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SPOSITO, Eliseu Savério.

Geografia e Filosofia: contribuição para o ensino do pensamento


geográfico. São Paulo: Editora da Unesp, 2004.

 A Geografia teve pouca aproximação com a Filosofia por ter sido disciplina escolar antes de
campo científico;

 CONHECIMENTO ≠ PENSAMENTO;

 Não se deve fundir método e disciplina; Assim como método com metodologia;

 Método: meta (por, através de) e hodos (caminho);

 Para Sandroni (1989) o método é ponto inicial de diferenciamento entre correntes do


pensamento, pois condiciona o processo de análise (p. 26);

 Estarão relacionadas com grandes sistemas de pensamento, como o empirismo,


racionalismo, positivismo, dialética e o materialismo histórico;

 Entende que existem três métodos: hipotético-dedutivo; fenomenológico-hermenêutico;


dialético.

 Hipotético dedutivo: herança cartesiana partindo da dúvida e da análise progressiva,


sobretudo na matemática. No século XX Popper retoma este pensamento juntamente com
ideias positivistas. O ponto central é a verificabilidade ou a refutabilidade a partir da
experiência (Ciências duras). Sujeito < OBJETO;

 Fenomenológico-hermenêutico; parte da intenção da consciência humana sobre as coisas em


si, os númenos, fenomenologia e da interpretação dos textos a partir dos contextos, a
hermenêutica; Caracteriza-se pela concretude histórica e pela redução fenomenológica em
contraponto à dúvida cartesiana, sendo que o que é verdadeiramente dado é o mundo
(influência na geografia humanista, Dardel). SUJEITO > Objeto;

 Dialético: dia, diálogo, com Socrátes. Hegel, movimento do Espírito, com tese, antítese e
síntese. Marx, movimento histórico a partir da luta de classes. Importância para categorias,
exceto tempo e o espaço, entendidos como postulados (Kant), singular, particular, universal.
Trabalho, modo de produção, SUJEITO <_> OBJETO;

 Conceito: tem componentes e se define por eles, possui contorno irregular; envolve
articulação, corte e superposição e remete à um problema (DELEUZE, GUATARRI, 1992,
p. 27-8) (p.60);

 “Não se pode isolar o cientista e sua produção de seu grupo social, de seu laboratório, de sua
universidade, de sua comunidade para compreender sua produção científica” (p. 196);

 “Os conceitos, com suas conformações históricas […] deve ser estudados para que a
realidade que os condicionou possa ser bem compreendida e que, num momento seguinte,
eles possam ser superados, pela incorporação de novos dados e pelas transformações em sua
própria historicidade” (197-8).

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