ou do reservatório de óleo 2

Classificação e Características de Veículos Ligeiros A.13


Anexos

Anexo IX - Controle Suplementar de Veículos de Transporte Público

1 - Saídas de emergência
Não regulamentares 2
Sinalização incorrecta ou ilegível 2
Sinalização pouco visível 1
Falta do comando de emergência, ou não sinalizado, em portas com abertura
pneumática ou hidráulica 2
Falta de martelos 1
2 - Ventilação e aquecimento
Falta ou mau funcionamento do desembaciador de pára-brisas 1
Deficiências em elementos do sistema de ventilação 1
Falta ou funcionamento deficiente do sistema de ar condicionado 2
3 - Bancos
Disposição não regulamentar ou fixação deficiente dos bancos 2
Mau estado de conservação da estrutura ou revestimento dos bancos 2
4 - Iluminação interior
Deficiências em elementos do sistema de iluminação interior 1
5 - Publicidade
Colocação não regulamentar de paineis publicitários 2
Objectos publicitários que interfiram com a visibilidade do condutor 2
6 - Limpeza
Falta de asseio ou conservação de elementos no interior ou exterior 2
7 - Roda de reserva
Ausência 2
8 - Cortinas ou dispositivos equivalentes
Ausência ou mau estado de conservação 1
9 - Sinalização acústica ou luminosa para paragem
Ausência 2
Mau funcionamento 1
10 - Sinalização informativa interior
Ausência ou indicação em local não regulamentar da lotação 1
Ausência ou indicação não regulamentar dos lugares cativos 1

A.14 Classificação e Características de Veículos Ligeiros


Anexos

Anexo X - Identificação do Veículo


Tipo
1 - Chapas de matrícula
Número ou data não correspondente ao livrete 2
Sem marca de homologação, dimensões não regulamentares ou com arestas
agressivas 2
Fixação incorrecta 2
Materiais deformados sem arestas vivas ou deteriorados 1
2 - Número de quadro
Ausência de gravação no quadro e na chapa do construtor 2
Ausência de gravação com identificação na chapa do construtor 1
Divergência ou impossibilidade de leitura de qualquer caractere 1
Divergência ou impossibilidade de leitura do número de série 2
Indícios de alteração ou viciação 2
3 - Livrete
Indícios de alteração, ou viciação, de qualquer elemento ou deterioração que
impossibilite a leitura 2
Deterioração que não dificulte a leitura 1
Falta de indicação de P.B.R. (com dispositivo de reboque) 1
Divergência de dimensões dos pneumáticos 1
3.1 - Outras divergências que ponham em causa a identificação
Tipo de veículo divergente 2
Tipo de caixa divergente do indicado no livrete 2
Divergência do combustível indicado no livrete 2
Modelo ou cilindrada de motor diferente do indicado no livrete 2
Divergência do reservatório de GPL do indicado no livrete 2
Outras divergências, nomeadamente a cor 1

Classificação e Características de Veículos Ligeiros A.15

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