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TIPOS DE BATERIAS E
SUA MANUTENÇÃO
COMUNIDADE EUROPEIA
Fundo Social Europeu
Referências
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IEFP
“Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, cofinanciado pelo
Estado Português, e pela União Europeia, através do FSE”
“Ministério de Trabalho e da Solidariedade – Secretaria de Estado do Emprego e Formação”
ÍNDICE
DOCUMENTOS DE ENTRADA
PRÉ-REQUISITOS................................................................................................................E.3
CORPO DO MÓDULO
0 - INTRODUÇÃO................................................................................................................. 0.1
BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................C.1
DOCUMENTOS DE SAÍDA
PÓS-TESTE ..........................................................................................................................S.1
ANEXOS
EXERCÍCIOS PRÁTICOS.....................................................................................................A.1
OBJECTIVO GERAL
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
PRÉ-REQUISITOS
C i r c. I nt eg r ad o s,
Leit ur a e
M i cr o co nt r o lad o r C ar act er í st i cas e C ál culo s e C ur vas Si st emas d e
Int er p r et ação d e
es e F uncio nament o D i st r i b ui ção C ar act er í st i cas A d mi ssão e d e
Esq uemas
M icr o p r o cessad o d o s M o t o r es do M otor Escap e
Eléct r i co s A ut o
r es
Si st emas d e
Si st emas d e Lâmp ad as, F ar ó i s F o cag em d e Si st emas d e
So b r eal iment ação A vi so A cúst ico s e
I nf o r mação e F ar o li ns F ar ó i s C o municação
Lumino so s
U ni d ad es Emissõ es
D i ag nó st i co e
Si st emas El ect r ó ni cas d e Si st emas d e Po luent es e
R ep ar ação em Si st emas d e
Elect r ó ni co s C o mand o , Injecção D i sp o sit i vo s d e
Sist emas I nj ecção M ecânica
D i esel Senso r es e El ect r ó ni ca C o nt r o l o d e
M ecâni co s
A ct uad o r es Emissõ es
D i ag nó st i co e D i ag nó si co e
A nál ise d e G ases R ep ar ação em R ep ar ação em
M anut enção
d e Escap e e Si st emas co m Sist emas R o d as e Pneus T er mo d inâmica
Pr o g r amad a
O p acid ad e Gest ão El éct r ico s
Elect r ó nica C o nvenci o nais
N o çõ es d e C o nst it uição e
Gases Leg islação Pr o cesso s d e
M ecânica F uncio nament o d o Pr o cesso s d e
C ar b ur ant es e Esp ecí f ica so b r e T r açag em e
A ut o mó vel p ar a Eq uip ament o C o n- C o r t e e D esb ast e
C o mb ust ão G PL Punci o nament o
G PL ver so r p ar a G PL
R ed e d e A r
Pr o cesso s d e R ed e El éct r ica e
C o mp . e
F ur ação , N o çõ es B ásicas M anut enção d e F er r ament as
M et r o lo g i a M anut enção d e
M and r i lag em e d e So ld ad ur a F er r ament as M anuais
F er r ament as
R o scag em Eléct r i cas
Pneumát icas
LEG EN D A
Módulo em
Pré-Requisito
estudo
0 – INTRODUÇÃO
Hoje em dia, muitos equipamentos eléctricos e electrónicos são alimentados por baterias.
São muitos, os tipos de acumuladores que nos rodeiam desde as baterias de antigamente
que necessitavam de constante manutenção até às baterias hoje utilizadas, chamadas de
“sem manutenção” incluindo as baterias secas.
Os satélites de telecomunicações marcam, hoje, a utilização de baterias além fronteiras
estando estes aparelhos em regime de carga através dos painéis solares situados nas
partes laterais do satélite, quando o mesmo se encontra em contacto com a radiação solar.
Durante a noite o aparelho encontra-se em pleno funcionamento sendo alimentado pela
carga armazenada nas baterias constituindo a fonte de alimentação do satélite.
Dentro do ramo automóvel, o futuro estará atribuído ao uso de baterias para alimentação de
um motor eléctrico com binário equivalente ao de um motor a gasolina (e muito menos
ruidoso).
Toda a energia de travagem será absorvida pelas baterias durante o período de travagem
do veículo, e os postos abastecedores de combustível serão substituídos por postos
carregadores de baterias.
Por certo o futuro irá ser mais ecológico e promissor nesta área, quanto ao impacto
ambiental provocado pelo reaproveitamento de velhas baterias e pelos níveis de poluição
quase diminutos emitidos pelos “novos veículos eléctricos”.
1 – ACUMULADORES
Para além de permitir a alimentação dos circuitos eléctricos do automóvel quando o motor
não está a trabalhar, a bateria tem também a função de armazenar a tensão que lhes é
fornecida.
Pegue num limão e espete nele um prego de ferro galvanizado e outro de cobre, como se
mostra na figura 1.2.
Podemos dizer que da acção do ácido do limão sobre dois metais diferentes, resulta uma
reacção química que origina a presença de uma diferença de potencial entre os dois
eléctrodos.
Note que ao fazer a ligação do voltímetro, este acusa a existência de uma diferença de
potencial entre os dois pregos.
Estes pregos, uma vez que funcionam como terminais electricamente carregados,
designam-se como eléctrodos
O ácido reage inversamente com os dois metais diferentes, isto é, faz com que um dos
eléctrodos perca electrões e forme uma carga positiva, portanto o terminal positivo da
bateria.
Na bateria mais simples, os eléctrodos utilizados são o cobre (Cu) e zinco (Zn), e o
electrólito é composto por uma solução de água com ácido sulfúrico.
Metais diferentes
2 – ACUMULADORES DE CHUMBO
Seguindo o exemplo do limão com os eléctrodos de cobre e zinco verificámos que passado
algum tempo, um dos eléctrodos se decompunha limitando consideravelmente a vida da
bateria em questão.
Para evitar esta situação, foram testados vários tipos de metais para a formação de
eléctrodos chegando-se à conclusão que o metal que garantia maior duração de
funcionamento da bateria e consequentemente, maior autonomia, era o chumbo.
Embora que embora fosse mais pesado em relação a todos os outros, tinha tendência a
regenerar-se, trazendo a possibilidade de carga e descarga da bateria sem que os
eléctrodos se degradassem como acontecia com o zinco.
Claro está que em vez de sumo de limão, utiliza-se ácido diluído em água. Esta é a
constituição base das baterias ou acumuladores de chumbo.
No caso dos automóveis, utilizam-se baterias com varias placas de chumbo por forma que
aos seus terminais exista uma diferença de potencial de 6V, 12 V ou 24V.
À mistura de ácido sulfúrico com água destilada dá-se o nome de electrólito. Chama-se
assim porque tem a capacidade de ionizar as moléculas dos eléctrodos ou placas.
Para que o electrólito cumpra a sua função é necessário que a proporção entre ácido
sulfúrico e a água esteja compreendida entre valores bem definidos de densidade.
Fig.2.3 - Lâmpada
Verifica-se que a lâmpada não acende porque a água não é suficientemente condutora para
permitir a transferência de electrões de uma ponta do arame para a outra.
Fig.2.15 – Mergulhe de novo as pontas dos Fig 2.16 – A lâmpada não acende pois o
arames no líquido electrólito composto por ácido
não possui condutividade
Não deve portanto adicionar ácido ao electrólito sem a consulta prévia das
instruções dadas pelo fabricante da bateria
2 átomos de hidrogénio
1 átomo de enxofre
4 átomos de oxigénio
Uma bateria com apenas duas placas não seria capaz de oferecer a energia necessária
para o arranque, e por isso as baterias que se usam na prática dispõem de grande número
de placas.
Por exemplo, 6 placas dispõem de uma superfície muito maior que apenas uma placa.
Para perceber melhor a razão deste maior número de placas, voltemos de novo ao exemplo
do limão.
mantém-se igual.
Um maior número de pares de pregos ligados em paralelo produzem uma maior intensidade
de corrente, ou seja, quanto maior for a superfície metálica, maior será o número de
electrões postos em movimento. No entanto a velocidade de deslocação dos electrões não
se altera e portanto a tensão não subirá.
Cada célula de uma bateria de chumbo dá-nos apenas uma tensão de 2 V, isto
independentemente do número de células que se utilizam. Portanto quanto maior o número
de células, maior a tensão obtida.
Uma bateria de 12 V é constituída por seis elementos e da mesma forma uma bateria de
24V é constituída por doze elementos, daí a necessidade desta bateria possuir maior
comprimento que a bateria de 12 V.
O vaso das baterias dos automóveis é construído em plástico inalterável pelo ácido do
electrólito.
Os vasos dos acumuladores transportáveis são cobertos superiormente por uma tampa
atravessada por dois bornes ligados à placas e por um ou mais furos de enchimento
providos de uma ou mais tampas, normalmente roscadas (*).
Estas tampas contêm normalmente um pequeno orifício para permitir a saída dos gases
libertados durante o funcionamento da bateria, (ver Figura 2.29).
Como a capacidade cresce com a capacidade das placas, para a aumentar, sem exagerar
as dimensões do acumulador, emprega-se um grupo de placas positivas, ligadas
superiormente entre si por uma barra de chumbo e outro de placas negativas, reunidas do
mesmo modo.
Fig.2.30 – Placas negativas ocupam os extremos entre os vasos para evitar acidentes
eléctricos entre os elementos
Em todos os acumuladores há sempre mais uma placa negativa, a fim de ficarem só placas
negativas nos extremos.
Isto é importante porque as placas negativas na periferia criam por si só, uma garantia de
isolamento eléctrico na própria bateria e também porque deve-se reconhecer que as placas
positivas se deformam quando não forem submetidas a igual acção química nas duas faces,
(Figura 2.30).
Para evitar que as placas de polaridade diferente se toquem, o que causaria um curto –
circuito interno, empregam-se separadores em forma de varetas ou folhas de substâncias
isolantes, resistentes à acção corrosiva do ácido sulfúrico.
Os extremos inferiores das placas devem ficar afastados do fundo do vaso, a fim de não
serem postos em curto-circuito assentando em ressaltos isoladores colocados no fundo,
ficando suspensos pelos bornes da parte superior. Na Figura 2.33 existem três tipos de
suportes de placas.
O Electrólito
É muito importante que o ácido e a água não contenham impurezas tais como cloro, ferro e
arsénio daí que o uso da água da torneira esteja fora de questão.
O ácido deve ser filtrado e decantado para que as impurezas sejam minimizadas.
O electrólito prepara-se com ácido sulfúrico e água destilada vazando-se a quantidade de água
destilada necessária apontada pelo fabricante deitando-se de seguida pouco a pouco o ácido
sulfúrico agitando sempre a mistura com uma vareta de vidro ao mesmo tempo que se observa
a densidade.
Nunca se deve deitar água sobre ácido, o que pode provocar grande elevação de temperatura
e projecção perigosa de ácido para fora do vaso, mas sim o ácido sobre a água.
Durante a operação descrita, o líquido aquece, tornando-se necessário deixá-lo arrefecer antes
de o vazar no acumulador. Quando o electrólito está frio, verifica-se a densidade e corrige-se
caso necessário.
No manejo de ácido sulfúrico ou do electrólito não se devem empregar peças metálicas que
não seja chumbo.
As vasilhas funis, ou quaisquer outros utensílios com os quais o líquido venha a ter contacto
devem ser de material “não atacável” pelo ácido, como o vidro, chumbo ou porcelana.
O ácido mesmo diluído em água, é muito corrosivo, devendo ter-se com ele muito cuidado com
o seu manuseamento pois queima o vestuário nos pontos que forem atingidos e pode, em
contacto com a pele, provocar graves lesões.
A força electromotriz
Resistência interna
Capacidade
Quanto maiores forem as dimensões das placas, maior será a capacidade do acumulador.
Para o mesmo acumulador, a capacidade varia com a corrente de descarga, sendo tanto
menor quanto mais elevada for a intensidade dessa corrente.
Quando apenas indicam um único valor, sem dizer o número de horas, pode considerar-se
que a capacidade se refere a 10 horas de descarga.
Num acumulador também é útil conhecer a capacidade por quilograma, a fim de se poder
avaliar o peso que corresponde a uma certa capacidade.
Nota:
Uma descarga levada abaixo deste valor tem como consequência, sérios inconvenientes
para a vida e bom rendimento dos acumuladores.
Normalmente este tempo é de 20 horas. Portanto, se uma bateria tiver uma capacidade de
100 A.h., significa que é capaz de fornecer uma corrente de 5 A durante 20 horas, fixando a
tensão final de descarga em 1,8 V em cada acumulador.
Se a temperatura for superior, a sua capacidade aumentará mas se for inferior, a sua
capacidade diminuíra.
Por esta razão, é aconselhável manter as baterias carregadas ao máximo durante o inverno.
Este valor permite-nos identificar a intensidade de corrente máxima que uma bateria pode
fornecer instantaneamente e geralmente corresponde a uma situação desfavorável de
temperatura.
Exemplo:
1ª FASE
Parte das moléculas de água combinam-se com o peróxido de chumbo da placa positiva
para formar iões de chumbo com falta de electrões (Pb ) e iões de hidróxido (OH ) .
+
4
−
Uma parte de ácido sulfurico decompõe-se em iões de sulfato (SO ) e iões de hidrogénio
2−
4
(H ) .
+
2ª FASE
Assim que um circuito exterior à bateria ligue o eléctrodo negativo ao positivo, o chumbo do
eléctrodo negativo cede dois electrões aos iões de chumbo do eléctrodo positivo.
3ª FASE
Á medida que estas reacções se vão dando , a diferença de potencial entre os eléctrodos
vai diminuindo. A força electromotriz e a densidade do electrólito diminuem, uma vez que
este último perde o ácido sulfúrico.
1ª FASE
2ª FASE
Os iões de sulfato das placas combinam-se com o hidrogénio para formar o ácido sulfurico,
os iões de chumbo da placa positiva perdem dois electrões para os iões de chumbo da
placa negativa.
3ª e 4ª FASE
4 – MANUTENÇÃO DE BATERIAS
Antes de desmontar uma bateria, deve saber onde está instalada. Na maior parte dos
veículos ligeiros, a bateria encontra-se no compartimento do motor.
Existem veículos em que a bateria está situada por baixo do assento da frente ou na parte
traseira do veículo.
No caso de veículos pesados a bateria ou baterias encontram-se situadas numa caixa que
está fixa ao chassis do veículo. Em tractores agrícolas a bateria está normalmente situada
atrás do motor.
Fig. 4.1 – Sítios possíveis onde podemos encontrar a bateria nos veículos automóveis.
Nunca utilize uma chave ajustável (inglesa ou francesa). As chaves ajustáveis danificam as
porcas ou parafusos com muita facilidade.
Não torça ou rode o terminal do cabo condutor que liga ao borne da bateria pois ao forçar a
ligação, poderá provocar um mau contacto eléctrico (não visível) o que levará ao mau
funcionamento do veículo.
Agora agarre a bateria, levante-a e tire-a sem tocar em qualquer parte exterior ao veículo.
Qualquer contacto da bateria com a parte exterior do veículo pode causar danos
irreparáveis na pintura do mesmo.
Por outro lado, deve transportar com cautela a bateria evitando o contacto da bateria com a
roupa ou qualquer parte do corpo. Deverá usar durante esta operação umas luvas e
vestuário adequado de modo a proteger-se a si e à roupa que veste no momento.
Os terminais dos cabos devem também ser limpos numa solução de bicarbonato de sódio.
Para proceder à montagem da bateria, utilize um carro de mão para transportar a bateria,
evitando assim qualquer esforço físico excessivo, desde o local onde a bateria se encontra
até ao veículo onde a mesma vai ser montada.
Pegue na bateria firmemente e coloque-a no local onde ela deve ser montada
Agora fixe a bateria utilizando o dispositivo de fixação mais adequado. A bateria deverá ficar
bem fixa, para que não se solte ao curvar ou travar bruscamente.
Mas não a aperte demasiado porque isso irá deformar a caixa, causar danos nas placas
(eléctrodos) da bateria, podendo mesmo originar curto-circuitos internos.
Por outro lado, uma bateria que não esteja fixa com segurança pode originar um incêndio
quando o condutor curvar ou travar rapidamente.
É particularmente perigoso quando o veículo tem um acidente, pois a bateria pode saltar, os
seus terminais encostarem-se à chapa, produzirem um forte curto-circuito, a bateria
explodir, e o veículo incendiar-se.
Identifique qual é o polo positivo e o negativo da bateria, verifique qual a posição correcta de
montagem. O comprimento e posição dos cabos que ligam à bateria, ditam muitas vezes a
maneira como a mesma é ligada.
Certifique-se que os terminais estão devidamente apertados não existindo qualquer mau
contacto eléctrico entre os bornes da bateria e os terminais de ligação.
Certifique-se ainda se os cabos condutores estão bem apertados aos terminais e que
garantem boa passagem de corrente eléctrica.
Um bom contacto entre os bornes da bateria e os terminais dos cabos é essencial para que
se assegure um bom arranque do veículo. Maus contactos, causam grandes quedas de
tensão e podem até danificar diversos orgãos do veículo.
Não aperte o terminal com demasiada força. Nunca utilize uma chave de tamanho
incorrecto. Para este trabalho é recomendável, utilizar uma chave de luneta.
Deve proceder da mesma forma para o terminal negativo que foi o primeiro a ser desligado
e deve ser o ultimo terminal a ser ligado.
Deve no final untar os terminais e os bornes com uma camada de vaselina por forma a
proteger os contactos da corrosão.
Não deverá usar para o efeito massas ou óleos lubrificantes pois estes são isoladores
eléctricos e poderão dar origem a maus contactos eléctricos.
Os terminais soltos podem originar avarias no sistema de carga do motor, causando muitas
vezes danos irremediáveis na ponte rectificadora e regulador electrónico de carga da bateria
e em toda a gestão electrónica do motor.
No caso da bateria ser do tipo -sem manutenção como a maioria das baterias
comercializacdas nos dias de hoje, deve preocupar-se somente com a fixação da bateria e
aperto dos terminais, mas se a bateria necessita de manutenção deve certificar-se que os
bujões da bateria estão devidamente apertados.
Se houver alguma cobertura de protecção da bateria, deve montá-la para evitar vasamento
acidental de electrólito durante uma paragem brusca por exemplo.
Assim, o electrólito pode ser testado para determinar o estado de carga da bateria.
O ácido sulfúrico é mais denso que a água. A mistura do ácido com a água resulta numa
mistura mais densa do que a da água pura.
Quanto mais ácido sulfúrico estiver contido na água maior será a sua densidade.
Fig.4.17 - Densímetro
Quando a bateria é posta à carga, a tensão em cada elemento sobe rapidamente a 2,2 V, e
depois muito lentamente até 2,3 V, ou 2,4 V, mantendo-se quase constante neste valor
durante bastante tempo.
No fim da carga, a tensão atinge rapidamente o valor máximo, que oscila entre 2,5 V a 2,8 V
conforme o valor da corrente de carga.
TABELA DE DENSIDADES
Entre E Estado de carga
1,260 1,280 100%
1,230 1,250 75%
1,200 1,220 50%
1,170 1,190 25%
1,140 1,160 Capacidade muito reduzida de uso
1,110 1,130 Descarregada
Tab.4.1 – Tabela de densidades em função do estado de carga
Quando as placas positivas não absorvem mais oxigénio e as negativas mais hidrogénio,
estes gases libertam-se à superfície do electrólito, dizendo-se então que o acumulador esta
em efervescência.
Nível do Separador
electrólito
Placa
Adição de ácido
Para acertar o nível do electrólito emprega-se somente água destilada, mesmo que a
densidade esteja baixa.
Quando numa bateria há um ou mais elementos com fraca densidade, talvez devido à
sulfatação, a qual ainda mais se agravará se cometermos o erro de juntar novo electrólito.
Algumas vezes, é necessário deitar electrólito em vez de água, não só para acertar o nível
como para corrigir a densidade.
A água deita-se no princípio da carga, para que a efervescência provoque a mistura com o
ácido.
A adição da água durante a descarga é sempre prejudicial, mas ainda o será mais se as
placas ficarem a descoberto.
No entanto, isto nunca acontece se houver o cuidado de acertar o nível todas as vezes que
a bateria for posta à carga.
Nunca se deve utilizar água normal da torneira em vez de água destilada pois as
impurezas que esta contém podem corroer as placas, acelerando a formação de
sulfato de chumbo, e comprometendo a duração de vida da bateria.
É tão prejudicial não manter o nível de electrólito, como adicionar água destilada
em excesso pois neste caso, a causa dos movimentos da bateria com o veículo e
a saída de gases na bateria leva à consequente danificação dos suportes dos
elementos sulfatando terminais, bornes, etc.
Estes golpes podem provocar fugas de electrólito que por sua vez
danificam o que estiver à volta da bateria como por exemplo queimar a
pintura do automóvel, corroer cabos eléctricos, etc.
A medição da tensão de uma bateria pode ser feita nas seguintes condições: em carga, em
repouso ou em descarga.
Define-se situação de repouso quando tiverem passado mais do que 15 minutos depois da
última carga ou descarga.
Este método tem uma precisão maior na detecção de falhas na bateria, pois poderá haver
algum elemento defeituoso, que medindo em repouso dá a tensão correcta, mas em
descarga intensa não responde correctamente.
Este voltímetro deve manter-se ligado à bateria somente durante o tempo de medição (não
mais que 6 segundos), pois provoca uma descarga intensa do elemento.
Na tabela 4.2 mostramos os valores de tensão que deverão ser obtidos para cada elemento.
Para reconhecer a importância do carregamento da bateria, basta ter em atenção que a sua
duração depende directamente do seu estado de carga
Nunca se deve permitir que uma bateria se mantenha se mantenha descarregada ou quase,
porque então dá-se a sulfatação das suas placas diminuindo consideravelmente o tempo de
vida da bateria.
Uma bateria descarregada ou quase, não se deve deixar num veículo, esperando-se que o
sistema de carga do veículo a recarregue completamente.
Para recarregar uma bateria montada num veículo equipado com um sistema de carga com
alternador, desligue os cabos de ligação da bateria à rede eléctrica do veículo, antes de
ligar os cabos do carregador.
De um modo geral, o carregamento de uma bateria não apresenta problemas desde que
proceda do modo que a seguir se indica.
A bateria só pode ser carregada com corrente contínua (DC), mas há dois sistemas de
carga em uso:
Fig. 4.27 – A – Sistema de carga por Fig. 4.28 – B – Sistema de carga por
corrente constante. tensão constante.
O carregamento da bateria pode fazer-se até cerca de 70 % da sua carga total com uma
maior intensidade de corrente (Carga rápida). Mas neste caso haverá que tomar algumas
precauções adicionais durante a operação de carregamento deste tipo deverá interromper-
se logo que comecem a gerar grande quantidade de gases.
A temperatura do electrólito também tem de ser vigiada por forma a que nunca ultrapasse
os 50º C.
Mantendo-se uma relação de carga de 0,1 (um décimo) uma bateria completamente
descarregada levará a carregar 12 a 13 horas.
Se a bateria estiver apenas meio descarregada então bastará cerca de 6 horas de carga
para obter o seu total recarregamento.
Se a bateria começar a libertar muitos gases reduza a relação de carga para 0,05 baixando
assim a corrente.
Nesse caso eles poderão produzir faíscas e nessa situação, qualquer faísca poderá originar
a explosão da bateria (combustão do hidrogénio).
Como já foi indicado, a densidade do electrólito varia com a temperatura. Portanto, o valor
da densidade pode ser inferior a 1,260 mas os valores obtidos devem ser iguais em todas
as células.
Se houver uma diferença de densidade entre células, superior a 0,040, então poderá haver
uma ou mais células danificadas. Isto, salvo o caso do electrólito de umas células estar mais
diluído que o das outras.
Posto isto, desligue a corrente do carregador, com o interruptor, antes de desligar os cabos
que estão ligados à bateria.
Monte então as tampas das células, lave a parte superior da bateria com um pano
embebido em água.
A densidade do electrólito deve, nesta altura, ser superior a 1,280 (no caso dos países
tropicais superior a 1,230). Se estes valores não forem alcançados, então a bateria não está
ainda completamente carregada.
Nos casos em que um segundo carregamento não origine qualquer aumento de densidade do
electrólito, isso significa que o electrólito se encontra demasiadamente diluído. Quando isso
acontecer, o electrólito da bateria deve ser despejado e substituído por outro com a densidade
adequada.
Se houver necessidade de recarregar mais do que uma bateria, estas poderão ser montadas
em paralelo.
Neste caso, deverá usar-se uma resistência eléctrica variável e um amperímetro por cada uma
das baterias, a fim de se poder controlar e ajustar a intensidade de carga aplicada a cada uma
delas.
O carregador deve ser regulado de modo que a sua intensidade seja igual à soma das
capacidades das baterias X *0,10.
No entanto, para utilizar este material adicional (resistências e amperímetros) por cada bateria
o sistema torna-se um bocado caro e complicado, e por isso utiliza-se outro processo
alternativo, o sistema de carregamento de corrente constante.
Um certo número de baterias com capacidades aproximadamente iguais podem então ser
carregadas ao mesmo tempo fazendo a ligação delas em série.
Fig.4.40 – Para carregar uma bateria de Fig.4.41 – Para carregar duas baterias
12 Volt deve ser usada uma duas baterias deverão usar-
tensão de 12 Volt. se 24 Volt.
Fig.4.42 – Para carregar três baterias de 12 Volt Fig.4.43 – Para carregar quatro baterias
deverão usar-se 36 Volt. de 12 Volt, deverão usar-se
48 Volt.
Por outro lado, para o caso do carregamento em condições normais, a intensidade da corrente
de carregamento de uma bateria não deve exceder 0,1 do valor da sua capacidade.
Não é aconselhável colocar uma bateria de pequena capacidade misturada com baterias de
grande capacidade.
Por exemplo, carregar, em série, uma bateria de 12 Ah com baterias de 110 Ah.
Embora o carregamento rápido possa ser aplicado sem qualquer perigo às baterias
que se descarreguem nas condições normais, este só deve praticar em casos de
ultima necessidade.
O carregamento rápido não deve ser usado no caso do carregamento inicial de uma
bateria que é posta em uso.
Se o carregamento rápido for utilizado muitas vezes numa bateria, nota-se ao fim
de um curto espaço de tempo o envelhecimento precoce da mesma bateria.
Depois do que foi dito, quando necessitar de recarregar uma bateria, aconselhe
sempre para o facto da carga ser lenta e não rápida, pois garante assim uma vida
mais prolongada à bateria.
BIBLIOGRAFIA
FARIA, Ana Maria; VALADARES, Jorge António; SILVA, Luís Gonçalves da;
TEODORO, Victor Duarte; Física, 1ª Volume , Texto, Guia de Estudo, Manual de
Actividades, Didáctica Editora.
RAND, D.A.J.; WOODS, R.; DELL, R.M. – Batteries for electric vehicles, reserch
studies press LTD.
PÓS-TESTE
2 – Calcule, usando a fórmula, a capacidade duma bateria que debita 200 Amperes numa hora.
a) 400 Ah. ...................................................................................................................................
b) 200 Ah....................................................................................................................................
c) 600 Ah ....................................................................................................................................
d) 50 Ah......................................................................................................................................
3– Qual é o aparelho usado em manutenção das baterias que se destina a ver o estado de
carga da bateria?
a) Amperímetro...........................................................................................................................
b) Micrómetro. ............................................................................................................................
c) Manómetro. ............................................................................................................................
d) Densímetro.............................................................................................................................
6 – Colocando uma chapa em cobre e outra em zinco num vaso cheio de ácido sulfúrico e água
destilada, estabelece-se entre as chapas metálicas uma diferença de potencial.
a) A chapa de cobre é o polo positivo da pilha e a chapa de zinco compõe o polo negativo. ..
b) A chapa de cobre compõe o polo negativo da pilha e a chapa de zinco compõe o polo
positivo. ......................................................................................................................................
c) A chapa de cobre e a chapa de zinco compõe ambos o polo positivo e negativo. ...............
d) É indiferente ...........................................................................................................................
b) Nada acontece.......................................................................................................................
10 – Verificando o nível de carga duma bateria por meio da densidade do electrólito qual é o
nível que o densímetro deve indicar que demonstra que a bateria está carregada a 100%?
a) De 1,110 a 1,130....................................................................................................................
c) De 1,260 a 1,280....................................................................................................................
11 - Por razões de segurança, qual dos cabos da bateria deve desligar em primeiro lugar?
13 – Com que é que deve untar os bornes da bateria e os terminais dos cabos de ligação?
c) Vaselina..................................................................................................................................
d) Sabão.....................................................................................................................................
14 – Uma bateria com meia carga deve ser recarregada com um carregador de baterias?
a) Sim. ........................................................................................................................................
b) Não ........................................................................................................................................
d) De tempos em empos............................................................................................................
b) 6 Volts. ...................................................................................................................................
c) 12 Volts. .................................................................................................................................
d) 24 Volts. .................................................................................................................................
b) Como uma solução permanente para manter as baterias sempre carregadas. ...................
c) Apenas nos casos em que não haja tempo disponível para um carregamento normal........
a) 30ºC. ......................................................................................................................................
b) 50ºC. ......................................................................................................................................
c) 70ºC. ......................................................................................................................................
d) 100ºC. ....................................................................................................................................
18 – Qual é o nível que o densímetro deve indicar para demonstrar um nível de carga a 25%?
19– Qual é o nível que o densímetro deve indicar para demonstrar um nível de carga a 50%?
20 – Qual é o nível que o densímetro deve indicar para demonstrar que a bateria se encontra
descarregada?
Nº de Resposta
Perguntas Certa
1 A
2 B
3 D
4 A
5 B
6 A
7 B
8 B
9 C
10 C
11 D
12 C
13 C
14 B
14 C
16 C
17 B
18 D
19 B
20 A
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
- 1 VEÍCULO COM BATERIA
- FERRAMENTAS PARA DESMONTAGEM DA BATERIA
- ESCOVAS E PANOS
- LUVAS E AVENTAL PLÁSTICOS
- VASELINA
-BICARBONATO DE SÓDIO
TAREFAS A EXECUTAR
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
TAREFAS A EXECUTAR
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
TAREFAS A EXECUTAR
GUIA DE
NÍVEL DE
TAREFAS A EXECUTAR
AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO
(PESOS)
2
2 - Desmontar a fixação da bateria ao chassis do veículo.
3
4 – Limpar o sistema de fixação da bateria ao chassis.
4
5 - Tratar os bornes da bateria e os terminais de ligação.
CLASSIFICAÇÃO 20
GUIA DE
NÍVEL DE
TAREFAS A EXECUTAR
AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO
(PESOS)
CLASSIFICAÇÃO 20
GUIA DE
NÍVEL DE
TAREFAS A EXECUTAR
AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO
(PESOS)
CLASSIFICAÇÃO 20