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GREGORY, Derek et al. Geografia humana: sociedade, espaço e ciência social.

Rio de Janeiro:
Zahar Editor, 1996

GREGORY, Derek. Teoria social e geografia humana.

 O discurso da geografia tornou-se mais amplo que a disciplina;

 “Todo o aparato acadêmico – professores, cursos, revistas técnicas, textos, sociedades


acadêmicas – é mobilizado para demarcá-los e ocasionalmente, policiá-los [divisão
intelectual do trabalho]. Mas essas divisões disciplinares não correspondem a qualquer
interrupção natural no panorama intelectual: eles não são respeitadas pela vida social e as
ideias fluem por elas. É este movimentado tráfego de cruzar fronteiras que tenho em mente
quando falo de discurso” (p. 93);

 Teoria social pouco se preocupou com o espaço, primando pelo tempo. Só em fins do século
XX se buscou o 'espaço profundo' (SMITH, 1990);

 “Precisamos constantemente ser lembrados da singularidade de nossos pressupostos,


consequentemente, da excentricidade de nossos pontos de vista. Mas os fatos subsistem:
'conhecimento locacional' simplesmente não é mais local. Como afirma James Clifford,
ocorreu uma mudança conceitual, 'tectônica' em suas implicações. Assentamos as coisas
agora numa terra em movimento. Não há mais um lugar de observação (topo de uma
montanha) do qual podemos descrever as maneiras humanas de viver, nenhum ponto
arquimediano do qual retratar o mundo. As montanhas se encontram em constante
movimento. Assim, as ilhas: pois não se pode ocupar, sem ambiguidade, um mundo cultural
delimitado do qual se possa sair em expedição e analisar outras culturas. Os modos de vida
humanos crescentemente influenciam, dominam, parodiam, traduzem e subvertem uns aos
outros (CLIFFORD, 1986, p. 22);

 Fim do 'olho que tudo vê';

 Espaços racionais e disciplinares;

 A teoria social não é uma Arca de Noé para a geografia humana, (a) casco comido; b) não se
pode usar apenas uma árvore; c) não estar no topo da montanha.

THRIFT, Nigel. Visando o âmago da região.

 A ideia de que só pode haver uma definição ou taxonomia é ingênua (Lakoff, 1988);

 Marx entendia que a diferença local deveria ser superada pelo capitalismo;

 Massey (1984), divisão espacial do trabalho: uma geografia regional marxista;

 “Para Jameson, a cultura pós-moderna e a experiência de pós-modernidade são,


simultaneamente, solução e problema. Enquanto eles oferecem uma solução para o
problema do consumo, atenuam nossos impulsos críticos. No mundo da mídia eletrônica
talvez tenhamos mais informação acerca do mundo mas menos conhecimento de nós
mesmos […] Esta nova ordem do capital recente ou global pode ser resumida por uma
palavra: descentrada. O poder reside na coletividade em si, a qual pode ser acessada por
uma quantidade de terminais. Esta é uma hiperrealidade de corporações descentradas,
cidades descentradas, indivíduos descentrados, difícil de compreender e, portanto, difícil de
contestar” (p. 236);

 Compreender melhor a troca simbólica no espaço; a influência do contexto; relação do


contexto com a economia e encontrar novas maneiras de representar a região;

 “Ao examinar contextos particulares do dia-a-dia, ela revela bem quão importante é o
contexto. O contextual não pode ser varrido para debaixo do tapete por grandiosas teorias
sociais, pois ela permanece onde realmente vivemos. É a margem que constitui o centro (p.
242).

PHILO, Chris. História, geografia e o 'mistério ainda maior' da geografia histórica.

 Geografia Histórica: “é fazer com que uma sensibilidade geográfica seja introduzida no
estudo de todos esses fenômenos do passado” (p. 270);

 A História Geral entendida a partir de uma planície imaginária sobre a qual as coisas
acontecem e não um 'núcleo central', irradiando efeitos e influências (História Total);

 “Ele [Foucault] avalia serem os relacionamentos espaciais que expõe as inúmeras interações
e movimentos de pessoas, ideias, atividades e assim por diante - na essência
relacionamentos de conhecimento e poder: relacionamentos envolvidos na produção e na
subsequente difusão do conhecimento a respeito de determinados assuntos, e ao mesmo
tempo relacionamentos constitutivos de poder pelos quais grupos sociais específicos
impõem sua vontade à outros ou […] pelos quais uma 'visão' geral de ordem é transmitida e
incubada nos membros de uma população” (p. 293-4).

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