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APOSTILA TREINAMENTO DE IFRS - 1eba0 PDF
APOSTILA TREINAMENTO DE IFRS - 1eba0 PDF
Médias Empresas.
Aplicável a:
- Pequenas e Médias Empresas. (NBC TG 1000)
- Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (ITG 1000)
- Entidades sem finalidade de lucros (ITG 2002)
LAUDELINO JOCHEM
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 2
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................5
1. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS ..................................................6
1.2.1 Compreensibilidade:. ..................................................................................................................6
1.2.2 Relevância:. ................................................................................................................................6
1.2.3 Materialidade:. ............................................................................................................................6
1.2.4 Confiabilidade: ............................................................................................................................6
1.2.5 Primazia da essência sobre a forma:. ..........................................................................................6
1.2.6 Prudência: s. ...............................................................................................................................6
1.2.7 Integralidade:. .............................................................................................................................6
1.2.8 Comparabilidade:. .......................................................................................................................6
1.2.9 Tempestividade:..........................................................................................................................6
1.2.10 Equilíbrio entre custo e benefício:..............................................................................................6
2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS .........................................................................7
2.1 Balanço Patrimonial .......................................................................................................................7
Estrutura Básica do Balanço Patrimonial..............................................................................................7
2.2 Demonstração do Resultado - DR ..................................................................................................7
2.3 Demonstração do Resultado Abrangente - DRA.............................................................................8
2.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL ....................................................... 10
2.5 Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA........................................................... 11
3. NOTAS EXPLICATIVAS PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS .............................................. 15
Demonstrações Contábeis Exigidas para Pequenas e Médias Empresas ...........................................18
4. REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ......................................................................19
5. TESTE DE RECUPERABILIDADE – Impairment.............................................................................. 20
5.1 Caso prático de teste de recuperabilidade - Impairment ............................................................... 20
6. INTRUMENTOS FINANCEIROS BÁSICOS ....................................................................................... 21
7. ESTOQUES .......................................................................................................................................25
7.1 Avaliação dos estoques ............................................................................................................... 25
7.2 Redução ao valor recuperável de estoques .................................................................................. 26
7.3 Aquisição de Produtos ou Mercadorias a Prazo ...........................................................................26
8. IMOBILIZADO ...................................................................................................................................27
8.1 Inspeção regular Importante ........................................................................................................28
8.2 Teste de Recuperabilidade – Impairment ..................................................................................... 28
8.3 Custo atribuído na Adoção Inicial .................................................................................................29
9. ATIVO INTANGÍVEL ......................................................................................................................... 30
9.1 Teste de Recuperabilidade – Impairment ..................................................................................... 31
10. ARRENDAMENTO MERCANTIL .....................................................................................................32
10.1 Contabilização do arrendamento mercantil financeiro – Arrendatário..........................................33
10.2 Contabilização do arrendamento mercantil operacional – Arrendatário .......................................34
10.3 Arrendamento mercantil feito pelo próprio fabricante ou comerciante .........................................34
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 3
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INTRODUÇÃO
Com o advento do Capitalismo como sistema econômico e político foi introduzida uma radical
mudança na maneira de organização da sociedade: passou-se do coletivismo ao individualismo, da
economia de subsistência ao acúmulo de capital e do teocentrismo ao antropocentrismo. Estas
mudanças aceleraram o desenvolvimento do comércio e da indústria, onde as fronteiras geográficas
foram sendo rompidas dentro do cenário histórico, especialmente após o Renascimento.
Gradativamente foi-se percebendo que para dar sustentáculo à tamanha expansão tornar-se-ia
indispensável uma ferramenta de controle do patrimônio que estava para ser gerado pelas companhias
cada vez maiores. Neste momento que efetivamente a Contabilidade atinge a sua maior relevância
dentro do contexto da humanidade. As multinacionais rompem todas as barreiras e limites e buscam
seus consumidores em todas as partes do planeta. Nasce aqui à necessidade de uma linguagem
padrão, única e compreensível a todos.
Com as companhias cada vez maiores e presentes em muitos países, com necessidade de
reportar suas demonstrações contábeis às suas matrizes, tornou-se quase que uma missão impossível
fazer tudo isso dentro de realidades totalmente distintas entre si.
Foi com o Acordo de Capitais de Basiléia II que se deu o primeiro passo rumo a uma
harmonização de normas internacionais. Percebe-se aqui a força do sistema financeiro internacional,
que por sua vez, dá o passo decisivo na concretização de algo em comum, uma maneira única, uma
linguagem universal.
Neste material serão abordados os principais temas relativos à contabilidade para Pequenas e
Médias Empresas, abrangidas pela NBC TG 1000, microempresas e empresas de pequeno porte
regulamentadas pela ITG 1000 e ainda as entidades sem finalidade de lucros, descritas pela ITG 2002.
Diante da complexidade dos assuntos abordados serão desenvolvidos exemplos práticos dos principais
tópicos analisados.
Caro leitor, você perceberá no transcorrer desta apostila que as mudanças provocadas pela
convergência às normas internacionais de contabilidade representam uma verdadeira mudança nas
práticas aplicadas até então, trata-se de quebra de paradigma.
Vale ressaltar que ainda existe impregnado na classe empresaria a cultura de que não é preciso
contabilidade para empresas pequenas. Isso aos poucos está mudando e com definição por parte do
Conselho Federal de Contabilidade, onde se estabelecem claramente os critérios a serem aplicados a
cada categoria de empresa, marcou uma nova era à contabilidade.
O desafio é grande para o contabilista, porém a convergência seguramente representa um
enorme avanço e valorização à classe contábil. O IFRS representa á contabilidade o que o Rio Nilo
representou aos povos do Egito antigo: uma grande oportunidade.
O autor.
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1.2.1 Compreensibilidade: está preocupado em tornar a informação clara, para que o usuário tenha
condições de compreendê-la.
1.2.2 Relevância: como estabelecer se a informação é relevante? O critério mais coerente é avaliar se
ela é capaz de influenciar nas decisões econômicas dos usuários.
1.2.3 Materialidade: o principal critério para avaliar a materialidade é quando a omissão ou erro puder
influenciar as decisões econômicas dos usuários nas tomadas de decisões com base nas
demonstrações contábeis.
1.2.4 Confiabilidade: o principal critério das demonstrações contábeis e que precisa estar presente a
todo instante por parte de quem as elabora ou produz é que elas precisão ser confiáveis. Elas são
confiáveis quando estão livres de desvio substancial e viés, e assim representam adequadamente aquilo
que se pretende demonstrar. É possível afirmar que as demonstrações contábeis não estão livres de
desvio quando por meio da seleção ou apresentação da informação, elas são destinadas a influenciar
uma decisão ou um julgamento visando um resultado previamente definido ou pré-determinado.
1.2.5 Primazia da essência sobre a forma: este conceito busca estabelecer que a contabilidade
precisa valorizar a essência de cada operação, ou de cada fato contábil. Assim nem sempre o que está
descrito em algum documento, nota fiscal ou contrato representa a essência. Desta maneira é preciso
que o registro contábil seja realizado pela essência, ou seja: aquilo que realmente é.
1.2.6 Prudência: a aplicação do princípio da prudência busca estabelecer um fator de ponderação
quando outros princípios não conseguem atingir o fato por completo. Isto significa que é necessário um
grau de precaução no exercício ou no julgamento nas estimativas, fato este que se torna necessário em
função de alguma incerteza. A principal cautela ou prudência é para que os ativos ou as receitas não
sejam superestimados e que os passivos e despesas não sejam subestimados.
1.2.7 Integralidade: trata-se de garantir que as demonstrações contábeis sejam completas, claro que
dentro dos limites da materialidade e do custo. Lembrando que uma omissão pode tornar a informação
falsa, enganosa ou deficitária e logo não merendo confiança.
1.2.8 Comparabilidade: as demonstrações contábeis precisam ser realizadas de tal forma que possam
ser comparadas ao longo do tempo. Outro aspecto a ser considerado quanto à comparabilidade, é que
os usuários precisam ter condições de comparar as demonstrações contábeis de diferentes entidades. É
importante para tornar possível a comparabilidade que as políticas contábeis sejam claras e informadas
aos usuários.
1.2.9 Tempestividade: a informação contábil precisa ser oferecida dentro do tempo de execução da
decisão. Se a informação chegar após o tempo execução da decisão e ela pode perder a relevância.
1.2.10 Equilíbrio entre custo e benefício: via de regra, os benefícios sempre precisam ser maiores que
o custo para produzir a informação. Aqui se percebe que se está diante de uma situação de julgamento.
Vale ponderar que os custos não recaem necessariamente sobre os usuários que usufruem a
informação.
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ATIVO PASSIVO
Ativo circulante Passivo circulante
Ativo não circulante Passivo não circulante
Realizável a longo prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Investimento Capital Social
Imobilizado Reservas de Capital
Intangível Ajuste de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucro
Ações em Tesouraria
Lucros ou Prejuízos Acumulados1
2
Exemplo de Balanço Patrimonial com duas Colunas
2014 2013
ATIVO 2.765.311,21 2.366.905,94
CIRCULANTE 2.179.301,92 2.057.481,00
CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA 11.754,16 21.962,42
CAIXA 10.546,98 7.877,09
1
As empresas regidas pela Lei n. 6.404/76 estão impedidas da utilização da conta Lucros Acumulados, conforme Art. 178,
parágrafo 2º. III, porém a NBC TG 1000, Item, 4.11, letra “f” permite tal utilização.
2
Foi demonstrado somente uma parte do balanço patrimonial a titulo de exemplificação.
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2.3 Demonstração do Resultado Abrangente - DRA
A demonstração do resultado abrangente inicia com a última linha da demonstração do resultado
conforme a seguir:
3
A DR também pode apresentar as operações descontinuadas após as provisões para o IR e CSLL, porém o mais coerente é ser
apresentadas antes, até porque muitas operações descontinuadas há a incidência de tais tributos.
4
Foi demonstrado somente uma parte da dem onstração do resultado a titulo de exemplificação.
5
Quando a entidade não possui nenhum item de outro resultado abrangente em nenhum dos períodos para os quais as
demonstrações contábeis são apresentadas, ela pode apresentar apenas a demonstração do resultado. (NBC TG 1000, item 3.19).
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6
Valores relativos aos ganhos e perdas na rem ensuração de ativos financeiros disponíveis para venda. (NBC TG 38, itens 55 e
67).
7
Valores relativos à efetiva parcela de ganhos e perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa. (NBC TG 38, itens
95 e 96).
8
NBC TG 02.
9
NBC TG 33.
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Equivalente de caixa são as aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez e apresentam
insignificante risco de mudança de valor. Assim, via de regra, um investimento que possui liquidez e que
esteja aplicado com vencimento não superior a 90 dias pode ser considerado como equivalente de caixa.
A demonstração dos fluxos de caixa é dividida em três partes distintas, conforme a seguir:
a) Atividades Operacionais: são aquelas ligadas a operação da entidade, ou seja, as principais
atividades geradoras de receitas e despesas.
A apresentação do fluxo de caixa operacional deverá ser utilizada a partir de um dos métodos a
seguir: direto ou indireto.
O método indireto é realizado a partir dos elementos que não afetam o caixa, fato este que
justifica o seu nome. Assim o resultado é ajustado levando-se em conta os seguintes itens: mudanças
nos estoques e contas operacionais a receber e a pagar durante o período, depreciação, provisões,
tributos diferidos, receitas e despesas contabilizados pelo regime de competência e que ainda não foram
pagas ou recebidas, variações cambiais não realizadas, lucros de coligadas e controladas não
distribuídos, participação de não controladores, enfim itens que não afetam o caixa, e ainda, todos os
demais itens cujos efeitos sobre o caixa sejam decorrentes das atividades de investimento ou de
financiamento.
O método direto utiliza-se do princípio de demonstrar o fluxo de caixa líquido das atividades
operacionais a partir dos recebimentos e pagamentos de caixa, obtidos a partir dos: registros contábeis,
ajustado as vendas, os custos dos produtos e serviços vendidos e demais itens da demonstração do
resultado e do resultado abrangente referente a: mudanças ocorridas nos estoques, contas operacionais
a receber e a pagar e todos os outros itens que envolvem caixa e ainda as contas que possuem efeitos
no caixa e que sejam decorrentes dos fluxos de caixa para financiamentos ou investimentos.
b) Atividades de Investimento: aqui são registradas as aquisições ou alienações de
investimentos de ativos de longo prazo, ou seja, investimentos não inclusos nos equivalentes de caixa.
Os principais exemplos são os pagamentos para: compra de imobilizado, intangível, instrumentos da
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dívida ou patrimoniais de outras entidades, empréstimos concedidos a terceiros, contratos de swap e
outros. Também da mesma maneira os recebimentos de longo prazo ou não ligados a operação como:
imobilizado, instrumentos da dívida ou patrimoniais de outras entidades, swap e outros recebimentos.
c) Atividades de Financiamento: estas produzem alterações no tamanho no montante ou na
composição do patrimônio líquido e dos empréstimos da sociedade, entre eles os principais são:
recebimentos de caixa por emissão de ações ou quotas ou por instrumentos patrimoniais, emissão de
debêntures, empréstimos recebidos, títulos da dívida, hipotecas e outros similares. Também fazem parte
das atividades de financiamento os pagamentos realizados para: adquirir ações ou quotas, amortização
de empréstimo, de leasing financeiro entre outros.
11
DFC – MÉTODO DIRETO
10
Swap são operações financeiras em que há troca de posições quanto ao risco e rentabilidade. Exemplos mais comuns: swap de
taxa de juros, onde acontece a troca da taxa de juros prefixados por juros pós-fixados ou o inverso, para quem quer evitar o risco
de uma alta nos juros.
11
Modelo adequado ao NBC TG 03.
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Atividades Operacionais 2014 2013 Comentários
Recebimento de Clientes 220.000 Ver o total recebido na
ficha razão da conta.
Recebimento de Juros 500 Idem.
Duplicatas Descontadas Idem.
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Pagamentos Idem.
(-) Fornecedores de mercadorias (100.00 (22.000) Idem.
0)
(-) Aluguel (3.000) (3.000) Idem.
(-) Salários (15.000) (10.000) Idem.
(-) Juros (800) Idem.
(-) Pis (495) Idem.
(-) Cofins (2.280) Idem.
(-) ICMS (5.400) Idem.
(-) IPI (3.000) Idem.
(-) IR e CSLL (2.010) Idem.
Caixa Líquido Consumido nas Atividades 88.815 (35.300)
Operacionais
Atividades de Investimento
Pagamento pela compra de imobilizado (20.000) Ver na ficha razão da
conta.
Pagamento pela compra de investimento (5.000) Idem.
Pagamento pela compra de intangível (5.000) Idem.
Caixa Líquido Consumido nas Atividades de (20.000) (10.000)
Investimento
Atividades de Financiamento
Aumento de capital 50.000 Ver na ficha razão da
conta.
Distribuição de lucros (50.000) Idem.
Caixa Liquido Gerado nas Atividades de (50.000) 50.000
Financiamento
Aumento Líquido no Caixa e Equivalente de 18.815 4.700
Caixa
Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa no ano 4.700 0
anterior
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Os comentários visam orientar o leitor sobre a origem dos valores: DR (Demonstração do Resultado), diferença entre o saldo do
ano anterior e o atual, ou da ficha razão. O modelo apresentado é bem simplificado, mas vale lembrar que a DFC precisa
contemplar todas as contas do Balanço Patrimonial que tiveram variação de saldo do ano anterior comparado com o ano atual e
ainda alguns dados são extraídos diretamente da ficha razão da conta.
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Todos os valores de pagamentos devem ser deduzidos da DFC.
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DFC –MÉTODO INDIRETO
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Atividades Operacionais 2014 2013 Comentários
Lucro líquido do período 49.660 6.365 DR do Período.
( + ) Depreciação 1.000 2.500 DR como despesa.
DR, se for ganho diminuir se for
( - ) Lucro na venda de imobilizado 500
perda aumentar.
Lucro Ajustado 51.160 8.865
Diferença entre saldo da conta no
Aumento em clientes (55.000) Balanço Patrimonial do ano anterior e
16
atual.
Aumento em PECLD 500 200 Idem.
Diferença entre saldo da conta no
Aumento nos estoques (12.750) (2.550) Balanço Patrimonial do ano anterior e
atual.17
Diferença entre o saldo da conta no
Aumento em fornecedores 10.000 Balanço Patrimonial do ano anterior e
atual.
Aumento em ICMS a pagar 12.600 5.400 Idem.
Aumento em IPI a pagar 7.000 3.000 Idem.
Aumento em IR e CSLL a pagar 13.830 2.010 Idem.
Aumento em COFINS a pagar 5.320 2.280 Idem.
Aumento em PIS a pagar 1.155 495 Idem.
Caixa Líquido Consumido nas
88.815 (35.300)
Atividades Operacionais
Atividades de Investimento
Pagamento pela compra de
(20.000) Ver na ficha razão.
imobilizado
Pagamento pela compra de softwares (5.000) Idem.
Pagamento pela compra de (5.000) Idem.
14
Modelo adequado ao NBC TG 03.
15
Os comentários visam orientar o leitor sobre a origem dos valores: DR (Demonstração do Resultado), diferença entre o saldo do
ano anterior e o atual, ou da ficha razão. O modelo apresentado é bem simplificado, mas vale lembrar que a DFC precisa
contemplar todas as contas do Balanço Patrimonial que tiveram variação de saldo do ano anterior comparado com o ano atual e
ainda alguns dados são extraídos diretamente da ficha razão da conta.
16
Se o saldo aumentar será necessário diminuir do fluxo de caixa. Se o saldo diminuiu será necessário aumentar do fluxo de caixa.
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Se o saldo aumentar será necessário diminuir do fluxo de caixa. Se o saldo diminuiu será necessário aumentar do fluxo de caixa.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 15
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Investimentos
Caixa Líquido Consumido nas
(20.000) (10.000)
Atividades de Investimento
Atividades de Financiamento
Diferença entre o saldo da conta no
Aumento de Capital 50.000 Balanço Patrimonial do ano anterior e
atual.
Distribuição de lucros (50.000) Ver na ficha razão da conta.
Caixa Líquido Gerado nas
(50.000) 50.000
Atividades de Financiamento
Aumento Líquido das
18.815 4.700
Disponibilidades
Saldo de Caixa + Equivalência de
4.700 0
Caixa ano anterior
Saldo de Caixa + Equivalente de
23.515 4.700
Caixa do ano atual
18 19 20
CONTAS AUMENTA DIMINUI
Ativo Reduzir na DFC Aumentar na DFC
Passivo Aumentar na DFC Reduzir na DFC
18
Devem ser listadas todas as contas do Balanço Patrimonial, exceto caixa e equivalente de caixa.
19
Quando a diferença aumenta quando os saldos são comparados entre o ano anterior e o ano atual.
20
Quando a diferença diminui quando os saldos são comparados entre o ano anterior e o ano atual.
21
Ver NBC TG 1000, item 3.20.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 16
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Relações com controladas e coligadas, divulgando a política contábil, valor contábil dos
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investimentos e condições relevantes.
30 Valor dos dividendos e lucros recebidos.
Para Joint Venture divulgar política contábil, investimentos, total dos compromissos
31 financeiros quando avaliados pela equivalência patrimonial e se valor justo a base de cálculo
e técnica de avaliação.
Propriedade para Investimento: o método de avaliação e pressupostos significativos,
32
restrições, obrigações contratuais, ganhos, perdas e alienações.
Imobilizado: para cada classe de ativos as bases de mensuração para determinar o valor
33 contábil, depreciação, vida útil, comparando os dados do início e do final do período, baixas,
reversões e alienações.
Intangível: vida útil, taxa e método de amortização, conciliação entre valor contábil e
34
amortização no início e do final do período, adições, baixas e demais alterações relevantes.
Combinação de negócios: nome e descrição das entidades ou negócios combinados, data,
percentual com direito a voto, custo e seus componentes, valores ativados, passivos e
35 passivos contingentes da entidade adquirida, ágio por expectativa de rentabilidade futura,
excessos reconhecidos no resultado, mudanças provocadas pela combinação de negócios,
perdas por impairment.
Arrendamento Mercantil Financeiro (Arrendatário): valor contábil líquido ao final dos
períodos de cada classe, total dos pagamentos futuros mínimos, segregados por períodos
36
de até um ano, mais de um até três, mais de três até cinco e mais de cinco anos e descrição
geral do arrendamento.
Arrendamento Mercantil Operacional (Arrendatário): total dos pagamentos futuros mínimos
37 até um ano, mais de um até três, mais de três até cinco e mais de cinco anos, total pago
reconhecido como despesa e descrição geral do acordo.
Arrendamento Mercantil Financeiro (Arrendador): conciliação entre investimento bruto no
final do período e o valor presente do pagamentos mínimos de até um ano, mais de um e
38 até três, mais de três e até cinco e mais de cinco anos, receita financeira que não foi
apropriada, valores residuais, provisão acumulada para recebíveis incobráveis, pagamentos
contingentes reconhecidos como receitas e descrição geral.
Arrendamento Mercantil Operacional (Arrendador): pagamentos mínimos futuros até um
38 ano, mais de um até três anos, mais de três e até cinco anos e mais de cinco anos, total
contingente reconhecido como receita, informações gerais relevantes.
Leaseback: tanto para arrendatários como para arrendadores a descrição geral dos pontos
40
relevantes do arrendamento.
Provisões Ativas: conciliar o valor contábil dos início e do final do período, adições,
41
reversões, natureza do direito, incertezas e reembolso especial.
Provisões Passivas: estimativa do seu efeito financeiro, incertezas, momento da ocorrência,
42
possibilidade de reembolso.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 18
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Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Pode ser substituída pela DLPA
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 19
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DMPL
A redução ao valor recuperável de ativos deve ser aplicada a todos os ativos exceto:
a) Tributos diferidos ativos;
b) Ativos provenientes de benefícios a empregados;
c) Ativos financeiros tratados como Instrumentos Financeiros;
d) Propriedade para Investimento mensurada pelo valor justo;
e) Ativos biológicos e produtos agrícolas avaliados pelo valor justo.
Os principais ativos submetidos à redução ao valor recuperável são:
Estoques: os estoques precisam ser avaliados quando a sua desvalorização a cada data de
publicação. Assim será necessário comparar cada um dos itens que compõem os estoques para avaliar
se o seu valor contábil com o preço de venda menos os custos para completar e vender. Percebendo-se
que algum item está com o valor desvalorizado será necessário reduzi-lo até o valor de venda menos os
custos para completar e vender, valor este que deverá ser reconhecido no resultado.
Outros ativos: Se, e apenas se, o valor recuperável do ativo for menor que seu valor contábil, a
entidade deve reduzir o valor contábil do ativo para seu valor recuperável. Esta perda por desvalorização
dever ser reconhecida imediatamente no resultado a cada divulgação.
Indicadores de desvalorização
a) Redução sensível, além do esperado, no valor de mercado do ativo;
b) O valor contábil do ativo líquido é maior que o valor justo estimado;
c) Obsolescência ou dano físico de ativo;
d) Mudanças significativas que afetam o ativo;
e) Informações internas (entidade) que espelhem desempenho econômico pior que o esperado.
O valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o
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valor justo menos despesas para vender (valor líquido de venda) e o seu valor de uso . Se qualquer
um destes valores exceder o valor contábil, o ativo não sofre desvalorização e, portanto, não é
necessário estimar o outro valor.
22
O valor líquido de venda deve ser considerado entre partes conhecedoras e interessadas.
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O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera obter de ativo.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 20
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O reconhecimento da perda por desvalorização para uma unidade geradora de caixa deve ser
realizada apenas se o valor recuperável da unidade for menor que o valor contábil da unidade. A ordem
para alocar a redução dos valores contábeis de diversos elementos pertencentes a uma unidade
geradora de caixa é: ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) e em seguida proporcional
para os demais itens pertencentes à unidade.
A perda por desvalorização reconhecida como ágio advindo de expectativa de rentabilidade
futura não deve ser revertida, para os demais ativos é possível à reversão em períodos subsequentes.
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Unidade Geradora de Caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa que são em grande parte
independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos ou de grupos de ativos.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 21
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valor contábil R$ 20.000,00. A entidade percebeu que o valor de mercado deste ativo diminuiu
consideravelmente e assim irá fazer o teste de impairment.
Laudo de avaliação de recuperabilidade – impairment
Aqui a entidade deve utilizar o laudo de maior valor que neste caso é o valor de venda que
resultou em R$ 14.000,00, sendo assim contabilizado:
CONTABILIZAÇÃO
Valor contábil do ativo 20.000,00
Valor máximo recuperável 14.000,00
Perda por desvalorização 6.000,00
D = Perda por desvalorização (Resultado) 6.000,00
C = Perdas estimadas por valor não recuperável (Redutora do ativo) 6.000,00
25
O teste realizado revelou que a vida útil do ativo será de 5 anos, assim os fluxos de caixa serão projetados dentro deste tempo.
26
Foi considerada uma taxa de juros de 12% a.a.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 22
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O reconhecimento e a mensuração inicial de ativos e passivos financeiros deve ser feito pelo
valor justo através do resultado, exceto quando se tratar de transação financeira quando a entidade
avalia seus ativos e passivos financeiros com base no valor presente de pagamentos futuros,
descontados pela taxa de juros de mercado para instrumentos da dívida semelhante.
Para os valores a receber de um cliente resultante de vendas a curto prazo o reconhecimento se
dá pelo valor total da transação, que via de regra é o valor da nota fiscal.
Já os passivos financeiros, como empréstimos contratados ou conta a pagar, são reconhecidos
pelo valor presente, incluindo juros e amortização do principal.
As compras realizadas a crédito de curto prazo são reconhecidas com base no valor total, ou
seja: pelo valor da nota fiscal.
Reconhecimento
TIPO DE INSTRUMENTO FINANCEIRO FORMA DE AVALIAÇÃO
Vendas a crédito curto prazo. Valor a vista, ou da nota fiscal.
27
Vendas parceladas sem juros. Preço de venda corrente à vista.
Compra de ações ordinárias a vista. Valor pago.
Pagamento de empréstimos e contas. Valor presente a ser pago. (juros + amortização)
Fornecedores a curto prazo. Valor da nota fiscal.
Custo amortizado é =
( + ) Valor do Reconhecimento Inicial.
( - ) Amortização do valor principal.
(+ -) Amortização cumulativa (diferença entre valor inicial e o valor no vencimento).
( - ) Provisões para redução a valor presente ou perdas.
Todos os ajustes posteriores ao reconhecimento inicial de ativos e passivos financeiros serão
realizados através do resultado, como receita ou despesas do período.
27
Quando não se conhece o preço de venda a vista é possível estimar com base no valor presente dos recebíveis descontado pela
taxa de juros de mercado.
28
Neste caso será utilizado como método a taxa efetiva de juros.
29
Para esta situação os valores serão líquidos da taxa de juros praticada pelo mercado.
30
Critérios para estimar o valor justo: a) preço cotado para ativo idêntico em mercado ativo, ou seja, o preço corrente. b) preço de
transação recente para ativo idêntico. c) por técnicas de avaliação.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 23
________________________________________________________________________________________________________
Fluxo de
início do
contábil
contábil
período
período
final do
31
Valor
Valor
caixa
Juros
32
01 950,00 66,10 (40,00) 976,11
02 976,11 67,92 (40,00) 1.004,03
03 1.004,03 69,86 (40,00) 1.033,89
04 1.033,89 71,94 (40,00) 1.065,83
05 1.065,83 74,16 (40,00) 1.100,00
(1.100,00) 0,00
Modelo e exemplo adaptados pelo autor a partir do Pronunciamento Técnico PME –
Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.
Partindo do pressuposto que um ativo financeiro teve seu valor recuperável reduzido em um
período, porém no período seguinte o valor da perda no valor recuperável diminuiu, a entidade deve
reverter a perda reconhecida anteriormente de forma direta ou através de provisão, tendo, portanto
reflexo imediato no resultado.
As principais evidências que um ativo financeiro sofreu redução estão ligadas a dificuldade
financeiras do emissor ou devedor, quebra de contrato, inadimplência, provável falência do credor,
redução provável nos fluxos de caixa estimados, sem contar com situações gerais como: economia,
tecnologia entre outros.
Um ativo financeiro precisa ser baixado quando for liquidado, quando forem transferidos os
benefícios e riscos da propriedade, ou ainda quando embora a entidade ainda possua alguns riscos ou
benefícios, porém a mesma não tem mais o controle sobre o ativo.
Um exemplo clássico de transferência de riscos e benefícios futuros pode acontecer quando uma
entidade faz a transferência de suas duplicatas ao banco, onde este assume o risco pelo recebimento
das referidas duplicas. Neste caso é necessário baixar imediatamente o valor transferido, pois a entidade
não possui mais expectativa de benefícios e nem tampouco de riscos futuros. Porém se ainda existir a
responsabilidade solidária da entidade em honrar os pagamentos de possíveis clientes inadimplentes é
preciso registrar o valor recebido do banco como empréstimo garantido pelos recebíveis.
31
A taxa de juros é determinada pelo mercado, podendo assim ser comparada ao custo de oportunidade, onde a princípio o valor
pré-estabelecido é de R$ 40,00, porém o mercado comportou-se diferentemente e tal diferencial está sendo demonstrado neste
quadro. Aqui aleatoriamente atribuído o percentual de 6,9583%.
32
O valor do empréstimo de R$ 900,00 acrescido do serviço de intermediação no valor de R$ 50,00.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 24
________________________________________________________________________________________________________
Neste caso percebe-se que o banco na realidade efetuou um empréstimo, porém as duplicatas
servirão de garantia, porém se a duplicata descontada não for quitada o cliente terá que fazer o
pagamento ao banco.
7. ESTOQUES
São considerados estoques os ativos que a entidade manter para venda no curso normal dos
negócios, no processo de produção para venda ou na forma de materiais ou suprimentos para serem
utilizados no processo de industrialização ou na prestação de serviços.
Não serão aqui tratados os estoques de produtos agrícolas e florestais, minerais e imóveis.
Os estoque são avaliados (mensurados) pelo menor valor entre o CUSTO ou pelo VALOR
33
REALIZÁVEL LÍQUIDO, dos dois o menor.
O custo dos estoques é formado por todos os custos de compra, transformação e outros
incorridos até o momento do produto ou mercadoria ser colocado no depósito ou no local onde será
vendido, inclusive tributos não recuperáveis, transporte, manuseio e outros necessários como: mão-de-
obra de transformação tanto a direta quanto a indireta.
Os custos indiretos fixos devem ser alocados com base na capacidade normal das instalações
de produção. Em situações consideradas anormais os custos precisam ser reconhecidos como despesas
no período em que serão incorridos. Já os custos indiretos variáveis devem ser alocados com base no
uso real das instalações de produção.
Os custos indiretos de matérias-primas que não puderem ser alocados aos produtos de maneira
direta deverão ser alocados de maneira racional e consciente.
Sempre que ficar evidenciado que a aquisição dos estoques está sendo realizada com custo
financeiro pela dilação do pagamento será necessário reconhecer estes valores como juros durante o
período de financiamento.
Também não serão tratados como custos dos estoques a quantidade anormal de mão-de-obra,
material ou outros desperdícios, estocagem após o produto estar pronto, despesas administrativas e
despesas de venda.
O custo do serviço, via de regra, é formado pela mão-de-obra de pessoal direta ou indiretamente
envolvidas com o serviço.
33
Resolução CFC n. 1.170/2009, Item 09. O valor realizável líquido é a quantia líquida que uma entidade espera realizar com a
venda do estoque no curso normal dos negócios, neste caso do valor líquido já estão deduzidos os custos estimados para a
conclusão do produto e também os gastos necessários para a venda.
34
Resolução CFC n. 1.170/2009, item 25.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 26
________________________________________________________________________________________________________
Contabilização:
D = Estoques (AC)...........................................R$ 20.000,00
D = Juros a Transcorrer (conta redutora PC)...R$ 2.000,00
C = Fornecedor (PC)........................................R$ 22.000,00
Nos casos em que o Estoque for tido como Ativo Qualificável38 os custos de empréstimos são
atribuíveis aos produtos adquiridos, portanto fazem parte do custo de tal produto. Lembrando que este
critério não se aplica aos estoques que são manufaturados ou produzidos em larga escala e em bases
repetitivas.
35
Base legal: Resolução CFC n. 1.170/2009, item 32.
36
Neste caso será necessário fazer o Ajuste a Valor Presente, conforme NBC TG 12).
37
Resolução CFC n. 1.170/2009, item 18.
38
Ativo Qualificável é um ativo que, necessariamente, dem anda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou
venda. Exemplos: construções de barcos, aviões, etc. (Base Legal: NBC TG 20, Resolução CFC n. 1.171/2009).
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 27
________________________________________________________________________________________________________
8. IMOBILIZADO
Imobilizados são ativos tangíveis, corpóreos, que a entidade mantém para uso na produção, ou
fornecimento de bens ou serviços para aluguel a terceiros ou para fins administrativos e que espera que
sejam utilizados durante mais de um período. Também são considerados como imobilizados as
propriedades para investimento cujo valor não pode ser mensurado de maneira confiável sem custo ou
esforço excessivo pelo valor justo.
O reconhecimento de um imobilizado somente deve ser feito quando for provável que algum
benefício econômico futuro flua para entidade e tiver um custo ou valor que possa ser medido em bases
confiáveis, ou seja: quando a entidade assume os RISCOS, BENEFÍCIOS e o CONTROLE do
39
imobilizado, com ou sem a transferência de titularidade.
Os bens adquiridos com vida útil inferior a um período contábil, geralmente um ano, não devem
ser ativados.
No caso de manutenção, ou reparos em imobilizado, como máquinas, é importante lembrar que
tais gastos são considerados despesas do exercício, porém a reposição de peças ou partes defeituosas,
quando relevantes podem ser consideradas como custo do imobilizado, porém vale lembrar que a peça
ou parte defeituoso precisa ser baixada para assim considerar a nova peça como custo.40
No tocante a terrenos e edificações eles precisam ser contabilizados em separado, mesmo
quando adquiridos conjuntamente.
O imobilizado quando adquirido deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo, aqui
compreendidos: preço de compra, taxas legais incidentes, corretagem, tributos não recuperáveis, todos
os custos diretos necessários para colocar o bem em condições de uso. Lembrando que a aquisição a
prazo com pagamento de juros, estes não podem ser tratados como custos, assim o custo é o preço à
vista.
Exemplo prático: aquisição de uma máquina financiada, com prazo de carência de 24 meses
para pagamento.
Descrição Preço a vista Preço a prazo Juros
Máquina Industrial 200.000,00 280.000,00 80.000,00
41
Contabilização:
D = Máquinas e Equipamentos (ANC...........................R$ 200.000,00
D = Juros a Transcorrer (conta redutora PNC).............R$ 80.000,00
C = Contas a Pagar (PNC)...........................................R$ 280.000,00
39
O CFC ainda não se m anifestou sobre a possibilidade de reconhecer como Imobilizado os bens corpóreos que estão de posse
da entidade, sobre os quais ela possui os risco, benéficos e o controle, porém atendendo princípio da essência sobre a forma seria
possível reconhecer tais bens no ativo não circulante, imobilizado, com uma conta redutora no mesmo imobilizado ou como
passivo.
40
Base legal: Resolução CFC n. 1.177/2009, itens 67/72.
41
Neste caso foi aplicado o Ajuste a Valor Presente, NBC TG 12. Aqui é preciso atentar para ver se não se trata de ativo
qualificável, previsto na NBC TG 20.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 28
________________________________________________________________________________________________________
42
8.1 Inspeção regular Importante
Quando um imobilizado exigir uma inspeção regular para continuar funcionando, o valor deste
procedimento será reconhecido diretamente no valor contábil do item inspecionado, porém o valor do
custo de inspeção anterior será baixado. O simples reparo e manutenção são considerados como
despesas do exercício. (Resolução n. 1.177/2009, item 12)
A mensuração após o reconhecimento inicial deve ser realizada pelo custo menos a depreciação
acumulada e possíveis perdas por redução ao valor recuperável.
A depreciação do imobilizado se inicia quando o ativo está em condições de uso e termina
quando ele é baixado, lembrando que o fato de o ativo não estar em uso ou ocioso não paralisa a
depreciação.
Quando for determinada a vida útil do ativo é preciso considerar todos os itens a seguir:
a) Uso esperado do ativo;
b) Desgaste e quebra física esperada do ativo, aqui sendo necessário levar em conta números
de turnos em que o mesmo for utilizado, manutenção, reparo e cuidados específicos;
c) Obsolescência técnica ou comercial advinda de progresso tecnológico ou demanda de
mercado;
d) Limites legais ou semelhantes no uso do ativo, como término de contrato de arrendamento
mercantil ou outros.
O método da depreciação deve espelhar o padrão pelo qual se espera consumir os benefícios
econômicos futuros do ativo, entre os principais métodos estão: linha reta, saldos decrescentes, baseado
no uso e unidades produzidas.43
44
8.2 Teste de Recuperabilidade – Impairment
A cada divulgação a entidade deve aplicar a Redução Valor Recuperável de Ativos, ou seja,
deve avaliar sobre a recuperabilidade.
Trata-se de uma avaliação que deverá ser realizada por profissional qualificado com
conhecimento técnico para tal, tanto profissionais internos quanto externos.45
42
Resolução CFC n. 1.177/2009, item 14.
43
De acordo com o Pronunciamento Técnico PME, o valor residual, a vida útil e o método de depreciação necessitam ser revistos
apenas quando existir uma indicação relevante de alteração, isto é, não precisam ser revistos anualmente com o determina
a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado.
44
O teste de Impairment está previsto no CPC e também na Lei n. 6.404/76, parágrafo 3º. art. 183.
45
ITG 10/2009, item 13.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 29
________________________________________________________________________________________________________
Aqui a entidade deve utilizar o laudo de maior valor que neste caso é o valor de venda que
resultou em R$ 14.000,00, sendo assim contabilizado:
CONTABILIZAÇÃO
Valor contábil do ativo 20.000,00
Valor máximo recuperável 14.000,00
Perda por desvalorização 6.000,00
D = Perda por desvalorização (Resultado) 6.000,00
C = Perdas estimadas por valor não recuperável (Redutora do ativo) 6.000,00
48
8.3 Custo atribuído na Adoção Inicial
Na adoção inicial da NBC TG 27 a entidade pode identificar bens ou conjunto de bens de valores
relevantes ainda em operação, mas que possuem seus valores contábeis substancialmente inferiores ou
superiores ao seu valor justo, sendo neste caso possível fazer os ajustes nos saldos iniciais. O valor
justo é o mais recomendado para ser utilizado como novo valor. Esta adoção não resulta em mudança
de prática contábil, nem tão pouco se trata de uma reavaliação.
46
O teste realizado revelou que a vida útil do ativo será de 5 anos, assim os fluxos de caixa serão projetados dentro deste tempo.
47
Foi considerada uma taxa de juros de 12% a.a.
48
O Custo Atribuído somente poderá ser aplicado ao Imobilizado e as Propriedades para Investimento, sendo vedado para as
demais contas.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 30
________________________________________________________________________________________________________
O lançamento contábil será a Débito na conta do item ao qual foi atribuído novo valor e a crédito
na Conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, sendo necessário reconhecer os tributos diferidos quando
a legislação tributária assim determinar.
Exemplo prático de contabilização:
Valor Contábil
Depreciação
Valor Justo
IMOBILIZADO
Líquido
Máquinas e Equipamentos 80.000,00 (80.000,00) 0,00 50.000,00
9. ATIVO INTANGÍVEL
Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física, o qual se
identificado quando for separável, ou seja, puder ser dividido ou separado da entidade e vendido,
transferido, licenciado, alugado ou trocado individualmente ou junto com contrato relacionado, ativo ou
passivo; ou quando for proveniente de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente
de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
São exemplos de bens intangíveis:
a) Marcas e patentes;
b) Direitos autorais;
c) Softwares;
49
d) Gastos com desenvolvimento.
Alguns cuidados são importantes no tocante a ativação de intangíveis. Um software que se
encontra instalado em uma máquina e que faz esta funcionar não pode ser tratado com intangível por
49
Para as PME não existe a possibilidade de ativação dos gastos com desenvolvimento de produtos. Estes gastos precisam ser
tratados como despesas.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 31
________________________________________________________________________________________________________
fazer parte da máquina que é tratada como imobilizado, logo este software também é classificado como
imobilizado. Agora quando um software possui vida própria e que pode ser transferido de uma máquina
para outra e ainda de uma entidade para outra ele possui característica de intangível.
Não são considerados ativos intangíveis o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill),
os ativos intangíveis mantidos por entidade para venda no curso normal (estoques), ativos financeiros e
direitos de exploração de recursos minerais e reservas de minerais, como petróleo, gás natural e
recursos não regenerativos similares.
A mensuração inicial do ativo intangível deve ser feita pelo custo, considerando o preço de
compra, tributos não recuperáveis e outros custos diretamente atribuíveis. Em se tratando de ativo
intangível adquirido em combinação de negócios, ou através de subvenção governamental, o custo do
ativo é o seu valor justo na data de aquisição.
O reconhecimento de um ativo intangível somente será realizado se for provável que benefícios
econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo fluirão para a entidade; se o custo ou valor do ativo
puder ser mensurado de maneira confiável; e se o ativo não resultar de gastos incorridos internamente.
Quando o ativo intangível for adquirido em combinação de negócios é geralmente reconhecido
como ativo porque seu valor justo pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. Agora se não for
possível avaliar o seu valor justo ele não deve ser reconhecido.
Após o reconhecimento inicial a entidade deve mensurar os ativos intangíveis pelo custo menos
qualquer amortização ou perda por redução ao valor recuperável. Quando o intangível não possuir vida
útil definida contratualmente considera-se que seja de dez anos. No caso específico das Empresas de
Pequeno e Médio Porte todos os ativos INTANGÍVEIS devem ser considerados como tendo VIDA ÚTIL
FINITA. Quando a entidade de pequeno e médio porte seja incapaz de fazer uma estimativa confiável de
vida útil será considerado que seja de DEZ ANOS. Isto significa que quando o ágio for ativado como
intangível ele é obrigatoriamente amortizado, enquanto nas demais entidades ele é baixado por
impairment.
50
A amortização do intangível inicia-se assim que ele estiver disponível para utilização.
A baixa do ativo intangível deve ser realizada por ocasião da alienação ou quando não existir
expectativa de benefícios econômicos futuros pelo seu uso ou alienação.
Segundo o Pronunciamento técnico PME os gastos com desenvolvimento de produtos são
considerados como despesas assim que incorridos.51
As marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros similares produzidos internamente
52
não devem ser reconhecidos como ativos intangíveis.
53
9.1 Teste de Recuperabilidade – Impairment
A cada divulgação a entidade deve aplicar a Redução Valor Recuperável de Ativos.
50
O valor residual, a vida útil e o método de amortização necessitam ser revistos APENAS quando existir uma indicação relevante
de alteração. Para as entidades sujeitas ao CPC completo precisam fazer revisão anualmente, conforme NBC TG 04.
51
Resolução CFC n. 1.139/2008, item 56.
52
Resolução CFC n. 1.139/2008, itens 62 e 66.
53
O teste de Impairment está previsto no CPC e também na Lei n. 6.404/76, parágrafo 3º. art. 183.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 32
________________________________________________________________________________________________________
Trata-se de uma avaliação que deverá ser realizada profissional qualificado com conhecimento
técnico para tal, tanto profissionais internos quanto externos. O PME apresenta uma lista de eventos que
54
indicam a existência de perda por desvalorização, para assim facilitar o cálculo.
Laudo de avaliação de recuperabilidade – impairment
Aqui a entidade deve utilizar o laudo de maior valor que neste caso é o valor de venda que
resultou em R$ 14.000,00, sendo assim contabilizado:
CONTABILIZAÇÃO
Valor contábil do ativo 20.000,00
Valor máximo recuperável 14.000,00
Perda por desvalorização 6.000,00
D = Perda por desvalorização (Resultado) 6.000,00
C = Perdas estimadas por valor não recuperável (Redutora do 6.000,00
ativo)
54
ITG 10/2009, item 13.
55
O teste realizado revelou que a vida útil do ativo será de 5 anos, assim os fluxos de caixa serão projetados dentro deste tempo.
56
Foi considerada uma taxa de juros de 12% a.a.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 33
________________________________________________________________________________________________________
Contábil
Descrição do bem
Juros
Justo
Valor
Valor
Pag.
57
Deve ser calculado por meio da utilização da taxa de juros implícita do arrendamento mercantil, quando esta taxa não puder ser
determinada, a taxa de juros incremental de financiamento do arrendatário deve ser utilizada, ou seja: será utilizada a taxa de juros
de uma operação semelhante.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 34
________________________________________________________________________________________________________
Obs.: Tendo em vista que o valor justo foi de R$ 50.000,00 e o pagamento mínimo foi de R$ 45.000,00,
deve-se considerar o menor valor, assim admitindo a o maior Ajuste de Valor Presente.
D = Máquinas e Equipamentos (Ativo, Imobilizado)....... R$ 45.000,00
D = Juros a Transcorrer (conta redutora do Passivo)......R$ 15.000,00
C = Financiamentos (Passivo)........................................ R$ 60.000,00
11. RECEITAS
Receita é a realização da atividade através de uma ou mais das seguintes transações: venda de
produtos ou mercadorias, prestação de serviços, construções empreitadas, juros, royalties, dividendos e
outras receitas como locação, arrendamento mercantil, mudanças no valor justo entre outros.
A mensuração da receita se dá pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber.
Lembrando que devem ser excluídos do resultado todos os valores que pertencem a terceiros e que
foram coletados pela entidade especialmente os tributos sobre vendas ou serviços.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 36
________________________________________________________________________________________________________
No Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Clientes 24.000,00
AVP – Rec. Fin. Com a Ap. (4.000,00)
58
A multa será limitada em:
I - R$ 100.000,00 para as pessoas jurídicas que no ano-calendário anterior tiverem auferido receita bruta total, igual ou inferior a
R$ 3.600.000,00;
II - R$ 5.000.000,00 para as pessoas jurídicas que não se enquadrarem na hipótese anterior
A multa será reduzida:
I - em 90% quando o livro for apresentado em até 30 (trinta) dias após o prazo;
II - em 75% quando o livro for apresentado em até 60 (sessenta) dias após o prazo;
III - à metade, quando o livro for apresentado depois do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; e
IV - em 25% se houver a apresentação do livro no prazo fixado em intimação.
59
A multa:
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 38
________________________________________________________________________________________________________
I - não será devida se o sujeito passivo corrigir as inexatidões, incorreções ou omissões antes de iniciado qualquer procedimento
de ofício; e
II - será reduzida em 50% se forem corrigidas as inexatidões, incorreções ou omissões no prazo fixado em intimação.
60
A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda de 5% do custo total dos produtos vendidos no exercício social
anterior, poderá ser registrada diretamente como custo.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 39
________________________________________________________________________________________________________
61
Não alcança os encargos de depreciação, am ortização e exaustão gerados por bem objeto de arrendamento mercantil, na
pessoa jurídica arrendatária.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 40
________________________________________________________________________________________________________
62
12.7.1. Variação Cambial - Ajuste a Valor Presente
As variações monetárias em razão da taxa de câmbio referentes aos saldos de valores a
apropriar decorrentes de ajuste a valor presente não serão computadas na determinação do lucro real.
62
Art. 12 da Lei nº 12.973/2014.
63
Os ganhos e perdas decorrentes de avaliação do ativo com base em valor justo não serão considerados como parte integrante
do valor contábil.
64
Para fins de cálculo da remuneração dos Juros sobre o Capital Próprio (JCP) a conta capital inclui todas as espécies de ações
ainda que classificadas em contas de passivo. (Art. 9º, § 8ª da Lei nº 9.249/1995)
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 41
________________________________________________________________________________________________________
O ganho evidenciado por meio da subconta será computado na determinação do lucro real à
65
medida que o ativo for realizado , inclusive mediante depreciação, amortização, exaustão, alienação ou
baixa, ou quando o passivo for liquidado ou baixado. Na hipótese de não ser evidenciado por meio de
subconta o ganho será tributado.
A perda decorrente de avaliação de ativo ou passivo com base no valor justo somente poderá
66
ser computada na determinação do lucro real à medida que o ativo for realizado, inclusive mediante
depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa, ou quando o passivo for liquidado ou baixado, e
desde que a respectiva redução no valor do ativo ou aumento no valor do passivo seja evidenciada
contabilmente em subconta vinculada ao ativo ou passivo. Na hipótese de não ser evidenciada por meio
de subconta a perda será considerada indedutível na apuração do lucro real.
A pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido que, em período de apuração imediatamente
posterior, passar a ser tributada pelo lucro real deverá incluir na base de cálculo do imposto apurado
pelo lucro presumido os ganhos decorrentes de avaliação com base no valor justo, que façam parte do
valor contábil, e na proporção deste, relativos aos ativos constantes em seu patrimônio. A tributação dos
ganhos poderá ser diferida para os períodos de apuração em que a pessoa jurídica for tributada pelo
lucro real, desde que observados os procedimentos de utilização de subconta.
O ganho decorrente de avaliação com base no valor justo de bem do ativo incorporado ao
patrimônio de outra pessoa jurídica, na subscrição em bens de capital social, ou de valores mobiliários
emitidos por companhia, não será computado na determinação do lucro real, desde que o aumento no
valor do bem do ativo seja evidenciado contabilmente em subconta vinculada à participação societária ou
aos valores mobiliários, com discriminação do bem objeto de avaliação com base no valor justo, em
condições de permitir a determinação da parcela realizada em cada período. Este ganho evidenciado por
meio da subconta67 será computado na determinação do lucro real:
I - na alienação ou na liquidação da participação societária ou dos valores mobiliários,
pelo montante realizado;
II - proporcionalmente ao valor realizado, no período-base em que a pessoa jurídica
que houver recebido o bem realizar seu valor, inclusive mediante depreciação,
amortização, exaustão, alienação ou baixa, ou com ele integralizar capital de outra
pessoa jurídica; ou
III - na hipótese de bem não sujeito a realização por depreciação, amortização ou
exaustão que não tenha sido alienado, baixado ou utilizado na integralização do
capital de outra pessoa jurídica, nos 5 (cinco) anos-calendário subsequentes à
subscrição em bens de capital social, ou de valores mobiliários emitidos por
companhia, à razão de 1/60 (um sessenta avos), no mínimo, para cada mês do
período de apuração.
65
O ganho não será computado na determinação do lucro real caso o valor realizado, inclusive mediante depreciação,
amortização, exaustão, alienação ou baixa, seja indedutível.
66
A perda a que se refere este artigo não será computada na determinação do lucro real caso o valor realizado, inclusive mediante
depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa, seja indedutível.
67
Na hipótese de não ser evidenciado por meio de subconta o ganho será tributado.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 43
________________________________________________________________________________________________________
A perda decorrente de avaliação com base no valor justo de bem do ativo incorporado ao
patrimônio de outra pessoa jurídica, na subscrição em bens de capital social, ou de valores mobiliários
emitidos por companhia, somente poderá ser computada na determinação do lucro real caso a
respectiva redução no valor do bem do ativo seja evidenciada contabilmente em subconta68 vinculada à
participação societária ou aos valores mobiliários, com discriminação do bem objeto de avaliação com
base no valor justo, em condições de permitir a determinação da parcela realizada em cada período, e:
I - na alienação ou na liquidação da participação societária ou dos valores mobiliários,
pelo montante realizado;
II - proporcionalmente ao valor realizado, no período-base em que a pessoa jurídica
que houver recebido o bem realizar seu valor, inclusive mediante depreciação,
amortização, exaustão, alienação ou baixa, ou com ele integralizar capital de outra
pessoa jurídica; ou
III - na hipótese de bem não sujeito a realização por depreciação, amortização ou
exaustão que não tenha sido alienado, baixado ou utilizado na integralização do
capital de outra pessoa jurídica, a perda poderá ser amortizada nos balanços
correspondentes à apuração de lucro real, levantados durante os 5 (cinco) anos-
calendário subsequentes à subscrição em bens de capital social, ou de valores
mobiliários emitidos por companhia, à razão de 1/60 (um sessenta avos), no máximo,
para cada mês do período de apuração.
Na hipótese de não ser evidenciada por meio de subconta, a perda será considerada indedutível
na apuração do lucro real.
68
Na hipótese de não ser evidenciada por meio de subconta a perda será considerada indedutível na apuração do lucro real.
69
O laudo será desconsiderado na hipótese em que os dados nele constantes apresentem comprovadam ente vícios ou
incorreções de caráter relevante.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 44
________________________________________________________________________________________________________
12.13.2. Menos-Valia
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, o saldo existente na contabilidade, na data da
aquisição da participação societária, referente à menos-valia deverá ser considerado como integrante do
custo do bem ou direito que lhe deu causa para efeito de determinação de ganho ou perda de capital e
70
do cômputo da depreciação , amortização ou exaustão. Se o bem ou direito que deu causa ao valor não
houver sido transferido, na hipótese de cisão, para o patrimônio da sucessora, esta poderá, para efeitos
de apuração do lucro real, diferir o reconhecimento da referida importância, oferecendo à tributação
quotas fixas mensais no prazo máximo de 5 (cinco) anos contados da data do evento.
O valor da menos-valia será considerado como integrante do custo dos bens ou direitos que
forem realizados em menor prazo depois da data do evento, quando:
I - o laudo71 não for elaborado e tempestivamente protocolado ou registrado; ou
II - os valores que compõem o saldo da menos-valia não puderem ser identificados da
não utilização da contabilização individualizada e em sub conta.
12.13.3. Goodwill
A pessoa jurídica que absorver patrimônio de outra, em virtude de incorporação, fusão ou cisão,
na qual detinha participação societária adquirida com ágio por rentabilidade futura (goodwill) decorrente
da aquisição de participação societária entre partes não dependentes poderá excluir para fins de
apuração do lucro real dos períodos de apuração subsequentes o saldo do referido ágio existente na
contabilidade na data da aquisição da participação societária, à razão de 1/60 (um sessenta avos), no
máximo, para cada mês do período de apuração.
O contribuinte não poderá utilizar o disposto neste artigo, quando:
72
I - o laudo não for elaborado e tempestivamente protocolado ou registrado;
II - os valores que compõem o saldo do ágio por rentabilidade futura (goodwill) não
puderem ser identificados por não estarem contabilizados em subconta.
70
A dedutibilidade da despesa de depreciação, amortização ou exaustão está condicionada ao bem estar intrinsecamente
relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços.
71
O laudo será desconsiderado na hipótese em que os dados nele constantes apresentem comprovadam ente vícios ou
incorreções de caráter relevante.
72
O laudo será desconsiderado na hipótese em que os dados nele constantes apresentem comprovadam ente vícios ou
incorreções de caráter relevante.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 45
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computar o referido ganho na determinação do lucro real dos períodos de apuração subsequentes à data
do evento, à razão de 1/60 (um sessenta avos), no mínimo, para cada mês do período de apuração.
12.14. Avaliação com Base no Valor Justo na Sucedida Transferido para a Sucessora
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, os ganhos decorrentes de avaliação com base no
valor justo na sucedida não poderão ser considerados na sucessora como integrante do custo do bem ou
direito que lhe deu causa para efeito de determinação de ganho ou perda de capital e do cômputo da
depreciação, amortização ou exaustão.
Os ganhos e perdas evidenciados nas subcontas transferidos em decorrência de incorporação, fusão
ou cisão terão, na sucessora, o mesmo tratamento tributário que teriam na sucedida.
73
Será dedutível somente depois do pagamento, quando liquidados em caixa ou outro ativo, ou depois da transferência da
propriedade definitiva das ações ou opções, quando liquidados com instrumentos patrimoniais.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 47
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75
Não se aplica em relação às perdas decorrentes de baixa de bens ou direitos em virtude de terem se tornado imprestáveis ou
obsoletos ou terem caído em desuso, ainda que posteriormente venham a ser alienados como sucata.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 49
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para fins de apuração do lucro real, no período de apuração em que o imobilizado for realizado, inclusive
por depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa.
Eventuais efeitos contabilizados no resultado, provenientes de ajustes na provisão ou de
atualização de seu valor, não serão computados na determinação do lucro real.
12.27.2. Arrrendatária
Poderão ser computadas na determinação do lucro real da pessoa jurídica arrendatária as
contraprestações pagas ou creditadas por força de contrato de arrendamento mercantil, referentes a
bens móveis ou imóveis intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e
serviços, inclusive as despesas financeiras nelas consideradas.
São indedutíveis na determinação do lucro real as despesas financeiras78 incorridas pela arrendatária em
contratos de arrendamento mercantil.
76
A pessoa jurídica deverá proceder, caso seja necessário, aos ajustes ao lucro líquido para fins de apuração do lucro real.
78
Resultado é a diferença entre o valor do contrato de arrendamento e somatório dos custos diretos iniciais e o custo de aquisição
ou construção dos bens arrendados.
78
Também se aplica aos valores decorrentes do ajuste a valor presente.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 50
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12.28.1. Do crédito
Do valor apurado a pessoa jurídica (não cumulatividade) poderá descontar créditos calculados
em relação a:
I - bens adquiridos para revenda;
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 51
________________________________________________________________________________________________________
determinado consideradas as disposições das novas normas contábeis previstas na Lei nº 12.973/2014
o
e da Lei n 6.404/76.
O saldo de prejuízos não operacionais existente em 31 de dezembro de 2013, para os optantes
ou em 31 de dezembro de 2014, para os não optantes, somente poderá ser compensado com os lucros
de mesma natureza.
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
1. Relacione cada característica contábil com a descrição ao lado:
(a) Compreensibilidade ( ) Capaz de influenciar nas decisões
econômicas dos usuários
(b) Relevância a Materialidade ( ) Informação clara
(c) Comparabilidade ( ) No tempo de decisão
(d) Tempestividade ( ) Demonstrações com duas colunas de saldos
2. Uma empresa que teve no ano anterior receita bruta de R$ 450.000,00 e que não tenha prestação
pública de contas pode optar por quais modelos contábeis:
a. ( ) ITG 1000 - Contabilidade para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte;
b. ( ) ITG 2002 – Contabilidade para entidades sem finalidade de lucros;
c. ( ) Pela aplicação de todos os CPC’s (IFRS full);
d. ( ) NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.
5. A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados pode substituir em determinados casos quais
das demonstrações abaixo?
a. ( ) DMPL e DR;
b. ( ) DR e DFC;
c. ( ) DFC e DRA;
d. ( ) DMPL e DRA
6. Quanto a estrutura do Balanço Patrimonial é correto afirmar que fazem parte do Ativo Não Circulante:
a. ( ) Realizável a Longo Prazo, Permanente, Investimento, Imobilizado e Intangível;
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 55
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8. A empresa “x” aplica a NBC TG 1000 como modelo contábil. O que ela precisa fazer quanto a
recuperabilidade de seus ativos ao fechar o exercício social?
CONTABILIZAÇÃO
Valor contábil do ativo 20.000,00
Valor máximo recuperável 14.000,00
Perda por desvalorização 6.000,00
D=
C=
10. Uma máquina do Imobilizado teve uma parada técnica programada (1ª prevista pelo fabricante) no
valor de R$ 1.500,00.
Contabilizar a operação:
D=
C=
11. Uma empresa está construindo um ativo imobilizado que vai levar 2 anos para ficar pronto. No
início da obra a empresa contrata um financiamento para construir tal ativo, conforme abaixo:
- Valor original R$ 200.000,00;
- Juros R$ 20.000,00.
Contabilize o valor principal e os juros desta operação.
D=
C=
12. Como deve ser calculada a depreciação de acordo com as normas internacionais de
contabilidade?
14. Uma empreiteira de obras está construindo uma estrada. Como reconhecer a receita?
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 61
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após chegar ao final deste desafio, o qual visava apresentar de maneira sintética os principais
temas relativos a contabilidade das Pequenas e Médias Empresas, é possível afirmar, que embora difícil,
o compromisso foi efetivamente realizado.
Ao debruçar-se sobre um tema tão complexo, com diversas nuances ainda pouco exploradas todo
cuidado é pouco. Assim buscou-se estabelecer diretrizes que pudessem sedimentar a melhor
propositura de resultado. Evitando polêmicas que possivelmente não levariam a resultado algum. Dentro
da linha epistemológica da Fenomenologia, buscando a todo instante a predominância da essência
sobre a forma, os trabalhos foram sendo construídos e ao final apresentados.
É importante deixar claro que em momento algum se buscou esgotar qualquer um dos assuntos.
Ao contrário, a tônica presente era de apresentar ao leitor condições de reflexão sobre os temas e assim
provocar a construção do conhecimento dentro da máxima do construtivismo pedagógico: a auto
construção.
Assim, caro leitor, após você ter se debruçado sobre a leitura desta publicação vale dizer que o
seu trabalho investigativo e exploratório está apenas começando, pois o universo é enorme a ser
conquistado.
Diante do acima exposto resta dizer a você obrigado pela leitura e desejar muito sucesso no
exercício desta majestosa profissão, a qual se encontra entre as de maior relevância no cenário nacional
e internacional. Ser contabilista representa um compromisso com a sociedade, onde as informações
contábeis podem fazer com que uma entidade cresça e se desenvolva, como também, a ruína da
mesma.
O profissional da contabilidade do século XXI seguramente possui em suas mãos o SUCESSO ou
o FRACASSO da entidade, e, por consequência, o sucesso de inúmeras entidades, tornando-se o
gerador do patrimônio particular de múltiplas entidades, e por fim, do próprio patrimônio social da
coletividade como um todo. Esta é a abrangência da responsabilidade do CONTADOR incumbido da
nova tarefa relativa ao IFRS.
Parabéns e muito sucesso!!!
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 62
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ANEXOS
ANEXO 01
Prezados Senhores:
Também declaramos:
(a) que os controles internos adotados pela nossa empresa são de responsabilidade da administração
e estão adequados ao tipo de atividade e volume de transações;
(b) que não realizamos nenhum tipo de operação que possa ser considerada ilegal, frente à legislação
vigente;
(c) que todos os documentos que geramos e recebemos de nossos fornecedores estão revestidos de
total idoneidade;
(d) que os estoques registrados em conta própria foram por nós avaliados, contados e levantados
fisicamente e perfazem a realidade do período encerrado em <<ANO BASE>>;
(e) que as informações registradas no sistema de gestão e controle interno, denominado <<SISTEMA
EM USO>>, são controladas e validadas com documentação suporte adequada, sendo de nossa
inteira responsabilidade todo o conteúdo do banco de dados e arquivos eletrônicos gerados.
Além disso, declaramos que não temos conhecimento de quaisquer fatos ocorridos no período base
que possam afetar as demonstrações contábeis ou que as afetam até a data desta carta ou, ainda, que
possam afetar a continuidade das operações da empresa.
.......................................................
Administrador da Empresa ABC
Representante Legal
79
Modelo sugerido pela Resolução CFC N.º 1.418/12, ITG 1000.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 63
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ANEXO 02
CONTEXTO OPERACIONAL
SUPRAMEL COM. DE MAT. P/ ESCRITÓRIO LTDA, cadastrada no CNPJ sob o número
00.000.000/0001-00, constituída em 00/00/0000, tributada pelo Simples Nacional com apuração mensal,
com ramo de atividade comércio de materiais para escritório, suprimentos, manutenção e locação de
máquinas e copiadoras, duplicadoras; serviços de reprografia, heliografia, plotagem e fotocópias com ou
sem operador, sistema de impressão, encadernação, plastificação e recarga de toner/revelador. Com
sede no município de Pinhais/PR, na Rua Brasholanda, nº 63 - Centro.
abatimentos sobre o valor de aquisição foram deduzidos do custo do imobilizado, tudo em conformidade
com a ITG 1000, item 18.
A depreciação foi alocada ao resultado do período de uso, de modo uniforme ao longo da vida
útil dos ativos através do método linear.
Foi realizada a análise sobre a recuperabilidade (impairment) dos principais itens do ativo em
especial os estoques e do imobilizado, onde todos os ativos foram considerados recuperáveis pela
venda ou pelo uso. A análise da recuperabilidade pautou-se especialmente nos seguintes quesitos:
declínio significativo no valor de mercado, obsolescência e quebra.
Os terrenos foram considerados como vida útil por tempo indeterminado e logo não foram objeto
de depreciação.
As receitas decorrentes de vendas de produtos, mercadorias e serviços foram apresentadas na
Demonstração do Resultado líquidas dos tributos, bem como dos abatimentos e devoluções. O
reconhecimento de prestação de serviços foi feita na proporção do serviços prestado.
Sempre que constatado a impossibilidade de receber valores de clientes foram reconhecidas as
perdas através da melhor estimativa.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Foram elaboradas as seguintes demonstrações contábeis de forma comparativa: Balanço
Patrimonial e Demonstração do Resultado.
CONTINGÊNCIAS PASSIVAS
A empresa declara não possuir contingências passivas no encerramento das referidas
demonstrações contábeis.
DECLARAÇÃO EXPLÍCITA
E empresa declara explicitamente que está em conformidade com a ITG 1000 – Modelo Contábil
para Microempresas e Empresa de Pequeno Porte, aprovada pela Resolução CFC nº. 1.418/2012.
ANEXO 03
MODELO DE NOTAS EXPLICATIVAS PARA ENTIDADES SEM FINALIDADE DE LUCROS
CONTEXTO OPERACIONAL
Associação dos Moradores da Comunidade Alfa, entidade sem finalidade de lucros de iniciativa
privada, cadastrada no CNPJ sob o número 00.000.000/0001-00, constituída em 00/00/0000, tem por
objetivo social o atendimento dos moradores da comunidade Alfa no sentido de propiciar o bem comum.
RENÚNCIA FISCAL
Após apuradas todas as receitas do período foi levantado, levando-se em conta o porte da
associação, os valores que seriam devidos a título de tributos se a Associação não tivesse a imunidade
tributária. A base para chegar aos valores, objeto da renuncia fiscal por parte do fisco, foi apurada com
base nos tributos e alíquotas aplicáveis para empresas tributadas pelo lucro presumido, chegando-se
aos valores a seguir demonstrados:
Cofins.....................................................................
Pis..........................................................................
Contribuição Social...............................................
Imposto de Renda................................................
IPTU......................................................................
ISS........................................................................
SUBVENÇÕES RECEBIDAS
A Associação de Moradores firmou contrato com a Prefeitura Municipal para receber um repasse
mensal de R$ 3.000,00 para ser aplicado no atendimento de crianças carentes.
Mantêm também contrato com a Secretaria de Ação Social do Município e recebeu mensalmente R$
2.000,00 para atendimentos de moradores de rua e idosos.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 66
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Foram elaboradas, segundos previsto na IGT 2002, as seguintes demonstrações contábeis
comparativas:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado do Período;
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL
Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC
EVENTOS SUBSEQUENTES
A Associação não registrou nenhum evento subsequente que torna-se necessário fazer a
publicação em notas explicativas ou outras providências previstas na legislação contábil em vigor.
TAXAS DE JUROS
A Associação contratou empréstimo junto ao Banco do Brasil, em 02/2012, no valor de R$
200.000,00 (duzentos mil reais) para ampliação de sua sede, sendo tal empréstimo contratado para
pagamento de 60 meses, sem carência, com taxa de juros de 0,4% ao mês, servindo como garantia a
própria sede da entidade.
SEGUROS CONTRATADOS
A Associação mantêm seguro contra acidentes pessoais até o limite de R$ 10.000,00 (dez mil
reais) e ainda seguro contra raio, incêndio e explosão do prédio da sede pelo limite máximo indenizável
de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais).
IMOBILIZADO E DEPRECIAÇÃO
O valor do imobilizado encontra-se registrado pelo custo histórico deduzido da depreciação
acumulada. As quotas de depreciação foram lançadas com base na estimativa da vida útil do bem e no
valor residual, buscando assim refletir a perda do valor econômico do bem, através do método linear.
GRATUIDADES PRATICADAS
Foram praticadas as seguintes gratuidades: (relacionar de forma segregada todos os
atendimentos que foram realizados de forma gratuita, bem como os seus respectivos custos).
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 67
________________________________________________________________________________________________________
ANEXO 04
MODELO DE NOTAS EXPLICATIVAS PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
CONTEXTO OPERACIONAL
SUPRAMEL COM. DE MAT. P/ ESCRITÓRIO LTDA, cadastrada no CNPJ sob o número
00.000.000/0001-00, constituída em 00/00/0000, tributada pelo Simples Nacional com apuração mensal,
com ramo de atividade comércio de materiais para escritório, suprimentos, manutenção e locação de
máquinas e copiadoras, duplicadoras; serviços de reprografia, heliografia, plotagem e fotocópias com ou
sem operador, sistema de impressão, encadernação, plastificação e recarga de toner/revelador. Com
sede no município de Pinhais/PR, na Rua Brasholanda, nº 63 - Centro.
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE
A empresa declara expressamente que a elaboração e a apresentação das demonstrações
contábeis estão em conformidade com o NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias
Empresas, expedida pelo Conselho Federal de Contabilidade através da Resolução 1.255/2009. A
administração da empresa também procedeu ao exame conceitual e concluiu que a empresa não possui
prestação pública de contas e assim encontra-se apta a exercer a faculdade pela aplicação do previsto
na Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.
DETERMINAÇÃO DO RESULTADO
O resultado foi apurado em 31 de Dezembro de 2012 e 31 de Dezembro de 2011
(comparativamente) e está em obediência ao regime de competência. As Demonstrações Contábeis
foram elaboradas e apresentadas em conformidade com a legislação societária, conforme a Lei n.
10.406/2002 e demais legislações aplicáveis, os pronunciamentos técnicos, orientações e interpretações
emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pelas normas brasileiras de contabilidade
expedidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, especialmente NBC TG 1000.
ATIVOS CIRCULANTES
A classificação das contas é realizada com base no que determinada o Pronunciamento Técnico
PME – Pequenas e Médias Empresas, sendo classificados como circulantes quando: a) espera realizar o
ativo, ou pretender vendê-lo ou consumi-lo durante o ciclo operacional normal da entidade; b) o ativo for
mantido essencialmente com a finalidade de negociação; c) espera realizar o ativo no período de até
doze meses da data das demonstrações contábeis; ou o ativo for caixa ou equivalente de caixa. (NBC
TG 1000, item 4.5).
Disponibilidades: a conta disponibilidades é composta da seguinte maneira:
Caixa R$ 00000,00;
Caixa Econômica Federal R$ 0000,00;
Créditos: a conta créditos é composta da seguinte forma:
Duplicatas a Receber R$ 00000,00
Adiantamento de Férias R$ 0,00
Tributos e Contribuições a Compensar R$ 0,00
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 71
________________________________________________________________________________________________________
Estoques: os estoques são avaliados no reconhecimento inicial pelo custo histórico, onde que
todos os gastos necessários até o momento da disponibilidade para venda sendo considerados como
custos, exceto os tributos recuperáveis. Os descontos comerciais, abatimentos e outros itens
semelhantes são deduzidos do custo de aquisição. Os juros incorridos pela aquisição dos estoques são
considerados como despesas financeiras e, portanto não são incluídos nos custos de aquisição.
Ao final do período foi realizada a análise de recuperabilidade dos estoques, e de acordo com a
experiência da administração, da sociedade foram considerados recuperáveis pela venda, menos
despesas para completar e vender conforme os requisitos previstos na NBC TG 1000 e estão assim
representados:
TIPO/ANO X1 X2
Mercadorias para Revenda 0,00 0,00
Produtos para comercialização 0,00 0,00
TOTAL
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 72
________________________________________________________________________________________________________
TOTAL
PASSIVO CIRCULANTE
A classificação das contas é realizada com base no que determinada o Pronunciamento Técnico
PME – Pequenas e Médias Empresas, sendo classificados como circulantes quando: a) espera liquidar o
passivo durante o ciclo operacional normal da entidade; b) o passivo for mantido essencialmente para a
finalidade de negociação; c) o passível for exigível no período de até dozes meses após a data das
demonstrações contábeis; ou a entidade não tiver direito incondicional de diferir a liquidação do passivo
durante pelo menos doze meses após a data de divulgação. (NBC TG 1000, item 4.7).
O Passivo Circulante sendo assim composto:
Fornecedores Nacionais: no montante de R$ 0,00;
Outras Contas a pagar: composto da seguinte forma:
Matérias de Consumo no valor de R$ 0,00;
Imobilizado no valor de R$ 0,00;
Serviços no valor de R$ 0,00.
Obrigações Trabalhistas: compreendem as seguintes rubricas:
Encargos Sociais a Recolher no valor de R$ 0,00;
INSS no valor de R$ 0,00;
FGTS no valor de R$ 0,00;
Obrigações Tributárias: correspondem as seguintes rubricas:
IRRF a Recolher no valor de R$ 0,00;
ISS no valor de R$ 0,00;
Contas a Pagar: correspondem as seguintes rubricas:
Fretes a pagar R$ 0,00.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 73
________________________________________________________________________________________________________
Instrumentos Financeiros
Capital social está representado por 115.000 (mil) quotas no valor nominal de R$ 1,00 cada. A
participação societária está assim dividida entre os sócios:
a) Sócio 1 ingressou na sociedade em 29/02/2000 como sócio-administrador com
32,50% do capital social e possui 37.375 quotas o que equivale a R$ 37.375,00
b) Sócio 2 ingressou na sociedade em 10/02/2010 como sócio-administrador com
67,50% do capital social e possui 77.625 quotas o que equivale a R$ 77.625,00.
Saldo Inicial
Resultado do Período
Distribuições e Reservas
Saldo Final
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 75
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ANEXO 05
PLANO DE CONTAS
A seguir será apresentado um modelo simplificado de Plano de Contas.
ELENCO DE CONTAS
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA
Caixa
Bancos
CLIENTES
Duplicatas a Receber
(-) Perdas Créditos de Liq. Duvidosa
(-) Ajuste a Valor Presente
OUTROS CRÉDITOS
Títulos a Receber
(-) Receitas Financeiras a Transcorrer
(-) Perdas Créditos de Liq. Duvidosa
(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor Recuperável
(-) Ajuste a Valor Presente
Tributos a Compensar
(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor Recuperável
(-) Ajuste a Valor Presente
INVESTIMENTOS
Aplicações Temporárias
Títulos e Valores Mobiliários
(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor Recuperável
(-) Perdas Estimadas
ESTOQUES
Produtos Acabados
Mercadoria par Revenda
Produtos em Elaboração
(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor Recuperável
(-) Ajuste a Valor Presente
ATIVOS ESPECIAIS
Ativos Especiais
(-) Amortização Acumuladas
(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor Recuperável
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 76
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Títulos a Pagar
Debêntures
Imposto de Renda e Cont. Social Diferidos
Provisões Fiscais, Previdenciárias, Trabalhistas e Civis
Provisões para Garantias
Refis
Lucros a Apropriar
Receitas a Apropriar
Subvenções
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Lucros
Lucros ou Prejuízos Acumulados
(-) Ações em Tesouraria
Ajuste de Avaliação Patrimonial
RESULTADO
FATURAMENTO BRUTO
(-) Imposto Sobre Industrialização de Produtos
RECEITA BRUTA DE VENDAS
Vendas de Produtos
Venda de Mercadorias
Serviços
DEDUÇÃO DA RECEITA BRUTA
(-) Vendas Canceladas
(-) Abatimentos
(-) Impostos Incidentes Sobre as Receitas
AJUSTE A VALOR PRESENTE
(+) Ajuste a Valor Presente de Clientes
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E SERVIÇOS PRESTADOS
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(-) Custos dos Serviços Prestados
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
(-) Matéria-Prima
(-) Mão-de-Obra Direta
(-) Outros Custos Diretos
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 79
________________________________________________________________________________________________________
Modelo adaptado pelo autor a partir de IUDÍCIBUS, Sérgio de. [ et. al.]. Manual de Contabilidade
Societária. São Paulo: Atlas, 2010, p. 740-748.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 80
________________________________________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo. Manual de
Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades. São Paulo: Atlas, 2010.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 81
________________________________________________________________________________________________________
LOGIOIA, Umbelina Cravo Teixeira. Pronunciamentos contábeis na prática: demonstração dos fluxos
de caixa, ativos intangíveis, divulgação sobre partes relacionadas. São Paulo: Atlas, 2012.
PADOVEZE, Clóvis Luís; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manual
de Contabilidade Internacional: teoria e prática. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
_______.Manual de Contabilidade: IFRS/CPC Adoção Inicial e Ativos Intangíveis. São Paulo: Saint
Paul Editora, 2010.
MARION, José Carlos. Contabilidade Rural: contabilidade agrícola, contabilidade da pecuária, imposto
de renda – pessoa jurídica. São Paulo: Atlas, 2012.
_______. IFRS Introdução às Normas Internacionais de Contabilidade. 2ª. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 82
________________________________________________________________________________________________________
PETERS, Marcos. IFRS no Brasil: normas internacionais aplicadas à contabilidade brasileira. São
Paulo: IOB, 2012.
SANTOS, Ariovaldo dos; GOUVEIA, Fernando Henrique Câmara; VIEIRA, Patrícia dos Santos.
Contabilidade das Sociedades Cooperativas. 2ª. ed. São Paulo: Atlas, 2012
SANTOS, José dos; SCHMIDT, Paulo. Contabilidade Societária. 4ª. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SANTOS, José Luiz dos; SCHMIDT, Paulo; FERNANDES, Luciane Alves; GOMES, José Mário
Matsumura. Manual de Práticas Contábeis: aspectos societários e tributários. 2ª. ed. São Paulo: Atlas,
2011.
SCHMIDT, Paulo; SANTOS, José Luiz dos; FERNANDES, Luciane Alves. Contabilidade Internacional
Avançada. 3ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 83
________________________________________________________________________________________________________