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1.1. APRESENTAÇÃO
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variedades de milho originárias daquela região, as quais se constituem em
importante banco de germoplasma, a ser preservado para futuros trabalhos de
melhoramento.
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para outros usos industriais, 11% é exportado, e o restante para sementes e
outros usos.
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produzir mais matéria seca por unidade de água transpirada do que podem as
plantas que possuem o convencional caminho fotossintético C3.
Na alimentação humana, além das formas tradicionais de consumo, na
forma de farinhas, com as quais se fazem muitos produtos tradicionais da
cozinha nacional, como pães, broas, polentas, angus, cuscuz, muitos outros são
obtidos a partir do Milho, via industrialização. O processo de moagem via seca
separa o grão de milho em casca, germe e canjica. No processo de moagem via
úmida, o grão é separado em fibras, óleo, proteínas e amido. Parte destes
componentes básicos é utilizada diretamente, a outra parte serve de matéria
prima para outros usos.
Amido, adoçantes a base de milho (glicose, dextrose, maltose, dextrina),
leveduras, sorbitol líquido, utilizado em pastas de dente e elixires. O amido é
bastante utilizado em colas para papéis e gesso. Com a gelatinização do amido
fazem-se os flocos de milho, os snacks (salgadinhos), e as farinhas torradas.
Outro importante subproduto do milho é o óleo comestível, produzido a partir do
germe, considerado de ótima qualidade nutricional. Este óleo é também utilizado
em pinturas e vernizes. Outro derivado de grande importância é o etanol, álcool
que está sendo utilizado em alguns países misturado à gasolina para diminuir a
poluição atmosférica. Já se fabricam papéis a partir do amido do milho. Lápis de
cera e giz também são fabricados a base de milho. Inúmeros antibióticos têm
milho em sua composição. A fina capa que recobre cápsulas de medicamentos é
feita de amido de milho. A solução intravenosa utilizada nos hospitais contém
dextrose de milho.
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TABELA 02. Produção de arroz (1000 t) mundial,
por país e região geográfica
Ano Mundo Ásia Bangladesh China Índia Indonésia Japão Vietnã Brasil
91 518537 475335 27377 185693 112042 44688 12005 19622 9488
92 528214 483504 27510 188292 109001 48240 13216 21590 10006
93 529591 485909 27048 179747 120400 48181 9793 22837 10107
94 538559 491870 25312 177994 122640 46642 14976 23528 10541
95 546921 499450 26398 187298 115440 49744 13435 24964 11226
96 568827 521696 28184 197033 122500 49744 12930 26397 8644
97 576840 527824 28152 202772 123700 49377 12531 27524 8352
98 579587 535348 29858 200572 129055 49237 11200 29146 7716
99 611283 555259 34601 200403 134496 50866 11469 31394 11710
00 602605 549271 37628 189814 131614 51898 11863 32530 11090
01 597787 544677 36269 179305 139735 50461 11320 31970 10195
02 576280 523030 38134 176553 116580 51604 11111 34064 10489
Fonte: International Rice Research Institute - IRRI
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que por ser produto 100% biodegradável viria diminuir os problemas ambientais
existentes com as embalagens descartáveis.
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África do Sul 8.049 7.550 8.800 9.000
Outros 148.144 140.497 137.553 135.220
Estados Unidos 192.496 198.259 201.453 199.780
TOTAL 604.547 604.276 620.146 619.716
Estoques 1999/2000 2000/2001 2001/2002/ 2002/2003
Brasil 600 2.186 1.074 774
China 102.314 81.126 68.654 59.754
União Européia 4.105 4.630 4.671 4.811
África do Sul 2.130 980 990 540
Outros 18.722 15.750 13.114 12.120
Estados Unidos 43.628 48.240 40.551 25.505
TOTAL 171.499 152.912 132.489 106.725
Fonte: Associação de Refinadores de Milho. Estados Unidos da América
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América
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TABELA 04. Milho – BRASIL – Estimativa de Consumo Por Segmento
(ton.)
Segmento Consumo
1999 2000 2001 2002 2003 2004
Avicultura 12.529 12.786 13.479 14.500 15.427 16.162
Suinocultura 7.677 8.329 8.587 8.930 8.471 8.852
Pecuária 2.652 2.691 2.772 2.841 1.911 2.198
Outros
1.480 1.498 1.528 1.543 1.550 1.581
animais
Consumo
4.150 4.000 4.050 4.090 4.152 4.256
Industrial
Consumo
Humano 1.458 1.476 1.505 1.514 1.530 1.568
Perdas
Semente 859 850 998 913 1.660 1.429
Exportação 0 0 2.550 1.583 3.988 5.000
Outros 4.495 3.570 3.622 3.550 4.809 4.132
Total 35..300 35.200 39.091 39.464 43.498 45.178
Fonte: Associação Brasileira de Refinadores de Milho ( abiMILHO )
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produção levemente inferior, deduz-se que as três culturas atingiram importância
econômica equivalente.
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O germe consiste de uma miniatura de planta em eixo, composta de
radícula, a partir da qual será desenvolvido o sistema radicular, e da plúmula,
que dará origem à parte aérea da planta, envoltas pelo escutelo, um tecido
diferenciado, rico em óleo, proteínas e minerais. O germe representa em torno de
13% do peso seco do grão de milho. A figura 1 mostra um grão de milho e as
partes que o compõem.
1. Silk scar
2. Casca ou pericarpo
3. Endosperma
4. Embrião a. coleóptilo
b. plúmula
c. scutelo
d. radícula
5. Black abscission zone
6. Pedúnculo
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A olho nu é possível visualizar as três principais estruturas do
grão de milho, que são o pericarpo (casca), endosperma e germe. Mas apenas
microscopicamente é possível observar outras estruturas, como as células
cruzadas e as células tuberosas, que ficam abaixo da casca, e a camada de
células da aleurona, logo abaixo destas. Observam-se também as células
diferenciadas entre si que compõem o endosperma farináceo e o endosperma
duro.
A tabela 05 mostra em detalhes a constituição química de um grão de
milho.
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Durante a década de 40 o Doutor Mertz, da Universidade de Purdue, nos
Estados Unidos, desenvolveu um tipo de milho com altos teores de lisina e
triptofano, que ficou conhecido como opaco-2. No entanto as características
agronômicas indesejáveis deste material levaram-no quase ao esquecimento. O
CIMMYT – Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo deu
continuidade às pesquisas e gerou os milhos denominados QPM ( Quality
Protein Maize ), com altos teores de lisina e triptofano. E a partir de 1985 a
Embrapa Milho e Sorgo passou a desenvolver variedades QPM, tendo lançado,
em 1991 o BR 451, de cor branca, e em 1994 o BR 473, amarelo.
Nestes milhos a qualidade da proteína é 30% superior às proteínas dos
milhos comuns, e equivale a 85% da qualidade da proteína do leite de vaca, a
caseína, o que garante a essas variedades um alto valor nutritivo.
Quanto ao formato e consistência o milho é dividido em 5 classes:
Duro – tem o formato arredondado e alta proporção de
endosperma córneo. É popular na Argentina, África e Itália.
Pipoca – é o tipo originalmente domesticado. Consiste de um
pequeno grão esférico com um núcleo de amido farináceo (leve), envolto por
uma camisa de endosperma duro. Com o aquecimento, o núcleo de amido
farináceo se expande e explode a camisa de endosperma duro, criando a
confecção tão popular.
Mole – o descobrimento e seleção deste genótipo quase
certamente foi o ponto chave para o amplo desenvolvimento da cultura e adoção
de muitas receitas a base de milho. O amido farináceo permanece como a forma
preferida de consumo direto por populações humanas.
Tem tamanho pequeno, superfície enrugada e consistência mole.
Dentado – consiste de um núcleo de amido farináceo com
inclusões laterais de amido duro. Devido à coroa do núcleo consistir de amido
farináceo, a perda de umidade durante o amadurecimento causa um ligeiro
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colapso em volume neste local, que produz um dente característico. É o tipo
mais produzido.
Doce - o endosperma consiste primariamente de açúcar solúvel,
com baixo teor de amido, e uma forma intermediária de um polímero de açúcar
chamado Fitoglicogênio. A produção destina-se a insdustrialização.
Para a comercialização interna, no Brasil, o milho em grão é
classificado desta maneira:
GRUPOS - de acordo com a dureza dos grãos:
duro - quando apresentar no mínimo 95%, em peso, com as
características de milho duro.
mole – quando apresentar no mínimo 90%, em peso, com estas
características.
semiduro – quando apresentar, no mínimo, 75% em peso com
características de semiduro, intermediárias entre o duro e o mole.
misturado – quando não estiver compreendido nos grupos
anteriores, especificando-se no certificado de Classificação as porcentagens de
mistura.
CLASSES - de acordo com a coloração da casca:
Amarelo – quando contiver, no mínimo, 95% em peso de grãos
com coloração amarela, amarela pálida ou amarela alaranjada.
Branco – quando contiver, no mínimo, 95% em peso dos grãos
com coloração branca. Os grãos de milho brancos com ligeira coloração rósea,
marfim ou palha, serão considerados como milho branco.
Mesclado – constituído de milho que não se enquadra nas
exigências das classes de milho branco e do amarelo, devendo-se mencionar, no
Certificado de Classificação a percentagem das classes que o compõem.
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2. TECNOLOGIA DO MILHO
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imediatamente, em extrusores, cortada e fritada, formando chips de milho. A
massa também é transformada em tortilhas, e quando frita têm-se chips tortilhas.
Cabe observar que este método também produz produtos integrais, mas é
utilizado na América do Norte, principalmente no México e Estados Unidos.
Este trabalho analisará os métodos de moagem por via seca com retirada
do germe e moagem integral como é praticada tradicionalmente no Brasil.
A moagem via úmida emprega outro tipo de tecnologia, e tem por
objetivo separar o grão de milho em seus quatro principais componentes: amido,
óleo, proteínas (glúten) e fibras. Esta tecnologia pode ser descrita em 7 etapas
principais, passo a passo:
1º passo – Inspeção e limpeza - Os carregamentos de milho que chegam
são inspecionados e são separadas as impurezas, como palhas, pedaços
de sabugo, terra, pedras, insetos e outros materiais estranhos.
2º passo – Maceração - O milho é condicionado em grandes dornas com
água, a temperatura em torno de 50ºC, por um período de 30 a 50 horas.
Acrescenta-se 0,1% de Dióxido de Enxofre na água para prevenir
crescimento excessivo de bactérias. Neste período o milho absorve água
aumentando seu nível de umidade de 15% para 45%, dobra de tamanho
e deve estar suficientemente macio para ser amassado entre os dedos.
Enquanto o milho amacia, a acidez suave da água de maceração vai
desfazendo as ligações do glúten e liberando o amido. Após a
maceração o milho passa por uma moagem grosseira, com o objetivo de
liberar o germe, sem romper, para evitar a contaminação do amido com
óleo. A água de maceração é condensada para utilização em rações
animais ou em processos de fermentação.
3º passo - Separação do germe - A solução aquosa, vinda dos tanques de
maceração, contendo amido, glúten, germe e fibras, passa por um
ciclone hídrico onde ocorre a separação do germe. Por ser mais leve,
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este é separado, bombeado para peneiras e lavado repetidamente, para
remover todo o amido que ficou aderido. Processos mecânicos e
químicos combinados extraem o óleo do germe. O óleo é então filtrado
e refinado. Os resíduos de germe seguem para alimentação animal.
4º passo – Trituração (moagem fina) e peneiragem - A solução de água
com amido, glúten e fibras é bombeada para um moinho de impacto e
atrito para desprender o amido e o glúten das fibras. Esta suspensão
passa através de peneiras côncavas fixas que retém as fibras e permitem
a passagem do amido e do glúten. A fibra é coletada, lavada e peneirada
para retirar todo o amido e glúten residuais, e enviada para alimentação
animal. A suspensão de amido-glúten, chamada de amido de moinho, é
bombeada para os separadores de amido.
5º passo – Separação do amido - A densidade do glúten é baixa, se
comparada à densidade do amido. Passando a solução de amido e glúten
por centrífugas ou hidrociclones, o glúten é prontamente separado e
enviado para utilização em alimentação animal. O amido, com 1 a 2%
de proteína restante, é lavado de 8 a 14 vezes, em hidrociclones, até
remover quase todo o glúten e produzir amido com concentração
superior a 99,5%. Após a secagem, este amido é comercializado na
forma de amido natural, ou pode sofrer modificações físicas e químicas
para ser comercializado como amido modificado ou derivado. Boa parte
é convertido em dextrose e melados de milho.
6º passo – Conversão em melados - O amido, em suspensão na água, é
convertido em solução de baixo teor de dextrose pela ação de ácidos ou
enzimas, com elevação de temperatura. O tratamento continua com
outras enzimas, e pode ser interrompido em pontos chaves para produzir
melados com altos teores de açúcares como dextrose e maltose para
atender a diferentes necessidades. O processo de conversão de amido
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em açúcares pode ser interrompido precocemente para produzir melados
com baixo para médio teor de açúcares, ou permitir que a conversão
prossiga até produzir melados que sejam quase só dextrose. O melado
passa por filtros, centrífugas e secadores. É vendido na forma de
melado, na forma cristalizada em dextrose pura, ou processado para
criar melados com altos teores de frutose.
7° passo – Fermentação - A dextrose é um dos açúcares que possuem
maior capacidade de fermentação. Após a conversão do amido em
dextrose, muitas indústrias prosseguem com o processo, bombeando a
dextrose para tanques onde esta é transformada em álcool pela
tradicional fermentação por leveduras, ou em amino ácidos e em outros
bioprodutos pela fermentação por leveduras ou bactérias. Após a
fermentação o caldo resultante é destilado para recuperar o álcool ou é
concentrado através de membranas separadoras para produzir outros
bioprodutos. O dióxido de carbono proveniente da fermentação é
recapturado para venda e nutrientes remanescentes após a fermentação
são usados como componentes de rações animais.
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2.2. MOAGEM VIA SECA DO MILHO
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FIGURA 02. Moinho de pedra
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02 – Canaleta para entrada de água.
03 – Pás giratórias.
04 – Rolo de madeira que recebe o movimento das pás e o transmite diretamente
à mó girante.
05 – Seixo para permitir a rotação do rolo.
06 – Apoio do seixo.
07 – Zorra – Peça móvel onde se apóia o rolo.
08 – Alavanca da Agulha ou Aliviadouro.
11 – Haste metálica – Transmite o movimento do rolo para a mó girante.
15 – Mós. A superior é a girante e a inferior é fixa.
17 – Moega – Caixa de madeira onde é colocado o cereal que alimenta o
moinho.
18 – Telha ou calha. Conduz os grãos da moega até o olho da mó giratória.
20 – Saída da farinha.
21 – Alavanca da Agulha ou Aliviadouro. Ajusta a distância entre as mós.
22 – Comando – Serve para iniciar ou parar o movimento das mós.
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inclinadas no sentido de rotação, com profundidade decrescente do centro para
a periferia.. O fubá escore pela periferia, e é coletado em uma caixa. O
rendimento do fubá é de 125 a 130% em relação ao volume de milho, e varia
com a granulometria da farinha obtida.
A moagem integral do milho também é realizada em moinhos
de martelo. Os cuidados tomados neste tipo de moagem, integral, normalmente
se resumem a pré-limpeza manual, com retirada de materiais estranhos que
estejam misturados, e passagem por peneira após a moagem, para retirada de
películas. A farinha integral possui a mesma composição química do grão de
milho que consta na tabela 5, sendo 72,28% de amido, 10,33% de proteínas,
5,2% de óleo e 1,6% de cinzas. Face ao alto teor de óleo, na presença das
enzimas do milho, a tendência é para a rancificação com o passar do tempo, o
que torna a vida de prateleira bem menor se comparada à farinha obtida pelo
método de degerminação. Como vantagem, é mais nutritiva, face conservar
todos os componentes do grão de milho.
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grandes volumes de milho. A seguir serão analisados separadamente os dois
métodos.
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FIGURA 03. Organograma da Moagem por via seca com degerminação.
Pequenas Indústrias
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Cone degerminador. Substitui as facas.
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cilindro que gira por dentro pode ser deslocado longitudinalmente, graduando o
trabalho de trituração. O rendimento é de aproximadamente 57% de canjicas,
sendo 48% de canjicas grossas, e 43% de farelo.
A canjica segue para moinhos de martelo, onde é moída para
fabricação de fubá mimoso. Pode também ser comercializada como canjica. Os
moinhos de martelo são constituídos por um cofre cilíndrico, reforçado, com
uma moega de alimentação na parte superior e uma saída na parte inferior. Um
eixo interno, no sentido longitudinal, provido hastes de ferro móvel (martelos) ,
gira a 1500 giros por minuto e atira os grão contra barras cortantes, localizadas
na carcaça do cofre. Os martelos passam à distância mínima destas barras,
provocando trituração dos grãos. A parede do cofre do moinho contém duas ou
quatro chapas metálicas perfuradas. O milho triturado é atirado contra estas
chapas, que funcionam como peneiras. Trocando as chapas por outras de
perfurações diferentes, obtêm-se fubás de diferentes granulometrias. Na saída do
moinho há um ciclone, provido de ventilador, que possibilita a separação de
cascas e outras partículas leves que tenham permanecido na farinha. As figuras
9, 10 e 11 mostram um moinho de martelos, um conjunto de martelos e um
conjunto de peneiras, respectivamente.
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FIGURA 05. Moinho de Martelos. Produção de 340 Kg/hora
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FIGURA 07. Conjunto de peneiras
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FIGURA 08. Moinho de discos para fabricação de farinha
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2.2.2.2. Moagem Via Seca com degerminação em grandes indústrias.
30
conjunto de peneiras planas. As peneiras planas separam o material em frações
do mesmo tamanho. Estas frações passam por aspiradores, onde são retiradas
cascas e outras impurezas leves. Em seguida este material vai para separadores
de gravidade, onde são separadas as frações de germe e canjica, com base na
diferença de densidade. Dos separadores de gravidade as frações vão para
depósitos de germe e de canjicas de várias granulometrias.
Nesta etapa o germe é enviado para a extração de óleo, ou para
alimentação animal. As cascas são utilizadas na alimentação animal ou podem
ser utilizadas como fontes de fibras em produtos dietéticos. As diferentes
canjicas podem ser comercializadas como tais, ou seguir o fluxograma da figura
9. A seção de moagem é constituída por aspiradores, que separam as cascas,
moinhos de rolos, peneiras planas e separadores de purificadores. Estes moinhos
são constituídos de dois ou mais cilindros ranhurados (denteados), que giram em
sentido concêntrico, impulsionando as partículas para baixo entre os rolos, e
exercendo força de compressão e também forças de cisalhamento, devido aos
rolos girarem em diferentes velocidades. Peneiras planas classificam o material
por tamanho, e este passa novamente por ciclones, que remove cascas, e em
seguida passa novamente por moinhos de rolos. Peneiras planas classificam
novamente por tamanho, e classificadores de densidade separam partículas de
densidades diferentes. Ao final do processo os diferentes produtos são enviados
aos silos de armazenamento, onde são descarregados por meio de ciclones. Estes
produtos são o fubá mimoso, outros tipos de farinhas, canjicas, e o que restou de
germe e cascas é classificado como farelo. As figuras 10 a 18 mostram
diferentes produtos que uma indústria moderna pode obter do milho pelo
processo de moagem via seca com degerminação. A tabela 6 mostra a
composição química dos diferentes produtos da moagem.
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Índice explicativo figura 09.
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FIGURA 10. Canjica de Milho
Finalidade Industrial: Produção de Cereais matinais. (Corn Flakes)
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FIGURA 13. Farinha de película de milho.
Finalidade industrial: produção de alimentos com alto teor de fibras. Produzido
pela micronização do pericarpo do milho.
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FIGURA 16. Farinha de Milho (Fubá Mimoso)
Finalidade Industrial: Indústria de Panificação.
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TABELA 06. Composição química (em percentagem) dos produtos de
moagem do milho por via seca.
Produtos Umidade Óleo Fibra Cinza Proteína Carboidratos
Milho 15,5 4,5 2.5 1,3 9,0 67,2
Canjica 13,0 0,7 0,5 0,5 8,0 77,3
Fubá 12,0 1,5 0,6 0,7 7,5 77,7
Germe 14,0 18,0 4,6 4,7 14,0 44,7
Fonte: Tecnologia e Qualidade de Cereais – UFLA.
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3. PRODUTOS PRÉ-GELATINIZADOS OBTIDOS DO MILHO
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FIGURA 19. Aparência microscópica de vários amidos ( Marinelli, 1999)
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mostra um gráfico das modificações do amido durante o aquecimento. A 60°C á
atingido o ponto de gel, onde são ronpidas as pontes de hidrogênio e começa a
perda de moléculas de amilose. Em torno dos 70°C é atingida a viscosidade
máxima, e em temperaturas mais elevadas há o rompimento dos grânulos e o
vazamento de moléculas de amilose e amilopectina, até atingir a dispersão total
aos 110°C. Com o resfriamento, são restabelecidas as pontes de hidrogênio, e
aos 50°C ocorre a retrogradação, onde o amido consolida o estado de gel, sendo
este um processo irreversível.. A figura 21 mostra fotos das modificações na
forma de um grânulo de amido durante a fase de gelatinização. A gelatinização
do amido pode também ser realizada por métodos químicos, como a adição de
álcalis. Neste trabalho serão descritos apenas métodos de gelatinização pelo uso
de calor.
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FIGURA 21. Modificações na forma do grãnulo de amido durante o
aquecimento (gelatinização)
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FIGURA 22. Fluxograma da Fabricação da farinha Torrada
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FIGURA 23. Forno metálico para torração de farinha de milho.
Capacidade 360 Kg/hora
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vitaminas e minerais. A formula tradicional inclui canjica,
xarope, açúcar, malte, sal e água. Após a rehidratação, é cozida
sob pressão de 15 a 23 psi por 1 a 2 horas. Nesta etapa ocorre a
gelatinização do amido do milho, as canjicas tornam-se
translúcidas e aumentam de tamanho, mas não de maneira
exagerada, devido à água limitada. Os grãos mantêm sua
integridade.
SECAGEM: O material passa através de um secador contra-
corrente, e seu teor de umidade cai a 19-20°C.
CONDICIONAMENTO: As canjicas permanecem de 6 a 24
horas em condicionamento, para equilibrar a umidade e
possibilitar a obtenção de flocos homogêneos e sem quebra na
próxima etapa.
FLOCULAÇÃO: Antes da floculação pode-se submeter o
material ao vapor, para torná-lo mais úmido e quente. Em
seguida a canjica passa através do sistema floculador, que
consiste de um par de rolos pesados girando ao contrário, os
quais comprimem os grãos transformando-os em flocos.
TOSTAGEM: Os flocos são tostados em um forno a gás,
durante 50 segundos a 302°C ou então de 2 a 3 minutos a
288°C. Nesta etapa os flocos adquirem sua característica
coloração marrom e textura crocante. São esfriados por corrente
de ar, e podem ser borrifados com açúcar e nutrientes.
EMPACOTAMENTO: Os flocos são imediatamente
empacotados para evitar absorção de umidade.
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3.4. EXTRUSORES
45
FIGURA 24. Extrusor de Rosca Única
O produto gelatinizado sai sob pressão pela matriz, que está localizada
no final do extrusor. Sai no formato de filamentos plásticos, os quais são
cortados no tamanho desejado. No caso dos flocos são cortados em fatias bem
finas, as quais são enviadas para um forno de tostagem, e em seguida são
borrifadas com nutrientes. Mas os extrudados podem também ser fritos, ou então
enviados para um moinho de martelos, para serem moídos e transformados em
farinha pré-cozida. Cereais matinais, sopas pré-gelatinizadas, salgadinhos,
podem ser produzidos a partir de farinha de milho ou de canjicas, controlando
variáveis como desenho da rosca, formato do extrusor, temperatura, tempo de
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residência, densidade, viscosidade, mistura de cereais, umidade, rotação da
rosca.
Para a produção de flocos de milho em extrusores, a mistura consiste de
90% de farinha de milho, 8% de açúcar, 1% de sal e 1% de malte. Adiciona-se
água para atingir 25% de umidade. A mistura é introduzida na máquina, e cozida
a 177°C por cerca de 3 minutos. É então extrudada e cortada em finas lâminas,
que são tostadas a 200-260°C. A figura de martelos, onde é moído para fazer
farinha pré-cozida. Muitos produtos podem ser produzidos 25 mostra um
modelo de extrusor com os equipamentos complementares.
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Índice explicativo da figura 25:
1 – Depósito/misturador de matéria prima.
2 – Rosca transportadora.
3 – Extrusor.
4 – Transportador pneumático.
5 – Secador rotativo aquecido a gás.
6 – Aromatizador de tambor rotativo com alimentador de aromas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
04. The Maize Page. Iowa State University. Disponível em: < maize
agron.iastate.edu >
05. Corn Refiners Association. Disponível em: < www.corn. Org >
09. The History of Corn Flakes. Disponível em: < www.sanitarium.com..an >
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