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Contabilidade – Carreiras Policiais

Professor William Notario


Sumário

CONCEITOS INICIAIS DE CONTABILIDADE ................................................................................................... 7


Definição ................................................................................................................................................................... 7
Objeto da Contabilidade............................................................................................................................................ 7
O Estudo do Patrimônio ............................................................................................................................................ 8
Contabilidade = Controle ........................................................................................................................................ 10
Variações no Patrimônio ......................................................................................................................................... 11
Finalidade da Contabilidade.................................................................................................................................... 11
Usuários das informações contábeis ....................................................................................................................... 11
Funções da Contabilidade ....................................................................................................................................... 12
Campo de Aplicação da Contabilidade ................................................................................................................... 12
As Técnicas Contábeis ............................................................................................................................................ 13
O PATRIMÔNIO .................................................................................................................................................... 13
Representação ......................................................................................................................................................... 13
Representação pela natureza dos grupos ................................................................................................................. 14
Representação gráfica ............................................................................................................................................. 14
Representação matemática ...................................................................................................................................... 14
Representação pelas origens e aplicações dos recursos .......................................................................................... 15
Elementos do Patrimônio ........................................................................................................................................ 15
Situações ou Estados Patrimoniais .......................................................................................................................... 16
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS ................................................................................................................................... 16
Apresentação ........................................................................................................................................................... 16
Princípio da Entidade .............................................................................................................................................. 17
Princípio da Continuidade ....................................................................................................................................... 18
Princípio da Oportunidade ...................................................................................................................................... 18
Princípio do Registro pelo Valor Original .............................................................................................................. 18
Princípio da Competência ....................................................................................................................................... 18
Princípio da Prudência ............................................................................................................................................ 19
CPC 00 – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE RELATÓRIO
CONTÁBIL-FINANCEIRO ................................................................................................................................... 19
Apresentação ........................................................................................................................................................... 19
Características Qualitativas da Informação ............................................................................................................. 20
Fundamentais .......................................................................................................................................................... 20
Melhorias ................................................................................................................................................................ 21
INTRODUÇÃO À ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL .............................................................................................. 22
Apresentação ........................................................................................................................................................... 22
Contas Contábeis..................................................................................................................................................... 22
Função da Conta Contábil ....................................................................................................................................... 22
Método das Partidas Dobradas ................................................................................................................................ 23
Teoria das Contas Contábeis ................................................................................................................................... 23
Teoria Personalista ou Personalística ...................................................................................................................... 23
Teoria Materialista ou Materialística ...................................................................................................................... 24
Teoria Patrimonialista ............................................................................................................................................. 24
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – PARTE I .......................................................................................................... 24
Natureza das Contas ................................................................................................................................................ 24
Natureza das Contas e sua relação com o processo de Contabilização ................................................................... 25
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – PARTE II......................................................................................................... 27
Contas Retificadoras ............................................................................................................................................... 27
Exemplos clássicos de provas ................................................................................................................................. 27
Fórmulas de Lançamentos ...................................................................................................................................... 28
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – PARTE III ....................................................................................................... 29
Plano de Contas....................................................................................................................................................... 29
MODELO DE ELENCO DE CONTAS ................................................................................................................. 30
Contas Analíticas e Contas Sintéticas ..................................................................................................................... 41
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – PARTE IV ....................................................................................................... 42
Tipos de Fatos Contábeis ........................................................................................................................................ 42
Fatos Permutativos .................................................................................................................................................. 43
Fatos Modificativos................................................................................................................................................. 44
Fatos Mistos ............................................................................................................................................................ 45
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – ESTUDANDO AS CONTAS PATRIMONIAIS ............................................ 46
O Ativo.................................................................................................................................................................... 46
Ativo Circulante (AC) ............................................................................................................................................. 46
Ativo Não Circulante (ANC) .................................................................................................................................. 46
Dica para entender o Ativo Não Circulante ............................................................................................................ 47
Principais contas do Ativo ...................................................................................................................................... 48
O Passivo e o Patrimônio Líquido .......................................................................................................................... 48
Principais Contas do Passivo .................................................................................................................................. 49
Passivo Não Circulante ........................................................................................................................................... 49
Principais Contas do Patrimônio Líquido ............................................................................................................... 50
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – ESTUDANDO AS CONTAS DE RESULTADO .......................................... 50
As contas de Resultado ........................................................................................................................................... 50
Principais Contas de Receita ................................................................................................................................... 51
Principais Contas de Despesa ................................................................................................................................. 51
ESTUDANDO AS RECEITAS E AS DESPESAS ................................................................................................ 52
Receitas – conceitos ................................................................................................................................................ 52
Despesas – conceitos............................................................................................................................................... 52
Estudando as Superveniências e as Insubsistências ................................................................................................ 52
APURAÇÃO DO RESULTADO ........................................................................................................................... 54
Introdução ao Resultado.......................................................................................................................................... 54
A apuração do Resultado (Rédito) .......................................................................................................................... 55
A conta ARE ........................................................................................................................................................... 56
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ................................................................................................................. 57
Operações com Mercadorias – Resultado Bruto com Mercadorias ........................................................................ 57
Reconhecimento da Receita .................................................................................................................................... 58
Deduções da Receita Bruta ..................................................................................................................................... 58
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS - IMPOSTOS .......................................................................................... 59
A incidência dos impostos nas Operações com Mercadorias ................................................................................. 59
Conclusão ................................................................................................................................................................ 59
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES – PARTE I................................................................................ 60
Aspectos iniciais ..................................................................................................................................................... 60
Estoques .................................................................................................................................................................. 60
Estoques nos diferentes tipos de empresas: ............................................................................................................ 60
Avaliação de Estoques ............................................................................................................................................ 60
Os métodos do inventário Permanente.................................................................................................................... 61
Utilize a ficha abaixo para treinar o seu preenchimento ......................................................................................... 62
Compare aqui o seu preenchimento ........................................................................................................................ 62
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES – PARTE II .............................................................................. 63
Avaliação pelo PEPS .............................................................................................................................................. 63
Utilize a ficha abaixo para treinar o seu preenchimento ......................................................................................... 64
Compare aqui o seu preenchimento: ....................................................................................................................... 65
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES – PARTE III ............................................................................. 66
Avaliação pelo UEPS .............................................................................................................................................. 66
Utilize a ficha abaixo para treinar o seu preenchimento ......................................................................................... 67
LIVROS EMPRESARIAIS .................................................................................................................................... 68
Conceitos iniciais de Livros Empresariais .............................................................................................................. 68
Os Livros Empresariais ........................................................................................................................................... 68
 Livros Societários ........................................................................................................................................... 68
 Livros Fiscais .................................................................................................................................................. 69
 Livros Trabalhistas.......................................................................................................................................... 70
 Livros Contábeis ............................................................................................................................................. 70
Classificação dos Livros Contábeis ........................................................................................................................ 70
LIVRO DIÁRIO ..................................................................................................................................................... 71
Conceitos iniciais do Livro Diário .......................................................................................................................... 71
O Diário .................................................................................................................................................................. 72
Elementos do Livro Diário ...................................................................................................................................... 72
Formalidades Extrínsecas do Livro Diário ............................................................................................................. 73
Formalidades Intrínsecas do Livro Diário............................................................................................................... 73
LIVRO RAZÃO ...................................................................................................................................................... 73
Conceitos iniciais do Livro Razão .......................................................................................................................... 73
Livro Razão perante o RIR ..................................................................................................................................... 73
Livro Razão perante o CFC .................................................................................................................................... 74
Analise a contabilização dos seguintes fatos contábeis... ....................................................................................... 74
A representação no Livro Razão ............................................................................................................................. 75
Razonetes ................................................................................................................................................................ 77
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO ....................................................................................................................... 78
Conceitos iniciais do Balancete de Verificação ...................................................................................................... 78
Analise os saldos dos razonetes, depois da contabilização dos fatos contábeis a seguir: ....................................... 78
A representação no Livro Razão ............................................................................................................................. 79
Os razonetes ............................................................................................................................................................ 81
Os balancetes .......................................................................................................................................................... 82
ERROS DE ESCRITURAÇÃO .............................................................................................................................. 82
Conceitos Iniciais de Erros de Escrituração ............................................................................................................ 82
Alguns casos práticos .............................................................................................................................................. 82
Situação 1 – Erro de todas as contas ....................................................................................................................... 83
Situação 2 – Erro de apenas uma conta................................................................................................................... 83
Situação 3 – Erro de apenas uma conta................................................................................................................... 83
Situação 4 – Erro de valor ....................................................................................................................................... 84
Situação 5 – Erro de valor ....................................................................................................................................... 84
Situação 6 – Omissão de lançamentos .................................................................................................................... 84
Situação 7 – Ressalva .............................................................................................................................................. 84
INTRODUÇÃO AO BALANÇO PATRIMONIAL ............................................................................................... 85
Conceitos Iniciais de Balanço Patrimonial ............................................................................................................. 85
INTRODUÇÃO A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE ........................................ 86
Conceitos Iniciais de Demonstração do Resultado do Exercício – DRE ................................................................ 86
INTRODUÇÃO A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – DFC ....................................................... 87
Conceitos Iniciais de Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC .......................................................................... 87
Algumas definições importantes ............................................................................................................................. 88
INTERAÇÃO ENTRE AS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.................................................... 90
Interação entre o Balanço Patrimonial, DRE e a DFC ............................................................................................ 90
REDUÇÃO DO ATIVO NÃO CIRCULANTE – ANC ......................................................................................... 91
Os procedimentos.................................................................................................................................................... 92
Bens que não perdem valor ..................................................................................................................................... 92
Taxas de Depreciação ............................................................................................................................................. 93
REDUÇÃO DO ATIVO NÃO CIRCULANTE – CÁLCULOS – PARTE I ......................................................... 93
Valor para imobilização .......................................................................................................................................... 93
Métodos de cálculos ................................................................................................................................................ 94
Cálculo e contabilização pela vida útil.................................................................................................................... 94
Cálculo e contabilização em função das unidades produzidas ................................................................................ 95
Cálculo e contabilização em função das horas trabalhadas..................................................................................... 95
REDUÇÃO DO ATIVO NÃO CIRCULANTE – CÁLCULOS – PARTE II ........................................................ 95
Métodos de cálculos ................................................................................................................................................ 95
Cálculo e contabilização em função das unidades produzidas ................................................................................ 96
Cálculo e contabilização em função das horas trabalhadas..................................................................................... 96
Cálculo e contabilização pelo Método Não Linear das Quotas Decrescentes – Método Cole................................ 96
Cálculo e contabilização pelo Método Não Linear das Quotas Crescentes ............................................................ 97
BALANÇO PATRIMONIAL – PATRIMÔNIO LÍQUIDO – PARTE I ............................................................... 98
As contas do PL ...................................................................................................................................................... 99
BALANÇO PATRIMONIAL – PATRIMÔNIO LÍQUIDO – PARTE II ............................................................ 100
Capital autorizado ................................................................................................................................................. 100
Capital Subscrito ................................................................................................................................................... 100
Capital a Subscrever.............................................................................................................................................. 100
Capital a Integralizar ............................................................................................................................................. 100
Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) ..................................................................................... 101
Gastos com a emissão de ações............................................................................................................................. 101
............................................................................................................................................................................... 102
OPERAÇÕES COM DUPLICATAS ................................................................................................................... 102
Origem das Duplicatas a Receber e Descontadas ................................................................................................. 102
Classificação das Duplicatas Descontadas ............................................................................................................ 103
Registro Contábil De Duplicatas Descontadas ..................................................................................................... 103
PROVISÕES PARA DEVEDORES DUVIDOSOS, ADIANTAMENTO DE CLIENTES E ADIANTAMENTO
A FORNECEDORES ........................................................................................................................................... 105
Provisão para Devedores Duvidosos..................................................................................................................... 105
Contabilização dos Devedores Duvidosos ............................................................................................................ 105
Adiantamento de Clientes ..................................................................................................................................... 106
Adiantamento a Fornecedores ............................................................................................................................... 106
Quadro Comparativo – PARA CLASSIFICAÇÃO DOS ADIANTAMENTOS ................................................. 108
Questões de fixação .............................................................................................................................................. 109
CONCEITOS INICIAIS DE CONTABILIDADE

Definição

Existem diversas definições para a Contabilidade, e uma das mais usuais e completas
é definição da ESAF, como sendo a ciência que estuda, registra, controla e interpreta
os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não.

Fique tranquilo, vamos ver todos esses termos!

Observe a expressão ciência, ou melhor, uma ciência social aplicada, por ser um
ramo de conhecimento autônomo e possuir objeto próprio de estudo.

Cuidado ao encontrar questões afirmando que a Contabilidade é uma arte ou uma


técnica, ok?

Dentro do contexto empresarial, temos três grandes e principais ciências:

Economia Planejamento

Administração Execução

Contabilidade Controle

Sempre vamos encontrar a Contabilidade ligada ao controle, fique atento!


Objeto da Contabilidade

O objeto da Contabilidade é o patrimônio, sendo este o conjunto de bens, direitos e


obrigações das entidades com fins lucrativos ou não.

Simples assim, essa é a definição de patrimônio: conjunto de bens, direitos e


obrigações.

Para os bens e direitos, que compõe a parte positiva do patrimônio, vamos dar o
nome de Ativo – o qual iremos trabalhar nos próximos assuntos.

Já as obrigações compõem a parte negativa do patrimônio, a qual daremos o nome


de Passivo – também vamos estudar nos próximos itens.
Fique atento(a) ao encontrar questões afirmando que uma entidade e/ou pessoa
que apresente apenas obrigações possui patrimônio, afirmação essa que está
correta!

O Estudo do Patrimônio

Vamos estudar agora os componentes do patrimônio: bens, direitos e obrigações.

Bens
Para serem considerados bens no patrimônio, tais elementos devem atender
as seguintes características:
 Pertencer a uma pessoa
 Possuir valor monetário.

Cuidado ao confundir pertencer com o direito de propriedade!

Imagine a compra de um bem financiado na íntegra pela instituição


financeira. A utilização do bem se dará pela pessoa que está assumindo os riscos e
benefícios desse bem, ou seja, a pessoa e/ou entidade.
Entretanto, até que não haja a quitação da operação, a propriedade do bem é
da instituição financeira.

De qualquer forma, na Contabilidade, prevalece a essência sobre a forma


jurídica das operações, ou seja, o bem vai ser registrado no patrimônio da pessoa
que está utilizando, e não de quem tem a propriedade...

Classificação dos bens


 Bens tangíveis são aqueles que possuem substância física.

 Bens intangíveis são aqueles que não possuem substância física.

 Bens móveis são aqueles que podem se movimentar sem perder suas
características.

 Bens imóveis são aqueles que não podem se movimentar – respeitando a


permanência das suas características principais.
Direitos
Já os direitos, possuem as características de serem valores a receber de terceiros,
por exemplo, duplicatas a receber e aplicações financeiras. Ou seja, todos os bens e
serviços que pertencem ou que devem ser prestados a uma pessoa e estão em poder
de outra, lembrando que essa pessoa pode ser física ou jurídica.

Professor! E o dinheiro no banco?

De um modo geral, as bancas costumam entender que a conta contábil “banco”


representa um direito da organização, mas fique tranquilo, dificilmente a Cespe
entra nesse detalhe, ok?
Obrigações
Por sua vez, as obrigações representam valores, bens e serviços que a empresa tem
a obrigação de entregar ou prestar a outra pessoa, por exemplo, duplicatas a pagar,
fornecedores, impostos a pagar e salários a pagar.
Contabilidade = Controle
Para controlar é necessário que ocorra o registro de todos os fatos contábeis que de
alguma forma, afetam o patrimônio da entidade.

Contabilidade CONTROLE Patrimônio

Então, para controle é necessário que ocorra o registro de tudo que acontece na
organização empresarial, certo?

Surge então o que chamamos de Fatos Contábeis.

Um fato contábil deve atender, necessariamente, a estas três características:

 Ser um evento econômico,


 Possuir expressão monetária, e
 Alterar o patrimônio de maneira quantitativa e/ou qualitativa.

Evento
Econômico

Possuir
Fato Contábil expressão
monetária

Alterar o
patrimônio

Um fato contábil ainda é classificado em fato administrativo ou não administrativo.

Vamos ver o que significa tudo isso?


 Fato contábil
o Fato administrativo
É aquele que possui a influência da gestão, ou seja, que acontece diante de uma
ordem ou ação expressa da administração, por exemplo, a compra de mercadorias
ou captação de empréstimos.

 Fato contábil
o Fato não administrativo
É aquele que não possui a influência da gestão, ou seja, acontecem sem que haja uma
ordem ou ação da administração, por exemplo, a queda de um raio que danifique a
rede elétrica ou ainda, um roubo.

Todas essas situações são diferentes ainda, do que chamamos de Ato


Administrativo.

Bom, por conter o termo administrativo, sabemos então que possui a influência da
gestão.

Nesses casos, podemos citar assinaturas de contratos de parcerias, ou qualquer


outra ação da administração que não venha a ser caracterizado como um fato
contábil.
Variações no Patrimônio

Vimos que uma das características para ser um fato contábil, é alterar o patrimônio.
Pois bem, os fatos contábeis provocam variações no patrimônio das entidades,
podendo ser variações quantitativas ou qualitativas.

Variações quantitativas estão ligadas a valores monetários.

Variações qualitativas estão ligadas a classificações contábeis.

Finalidade da Contabilidade

A finalidade, ou também conhecido como o objetivo da contabilidade, é gerar


informações para auxiliar a tomada de decisão. Lembre-se: o contador não decide
nada, apenas auxilia o processo decisório apresentando as informações e suas
consequências/impactos no patrimônio, deixando a critério do proprietário e/ou
administrador a tomada de decisão.

Usuários das informações contábeis

Se o objetivo é gerar informações para auxiliar as tomadas de decisões, entendemos


que existem pessoas que fazem uso dessa informação, as quais chamamos de
usuários da informação contábil. Dividimos esses usuários em dois grandes grupos:
usuários internos e externos.

Usuários internos são aqueles dentro das instalações da entidade empresarial, por
exemplo, colaboradores, administração, proprietários, etc.

Já os usuários externos são aqueles que estão fora das instalações da entidade
empresarial, por exemplo, clientes, fornecedores, instituições financeiras e fisco,
quer seja na esfera municipal, estadual ou federal. Vale lembrar que o fisco é o
principal usuário das informações contábeis.

Funções da Contabilidade

Tendo seu objeto de estudo e cumprindo seu objetivo, a Contabilidade tem duas
funções principais: a função administrativa e econômica.

Função Administrativa se preocupa em controlar o patrimônio, gerando informações


aos usuários que mostrem o impacto caso as tomem ou não.

Já a Função Econômica se aplica a apuração do resultado, confrontando as receitas e


as despesas, buscando analisar a eficácia do processo.

Campo de Aplicação da Contabilidade

Até agora, demos o nome de entidade, ou ainda, de empresas. Não que esteja errado,
mas o correto campo de aplicação da Contabilidade é o que chamamos de Aziendas.

Vamos ver o que seria uma Azienda?

Azienda é uma entidade, com ou sem fins lucrativos, com objetivo social ou
econômico, de ordem econômico-administrativa, ou seja, que possui patrimônio a
controlar.

Por isso o termo Azienda é mais abrangente que entidade, ou ainda, que empresa.

Recursos
Materiais
Azienda
Pessoas
As aziendas ainda podem ser classificadas quanto aos fins e proprietários.

 Quanto aos fins


Podemos classificar as aziendas quanto aos fins econômicos e sociais, ou seja,
com fins lucrativos ou não, respectivamente.

 Quanto aos proprietários


Os proprietários das aziendas podem ser públicos ou privados, ou seja,
atender interesses coletivos ou particulares, respectivamente.

As Técnicas Contábeis

Para proceder com o controle do patrimônio, temos a necessidade de registrar todos


os fatos contábeis que envolvam a entidade empresarial. Sendo assim, para que a
Contabilidade possa controlar, de fato, o patrimônio, fazemos uso das seguintes
técnicas contábeis:

 Escrituração
 Demonstração
 Auditoria
 Análise

De um modo geral, a Escrituração se preocupa em registrar todos os fatos contábeis


da entidade empresarial. A Demonstração vai evidenciar isso para os usuários, ou
seja, cumprir seu papel principal. Por sua vez, a Auditoria vai analisar se as
demonstrações foram elaboradas seguindo as diretrizes contábeis e por fim, a
Análise vai extrair informações importantes dos relatórios contábeis, capazes de
apresentar indicadores de rentabilidade e endividamento, por exemplo.

O PATRIMÔNIO

Representação

Como vimos, o patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma


entidade empresarial, ou melhor, de uma azienda.

Nesse sentido, existem algumas formas previstas de representar esse patrimônio, as


quais costumam rotineiramente ser cobradas – mesmo que indiretamente – pelas
bancas.

Sendo assim, temos as seguintes formas de representações do patrimônio:

 Natureza dos grupos


 Graficamente
 Matematicamente
 Segundo as fontes que financiam a empresa e onde os recursos são aplicados
Representação pela natureza dos grupos

Trata-se da apresentação dos principais grupos patrimoniais: ativo, passivo e


patrimônio líquido.

Com relação a natureza desses grupos, temos o seguinte esquema:

Para o ativo: são agentes externos, por exemplo, duplicatas a receber, que devem
algo a empresa, por isso chamamos as contas e o grupo ativo de natureza devedora.

Já o passivo e o patrimônio líquido, são obrigações que a empresa deve honrar, mais
cedo (passivo, também conhecido como passivo exigível) ou mais tarde (patrimônio
líquido, que é o investimento dos sócios).

Representação gráfica
Essa representação define o comportamento e posicionamento dos elementos
patrimoniais:

Representação matemática

Dessa forma, existe uma preocupação em fazer valer o que chamamos de Equação
Fundamental da Contabilidade:

PATRIMÔNIO
Ativo Passivo
LÍQUIDO

Essa equação fundamental reforça o que diz o Método das Partidas Dobradas: a
soma dos débitos deve ser igual à soma dos créditos, em valor monetário.
Representação pelas origens e aplicações dos recursos

Nessa forma de representação, nos preocupamos em demonstrar as fontes que


financiam os recursos que serão aplicados no patrimônio, ou seja, o passivo e
patrimônio líquido são as origens dos recursos para as aplicações no ativo:

Elementos do Patrimônio

Os elementos do patrimônio são: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.

 Ativo é um recurso controlado pela entidade, como resultado de um evento


passado, na qual a sua realização se espera que resulte em futuros benefícios
econômicos.

 Passivo é uma obrigação presente, derivada de eventos já ocorridos, cuja


liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar
benefícios econômicos.

 Patrimônio Líquido é o interesse residual nos ativos da entidade, depois de


deduzidos todos os seus passivos.
Situações ou Estados Patrimoniais

Também conhecidos como Estados Patrimoniais, tratam-se das configurações que o


patrimônio pode assumir diante das interações cotidianas, por exemplo, compra e
venda de mercadorias, captação e pagamentos de empréstimos e financiamentos
bancários, apuração de resultado, entre tantas outras situações possíveis.

Com esse tópico, fica mais fácil compreender a definição do patrimônio líquido ser
o “interesse residual nos ativos da entidade, depois de deduzidos todos os seus
passivos.”

Existem três espécies de situações líquidas:

 Situação Líquida Positiva


 Situação Líquida Negativa
 Situação Líquida Nula

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

Apresentação

Os princípios servem para dar um norte as condutas profissionais e mais que isso,
para padronizar os procedimentos que envolvem o processo contábil.

Estamos diante de um importante momento na contabilidade brasileira, a qual


desde 2007, vem passando pelo que chamamos de convergências às normas
internacionais de contabilidade.

Pois bem, dentre tantas mudanças nas práticas contábeis desde o início do processo
da convergência, temos uma que chamou muito a atenção: a revogação da Resolução
que gerenciava os princípios contábeis!
ATENÇÃO! A RESOLUÇÃO QUE REGIA OS PRINCÍPIOS FOI REVOGADA.

Aí a sua primeira pergunta vai ser: quer dizer que os Princípios não existem mais?

Calma, calma!

A Resolução deixou de vigorar, mas a aplicabilidade vai continuar na essência dos


profissionais e literaturas, uma vez que são conceitos usuais e enraizados na
Contabilidade.

Então, vamos lá:

A Resolução CFC nº 750/93 vigorou sem nenhuma alteração até 2010, quando a
Resolução CFC nº 1.282/2010 atualizou alguns dizeres e retirou, por exemplo, o
Princípio da Atualização Monetária. Mais tarde, em 01/01/2017 deixou de vigorar
ambas e passamos a estudar a NBC TSP Estrutura Conceitual.

Além disso, acreditamos que as cobranças das próximas provas sejam mais
complexas e confusas, uma vez que além dos Princípios, podem ser cobrados itens
do CPC 00 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro, que por sua vez, traz além das características qualitativas da
informação contábil, os conceitos dos Princípios na sua redação.

De qualquer forma, vamos dar uma olhada nos Princípios?

Princípio da Entidade

O Princípio da Entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e


afirma a autonomia patrimonial, ou seja, a necessidade da diferenciação de um
patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente
de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição
de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência,
nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou
proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Imagine que hoje, seja o dia do vencimento de uma fatura de energia elétrica da
residência de um dos sócios da empresa ABC Ltda. O sócio, sem dinheiro, coloca a
sua fatura no movimento das contas a pagar da empresa, para ser pago pela conta
bancária da empresa.

Essa situação, ou se fosse o contrário (o sócio pagar uma despesa da empresa) fere
o Princípio da Entidade.
Princípio da Continuidade

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no


futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio
levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução CFC n°. 1.282/10)

Podemos entender então que, tal Princípio está ligado com a duração das atividades
da entidade empresarial.

Fique atento(a) ao encontrar em provas ou exercícios questões do tipo que, a


empresa tem prazo de duração determinado e cumpre o seu objeto social,
perguntando se fere o Princípio da Continuidade.

Caso ocorra uma situação dessas, NÃO fere o Princípio, uma vez que se a entidade
empresarial cumpriu seu objeto social está tudo certo.

Princípio da Oportunidade

Está ligado com a mensuração e apresentação das informações.

O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação


dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas,
itens obrigatórios para tornar a informação oportuna.

Princípio do Registro pelo Valor Original

Está ligado com o registro das transações no patrimônio.

O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do


patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das
transações, expressos em moeda nacional.

Princípio da Competência

Está ligado com o reconhecimento das receitas e das despesas, bem como com a
apuração do resultado.

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros


eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do
recebimento ou pagamento.

Um dos principais exemplos, para que possamos fixar esse Princípio, é a Folha de
Pagamento, isso mesmo: as operações com pessoal.
Pense comigo: a folha de pagamento é calculada em um período, e paga nos próximos
dias, segundo a legislação brasileira, até o 5º dia útil do mês seguinte.

Vamos lá: imagine que estamos no mês 05/2017, no qual vamos calcular as despesas
com a Folha de Pagamento da empresa XYZ Ltda. No mês em questão, vamos
contabilizar todas as despesas com pessoal referente aos funcionários da empresa.

Todavia, o pagamento será feito até o 5º dia útil do mês 06/2017, ou seja, as
despesas devem ser registradas quando acontecem, e não quando pagas.

O mesmo acontece para as receitas, imagine uma venda de mercadorias a prazo...

Nosso cliente irá levar as mercadorias hoje, e pagar em três parcelas mensais e de
igual valor.

Pelo Princípio, devo reconhecer a receita hoje, quando emitimos a nota fiscal da
venda das mercadorias, e não quando recebermos as duplicatas.

Princípio da Prudência

Está ligado com a cautela na valorização do patrimônio.

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os


componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido.

O mesmo vale para as despesas e receitas: considerar o maior valor para as despesas
e o menor valor para as receitas.

CPC 00 – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E


DIVULGAÇÃO DE RELATÓRIO CONTÁBIL-FINANCEIRO

Apresentação

As principais características do CPC 00 estão ligadas com a divulgação dos relatórios


contábeis, ou seja, com o objetivo/finalidade da Contabilidade: gerar e evidenciar as
informações para auxiliar a tomada de decisões.

Em uma análise não muito criteriosa, podemos encontrar diversos pontos dos
Princípios Contábeis inseridos na redação do CPC 00...

Nesse sentido, temos que através das demonstrações, os usuários podem tomar
decisões importantes, por exemplo, comprar, vender ou manter elementos
patrimoniais, ou ainda, analisar a gestão administrativa – tanto em prazo quanto em
valores, e avaliar a capacidade de pagamentos da entidade empresarial em questão.

Uma outra consequência importante e muito usual nos dias atuais é adotar ou
mudar políticas tributárias através das análises às demonstrações contábeis-
financeiras.

Características Qualitativas da Informação

As características em questão buscam deixar a informação com mais qualidade, e


dividem-se em dois grandes grupos:

 Fundamentais
 Melhorias

Fundamentais

As Características Qualitativas Fundamentais ainda se dividem em duas: a


Relevância e a Representação Fidedigna.

A Relevância diz respeito a informação ser capaz de influenciar o processo decisório,


apresentando valores confirmatórios e preditivos.

Valor confirmatório é aquele que podemos conferir ao longo do tempo, por exemplo,
um relatório de percentuais de constituição para devedores duvidosos, na qual o
valor da perda tem sido constante. Com base na confirmação, ou feedback,
conseguimos adotar valores preditivos, ou seja, de previsão.

Por sua vez, a Representação Fidedigna busca apresentar a informação mais


transparente o possível, contendo três atributos: ser completa, neutra e livre de
erros.

Completa no que diz respeito a apresentar todas as informações necessárias ao


entendimento dos usuários.

Neutra ao ponto de não conter informações falsas ou manipuladas para induzir a


tomada de decisão. CUIDADO: pegadinha de prova: informação neutra não quer
dizer informação sem relevância!

Por sua vez, uma informação livre de erros deve otimizar os processos contábeis
buscando sempre apresentar condições para a tomada de decisão, evitando assim
erros, fraudes ou omissões.
Melhorias

Essas características buscam melhorar a utilidade da informação contábil


apresentada.

A Comparabilidade busca avaliar informações em períodos diferentes, analisando


crescimentos, quedas ou manutenção dos indicadores. É importante observar que,
a empresa pode analisar informações dela própria, ou seja, comparando entre os
anos, ou ainda, com entidades empresariais do mesmo setor, uma vez que todos
estão sujeitos aos mesmos Princípios e Pronunciamentos Técnicos do CPC.
CUIDADO!!

Comparabilidade não significa Uniformidade!

A Verificabilidade permite aos usuários testar se a informação realmente representa


o que se propôs a representar. Existem duas formas de verificação: a direta e a
indireta.

A verificação direta trata-se do processo/observação direta, por exemplo, contagem


física dos estoques, do caixa, etc.

Já a verificação indireta permite aos usuários checar através de relatórios


sistêmicos, ao invés da contagem física.

A Tempestividade apresenta, praticamente, a cópia fiel do que diz o Princípio da


Oportunidade: as informações devem ser fornecidas em tempo de poder influenciar
o processo decisório.

Fique atento(a), de um modo geral, a informação mais antiga é a menos útil.

A Compreensibilidade diz respeito a classificar, caracterizar e apresentar a


informação com clareza e concisão, tornando-a compreensível ao usuário.

Vale lembrar que, se a informação for complexa por si só, tudo bem. O que não pode
é o usuário tornar a informação complexa!
INTRODUÇÃO À ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Apresentação

Sem dúvida, vamos adentrar agora em um dos temas mais complexos e extensos da
maioria dos editais: Escrituração Contábil.

Para iniciar os estudos desse tema, vamos dividir o tema diversos itens, para facilitar
a nossa vida, ok?

Contas Contábeis

As contas contábeis estão ligadas a um fato contábil (evento econômico, que possui
expressão monetária e altera o patrimônio), o qual envolve, no mínimo, duas contas
contábeis diferentes.

Isso mesmo, pense comigo:

Imagine uma compra de mercadorias a prazo, do fornecedor LUA Ltda., no valor de


R$ 50.000,00.

Temos um fato contábil, pois atende todas as características necessárias. Mais que
isso, podemos identificar nesse fato contábil duas contas contábeis: estoque de
mercadorias e fornecedor LUA Ltda.

Sendo assim, podemos assumir que conta contábil é a representação gráfica dos
elementos necessários ao registro e controle do patrimônio, suas alterações e
apuração do resultado.

A conta contábil denomina o elemento a qual ela representa!

Função da Conta Contábil

A função da conta contábil é controlar e expor os saldos contábeis e suas alterações.


Por exemplo, imagine os saldos daquela compra de mercadorias que citamos há
pouco, lembra?

A conta contábil estoque de mercadorias vai expor os seus saldos, proporcionando


o controle do gestor.

De igual forma a conta contábil fornecedor LUA Ltda., o qual vai expor um saldo do
grupo contas a pagar, permitindo o controle da administração.
Método das Partidas Dobradas

Fique atento(a) ao encontrar em questões afirmativas do tipo que, o Método das


Partidas Dobradas é considerado um Princípio Contábil, dado a sua importância e
aplicabilidade na Escrituração Contábil.

Não podemos negar a sua importância, mas NÃO é um Princípio!

O Método das Partidas Dobradas nos diz que na escrituração dos fatos contábeis, a
soma dos valores dos débitos deve ser igual à soma dos valores dos créditos.

Observe o que eu disse: A SOMA DOS VALORES...

Teoria das Contas Contábeis

As Teorias das Contas buscam explicar a natureza dos diversos tipos de contas
utilizadas no processo de escrituração contábil.

Vamos estudar três Teorias das Contas – que ainda aparecem nas provas de
concursos por todo o Brasil: a Teoria Personalista, a Teoria Materialista e a Teoria
Patrimonialista.
Teoria Personalista ou Personalística

Essa Teoria explica a natureza das contas dando personalidade às contas.

As contas representam pessoas, da seguinte forma:

 Contas do proprietário
 Conta dos Agentes Consignatários
 Conta dos Agentes Correspondentes

Vamos entender o que cada uma delas representa?

As Contas do proprietário representam o titular do patrimônio, no qual o


proprietário se figurava no centro e as demais contas se relacionavam com ele, o que
chamamos de agentes.

As Contas dos Agentes Consignatários representam os bens do proprietário na mão


de terceiros, por exemplo, o que hoje chamamos de Gerente Financeiro (caixa e
banco) ou Gerente de Almoxarifado (estoques).

As Contas dos Agentes Correspondentes representam as pessoas com quem o


proprietário se relaciona e que estão fora das empresas, por exemplo, clientes e
fornecedores.
Teoria Materialista ou Materialística

Nessa Teoria, não existe mais a preocupação de identificar quais contas são do
proprietário ou quais são dos agentes, mas existe uma preocupação com a
movimentação entre os elementos patrimoniais, da seguinte forma:

Essa Teoria divide as contas em dois grandes grupos: as Contas Integrais e as Contas
Derivativas.

Contas Integrais são aquelas que representam o Ativo e o Passivo.

Já as Contas Derivativas são aquelas que representam o Patrimônio Líquido, Receitas


e Despesas.

Perceba que nessa Teoria existe mais proximidade com a nossa atualidade...

Teoria Patrimonialista

Essa Teoria é a que serve de base para a Contabilidade Atual, cuidado com isso!

Aqui existe uma divisão em dois grandes grupos:

 Contas Patrimoniais
 Representam o Ativo, Passivo e o Patrimônio Líquido

 Contas de Resultado
 Representam as Receitas e das Despesas

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – PARTE I

Natureza das Contas

Uma das classificações das contas contábeis, e a mais usual em provas de concursos
é com relação à natureza dos grupos, ou ainda, natureza dos saldos ou das contas.
Observe o esquema abaixo:
Por isso podemos afirmar que, as duplicatas a receber são de natureza devedora,
uma vez que alguém deve isso à empresa.

Da mesma forma que, podemos afirmar que os fornecedores são de natureza


credora, uma vez que tais fornecedores têm crédito com a empresa, ou seja, a nossa
empresa deve a eles.
Aproveitando o esquema, lembre-se disso:

 As contas do ativo e despesas são de natureza devedora


 As contas do passivo, patrimônio líquido e receitas são de natureza credora

Natureza das Contas e sua relação com o processo de


Contabilização

Para adquirirmos habilidade e rapidez na escrituração contábil, devemos ter uma


boa familiarização com as naturezas das contas, para que possamos fazer a correta
análise de quando proceder com um débito e quando proceder com um crédito.

Contas contábeis existem diversas, inúmeras!

O meu conselho, nesse momento, é que você se preocupe apenas em assimilar os


possíveis grupos existentes, bem como suas naturezas.
Ah, vale lembrar que a natureza dos grupos e o saldo dos grupos são sinônimos, OK?

Então, vai ser sempre assim:

 Saldos devedores aumentam com débitos e diminuem com créditos.


DÉBITOS

Saldos Saldos
Devedores Devedores

CRÉDITOS
 Saldos credores aumentam com créditos e diminuem com débitos.

CRÉDITOS

Saldos Saldos
Credores Credores
DÉBITOS
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – PARTE II

Contas Retificadoras

As contas retificadoras buscam atualizar a informação que o grupo original se


propõe a transmitir, isso mesmo, vamos dar uma olhada.

Uma característica das contas retificadoras é apresentar o valor contábil dos


elementos.

Mas, o que é valor contábil?

Valor contábil é a importância real em dinheiro que um item patrimonial representa


para um patrimônio.

Também chamadas de redutoras, são contas que, embora apareçam num


determinado grupo patrimonial visam demonstrar um grupo com contas de uma
mesma família com o saldo global mais correto.

Desse modo, uma conta retificadora do Ativo terá natureza credora, bem como uma
conta retificadora do Passivo terá natureza devedora.

As contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em que aparecem.

De um modo geral, as retificadoras do Ativo são contas com características de contas


do Passivo, assim sendo têm funcionamento inverso as do Passivo, estas contas
ficam do lado esquerdo do balanço e devem sempre apresentar saldos credores.
Para que uma conta do Ativo tenha um saldo credor é necessário que os aumentos e
diminuições nela ocorridos sejam assim registrados: As diminuições geram
lançamentos a débito e os aumentos a crédito.

Por sua vez, as contas retificadoras do Passivo são contas com características do
Ativo, assim sendo, têm função inversa as do Ativo, estas contas ficam do lado direito
do balanço e devem sempre apresentar saldos devedores.

Exemplos clássicos de provas

Temos alguns casos que chamamos de clássicos em provas, que de um modo geral,
sempre aparecem nas mais diversas bancas.

Como exemplo principal do Ativo temos as depreciações, amortizações e exaustões


acumuladas, que retificam os subgrupos do Ativo Imobilizado e Ativo Intangível,
bens que procedem com a manutenção da entidade empresarial.

As depreciações, amortizações e exaustões sempre vão atualizar o valor contábil dos


elementos do Ativo Não Circulante.
Uma informação importante: são realizados cálculos através de métodos específicos
e depois a contabilização.

Uma outra conta recorrente, é a PCLD – Provisão para Créditos de Liquidação


Duvidosa.

Essa conta vai retificar o valor das Duplicatas a Receber, uma vez que segundo o
Código Civil e Código Comercial Brasileiro, as empresas raramente recebem todos
os valores apresentados na conta Duplicatas a Receber.

Sendo assim, o ideal é retificar o valor das Duplicatas, deixando uma informação real
aos usuários.

MACETE!!!

AS CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO SEMPRE VÃO TER O DÉBITO EM UMA CONTA


DE DESPESA, OU SEJA, DO RESULTADO.

Como exemplo principal do Passivo, temos a retificação das contas Empréstimos e


Financiamentos, os quais são apresentados nos relatórios contábeis em apartado
aos respectivos juros, que serão considerados de acordo com o acontecimento das
parcelas, respeitando o Princípio da Competência.

Como exemplo principal do Patrimônio Líquido, temos a conta Capital Social a


Integralizar, conta na qual retifica o valor do Capital Social Subscrito, ou seja, o valor
que foi prometido pelos sócios mas ainda não foi integralizado (entregue) a
empresa.

Fórmulas de Lançamentos

Dependendo do tipo do fato contábil, o lançamento pode apresentar mais de uma


conta a débito e mais de uma conta a crédito.

Fique atento(a), podemos ter apenas quatro tipos de fórmulas de lançamento!

 Primeira fórmula

Consiste em um lançamento com um débito e um crédito.

Por exemplo, compra de mercadorias no valor de R$ 50.000,00, à vista em


dinheiro.

D – Estoques de mercadorias
C – Caixa
R$ 50.000,00
 Segunda fórmula

Consiste em um lançamento com um débito e mais de um crédito.

Por exemplo, recebimento de duplicatas no valor de R$ 90,00 em atraso, com


juros de R$ 10,00.

D – Banco...............................................100,00
C – Duplicatas a Receber...................90,00
C – Receitas Financeiras....................10,00

 Terceira fórmula

Consiste em um lançamento com mais de um débito e um crédito.

Por exemplo, o pagamento de duplicatas ao fornecedor no valor de R$ 90,00


em atraso, com juros de R$ 10,00.

D – Fornecedor...............................................90,00
D – Despesas Financeiras..........................10,00
C – Banco........................................................100,00

 Quarta fórmula

Consiste em um lançamento com mais de um débito e mais de um crédito.

Por exemplo, o registro completo de uma venda de mercadorias no valor de


R$ 100,00, com recebimento de 50% à vista em dinheiro e 50% a prazo, com CMV
no valor de R$ 30,00.

D – Caixa..............................................................50,00
D – Duplicatas a Receber..............................50,00
C – Receitas com Vendas.............................100,00

D – CMV...............................................................30,00
C – Estoques......................................................30,00

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – PARTE III

Plano de Contas

O Plano de Contas é um documento organizado em várias partes, o qual apresenta


todas as contas contábeis necessárias à escrituração contábil de determinada
entidade.
Vale lembrar que é um documento variável de empresa para empresa, pois cada
entidade vai utilizar contas específicas, de acordo com as suas atividades.

Imagine a nossa querida Petrobrás e a padaria da esquina da sua casa, ou aquela


lanchonete que você frequenta às vezes...

Concorda comigo que existe diferença entre as empresas, o que consequentemente


vai gerar diferença nas contas contábeis utilizadas?

Ainda, sobre esse assunto, temos que a responsabilidade da elaboração do Plano de


Contas é do proprietário junto ao Contabilista.

Fique atento(a) as nomenclaturas, pois existe diferença entre Plano de Contas,


Elenco de Contas e Manual de Contas, ok?

MODELO DE ELENCO DE CONTAS

Cód.
Código
Reduzido
1 1001 ATIVO
1.1 1002 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 1003 DISPONÍVEL
1.1.1.01 1004 CAIXA GERAL
1.1.1.01.01 1005 Caixa
1.1.1.02 1006 BANCO CONTA MOVIMENTO
1.1.1.02.01 1007 Banco dos Brasileiros S/A
1.1.1.03 1014 APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LIQUIDEZ IMEDIATA
1.1.1.03.01 1015 Banco dos Brasileiros S/A
1.1.2 1022 CLIENTES
1.1.2.01 1023 DUPLICATAS A RECEBER
1.1.2.01.01 1024 Duplicatas a Receber
1.1.2.01.02 1025 ( - ) Provisão para Perda de Crédito Liquidação Duvidosa
1.1.3 1026 OUTROS CREDITOS
1.1.3.01 1027 TÍTULOS A RECEBER
1.1.3.01.01 1028 Títulos a Receber
1.1.3.02 1029 JUROS A RECEBER
1.1.3.03 1030 ADIANTAMENTO A TERCEIROS
1.1.3.04 1031 CRÉDITOS DE FUNCIONÁRIOS
1.1.3.04.01 1032 Adiantamento de Salários
1.1.3.04.02 1033 Adiantamento de Férias
1.1.3.04.03 1034 Adiantamento de 13º Salários
1.1.3.04.04 1035 Adiantamento a Fornecedores
1.1.3.05 1036 TRIBUTOS A COMPENSAR E RECUPERAR
1.1.3.05.01 1037 IPI a Recuperar
1.1.3.05.02 1038 ICMS a Recuperar
1.1.3.05.03 1039 COFINS a Recuperar
1.1.3.05.04 1040 PIS a Recuperar
1.1.3.05.05 1041 ICMS s/ Ativo Imobilizado a Recuperar
1.1.4 1042 ESTOQUES
1.1.4.01 1043 PRODUTOS ACABADOS
1.1.4.01.01 1044 Produtos Acabados
1.1.4.01.02 1045 ( - ) Provisão para Perda no Estoque de Produtos Acabados
1.1.4.02 1046 MERCADORIAS PARA REVENDA
1.1.4.02.01 1047 Mercadorias para Revenda
1.1.4.02.02 1048 ( - ) Provisão para Perda no Estoque de Mercadorias
1.1.4.03 1049 PRODUTOS EM PROCESSO
1.1.4.03.01 1050 Produtos em Processo
1.1.4.03.02 1051 ( - ) Provisão para Perda no Estoque de Produtos em Processo
1.1.4.04 1052 MATÉRIAS-PRIMAS
1.1.4.04.01 1053 Matérias-primas
1.1.4.04.02 1054 ( - ) Provisão para Perda no Estoque de Matéria-prima
1.1.4.05 1055 OUTROS MATERIAIS
1.1.4.05.01 1056 Material Secundário
1.1.4.05.02 1057 ( - ) Provisão para Perda no Estoque de Material Secundário
1.1.4.06 1058 ALMOXARIFADO
1.1.4.06.01 1059 Materiais de Escritório (expediente)
1.1.4.06.02 1060 ( - ) Provisão para Perda no Estoque de Materiais de Escritório
1.1.4.06.03 1061 Materiais de Informática
1.1.4.06.04 1062 ( - ) Provisão para Perda no Estoque de Materiais de Informática
1.1.4.06.05 1063 Materiais de Higiene e Limpeza
1.1.4.06.06 1064 ( - ) Provisão para Perda no Estoque de Mat de Higiene e Limp
1.1.4.06.07 1065 Materiais de Manutenção
1.1.4.06.08 1066 ( - ) Provisão para Perda no Estoque de Materiais de Manuten
1.1.5 1067 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE
1.1.5.01 1068 DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE
1.1.5.01.01 1069 Seguros a Apropriar
1.1.5.01.02 1070 Aluguéis a Apropriar
1.1.5.01.03 1071 Encargos Financeiros a Apropriar
1.1.5.01.04 1072 Assinaturas e Anuidades
1.2 1073 ATIVO NÃO CIRCULANTE
1.2.1 1074 REALIZAVEL A LONGO PRAZO
1.2.1.01 1075 DUPLICATAS A RECEBER
1.2.1.01.01 1076 Duplicatas a Receber
1.2.1.04 1077 TÍTULOS A RECEBER
1.2.1.04.01 1078 Títulos a Receber
1.2.1.05 1079 TRIBUTOS A COMPENSAR E RECUPERAR
1.2.1.05.01 1080 IPI a Recuperar
1.2.1.05.02 1081 ICMS a Recuperar
1.2.1.05.03 1082 COFINS a Recuperar
1.2.1.05.04 1083 PIS a Recuperar
1.2.1.05.05 1084 ICMS s/ Ativo Imobilizado a Recuperar
1.2.1.06 1085 DESPESAS ANTECIPADAS
1.2.1.06.01 1086 Seguros a Apropriar
1.2.1.06.02 1087 Aluguéis a Apropriar
1.2.1.06.03 1088 Encargos Financeiros a Apropriar
1.2.1.06.04 1089 Assinaturas e Anuidades
1.2.2 1090 INVESTIMENTOS
1.2.2.01 1091 PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS SOCIEDADES
1.2.2.01.01 1092 Participações em Coligadas
1.2.2.01.02 1093 Participação em Controladas
1.2.2.02 1094 PROPRIEDADES PARA INVESTIMENTOS
1.2.2.03 1095 OUTROS INVESTIMENTOS
1.2.2.03.01 1096 Obras de Arte
1.2.2.03.02 1097 Terrenos e Imóveis para Futuras Instalações
1.2.3 1098 IMOBILIZADO
1.2.3.01 1099 BENS EM OPERAÇÃO
1.2.3.01.01 1100 Computadores e Periféricos
1.2.3.01.02 1101 ( - ) Depreciação Acumulada Computadores e Periféricos
1.2.3.01.03 1102 Ferramentas
1.2.3.01.04 1103 ( - ) Depreciação Acumulada de Ferramentas
1.2.3.01.06 1104 Imóveis
1.2.3.01.07 1105 ( - ) Depreciação Acumulada de Imóveis
1.2.3.01.08 1106 Instalações Industriais
1.2.3.01.09 1107 ( - ) Depreciação Acumulada de Instalações Industriais
1.2.3.01.10 1108 Máquinas e Equipamentos Industriais
1.2.3.01.11 1109 ( - ) Depreciação Acumulada Máquinas e Equipamentos
1.2.3.01.12 1110 Móveis e Utensílios
1.2.3.01.13 1111 ( - ) Depreciação Acumulada Móveis e Utensílios
1.2.3.01.14 1112 Veículos
1.2.3.01.15 1113 ( - ) Depreciação Acumulada de Veículos
1.2.3.01.16 1114 Edificações
1.2.3.01.17 1115 ( - ) Depreciação Acumulada Edificações
1.2.3.01.18 1116 Terrenos
1.2.3.02 1117 OPERACIONAL RECURSOS NATURAIS
1.2.3.02.01 1118 Jazidas
1.2.3.02.02 1119 ( - ) Exaustão Acumulada de Jazidas
1.2.3.02.04 1120 Florestamento e Reflorestamento
1.2.3.02.02 1121 ( - ) Exaustão Acumulada de Florestamento e Reflorestamento
1.2.3.03 1122 IMOBILIZADO EM ANDAMENTO
1.2.3.03.01 1123 Aquisição de Imóveis em Andamento
1.2.3.03.02 1124 Construções em Andamento
1.2.3.03.03 1125 Reformas Prediais em Andamento
1.2.4 1126 INTANGÍVEL
1.2.4.01 1127 OPERACIONAL INCORPÓREO (IMATERIAL)
1.2.4.01.01 1128 Marcas e Patentes
1.2.4.01.02 1129 ( - ) Amortização Acumulada de Marcas e Patentes
1.2.4.01.03 1130 Pesquisa e Desenvolvimento
1.2.4.01.04 1131 ( - ) Amortização Acumulada de Pesquisa e Desenvolvimento
1.2.4.01.05 1132 Direitos Autorais
1.2.4.01.06 1133 ( - ) Amortização Acumulada de Direitos Autorais
1.2.4.01.07 1134 Software
1.2.4.01.08 1135 ( - ) Amortização Acumulada de Software

2 2001 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO


2.1 2002 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1 2003 OBRIGAÇÕES OPERACIONAIS
2.1.1.01 2004 OBRIGAÇÕES COM FORNECEDORES
2.1.1.01.01 2005 Lojas Brasil Ltda.
2.1.1.01.02 2006 Ferro Soldas
2.1.1.01.03 2007 Correias & Cia Ltda.
2.1.1.01.04 2008 Silvio Soldas Ltda.
2.1.1.01.05 2009 Casa de Equipamentos Eletrônicos
2.1.1.01.06 4088 Martins & Lima Ltda.
2.1.1.01.07 4089 Gazin Comércio de Móveis Ltda.
2.1.1.01.08 4090
2.1.1.01.09 4091
2.1.1.02 2010 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
2.1.1.02.01 2011 Empréstimos
2.1.1.02.02 2012 ( - ) Juros de Empréstimos
2.1.1.02.03 2013 Financiamentos
2.1.1.02.04 2014 ( - ) Juros de Financiamentos
2.1.1.02.05 2015 Duplicata Descontada
2.1.1.02.06 2016 ( - ) Encargos Financeiros a Transcorrer
2.1.1.03 2017 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
2.1.1.03.01 2018 ICMS a Recolher
2.1.1.03.02 2019 Impostos e Taxas a Recolher
2.1.1.03.03 2020 IPI a Recolher
2.1.1.03.04 2021 IRRF a Recolher
2.1.1.03.05 2022 ISS a Recolher
2.1.1.03.06 2023 IRRF a Recolher s/ Folha de Pagamento
2.1.1.03.07 2024 COFINS a Recolher
2.1.1.03.08 2025 PIS a Recolher
2.1.1.03.09 2106 IRPJ a pagar
2.1.1.03.10 2107 CSLL a pagar
2.1.1.04 2026 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS
2.1.1.04.01 2027 Comissões a Pagar
2.1.1.04.02 2028 13º Salários a Pagar
2.1.1.04.03 2029 Férias a Pagar
2.1.1.04.04 2030 Gratificações a Pagar
2.1.1.04.05 2031 Pró-labore a Pagar
2.1.1.04.06 2032 Salários a Pagar
2.1.1.04.07 2033 Rescisão de Contrato a Pagar
2.1.1.04.08 2034 FGTS a Recolher
2.1.1.04.09 2035 Pensão Alimentícia a Pagar
2.1.1.04.10 2036 Contribuição Sindical a Recolher
2.1.1.04.11 2037 Autônomos a Pagar
2.1.1.04.12 2038 Indenizações Trabalhistas
2.1.1.04.13 2039 Contr. Assistencial a Recolher
2.1.1.04.14 2040 Cont. Sindical a Recolher
2.1.1.04.15 2041 Encargos Trabalhistas a Pagar
2.1.1.05 2042 OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
2.1.1.05.01 2043 INSS a Recolher
2.1.1.05.02 2044 INSS sobre Notas Fiscais a Recolher
2.1.1.06 2045 PROVISÕES
2.1.1.06.01 2046 Provisão para Férias e Encargos sobre Férias
2.1.1.06.02 2047 Provisão para 13º Salário e Encargos sobre 13º Salário
2.1.1.07 2048 OUTRAS OBRIGAÇÕES
2.1.1.07.01 2049 Adiantamentos Recebidos de Clientes
2.1.1.07.02 2050 Energia Elétrica a Pagar
2.1.1.07.03 2051 Água a Pagar
2.1.1.07.04 2052 Telefone a Pagar
2.1.1.07.05 2053 Frete a Pagar
2.1.1.07.06 2054 Alugueis a Pagar
2.1.1.07.07 2055 Contas a Pagar
2.1.1.08 2056 PARTICIPAÇÕES E DESTINAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO
2.1.1.08.01 2057 Dividendos a Pagar
2.1.1.08.02 2058 Dividendos Propostos a Pagar
2.2 2059 PASSIVO NAO CIRCULANTE
2.2.1 2060 EXIGIVEL A LONGO PRAZO
2.2.1.01 2061 OBRIGAÇÕES COM FORNECEDORES
2.2.1.01.01 2062 Fornecedor
2.2.1.02 2063 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
2.2.1.02.01 2064 Empréstimo a Pagar
2.2.1.02.02 2065 ( - ) Juros de Empréstimos a Pagar
2.2.1.02.03 2066 Financiamentos a Pagar
2.2.1.02.04 2067 ( - ) Juros de Financiamentos a Pagar
2.2.1.03 2068 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
2.2.1.03.01 2069 Impostos a Recolher
2.2.1.03.02 2070 Impostos e Taxas a Recolher
2.2.1.03.03 2071 Contribuições a Recolher
2.2.1.03.04 2072 Imposto de Renda Diferido
2.2.1.04 2073 OUTRAS OBRIGAÇÕES
2.2.1.04.01 2074 Títulos a pagar
2.3 2075 PATRIMONIO LIQUIDO
2.3.1 2076 CAPITAL SOCIAL
2.3.1.01 2077 CAPITAL SOCIAL
2.3.1.01.01 2078 Capital Social Subscrito
2.3.1.01.02 2079 ( - ) Capital Social a Integralizar
2.3.2 2080 RESERVAS DE CAPITAL
2.3.2.01 2081 RESERVAS DE CAPITAL
2.3.2.01.01 2082 Reserva de Ágio na Emissão de Ações/Cotas
2.3.2.01.02 2083 Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias
2.3.2.01.03 2084 Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição
2.3.3 2085 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
2.3.3.01 2086 RESERVA DE REAVALIAÇÃO
2.3.3.01.01 2087 Bem A
2.3.3.02 2088 PROVISÃO PARA RENDA SOBRE REAVALIAÇÃO
2.3.3.02.01 2089 Bem A
2.3.4 2090 RESERVAS DE LUCROS
2.3.4.01 2091 RESERVAS DE LUCROS
2.3.4.01.01 2092 Reserva Legal
2.3.4.01.02 2093 Reserva Estatutárias
2.3.4.01.03 2094 Reserva para Contingências
2.3.4.01.04 2095 Reserva de Lucros para Expansão
2.3.5 2096 ( - ) AÇÕES EM TESOURARIA
2.3.5.01 2097 ( - ) AÇÕES EM TESOURARIA
2.3.5.01.01 2098 ( - ) Ações em Tesouraria
2.3.6 2099 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
2.3.6.01 2100 LUCROS ACUMULADOS
2.3.6.01.01 2101 Lucros Anteriores
2.3.6.01.02 2102 Lucro do Período
2.3.6.02 2103 ( - ) PREJUÍZOS ACUMULADOS
2.3.6.02.01 2104 ( - ) Prejuízos Anteriores
2.3.6.02.02 2105 ( - ) Prejuízo do Período

3 3001 CONTAS DE RESULTADO


3.1 3002 RECEITAS OPERACIONAIS
3.1.1 3003 FATURAMENTO BRUTO
3.1.1.01 3004 VENDAS DE PRODUTOS
3.1.1.01.01 3005 Vendas de Produtos
3.1.1.02 3006 VENDAS DE MERCADORIAS
3.1.1.02.01 3007 Vendas de Mercadorias
3.1.1.03 3008 VENDA DE SERVICOS
3.1.1.03.01 3009 Prestação de Serviços
3.1.2 3010 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
3.1.2.01 3011 VENDAS CANCELADAS E DEVOLVIDAS
3.1.2.01.01 3012 ( - ) Vendas Canceladas
3.1.2.01.02 3013 ( - ) Devolução de Venda
3.1.2.02 3014 ABATIMENTOS E DESCONTOS COMERCIAIS
3.1.2.02.01 3015 ( - ) Abatimentos sobre Vendas
3.1.2.02.02 3016 ( - ) Descontos Incondicionais Concedidos
3.1.2.03 3017 IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS
3.1.2.03.01 3018 ( - ) IPI sobre Vendas
3.1.2.03.02 3019 ( - ) ICMS sobre Vendas
3.1.2.03.03 3020 ( - ) PIS sobre Vendas
3.1.2.03.04 3021 ( - ) COFINS sobre Vendas
3.1.2.03.05 3022 ( - ) ISSQN sobre Serviços
3.1.2.03.06 3023 ( - ) ICMS Substituição Tributária
3.1.3 3024 OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
3.1.3.01 3025 OUTRAS RECEITAS
3.1.3.01.01 3026 Recuperação de Despesas
3.1.3.01.02 3027 Recuperação Impostos/Estaduais/Municipais
3.1.3.01.03 3028 Indenizações Recebidas
3.1.3.01.04 3029 Venda de Sucata e Resíduos
3.1.3.01.05 3030 Alienações do Imobilizado
3.1.3.01.06 3031 Outras Receitas
3.1.3.02 3032 OUTRAS DESPESAS
3.1.3.02.01 3033 ( - ) Custos na Venda de Imobilizado
3.1.3.02.02 3034 ( - ) Outras Despesas Operacionais
3.2 3035 DESPESAS OPERACIONAIS
3.2.1 3036 DESPESAS COM VENDAS
3.2.1.01 3037 DESPESAS COM PESSOAL
3.2.1.01.01 3038 Salários e Ordenados
3.2.1.01.02 3039 Aviso Prévio e Indenizações
3.2.1.01.03 3040 13º Salário
3.2.1.01.04 3041 Férias
3.2.1.01.05 3042 Lanches e Refeições
3.2.1.01.06 3043 Prêmios e Gratificações
3.2.1.01.07 3044 Pró-labore
3.2.1.01.08 3045 Seguro de Vida em Grupo
3.2.1.01.09 3046 Seguro de Acidente de Trabalho
3.2.1.01.10 3047 Vale-refeição
3.2.1.01.11 3048 Vale-transporte
3.2.1.01.12 3049 INSS Patronal
3.2.1.01.13 3050 INSS – RAT
3.2.1.01.14 3051 INSS – Serviços de terceiros
3.2.1.01.14 3052 FGTS
3.2.1.02 3053 COMISSÕES DE VENDAS
3.2.1.02.01 3054 Comissões sobre Vendas
3.2.1.03 3055 PROPAGANDA E PUBLICIDADE
3.2.1.03.01 3056 Amostra Grátis
3.2.1.03.02 3057 Pesquisa de Mercado
3.2.1.03.03 3058 Brindes e Presentes
3.2.1.03.04 3059 Veiculações Diversas na Mídia
3.2.1.04 3060 DESPESAS COM VIAGENS E ESTADIAS
3.2.1.04.01 3061 Condução e Transporte
3.2.1.04.02 3062 Hospedagem
3.2.1.04.03 3063 Lanches e Refeições
3.2.1.05 3064 DESPESAS COM ENTREGAS
3.2.1.05.01 3065 Combustíveis
3.2.1.05.02 3066 Fretes e Carretos
3.2.1.05.03 3067 Manutenção de Veículos
3.2.1.06 3068 OCUPAÇÃO
3.2.1.06.01 3069 Água e Esgoto
3.2.1.06.02 3070 Aluguéis Passivos
3.2.1.06.03 3071 Amortização
3.2.1.06.04 3072 Telefone
3.2.1.06.05 3073 Conservação Predial
3.2.1.06.06 3074 Depreciação
3.2.1.06.07 3075 Energia Elétrica
3.2.1.06.08 3076 Manutenção e Reparos
3.2.1.07 3077 DESPESAS GERAIS
3.2.1.07.01 3078 Despesas Postais
3.2.1.07.02 3079 Materiais de Consumo
3.2.1.07.03 3080 Material de Escritório ou Expediente
3.2.1.07.04 3081 Material de Informática
3.2.1.07.05 3082 Material de Higiene e Limpeza
3.2.1.07.07 3083 Revistas e Publicações
3.2.1.07.08 3084 Despesas Eventuais
3.2.1.08 3085 UTILIDADES E SERVIÇOS
3.2.1.08.01 3086 Assistência Técnica em Processamento de Dados
3.2.1.08.02 3087 Prêmio de Seguro
3.2.1.08.03 3088 Recrutamento e Seleção
3.2.1.08.04 3089 Segurança
3.2.1.08.05 3090 Treinamento de Pessoal
3.2.1.08.06 3091 Outros Serviços de Terceiros
3.2.2 3092 DESPESAS ADMINISTRATIVAS
3.2.2.01 3093 DESPESA COM PESSOAL
3.2.2.01.01 3094 13º Salário
3.2.2.01.02 3095 Assistência Médica
3.2.2.01.03 3096 Aviso Prévio e Indenizações
3.2.2.01.04 3097 Férias
3.2.2.01.05 3098 Lanches e Refeições
3.2.2.01.06 3099 Prêmios e Gratificações
3.2.2.01.07 3100 Pró-labore
3.2.2.01.08 3101 Salários e Ordenados
3.2.2.01.09 3102 Seguro de Acidente de Trabalho
3.2.2.01.10 3103 Seguro de Vida em Grupo
3.2.2.01.11 3104 Vale-refeição
3.2.2.01.12 3105 Vale-transporte
3.2.2.01.13 3106 INSS Patronal
3.2.2.01.14 3107 INSS Rat
3.2.2.01.15 3108 INSS Serviços de terceiros
3.2.2.01.16 3109 FGTS
3.2.2.02 3110 DESPESAS COM VIAGENS E ESTADIAS
3.2.2.02.01 3111 Condução e Transporte
3.2.2.02.02 3112 Hospedagem
3.2.2.02.03 3113 Lanches e Refeições
3.2.2.02.04 3114 Viagens Terrestres
3.2.2.03 3115 OCUPAÇÃO
3.2.2.03.01 3116 Água e Esgoto
3.2.2.03.02 3117 Aluguéis Passivos
3.2.2.03.03 3118 Amortização
3.2.2.03.04 3119 Telefone
3.2.2.03.05 3120 Conservação Predial
3.2.2.03.06 3121 Depreciação
3.2.2.03.07 3122 Energia Elétrica
3.2.2.03.08 3123 Manutenção e Reparos
3.2.2.04 3124 GERAIS
3.2.2.04.01 3125 Despesas Postais
3.2.2.04.02 3126 Materiais de Consumo
3.2.2.04.03 3127 Material de Escritório ou Expediente
3.2.2.04.04 3128 Material de Informática
3.2.2.04.05 3129 Material de Higiene e Limpeza
3.2.2.04.06 3130 Prêmios de Seguro
3.2.2.04.07 3131 Revistas e Publicações
3.2.2.04.08 3132 Despesas Eventuais
3.2.2.05 3133 SERVIÇOS DE TERCEIROS
3.2.2.05.01 3134 Assistência Técnica em Processamento de Dados
3.2.2.05.02 3135 Recrutamento e Seleção
3.2.2.05.03 3136 Segurança
3.2.2.05.04 3137 Treinamento de Pessoal
3.2.2.05.05 3138 Outros Serviços de Terceiros
3.2.3.06 3139 DESPESAS TRIBUTÁRIAS MUNICIPAIS
3.2.3.06.01 3140 Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU
3.2.3.07 3141 DESPESAS TRIBUÁRIA ESTADUAIS
3.2.3.07.01 3142 Imposto sobre Veículos Automotores – IPVA
3.2.3.07.02 3143 Licenciamento Obrigatório
3.2.3.08 3144 DESPESAS RIBUÁRIAS FEDERAIS
3.2.3.08.01 3145 PIS Sobre Receitas Financeiras
3.2.3.08.02 3146 COFINS Sobre Receitas Financeiras
3.2.3.08.03 3147 IOF – Imposto sobre Operação Financeira
3.2.3.08.04 3148 Imposto Territorial Rural – ITR
3.2.3.08.05 3149 Impostos e Taxas Diversas
3.2.3.09 3150 DESPESAS INDEDUTIVEIS
3.2.3.09.01 3151 Infrações, Multas e Correções
3.2.3.09.02 3152 Infrações e Multas - Pesagens
3.2.3.09.03 3153 Infrações e Multas - Trânsito
3.2.3.09.04 3154 Multas - Trabalhistas
3.2.4 3155 RESULTADO FINANCEIRO
3.2.4.01 3156 DESPESAS FINANCEIRAS
3.2.4.01.01 3157 Descontos Concedidos
3.2.4.01.02 3158 Despesas Bancárias
3.2.4.01.03 3159 Juros de Mora
3.2.4.01.04 3160 Juros s/ Empréstimos e Financiamentos
3.2.4.02 3161 RECEITAS FINANCEIRAS
3.2.4.02.01 3162 Descontos Obtidos
3.2.4.02.02 3163 Juros Recebidos
3.2.4.02.03 3164 Rendimentos s/ Aplic. Financeiras
3.2.4.03 3165 VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVAS
3.2.4.03.01 3166 Variações Cambiais Ativas
3.2.4.04 3167 VARIAÇÕES MONETÁRIAS PASSIVAS
3.2.4.04.01 3168 Variações Cambiais Passivas
3.3 3169 CUSTOS
3.2.1 3170 CUSTOS DE VENDAS
3.2.1.01 3171 CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
3.2.1.01.01 3172 CPV
3.2.1.02 3173 CUSTOS DOS SUBPRODUTOS VENDIDOS
3.2.1.02.01 3174 CSV
3.2.1.03 3175 CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS
3.2.1.03.01 3176 CMV
3.2.1.04 3177 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS
3.2.1.04.01 3178 CSP

4 4001 CONT AS TRANSITÓRIAS


4.1 4002 CUSTO DE PRODUÇÃO
4.1.1 4003 PRODUTOS EM PROCESSO
4.1.1.01 4004 PRODUTOS EM PROCESSO
4.1.1.01.01 4005 Produtos em processo.............................
4.1.1.01.02 4006 Produtos em processo.............................
4.1.2 4007 CUSTOS DEPARTAMENTAIS
4.1.2.01 4008 DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS
4.1.2.01.01 4009 Departamento Serviço A
4.1.2.01.02 4010 Departamento Serviço B
4.1.2.02 4011 DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS
4.1.2.02.01 4012 Departamento Produtivo A
4.1.2.02.02 4013 Departamento Produtivo B
4.1.2.02.03 4014 Departamento Produtivo C
4.1.3 4015 MATERIAL DIRETO
4.1.3.01 4016 MATERIAL DIRETO REAL
4.1.3.01.01 4017 Matéria-prima
4.1.3.01.02 4018 Material de embalagem
4.1.3.01.03 4019 Outros materiais diretos reais
4.1.3.02 4020 ( - ) MATERIAL DIRETO APLICADO
4.1.3.02.01 4021 ( - ) Material Direto Aplicado ao Custo
4.1.4 4022 MÃO DE OBRA DIRETA
4.1.4.01.01 4023 MÃO DE OBRA DIRETA REAL
4.1.4.01.02 4024 Assistência Médica
4.1.4.01.03 4025 Aviso Prévio e Indenizações
4.1.4.01.04 4026 13º Salário
4.1.4.01.05 4027 Férias
4.1.4.01.06 4028 Lanches e Refeições
4.1.4.01.07 4029 Prêmios e Gratificações
4.1.4.01.08 4030 Pró-labore
4.1.4.01.09 4031 Salários e Ordenados
4.1.4.01.10 4032 Seguro de Vida em Grupo
4.1.4.01.11 4033 Seguro de Acidente de Trabalho
4.1.4.01.12 4034 Vale-refeição
4.1.4.01.13 4035 Vale-transporte
4.1.4.01.14 4036 INSS
4.1.4.01.15 4037 FGTS
4.1.4.02 4038 ( - ) MÃO DE OBRA DIRETA APLICADA
4.1.4.02.01 4039 ( - ) MOD Aplicada ao Custo
4.1.5 4040 CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO
4.1.5.01 4041 CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO REAL
4.1.5.01.01 4042 Materiais Secundários
4.1.5.01.02 4043 Materiais Auxiliares
4.1.5.01.03 4044 Materiais de Embalagem
4.1.5.01.04 4045 Materiais de Escritório ou Expediente
4.1.5.01.05 4046 Materiais de Informática
4.1.5.01.06 4047 Materiais de Higiene e Limpeza
4.1.5.01.07 4048 Materiais de Manutenção
4.1.5.01.08 4049 Outros Materiais Indiretos
4.1.5.01.09 4050 Mão de obra Indireta
4.1.5.01.10 4051 Assistência Médica
4.1.5.01.11 4052 Aviso Prévio e Indenizações
4.1.5.01.12 4053 13º Salário
4.1.5.01.13 4054 Férias
4.1.5.01.14 4055 Lanches e Refeições
4.1.5.01.15 4056 Prêmios e Gratificações
4.1.5.01.16 4057 Pró-labore
4.1.5.01.17 4058 Salários e Ordenados
4.1.5.01.18 4059 Seguro de Vida em Grupo
4.1.5.01.19 4060 Seguro de Acidente de Trabalho
4.1.5.01.20 4061 Vale-refeição
4.1.5.01.21 4062 Vale-transporte
4.1.5.01.22 4063 Encargos Sociais
4.1.5.01.23 4064 INSS
4.1.5.01.24 4065 FGTS
4.1.5.01.25 4066 Água e Esgoto
4.1.5.01.26 4067 Aluguéis e Arrendamentos
4.1.5.01.27 4068 Amortização
4.1.5.01.28 4069 Combustíveis e Lubrificantes
4.1.5.01.29 4070 Telefone
4.1.5.01.30 4071 Conservação Predial
4.1.5.01.31 4072 Depreciação
4.1.5.01.32 4073 Energia Elétrica
4.1.5.01.33 4074 Impostos e Taxas
4.1.5.01.34 4075 Manutenção e Reparos Produção
4.1.5.01.35 4076 Uniformes
4.1.5.01.36 4077 Segurança
4.1.5.01.37 4078 Serviços de Terceiros
4.1.5.01.38 4079 Transporte
4.1.5.01.39 4080 Outros Gastos Gerais de Fabricação
4.1.5.02 4081 ( - ) CUSTOS INDIRETOS DE PROUÇÃO APLICADO
4.1.5.02.01 4082 ( - ) CIP Aplicado ao Custo
4.2 4083 APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
4.2.1 4084 APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
4.2.1.01 4085 APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
4.2.1.01.01 4086 Encerramento do exercício
4.2.1.01.02 4087 ( - ) Transferência de Resultado para Patrimônio Líquido
4.2.1.01.03 4088 Provisão para IRPJ
4.2.1.01.04 4089 Provisão para CSLL

Contas Analíticas e Contas Sintéticas


Existe uma diferença entre contas analíticas e contas sintéticas. Basicamente, temos
que entender que, as contas contábeis que recebem lançamentos no processo de
escrituração contábil são chamadas de contas analíticas.

Por sua vez, as contas de grupos ou subgrupos são chamadas de contas sintéticas.

Vale lembrar que, nada impede que as bancas tragam lançamentos em contas
sintéticas nas suas questões, o importante é sabermos as diferenças e proceder com
as corretas análises!

E isso acontece muito, principalmente na Cespe!


Cód.
Código
Reduzido
1 1001 ATIVO
1.1 1002 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 1003 DISPONÍVEL
1.1.1.01 1004 CAIXA GERAL
1.1.1.01.01 1005 Caixa
1.1.1.02 1006 BANCO CONTA MOVIMENTO
1.1.1.02.01 1007 Banco dos Brasileiros S/A
1.1.1.03 1014 APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LIQUIDEZ IMEDIATA
1.1.1.03.01 1015 Banco dos Brasileiros S/A

*** Contas Analíticas

*** Contas Sintéticas

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – PARTE IV

Tipos de Fatos Contábeis

Os fatos contábeis, por sua vez, são os acontecimentos que provocam variações no
patrimônio da entidade.

Os fatos contábeis são contabilizados através das contas patrimoniais (ativo,


passivo, patrimônio líquido) e/ou das contas de resultado (receitas e despesas).

Os fatos contábeis podem ser classificados da seguinte forma:

 Permutativo
 Modificativo
 Mistos
 Sendo que os Modificativos e Mistos ainda podem ser aumentativos ou
diminutivos.
Fatos Permutativos

Os fatos permutativos alteram o patrimônio somente em aspectos qualitativos.

Isso mesmo, não alteram o valor do patrimônio.

Os fatos permutativos configuram apenas trocas, permutas, entre bens do ativo e


passivo exigível, sem que haja alteração no valor total do patrimônio líquido e contas
de resultado.
As trocas podem ser entre elementos do ativo, passivo, de ambos, ou entre
elementos da situação líquida.

O resumo é: fatos permutativos não alteram o PL, afinal, não tem contas de resultado
envolvidas!

 Possibilidades de Fatos Permutativos

1) Aumento do ativo com diminuição do ativo

Compra de mercadorias à vista

D – Estoque de mercadorias
C – Caixa

2) Aumento do ativo com aumento do passivo

Compra de mercadorias a prazo

D – Estoque de mercadorias
C – Fornecedores
3) Diminuição do ativo com diminuição do passivo

Pagamento de duplicatas com cheque

D – Duplicatas a pagar
C – Banco

4) Aumento do passivo com diminuição do passivo

Transferência de Empréstimos do Longo Prazo para o Curto Prazo

D – Empréstimos LP
C – Empréstimos CP

5) Aumento do PL com diminuição do PL

Aumento do Capital Social com lucros acumulados

D – Lucros Acumulados
C – Capital Social

Fatos Modificativos

Os fatos modificativos são aqueles que tem condição de alterar, para mais ou para
menos, o patrimônio líquido.

Podemos encontrar os fatos modificativos como fatos quantitativos.

Enquanto os fatos permutativos envolvem apenas contas patrimoniais, os fatos


modificativos envolvem também conta de resultados (receitas e despesas).

MEMORIZE!!!

Fatos modificativos alteram o PL, por possuírem contas de resultado.

 Quando modificam para mais, os chamamos de fatos modificativos


aumentativos.
o É aquele que provoca aumento da situação líquida mediante
aumento do ativo ou diminuição do passivo. Observe que, quando
falamos de situação líquida e apresentamos contas de resultado
(apuradas na DRE), você deve lembrar que o resultado do exercício
(lucro ou prejuízo) integra o capital próprio.

Imagine aqui comigo uma venda de mercadorias à vista. A contabilização seria:

D – Caixa
C – Receita com Vendas
 Quando para menos, os chamamos de fatos modificativos diminutivos.
o É aquele que reduz a situação líquida da empresa. Essa redução
se dá, geralmente, pelo aumento do passivo ou pela redução do
ativo, ou seja, contas de despesa.

Imagine aqui comigo o pagamento de uma despesa operacional da empresa, da


seguinte forma:

D – Despesa com água


C - Caixa

Fatos Mistos

Fato misto é o que envolve, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato


modificativo.

Sendo assim, provoca alterações no ativo e PL, no passivo e no PL ou no ativo,


passivo e PL.

Vamos lá, entenda assim: são Permutativos e Modificativos ao mesmo tempo, ou


seja, alteram o PL.

Da mesma forma que os modificativos, temos a seguinte “regra” para esses fatos:

 Quando para mais, aumentativos.

Imagine aqui comigo o recebimento de um título em atraso, na qual cobramos juros


do nosso cliente. A contabilização seria da seguinte forma:

D – Caixa
C – Duplicatas a Receber
C – Receita Financeira

 Quando para menos, diminutivos.

Imagine agora o pagamento de um título com a incidência de juros por atraso. A


contabilização seria mais ou menos assim:

D – Duplicatas a Pagar
D – Despesa Financeira
C – Caixa
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – ESTUDANDO AS CONTAS
PATRIMONIAIS

O Ativo

No Ativo, grupo de contas que é representado ao lado esquerdo do Balanço


Patrimonial, ou o que também chamamos de representação gráfica do patrimônio,
são agrupados os saldos das contas que representam o conjunto de Bens + Direitos.

O Ativo é subdividido em dois grandes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não


Circulante.
Essa divisão passou a valer no Brasil a partir da alteração da Lei nº 6.404/76 feita
pela Lei nº 11.941/2009.

Acompanhe o trecho da Lei nº 6.404/76 (art. 178, § 1º) que aborda esse assunto:

“No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I — ativo circulante; e (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)


II — ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009).”

Essa nova subdivisão do Ativo teve como objetivo compatibilizar a apresentação do


Balanço Patrimonial no Brasil com as normas internacionais e, desta forma, torná-
lo compreensível pela comunidade internacional de negócios.

Ativo Circulante (AC)

No Ativo Circulante, são classificados e apresentados os valores que a empresa já


possui em dinheiro e os que a empresa pode converter em dinheiro a curto prazo,
isto é, no próximo exercício.

Ativo Não Circulante (ANC)

Aqui são classificados e apresentados os outros bens e direitos que a empresa não
tem a intenção de converter em dinheiro a curto prazo, ou seja, só o fará a longo
prazo (Ativo Realizável a Longo Prazo - ARLP), ou que não pretende converter nem
a longo prazo.
O Ativo Não Circulante, dentre outras modificações importantes, foi criado pela MP
449/2008 (Lei nº 11.941/2009) e é subdividido em quatro subgrupos:
 Realizável a longo prazo (aplicações em direitos realizáveis nos exercícios
posteriores ao seguinte);

 Investimentos (bens para investimento ou para utilização futura);

 Imobilizado (máquinas, equipamentos, edifícios);

 Intangível (marcas, licenças e concessões).

Dica para entender o Ativo Não Circulante

Uma dica importante para que você consiga melhor entender o Ativo Não Circulante,
é fazer uma divisão em seus estudos em duas novas partes: realizável a longo prazo
e ativos permanentes (antigo grupo de ativo permanente).

A lei e literatura não utilizam mais essa subdivisão desde a Lei nº 11.941/2009:

 Ativo Realizável a Longo Prazo (aplicações resgatáveis a longo prazo);

 Ativos Fixos ou Permanentes (aplicações fixas em itens de


infraestrutura).

No Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP), são classificados investimentos em


aplicações financeiras a longo prazo (acima de um ano ou exercício social) ou outras
aplicações de longo prazo que não sejam fixas ou permanentes.

Os investimentos permanentes ou Ativos Permanentes (AP) são classificados e


apresentados no Balanço Patrimonial subdivididos em três grupos:

 Investimentos (bens para investimento ou para utilização futura);

 Imobilizado (máquinas, equipamentos, edifícios);

 Intangível (marcas, licenças e concessões).

São as aplicações fixas ou permanentes que as empresas fazem em itens como


imóveis, máquinas, veículos, licenças de exploração de marcas, concessões públicas,
investimentos para utilização futura pela empresa e demais aplicações em
infraestrutura para uso, e não para venda.
Principais contas do Ativo

 Ativo Circulante
 Caixa;
 Banco;
 Aplicações Financeiras;
 Duplicatas a Receber;
 Títulos a Receber;
 Adiantamento de Salários;
 Adiantamento a Fornecedores;
 Impostos a Recuperar;
 Estoques;
 Despesas pagas Antecipadamente;

 Ativo Não Circulante


 Ativo Realizável a Longo Prazo;
 Ativo Imobilizado;
 Ativo Intangível;
 Ativo Investimentos;

O Passivo e o Patrimônio Líquido

Do lado direito do Balanço Patrimonial, ou do que chamamos de representação


gráfica do patrimônio, estão representados o Passivo e o Patrimônio Líquido.

O Passivo é subdividido em Passivo Circulante (PC) e Passivo Não Circulante (PNC),


e essa subdivisão também está relacionada ao conceito de curto e longo prazo.

Basicamente, no Passivo Circulante temos as dívidas de curto prazo, e no Passivo


Não Circulante, dívidas de longo prazo.

Uma observação importante!

Na Lei nº 6.404/76, o Patrimônio Líquido está incluído no Passivo.

Isso não é apropriado e muito usual, porque o significado de passivo na língua


portuguesa é o conjunto das dívidas, encargos e obrigações de uma empresa, sendo
o mesmo conceito adotado nas práticas internacionais.
Observe abaixo o trecho do art. 179, § 2º, da Lei nº 6.404/76:
“No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I — passivo circulante; (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
II — passivo não circulante; e (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
III — patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).”

Principais Contas do Passivo

 Passivo Circulante
 Obrigações com Fornecedores;
 Empréstimos e Financiamentos;
 Obrigações Tributárias;
o ICMS a pagar
o IPI a pagar
o PIS a pagar
o COFINS a pagar
o IRPJ a pagar
o CSLL a pagar
 Obrigações Trabalhistas;
o Salários a pagar
o 13º salário a pagar
o Férias a pagar
 Obrigações Sociais;
o FGTS a pagar
o INSS a pagar
o INSS a recolher
 Adiantamento de Clientes;

Passivo Não Circulante


 Obrigações com Fornecedores;
 Empréstimos e Financiamentos;
 Obrigações Tributárias;
o ICMS a pagar
o IPI a pagar
o PIS a pagar
o COFINS a pagar
o IRPJ a pagar
o CSLL a pagar
 Obrigações Trabalhistas;
o Salários a pagar
o 13º salário a pagar
o Férias a pagar
 Obrigações Sociais;
o FGTS a pagar
o INSS a pagar
o INSS a recolher
 Adiantamento de Clientes;

Informação importante

Observe que podemos ter todas as contas do curto prazo ou do circulante no


longo prazo, dependendo exclusivamente da negociação e características da
entidade empresarial, ok?

Principais Contas do Patrimônio Líquido

 Capital Social;
 Reservas de Lucros;
 Lucros ou Prejuízos Acumulados;
 Lucros ou Prejuízos do Exercício;

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – ESTUDANDO AS CONTAS DE


RESULTADO

As contas de Resultado

As contas de resultado são as receitas e despesas.

A primeira informação importante é que essas contas não estão no balanço


patrimonial e servem para saber se a empresa apresentou lucro ou prejuízo.

Tais contas serão apresentadas na Demonstração do Resultado do Exercício –


DRE.

As mais conhecidas, por exemplo, são as receitas de vendas, custo das


mercadorias vendidas, ICMS sobre vendas e despesas operacionais.

Mas, o que é Resultado?

Quer seja no ambiente pessoal ou empresarial, estamos sempre procurando o


crescimento do patrimônio.

Nenhuma empresa existe para simplesmente preservar determinado


patrimônio constituído na fundação e no início dos negócios. Isso mesmo, toda e
qualquer entidade empresarial com fins lucrativos existe para que os sócios possam
usufruir dos benefícios econômicos por ela gerados, concorda?
Entendemos então, que as empresas existem para crescer, ampliar seus mercados e
suas formas de atuação.

Mas, e o capital dos sócios que foi integralizado?

É claro que o capital dos sócios faz o patrimônio crescer, assim como as dívidas.

Os donos de uma empresa não desejam que ela tenha seu patrimônio
aumentado com dívidas ou novas entradas de capital de sócios.

A busca principal se dá para que o negócio da empresa gere resultados


positivos em cada período analisado.

Esses resultados irão permitir que parte dos recursos gerados seja retirada
(distribuída) como dividendos e parte fique na empresa, o que chamamos, na
Contabilidade, de lucros retidos (também designados de reservas de lucros).

O que altera o patrimônio em uma família ou empresa?

O resultado de cada mês ou período!

Bom, sabendo disso, vamos analisar as contas de resultados, porque são elas
que irão compor a apuração do resultado no final do período, certo?

Principais Contas de Receita


 Receita com Vendas
 Mercadorias
 Produtos
 Serviços;
 Receitas Financeiras
 Juros Ativos
 Descontos Obtidos
 Variação Cambial Ativa
 Recuperação de Despesas;
 Recuperação de Impostos;
 Indenizações Recebidas;
 Vendas de Sucatas;
 Vendas de Lixo;
 Vendas de Ativo Imobilizado;

Principais Contas de Despesa


 Deduções da Receita Bruna
 Vendas Canceladas;
 Vendas Devolvidas;
 Descontos Incondicionais;
 Impostos Sobre as Vendas;
 Custo das Mercadorias/Produtos ou Serviços Vendidos;
 Despesas com Vendas;
 Despesas com Pessoal;
 Despesas Gerais;
 Despesas Financeiras;
 Juros Passivos
 Descontos Concedidos – esse é o desconto condicional
 Variação Cambial Passiva

ESTUDANDO AS RECEITAS E AS DESPESAS

Receitas – conceitos

Podemos entender que as receitas são aumentos nos benefícios econômicos


durante o período contábil, sob a forma de entrada de recursos, aumento de
passivos ou diminuição de ativos.

Despesas – conceitos

Da mesma forma, podemos assumir que as despesas são decréscimos nos


benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos,
aumento de passivos ou diminuição de ativos.

Estudando as Superveniências e as Insubsistências

Dentro de receitas e despesas temos o que chamamos de insubsistências e


superveniências, que são contas de Resultado que tanto podem ser credoras como
devedoras.

 Se forem ativas, são receitas.

 Se forem passivas, são despesas.

Insubsistência, em nossa língua, significa algo que desapareceu; já


superveniência representa algo que surgiu depois ou apareceu. Os termos “ativo” e
“passivo”, nesse caso, devem ser associados a receita e despesa, respectivamente.

Insubsistência ativa e superveniência ativa são receitas, enquanto


insubsistência passiva e superveniência passiva são despesas.

Insubsistência ativa (algo que sumiu e é receita): uma receita gerada a partir
de algo que desapareceu pode ser exemplificada como o desaparecimento de uma
dívida, por exemplo, um imposto prescrito, por isso também é designada
insubsistência do Passivo, isto é, algo que sumiu no Passivo.
Insubsistência passiva (algo que sumiu e é despesa): uma despesa gerada a
partir de algo que desapareceu pode ser exemplificada como uma mercadoria
roubada ou incendiada, por isso essa conta também é designada insubsistência do
Ativo, isto é, algo que sumiu no Ativo.

Superveniência ativa (algo que apareceu e é receita): uma receita gerada a


partir de algo que apareceu pode ser exemplificada como uma receita financeira
(multa que um cliente pagou em título atrasado), por isso também é designada
superveniência do Ativo, isto é, algo que apareceu no Ativo.

Superveniência passiva (algo que apareceu e é despesa): uma despesa gerada


a partir de algo que apareceu pode ser exemplificada como uma multa por
pagamento atrasado, por isso essa conta também é designada superveniência do
Passivo, isto é, algo que apareceu no Passivo.

Resumindo
Analise com calma as seguintes definições, vai te ajudar!

Superveniência ativa

Surgimento de um ativo, sem o desaparecimento de outro ativo e sem que


apareça um passivo.

 Insubsistência ativa
Desaparecimento de um passivo, sem que apareça outro passivo e sem que
desapareça um ativo.

 Superveniência passiva
Surgimento de um passivo sem o desaparecimento de outro passivo e sem
que apareça um ativo.

 Insubsistência passiva
Desaparecimento de um ativo, sem o aparecimento de outro ativo e sem o
desaparecimento de um passivo.

Quer mais? Veja a tabela abaixo:

Insubsistência Ativa Aumento do PL (Receita) Insubsistência do Passivo


Insubsistência Passiva Diminuição do PL (Despesa) Insubsistência do Ativo
Superveniência Ativa Aumento do PL (Receita) Superveniência do Ativo
Superveniência Passiva Diminuição do PL (Despesa) Superveniência do Passivo
APURAÇÃO DO RESULTADO

Introdução ao Resultado

As contas de resultado são as receitas e despesas, certo?

Estudamos que elas não estão no balanço patrimonial (onde temos apenas as
contas patrimoniais) e servem para saber se a empresa apresentou lucro ou
prejuízo.

Sendo assim, elas são evidenciadas na demonstração do resultado do exercício,


por exemplo, receita de vendas, custo das mercadorias vendidas, ICMS sobre vendas,
despesas operacionais.

Podemos assumir então que existem variações no patrimônio da entidade


empresarial, ou seja, o resultado afeta diretamente o PL.

Vamos pensar da seguinte forma: eu e você vamos abrir uma empresa, e cada
um de nós prometemos (subscrevemos) e entregamos (integralizamos) o valor de
R$ 200.000,00, ou seja, R$ 100.000,00 cada um de nós.

Isso mesmo, temos uma empresa e a partir de agora, tudo que ela "ganhar ou
perder" através das suas atividades será oferecido a nós, como frutos da empresa.

Dessa forma, podemos assumir que nossa empresa tem um capital social
(dinheiro que nós investimos na empresa) de R$ 200.000,00.

Como isso irá ser representado na contabilidade?

Acredito que você tenha respondido corretamente, na qual o lado do passivo e


do patrimônio líquido é onde os valores que são aplicados no ativo têm origem.

Por isso de maneira rotineira utilizamos os termos origem para o passivo e


patrimônio líquido, da mesma forma que chamamos de ativo as aplicações de
recursos.

Vamos voltar a nossa empresa...

Imagine que ela tenha gerado receitas que lhe deram um lucro de R$ 50.000,00
recebidos totalmente em dinheiro.

Podemos pegar toda essa grana?

Não, pois a partir da constituição da sociedade, há uma clara distinção do


patrimônio da sociedade do patrimônio dos sócios – lembra do princípio da
entidade? Vigente ou não, vamos respeitá-lo.
Então, vamos lá:

O dinheiro, os R$ 50.000,00 de lucro, foi recebido em dinheiro, estando então,


registrado na conta caixa ou bancos, certo?

Caixa ou banco não são contas do ativo?

E não vimos que no ativo estão as aplicações dos recursos?

Isso mesmo, esses R$ 50.000,00 são valores que os sócios conseguiram


agregar, adicionar, ao montante inicial investido.

Logo, é correto afirmar que representam origem de capital próprio.

Assim sendo, os valores de lucros ou prejuízos que a entidade empresarial


obtém no decorrer de suas operações devem figurar no patrimônio líquido.
No cenário empresarial, a Contabilidade, por meio de seus dois principais
relatórios contábeis, o Balanço Patrimonial (BP) e o Demonstrativo de Resultado
(DRE), resume o controle do Patrimônio e a apuração do resultado.

Por isso, é correto afirmar que a evolução do Patrimônio será consequência do


resultado de cada período que analisarmos.

Será necessária a apuração do resultado mensalmente para sabermos se


naquele período o Patrimônio cresceu, diminuiu ou não se alterou.

É fato que todos nós trabalhamos para construir um Patrimônio, objetivando


sempre seu crescimento.

Para obter resultados positivos, precisamos ganhar novos recursos, oriundos


de nosso trabalho.

E não basta apenas ganhar recursos para que o Patrimônio cresça


efetivamente: precisamos obter resultados positivos, isto é, ter despesas menores
do que as receitas obtidas.

A apuração do Resultado (Rédito)

Imagine os seguintes saldos contábeis – somente contas de resultado – para


que possamos trabalhar com a apuração do resultado.
A conta ARE

Essa conta chamada ARE encontra-se no grupo de contas de resultado, e serve


para o zeramento das contas de receitas e despesas...

Analise os saldos contábeis apresentados por determinada empresa, antes da


apuração do resultado (valores expressos em reais):

Receita com vendas............................................140.000,00


Juros ativos.............................................................500,00
Impostos sobre vendas......................................38.150,00
ICMS S/ vendas.........................25.200,00
PIS S/ vendas.............................2.310,00
COFINS S/ vendas....................10.640,00
CMV............................................................................65.475,00
Materiais de limpeza...........................................5.000,00
Materiais de escritório.......................................6.000,00
Salários e Ordenados..........................................10.000,00
FGTS...........................................................................800,00
INSS............................................................................1.500,00
Despesas Gerais....................................................1.000,00

 A contabilização, pelo encerramento das receitas:

D – Receita com vendas


C – ARE
R$ 140.000,00

D – Juros Ativos
C – ARE
R$ 500,00

 A contabilização, pelo encerramento das despesas:

D – ARE.....................................................................127.925,00
C – Impostos sobre vendas...............................38.150,00
C - CMV.......................................................................65.475,00
C - Materiais de limpeza.... ................................5.000,00
C - Materiais de escritório..................................6.000,00
C - Salários e Ordenados.....................................10.000,00
C - FGTS......................................................................800,00
C - INSS.......................................................................1.500,00
C - Despesas Gerais...............................................1.000,00
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

Operações com Mercadorias – Resultado Bruto com


Mercadorias

Sabemos que em empresas com fins lucrativas (comerciais e industriais) a


principal fonte geradora de receitas são as operações com mercadorias.

Isso mesmo, as operações de compra e venda de mercadorias levam as


entidades empresariais a ter condições de gerarem resultados positivos e aumentar
o seu patrimônio.

Apenas reforçando:

 As empresas comerciais vendem mercadorias;


 As empresas industriais vendem produtos.

Até então, estávamos acostumados a trabalhar com as mercadorias da


seguinte forma:

D – Estoque de Mercadorias
C – Forma de pagamento*

IMPORTANTE!!

lembrando que a forma de pagamento depende exclusivamente do fato contábil, ou


seja, à vista ou a prazo.

Operações com mercadorias é a forma principal de operação das


empresas comerciais e industriais...
Todos os investimentos em infraestrutura, pessoal, treinamento, tecnologia
etc. são realizados para que a empresa consiga conquistar sua principal finalidade:
vender suas mercadorias, produtos ou serviços.
As questões mais relevantes para o entendimento do reflexo das operações
com mercadorias no patrimônio e resultado da empresa são:

 O reconhecimento da receita em uma venda (o que pode ser


considerado receita);
 Deduções (reduções) da receita da venda de mercadorias ou serviços:
 Cancelamentos de venda de mercadoria ou prestação de serviços;
 Descontos comerciais e abatimentos pós-venda;
 Impostos e contribuições sobre as vendas.
 A determinação do LUCRO BRUTO (RCM):
 Diferença na operação com mercadorias entre custo e despesa;
 Custo da Mercadoria Vendida (CMV).

O Resultado Bruto com Mercadorias, Ou Resultado com Mercadorias equivale


ao Lucro Bruto na Demonstração do Resultado.

Reconhecimento da Receita

Nem toda entrada ou promessa de entrada de recursos em uma empresa é


receita. Quando uma empresa contrata um empréstimo ou quando um sócio
integraliza capital, entram recursos, mas estes não constituem uma receita.

Temos que as principais transações geradoras da Receita são:

 Venda de mercadorias e produtos


 Venda de serviços

Deduções da Receita Bruta

A receita formal de uma empresa, chamada de receita bruta, é obtida


totalizando os valores que constam nas notas fiscais de venda. A partir dela, existem
valores que devem ser deduzidos:

1 — Devolução de vendas
2 — Cancelamentos de serviços
3 — Descontos
4 — Abatimentos
5 — Impostos e contribuições
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS - IMPOSTOS

A incidência dos impostos nas Operações com Mercadorias

Outro aspecto muito importante nas operações de compra e venda de


mercadorias, produtos e serviços são os impostos e contribuições que fazem parte
da operação de compra de matérias-primas e mercadorias e que podem ser
considerados direitos ou custos.

De maneira geral, uma empresa comercial, quando adquire um item para


revender, gasta em impostos e contribuições, que estão embutidos no preço e são
direitos recuperáveis. Na venda, os impostos cobrados ao cliente não fazem parte da
receita efetiva da empresa, pois ela tem que repassá-los aos fiscos municipal,
estadual ou federal.

Este mecanismo de crédito de imposto também existe para a pessoa física em


São Paulo (Nota Fiscal Paulista). Ao adquirir uma mercadoria em um
estabelecimento em São Paulo, parte do imposto inerente à operação é creditada em
favor da pessoa física. Estes créditos pessoais podem ser utilizados para pagar uma
parte ou todo o IPVA ou até ser devolvidos em dinheiro.

Esse mecanismo é exatamente o que existe no âmbito empresarial para os


impostos e as contribuições.

Em uma mercadoria comprada para revenda, há ICMS embutido no preço. Este


é retirado do valor da mercadoria e contabilizado como direito a ser recuperado
quando acontecer a venda.

O valor que será lançado como mercadoria adquirida é o valor de compra


deduzido o seu ICMS, uma vez que esse imposto é recuperável.

Na venda, o imposto também embutido no preço é cobrado do cliente para ser


repassado aos fiscos municipal, estadual ou federal.

Conclusão
O valor a ser considerado como custo da mercadoria estocada é o valor gasto,
deduzidos os impostos recuperáveis na compra. O valor da receita líquida da
empresa é o valor da venda (receita bruta), deduzido o imposto embutido no preço
cobrado ao cliente (imposto sobre venda).
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES – PARTE I

Aspectos iniciais

A avaliação dos estoques é fundamental para a determinação do custo das


mercadorias vendidas e, portanto, do resultado de uma empresa comercial ou
industrial.

Em uma empresa industrial, a determinação do custo de um produto fabricado


depende do valor da matéria-prima, do valor da mão de obra direta de fabricação
(aplicada para transformar as matérias-primas em um produto) e também da
determinação dos chamados gastos gerais fabris, como energia elétrica, aluguéis,
segurança, limpeza, pessoal indireto etc.

Estoques

Estoques são ativos quando:

(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;


(b) em processo de produção para venda; ou
(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no
processo de produção ou na prestação de serviços.

Estoques nos diferentes tipos de empresas:

a) Indústria.
Possuem estoques de matéria-prima, materiais secundários, produtos em
processo ou em elaboração, ou ainda, produtos acabados.

b) Comércio.
Possuem estoques de mercadorias para revenda.

Avaliação de Estoques

Inventário Periódico
Neste método, a empresa não controla continuamente seus estoques, e sim faz
este controle por bimestres, trimestres, semestres ou anualmente. É necessária uma
contagem física do estoque, o chamado balanço.

O objetivo desse balanço é verificar quanto existe de estoque comparado com


o que a empresa tinha no início do período e considerar as compras do período para
apurar o valor da mercadoria vendida.
O Parecer Normativo CST número 6, em seu item 2.4, possibilita que, caso a
empresa não possua registros permanentes de seus estoques, adote métodos de
controle periódicos, conforme abaixo:

“nesse caso o inventário, no final do exercício, é definido: em quantidades, por


contagem física; em preço, segundo aqueles praticados nas compras mais recentes
e constantes de notas fiscais (no caso trivial em que o estoque é menor que a última
compra, o preço unitário desta é o relevante para avaliação); em valor, pela
multiplicação de preço por quantidade.”

Inventário Permanente

Os métodos permanentes propiciam informação constante dos custos das


mercadorias vendidas e do valor dos estoques. Desta forma, haverá um controle
mais rigoroso dos estoques.

Existem quatro métodos mais conhecidos de controle de estoque: PEPS, UEPS,


MPM e MPF.

Apenas o UEPS não é autorizado pela legislação do Imposto de Renda, ou seja,


a Receita Federal do Brasil – RFB.

O CPC 16, em seu item 25, determina que nos estoques que não são avaliados
pelo método do preço específico (assunto abordado no item 11.6.1) devem ser
usados os métodos PEPS ou média ponderada (móvel ou fixa).

“Devem ser atribuídos pelo uso do critério Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair
(PEPS) ou pelo critério do custo médio ponderado. A entidade deve usar o mesmo
critério de custeio para todos os estoques que tenham natureza e uso semelhantes
para a entidade.”

Os métodos do inventário Permanente

Vimos que os métodos permanentes propiciam informação constante dos


custos das mercadorias vendidas e do valor dos estoques. Desta forma, haverá um
controle mais rigoroso dos estoques. Conforme mencionado acima, existem quatro
métodos mais conhecidos de controle de estoque: PEPS, UEPS, MPM e MPF, sabendo
ainda que, apenas o UEPS não é autorizado pela legislação do Imposto de Renda.

Vamos analisar, nesse momento, a MPM, um dos mais usuais e


mais fáceis!

Considere os seguintes acontecimentos para o controle dos estoques de


determinada empresa:
DADOS

01/06/2017 – Estoque inicial – 100 unidades x R$ 20,00 = R$ 2.000,00


03/06/2017 – Compras – 210 unidades x R$ 30,00 = R$ 6.300,00
05/06/2017 – Devolução de compras de 03/06 – 50 unidades
07/06/2017 – Abatimento sobre as compras no valor de R$ 800,00
10/06/2017 – Vendas – 200 unidades x R$ 50,00 = R$ 10.000,00
15/06/2017 – Devolução de vendas de 10/06 – 40 unidades
20/06/2017 – Abatimento sobre as vendas de 10/06/2017 no valor de R$ 1.000,00
25/06/2017 – Compras – 100 unidades x R$ 40,00 = R$ 4.000,00
30/06/2017 – Vendas – 120 unidades x R$ 50,00 = R$ 6.000,00

Utilize a ficha abaixo para treinar o seu preenchimento


ENTRADAS SAÍDAS SALDO
DATA QTDE UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL

CMV = ESTOQUE =

Compare aqui o seu preenchimento

ENTRADAS SAÍDAS SALDO


DATA QTDE UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL
01/06 100 20 2.000
03/06 210 30 6.300 310 26,77 8.300
05/06 (50) 30 (1.500) 260 26,15 6.800
07/06 (800) 260 23,07 6.000
10/06 200 23,07 4.614 60 23,07 1.384
15/06 (40) 23,07 (923) 100 23,07 2.307
20/06
25/06 100 40 4.000 200 31,54 6.307
30/06 120 31,54 3,785 80 31,54 2.522
CMV = 7.476 ESTOQUE = 2.522
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES – PARTE II

Avaliação pelo PEPS

Vamos analisar, nesse momento, o método PEPS – Primeiro que


Entra Primeiro que Sai.
Considere os seguintes acontecimentos para o controle dos estoques de
determinada empresa:

DADOS

01/06/2017 – Estoque inicial – 100 unidades x R$ 20,00 = R$ 2.000,00

03/06/2017 – Compras – 210 unidades x R$ 30,00 = R$ 6.300,00

05/06/2017 – Devolução de compras de 03/06 – 50 unidades

07/06/2017 – Abatimento sobre as compras no valor de R$ 800,00

10/06/2017 – Vendas – 200 unidades x R$ 50,00 = R$ 10.000,00

15/06/2017 – Devolução de vendas de 10/06 – 40 unidades

20/06/2017 – Abatimento sobre as vendas de 10/06/2017 no valor de R$


1.000,00

25/06/2017 – Compras – 100 unidades x R$ 40,00 = R$ 4.000,00

30/06/2017 – Vendas – 120 unidades x R$ 50,00 = R$ 6.000,00


Utilize a ficha abaixo para treinar o seu preenchimento

ENTRADAS SAÍDAS SALDO


DATA
UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL
QTDE

CMV = ESTOQUE =
Compare aqui o seu preenchimento:

ENTRADAS SAÍDAS SALDO


DATA
UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL
QTDE
100 20 2.000
01/06
100 x 20

210 x 30
100 x 20

160 x 30
100 x 20

160 x 25
100 x
20
100 x
25
(40) 40 x (1.000) 100 25 2.500
15/06
25
20/06
100 x 25

100 x 40
100 x
25
20 x
40
CMV = 6.800 ESTOQUE = 3.200
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES – PARTE III

Avaliação pelo UEPS

Vamos analisar, nesse momento, o método UEPS – Último que


Entra Primeiro que Sai.

Vale lembrar que esse método não é permitido pela RFB, ou seja, pela
legislação do imposto de renda, ok?

Vamos lá! Considere os seguintes acontecimentos para o controle dos estoques


de determinada empresa:

DADOS

01/06/2017 – Estoque inicial – 100 unidades x R$ 20,00 = R$ 2.000,00


03/06/2017 – Compras – 210 unidades x R$ 30,00 = R$ 6.300,00
05/06/2017 – Devolução de compras de 03/06 – 50 unidades
07/06/2017 – Abatimento sobre as compras no valor de R$ 800,00
10/06/2017 – Vendas – 200 unidades x R$ 50,00 = R$ 10.000,00
15/06/2017 – Devolução de vendas de 10/06 – 40 unidades
20/06/2017 – Abatimento sobre as vendas de 10/06/2017 no valor de R$
1.000,00
25/06/2017 – Compras – 100 unidades x R$ 40,00 = R$ 4.000,00
30/06/2017 – Vendas – 120 unidades x R$ 50,00 = R$ 6.000,00
Utilize a ficha abaixo para treinar o seu preenchimento
ENTRADAS SAÍDAS SALDO
DATA QTDE UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL

CMV = ESTOQUE =

Compare aqui o seu preenchimento

ENTRADAS SAÍDAS SALDO


DATA QTDE UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL QTDE UNIT TOTAL
01/06 100 20 2.000
100 x 20
210 x 30
100 x 20
160 x 30
100 x 20
160 x 25
160 x
25
40 x
20
15/06 (40) 40 x (800) 100 20 2.000
20
20/06
100 x 20
100 x 40
100 x
40
20 x
20
CMV = 8.400 ESTOQUE = 1.600
LIVROS EMPRESARIAIS

Conceitos iniciais de Livros Empresariais

Vamos lembrar, antes de discutir propriamente os Livros


Empresariais, das Técnicas Contábeis:
 Escrituração;
 Demonstração;
 Auditoria;
 Análises.

Isto posto, podemos continuar nossos estudos sabendo então que, iremos
“colocar o pé” na segunda técnica, a da Demonstração.

É sabido que, se vamos registrar algo e qualquer informação, é porque temos


a necessidade de evidenciá-la depois, através do que chamamos de Demonstrações
Contábeis-Financeiras.

Mas, antes de discutir as Demonstrações em si, vamos conversar sobre os


elementos que as antecedem, conforme veremos a seguir.

Os Livros Empresariais
Podemos dividir os Livros Empresariais em alguns grandes grupos, conforme
a seguir:

 Livros Societários;
 Livros Fiscais;
 Livros Trabalhistas;
 Livros Contábeis.

Vamos focar nossas energias aqui nos Livros Contábeis, mas antes disso,
vamos dar uma olhada em cada um deles?

 Livros Societários
Como o próprio nome nos remete a pensar, são os livros ligados as rotinas
empresariais mais comuns (no âmbito societário, com sócios e/ou acionistas) e
exigidos pela Lei das Sociedades por ações e que estão descritos no art. 100 da
Lei nº 6.404/76:

 Livro de Registro de Ações Nominativas;


 Livro de Transferência de Ações Nominativas;
 Livro de Registro de Partes Beneficiárias Nominativas;
 Livro de Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas;
 Livro de Atas das Assembleias Gerais;
 Livro de Presença de Acionistas;
 Livro de Atas das Reuniões do Conselho de Administração, se houver;
 Livro de Atas das Reuniões da Diretoria;
 Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.

 Livros Fiscais
Podemos identificar aqui os livros ligados a apuração e controle dos
impostos e, por exemplo, de controle das notas fiscais, quer sejam de entradas
ou de saídas.

Sabemos ainda que esses livros podem ser da esfera municipal, estadual ou
federal, conforme veremos a seguir.

 Livros Municipais
Os principais livros exigidos pelos municípios são:

 Registro de Notas Fiscais de Prestação de Serviços;


 Registro de Contrato de Prestação de Serviços;
 Recebimento de Impressos Fiscais e Termos de Ocorrências.

 Livros Estaduais
Os principais livros exigidos pelas esferas estaduais são:

 Registro de Apuração do ICMS;


 Registro de Inventários;
 Registro de Entrada de Mercadorias;
 Registro de Saída de Mercadorias;
 Registro de Controle da Produção de Estoque;
 Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrência.

 Livros Federais
A empresa deve escriturar, além dos livros exigidos pela esfera estadual,
o livro de apuração do IPI, que é uma exigência do Regulamento do Imposto
sobre Produtos Industrializados (RIPI), e os livros adicionalmente exigidos pelo
Regulamento do Imposto de Renda (RIR), para quem declara pelo lucro real:

 LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real) / RIR;


 Registro de Inventário/RIR;
 Registro de Compras/RIR.
 Livros Trabalhistas
São os livros exigidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT):

 Livro de Registro de Empregados; e


 Livro de Inspeção do Trabalho.

 Livros Contábeis
Os livros que mais nos interessam aqui são aqueles que servem de base
para o registro dos fatos contábeis, os quais estão normalizados pelo Conselho
Federal de Contabilidade em diversas normas e são exigidos tanto pela legislação
comercial como fiscal.

Os livros que são utilizados na escrituração dos fatos contábeis são:

 Diário;
 Razão;
 Caixa;
 Contas correntes;
 Livro de Registro de Duplicatas.

O Código Civil de 2002, em seus artigos 1.179 e 1.180, obriga a utilização de


livros contábeis, explicitamente o Diário, além dos demais exigidos por outras leis
específicas.

Classificação dos Livros Contábeis

Os livros empresariais podem ser classificados de acordo com sua utilidade,


natureza e finalidade. Vamos ver mais sobre isso?

UTILIDADE NATUREZA FINALIDADE


Principal Cronológico Obrigatório
Auxiliar Sistemático Facultativo

 Principal: registra todos os eventos da entidade (Diário e Razão);

 Auxiliar: registra eventos específicos ou grupos de eventos (outros


Livros);

 Cronológico: registra os fatos em ordem cronológica diariamente


(Diário);

 Sistemático: registra os fatos de mesma natureza (por exemplo, Razão);

 Obrigatório: é o exigido por alguma legislação;

 Facultativo: é o livro que as entidades utilizam sem que haja exigência


legal.
Analise o esquema abaixo, sobre os Principais Livros de
Escrituração
LIVROS UTILIDADE NATUREZA FINALIDADE
Diário Principal Cronológico Obrigatório
Razão Principal Sistemático Obrigatório
Registro de Auxiliar Sistemático Obrigatório
Duplicata
LALUR Auxiliar Sistemático Obrigatório
Caixa Auxiliar Sistemático Facultativo
Contas Correntes Auxiliar Sistemático Facultativo

LIVRO DIÁRIO

Conceitos iniciais do Livro Diário

O Diário é um livro principal, porque registra todos os fatos ocorridos em um


exercício.

O Livro Diário é de natureza cronológica e exigido desde o Código Comercial


(Lei nº 556, de 1850) e regulamento do IR de 1999 (art. 258), assim como no item
14 da ITG 2000.

No Diário, devem ser feitos individualmente os lançamentos de todos os


acontecimentos pertinentes à Contabilidade, em ordem cronológica.

A lei admite que sejam feitos, de forma resumida, lançamentos que não
ultrapassem 30 dias, em função de serem numerosos, desde que existam livros
auxiliares de registro de todos os fatos.

De acordo com o Código Civil, temos que:

Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um


sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de
seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar
anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o diário,
que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou
eletrônica.

Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado


para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
O registro de uma operação no livro Diário pode ser conhecido como
"PARTIDA DE DIÁRIO", ou simplesmente "LANÇAMENTO" (isso mesmo, o
lançamento contábil que estamos quase acostumados a ver).

O Diário
De acordo com o Código Civil, no Livro Diário serão lançadas, com
individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por
escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.

Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o


período de trinta dias, relativamente a contas, cujas operações sejam numerosas ou
realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares
regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os
documentos que permitam a sua perfeita verificação.

Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico,


devendo ambos ser assinados pelo profissional contábil legalmente habilitado e pelo
empresário ou sociedade empresária.

Imagine os seguintes fatos contábeis...

1) Subscrição de Capital Social no valor de R$ 100.000,00 pelo sócio A e B,


sendo 50% para cada um.
2) Integralização de Capital Social no valor da subscrição, à vista em
dinheiro.
3) Compra de mercadorias a prazo para revenda, no valor de R$ 80.000,00.
4) Venda de mercadorias a prazo no valor de R$ 50.000,00.
5) Recebimento de duplicatas no valor de R$ 25.000,00, à vista em dinheiro.
6) Pagamento de fornecedor, no valor de R$ 10.000,00, à vista em dinheiro.

Elementos do Livro Diário


De acordo com a exigência legal, o Livro Diário deve apresentar, no mínimo, os
seguintes elementos:

a) Local e data;
b) Conta a débito;
c) Conta a crédito;
d) Valor;
e) Histórico.
Formalidades Extrínsecas do Livro Diário
As Formalidades Extrínsecas têm por finalidade dificultar adulteração, ok?

São elas:

 - Deve ser encadernado;


 - As folhas devem ser numeradas;
 - Deve ser autenticado pela Junta Comercial, Registro Civil de Pessoas
Jurídicas ou OAB; e
 - Deve haver termo de abertura e termo de encerramento.

Formalidades Intrínsecas do Livro Diário


As Formalidades Intrínsecas têm por finalidade resguardar a fidedignidade
dos fatos ocorridos em relação aos fatos registrados.

São elas:

 - Seguir uma ordem cronológica;


 - Sem rasuras, borrões, sinais, linhas em branco, entrelinhas, folhas em
branco, etc.; e
 - A escrituração deve ser feita em língua e moeda nacionais.

LIVRO RAZÃO

Conceitos iniciais do Livro Razão


Este livro é considerado principal porque registra todos os fatos contábeis.

É sistemático, porque os fatos são registrados por espécie ou qualidade, e


facultativo pela legislação comercial (Lei nº 556, de 1850).

Sua importância na Contabilidade o tornou obrigatório a partir da década de


1980 pela legislação fiscal e pelo CFC.

Livro Razão perante o RIR


De acordo com o que consta na legislação do imposto de renda, a pessoa
jurídica tributada com base no lucro real deverá manter, em boa ordem e segundo
as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário, mantidas as
demais exigências e condições previstas na legislação.

Fique tranquilo que iremos conversar sobre os regimes tributários em um


momento mais oportuno, ok?
Livro Razão perante o CFC
No livro Razão, para cada conta registrada no livro Diário, devemos abrir uma
folha que controlará somente essa conta no livro Razão.

Este é um livro importante, porque nele temos todos os movimentos de cada


uma das contas abertas durante um exercício, e é do Livro Razão que extraímos os
saldos ao final do exercício. Com esses saldos será elaborado o balancete de
verificação que dará origem ao balanço patrimonial e ao demonstrativo de
resultado.

Analise a contabilização dos seguintes fatos contábeis...

1) Subscrição de Capital Social no valor de R$ 100.000,00 pelo sócio A e B, sendo


50% para cada um, no dia 01/06/2017.

D – Capital Social a Integralizar


C – Capital Social Subscrito
R$ 100.000,00

2) Integralização de Capital Social no valor da subscrição, à vista em dinheiro,


no dia 03/06/2017.

D – Caixa
C – Capital Social a Integralizar
R$ 100.000,00

3) Compra de mercadorias a prazo para revenda, no valor de R$ 80.000,00, no


dia 05/06/2017.

D – Estoque de mercadorias
C – Fornecedor
R$ 80.000,00

4) Venda de mercadorias a prazo no valor de R$ 50.000,00, no dia 10/06/2017.

D – Duplicatas a Receber
C – Receita com Vendas
R$ 50.000,00

5) Recebimento de duplicatas no valor de R$ 25.000,00, à vista em dinheiro, no


dia 12/06/2017.

D – Caixa
C – Duplicatas a Receber
R$ 25.000,00
6) Pagamento de fornecedor, no valor de R$ 10.000,00, à vista em dinheiro, no
dia 20/06/2017.

D – Fornecedor
C – Caixa
R$ 10.000,00

A representação no Livro Razão


De acordo com os lançamentos, iremos transcrever os saldos do Diário para o
Livro Razão, da seguinte forma:

Conta: Capital Social a Integralizar Página 1


HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
Subscrição de R$
01/06/2017
Capital Social 100.000
03/06/2017 Integralização R$ 100.000
de Capital
Social

Conta: Capital Social Subscrito Página 2


HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
01/06/2017 Subscrição de R$ 100.000
Capital Social
Conta: Caixa Página 3
HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
Integralização R$
03/06/2017
de Capital 100.000
Social
Recebimento R$ 25.000
12/06/2017
de Duplicatas
20/06/2017 Pagamento R$ 10.000
Fornecedor

Conta: Estoque de mercadorias Página 4


HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
Compra de R$
05/06/2017
mercadorias 80.000

Conta: Vendas Página 5


HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
10/06/2017 Venda de R$ 50.000
mercadorias

Conta: Fornecedor Página 6


HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
05/06/2017 Compra de R$ 80.000
mercadorias
Pagamento R$
20/06/2017
Fornecedor 10.000
Conta: Duplicatas a Receber Página 7
HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
Venda de R$
10/06/2017
mercadorias 50.000
12/06/2017 Recebimento R$ 25.000
de Duplicatas

Razonetes
O razonete nada mais é que uma simplificação de uma folha do Razão. Para fins
de operações de trabalho diário ou provas em concursos públicos, a utilização do
razonete é de grande utilidade.

O razonete é um T, no qual, no seu lado esquerdo, lançamos os valores a serem


debitados na conta, e, no seu lado direito, os valores a serem creditados.

CS a Integralizar CS Subscrito Caixa

100.000,00 100.000,00 - 100.000,00 100.000,00 10.000,00

- - 100.000,00 25.000,00

115.000,00

Estoques Fornecedor Vendas

80.000,00 10.000,00 80.000,00 50.000,00

80.000,00 70.000,00 50.000,00

Duplicatas a Receber

50.000,00 25.000,00

25.000,00
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

Conceitos iniciais do Balancete de Verificação


O Balancete de Verificação é um ROL dos saldos encontrados no livro Razão ao
final de cada exercício.

É uma relação de todas as contas abertas em um exercício, portanto


apresentará misturadas as contas patrimoniais e as de resultado.

O balancete mais simples pode ter apenas a relação de contas e os saldos


devedores ou credores ao final do exercício.

Outro tipo apresenta os movimentos devedores e credores de cada conta no


exercício e os saldos em outras colunas.

Analise os saldos dos razonetes, depois da contabilização dos


fatos contábeis a seguir:

7) Subscrição de Capital Social no valor de R$ 100.000,00 pelo sócio A e B,


sendo 50% para cada um, no dia 01/06/2017.

D – Capital Social a Integralizar


C – Capital Social Subscrito
R$ 100.000,00

8) Integralização de Capital Social no valor da subscrição, à vista em


dinheiro, no dia 03/06/2017.

D – Caixa
C – Capital Social a Integralizar
R$ 100.000,00

9) Compra de mercadorias a prazo para revenda, no valor de R$ 80.000,00,


no dia 05/06/2017.

D – Estoque de mercadorias
C – Fornecedor
R$ 80.000,00

10) Venda de mercadorias a prazo no valor de R$ 50.000,00, no dia


10/06/2017.

D – Duplicatas a Receber
C – Receita com Vendas
R$ 50.000,00
11) Recebimento de duplicatas no valor de R$ 25.000,00, à vista em
dinheiro, no dia 12/06/2017.

D – Caixa
C – Duplicatas a Receber
R$ 25.000,00

12) Pagamento de fornecedor, no valor de R$ 10.000,00, à vista em


dinheiro, no dia 20/06/2017.

D – Fornecedor
C – Caixa
R$ 10.000,00

A representação no Livro Razão


De acordo com os lançamentos, iremos transcrever os saldos do Diário par o
Livro Razão, da seguinte forma:

Conta: Capital Social a Integralizar Página 1


HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
Subscrição de R$
01/06/2017
Capital Social 100.000
03/06/2017 Integralização de R$ 100.000
Capital Social

Conta: Capital Social Subscrito Página 2


HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
01/06/2017 Subscrição de R$ 100.000
Capital Social
Conta: Caixa Página 3
HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
Integralização R$ 100.000
03/06/2017
de Capital
Social
Recebimento R$ 25.000
12/06/2017
de Duplicatas
20/06/2017 Pagamento R$ 10.000
Fornecedor

Conta: Estoque de mercadorias Página 4

DATA HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO


Compra de R$ 80.000
05/06/2017
mercadorias

Conta: Vendas Página 5


HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
10/06/2017 Venda de R$ 50.000
mercadorias

Conta: Fornecedor Página 6


HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
05/06/2017 Compra de R$ 80.000
mercadorias
Pagamento R$ 10.000
20/06/2017
Fornecedor
Página 7
Conta: Duplicatas a Receber
HISTÓRICO DÉBITO DATA HISTÓRICO CRÉDITO
DATA
Venda de R$ 50.000
10/06/2017
mercadorias
12/06/2017 Recebimento R$ 25.000
de Duplicatas

Os razonetes

CS a Integralizar CS Subscrito Caixa

100.000,00 100.000,00 - 100.000,00 100.000,00 10.000,00

- - 100.000,00 25.000,00

115.000,00

Estoques Fornecedor Vendas

80.000,00 10.000,00 80.000,00 50.000,00

80.000,00 70.000,00 50.000,00

Duplicatas a Receber

50.000,00 25.000,00

25.000,00
Os balancetes
Vamos retomar algumas características principais dos balancetes?

 Apresenta os saldos das contas;


 Verificação imediata da aplicação do método das partidas dobradas;
 Não é um demonstrativo e sim um relatório;
 Não é obrigatório, embora a grande maioria das empresas e
profissionais contábeis o fazem
 Existe o 1º balancete ou balancete inicial, e;
 O 2º balancete ou balancete final;

ERROS DE ESCRITURAÇÃO

Conceitos Iniciais de Erros de Escrituração

Os erros mais comuns na escrituração contábil do Livro Diário são:

 Lançamento a maior do valor correto;


 Lançamento a menor do valor correto;
 Inversão de contas;
 Troca de conta;
 Duplo lançamento;
 Esquecimento ou omissão de lançamento;
 Histórico errado ou incompleto.

As formas de retificação que fazem parte das Normas Brasileiras de


Contabilidade são:

 Estorno;
 Transferência;
 Complementação;
 Ressalva.

Alguns casos práticos


Imagine a seguinte situação:

Compra de veículo financiado no valor de R$ 70.000,00, a qual deverá ser


contabilizada da seguinte forma:

Cascavel, 20 de junho de 2017.


D – Veículos......................................................70.000,00
C – Financiamentos.......................................70.000,00

Valor referente compra de veículo da empresa ABC no valor de R$ 70.000,00


com nota fiscal emitida sob nº 1451.

Situação 1 – Erro de todas as contas


D – Máquinas
C – Caixa
R$ 70.000,00

D – Caixa
C – Máquinas
R$ 70.000,00
Correção através do estorno total

D – Veículos
C – Financiamentos
R$ 70.000,00

Situação 2 – Erro de apenas uma conta


D – Veículos
C – Caixa
R$ 70.000,00

D – Caixa
C – Financiamentos
R$ 70.000,00
Correção através do estorno parcial

Situação 3 – Erro de apenas uma conta


D – Máquinas
C – Financiamentos
R$ 70.000,00

D – Veículos
C – Máquinas
R$ 70.000,00
Correção através do estorno parcial
Situação 4 – Erro de valor
D – Veículos
C – Financiamentos
R$ 7.000,00

D – Veículos
C – Financiamentos
R$ 63.000,00
Correção através do complemento

Situação 5 – Erro de valor


D – Veículos
C – Financiamentos
R$ 700.000,00

D – Financiamentos
C – Veículos
R$ 630.000,00
Correção através do complemento

Situação 6 – Omissão de lançamentos


Na omissão, devemos apenas praticar a escrituração contábil correta no
momento que encontrarmos o erro, conforme visto em aula:

D – Veículos
C – Financiamentos
R$ 70.000,00

Valor referente compra de veículo da empresa ABC no valor de R$ 70.000,00


com nota fiscal emitida sob nº 1451.

Situação 7 – Ressalva
Na ressalva, temos que corrigir os dizeres dos históricos, ou também
conhecidos como narrativas dos fatos contábeis. Vejamos:

D – Veículos
C – Financiamentos
R$ 70.000,00

Valor referente compra de veículo da empresa XYZ no valor de R$ 70.000,00


com nota fiscal emitida sob nº 123.
A correção se dá pelos novos dizeres, conforme a seguir:
Valor referente compra de veículo da empresa ABC no valor de R$ 70.000,00 com
nota fiscal emitida sob nº 1451.
INTRODUÇÃO AO BALANÇO PATRIMONIAL

Conceitos Iniciais de Balanço Patrimonial

Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a


evidenciar, seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição
patrimonial e financeira da entidade.

No balanço patrimonial, temos a apresentação dos bens, direitos e obrigações


da empresa.

Esta informação é estática, pois funciona tal qual uma fotografia da entidade
em determinado momento.

Segundo o CPC 00 - Estrutura conceitual básica da contabilidade, temos as


seguintes definições para os grupos patrimoniais:

Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição


patrimonial financeira são ativos, passivos e patrimônio líquido.

Estes são definidos como segue:

(a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos


passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos
para a entidade;

(b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já


ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos
capazes de gerar benefícios econômicos;

(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de


deduzidos todos os seus passivos.
INTRODUÇÃO A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO
EXERCÍCIO – DRE

Conceitos Iniciais de Demonstração do Resultado do Exercício –


DRE
A receita deve ser reconhecida na demonstração do resultado quando resultar
em aumento nos benefícios econômicos futuros relacionado com aumento de ativo
ou com diminuição de passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade.

Isso significa, na prática, que o reconhecimento da receita ocorre


simultaneamente com o reconhecimento do aumento nos ativos ou da diminuição
nos passivos (por exemplo, o aumento líquido nos ativos originado da venda de bens
e serviços ou o decréscimo do passivo originado do perdão de dívida a ser paga).

As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado quando


resultarem em decréscimo nos benefícios econômicos futuros, relacionado com o
decréscimo de um ativo ou o aumento de um passivo, e puder ser mensurado com
confiabilidade.

Isso significa, na prática, que o reconhecimento da despesa ocorre


simultaneamente com o reconhecimento de aumento nos passivos ou de diminuição
nos ativos (por exemplo, a alocação por competência de obrigações trabalhistas ou
da depreciação de equipamento).

O Demonstrativo do Resultado é o relatório construído a partir dos saldos de


encerramento de todas as contas de resultado. De forma geral, as contas de
resultado são receitas, deduções de receitas, custos, despesas, impostos e
participações sobre lucros. O DRE apresenta a seguinte estrutura geral:

Receitas Principais

Receitas Financeiras

Outras Receitas

(-) Deduções da Receita

(-) Custos

(-) Despesas

(-) Impostos sobre vendas

(-) Participações nos lucros

Lucro Líquido do Exercício


INTRODUÇÃO A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA –
DFC

Conceitos Iniciais de Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC


Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para
proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a
capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as
necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa.

As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da


capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de
sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração.

Como equivalentes de caixa devemos entender a conta bancos, aplicações


financeiras de liquidez imediata, etc.

Os usuários das demonstrações contábeis de uma entidade estão interessados


em saber como a entidade gera e utiliza caixa e equivalentes de caixa.

Esse é o ponto, independentemente da natureza das atividades da entidade, e


ainda que o caixa seja considerado como produto da entidade, como pode ser o caso
de instituição financeira.

As entidades necessitam de caixa essencialmente pelas mesmas razões, por


mais diferentes que sejam as suas principais atividades geradoras de receita.

Elas precisam de caixa para levar a efeito suas operações, pagar suas
obrigações e proporcionar um retorno para seus investidores.

A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais


demonstrações contábeis, proporciona informações que permitem que os usuários
avaliem as mudanças nos ativos líquidos da entidade, sua estrutura financeira
(inclusive sua liquidez e solvência) e sua capacidade para mudar os montantes e a
época de ocorrência dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas
circunstâncias e oportunidades.

As informações sobre os fluxos de caixa são úteis para avaliar a capacidade de


a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e possibilitam aos usuários
desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor presente dos fluxos de caixa
futuros de diferentes entidades.

A demonstração dos fluxos de caixa também concorre para o incremento da


comparabilidade na apresentação do desempenho operacional por diferentes
entidades, visto que reduz os efeitos decorrentes do uso de diferentes critérios
contábeis para as mesmas transações e eventos.
Informações históricas dos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas
como indicador do montante, época de ocorrência e grau de certeza dos fluxos de
caixa futuros.

Também são úteis para averiguar a exatidão das estimativas passadas dos
fluxos de caixa futuros, assim como para examinar a relação entre lucratividade e
fluxos de caixa líquidos e o impacto das mudanças de preços.

Algumas definições importantes


Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.

Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta


liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que
estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.

Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da


entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de
financiamento.

Atividades de investimento são referentes à aquisição e à venda de ativos de


longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.

Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no


tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade.

A demonstração dos fluxos de Caixa tem o objetivo de apresentar aos usuários


das demonstrações financeiras as modificações ocorridas no “Caixa” de uma
empresa durante um exercício social.

O conceito de Caixa nesta demonstração é amplo, uma vez que representa o


saldo da Conta Caixa, somado aos saldos da Conta Banco e das contas de aplicações
financeiras de liquidez imediata, isto é, aplicações feitas para resgate em menos de
90 dias.

CAIXA NO DFC = Caixa + Banco + Aplicações de liquidez imediata

Esse relatório também tem que demonstrar as origens das mudanças no saldo
do Caixa. O usuário da informação precisa entender se o Caixa se alterou em função
da atividade principal (operacional), se a alteração foi em função da venda de um
imóvel (investimento) ou, ainda, se o Caixa melhorou porque foi feito um
empréstimo (financiamento).

O art. 188 da Lei n. 6.404/76, transcrito a seguir, especifica quais as


informações mínimas que o demonstrativo dos fluxos de caixa deve apresentar:
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176
desta Lei indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
I — demonstração dos fluxos de caixa — as alterações ocorridas, durante o
exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações
em, no mínimo, 3 (três) fluxos:
(Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
a) das operações; (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007).

A demonstração dos fluxos de Caixa passou a ser exigida pela Lei n. 6.404/76
no art. 176, transcrito a seguir, a partir da alteração feita neste pela Lei n.
11.638/2007, a qual desobrigou a
DOAR, passando a exigir o DFC e a DVA:

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações
ocorridas no exercício:
I — balanço patrimonial;
II — demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III — demonstração do resultado do exercício; e
IV — demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei n. 11.638, de
2007)
V — se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela
Lei n. 11.638, de 2007)

§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos


valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

O DFC não é obrigatório para todas as sociedades por ações. Uma sociedade
anônima de capital fechado com Patrimônio Líquido menor que R$ 2.000.000, na
data de elaboração do balanço está desobrigada de elaborar e publicar o DFC.

Lei n. 6.404/76 “art. 176 (...) § 6 A companhia fechada com patrimônio líquido,
na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será
obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa (Redação
dada pela Lei n. 11.638, de 2007).”

Observe que o art. 188 da Lei n. 6.404/76 apenas determina que sejam
indicadas as alterações no Caixa em função de atividades operacionais, investimento
e financiamento. Ele não define o que sejam essas atividades, nem apresenta uma
técnica de elaboração da DFC.

A técnica de elaboração com as definições e detalhes consta do CPC 03(R2),


que é basicamente uma tradução na norma internacional IAS 7 (IASB), aprovada e
transformada em norma de contabilidade (NBC TG 03) pelo CFC por meio da
Resolução n. 1.296/2010.
Todos os tipos de Entidades (empresas) devem elaborar o DFC segundo o que
está definido pelo CPC 03(R2), em seus itens 1 e 3, transcritos parcialmente a seguir:

1. A entidade deve preparar uma demonstração dos fluxos de caixa de acordo


com os requisitos deste Pronunciamento Técnico e deve apresentá-la como parte
integrante das suas demonstrações contábeis apresentadas ao final de cada período.
(...)
3. (...) Assim sendo, este Pronunciamento Técnico requer que todas as
entidades apresentem uma demonstração dos fluxos de caixa.

INTERAÇÃO ENTRE AS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS

Interação entre o Balanço Patrimonial, DRE e a DFC

O Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a


evidenciar, seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição
patrimonial e financeira da entidade.

No balanço patrimonial, temos a apresentação dos bens, direitos e obrigações


da empresa.

Esta informação é estática, pois funciona tal qual uma fotografia da entidade
em determinado momento.

A receita deve ser reconhecida na demonstração do resultado quando resultar


em aumento nos benefícios econômicos futuros relacionado com aumento de ativo
ou com diminuição de passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade.

As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado quando


resultarem em decréscimo nos benefícios econômicos futuros, relacionado com o
decréscimo de um ativo ou o aumento de um passivo, e puder ser mensurado com
confiabilidade.

A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais


demonstrações contábeis, proporciona informações que permitem que os usuários
avaliem as mudanças nos ativos líquidos da entidade, sua estrutura financeira
(inclusive sua liquidez e solvência) e sua capacidade para mudar os montantes e a
época de ocorrência dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas
circunstâncias e oportunidades.

As informações sobre os fluxos de caixa são úteis para avaliar a capacidade de


a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e possibilitam aos usuários
desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor presente dos fluxos de caixa
futuros de diferentes entidades.
A demonstração dos fluxos de caixa também concorre para o incremento da
comparabilidade na apresentação do desempenho operacional por diferentes
entidades, visto que reduz os efeitos decorrentes do uso de diferentes critérios
contábeis para as mesmas transações e eventos.

REDUÇÃO DO ATIVO NÃO CIRCULANTE – ANC

Esses procedimentos contábeis se aplicam após a aquisição do bem ou direito,


quando da elaboração dos demonstrativos financeiros posteriores.

São aplicados a um bem ou direito de uso após sua integração ao Patrimônio,


desde que ele não se classifique no Ativo Circulante ou no Realizável a Longo Prazo.

Esses procedimentos são basicamente reduções do valor do Capital aplicado.

Este estudo aborda os procedimentos contábeis de avaliação, reconhecimento,


mensuração e divulgação das reduções de valor do Capital aplicado em Ativos
tangíveis e intangíveis, bem como recursos naturais minerais e florestais.

Esses Ativos são contabilizados predominantemente em contas dos subgrupos


Imobilizado e Intangível e, em algumas situações especiais, nos subgrupos Diferido
e Investimento.

As reduções podem ser subdivididas basicamente em dois tipos:

 Em função da utilização normal;


 Em função da avaliação do bem ou direito.

Os dois tipos de redução são registrados pela Contabilidade em função da


utilização do bem ou direito ou em função da avaliação de verificação de
recuperabilidade do valor aplicado no bem ou direito.

FORMAS DE REGISTRO CONTÁBIL

EM FUNÇÃO DE AVALIAÇÃO
EM FUNÇÃO DA UTILIZAÇÃO

Depreciação
Perda por redução ao valor recuperável
Amortização
(impairment)
Exaustão
Os procedimentos

Existe o que chamamos de transferência gradual do Patrimônio para o


Resultado, com a utilização das seguintes contas contábeis:

DESPESA NO RESULTADO CONTA REDUTORA DO ATIVO

Depreciação acumulada
Depreciação do exercício

Amortização acumulada
Amortização do exercício

Exaustão do exercício Exaustão acumulada

Bens que não perdem valor

- Bens que não perdem valor (obra de arte, antiguidades);


- Terrenos (a construção pode ser depreciada);
- Imóveis não alugados ou destinados à revenda;
- Bens para os quais sejam registradas quotas de exaustão;
- Bens cujo tempo de vida útil seja menor que 1 ano;
- Bens com valor inferior a R$ 1.200,00, que são lançados direto como
despesas.
Taxas de Depreciação

VIDA ÚTIL (ANOS) TAXA ANUAL (%)


TIPOS DE BENS

Edifícios, construções e benfeitorias 25 4

Equipamentos, ferramentas, móveis, 10 10


utensílios, instalações
Computadores e periféricos 5 20

Semoventes (animais de tração) 5 20

Veículos para até 10 pessoas e 5 20


reboques
Motocicletas 4 25

Veículos de transporte de 4 25
mercadorias e tratores
Veículos especiais (socorros, 4 25
betoneiras, guindastes, incêndio, etc.)
Veículos para mais de 10 pessoas 4 25

REDUÇÃO DO ATIVO NÃO CIRCULANTE – CÁLCULOS – PARTE I

Valor para imobilização

Imagine a compra de uma máquina no valor de R$ 100.000,00 da Itália, na qual


tivemos que pagar frete e seguro para que esse bem fosse entregue no Brasil, bem
como um famoso italiano para vir instalar e configurar os equipamentos, e ainda,
adequações na estrutura da nossa empresa para deixar a máquina em condições de
uso, da seguinte forma:

Máquina.........................................................100.000,00
Frete.................................................................30.000,00
Seguros............................................................10.000,00
Instalação........................................................10.000,00
Adequações no prédio...............................20.000,00

Total a ser imobilizado...............................170.000,00


Métodos de cálculos

Esses procedimentos contábeis se aplicam após a aquisição do bem ou direito,


quando da elaboração dos demonstrativos financeiros posteriores.

São aplicados a um bem ou direito de uso após sua integração ao


Patrimônio, desde que ele não se classifique no Ativo Circulante
ou no Realizável a Longo Prazo.

Esses procedimentos são basicamente reduções do valor do Capital aplicado,


da seguinte forma:

DESPESA NO RESULTADO CONTA REDUTORA DO ATIVO


Depreciação acumulada
Depreciação do exercício
Amortização acumulada
Amortização do exercício
Exaustão acumulada
Exaustão do exercício

Os métodos que utilizamos para depreciar podem ser de forma linear ou não
linear.

Na forma linear temos quotas constantes em todos os períodos, e na forma não


linear, as quotas a depreciar são diferentes em cada período

Cálculo e contabilização pela vida útil

Compra de máquina R$ 100.000,00 com vida útil de 5 anos.

Ano Valor do Bem Depreciação Valor Contábil


Acumulada
100.000,00
1
100.000,00
2
100.000,00
3
100.000,00
4
100.000,00
5
Cálculo e contabilização em função das unidades produzidas

Produção Quota de Depreciação


Ano
200.000
1
200.000
2
200.000
3
200.000
4
200.000
5

Cálculo e contabilização em função das horas trabalhadas

Utilização em horas Quota de Depreciação


Ano
4.000
1
4.000
2
4.000
3
4.000
4
4.000
5

REDUÇÃO DO ATIVO NÃO CIRCULANTE – CÁLCULOS –


PARTE II

Métodos de cálculos
São aplicados a um bem ou direito de uso após sua integração ao Patrimônio, desde
que ele não se classifique no Ativo Circulante ou no Realizável a Longo Prazo.

Os métodos que utilizamos para depreciar podem ser de forma linear ou não
linear. Na forma linear temos quotas constantes em todos os períodos, e na forma
não linear, as quotas a depreciar são diferentes em cada período
Cálculo e contabilização em função das unidades produzidas

Produção Quota de Depreciação


Ano
100.000
1
150.000
2
200.000
3
250.000
4
300.000
5

Cálculo e contabilização em função das horas trabalhadas

Utilização em horas Quota de Depreciação


Ano
10.000
1
15.000
2
20.000
3
25.000
4
30.000
5

Cálculo e contabilização pelo Método Não Linear das Quotas


Decrescentes – Método Cole

Fator Valor do Bem Quota


Ano
5/15 X R$ 90.000,00 = R$ 30.000,00
1
4/15 X R$ 90.000,00 = R$ 24.000,00
2
3/15 X R$ 90.000,00 = R$ 18.000,00
3
2/15 X R$ 90.000,00 = R$ 12.000,00
4
1/15 X R$ 90.000,00 = R$ 6.000,00
5
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
= R$ 90.000 = R$ 90.000 = R$ 90.000 = R$ = R$ 90.000
Valor do Bem
90.000
R$ 30.000 R$ 24.000 R$ 18.000 R$ 12.000 R$ 6.000
Depreciação do Exercício
R$ 30.000 R$ 54.000 R$ 72.000 R$ 84.000 R$ 90.000
Depreciação Acumulada
R$ 60.000 R$ 36.000 R$ 18.000 R$ 6.000 R$ 0,00
Valor Contábil

Cálculo e contabilização pelo Método Não Linear das Quotas


Crescentes

Fator Valor do Bem Quota


Ano
1/15 X R$ 90.000,00 = R$ 6.000,00
1
2/15 X R$ 90.000,00 = R$ 12.000,00
2
3/15 X R$ 90.000,00 = R$ 18.000,00
3
4/15 X R$ 90.000,00 = R$ 24.000,00
4
5/15 X R$ 90.000,00 = R$ 30.000,00
5

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


= R$ 90.000 = R$ 90.000 = R$ 90.000 = R$ 90.000 = R$ 90.000
Valor do Bem
Depreciação do R$ 6.000 R$ 12.000 R$ 18.000 R$ 24.000 R$ 30.000
Exercício
R$ 6.000 R$ 18.000 R$ 36.000 R$ 60.000 R$ 90.000
Depreciação
Acumulada
R$ 84.000 R$ 72.000 R$ 54.000 R$ 30.000 R$ 0,00
Valor Contábil
BALANÇO PATRIMONIAL – PATRIMÔNIO LÍQUIDO – PARTE I

O Patrimônio Líquido é o resultado matemático do somatório dos bens e


direitos, subtraídas as obrigações que recaem sobre esse patrimônio.

O patrimônio líquido (também chamado de situação líquida) de uma pessoa


ou uma empresa é a sua riqueza efetiva.

O Patrimônio Líquido, em sua origem, representa apenas o Capital dos sócios.


À medida que a empresa opera com lucro, o valor do Patrimônio Líquido aumenta.
Em contrapartida, quando há prejuízo o valor do Patrimônio Líquido diminui.

Existem diversas teorias que definem o Patrimônio Líquido. Destacamos duas:


a do proprietário e a da Entidade.

Na teoria do proprietário, os Ativos pertencem a ele, assim como as obrigações.


O Patrimônio Líquido é a riqueza líquida desse proprietário, calculado como a
diferença entre o total do Ativo e o total das obrigações.

Essa é uma realidade nas empresas de pequeno porte ou familiares.

A Lei n. 6.404/76, atualizada pelas Leis ns. 11.638/2007 e 11.941/2009, define


Patrimônio
Líquido no art. 178, inc. III, e no art. 182, transcritos a seguir:

Art. 178 (...) III — patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de
capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e
prejuízos acumulados (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009).
(...)
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por
dedução, a parcela ainda não realizada.
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a
parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a
importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão
em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
§ 2º Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção
monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado.
§ 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não
computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do
ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos
nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base
na competência conferida pelo § 3º do art. 177 desta Lei. (Redação dada pela Lei n.
11.941, de 2009)
§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela
apropriação de lucros da companhia.
§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução
da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua
aquisição.

As contas do PL
Vamos analisar as contas que podem aparecer no PL:

1 — Capital Social
1.1 — Capital Subscrito
1.1.1 — Capital Autorizado
1.1.2 — (–) Capital a Subscrever
1.2 — (–) Capital a Integralizar
1.3 — Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC)
1.4 — (–) Gastos com Emissão de Ações

2 — Reservas de Capital
2.1 — Bônus de Subscrição
2.2 — Ágio de Subscrição
2.3 — Partes Beneficiárias
2.4 — Correção Monetária do Capital Social Realizado

3 — (–) Ações em Tesouraria

4 — Ajustes de Avaliação Patrimonial

5 — Reserva de Reavaliação

6 — Reservas de Lucros
6.1 — Reserva Legal
6.2 — Reserva de Contingência
6.3 — Reserva Estatutária
6.4 — Reserva de Incentivos Fiscais
6.5 — Reserva de Retenção de Lucros
6.6 — Reserva de Lucros a Realizar
6.7 — Reserva Especial de Dividendos Obrigatórios não Distribuídos
6.8 — Reserva Prêmio na Emissão de Debêntures (Lei n. 11.941/2009)
BALANÇO PATRIMONIAL – PATRIMÔNIO LÍQUIDO – PARTE
II

Capital autorizado

Restrito às sociedades anônimas existe o instituto do Capital autorizado,


previsto no art. 168 da Lei n. 6.404/76, transcrito a seguir, que nada mais é do que
uma decisão de assembleia que pode permitir ao conselho de administração
aumentar o Capital sem a necessidade específica de convocar nova assembleia.

De forma prática, a assembleia autoriza que o Capital Social seja elevado até
um novo limite, a partir do qual os gestores poderão buscar novos sócios e,
encontrando-os, emitir ações nas condições previamente autorizadas.

A empresa que tiver Capital autorizado pela assembleia deverá divulgar essa
informação nas demonstrações publicadas, podendo, inclusive, incluir o termo
Capital Autorizado após sua denominação, por exemplo, Sophia Industrial S.A.
Capital Autorizado.

Esse recurso de Capital autorizado é normalmente utilizado por sociedades


anônimas que decidem aumentar seu Capital e cujos sócios não têm interesse ou
capacidade financeira para realizá-lo.

Capital Subscrito
Subscrever significa se comprometer. Capital Subscrito é o Capital que os
sócios se comprometeram a integralizar de uma só vez ou em parcelas nas condições
pactuadas no contrato social (Ltda.) ou estatuto (S.A.).

O Capital Subscrito é um compromisso irrevogável dos sócios para com a


sociedade, que pode ser exigido legalmente.

Capital a Subscrever
É a diferença entre o Capital autorizado pela assembleia e aquele já subscrito
pelos sócios.

É a parcela do Capital para o qual ainda não existe sócio definido para realizá-
lo. Pode ocorrer de jamais ser subscrita esta parcela do Capital; basta que nenhum
novo sócio se interesse por adquirir ações dessa sociedade anônima.

Capital a Integralizar
É o mesmo que Capital a Realizar, isto é, a parcela do capital já subscrita e ainda
não entregue à sociedade pelos sócios.
Capital Integralizado é a diferença entre o Capital Subscrito e o Capital a
Integralizar.

Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC)

Do ponto de vista das práticas de Contabilidade geralmente aceitas e de acordo


com as orientações contidas no manual de contabilidade societária da FIPECAFI,
Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital (AFAC) devem ser contabilizados
no Patrimônio Líquido, a menos que este valor se caracterize como um empréstimo
dos sócios para a empresa.

A legislação tributária determina que esses valores sejam sempre


considerados dívida da empresa para com os sócios, de acordo com determinação
no item 3 do Parecer Normativo PN CST 23, de 01 de julho de 1981, transcrito a
seguir:

“3. Adiantamentos para futuro aumento de capital deverão ser mantidos fora
do patrimônio líquido, por serem considerados obrigações para com terceiros,
podendo ser exigidos pelos titulares enquanto o aumento não se concretizar.”

Como as bancas examinadoras oscilam entre atender as orientações


meramente fiscais e as orientações de ordem contábil, o leitor que pretende prestar
concursos precisa ficar atento ao enunciado do problema para saber que tipo de
solução deverá ser obtido.

Gastos com a emissão de ações

As normas contábeis brasileiras determinam que os gastos que uma empresa


incorre para captar recursos emitindo ações ou quotas de Capital devem ser
contabilizados no Patrimônio Líquido como redutores deste.

Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da


emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em
Conta Redutora de Patrimônio Líquido.
Capital
AUTORIZADO

Capital Capital
SUBSCREVER SUBSCRITO

Capital Capital a
INTEGRALIZADO INTEGRALIZAR

OPERAÇÕES COM DUPLICATAS

Origem das Duplicatas a Receber e Descontadas

O desconto de duplicatas é uma operação financeira, ou seja, é uma operação


realizada entre uma empresa e uma instituição financeira. A empresa, quando
realiza uma venda a prazo e necessita de dinheiro, entrega a duplicata para o banco
e este, após cobrar juros, realiza um depósito na conta corrente da empresa. A
empresa, nessa operação de duplicata descontada, assume uma responsabilidade
solidária com o cliente, porque caso o cliente não pague para o banco as duplicatas,
o banco debita na conta corrente da empresa.
Classificação das Duplicatas Descontadas

Antes da Lei n.º 11.941/09, as duplicatas descontadas eram contas


retificadoras de duplicatas a receber, sendo classificadas no Ativo Circulante. Após
a Lei n.º 11.941/09, as duplicatas descontadas passaram a ser classificadas no
Passivo Circulante, pois a essência das transações deve prevalecer sobre os aspectos
formais. Já a essência das duplicatas descontadas é a de um financiamento bancário.
Financiamento, por sua vez, é uma obrigação que é classificada no Passivo.

Antes: Retificadora do ativo

Agora: Passivo

Registro Contábil De Duplicatas Descontadas

No desconto de duplicatas, o banco antecipa dinheiro para a empresa e cobra


juros. Os juros pagos antecipadamente pela empresa são apropriados no período a
que se referem, de acordo com o princípio da Competência.

DUPLICATAS DESCONTADAS
Nº DUPLICATA VENCIMENTO VALOR EM R$
CLIENTE
201710 31/10/2017 15.000,00
Maria do Carmo
201711 30/11/2017 15.000,00
João do Caminhão

Observações:

a) a taxa de contratação da operação é de R$ 10,00;

b) na data de 04/10/2017 a instituição financeira efetivou a operação de


desconto das duplicatas, ocasião em que creditou o valor líquido na conta
da entidade;

c) os encargos financeiros cobrados pela instituição financeira são da


importância de R$ 1.000,00.

Lançamento Contábil Da Transação Na Data Da Liberação Do


Desconto Pela Instituição Financeira
A seguir, exemplo de lançamento contábil por ocasião da operação de desconto
pela instituição financeira:

D – Bancos (AC).............................................................................................................R$ 28.990,00


D – Despesas Financeiras Antecipadas (AC).....................................................R$ 1.000,00

Essa Despesa Financeira Antecipada é o conhecido “Juros a Transcorrer”

D – Encargos Operação de Desconto (DRE)......................................................R$ 10,00


C – Duplicatas Descontadas (PC)...........................................................................R$ 30.000,00

Lançamento Contábil Da Transação Na Data Da Liquidação Da


Duplicata Pelo Cliente
A seguir, o seguinte lançamento contábil por ocasião da liquidação da
Duplicata nº 201710 na data de 31/10/2017.

D – Duplicatas Descontadas (PC)


C – Duplicatas a Receber (AC)
R$ 15.000,00

Lançamento Contábil Dos Encargos Financeiros Em Conta De


Resultado
Em 31/10/2017 serão apropriados contabilmente os encargos financeiros
incorridos em outubro do mesmo ano. A seguir, o seguinte lançamento contábil:

D – Despesas Financeiras (DRE)


C – Despesas Financeiras Antecipadas (AC)
R$ 500,00

Lançamentos Contábeis No Mês De Novembro de 2017


No mês de novembro de 2017, sugerimos o seguinte registro contábil para
apropriação da despesa financeira relativa a esse mesmo mês:

D – Despesas Financeiras (DRE)


C – Despesas Financeiras Antecipadas (AC)
R$ 500,00

Para a baixa da duplica 201711, temos o seguinte lançamento:

D – Duplicatas Descontadas (PC)


C – Duplicatas a Receber (AC)
R$ 15.000,00
Lançamento Contábil Da Devolução Da Duplicata Pela Instituição
Financeira
Agora suponhamos que a instituição financeira tenha efetuado a devolução da
Duplicata nº 201711 por falta de sua liquidação pelo sacado (cliente) na data
acordada, com o cômputo de encargos adicionais no valor de R$ 200,00.

A seguir, sugiro o seguinte lançamento contábil:

D – Duplicatas Descontadas (PC)........................R$ 15.000,00


D – Despesas Financeiras (DRE).........................R$ 200,00
C – Banco (AC)............................................................R$ 15.200,00

PROVISÕES PARA DEVEDORES DUVIDOSOS, ADIANTAMENTO


DE CLIENTES E ADIANTAMENTO A FORNECEDORES

Provisão para Devedores Duvidosos

A provisão para créditos de liquidação duvidosa deve ser baseada na análise


individual do saldo devedor de cada cliente, e em conjunto com os responsáveis
pelos setores de vendas e crédito e cobrança, com o objetivo de exercer um
julgamento adequado dos saldos incobráveis.

Contabilização dos Devedores Duvidosos

Pela venda a prazo:

D – Duplicatas a Receber
C – Receita com Vendas

Pelos Devedores Duvidosos

D – PDD (DRE)
C – PCLD

Pela contabilização da reversão da provisão do crédito de liquidação duvidosa


quando não utilizada:

D – PCLD
C – PDD
Pela contabilização da baixa da provisão do crédito de liquidação duvidosa:

D – PCLD
C – Duplicatas a Receber

Adiantamento de Clientes

Normalmente uma empresa vende seu produto ou serviço com recebimento à


vista ou a prazo para 30, 60 ou 90 dias bem como se utilizam da praticidade de
crediários, carnês, cartões de créditos ou afins. Entretanto, existem casos onde o
cliente antecipa o valor de sua compra ou tomada de serviços, ou seja, ele paga
(desembolsa) valores antes mesmo de receber pelo qual está pagando. Exemplo
disso, facilmente encontramos em empresas que trabalham sob encomendas e
solicitam a seus clientes um valor qualquer como forma de segurança dado por sinal,
sinal este que significa uma antecipação.
Na contabilidade a antecipação/sinal dada como troca de um produto ou
serviço ainda não recebido é reconhecido em conta específica, geralmente no
Passivo Circulante o que confere à empresa uma obrigação para com o cliente e, para
o cliente, um direito em reaver seu produto, seu serviço. Essa referida conta chama-
se Adiantamento de Clientes.

Pelo recebimento adiantado;


D- Caixa/Banco (Ativo)
C- Adiantamento de Clientes (Passivo Circulante)

Pela entrega do produto ou serviço;


D- Clientes (Ativo)
C- Receita de Vendas ou Serviços (Resultado)

Pela compensação/baixa das contas de clientes;


D- Adiantamento de Clientes (Passivo Circulante)
C- Clientes (Ativo)

Adiantamento a Fornecedores

Os adiantamentos a fornecedores ocorrem na aquisição de matérias-primas,


mercadorias, imobilizado, etc.

Quando o adiantamento se referir a matérias-primas, materiais de


embalagens, mercadorias, insumos e materiais de uso e consumo, o valor
correspondente deverá ser classificado em conta específica de "estoque" no grupo
Ativo Circulante.

Por sua vez, quando o adiantamento for feito para aquisição de bens fixos, o
valor correspondente será classificado no subgrupo Imobilizado do Ativo
Permanente.
A classificação em conta específica de "estoque" será feita quando a empresa
possuir controle permanente de estoque. Caso contrário, ou seja, quando o controle
do estoque for feito de forma periódica, o adiantamento será classificado no grupo
Ativo Circulante, em conta específica de "Adiantamentos a Fornecedores".

Exemplo:

Determinada empresa, sem controle permanente de estoque, efetuou


adiantamento para fornecedores no valor de R$ 100.000,00.

Referido adiantamento refere-se à futura aquisição de matérias primas.

Registro contábil:

D - Adiantamentos a Fornecedores – Ind. XYZ (Ativo Circulante)


C - Banco do Brasil S/A – Cta. Movimento (Ativo Circulante)
R$ 100.000,00

Quando do recebimento das matérias-primas:

Valor das matérias-primas: R$ 100.000,00


ICMS recuperável: R$ 12.000,00

Valor do custo das matérias-primas adquiridas: R$ 100.000,00 – R$ 12.000,00 = R$


88.000,00

D - Compras de Matérias-Primas / Estoque (Ativo Circulante) R$ 88.000,00


D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 12.000,00
C - Adiantamentos a Fornecedores - Ind. XYZ (Ativo Circulante) R$ 100.000,00
Quadro Comparativo – PARA CLASSIFICAÇÃO DOS
ADIANTAMENTOS

ATIVO
ATIVO
CIRCULANTE
DISPONÍVEL

CRÉDITOS
DUPLICATAS A RECEBER
(CLIENTES)

ADIANTAMENTO A FORNECEDORES

PASSIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
OBRIGAÇÕES OPERACIONAIS

FORNECEDORES

ADIANTAMENTO DE CLIENTES
Questões de fixação

1 O objeto da Contabilidade é o patrimônio, constituído pelo conjunto de bens,


direitos e obrigações próprios de determinado ente.

2 A Contabilidade busca entender as mutações sofridas pelo patrimônio, tendo como


alvo, entre outras, uma visão prospectiva de possíveis variações. As mutações tanto
podem decorrer da ação do homem como da natureza.

3 Todos os itens relevantes ao patrimônio da entidade são apresentados em suas


demonstrações contábeis.

4 Julgue os itens a seguir, relativos à Contabilidade:

I. A Contabilidade é uma ciência exata.


II. A Contabilidade tem funções administrativas e econômicas.
III. O principal campo de aplicação da Contabilidade são as aziendas.

Assinale a opção correta:


a) apenas o item I está certo.
b) apenas o item III está certo.
c) apenas os itens I e II estão certos.
d) apenas os itens I e III estão certos.
e) Apenas os itens II e III estão certos.

5 Diversos são os tipos de usuários interessados nas informações contidas nas


demonstrações contábeis das entidades. Um desses grupos é constituído pelos
clientes, cujo interesse é tanto maior quanto maior forem a sua dependência e a
concentração nos fornecimentos de algumas poucas entidades.

6 Em Contabilidade, define-se patrimônio como um conjunto de bens, direitos e


obrigações pertencentes a determinada entidade, sendo autônomo em relação aos
demais patrimônios existentes.

7 Sobre conceitos, objeto, função e objetivos da Contabilidade, analise as afirmações


a seguir:
I. O principal objetivo da Contabilidade consiste em identificar as contas de apuração
dos custos e resultados.
II. A função administrativa tem por objetivo o controle do patrimônio.
III. O objeto da Contabilidade é o patrimônio que compreende apenas a parte
positiva do balanço.
IV. Os bens corpóreos e os incorpóreos são classificados no passivo.

Está correto APENAS o que se afirma em:


a) II.
b) III.
c) I e III.
d) II e IV.
e) I, III e IV.
8 A confusão normalmente feita entre os termos capital e patrimônio é causada pelo
fato de, na contabilidade, o capital ser constituído pelo patrimônio líquido, enquanto
o patrimônio é formado pelo ativo total das entidades.

9 Em relação ao patrimônio, objeto da Contabilidade, é correto afirmar que:


a) o ativo patrimonial é composto dos bens, direitos e obrigações de uma pessoa
física ou jurídica.
b) o patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença entre o valor do
ativo e o valor do passivo de um patrimônio.
c) se calcularmos os direitos reais e os direitos pessoais pertencentes a uma
entidade, estaremos calculando o ativo patrimonial dessa entidade.
d) o capital social de um empreendimento comercial é o montante de recursos
aplicados em seu patrimônio.
e) o montante dos bens e dos direitos de uma pessoa física ou jurídica tem o mesmo
valor de seu passivo real.

10 O contador observou, ao analisar a equação patrimonial da Cia. Raio de Luz, que


o valor total do Ativo correspondia ao dobro do valor do Patrimônio Líquido. Nesse
caso:
a) O total do Patrimônio Líquido é igual ao total do Passivo.
b) O total do Passivo é igual ao dobro do Ativo.
c) Existe Passivo a Descoberto nessa companhia.
d) O total do Ativo equivale a três vezes o total do Passivo.
e) O total do Passivo equivale à metade do total do Patrimônio Líquido.

11 Quando, na equação patrimonial de uma entidade, o ativo total, somado à


situação líquida, é igual ao passivo total, a situação financeira da entidade pode ser
considerada bastante confortável.

12 O exercício social deve ter duração inferior a um ano somente no ano de


constituição da empresa.

13 Com relação ao patrimônio da empresa, identifique entre os exemplos abaixo


qual é considerado um direito:
a) Contas a receber.
b) Estoque de mercadorias tributadas.
c) Salários a pagar.
d) Móveis e utensílios.
e) Banco conta corrente.

14 Considera-se um direito a conta:


a) Capital social.
b) Estoque.
c) Empréstimo a pagar.
d) Veículos.
e) Títulos a receber
15 Com base no patrimônio descrito abaixo, é correto afirmar que a situação líquida
é de R$3.350,00.
Bicicleta...................................................................R$ 2.250,00
Prestações da Bicicleta.....................................R$ 1.100,00
Aparelho de Som.................................................R$ 3.500,00
Financiamento do Som.....................................R$ 1.350,00
Dinheiro emprestado a uma empresa........R$ 50,00

16 Os componentes patrimoniais são representados por nomes que evidenciam os


elementos patrimoniais e suas mutações. Essa representação é conhecida como
conta. Abrir uma conta contábil significa criar uma representação para um novo
componente patrimonial.

17 As contas de natureza devedora são as representativas de fontes de recursos.


Servem como exemplo contas relacionadas às disponibilidades, como caixa e
bancos, utilizadas como fonte de recursos para eventual investimento das entidades.

18 Assinale a opção que identifica, pelos números de ordem, exclusivamente contas


que têm saldo de natureza devedora, constantes da relação a seguir:

01 – Caixa
02 – Duplicatas a Pagar
03 – Duplicatas a Receber
04 – Duplicatas Descontadas
05 – Imóveis de Uso
06 – Máquinas
07 – Móveis e Utensílios
08 – Notas Promissórias a Pagar
09 – Salários Pagos Antecipadamente
10 – Veículos de Uso

a) 1, 3, 5, 7, 9
b) 2, 4, 6, 8, 10
c) 1, 2, 3, 4, 5
d) 6, 7, 8, 9, 10
e) 3, 4, 5, 6, 7

19 O saldo de qualquer conta será a diferença entre a soma dos créditos e a soma
dos débitos. Assim, diz-se que o saldo da conta está zerado quando a soma dos
créditos for igual a dos débitos.

20 O patrimônio da Indústria Luzes & Velas é constituído pelos elementos que


abaixo apresentamos com valores apurados em 30 de setembro.

Bens fixos R$ 2.100,00


Notas Promissórias emitidas R$ 600,00
Débitos de Funcionamento R$ 900,00
Créditos de Financiamento R$ 600,00
Bens de Venda R$ 900,00
Créditos de Funcionamento R$ 1.200,00
Bens Numerários R$ 450,00
Bens de Renda R$ 750,00
Débitos de Financiamento R$ 300,00
Reservas de Lucros R$ 750,00
Reservas de Capital R$ 1.800,00

Sabendo-se que essa empresa apresenta lucros acumulados correspondentes a 25%


do valor do capital de terceiros, podemos afirmar que o valor do seu Capital Social
é:
a) R$ 4.200,00
b) R$ 3.000,00
c) R$ 2.550,00
d) R$ 1.800,00
e) R$ 1.200,00

21 As contas de resultado também são consideradas contas transitórias porque, no


final do exercício ou do período de apuração dos resultados, são encerradas para
apuração do lucro, do prejuízo ou do resultado nulo.

22 As contas patrimoniais:
a) São encerradas no final do exercício.
b) Nem sempre alteram o patrimônio líquido quando mudam de valor.
c) Não podem apresentar saldo nulo.
d) Quando classificadas no Passivo, aumentam por débito.
e) Quando classificadas no Patrimônio Líquido, diminuem por crédito.

23 O direito que uma empresa detém para a exploração de recursos minerais de


jazida que não seja de sua propriedade é considerado bem incorpóreo.

24 Segundo a Teoria Personalista, as contas são classificadas em:


a) Contas integrais e contas diferenciais.
b) Contas dos proprietários e contas dos agentes consignatários e contas dos
agentes correspondentes.
c) Contas dos proprietários e contas dos agentes secundários.
d) Contas patrimoniais e contas de resultado.
e) Contas patrimoniais, contas de agentes consignatários e contas de agentes
correspondentes.

25 O plano de contas deve reunir os elementos necessários para o registro das


operações desenvolvidas, as quais podem sofrer variações significativas de uma
empresa para outra.
26 Exemplificamos, a seguir, os dados contábeis colhidos no fim do período de
gestão de determinada entidade econômico-administrativa:

Dinheiro existente: 200,00


Máquinas: 400,00
Dívidas diversas: 730,00
Contas a receber: 540,00
Rendas obtidas: 680,00
Empréstimos bancários: 500,00
Mobília: 600,00
Contas a pagar: 700,00
Consumo efetuado: 240,00
Automóveis: 800,00
Capital registrado: 650,00
Casa construída: 480,00

Segundo a Teoria Personalística das Contas e com base nas informações contábeis
supracitadas, pode-se dizer que, neste patrimônio, está sob responsabilidade dos
agentes consignatários o valor de:
a) R$1.930,00
b) R$3.130,00
c) R$2.330,00
d) R$3.020,00
e) R$2.480,00

27 Assinale abaixo a opção que contém a afirmativa incorreta. Em relação à


Escrituração, a Lei 6.404/76 e alterações pertinentes determinam que:
a) A escrituração da companhia será mantida registros permanentes.
b) Os registros devem observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo.
c) As mutações patrimoniais devem ser registradas de acordo com o regime de
competência.
d) A escrituração contábil deve ser registrada em idioma, em moeda corrente
nacional, em forma contábil e em ordem cronológica de dia, mês e ano.
e) As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores, por
contabilistas legalmente habilitados e pelos proprietários da companhia.

28 Nos lançamentos contábeis, as partidas são denominadas de:


a) Segunda fórmula, quando são debitadas duas contas e creditada uma conta.
b) Terceira fórmula, quando são debitadas duas contas e creditada uma conta.
c) Segunda fórmula, quando são debitadas duas contas e creditadas duas contas.
d) Terceira fórmula, quando são creditadas duas contas e debitada uma conta.
e) Terceira fórmula, quando são debitadas duas contas e creditadas duas contas.
29 O efeito contábil de uma operação de compra de matéria-prima a prazo, com
entrega imediata, representa:
a) Aumento de ativo e aumento de passivo.
b) Aumento de ativo e diminuição de passivo.
c) Diminuição de ativo e aumento de passivo.
d) Diminuição de ativo e diminuição de passivo.

30 A empresa Amandia S.A. atua no mercado varejista, em todo território nacional,


emitindo mais de um milhão de notas fiscais/mês. Sua cobrança é realizada
integralmente, por intermédio do Banco Cobrança S.A. Por seus serviços, o Banco
cobra R$ 2,20 por título enviado. A empresa contabiliza o serviço bancário
contratado no ato do débito da despesa em conta corrente, que ocorre no momento
da efetivação da cobrança pelo banco. A adoção desse procedimento, pela empresa,
evidencia a aplicação:
a) Do regime de competência.
b) Do regime de caixa.
c) Da essência sobre a forma.
d) Do princípio da materialidade.
e) Da confiabilidade.

31 O regime de caixa é um regime oposto ao regime da:


a) Materialidade.
b) Entidade.
c) Competência.
d) Unidade de moeda instrumento de mensuração.
e) Continuidade.

32 Na apuração do resultado de um período contábil, de uma entidade privada,


utiliza-se o regime:
a) Patrimonial.
b) De caixa.
c) Da gestão.
d) Orçamentário.
e) De competência.

33 Na apuração de resultado, utilizando o regime de caixa leva-se em conta o


momento em que ocorre:
a) O desembolso da despesa.
b) A transferência do ativo.
c) O fato gerador das despesas.
d) A confrontação da receita com a despesa.
e) Momento no qual a despesa é incorrida.
34 Considere os dados a seguir, referentes ao mês de dezembro de 2003:

˃ Despesa de dezembro/2003, paga em janeiro/2004 no valor de R$46.


˃ Despesa de janeiro/2004, paga em dezembro/2003 no valor de R$52.
˃ Despesa de dezembro/2003, paga em dezembro/2003 no valor de R$50.
˃ Receita de dezembro/2003, recebida em janeiro/2004 no valor de R$30.
˃ Receita de janeiro/2004, recebida em dezembro/2003 no valor de R$60.
˃ Receita de dezembro/2003, recebida em dezembro/2003 no valor de R$54.

O resultado do referido mês, conforme os Princípios de Contabilidade é:


a) Prejuízo de R$12.
b) Prejuízo de R$4.
c) Lucro de R$12.
d) Lucro de R$38.

35 A Cia. Comercial Cruzeiro do Leste adquiriu 1.600 unidades de uma determinada


mercadoria no valor de R$ 320.000,00, pagando metade à vista e financiando com o
fornecedor a outra metade, para pagamento no exercício seguinte. Vendeu à vista,
no próprio exercício, 1/2 do lote por R$ 400.000,00 e vendeu a prazo, para
recebimento no exercício seguinte, 1/8 do lote por R$ 120.000,00. O total das
despesas incorridas no exercício foi de R$ 200.000,00, do qual 30% não foi pago no
próprio exercício. Apurando-se o resultado pelo regime de competência, é correto
concluir que o lucro da companhia, em reais, foi:
a) 180.000,00
b) 140.000,00
c) 120.000,00
d) 80.000,00
e) 40.000,00

36 A retificação de lançamento é o processo técnico de correção de registro que


tenha sido realizado com erro na escrituração contábil da entidade e pode ser feita
por meio de estorno, transferência ou complementação.

37 Em decorrência da aplicação do método das partidas dobradas, as contas


retificadoras do patrimônio líquido têm seu saldo aumentado, quando são
debitadas, e diminuído, quando são creditadas.

38 A quitação de uma obrigação com a entrega de um valor em dinheiro e de um


bem móvel pode ser representada por um único lançamento de primeira fórmula.

39 Em uma compra à vista de materiais de expediente, o lançamento na escrituração


contábil foi feito, equivocadamente, a maior. Considerando a ITG 2000 –
Escrituração Contábil, o erro encontrado deverá ser corrigido com um lançamento
de:
a) Transferência.
b) Redução.
c) Estorno.
d) Complementação.
40 Assinale abaixo a opção que contém a afirmativa incorreta. Em relação à
Escrituração, a Lei 6.404/76 e alterações pertinentes determinam que:
a) A escrituração da companhia será mantida registros permanentes.
b) Os registros devem observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo.
c) As mutações patrimoniais devem ser registradas de acordo com o regime de
competência.
d) A escrituração contábil deve ser registrada em idioma, em moeda corrente
nacional, em forma contábil e em ordem cronológica de dia, mês e ano.
e) As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores, por
contabilistas legalmente habilitados e pelos proprietários da companhia.

41 Nos lançamentos contábeis, as partidas são denominadas de:


a) Segunda fórmula, quando são debitadas duas contas e creditada uma conta.
b) Terceira fórmula, quando são debitadas duas contas e creditada uma conta.
c) Segunda fórmula, quando são debitadas duas contas e creditadas duas contas.
d) Terceira fórmula, quando são creditadas duas contas e debitada uma conta.
e) Terceira fórmula, quando são debitadas duas contas e creditadas duas contas.

42 Uma sociedade empresarial teve somente parte do seu Capital Social


integralizado. No exercício social seguinte, um dos sócios decidiu integralizar a
quantia de R$140.000,00 através da transferência de um imóvel para a sociedade. O
registro contábil correto desta operação é:
a) D Imóveis R$ 140.000,00 C Capital Social R$ 140.000,00.
b) D Capital a Integralizar R$ 140.000,00 C Capital Social R$ 140.000,00.
c) D Bancos C/ Movimento R$ 140.000,00 C Capital a Integralizar R$ 140.000,00.
d) D Imóveis R$140.000,00 C Capital a Integralizar R$ 70.000,00.
e) D Imóveis R$ 140.000,00 C Capital a Integralizar R$ 140.000,00.

43 Uma sociedade empresária tinha um capital social de R$ 800.000,00, cuja metade


ainda não havia sido integralizada. Os sócios decidiram integralizar a quantia de R$
60.000,00, com a transferência de um veículo de um deles para a sociedade. O
registro contábil da integralização do capital social é:
a) DÉBITO Veículo .........R$60.000,00
CRÉDITO Capital Social ........R$ 60.000,00
b) DÉBITO Capital a Integralizar................ R$ 60.000,00
CRÉDITO Veículo ........................ R$ 60.000,00
c) DÉBITO Capital a Integralizar.................. R$ 60.000,00
CRÉDITO Capital Social .............R$ 60.000,00
d) DÉBITO Veículo R$ 60.000,00
DÉBITO Capital a Integralizar .................... R$ 400.000,00
CRÉDITO Capital Social...................... R$ 460.000,00
e) DÉBITO Veículo ...................... R$ 60.000,00
CRÉDITO Capital a Integralizar ..............R$ 60.000,00

44 A transação em moeda estrangeira deve estar registrada na moeda de origem,


não havendo necessidade de conversão em moeda nacional.
45 Entre as formalidades intrínsecas da escrituração contábil, consta a obrigação de
manter livros sem rasuras, emendas, entrelinhas, borrões ou raspaduras, espaços
em branco, observações ou escritas à margem.

46 Os Livros Diário e Razão, por constituírem os registros permanentes de uma


entidade e por serem obrigatórios, devem ser registrados no registro público
competente.

47 Constituem elementos essenciais do lançamento o local e a data do registro, o


histórico da operação e o valor e encerramento do lançamento.

48 Existem alguns livros de escrituração contábil que são de uso obrigatório e suas
formalidades extrínsecas e intrínsecas devem ser observadas, para que o registro
assuma fé pública e dê credibilidade à informação contábil. Com base nessa
afirmativa, analise as afirmativas abaixo:

I. A formalidade intrínseca diz que a escrituração será em idioma e moeda nacionais.


II. A formalidade extrínseca diz que o Diário deverá conter termos de abertura e de
encerramento.
III. A formalidade extrínseca diz que o Diário será encadernado, com todas as folhas
numeradas em sequência, tipograficamente.
IV. A formalidade intrínseca diz que a escrituração não poderá conter escritos nas
entrelinhas.
V. A formalidade intrínseca diz o Diário não pode ser substituído por fichas.

a) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas.


b) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) Somente as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.

49 Uma empresa, ao pagar uma duplicata antes do vencimento, recebe um desconto


de 10% no valor a pagar. Sabendo-se que o valor que saiu do caixa (o valor pago) foi
de R$ 18.000,00, o lançamento correto desta operação no Livro Diário é:
a) DÉBITO Duplicatas a pagar R$ 20.000,00
CRÉDITO Caixa R$ 18.000,00
CRÉDITO Descontos Obtidos R$ 2.000,00.
b) DÉBITO Duplicatas a pagar R$ 18.000,00
CRÉDITO Descontos Obtidos R$ 1.800,00
CRÉDITO Caixa R$ 16.200,00.
c) DÉBITO Duplicatas a pagar R$ 20.000,00
CRÉDITO Caixa R$ 18.000,00
CRÉDITO Descontos Concedidos R$ 2.000,00.
d) DÉBITO Descontos Obtidos R$ 2.000,00
DÉBITO Caixa R$ 18.000,00
CRÉDITO Duplicatas a pagar R$ 20.000,00.
e) DÉBITO Duplicatas a pagar R$ 18.000,00
DÉBITO Descontos Obtidos R$ 2.000,00
CRÉDITO Caixa R$ 20.000,00.
50 Entre as formalidades extrínsecas e intrínsecas dos Livros de Escrituração,
destacamos as indicadas a seguir, exceto:
a) termos de abertura e de encerramento.
b) registro na Junta Comercial (autenticação).
c) numeração tipográfica e sequencial das folhas.
d) escrituração em ordem cronológica de dia, mês e ano.
e) existência de emendas, rasuras e espaços em branco.

51 O pagamento de despesas ocorridas no mês anterior, com juros de mora, deve


ser registrado por meio de um lançamento de segunda fórmula.

52 A junção de diversos lançamentos de primeira fórmula em uma só partida


caracteriza o lançamento de quarta fórmula.

53 Na constituição de uma empresa, é fixado o capital social em R$ 32.200,00 e, na


ocasião, os sócios integralizam R$ 22.000,00. O registro contábil desta operação fará
surgir as seguintes contas com seus respectivos grupos contábeis e valores:
a) Caixa (Patrimônio Líquido = R$ 32.200,00); Capital a Integralizar (Ativo
Circulante = R$ 22.000,00); Capital Social (Patrimônio Líquido = R$ 10.200,00).
b) Capital Social (Patrimônio Líquido = R$ 32.200,00); Caixa (Ativo Circulante = R$
22.000,00); Capital a Integralizar (Ativo Circulante = R$ 10.200,00).
c) Capital Social (Patrimônio Líquido = R$ 32.200,00); Caixa (Ativo Circulante = R$
22.000,00); Capital a Integralizar (Patrimônio Líquido = R$ 10.200,00).
d) Capital Social (Patrimônio Líquido = R$ 32.200,00); Caixa (Ativo Circulante = R$
10.200,00); Capital a Integralizar (Passivo Circulante = R$ 22.000,00).
e) Capital Social (Patrimônio Líquido = R$ 10.200,00); Caixa (Ativo Circulante = R$
22.000,00); Capital a Integralizar (Ativo Circulante = R$ 32.200,00).

54 O recebimento do valor relativo a um título de crédito em atraso, acrescido de


juros, é um fato patrimonial permutativo-modificativo, pois representa uma troca
de ativos e produz impacto sobre o patrimônio líquido da entidade.

55 A compra de veículos à vista é um fato modificativo aumentativo que deve ser


registrado em lançamento de primeira fórmula.

56 O registro contábil dessa transação é, tipicamente, um lançamento de quarta


fórmula, e o fato a ser registrado é um Fato Administrativo
a) composto aumentativo.
b) composto diminutivo.
c) modificativo aumentativo.
d) modificativo diminutivo.
e) permutativo.

57 A amortização de dívida com desconto é evento que provoca os seguintes


impactos no patrimônio da entidade que efetuou o pagamento: crédito em conta de
disponibilidades, débito em conta de passivo e débito em conta de resultado pelo
reconhecimento de despesa financeira.
58 Compra de uma máquina à vista e Aumento do Capital Social com a incorporação
de lucros são fatos contábeis:
a) mistos aumentativos.
b) mistos diminutivos.
c) permutativos.
d) modificativos aumentativos.
e) modificativos diminutivos.

59 Considere que determinada empresa recebeu à vista R$ 12.000,00 por um


serviço prestado a terceiros. O lançamento decorrente desse fato aumentou o saldo
da conta CAIXA em R$ 12.000,00 e a sua contrapartida foi registrada em conta de
resultado. No final do exercício, a empresa obteve um resultado econômico positivo,
o que veio a alterar a situação patrimonial da empresa. Dessa forma, é possível
afirmar que se trata de:
a) Fato permutativo.
b) Fato permutativo aumentativo.
c) Fato misto aumentativo.
d) Fato modificativo diminutivo.
e) Fato modificativo aumentativo.

60 A liquidação de uma dívida com desconto é uma operação que


a) Diminui o passivo, o patrimônio líquido e o ativo.
b) Diminui o passivo e o patrimônio líquido e aumenta o ativo.
c) Diminui o ativo e o patrimônio líquido e aumenta o passivo.
d) Diminui o ativo e o passivo e aumenta o patrimônio líquido.
e) Diminui o passivo e aumenta o ativo e o patrimônio líquido.

61 Os atos administrativos são os que não provocam alterações nos elementos do


patrimônio ou do resultado, portanto, não são de interesse da contabilidade. Os fatos
administrativos são os que provocam alterações nos elementos do patrimônio ou do
resultado, portanto, interessam à contabilidade. “Uma empresa pagou, em atraso,
uma obrigação tributária, a qual já estava registrada em seu Passivo. O pagamento
teve que ser realizado acrescentando os respectivos acréscimos legais.” Essa
operação caracteriza–se como um fato contábil
a) Permutativo.
b) Misto diminutivo.
c) Modificativo diminutivo.
d) Compensativo aumentativo.

62 A agregação contábil de patrimônios autônomos resulta em nova entidade e não


pode ser caracterizada como uma unidade de natureza econômico-contábil.
De acordo com a Resolução CFC n.º 750/1993, a observância dos Princípios de
Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. A respeito desse assunto,
julgue o item a seguir:
63 Na aplicação dos Princípios de Contabilidade, há situações em que a essência das
transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. Um exemplo é o registro
da depreciação mensal, adotando-se como parâmetro a vida útil econômica e o valor
residual do bem em detrimento da vida útil estabelecida por norma específica.

64 O que o Princípio da Entidade reconhece como o objeto da Contabilidade?


a) A sociedade.
b) As informações.
c) Os registros.
d) O patrimônio.
e) As variações circunstanciais.

65 O Conselho Federal de Contabilidade aprovou os Princípios Fundamentais de


Contabilidade dispostos na Resolução CFC 750/93. Segundo essas regras, o
Princípio Fundamental de Contabilidade que reconhece o patrimônio como objeto
da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, é o Princípio:
a) Patrimonialista.
b) Da Prudência.
c) Da Entidade.
d) Do Conservadorismo.
e) Da Competência.

66 Esse Princípio Contábil reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e


afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de
pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Consequentemente,
nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou
proprietários. É correto afirmar que o texto faz referência ao Princípio Contábil
da(o):
a) Atualização Monetária.
b) Competência.
c) Entidade.
d) Prudência
e) Registro pelo Valor Original.

67 De acordo com a Resolução CFC N.º 1.282/10, os Princípios Fundamentais de


Contabilidade (PFC), citados na Resolução CFC n.º 750/93, passam a denominar-se
Princípios de Contabilidade (PC). Sobre os Princípios de Contabilidade (PC), analise
as sentenças e assinale a alternativa correta:
a) O Princípio da Prudência determina a adoção do maior valor para os
componentes do Ativo e do menor para os do Passivo, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido.
b) O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação
no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do
patrimônio levam em conta esta circunstância.
c) O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros
eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem os recebimento ou
pagamentos.
d) O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de escrituração dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e legais.

68 Determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior


para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para
a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos
necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que
ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam
subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais. Esta afirmativa refere-se ao:
a) Princípio da Competência.
b) Princípio do Registro Pelo Valor Original.
c) Princípio da Atualização Monetária.
d) Princípio da Prudência.

69 Sobre os Princípios de Contabilidade, analise as sentenças abaixo e assinale a


alternativa correta:

I. Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias


relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos
universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade
no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das
entidades.
II. São Princípios de Contabilidade: Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro
pelo Valor Original, Competência e Prudência.
III. O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação
no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do
patrimônio levam em conta esta circunstância.
IV. O Princípio da Oportunidade determina que os componentes do patrimônio
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações,
expressos em moeda nacional.

Assinale a alternativa que contém as sentenças corretas:


a) Apenas as sentenças I, II e IV estão corretas.
b) Todas as sentenças estão corretas.
c) Apenas as sentenças I, II e III estão corretas.
d) Apenas as sentenças I e III estão corretas.
Julgue o item a seguir, com relação aos fatos descritos e seus efeitos nas
demonstrações contábeis, elaboradas conforme a Lei n.º 6.404/1976 (e alterações
posteriores) e os pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC).

70 O valor das receitas de vendas a prazo que ainda não tenha sido recebido quando
da elaboração da demonstração do resultado do exercício será evidenciado
juntamente com o valor das demais receitas, em decorrência do Princípio da
Competência.

71 A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da


profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC). Há um Princípio de Contabilidade que reconhece o Patrimônio
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
Existe também outro Princípio que se refere ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e
tempestivas. As afirmações caracterizam, respectivamente, os seguintes Princípios
de Contabilidade:
a) Continuidade e Clareza.
b) Formalidade e Oportunidade.
c) Entidade e Oportunidade.
d) Clareza e Competência.
e) Objetividade e Prudência.

72 Assinale a opção correta.


a) O Princípio da Prudência especifica que ante duas alternativas, igualmente
válidas, para a quantificação da variação patrimonial, deverá ser adotado o maior
valor para os bens e direitos e o menor valor para as obrigações ou exigibilidades.
b) Segundo o Princípio Contábil da Competência, as despesas e receitas devem ser
contabilizadas como tais, no momento de sua ocorrência, independentemente de
seu pagamento.
c) O Princípio Contábil da Prudência aconselha que se deve sempre contabilizar a
previsão de possíveis Prejuízos e nunca a antecipação de possíveis Lucros.
d) Segundo o Princípio Contábil da Competência, o reconhecimento da receita de
uma venda a prazo deverá ocorrer apenas no momento do recebimento de seu valor.
e) O Princípio Contábil da Prudência determina que, quando se apresentarem
opções igualmente aceitáveis diante dos outros Princípios fundamentais de
Contabilidade, deverá ser escolhida a opção que menos diminui ou mais aumenta o
valor do Patrimônio Líquido.

73 Quando, ao avaliar o estoque final de mercadorias, procuramos atender à


recomendação “custo ou mercado, o que for menor”, estamos observando um
Princípio fundamental de Contabilidade. Indique abaixo qual é esse Princípio.
a) Consistência
b) Objetividade.
c) Oportunidade.
d) Materialidade.
e) Prudência.
74 A função do Balancete de Verificação é:
a) Verificar se os lançamentos contábeis realizados no período estão corretos.
b) Verificar as diferenças entre a variação do ativo e do passivo do período.
c) Fazer o balanço patrimonial da empresa ao final do período.
d) Demonstrar o valor do lucro líquido resultante das operações do período.
e) Demonstrar mensalmente o valor do ativo e das contas de resultado.

Considere os valores dos saldos para as seguintes contas do balancete do período,


em R$:

Mercadorias: R$ 975,00
Prejuízos acumulados: R$ 200,00
Promissórias a pagar: R$ 675,00
Clientes: R$ 600,00
Caixa: R$ 550,00
Dívidas a pagar: R$ 900,00
Descontos obtidos: R$ 500,00
Capital: R$ 650,00

75 Sabendo-se que não foram anotadas as despesas incorridas no período,


considerando-se o método das partidas dobradas e com base nos elementos
apresentados, o valor dessas despesas, em real, será de:
a) 2.350,00.
b) 1.000,00.
c) 600,00.
d) 400,00.

76 Tendo em vista que, em todos os lançamentos, o valor do débito é exatamente


igual ao valor do crédito, a coma de todas as contas com saldo devedor deve
corresponder à soma de todas as contas com saldo credor. Para verificar se as somas
estão corretas, utiliza-se o balancete de verificação. Em relação ao balancete de
verificação, analise.

I. É elaborado com base nos saldos de todas as contas do diário.


II. Seu principal objetivo é testar (verificar) se o método das partidas dobradas foi
respeitado, portanto, o único erro de escrituração que o mesmo aponta ou
representa é o da troca de saldos (devedores por credores e vice-versa).
III. O grau de detalhamento do balancete de verificação deverá ser consentâneo com
sua finalidade.
IV. Os elementos mínimos que devem constar do balancete de verificação são:
identificação da entidade, data a que se refere, abrangência, identificação das contas
e respectivos grupos, e saldos das contas somando os saldos devedores com os
credores.

Estão corretas apenas as afirmativas:


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) II, III e IV.
77 Ativo são todos os bens e direitos de propriedade da entidade, mensuráveis
monetariamente, que representam benefícios presentes ou benefícios futuros para
a entidade. As contas do Ativo serão classificadas do seguinte modo:

I. No ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do


exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte.
II. Em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que se
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
III. No ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos
com essa finalidade, com exceção dos decorrentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
IV. No intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido.

Analise as sentenças sobre a classificação das contas do grupo do Ativo e assinale a


alternativa correta:
a) Apenas I, II e III estão corretas.
b) Apenas I, II e IV estão corretas.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas I e IV estão corretas.

78 Se uma companhia alienar partes beneficiárias ou bônus de subscrição, o produto


da alienação deverá ser registrado como reserva de capital.

79 Um passivo é uma obrigação presente advinda de eventos passados. Sua


liquidação resulta, necessariamente, na saída de recursos financeiros capazes de
gerar benefícios econômicos.

80 O balanço patrimonial é a demonstração contábil estática que apresenta, em


termos qualitativos, a posição financeira e patrimonial da entidade em data
determinada.

81 Determinada empresa, no final do exercício, levantou os seguintes saldos


contábeis:
Aplicações financeiras de liquidez imediata: R$ 4.000
Aplicações financeiras para resgate em 30 dias: R$ 4.000
Caixa: R$ 4.000
Depósitos bancários à vista: R$ 40.000
Depósitos bancários vinculados à liquidação de empréstimos: R$ 40.000

Nessa situação, a conta disponibilidade (caixa e equivalentes de caixa) registrará um


saldo de R$ 52.000.
82 De acordo com a Lei n° 6.404/76, é correta a afirmação:
a) O capital social só poderá ser formado com contribuições em dinheiro.
b) O Estado fixará o número das ações em que se divide o capital social.
c) No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez.
d) A companhia sempre poderá negociar com as próprias ações.
e) A ação é divisível em relação à companhia.

83 Faz parte do passivo circulante, em um balanço patrimonial, o seguinte:


a) Ações preferenciais.
b) Lucros retidos.
c) Móveis e utensílios.
d) Títulos a pagar.

84 Assinale a alternativa com a conta que é sempre classificada no subgrupo Ativo


Realizável de Longo Prazo, pertencente ao Ativo Não Circulante.
a) Duplicatas a Receber.
b) Participações Societárias Temporárias.
c) Propriedades para Investimento.
d) Direitos Autorais.
e) Empréstimos a Sócios ou Acionistas.

85 A Lei n° 6.404/76, ao disciplinar o Balanço Patrimonial, estabelece a classificação


das contas do Ativo. Observadas as disposições legais, nesse sentido, as
participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza,
não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da
atividade da companhia ou da empresa, serão classificadas
a) No intangível.
b) No ativo imobilizado.
c) Em participações.
d) No ativo realizável de longo prazo.
e) Em investimentos.

De acordo com a Lei n.º 6.404/1976, julgue o próximo item, a respeito da elaboração
e apresentação das principais demonstrações contábeis.

86 Os adiantamentos concedidos a sociedades controladas e não ligados à


exploração do objeto social da empresa controladora devem ser registrados no ativo
não circulante da controladora.

87 Com base nos dados a seguir, responda à questão.

Disponibilidades: R$ 10.000,00
Contas a Receber: R$ 35.000,00
Duplicatas Descontadas: R$ 10.000,00
Imobilizado: R$ 21.000,00
Investimento: R$ 4.500,00
Financiamentos Contraídos (circulante): R$ 80.000,00
Empréstimos Concedidos (não circulante): R$ 35.000,00
Capital Social: R$ 15.500,00
Pode-se afirmar que o
a) Ativo circulante é de R$ 55.000,00.
b) Ativo não circulante é de R$ 25.500,00.
c) Total do passivo mais o Patrimônio Líquido é de R$ 85.500,00.
d) Passivo circulante é de R$ 90.000,00.
e) Passivo não circulante é de R$ 35.000,00.

88 A Demonstração do Resultado do Exercício é um relatório contábil que reflete:


a) A variação da situação financeira entre dois momentos diferentes e sua
distribuição.
b) O Patrimônio Líquido em determinado momento e sua distribuição.
c) As despesas e as receitas incorridas entre dois momentos diferentes.
d) As despesas pagas e as receitas incorridas entre dois momentos diferentes e sua
distribuição.
e) As despesas incorridas e as receitas recebidas entre dois momentos diferentes e
sua distribuição.

89 As comissões pagas a vendedores devem ser incluídas nas despesas operacionais


da demonstração do resultado do exercício, entre as despesas classificadas como
administrativas ou gerenciais.

90 A partir da estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício e das


informações apresentadas a seguir, calcule o valor do Resultado Bruto.

Assinale a alternativa correta:


a) R$ 84.000
b) R$ 108.000
c) R$ 156.000
d) R$ 42.600

A companhia Comercial S apresentou as seguintes informações sobre a


movimentação de mercadorias, em um determinado exercício social:
– Compra de mercadorias 1.000.000,00
– ICMS sobre as compras 180.000,00
– Venda de mercadorias 1.500.000,00
– ICMS sobre as vendas 270.000,00
– Abatimentos sobre as vendas 40.000,00
– Estoque final de mercadorias 120.000,00
91 Consideradas somente as informações recebidas, as normas vigentes e a
legislação societária para a elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício,
o total das deduções da receita bruta, evidenciado na demonstração desse resultado
do exercício da Comercial S, em reais, é:
a) 130.000,00
b) 270.000,00
c) 310.000,00
d) 1.010.000,00
e) 1.190.000,00

92 A Cia. Compra & Vende reconheceu, durante o ano de 2013, R$ 5.000.000,00 em


vendas realizadas. Adicionalmente, durante 2013, reconheceu as seguintes
operações: devoluções de vendas de R$ 250.000,00; abatimento sobre vendas de R$
100.000,00; impostos sobre vendas de R$ 950.000,00; comissões sobre as vendas
realizadas de R$ 150.000,00; frete sobre as vendas realizadas de R$ 70.000,00;
estimativa para perdas com créditos de liquidação duvidosa de R$ 90.000,00; salário
dos administradores de R$ 360.000,00. Sabendo que o custo das mercadorias
vendidas foi R$ 2.720.000,00, é correto afirmar que a receita líquida e o lucro bruto
apurados pela Cia. Compra & Venda, no ano de 2013, foram, respectivamente,
a) R$ 3.700.000,00 e R$ 310.000,00.
b) R$ 4.050.000,00 e R$ 980.000,00.
c) R$ 3.700.000,00 e R$ 760.000,00.
d) R$ 4.050.000,00 e R$ 760.000,00.
e) R$ 3.700.000,00 e R$ 980.000,00.

93 Consoante o disposto na legislação societária, os Princípios de Contabilidade e os


pronunciamentos técnicos do CPC, julgue o item, relativo à elaboração de
demonstrações contábeis. Considerando-se os dados apresentados na tabela abaixo,
relativos a uma empresa comercial, é correto afirmar que a demonstração do
resultado do período apresentará lucro bruto superior a R$ 300.000,00.

94 Sabendo-se que as participações dos empregados e dos administradores foram


calculadas de acordo com o disposto na Lei 6.404/76 e que as percentagens
previstas no estatuto da companhia são, respectivamente, 10% e 5% para cada uma
delas, o valor da participação dos administradores foi:
a) 11.700,00
b) 13.000,00
c) 15.900,00
d) 17.100,00
e) 19.000,00
95 A Empresa Lojas Jovens Ltda. adquiriu mercadorias a prazo, para revenda, por
$50.000, incidindo sobre a operação ICMS de 18%. Com base nesses dados,
identifique o registro contábil que caracteriza esta operação.

a) Diversos
a Fornecedores: 50.000
Estoque de mercadorias: 41.000
ICMS a recuperar: 9.000

b) Diversos
a Diversos
Estoque de mercadorias: 50.000
ICMS a recuperar: 9.000
a Fornecedores: 50.000
a ICMS a pagar: 9.000

c) Diversos
a Estoque de mercadorias: 50.000
Fornecedores: 41.000
ICMS a recuperar: 9.000

d) Estoque de mercadorias: 59.000


a Diversos
a Fornecedores: 50.000
a ICMS a pagar: 9.000

e) Estoque de mercadorias: 50.000


a Fornecedores: 50.000
Bancos conta movimento: 9.000
a ICMS a pagar: 9.000

96 A empresa Comercial de Frutas S/A, em março de 2008, realizou compras de


mercadorias pelo preço de R$ 10.000,00 e, no mesmo mês, vendeu metade dessa
mercadoria comprada pelo preço de R$ 8.000,00. Sobre essas operações, houve a
incidência de IPI de 6% e de ICMS de 10%. Não houve incidência de PIS nem de
COFINS. Considerando, exclusivamente, essas informações, podemos dizer que a
empresa auferiu lucro de:
a) R$ 2.160,00.
b) R$ 2.200,00.
c) R$ 2.400,00.
d) R$ 2.640,00.
e) R$ 3.000,00.
97 A empresa Merendaria Maria Ltda. realizou, no banco em que é correntista, uma
operação de desconto de títulos com incidência de juros. O lançamento necessário
para contabilizar essa operação no Diário da empresa deverá ser:
a)
Bancos c/Movimento
a Diversos
a Duplicatas Descontadas: xxx,xx
a Encargos da Operação: x,xx xxx,
b)
Diversos
a Duplicatas Descontadas
Banco c/Movimento: xxx,xx
Encargos da operação: xxx xxx,xx
c)
Bancos c/Movimento
a Diversos
a Duplicatas a Receber: xxx,xx
a Encargos da Operação: xxx xxx,xx
d)
Diversos
a Duplicatas a Receber
Bancos c/Movimento: xxx,xx
Encargos da Operação: xxx xxx,xx
e)
Duplicatas Descontadas
a Duplicatas a Receber: xxx,xx
e
Encargos da Operação
a Bancos c/Movimento : xx

98 Na alienação de imobilizado, havendo saldo na conta de depreciação acumulada


do bem, esta deverá ser encerrada contra a própria conta do bem, antes de efetuada
a baixa do imobilizado

99 Uma máquina adquirida pela empresa Alfa por R$ 12.000,00, que tem vida útil
estimada em três anos e valor residual de 25%, ao fim do segundo ano de uso,
apresentará um valor contábil de:
a) R$ 9.000,00.
b) R$ 3.000,00.
c) R$ 6.000,00.
d) R$ 2.250,00.
e) R$ 3.500,00.
100 Da folha de pagamento da Cia. Pagadora, foram extraídos os dados abaixo:

Ao tomar como base apenas os dados fornecidos, pode-se afirmar que o total a ser
apropriado como Despesas de Período é:
a) R$476.000.
b) R$472.000.
c) R$436.600.
d) R$400.000.
e) R$394.600.

101 Determinada empresa, cujo exercício social coincide com o ano-calendário,


pagou a quantia de R$ 1.524,00 de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30 de
setembro de 2007. A apólice pertinente a essa transação cobre riscos durante o
período de primeiro de outubro de 2007 a 30 de setembro de 2008. Considerando o
princípio da competência de exercícios, o Contador da empresa registrou o
pagamento dos gastos na conta Seguros a Vencer. No balanço patrimonial de 31 de
dezembro de 2007, após as apropriações de praxe, o saldo desta conta, Seguros a
Vencer, deverá ser de:
a) R$ 1.260,00.
b) R$ 381,00.
c) R$ 1.055,00.
d) R$ 1.172,20.
e) R$ 1.143,00.

102 No momento da apropriação mensal de um seguro contratado para doze meses,


o crédito deverá ser feito na conta Bancos ou na conta Caixa.
103 Uma sociedade empresária apresentou o seguinte quadro, construído a partir
da identificação de diversas obrigações presentes decorrentes de eventos passados,
cujas probabilidades de saída de recurso foram classificadas como prováveis ou
possíveis.

De acordo com a NBC TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos


Contingentes, o valor de provisões a ser constituído e apresentado no Balanço
Patrimonial será de:
a) R$ 400.000,00
b) R$ 850.000,00
c) R$ 860.000,00
d) R$ 1.250.000,00

104 A provisão para crédito de liquidação duvidosa é uma conta contábil de


natureza credora redutora da conta Clientes ou Valores a Receber, que pertencem
ao grupo do ativo.

105 A constituição de provisão para devedores duvidosos


a) diminui o Ativo e o Patrimônio Líquido.
b) aumenta o Ativo e o Patrimônio Líquido.
c) diminui o Ativo e o Passivo.
d) aumenta o Passivo e diminui o Patrimônio Líquido.
e) aumenta o Passivo e o Patrimônio Líquido.
GABARITO
1 C 28 B 55 E 82 C
2 C 29 A 56 E 83 D
3 E 30 B 57 E 84 E
4 E 31 C 58 C 85 E
5 C 32 E 59 E 86 C
6 C 33 A 60 D 87 D
7 A 34 A 61 B 88 C
8 E 35 C 62 E 89 E
9 C 36 C 63 C 90 A
10 A 37 C 64 D 91 C
11 E 38 E 65 C 92 E
12 E 39 D 66 C 93 C
13 A 40 E 67 B 94 A
14 E 41 B 68 D 95 A
15 C 42 E 69 C 96 C
16 C 43 E 70 C 97 B
17 E 44 E 71 C 98 E
18 A 45 C 72 C 99 C
19 C 46 E 73 E 100 B
20 E 47 C 74 A 101 E
21 C 48 E 75 D 102 E
22 B 49 A 76 B 103 B
23 C 50 E 77 D 104 C
24 B 51 E 78 C 105 A
25 C 52 C 79 E
26 E 53 C 80 C
27 E 54 C 81 C

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