Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Introdução
2. Importância Econômica
Entre os principais países produtores de maçã, destaca-se a China
como sendo responsável por 55,6% da produção, seguido da União Européia
com 16,8% e Estados Unidos com 6,6%. Dentro deste panorama, o Brasil
encontra-se na 8ª posição do ranking mundial (Tabela 1) com a região sul
sendo a maior produtora, representando anualmente, cerca de 99,4% da
produção nacional (Gráfico 1), que atualmente é de 1.339.771 milhões de
toneladas (AGRIANUAL, 2015).
1
Tabela 1. Principais produtores mundiais de maçã.
7 Chile 1,9 -
700.000 659.756
650.000 620.841
600.000
550.000
Produção (toneladas)
500.000
450.000
400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000 50.975
50.000 3.665 3.289 1.245
0
RS SC PR SP MG BA
Estados Produtores
2
3. Classificação Botânica
3
2) Quando o porta-enxerto estiver com um ano no campo, faz-se a
enxertia de mesa da variedade copa com o interenxerto (retira-se estacas das
plantas matrizes que serão utilizadas como copa e faz-se a enxertia nas
estacas do interenxerto ou filtro utilizando a técnica da garfagem por inglês
simples);
3) No mesmo período, faz-se o rebaixamento dos porta-enxertos em
campo a uma altura de aproximadamente 10-12 cm e faz-se a enxertia por
garfagem utilizando a técnica do inglês complicado da combinação
copa+interenxerto.;
4) Essas mudas irão se desenvolver, e após um período de 7 a 9 meses,
serão retiradas do campo, lavadas suas raízes e colocadas em câmara fria por
um período de 45 a 60 dias (processo de estratificação para quebra de
dormência)
6) Essas mudas, de raiz nua, só poderão ser plantadas no inverno (fase
de repouso).
7) Mudas produzidas em embalagens plásticas poderão ser plantadas
em qualquer época do ano.
Pela combinação copa/porta-enxerto ou copa/filtro/porta-enxerto
escolhida, adota-se o espaçamento a ser utilizado no plantio (Tabela 2).
O sistema de condução das plantas dependerá do vigor da combinação
utilizada. Embora haja muitos sistemas de condução, o mais utilizado é o líder
central (livre ou com apoio), no qual a planta é conduzida de tal maneira que se
tenha um eixo central e dele partam ramos que deverão ser conduzidos na
horizontal. Os ramos laterais não devem ultrapassar um terço do diâmetro do
líder no ponto de inserção do mesmo.
Procede-se o plantio em cova ou sulco devidamente adubado e
corrigido, com doses recomendadas pelos resultados da análise de solo.
Faz-se a formação da planta até o terceiro ano, sempre retirando ramos
ladrões, fazendo o encurtamento de ramos laterais e o desponte do líder.
4
Tabela 2. Densidade de plantio em função da combinação copa/porta-enxerto.
Cultivar vigorosa a Cultivar standard b
Vigorosos
5,50 X 3,00 606 5,00 X 3,00 606
Marubakaido
a= Fuji e similares
b=Gala e similares
5
4.1 Estruturas de Frutificação
As macieiras possuem 3 estruturas de frutificação:
- Brindilas: são ramos do ano, com 15 a 30 cm, que florescem no ápice.
Geralmente, estão localizados no ápice da planta e dão as melhores frutas;
- Esporão: são ramos de 2 ou mais anos, com 5 a 10 cm e podem apresentar
mais de 1 gema florífera;
- Dardo: são pequenos ramos, de 0,5 a 5 cm.
5. Tratos culturais
6
Raleio de frutos: Nos pomares em produção pode ser feito o raleio químico
dos frutos, utilizando-se um dos seguintes produtos: 20 ppm ANA (auxina) (5 a
10 dias após plena floração) cuja eficiência é variável devido às condições
climáticas, sendo o ideal de 20-25ºC; Citocinina: são mais ativas que as
auxinas, mas podem afetar o tamanho e forma das frutas, pois afeta o
desenvolvimento da semente; Carbaril 750 ppm: de 2 a 4 dias após a plena
florada em casos de temperaturas mais baixas (15-20 ºC), tendo efeito
intensificado em condição de baixa luminosidade e Etephon: o qual exige maior
cuidado, pois doses muito altas podem causa queda total de frutas. O mais
comum é fazer o raleio manual, deixando-se de 1 a 2 frutos/ cacho floral ou 1
fruto a cada 10 cm de ramo. No raleio manual, aumenta-se os gastos com
mão-de-obra.
7
mosca/frasco/dia, utilizando inseticidas com ação de profundidade. A isca deve
ser aplicada pelo menos duas vezes por semana, intensificando na periferia do
pomar, nos pontos de entrada da mosca.
8
6) Pulgão lanígero: Passa o inverno na fase de ninfa, desprovida de
cerosidade. Alimenta-se da seiva, induzindo a formação de nodos (calos) ou
rugosidades, como reação da planta às toxinas injetadas pela praga. O ataque
ao sistema radicular induz a formação de galhas e debilita as plantas. É comum
observar-se colônias atacando os brotos do porta-enxerto no sistema radicular
e esta é uma das formas mais comuns de dispersão da praga para pomares
novos, através de mudas. Esse pulgão não causa dano direto aos frutos e sua
incidência varia de ano para ano. Como controle utiliza-se porta-enxertos
resistentes como os da série MM (Merton Malling) e MI (Merton Immune) que
reduzem a incidência da praga nos pomares comerciais. Os porta-enxertos EM
ou simplesmente M (East-Malling) são considerados suscetíveis. A implantação
de pomares em alta densidade utilizando porta-enxertos suscetíveis com M7 e
M9 pode resultar no aumento da incidência desta praga.
9
eliminar fontes de inóculo no pomar;
manipular cuidadosamente a fruta na colheita, transporte, classificação e
embalagem;
realizar limpeza e desinfestação ou sanitização de instalações, câmaras
frias, embalagens e máquinas;
utilizar adequadamente as técnicas de armazenamento.
10
Tabela 3. Indicadores da maturação de frutos de macieira.
Amido SST ATT
Cultivar Firmeza polpa (lbs) Cor
(1-5) (brix) (cmol/L)
Gala 17 a 19 2,0 a 3,0 > 11 5,2 a 6,0 Verde-clara
Fuji 16 a 18 2,5 a 3,5 > 12 3,7 a 5,2 Verde-clara
Golden delicious 15 a 17 2,5 a 3,0 > 12 6,7 a 8,2 Verde-clara
*SST= Sólidos Solúveis Totais, ATT= Acidez Titulável Total.
0,5 1 3
Gala e mutantes 1 1 2-3 92 a 95% 6 a 9 meses
0 1 2
0,5 0,75-1,0 3
Golden Delicious 0,5 1 4 > 92% 8 a 10 meses
1 1,5 4
8. Bibliografia Consultada
12
BENDER, R. J. Botânica e Fisiologia. In: Manual da cultura da macieira.
Florianópolis, 1986. p. 27-46.
13