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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA – CCAA – CAMPUS II


CURSO DE AGROECOLOGIA
MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA E MEIO AMBIENTE
Prof. Cláudio S. Soares

1. Introdução
1.1. Conceituação e normalização das máquinas agrícolas

Abaixo segue algumas terminologias segundo a ABNT-NB-66:


Operação Agrícola: Toda atividade direta e permanentemente relacionada com a execução do
trabalho de produção agropecuária.
Máquinas Agrícolas: Máquina projetada especificamente para realizar integralmente ou coadjuvar
a execução da operação agrícola.
Implemento Agrícola: Implemento ou sistema mecânico, com movimento próprio ou induzido, em
sua forma mais simples, cujos órgãos componentes não apresentam movimentos relativos.
Ferramenta Agrícola: Implemento, em sua forma mais simples, o qual entra em contato direto com
o material trabalhado, acionado por uma fonte de potência qualquer.
Máquina Combinada ou Conjugada: É uma máquina que possui, em sua estrutura básica, órgãos
ativos que permitem realizar, simultaneamente ou não, várias operações agrícolas.
Acessórios: Órgãos mecânicos ou ativos que, acoplados à máquina agrícola ou implemento,
permite tanto aprimoramento do desempenho como execução de operações diferentes para o
qual foi projetado.

1.2. Classificação das máquinas agrícolas


As máquinas agrícolas são divididas em grupos, especificados na seqüência.

Grupo 1 - Máquinas para o preparo do solo


a.1) Máquinas para o preparo inicial do solo
São responsáveis pela limpeza do solo, ou seja, pela remoção de árvores, cipós e etc.
Constituem-se de destocadores, serras, lâminas empurradoras, lâminas niveladoras, escavadeiras
e perfuradoras.
a.2) Máquinas para o preparo periódico do solo
São responsáveis pela movimentação ou mobilização do solo (inversão de leiva).
Constituem-se de arados de aivecas, arados de discos, subsoladores, enxadas rotativas,
sulcadores, etc.

Grupo 2 - Máquinas para a semeadura, plantio e transplante


b.1) Semeadoras, plantadoras e transplantadoras
b.2) Cultivo mínimo ou plantio direto

Grupo 3 - Máquinas para a aplicação, carregamento e transporte de adubos e corretivos


c.1) Adubadoras e carretas

Grupo 4 - Máquinas para o cultivo, desbaste e poda


d.1) Cultivadores de enxadas rotativas, ceifadeiras e roçadoras

Grupo 5 - Máquinas aplicadoras de defensivos


e.1) Pulverizadores, polvilhadoras, microatomizadoras, atomizadoras e fumigadores

Grupo 6 - Máquinas para a colheita


f.1) Colhedoras ou colheitadoras

Grupo 7 - Máquinas para transporte, elevação e manuseio


g.1) Carroças, carretas e caminhões

Grupo 8 - Máquinas para o processamento


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h.1) Máquinas beneficiadoras de café, milho, arroz, algodão e cana
h.2) Máquinas para o tratamento e polimento: secadoras, classificadoras e polidoras

Grupo 9 - Máquinas para a conservação do solo, água e irrigação e drenagem


i.1) Irrigação: motobombas e aspersores
i.2) Drenagem: retroescavadeiras e valetadeiras

Grupo 10 - Máquinas especiais


j.1) Reflorestamento: tratores florestais e filler bush (processador de madeira)

Grupo 11 - Máquinas motoras e tratoras


k.1) Tratores agrícolas, tratores industriais e tratores florestais

2. Tratores agrícolas
Importância: Aumentar a produtividade aliado à maior eficiência das atividades agrícolas,
tornando-o menos árduo e mais atraente. Condicionam e exigem avanços tecnológicos
constantes.

2.1 Funções básicas


a) Tracionar máquinas e implementos de arrasto tais como arados, grades, adubadoras e
carretas, utilizando a barra de tração;
b) Acionar máquinas estacionárias, tais como batedoras de cereais e bombas de recalque d’água,
através de polia e correia ou da árvore de tomada de potência;
c) Tracionar máquinas, simultaneamente com o acionamento de seus mecanismos, tais como
colhedoras, pulverizadores, através da barra de tração ou do engate de três pontos e da árvore de
tomada de potência;

2.2 Constituição do trator

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2.3 Identificaçao dos principais controles e comandos


É muito importante que se conheça bem todos os instrumentos e controles de um trator. Na figura
abaixo identifica-se o painel de comandos.

Outro ponto trata-se do painel de instrumentos como visto abaixo:

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2.4 Partida do motor e painel de instrumentos


Para ativar as funções do interruptor gire a
chave de partida (1) nas posições: A) não há
corrente nos circuitos; B) funcionamento das
luzes do painel; C) acionamento do motor de
partida.

2.5 Comandos operacionais


Alguns comandos são de extrema importância na operação do trator, como alavancas e pedais,
que selecionam algumas funções do mesmo.
a) Comandos do lado direito da plataforma do trator

b) Comandos do lado direito do pára-lama

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c) Comandos do lado esquerdo

d) Comando dos pedais

CUIDADO: Quando dirigir em via pública, ligue sempre os dois pedais de freio com o pino 5.

e) Comando com pedais do diferencial

2.6 Cuidados durante a operação do trator


 Nunca fique com o pé sobre o pedal de embreagem quando estiver operando normalmente (isto
ocasiona desgaste prematuro do disco e da embreagem).
 Em tratores que possuem transmissão do tipo não sincronizada, nunca faça troca de marchas
com o trator em movimento sob pena de danificar a transmissão.
 Mantenha os pedais de freio sempre unidos pela trava de união, quando estiver se deslocando
em estradas.

2.7 Transmissão mecânica


a) 12x4 velocidades
A caixa é controlada por duas alavancas: a) A alavanca principal das mudanças (1) seleciona as 4
velocidades que são totalmente sincronizadas. b) A alavanca das gamas de velocidades (2) que
proporciona 3 gamas distintas (I-gama baixa,II-gama média e III-gama alta) e outra R-marcha-ré para
cada uma das 4 velocidades, não sendo sincronizada. Neste caso existem 12 velocidades para
frente e 4 em marcha-ré.

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Para mudar de velocidade dentro da mesma gama, deslocar a alavanca principal para a
velocidade pretendida após ter apertado o pedal da embreagem (o trator não precisa ser
imobilizado, pois as velocidades são sincronizadas).

b) 12x12 velocidades (com inversor)


A caixa é controlada por três alavancas: a) A alavanca principal das mudanças (1) seleciona as 4
velocidades que são totalmente sincronizadas; b) A alavanca das gamas de velocidades (2) que
proporciona 3 gamas distintas (I-gama baixa,II-gama média e III-gama alta); c) a alavanca do inversor
(3) que proporciona o deslocamento do trator para a frente (B) ou para trás (A).

c) 20x12 velocidades (com inversor e super-redutor)


As alavancas de velocidade, das gamas e a do
inversor são idênticas no modo de
funcionamento à transmissão com inversor.A
alavanca 1 para frente (D) engrena as
velocidades extra-lentas nas gamas baixa e
média. A alavanca 1 para trás (C) desengata as
velocidades extra-lentas.
Esse super-redutor apenas trabalha nas gamas
baixa (I) ou média (II).

2.8 Tração dianteira


A tração dianteira auxilia o trator a ter um
melhor desempenho e produtividade,
particularmente quando se trabalha com
implementos pesados em terrenos irregulares,
lamacentos ou escorregadios. A tração
dianteira é engatada colocando-se o interruptor
1 na posição B.
OBS: A tração dianteira liga-se
automaticamente, mesmo com o interruptor na
posição B, quando se acionam os pedais de
freio simultaneamente.

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Para que a tração dianteira de seu trator possa ter uma excelente durabilidade, observe as
seguintes recomendações:
 Nunca tente engatar a tração dianteira com o trator em movimento, devido a diferença entre a
relação de transmissão dianteira e traseira (poderão ocorrer danos no sistema);
 Use a tração dianteira somente em serviços de campo. Quando estiver trafegando em estradas
e rebocando cargas elevadas, use-a semente se for indispensável;
 Nunca use a tração dianteira acima de 15 km h-1;
 Nunca use pneus com desgastes diferentes entre si;
 Ao trocar os pneus, use pneus do mesmo tipo e medidas dos anteriores, caso contrário consulte
o seu distribuidor autorizado.

2.9 Bloqueio do diferencial


a) Comando mecânico
O diferencial permite que as rodas girem a
diferentes velocidades quando o trator está
fazendo uma curva. Ele possui um dispositivo
de bloqueio controlado pelo pedal (1).

É aconselhável bloquear o diferencial nas


seguintes situações:
 Em terrenos lavrados, para evitar que a
roda que está do lado de fora patine;
 Se uma das rodas se encontra em terrenos
irregulares, lamacentos ou escorregadios e
tende a patinar.

b) Comando eletro-hidráulico (opcional em alguns modelos)


O interruptor de bloqueio tem três posições:
A – bloqueio do diferencial desligado
B – bloqueio do diferencial ligado: desliga quando se acionam os freios, ligando automaticamente
após soltá-los.
C – bloqueio do diferencial ligado: desliga
quando se acionam os freios ou se levanta o
hidráulico com o interruptor LIFT-O-MATIC (2).

2.10 Uso da barra de tração


A barra de tração é utilizada para operar
implementos de arrasto (grades de arrasto,
semeadeiras de grande porte, etc.).
É importante salientar que o engate da barra de
tração deve estar numa altura adequada, de
modo que o cabeçalho esteja bem paralelo ao
solo e na mesma linha de tração do trator.

2.11 Tomada de potência (TDP) ou de força (TDF)


A tomada de potência é utilizada para operar implementos de trabalho rotativo (roçadeiras,
valetadeiras, enxadas rotativas, etc.).
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a) TDP acionada pelo motor: coloca-se a alavanca seletora (2) na posição B; engatar lentamente
a embreagem com a alavanca (1) na posição D.
b) TDP sincronizada com a velocidade de deslocamento:com o trator parado, fixar a alavanca
(1) na posição A; coloca-se a alavanca seletora (2) na posição C.

2.12 Sistema hidráulico de 3 pontos


O sistema leva esse nome porque o implemento é acoplado em 3 pontos de engate no trator.
O sistema hidráulico utiliza o óleo da transmissão, o qual é alimentado através de uma bomba de
engrenagem montada do lado direito do motor e acionada
1 pelas engrenagens da distribuição.
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1-Viga "c" do terceiro ponto 5-Barra de tração


2-Cilindro auxiliar 6-Braço inferior esquerdo
3-Estabilizadores laterais 7-Braço superior ou tirante de levante esquerdo
4-Braços do terceiro ponto 8-Tomada de potência

O hidráulico que é sensibilizado através dos abaixo do solo com a alavanca de posição
braços inferiores por meio de uma barra de (1).
flexão permite que sejam executadas as b) Controle de esforço (tração constante – 2):
seguintes operações: Deslocar a alavanca de controle de posição
a) Controle de posição (profundidade (1) totalmente para frente, tornando-a
constante ou posição controlada-1): Deslocar inoperante.
a alavanca de controle de esforço (2) c) Sistema de flutuação (braços c/
totalmente para frente tornando-o inoperante; deslocamento livre): Deslocar ambas as
Regular a posição do implemento acima ou alavancas (1 e 2) para totalmente p/ frente.

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d) Controle misto de posição e esforço: mas evita que o implemento afunde
Quando o implemento estiver ajustado à demasiado em solos de pouca resistência.
profundidade deseja, deslocar gradualmente O interruptor de comando (fig. 23789) é
a alavanca de controle de posição (1) até que usado apenas para baixar (1) ou subir (2) o
os braços comecem a subir. Neste caso o implemento.
hidráulico trabalha em esforço controlado,

2.12.1 Alavanca de profundidade de outro tipo de trator


A alavanca de posição somente é usada quando o trator está equipado com implementos que
trabalham sobre a superfície do solo. Ex: plataformas transportadoras, roçadeiras ou qualquer
outro implemento de superfície.

Desloque a alavanca de posição no A alavanca de profundidade deve estar


quadrante conforme a altura desejada. totalmente para trás e travada pelo
batente limitador.

Utilize esta alavanca quando estiver operando com implementos de penetração (arados,
subsoladores, cultivadores, plantadeiras, etc.)
Coloque o trator em movimento na marcha adequada ao trabalho e desloque a alavanca de
profundidade para frente abaixando o implemento.

A alavanca de posição C deve estar em transporte e travada pelo batente limitador.


Ao atingir a profundidade desejada coloque o batente ajustável B enconstado na alavanca de
profundidade, travando-a.

2.12.2 Utilizaçao da alavanca de reação rápida e lenta


Esta alavanca controla a velocidade de descida do implemento conforme a posição em que está.

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Estando na posição " " o implemento irá baixar
lentamente.

Com a alavanca na posição " " o implemento


baixará rapidamente.

Utilizada nas operações em solos acidentados e onde a velocidade de trabalho for maior. Serve
para todos os implementos de profundidade.

2.13 Adequação do sistema ao tipo de solo


Para possibilitar a adequação da sensibilidade do sistema com o solo a ser trabalhado, alguns
tratores possuem uma viga C com 3 furos para o braço do terceiro ponto.
 Furo superior para solos leves ou macios;

 Furo intermediário, para solos médios;

 Furo inferior para solos pesados ou bastante


compactados e também para transportar implementos em
estradas.

2.14 Acoplamento de implementos ao sistema de engate 3 pontos


Procedimento para o correto acoplamento dos implementos:
1 – com o trator em marcha-à-ré vá de encontro ao implemento até alinhar os braços inferiores 1 e
2 com os pinos de engate do implemento;
2 – Utilize a alavanca de posição para controlar a altura dos braços;
3 – engate o implemento na seguinte ordem:
a) braço esquerdo 

b) braço do terceiro ponto 

c) braço direito 

4 – Se o ponto de engate do implemento ficou afastado do braço direito, faça a sua aproximação
rosqueando o braço do terceiro ponto;
Se o braço direito estiver mais baixo ou mais alto que o ponto de engate, utilize a manivela
niveladora para efetuar o alinhamento. Alguns modelos de tratores não possuem a manivela
niveladora, porém são equipados com um fuso que permite a regulagem independente de cada
braço, facilitando o acoplamento.

2.15 Posição dos furos dos braços inferiores

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Os braços inferiores do hidráulico dos tratores possuem vários furos que são usados conforme a
necessidade:
 Os braços baixam mais próximo do solo. Porém, diminui a força de levante;
 Posição intermediária;
 Posição em que o implemento atinge maior altura e capacidade de levante. Utilize-a para
implementos longos e pesados;
 Furo oblongo. Utilize-o para operar em terrenos bastante acidentados para facilitar as
ondulações, evitando a sobrecarga dos braços superiores do hidráulico.

   

2.16 Ajuste da bitola das rodas


2.16.1 Bitola dianteira 2 RM
Para ajustar a bitola dianteira, proceder da seguinte forma:
a) Levantar a frente do trator, colocando um macaco no meio do eixo dianteiro;
b) Ajustar as pontas do eixo, retirando os parafusos de retenção (1e 2), dois de cada lado;
c) Ajustar o comprimento dos tirantes da direção que ligam as duas rodas, retirando os parafusos
(3);
d) Utilizar a largura da bitola máxima, apenas quando for absolutamente necessário.

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2.16.2 Bitola dianteira 4RM e das bitolas traseiras nas versões 2RM e 4RM
As rodas dianteiras podem ser montadas com a superfície côncava voltada para dentro ou para
fora.

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2.16.3 Ajuste do ângulo da direção
Quando utilizar as larguras das bitolas mais estreitas, os pneus podem tocar no capô. Para evitar
isto, o eixo possui um parafuso batente para a direção, que pode ser ajustado de forma a obter-se
o ângulo de giro ótimo para cada bitola, procedendo da seguinte forma: a) Virar as rodas; b)
Ajustar a proteção do parafuso de ajuste (1) de acordo com a tabela abaixo; c)Travar o parafuso
(1) com a contra-porca (2).

2.17 Lastro do trator


Se o trator necessitar de elevada capacidade de tração, as rodas podem patinar por não se
fixarem ao solo, provocando perdas de potência e de velocidade, maior consumo de combustível e
desgaste prematuro dos pneus. Na tabela abaixo verificam-se os índices de patinagem para o
máximo rendimento de tração do trator.
CONDIÇÕES DE SOLO ÍNDICES DE PATINAGEM (%)
Solo agrícola 7 a 15
Solo duro e não revolvido 7 a 12
Solo solto, revolvido ou bastante arenoso 10 a 15

Para determinar o indice de patinagem do trator em uma determinada operação procede-se da


seguinte forma:
Faz-se um marcação no pneu, utilizando giz ou torrão. Coloca-se o conjunto em operação e
marca-se no solo a referencia inicial com uma estaca no solo, a partir da qual será feita a
contagem do numero de voltas da roda do trator. Com o deslocamento normal de trabalho, conta-
se o numero de voltas até chegar a dez voltas da roda, cravando-se uma estaca no final da
mesma. Esse é, portanto, o percurso (comprimento) equivalente a dez voltas com carga. Agora
levanta-se o implemento, marca-se novamente o pneu e retorna em marcha-ré para a primeira
estaca, contando novamente o numero de voltas do pneu. Desta forma determina-se o índice
através da seguinte fórmula:
NVT = numero de voltas com o trator
tracionando o implemento;
NVR = numero de voltas com o trator em
marcha-ré.
2.17.1 Pesos em ferro fundido
Recomenda-se a montagem de rodas de ferro fundido (50kg cada) para aumentar o peso nas
rodas de tração ou lastrar com água. Quando utilizar implementos muito compridos e pesados que
podem afetar a estabilidade longitudinal do trator, instalar pesos no eixo dianteiro (40kg cada) para
contrabalanço apropriado.

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2.17.2 Lastro em líquido


Pode ser utilizada água nas rodas traseiras
se não houver o perigo de congelamento.
1. Engate para introduzir água
2. Tubo de drenagem de água
3. Ligação para o ar comprimido
4. Tubo de drenagem da água

2.17.3 Processo de enchimento dos pneus com água

2.18 Regras de segurança na operação do trator


As instruções a seguir são de vital  Quando tracionar carretas ou implementos
importância para sua segurança: de arrasto, verifique o correto acoplamento;
 Não ande próximo a barrancos para evitar  Quando verificar o nível da solução da
desmoronamentos; bateria, não use chamas ou faíscas próximo,
evitando explosões a partir dos gases
 Nunca deixe o trator ligado em recintos
produzidos;
fechados de o CO2;

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 Nunca utilize o terceiro ponto do trator para  Antes de iniciar o trabalho, verifique o
serviços de tração; perfeito funcionamento de todos os
instrumentos e mecanismos de controle;
 Quando utilizar o eixo de tomada de
potencia ligado a correias ou carda, evite a  Em decidas utilize a de subida (primeira
proximidade de pessoas nesse mecanismo; marcha);
 Sempre que parar o trator aplique o freio  Jamais freie apenas uma roda quando
de estacionamento; estiver em estradas;
 Nunca deixe outras pessoas subirem no  Ao operar próximo a curvas ou tocos,
trator ou nos implementos; pedras, etc., observe a largura do
implemento;
 Cuidado ao retirar a tampa do radiador
quando estiver quente;

2.19 Bibliografia consultada


A BIBLIA DO TRATOR. Iochpe-Maxion S.A. Centro de treinamento da divisão de maquinas agrícolas
e industriais da Iochpe Maxion. Canoas-RS. 1999.
MEWES, W.L.C. et al. Treinamento de tratorista – regulagem de implementos. Ed. CPT. Viçosa-MG.
1999, 74p.
NEW HOLLAND. Manual do operador. 2a edição. 2009.
SILVEIRA, G.M. Os cuidados com o trator. Ed. Aprenda fácil. Viçosa-MG. 2001. 312p.

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