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Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte
PERITO CRIMINAL – PSICOLOGIA

17
2:
:0
17
7
01
1
APRESENTAÇÃO DO CURSO 2

/2
10
Aula QUEM SOU EU 2

1/
-3
SOBRE O SEU CONCURSO 4

om
l.c
SOBRE O SEU CURSO 7

ai
tm
1. PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: ELEMENTOS

ho
CONSTITUINTES E ANÁLISE DE AMBIENTES – PAPÉIS,
@
26
ESTRUTURAS INTERPESSOAIS E CONTEXTOS. 10
sg
a.

QUESTÕES 50
or
eb

QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS 61


-d
7

AVISOS FINAIS 61
-0
85
.3
02
.2
33
-0
ES
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G
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E
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EL
SU
A
R
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D
Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros

Apresentação do Curso
Meus queridos conterrâneos, amigos e alunos! É com muuuuita felicidade
que estou aqui novamente com vocês. Eu sou o professor Alyson Barros, o
professor mais bonito1 do Brasil quando o negócio é concurso público na área da
psicologia! Vamos trabalhar firmes e fortes para o concurso do ITEP-RN. Aquele
lugar cheiroso quando o formol entra em greve. Aquele lugar ali perto da Rua Chile.
Sim! Aquele lugar! Raramente temos bons concursos para a região! Mais raro ainda é

17
termos uma remuneração tão boa. =] E ai? Vamos ou bora?

2:
:0
O edital acabou de sair do forno e nós já estamos aqui com a nossa aula 1!

17
Antes de ler essa introdução, assista a um vídeo de uns 19 minutos que temos

7
01
comentando rapidamente o edital da ITEP-RN em nosso canal no Youtube:

/2
10
Aproveite para inscrever-se no maior canal de Psicologia concursos da

1/
-3
internet: www.youtube.com.br/psicologianova

om
l.c
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tm
ho
@
26
sg
a.
or
eb
-d
7
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.3
02
.2
33
-0
ES
ED
U
G

Vamos estudar juntos a parte objetiva específica de psicologia para o


ZA
U

nosso concurso. Antes de falar do edital, vou apresentar-me, falar das nossas
SO

vantagens absolutas em relação a concorrência e do nosso curso. Apertem os cintos!


E
ID
EL

Quem sou eu
SU
A
R
O

Eu sou o Professor Alyson Barros, sou obcecado por resultados positivos e


EB

farei o possível e o impossível para termos os nossos alunos novamente entre os


D

primeiros lugares deste concurso! Lembram do último concurso em que trabalhei na


noiva do sol e prometi o primeiro lugar? Pois é. =]
É a oportunidade da sua vida de ganhar mas de R$ 7.000,00 brutos no seu
primeiro ano de trabalho!
Não sou novato na área, ao contrário, posso dizer que sou um dos professores

1
E o mais convencido.
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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros
com a carreira mais sólida na área de concursos de psicologia 2 . Já
trabalhei nas maiores empresas preparatórias de concursos (Estratégia Concursos,
Aprova Concursos, Questões de Concurso, Eu Vou Passar e, agora, CERS), e sempre
senti uma pontinha de inveja das áreas de direito, português ou até informática. Eles
possuem, como vocês sabem, uma variedade maior de cursos e de plataformas de
ensino. Desde 2012 trabalho lecionando o que amo (psicologia) e depois de mais de
150 cursos lecionados (!!!), eis que consegui estruturar um portal à altura dos meus
alunos de psicologia.
Fui aprovado em um dos concursos mais difíceis e surreais do Brasil (Analista

17
do Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão)

2:
:0
e de outros concursos. Mestre em avaliação psicológica, três especializações, formado

17
em psicologia, etc. Currículo impressionante, não acha? Não. Currículo de professor

7
01
na preparação de candidatos para concursos é praticamente inútil. Ter passado em

/2
um grande concurso (nível Auditor da Receita), ter um grande currículo acadêmico e

10
1/
ter toda essa experiência na área não lhes oferece um diferencial, não é verdade?

-3
E se eu disser que no meu primeiro trabalho como professor aprovei o

om
primeiro lugar do STJ (2012)? Preenchi as duas únicas vagas do TCDF? Aprovei mais

l.c
ai
de 65% dos candidatos na SES/DF? Mais de 70% dos candidatos no TJ-GO? O

tm
primeiro lugar da AL-RN? O segundo lugar do TRT-SC? O primeiro lugar do TRT 15ª

ho
@
Região? O primeiro lugar do CNJ? Mais de 50% dos que já foram chamados no INSS?
O primeiro lugar do TRT 8ª Região? O primeiro lugar do EBSERH Fortaleza? O 26
sg
segundo lugar do TRT-PB? Os cinco primeiros lugares do TRT-MG? Os primeiros
a.
or

lugares do TRE-RS? Os primeiros lugares do TJDFT?3 Os primeiros da Prefeitura de


eb
-d

Teresina?
7
-0

Agora melhorou, não foi? =] Máquina Mortífera!!!!


85
.3

Uma das coisas que mais gosto é competir por resultados, ainda mais em
02

concursos! Tenho a plena convicção que nossos alunos estão representando o


.2
33

nosso trabalho na hora da prova. Por isso, faço questão de elaborar o melhor
-0

material do mercado, com os melhores pdfs e os melhores vídeos para a AOCP (nossa
ES

banca).
ED

Antes de falarmos do nosso curso, vamos falar de honestidade.


U
G
ZA
U
SO

Sobre a tal da honestidade


E
ID

Sim, é assunto chato pra caramba, mas, você, além de ter cursado psicologia
EL

(ou seja, tem terceiro grau completo), ainda vai fazer prova para um cargo que
SU

envolve justiça. Não tem como não dizer que não sabe o que são direitos autorais de
A
R

uma obra. O trabalho aqui é sério e, apesar da cultura do jeitinho brasileiro de alguns
O
EB

alunos com caráter duvidoso, temos um compromisso com a aprovação! Somos uma
D

empresa consolidada e séria. Sem encenação da virtude aqui.


Preciso de bons alunos, aliás, excelentes! Participativos, com boas perguntas


2
Procurem pelas evidências no nosso canal no Youtube:
https://www.youtube.com/psicologianova. Não acreditem em qualquer argumentação
sem provas concretas.
3
Esses são os que lembro agora! Fora os aprovados que usam meu material para estudar
para outros concursos!
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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros
e dispostos a entrar na nossa didática. É para esse aluno honesto que
faço o nosso curso. O curso foi feito para uso individual, só.
Ou seja, esse curso não é feito para os milhares de filhos de Dilma, Temer,
Lula, Aécio ou qualquer político. Não é feito para malandros, não é feito para falsos
moralistas ou para “cidadãos” que são muito hábeis em racionalizar atos próprios
que prejudicam o bem estar dos outros. Eu, Professor Alyson Barros, e toda a nossa
equipe do Psicologia Nova, prezamos pela coerência de valores humanos e pelo
respeito ao nosso trabalho.
Rateio é crime e uma palhaçada com o professor e com quem é honesto.

17
2:
Não precisaria destacar um tópico de nossa aula para isso se esse assunto não fosse

:0
relevante.

17
7
--------------------------------------------------------------------------------

01
/2
10
Se você souber ou suspeitar de alguém rateando o nosso material, nos avise,

1/
nos apresente provas. Teremos um prazer sádico e desmedido em impedir que essa

-3
pessoa, e as pessoas envolvidas, sejam aprovadas na etapa de investigação social.

om
Como dizem em minha terra: damos um boi para não entrar em uma briga, dois para

l.c
ai
não sair.

tm
ho
--------------------------------------------------------------------------------

@
26
sg

Sobre o seu concurso


a.
or
eb
-d
7
-0

O concurso para o Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio


85
.3

Grande do Norte - ITEP será aplicado pela banca AOCP. Uma das bancas mais
02

fáceis (para quem estuda sério). Pela nossa experiência com vários concursos da
.2
33

EBSERH e a AOCP posso afirmar que teremos alunos nosso GABARITANDO a parte
-0

de psicologia!
ES

O cargo para o qual você irá prestar concurso é o de Perito Criminal –


ED

Psicologia (401.8). Serão 40 horas semanais, são 5 vagas ampla concorrência e 1 vaga
U
G

PCD. A remuneração inicial é de R$ 7.440,00.


ZA
U

É uma oportunidade única! Não acha? Quais são as disciplinas que cairão
SO

em sua prova?
E
ID
EL
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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros

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2:
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/2
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1/
-3
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26
sg
a.
or
eb
-d

Nós vamos trabalhar no presente curso para as 60 questões objetivas de


7
-0

psicologia (conhecimentos específicos).


85
.3

Para a prova discursiva, recomendo fortemente que entre em nosso curso


02
.2

NITRO:
33
-0
ES
ED
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G
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A
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D

Esse curso é uma obra de arte! Uma poderosa ferramenta de aprovação!


Clique nele e veja a descrição do curso.

Voltando ao seu edital, cada questão terá 5 (cinco) alternativas, sendo


que cada questão terá apenas 1 (uma) alternativa correta. O candidato deverá obter
50% (cinquenta por cento) ou mais na prova objetiva para não ser eliminado do

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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros
concurso público, além de não ser eliminado por outros critérios
estabelecidos no Edital.
As provas objetiva e discursivas serão aplicadas na data provável de 04
de fevereiro de 2018, em horário e local a ser informado através de edital
disponibilizado no endereço eletrônico www.institutoaocp.org.br e no CARTÃO DE
INFORMAÇÃO DO CANDIDATO.

Os nossos alunos, quando passarem, vão realizar as seguintes

17
atribuições:

2:
:0
17
7
CARGO 401.8: Perito Criminal – Psicologia

01
/2
Atribuições: Realizar, com autonomia e independência, exames periciais na área da

10
Criminalística; realizar exame de natureza técnico-científica e emitir o correspondente

1/
-3
relatório técnico, nos moldes estabelecidos pelas normas éticas e legais concernentes ao

om
exercício dessa atividade profissional; exercer a função pericial técnico-científica e emitir o

l.c
correspondente laudo, nos termos da legislação processual penal em vigor; realizar pesquisa

ai
científica em áreas de interesse da Criminalística; realizar pesquisa científica em áreas de

tm
ho
interesse da sua especialidade; expedir laudos periciais e pareceres técnicos, além de outros

@
documentos oficiais relativos aos exames que houver realizado; comunicar ao superior
26
hierárquico, imediatamente, os fatos de natureza grave que ocorrerem no curso dos
sg
plantões que tiver de cumprir e registrá-los pelo meio físico ou eletrônico próprio; produzir
a.
or

informações ou pareceres técnicos na área de sua especialidade; prestar auxílio, em


eb

assuntos de sua especialidade, quando solicitado, aos Peritos Médicos, Peritos


-d

Odontolegistas e demais Peritos Criminais; requisitar, por intermédio da autoridade


7
-0

competente, as informações necessárias à realização de exames periciais, bem como os


85
.3

documentos e dados indispensáveis à instrução de laudo ou relatório técnico sob sua


02

responsabilidade; requisitar, a ente público ou privado, por intermédio da autoridade


.2

competente, serviços técnicos especializados ou meios materiais necessários à elaboração


33
-0

de laudos ou relatórios técnicos, na forma da lei; solicitar documentos, objetos, informações


ES

e inquirir pessoas, sempre que essas providências mostrarem-se necessárias à realização de


ED

laudos ou relatórios técnicos que deva elaborar; comparecer, em dia de serviço, aos locais
U

de crime(crimes contra a pessoa, crimes contra o patrimônio, contra a dignidade sexual, e


G

etc) a fim de: a) realizar os exames e levantamentos necessários; b) providenciar e fiscalizar a


ZA

coleta e o acondicionamento de materiais considerados indispensáveis à elucidação técnica


U
SO

dos fatos; c) coordenar os trabalhos auxiliares, podendo sugerir o isolamento do local à


E

autoridade policial, sempre que necessário ou útil à realização da perícia; Comparecer a


ID

Juízo, em atendimento a requisições formuladas pela autoridade judiciária, a fim de prestar


EL

esclarecimentos a respeito do conteúdo de laudos ou relatórios técnicos de cuja elaboração


SU

tenha participado; assegurar o sigilo funcional, quando necessário à elucidação dos fatos e
A
R

às investigações, salvo nas situações em que ocorra o seu levantamento por determinação
O
EB

judicial.
D

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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros

Sobre o seu curso

E quais assuntos iremos estudar? Vejamos:

CARGO 401.8: Perito Criminal – Psicologia


Conhecimentos Específicos:

17
1. Psicologia do desenvolvimento: elementos constituintes e análise de ambientes –

2:
:0
papéis, estruturas interpessoais e contextos.

17
2. Saúde mental: conceituação, atuação no contexto judiciário, psicopatologia

7
01
forense.

/2
10
3. Psicologia jurídica: ideologia da instituição judiciária, criminologia e vitimização,

1/
-3
crimes sexuais, atenção à infância e adolescência, violência doméstica e conjugal,

om
simulação e dissimulação, falsas memórias.

l.c
ai
4. Avaliação psicológica: processos e conceitualizações, entrevistas avaliativas, uso

tm
de técnicas, perícia psicológica, competências legais, estratégias e necessidades de

ho
atuação, informe pericial, laudos, aspectos éticos.

@
26
5. Normalidade e Psicopatologia: normalidade e psicopatologia ao longo do ciclo
sg
a.

vital.
or
eb

6. Etnicidade e o ciclo da vida familiar.


-d
7

7. Formação e rompimento dos laços afetivos.


-0
85

8. Transtornos neuróticos e relacionados ao estresse.


.3
02

9. Transtornos: psicóticos; do humor e violência; da personalidade, mentais


.2
33

orgânicos.
-0

10. Transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias


ES

psicoativas.
ED
U

11. Parafilias.
G
ZA

12. Abuso sexual da criança: uma abordagem multidisciplinar, manejo, terapia e


U
SO

intervenção legal integrados.


E
ID

13. A violência sexual contra crianças e adolescentes e a construção de indicadores:


EL

crítica do poder, da desigualdade e do imaginário.


SU

14. Problemas relacionados a abuso ou negligência.


A
R
O

15. Famílias Disfuncionais/Patológicas e Famílias Funcionais.


EB
D

16. Legislação referente à atuação dos Psicólogos.


17. Estatuto do idoso (Lei n.° 10.741, de 17/10/2003 e alterações).
18. Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei n.° 8.069, de 13/07/90 e
alterações).
19. Estatuto do portador de necessidades especiais.
20. Lei n.° 11.340, de 07/08/2006.

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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros

Caraca Professor, vai dar tempo? Vai! Vejam como organizamos nosso
calendário.

Aula Conteúdo Data de


Lançamento

1 1. Psicologia do desenvolvimento: elementos 25/08

17
constituintes e análise de ambientes – papéis, estruturas

2:
:0
interpessoais e contextos.

17
7
01
2 2. Saúde mental: conceituação, atuação no contexto 1/11

/2
judiciário, psicopatologia forense.

10
1/
3. Psicologia jurídica: ideologia da instituição judiciária,

-3
criminologia e vitimização, crimes sexuais, atenção à

om
infância e adolescência, violência doméstica e conjugal,

l.c
ai
simulação e dissimulação, falsas memórias.

tm
ho
@
3 4. Avaliação psicológica: processos e conceitualizações, 8/11
entrevistas avaliativas, uso de técnicas, perícia 26
sg
psicológica, competências legais, estratégias e
a.
or

necessidades de atuação, informe pericial, laudos,


eb

aspectos éticos.
-d
7
-0

4 5. Normalidade e Psicopatologia: normalidade e 15/11


85
.3

psicopatologia ao longo do ciclo vital.


02
.2

5 6. Etnicidade e o ciclo da vida familiar. 22/11


33
-0

7. Formação e rompimento dos laços afetivos.


ES
ED

6 8. Transtornos neuróticos e relacionados ao estresse. 29/11


U
G

9. Transtornos: psicóticos; do humor e violência; da


ZA

personalidade, mentais orgânicos.


U
SO

10. Transtornos mentais e de comportamento


E
ID

decorrentes do uso de substâncias psicoativas.


EL

11. Parafilias.
SU
A
R

7 12. Abuso sexual da criança: uma abordagem 13/12


O
EB

multidisciplinar, manejo, terapia e intervenção legal


D

integrados.
13. A violência sexual contra crianças e adolescentes e a
construção de indicadores: crítica do poder, da
desigualdade e do imaginário.
14. Problemas relacionados a abuso ou negligência.
15. Famílias Disfuncionais/Patológicas e Famílias

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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros

Funcionais.

8 18. Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei n.° 27/12


8.069, de 13/07/90 e alterações).

9 17. Estatuto do idoso (Lei n.° 10.741, de 17/10/2003 e 10/01


alterações).
19. Estatuto do portador de necessidades especiais.

17
20. Lei n.° 11.340, de 07/08/2006.

2:
:0
17
10 16. Legislação referente à atuação dos Psicólogos. 24/01

7
01
/2
10
ATENÇÃO: Quaisquer atualizações no presente curso, como aulas adicionais, serão

1/
-3
gratuitas aos alunos regularmente inscritos.

om
Em caso de previsão de atraso, avisarei os alunos através da alteração da

l.c
ai
descrição do calendário do curso em nossa página principal e no nosso grupo do

tm
whatsapp!

ho
@
Vou adicionar os contatos dos alunos já matriculados. Caso você entre no
26
sg
curso, deseje participar do grupo do WhatsApp e não esteja ainda, envie-nos uma
a.

mensagem por lá que te adiciono: 61 982310923.


or
eb

Temos muuuuito o que conversar, mas deixarei isso para o grupo do


-d

WhatsApp e para as próximas aulas!


7
-0
85

Vamos começar?
.3
02
.2
33
-0
ES
ED
U
G
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U
SO
E
ID
EL
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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros

1. Psicologia do desenvolvimento: elementos


constituintes e análise de ambientes – papéis,
estruturas interpessoais e contextos.

17
2:
Ok, ok. Qual a banca? Banca AOCP. A banca mais simples do mercado! O que

:0
17
cai na IBFC? Em 98% das questões sobre o assunto temos Piaget e Vygotsky! Vejam

7
01
no final da aula as questões que levantei e tirem suas próprias conclusões. =]

/2
10
Mas, como não nasci ontem, vamos ver Freud, Klein, Erikson, Piaget e

1/
Vygotsky. E, claro, para deixarmos a festa completa, falaremos de Urie, sim, sim. Ú ú.

-3
Urie Bronfenbrenner!

om
l.c
Arrê égua! Simbora!

ai
tm
ho
@
Psicologia do Desenvolvimento para a AOCP sg
26
a.
or
eb

Essa é a área da psicologia que estuda... O desenvolvimento. Temos sempre


-d

um roteiro básico para estudarmos essa disciplina: a definição de desenvolvimento e


7
-0

as teorias de desenvolvimento de acordo com as grandes correntes do pensamento


85

psicológico. De posse desse conhecimento você conseguirá aprofundar mais no


.3
02

conteúdo.
.2
33

A psicologia do desenvolvimento é uma área que:


-0

1. estuda a interação dos processos físicos e psicológicos e as etapas de


ES
ED

crescimento, a partir da concepção até ao final da vida de um sujeito.


U

2. traz uma compreensão sobre as transformações psicológicas que


G
ZA

ocorrem no decorrer do tempo


U
SO

3. cria modelos para explicar mudanças que ocorrem na vida do


E

sujeito e de que modo podem ser compreendidas e descritas essas


ID

mudanças.
EL
SU

4. busca definir cientificamente padrões de mudanças progressivas


A

psicológicas que ocorrem nos seres humanos com a idade. Para isso,
R
O

examina as mudanças através de uma ampla variedade de tópicos,


EB

incluindo habilidades motoras, habilidades em solução de problemas,


D

entendimento conceitual, aquisição de linguagem, entendimento da


moral e formação da identidade

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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros

A difícil delimitação do campo

Em um texto clássico sobre a psicologia do desenvolvimento humano,


Biaggio (1978) discute a difícil tarefa de conceituá-lo. A controvérsia emana sem
dúvida do vasto campo de estudo que envolve esta disciplina.
O desenvolvimento humano envolve o estudo de variáveis afetivas,
cognitivas, sociais e biológicas em todo ciclo da vida. Desta forma faz interface com
diversas áreas do conhecimento como: a biologia, antropologia, sociologia, educação,

17
2:
medicina entre outras.

:0
17
Tradicionalmente o estudo do desenvolvimento humano focou o estudo da

7
criança e do adolescente, ainda hoje muitos dos manuais de psicologia do

01
/2
desenvolvimento abordam apenas esta etapa da vida dos indivíduos (Bee, 1984; Cole

10
& Cole, 2004).

1/
-3
Fonte: MOTA, Márcia Elia da. Psicologia do desenvolvimento: uma perspectiva

om
histórica. Temas psicol. [online]. 2005, vol.13, n.2 [citado 2014-09-06], pp. 105-111 .

l.c
ai
Disponível em:

tm
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

ho
@
389X2005000200003&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1413-389X.
26
sg
a.
or
eb
-d

Características do Campo
7
-0
85
.3
02

Área próxima da psicologia da aprendizagem


.2
33

Temos vários autores


-0

Articulação com diversos saberes


ES
ED

Campo teórico e empírico


U
G

Tende a ser mais estudado individualmente que socialmente ou a partir de


ZA

grandes grupos.
U
SO
E
ID
EL
SU

Métodos de estudo da psicologia do desenvolvimento


A
R
O
EB
D

Investigações normativas: levantamento de hipóteses e testagem.


Experimentação
Estudos longitudinais: acompanham os mesmos indivíduos com o passar
do tempo
Modelos transversais: estudam simultaneamente diferentes grupos etários
Instrospecção

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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros
Observação
Clínica/Laboratórios
Entrevistas
Estudos Transculturais, Transgeracionais e multimetodológicos.

Fases tradicionais do desenvolvimento humano


1. Período pré-natal

17
2:
:0
2. Período do recém-nascido

17
3. Primeira infância

7
01
/2
4. Segunda infância

10
1/
5. Meninice

-3
om
6. Adolescência

l.c
7. Maturidade ou vida adulta

ai
tm
ho
8. Senilidade ou velhice

@
26
sg

Conceito de Desenvolvimento
a.
or
eb
-d
7

Qual o primeiro problema que encontramos no estudo do desenvolvimento


-0
85

humano? Sem dúvida é a sua definição e seu campo de atuação. Para encurtar um
.3

século de história, podemos dizer que atualmente a psicologia do desenvolvimento


02
.2

se dedica ao estudo do desenvolvimento humano em todos os seus aspectos: físico-


33

motor, intelectual, afetivo-emocional e social - desde o nascimento até a idade


-0

adulta, isto é, a idade em que todos estes aspectos atingem o seu mais completo grau
ES

de maturidade e estabilidade.
ED
U

Apenas a título de curiosidade, identifico na história da psicologia três


G
ZA

grandes fases sobre como o desenvolvimento era estudado. São fases que se
U

distinguem tanto pelo seu método de estudo quanto pelo escopo estudado. A
SO

primeira fase ocorreu entre as décadas de 1920 e 1930 e foi caracterizada pelo seu
E
ID

método descritivo. Era uma fase preocupada com a observação e o registro das
EL

ocorrências em situação natural ou provocada, utilizando conteúdos concretos. A


SU

segunda fase ocorreu entre as décadas de 1940 e 1950 e foi marcada pela
A

metodologia correlacional. Ou seja, além da descrição dos fenômenos, buscava-se


R
O

entender estatisticamente a relação entre as variáveis associadas ao


EB

desenvolvimento. Um exemplo eram os estudos de crianças autistas e mães-


D

geladeira. Confesso que eles não levaram esse método estatístico ao pé da letra (rs).
A terceira fase começou a se estabelecer a partir de 1960 e perdura até hoje. Ela é
caracterizada pelo método experimental, onde os sujeitos são estudados em
condições provocadas, sendo necessária à percepção de variáveis envolvidas na
questão. Essa evolução entre as abordagens não mostra uma superação entre os
métodos, mas a agregação de novas tendências metodológicas. Desse modo, usamos

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atualmente tanto a descrição quanto os estudos correlacionais e o
experimentalismo na positivação de hipóteses acerca do desenvolvimento.
É preciso diferenciarmos sempre:
Variáveis internas: ligadas à maturação orgânica do indivíduo, as
bases genéticas do desenvolvimento. Recentemente, os processos
inatos que promovem o desenvolvimento humano voltam a ser
discutidos por teóricos do desenvolvimento humano.
Variáveis externas: ligadas à influência do ambiente no

17
desenvolvimento. As abordagens sistêmicas de investigação do

2:
desenvolvimento humano há muito chamam atenção para a

:0
17
importância de se entender as diversas interações que ocorrem nos

7
múltiplos contextos em que o desenvolvimento se dá. Incluindo-se

01
/2
nesta discussão uma análise do momento histórico em que o

10
indivíduo se desenvolve.

1/
-3
O conceito de desenvolvimento tem dois aspectos mais gerais: o aspecto das

om
estruturas mentais e o crescimento orgânico. As estruturas psíquicas possuem uma

l.c
ai
construção contínua e se caracterizam pelo aparecimento gradativo na relação com o

tm
ambiente. Como exemplo de estruturas mentais, temos o surgimento do Eu, o

ho
@
aspecto moral, a consciência do outro, o pensamento, o afeto, a vinculação, a
26
motivação, a linguagem etc. Apesar das enormes diferenças entre os autores sobre o
sg
exato surgimento e as condições mínimas para esse desenvolvimento, todos
a.
or

concordam que a natureza humana possui condições biológicas para o


eb

desenvolvimento mental. O crescimento orgânico, por outro lado, é orientado para


-d

as estruturas biológicas que se desenvolvem naturalmente sem a dependência do


7
-0

ambiente social para o seu surgimento. Isso não quer dizer que o desenvolvimento
85
.3

orgânico não necessite do ambiente para sua modulação.


02
.2

Destaco, no entanto, que entre o desenvolvimento das estruturas mentais e


33

o desenvolvimento orgânico existem centenas de processos interligados que


-0

demonstram a dependência da relação ambiente e genética.


ES
ED

Mas, quais os fatores que influenciam no desenvolvimento humano?


U

Felizmente ainda são aqueles que você estudou na faculdade: hereditariedade,


G
ZA

crescimento orgânico (é o crescimento físico), maturação e a relação com o ambiente


U

social.
SO
E

Mas Alyson, esses conceitos não estão repetidos ou se cruzam? É verdade,


ID

em muitos casos esses verbetes são usados indistintamente, mas precisamos definir
EL

precisamente para o correto domínio dessa matéria. Para não ficarmos com o meio
SU

de campo enrolado, vou colocar aqui algumas distinções conceituais que se cruzam
A
R

com frequência. Chamaremos de Fatores que influenciam o desenvolvimento


O
EB

humano:
D

Hereditariedade – a carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que


pode ou não desenvolver-se. A inteligência pode desenvolver-se de acordo
com as condições do meio em que se encontra.
Crescimento orgânico: é o desenvolvimento físico ligado à maturação.
Maturação: é o desenvolvimento puro da programação genética tem relação
com mudanças naturais e espontâneas.

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Maturação neurofisiológica: é o que torna possível
determinado padrão de comportamento.
Meio – o conjunto de influências e estimulações ambientais altera os padrões
de comportamento do indivíduo.

Mas Alyson, eu confundo tudo. Confundo as escolas, confundo meu nome,


confundo tudo! Calma, a natureza não dá saltos. Eu quero que você guarde agora

17
somente um pouco de informação, depois vamos fazer uma distinção mais adequada.

2:
:0
Temos 3 escolas gerais na psicologia do desenvolvimento.

17
7
O apriorismo, semelhante ao que ocorre nas correntes que defendem

01
/2
a hereditariedade, as estruturas mentais existem sozinhas e são

10
biologicamente inerentes ao indivíduo.

1/
-3
No empirismo, as estruturas mentais ocorrem na relação de

om
aprendizagem do organismo com o ambiente.

l.c
ai
No maturacionismo, ocorre um meio termo onde o sujeito se

tm
ho
desenvolve a partir da interação entre os dispositivos biológicos, em

@
fases determinadas, e estímulos sociais.
26
sg
Sim, Piaget era maturacionista-interacionista. Vygotsky era interacionista.
a.

Skinner empirista.
or
eb

Mas, em geral, como ocorre o desenvolvimento? O desenvolvimento ocorre


-d

de duas formas, uma na expressão natural da hereditariedade e outra nos


7
-0

aprendizados humanos provenientes da relação entre o ambiente interno e externo


85
.3

do organismo. O ambiente interno é entendido como o espaço físico, fisiológico,


02

psicológico e afetivo enquanto que o ambiente externo é toda a realidade objetiva


.2
33

na qual a pessoa está inserida. Nessa relação entre o interno e o externo estão o
-0

corpo do sujeito e o seu papel social.


ES
ED

Para melhor entendermos isso, devemos diferenciar os seguintes aspectos


U

do desenvolvimento humano:
G
ZA

Aspecto físico-motor - refere-se ao crescimento orgânico, à


U

maturação neurofisiológica. Ex.: A criança que leva a chupeta à boca.


SO
E

Aspecto intelectual – é a capacidade de pensamento, raciocínio. Ex.:


ID

A criança de 2 anos que usa um cabo de vassoura para puxar um


EL

brinquedo que está em baixo de um móvel.


SU
A

Aspecto afetivo-emocional – é o modo particular de o indivíduo


R
O

integrar as suas experiências. A sexualidade faz parte desse aspecto.


EB

Ex.: A vergonha que sentimos em algumas situações.


D

Aspecto social – é a maneira como o indivíduo reage diante das


situações que envolvem outras pessoas. Ex.: Quando em um grupo há
uma criança que permanece sozinha.

As mudanças proporcionadas por essa relação entre interno e externo


podem tanto qualitativas quanto quantitativas. As mudanças qualitativas ocorrem
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quando surgem novos fenômenos na vida do indivíduo e são marcados
por mudanças biológicas e/ou psicológicas. Como exemplos dessas mudanças
qualitativas, temos a aquisição da linguagem, a entrada na puberdade, a entrada na
escola, etc. As mudanças quantitativas, por sua vez, são aquelas que refletem apenas
mudanças em um número ou quantidade de atributo estudado, como, por exemplo,
aumento de peso, de estatura, de n.º de palavras no vocabulário etc.
Antes de adentrarmos nas teorias que nos cabem é preciso considerar
alguns axiomas majoritários atuais: as pessoas se desenvolvem em ritmos
diferentes, o desenvolvimento é relativamente ordenado e o desenvolvimento

17
acontece de forma gradual. É assim que o desenvolvimento humano é visto

2:
:0
atualmente.

17
Como o domínio desse conhecimento não é suficiente para entendermos o

7
01
desenvolvimento humanos, devemos aprofundar nas melhores teorias que buscam

/2
10
explicar tal fenômeno. Uma teoria é um conjunto de afirmações inter-relacionadas,

1/
destinadas a explicar o desenvolvimento. As teorias dão significado aos dados, às

-3
informações obtidas, geralmente, através de pesquisa.

om
l.c
Antes de entrarmos nos autores, tem dois conceitos que também quero que

ai
tm
aprenda:

ho
@
Períodos críticos: estão ligados a maturação e alterações biológicas
26
do indivíduo, onde determinados comportamentos são estabelecidos,
sg
ocorrendo uma melhor inteiração da hereditariedade com o meio
a.
or

ambiente potencializando a aprendizagem.


eb
-d

Períodos delicados: o período delicado, sensível ou ótimo diz


7

respeito à aquisição de aspectos psicológicos, desenvolvimento de


-0
85

comportamentos em pleno potencial.


.3
02

Separei alguns autores que têm relevância para o nosso concurso do ITEP-
.2
33

RN.
-0
ES
ED

Piaget
U
G

Nasceu em 1896 na Suíça e, reza a lenda, publicou seu primeiro artigo sobre
ZA
U

um pardal albino aos 11 anos de idade! Felizmente esse artigo não cairá em seu
SO

concurso. Entre suas principais obras destacam-se os livros "Biologia e


E

Conhecimento" e "A Formação do Símbolo na Criança".


ID
EL

Alguns pontos de sua biografia são “curiosos” e merecem destaque:


SU

- Estudou Biologia e Filosofia. Recebeu seu doutorado em Biologia em 1918,


A
R

aos 22 anos de idade.


O
EB

- Trabalhou como psicólogo experimental, em Zurich. Assistiu às aulas de


D

Jung e trabalhou como psiquiatra em uma clínica.


- Na França foi convidado a trabalhar no laboratório de Alfred Binet (o dos
testes de inteligência infantis). Jean Piaget notou que crianças francesas da mesma
faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu que o pensamento
lógico se desenvolve gradualmente. Seu conhecimento de Biologia levou-o a enxergar
o desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo uma evolução gradativa.

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- As teorias de Jean Piaget foram, em grande parte, baseadas em
estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa.
- Ao longo de sua vida, escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos
científicos.
- Faleceu em Genebra, em setembro de 1980 (com 84 anos).
O conceito fundamental de Piaget é o de epigênese (ou epistemologia
genética). Ou seja: o processo evolutivo da filogenia humana tem uma origem
biológica que é ativada pela ação e interação do organismo com o meio ambiente -

17
físico e social - que o rodeia. Essa visão é uma síntese do empirismo e do

2:
racionalismo.

:0
17
7
01
/2
Dica de Concurso: Piaget põe de lado as ideias de que o conhecimento nasce com o

10
indivíduo ou é dado pelo meio social. Ele afirma que o sujeito constrói o

1/
-3
conhecimento na interação com o meio físico e social, e essa construção vai depender

om
tanto das condições do indivíduo como das condições do meio.

l.c
ai
tm
ho
E quais as suas principais contribuições para a psicologia e para a

@
pedagogia? Ele desenvolveu um modelo que se baseia na ideia de que a criança, no
26
seu desenvolvimento, constrói estruturas cognitivas sofisticadas - que vão dos
sg
a.

poucos e primitivos reflexos do recém-nascido até às mais complexas atividades


or

mentais do jovem adulto. Para ele, a estrutura cognitiva é um "mapa" mental


eb
-d

interno, um "esquema" ou uma "rede" de conceitos construídos pelo indivíduo para


7

compreender e responder às experiências que decorrem dentro do seu meio


-0
85

envolvente.
.3
02

Piaget usou o termo construtivismo como uma capacidade que o sujeito


.2

tem de apreender e interpretar o mundo, através das suas estruturas cognitivas.


33
-0

Observe que, para o construtivismo piagetiano, o sujeito não nasce com essas
ES

estruturas cognitivas (ele não é inatista), mas as forma graças a sua experiência com
ED

o meio. Assim, o processo de conhecimento é o processo de construção de estruturas.


U

Para o construtivismo, a presença ativa do sujeito diante do conteúdo é essencial.


G
ZA

Esse termo foi cunhado por Piaget que pressupôs que era necessário agir sobre o
U

objeto para transformá-lo. Portanto, não basta somente ter contato com o
SO

conhecimento para adquiri-lo. Para Piaget, conhecer é agir e transformar os objetos.


E

Aprender não é a adição simples de conteúdos na mente humana e nem o registro de


ID
EL

dados do exterior.
SU

“O comportamento humano não é inato, nem resultado de


A
R

condicionamento. Sujeito e objeto interagem em um processo que resulta na


O
EB

construção e reconstrução de estruturas cognitivas.”


D

O primeiro livro que li de Piaget foi “Epistemologia Genética” anos antes de


entrar na faculdade. Achei interessante como um homem que dedicou parte de sua
vida ao estudo de moluscos, conseguiu produzir tantos experimentos e teorias acerca
da aprendizagem e do desenvolvimento humano. É certo que não entendi metade
dos conteúdos que li, mas restou a admiração. Ainda tenho o livro comigo e é dele
que trago a maior parte das transcrições. Piaget estudou o modo como o pensamento
se desenvolve e criou a teoria conhecida como Epistemologia Genética (ou teoria

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psicogenética), que pode ser considerado uma oposição ao apriorismo e
ao empirismo. O apriorismo é uma escola de pensamento que parte do pressuposto
que os conhecimentos existem por si e são inerentes ao indivíduo. Para o
empirismo o conhecimento ocorre na relação do organismo com o ambiente.
Um dos métodos mais conhecidos de Piaget figurava a observação
naturalista que consistia em observar naturalmente as pessoas no seu meio para
tentar reproduzir os fenômenos de aquisição do conhecimento em seu laboratório.
Ele desenhou uma teoria maturacionista, ou seja, o homem amadurece na relação
definida de suas predisposições genéticas com o ambiente. Desse modo, existem

17
estruturas existentes no sujeito, como as estruturas cognitivas, que irão determinar

2:
:0
a sua capacidade de produzir conhecimentos sobre a realidade. Ele, a despeito de

17
todos os teóricos que veremos, foi o mais profícuo experimentalista do campo

7
01
relacional da aprendizagem/desenvolvimento. No entanto, mesmo com a notável

/2
produtividade, seus estudos não foram feitos para aplicação em sala de aula. Mesmo

10
1/
assim, suas teorias inspiraram as obras importantes na área da aprendizagem e

-3
educação (Paulo Freire, Yves de la Taille, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, etc.).

om
Durante algumas aulas percebi que alguns alunos defendiam com afinco a

l.c
ai
ideia errônea de que Vygotsky era o pai do construtivismo. Isso é um erro, o termo

tm
foi criado, no contexto da aquisição do conhecimento, por Piaget. Sua abordagem é

ho
@
construtivista principalmente porque nos ajuda a pensar o processo de
26
aprendizagem a partir da perspectiva da criança ou daquele que aprende. Não
sg
podemos confundir com o “método construtivista” malgrado em moda das escolas
a.
or

atuais (tecnicamente todo método é construtivista). Outro ponto que gera bastante
eb
-d

confusão para leigos é que atribuem a Piaget uma teoria inatista. Piaget não é
7

inatista, é maturacionista-interacionista, construtivista, pesquisador de moluscos,


-0
85

etc. Tudo, menos inatista. Não confunda.


.3
02

O seu estudo é principalmente centrado em compreender como o aprendiz


.2

passa de um estado de menor conhecimento a outro de maior conhecimento, o que


33
-0

está intimamente relacionado com o desenvolvimento pessoal do indivíduo. Para


ES

explicar o processo de desenvolvimento intelectual Piaget dividiu-o em uma


ED

sequência fixa de estágios/períodos. Com relação à idade cronológica descrita nos


U

estágios de Piaget, podemos esperar desvios (algumas crianças atingem


G

determinados estágios antes ou depois do que outra). Modos de pensamento


ZA
U

característicos de estágios anteriores estão presentes nos estágios seguintes e a


SO

criança pode ainda voltar a ter formas anteriores de pensamentos. Não existe uma
E

divisão rígida e algumas crianças podem não atingir determinado estágio de


ID
EL

desenvolvimento, característica de crianças portadoras de deficiência.


SU

Existem, antes de entrarmos nas fases de desenvolvimento, alguns


A
R

pressupostos da teoria piagetiana que necessitam de destaque. O primeiro é que a


O

inteligência pode ser entendida como o pensamento racional. Além disso, o


EB
D

desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência. Porém,


após o surgimento da linguagem, o pensamento racional sofre alterações (começa a
trabalhar com representações, por exemplo).
Vale aqui uma advertência - o Estágio das Operações Formais é dividido em
duas fases: a fase das Operações Concretas e a fase das Operações Abstratas. Pronto
para estudas as fases de desenvolvimento epigenético de Piaget? Vamos a eles:

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Estágio Idade

Estágio sensório-motor de 0 a aproximadamente 2 anos

Estágio objetivo-simbólico (pré- aproximadamente de 2 a 6 ou 7


operatório) anos

Estágio operacional-concreto aproximadamente de 7 a 11 ou 12


anos

17
2:
Estágio operacional-abstrato de 11 ou 12 anos a 14 ou 15 anos

:0
17
7
01
/2
Atenção: Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que, de melhor o

10
indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por

1/
-3
todas essas fases ou períodos, nessa sequência, porém o início e o término de cada

om
uma delas dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores

l.c
educacionais, sociais. Portanto, a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e

ai
tm
não uma norma rígida.

ho
@
26
a) Estágio sensório-motor (o recém-nascido e o lactente - 0 a 2 anos)
sg
a.
or

O conceito principal dessa fase é o de sistema sensório-motor. O bebê vive


eb

uma fase onde não consegue diferenciar o ambiente de si mesmo. A criança


-d

desenvolve um conjunto de "esquemas de ação" sobre o objeto, que lhe permitem


7
-0

construir um conhecimento físico da realidade. É uma fase de coordenação sensório-


85

motora da ação, baseada na evolução da percepção e da motricidade (a motricidade é


.3
02

a base para o desenvolvimento da manipulação de objetos). Aqui existe o


.2

pensamento egocêntrico (egocentrismo inconsciente e integral). O bebê recebe


33
-0

sensações do interior do próprio organismo e do ambiente externo imediato e possui


ES

padrões inatos, como sugar e agarrar.


ED

No tocante ao desenvolvimento dessa fase, vão ocorrendo mudanças nas funções


U
G

sensório-motoras, como por exemplo: a visão passa de uma reação reflexa à luz para
ZA

focalizar objetos específicos e depois segui-los quando em movimento.


U
SO

Distinguem-se três estágios entre o nascimento e o fim deste período:


E
ID

• O dos reflexos
EL
SU

• O da organização das percepções e hábitos (sugar o polegar,


seguir ruídos com a cabeça, etc.)
A
R
O

• E o da inteligência sensório-motora
EB
D

Piaget situa nesta fase a origem do pensamento inteligente, uma inteligência


prática que busca resultados favoráveis. Nesta etapa desenvolve o conceito
de permanência do objeto e de constância do objeto. Ocorre a construção de
esquemas sensório-motores orientados por uma inteligência prática e a criança é
capaz de fazer imitações, construindo representações mentais cada vez mais
complexas. Essa fase estende-se até o aparecimento da linguagem (não existe
linguagem nessa fase). Destaca-se que para Piaget, os quatro processos que
caracterizam a revolução intelectual do período sensório-motor são: o esquema
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prático do objeto, a evolução do espaço prático, a causalidade e a
objetivação das séries temporais. Em outras palavras:
a) Construção de categorias de objetos
b) Construção do espaço prático
c) Construção da causalidade
d) Construção do tempo
É importante destacar, ainda, que a criança não nasce, segundo Piaget,

17
dotada de linguagem e noção de tempo/espaço. Esses conceitos só vão aparecer, e

2:
ainda assim de maneira incipiente, ao final do estágio sensório motor.

:0
17
7
01
Dica para Concurso: Segundo Piaget, a ausência da permanência do objeto

/2
10
é uma das características de que a criança ainda se encontra no estágio sensório-

1/
motor (primeiro estágio de desenvolvimento cognitivo).

-3
om
l.c
ai
Dica para Concurso: o que marca a passagem da fase sensório motora para

tm
a fase pré-operatória é o aparecimento da função simbólica (linguagem). Assim, para

ho
@
Piaget, a inteligência é anterior ao surgimento da linguagem (a inteligência já existe
no período sensório motor). 26
sg
a.
or
eb

b) Estágio objetivo-simbólico ou período pré-operatório ou período pré-


-d

operacional (primeira infância - 2 a 7 anos)


7
-0
85

A criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das


.3

simbolizações. É a chamada idade dos porquês e do faz-de-conta. Nessa fase, a


02
.2

linguagem desenvolve-se minimamente e não adquire, ainda, um conceito de


33

conservação, mas irá acarretar modificações nos aspectos intelectual, afetivo e social
-0

da criança. O pensamento ainda é ilógico e egocêntrico, além de existir o


ES

pensamento mágico e o jogo simbólico. Fundamentalmente é uma fase de


ED

preparação e organização das operações concretas. Aqui surge a função simbólica e


U
G

ocorre o início da interiorização dos esquemas de ação na representação (na


ZA

linguagem, no jogo simbólico, na imitação). A interpretação simbólica é usada como


U
SO

referencial para explicar o mundo real, a sua própria atividade, seu eu e suas leis
E

morais. No final do período passa a procurar a razão causal e finalista de tudo (fase
ID

dos “porquês"). A criança já antecipa o que vai fazer.


EL
SU

Segundo Piaget, a partir dos quatro anos o raciocínio dominante é a intuição,


A

nesse momento o estágio passa a ser chamado de estágio do pensamento intuitivo (a


R
O

criança pensa e dá explicações na base de intuições e da percepção e não da lógica). A


EB

linguagem começa a operar como veículo de pensamento.


D

c) Estágio operacional-concreto ou período das operações concretas


(infância propriamente dita - 7 a 11 ou 12 anos)
É o primeiro dos estágios formais, a criança começa a construir conceitos,
através de estruturas lógicas, consolida os princípios da conservação da
quantidade e da reversibilidade. Realiza as primeiras operações lógicas e constrói
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o conceito de número. Seu pensamento apesar de lógico, ainda está preso
aos conceitos concretos, não fazendo ainda abstrações. Além disso, começa a
considerar pontos de vista diferentes.
O nível de pensamento da criança já permite que ela estabeleça
corretamente as relações de causa e efeito e de meio e fim, sequencie ideias ou
eventos, trabalhe com ideias sob dois pontos de vista simultaneamente e forme o
conceito de número (no início do período, sua noção de número está vinculada a uma
correspondência com o objeto concreto).
Porém, a criança ainda não consegue trabalhar com proposições, ou seja,

17
2:
com enunciados verbais. Dessa maneira, os procedimentos cognitivos não envolvem

:0
a possibilidade de lógica independente da ação. As ações empreendidas pela criança

17
são no sentido de organizar o que está imediatamente presente, encontrando-se,

7
01
pois, presa à realidade concreta

/2
10
1/
-3
d) Estágio operacional-abstrato ou período das operações abstratas ou

om
operatório formal (de 11 ou 12 anos a 14 ou 15 anos):

l.c
ai
É o segundo estágio operacional, essa fase já representa um amadurecimento do

tm
ho
pensamento do indivíduo, ele parte da simples intuição e do pensamento concreto

@
para uma capacidade mais apurada de prospectar o futuro, planejar o presente e
26
analisar combinações de variáveis em cenários possíveis (cria hipóteses e organiza
sg
a.

pensamentos abstratos). Ele distingue o real e o possível. A estratégia cognitiva


or
eb

utilizada tem caráter hipotético-dedutivo, não depende mais de dados concretos,


-d

mas de enunciados ou proposições que contenham esses dados. A criança adquire a


7

capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta (padrão


-0
85

moral).
.3
02

Esquematicamente temos:
.2
33
-0
ES
ED

Sensório Motor Pré-operatório Operacional


U
G
ZA

• Aprendizagem • Desenvolvimento • Desenvolvimento


U

acerca dos das habilidades das Habilidades


SO

Objetos Físicos verbais e sistemáticas e


E

• do nascimento compreensão dos lógicas do


ID

aos 2 anos fenômenos pensamento


EL

externos • Operações
SU

• 2 - 6 anos Concretas (7 -


A

11 anos) ;
R

Operações
O
EB

Abstratas (11-
15 anos)
D

Dica para Concurso: Se no período pré-operatório a criança ainda não adquiriu a


capacidade mental da reversibilidade, irá adquirir nos períodos das operações
concretas ou formais.
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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros

Como você já sabe, para Piaget, o desenvolvimento humano obedece a


certos estágios hierárquicos, que decorrem do nascimento até se consolidarem por
volta dos 16 anos. A ordem destes estádios é invariável e inevitável a todos os
indivíduos. A passagem de um estágio para outro é de maneira contínua, os estágios
não se caracterizam por momentos estanques. Cada estágio apresenta uma
estrutura mental dotada de esquemas, que poderiam ser descritos como
subestruturas, dinamicamente organizadas. Esses esquemas são responsáveis pela
assimilação do ambiente em forma de conhecimento. A aprendizagem, nesse

17
contexto, pode tanto ser um rearranjo de esquemas como a aquisição de novos. É

2:
:0
importante destacar que, para a concepção piagetiana, a aprendizagem só ocorre

17
mediante a consolidação das estruturas de pensamento (após a consolidação do

7
01
esquema), da mesma forma a passagem de um estágio a outro estaria dependente da

/2
consolidação e superação do anterior.

10
1/
Piaget é essencialmente epistemológico e utiliza a psicologia experimental

-3
como instrumento para compreender o processo de transição dos estados de

om
conhecimento. Sua teoria é universalista e individualista. O enfoque construtivista

l.c
ai
explica o sujeito construindo seu mundo de significados transformando sua relação

tm
com o real. Sujeito e objeto interagem numa busca de equilibração entre

ho
@
a assimilação e a acomodação. Essa equilibração está presente em todos os estágios
26
do desenvolvimento intelectual. A assimilação é a “aplicação” da experiência
sg
passada ao presente e a acomodação é o “ajustamento” dessa experiência para o
a.
or

presente. Além disso, Piaget acredita, ainda, que o desenvolvimento intelectual


eb
-d

ocorre por meio de dois atributos inatos aos quais chama de Organização e
7

Adaptação. A adaptação é o processo pelo qual a inteligência se relaciona


-0
85

externamente com o ambiente, enquanto que a organização é o processo pelo qual


.3

a inteligência como um todo se relaciona internamente com suas


02

partes. A adaptação é o equilíbrio entre assimilação e acomodação, que equivale ao


.2
33

equilíbrio da interação entre sujeito e objeto.


-0
ES
ED
U

Conceitos-chave de Piaget
G
ZA

Organização À medida que aumenta a maturação da criança, elas


U
SO

organizam padrões físicos ou esquemas mentais em sistemas


E

mais complexos.
ID
EL

Adaptação Capacidade de adaptar as suas estruturas mentais ou


SU

comportamento para se adaptar às exigências do meio.


A
R
O
EB

Assimilação Capacidade de moldar novas informações para encaixar


D

(integrar) nos esquemas existentes.

Acomodação Mudança nos esquemas existentes pela alteração de antigas


formas de pensar ou agir.

Equilibração Tendência para manter as estruturas cognitivas em equilíbrio.

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Um conceito importante, e factível de comparação com os outros
autores, é o de afetividade. Para Piaget, a afetividade é o agente motivador da
atividade cognitiva. A afetividade e a razão constituem dimensões complementares:
“a afetividade seria a energia, o que move a ação, enquanto a razão seria o que
possibilitaria ao sujeito identificar desejos, sentimentos variados, e obter êxito nas
ações”.
Outro conceito muito importante e muito criticado na teoria de Piaget é o
de egocentrismo. Sua compreensão foi tomada pelo sua conotação social (egoísta),
mas, segundo o próprio autor, “o egocentrismo não é, pois, em sua origem, nem um

17
fenômeno de consciência, nem um fenômeno de comportamento social, mas uma espécie de

2:
:0
ilusão sistemática, inconsciente e de perspectiva”. “O egocentrismo constitui uma espécie

17
de centralização do pensamento, uma inocência do espírito no sentido de uma ausência

7
01
de toda relatividade intelectual e de todo sistema racional de referência”. Por fim, para

/2
Piaget, o desenvolvimento cognitivo não é a mera soma de itens, mas exige uma

10
1/
reformulação de pontos de vista prévios, num processo contínuo de

-3
correção. Portanto, sair do egocentrismo quer dizer descentralizar e o

om
termo egocentrismo designa a inabilidade inicial para descentralizar.

l.c
ai
Piaget também enfatiza em seu estudo, o entendimento da moral à luz da

tm
inteligência. A própria moral humana pressupõe o desenvolvimento anterior da

ho
@
inteligência, pois as relações entre moral e inteligência têm a mesma lógica atribuída
26
às relações entre inteligência e linguagem. Quer dizer, a inteligência é uma condição
sg
necessária, porém não suficiente ao desenvolvimento da moral. Nesse sentido, a
a.
or

moralidade implica pensar o racional, em 3 dimensões:


eb
-d

a) regras: que são formulações verbais concretas, explícitas (como os 10


7
-0

Mandamentos, por exemplo);


85
.3

b) princípios: que representam o espírito das regras (amai-vos uns aos


02

outros, por exemplo);


.2
33

c) valores: que dão respostas aos deveres e aos sentidos da vida, permitindo
-0

entender de onde são derivados os princípios das regras a serem seguidas.


ES
ED

Piaget argumenta que o desenvolvimento da moral abrange 3 fases:


U
G

(a) anomia (crianças até 5 anos), em que a moral não se coloca, ou seja, as
ZA

regras são seguidas, porém o indivíduo ainda não está mobilizado pelas relações bem
U
SO

x mal e sim pelo sentido de hábito, de dever;


E

(b) heteronomia (crianças até 9, 10 anos de idade), em que a moral é


ID
EL

ditada pela autoridade (pais, professores, etc.). Ou seja, as regras não correspondem
SU

a um acordo mútuo firmado entre os jogadores, mas sim como algo imposto pela
A

tradição e, portanto, imutável. A criança segue esse modelo pelo receio da punição;
R
O
EB

(c) autonomia, corresponde ao último estágio do desenvolvimento da


D

moral, em que há a legitimação das regras e a criança pensa a moral pela


reciprocidade, quer seja o respeito a regras é entendido como decorrente de acordos
mútuos entre os jogadores, sendo que cada um deles consegue conceber a si próprio
como possível 'legislador' em regime de cooperação entre todos os membros do
grupo.
Obviamente que existem críticas à teoria de Piaget, especialmente
metodológicas, como: a ênfase de preocupação metodológica nas pesquisas; a

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complexidade das tarefas empregadas em suas pesquisas; a natureza
subjetiva das entrevistas clínicas; a dificuldade em explicar mudanças qualitativas e
as influências culturais (prevalecendo a cultura de Piaget, claro); a dificuldade em
considerar o nível social e educacional no desempenho de suas tarefas; e, por fim a
afirmação de que o pensamento formal é universal (sabemos hoje em dia que não é).
Uma crítica que é feita (de modo ingênuo, em minha opinião) à teoria de
Piaget é a sua ausência de caráter social no desenvolvimento humano. Porém,
destaco que Piaget concebe o homem como um ser essencialmente social e não
poderia ser pensado fora do contexto da sociedade, o homem jamais existiria fora da

17
sociedade. Sua teoria é importante por considerar que sujeitos dependem de suas

2:
:0
fases de desenvolvimento (prontidão para a aprendizagem) e necessitam de contato

17
direto com os objetos (aprendizagem por objetos) para aprenderem algo. Sem

7
01
sociedade não existe sujeito.

/2
10
1/
-3
om
l.c
ai
tm
ho
Vygotsky
@
26
sg
a.
or

Dando prosseguimento à crítica e a defesa à teoria de Piaget, não é desse


eb
-d

tipo de “cunho social” que Vygotsky e outros autores, advindos das teorias marxistas
7

e do materialismo histórico, se referiam quando falavam em fator social no


-0
85

desenvolvimento. Para Vygotsky, em especial, o conhecimento depende da


.3

experiência social e o desenvolvimento não pode ser separado desse contexto. Assim,
02

a cultura afeta a forma como pensamos e o que pensamos e cada cultura tem o seu
.2
33

próprio impacto.
-0
ES

Para este russo, o papel do agente externo é primordial, pois sem a


ED

intervenção do outro não há desenvolvimento. Através da mediação (presença do


U

outro), o sujeito internaliza conceitos externos, num processo de formação


G

das funções psíquicas superiores. Aprendizagem e desenvolvimento estão inter-


ZA
U

relacionados, e a aprendizagem antecede o desenvolvimento, ou melhor, o objetivo


SO

da aprendizagem é prever o desenvolvimento potencial, e interferir na zona de


E

desenvolvimento proximal, promovendo o desenvolvimento do sujeito. A trajetória do


ID
EL

desenvolvimento humano é de “fora para dentro”, por meio da internalização de


SU

processos interpsicológicos que se tornam intrapsicológicos. É importante salientar


A

ainda que Vygotsky leva sempre em consideração a sociedade específica em que vive
R
O

o sujeito, bem como sua cultura e a utilização de signos.


EB
D

Segundo Vigotsky, ocorrem duas mudanças qualitativas no uso dos signos: o


processo de internalização e a utilização de sistemas simbólicos. A internalização é
relacionada ao recurso da repetição onde a criança apropria-se da fala do outro,
tornando-a sua. Os sistemas simbólicos organizam os signos em estruturas, estas
são complexas e articuladas. Essas duas mudanças são essenciais e evidenciam o
quanto são importantes as relações sociais entre os sujeitos na construção de
processos psicológicos e no desenvolvimento dos processos mentais superiores. Os
signos internalizados são compartilhados pelo grupo social, permitindo o
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aprimoramento da interação social e a comunicação entre os sujeitos. As
funções psicológicas superiores aparecem, no desenvolvimento da criança, duas
vezes: primeiro, no nível social e, depois, no nível. Sendo assim, o desenvolvimento
caminha do nível social para o individual.
Os significados das palavras fornecem a mediação simbólica entre o
indivíduo e o mundo, ou seja, é no significado da palavra que a fala e o pensamento
se unem em pensamento verbal. Para ele, o pensamento e a linguagem iniciam-se
pela fala social, passando pela fala egocêntrica, atingindo a fala interior que é
pensamento reflexivo.

17
2:
Os estudos de Vygotsky postulam uma dialética das interações com o outro

:0
e com o meio, como desencadeador do desenvolvimento. Para Vygotsky e seus

17
colaboradores, o desenvolvimento é impulsionado pela linguagem. Eles acreditam

7
01
que a estrutura dos estágios descrita por Piaget seja correta, porém diferem na

/2
10
concepção de sua dinâmica evolutiva. Enquanto Piaget defende que a estruturação

1/
do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de

-3
aprender que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores.

om
l.c
Para Vigotsky, a relação entre pensamento e linguagem é estreita. A

ai
tm
linguagem (verbal, gestual e escrita) é nosso instrumento de relação com os outros e,

ho
por isso, é importantíssima na nossa constituição como sujeitos. Além disso, é

@
através da linguagem que aprendemos a pensar.
26
sg
Para Vigotsky, a aquisição da linguagem passa por três fases: a linguagem
a.
or

social, que seria esta que tem por função denominar e comunicar, e seria a primeira
eb

linguagem que surge. Depois teríamos a linguagem egocêntrica e a linguagem


-d

interior, intimamente ligada ao pensamento.


7
-0
85

Linguagem social é aquela que é encontrada na vida em sociedade. A


.3

linguagem interior é, por sua vez, a linguagem que o sujeito usa consigo mesmo em
02
.2

sua mente. E a linguagem egocêntrica? A linguagem egocêntrica emerge quando a


33

criança transfere formas sociais e cooperativas de comportamento para a esfera das


-0

funções psíquicas interiores e pessoais. É um intermediador entre a esfera social e a


ES

esfera individual (um pressuposto socializante).


ED
U

No início do desenvolvimento, a fala do outro dirige a ação e a atenção da


G
ZA

criança. Esta vai usando a fala de forma a afetar a ação do outro. Durante esse
U

processo, ao mesmo tempo em que a criança passa a entender a fala do outro e a usar
SO

essa fala para regulação do outro, ela começa a falar para si mesma. Essa fala
E
ID

egocêntrica assume a função auto-reguladora e, assim, a criança torna-se capaz de


EL

atuar sobre suas próprias ações por meio da fala. Para Vigotsky, o surgimento da fala
SU

egocêntrica indica a trajetória da criança: o pensamento vai dos processos


A

socializados para os processos internos.


R
O
EB

A linguagem egocêntrica maraca a progressão da fala social para a fala


D

interna, ou seja, o processamento de perguntas e respostas dentro de nós mesmos –


o que estaria bem próximo ao pensamento, representa a transição da função
comunicativa para a função intelectual. Nesta transição, surge a chamada fala
egocêntrica. Trata-se da fala que a criança emite para si mesmo, em voz baixa,
enquanto está concentrado em alguma atividade. Esta fala, além de acompanhar a
atividade infantil, é um instrumento para pensar em sentido estrito, isto é, planejar
uma resolução para a tarefa durante a atividade na qual a criança está entretida. A
fala egocêntrica constitui uma linguagem para a pessoa mesma, e não uma
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linguagem social, com funções de comunicação e interação. Esse “falar
sozinho” é essencial porque ajuda a organizar melhor as ideias e planejar melhor as
ações. É como se a criança precisasse falar para resolver um problema que, nós
adultos, resolveríamos apenas no plano do pensamento / raciocínio. Neste
momento, a criança faz a maior descoberta de sua vida: todas as coisas têm um
nome.

Dica de Concurso: Qual o Papel da Fala Egocêntrica?

17
Resposta: internalizar conceitos.

2:
:0
17
7
A fala interior, ou discurso interior, é a forma de linguagem interna, que é

01
/2
dirigida ao sujeito e não a um interlocutor externo. Esta fala interior, se desenvolve

10
mediante um lento acúmulo de mudanças estruturais, fazendo com que as estruturas

1/
-3
de fala que a criança já domina, tornem-se estruturas básicas de seu próprio

om
pensamento. A fala interior não tem a finalidade de comunicação com outros,

l.c
portanto, constitui-se como uma espécie de “dialeto pessoal”, sendo fragmentada,

ai
abreviada.

tm
ho
Por volta dos dois anos de idade, o desenvolvimento do pensamento e da

@
26
linguagem – que até então eram estudados em separado – se fundem, criando uma
sg
nova forma de comportamento. Este momento crucial, quando a linguagem começa
a.
or

a servir o intelecto e os pensamentos começam a oralizar-se – a fase da fala


eb

egocêntrica – é marcado pela curiosidade da criança pelas palavras, por perguntas


-d

acerca de todas as coisas novas (“o que é isso?”) e pelo enriquecimento do


7
-0

vocabulário.
85
.3

O declínio da vocalização egocêntrica é sinal de que a criança


02
.2

progressivamente abstrai o som, adquirindo capacidade de “pensar as palavras”, sem


33

precisar dizê-las. Aí estamos entrando na fase do discurso interior. Se, durante a


-0

fase da fala egocêntrica houver alguma deficiência de elementos e processos de


ES

interação social, qualquer fator que aumente o isolamento da criança, iremos


ED

perceber que seu discurso egocêntrico aumentará subitamente. Isso é importante


U
G

para o cotidiano dos educadores, em que eles podem detectar possíveis deficiências
ZA

no processo de socialização da criança.


U
SO

Vygotsky não buscava a elaboração de uma teoria do desenvolvimento


E

infantil, mas a compreensão dos processos de transformação do desenvolvimento


ID
EL

humano (a forma como o processo de pensar se desenvolve). Ele abordou esse


SU

processo de desenvolvimento a partir de quatro perspectivas: a perspectiva


A

filogenética (desenvolvimento da espécie humana), sociogenética (história dos


R
O

grupos sociais), ontogenética (desenvolvimento do indivíduo) e microgenética


EB

(desenvolvimento de aspectos específicos do repertório psicológico dos sujeitos). O


D

que você precisa saber é que a base de seu trabalho é o materialismo histórico,
assim: “o ser humano constitui-se enquanto tal na sua relação com o outro social. A
cultura torna-se parte da natureza humana num processo histórico que, ao longo do
desenvolvimento da espécie e do indivíduo, molda o funcionamento psicológico do homem”.

Apesar de ser um forte defensor da influência do ambiente no processo de


desenvolvimento humano, admitiu que existem alguns “displays” que possuímos já
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ao nascer, como enxergar tridimensionalmente. Porém, as funções
psicológicas superiores (consciência, intenção, planejamento, ações voluntárias)
dependem da aprendizagem, pois pertencem somente à espécie humana.
Para Vigotsky, a linguagem e pensamento surgem separados e vão se
encontrando no decorrer do percurso. Observe que o pensamento e a linguagem
associam-se devido à necessidade de intercâmbio durante a realização do trabalho.
Porém, antes dessa associação, a criança tem a capacidade de resolver problemas
práticos (inteligência prática), de fazer uso de determinados instrumentos para
alcançar determinados objetivos. Vygotsky chama isto de fase pré-verbal do

17
desenvolvimento do pensamento e uma fase pré-intelectual no

2:
:0
desenvolvimento da linguagem.

17
Por volta dos 2 anos de idade, a fala da criança torna-se intelectual,

7
01
generalizante, com função simbólica, e o pensamento torna-se verbal, sempre

/2
10
mediado por significados fornecidos pela linguagem. Esse impulso é dado pela

1/
inserção da criança no meio cultural, ou seja, na interação com adultos mais capazes

-3
da cultura que já dispõe da linguagem estruturada. Vygotsky destaca a importância

om
da cultura; para ele, o grupo cultural fornece ao indivíduo um ambiente estruturado

l.c
ai
onde os elementos são carregados de significado cultural.

tm
ho
Um ponto central da teoria Vigotskyana é o conceito de desenvolvimento

@
por zonas: a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o
26
sg
conhecimento potencial. Para Vigotsky, o aprendizado e o desenvolvimento estão
a.

inter-relacionados desde o primeiro dia de nossas vidas. O nível de


or
eb

desenvolvimento real (ZDR) é caracterizado como o nível de desenvolvimento que


-d

já está completo (é um nível já alcançado). Seguindo essa premissa, existe a zona de


7
-0

desenvolvimento potencial ou proximal (ZDP) que é o próximo passo possível


85

para a expansão da área real. Exemplos: você está estudando essa aula com muito
.3
02

afinco e já possui um conhecimento sobre aprendizagem (ZDR) e daqui a pouco, com


.2

uma condução apropriada, você irá familiarizar-se com a teoria de Wallon (essa nova
33
-0

aquisição faz parte da sua ZDP caso não tenha aprendido ainda os conceitos que
ES

trabalharemos). O conhecimento potencial, ao ser alcançado, passa a ser o


ED

conhecimento real e a ZDP redefinida a partir do que seria o novo potencial.


U
G

Segundo Vigotsky:
ZA

“A zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível de


U
SO

desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de


E

problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de


ID

problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais


EL
SU

capazes. (...) A zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não
amadureceram, mas que estão presentes em estado embrionário” (Vigotsky, 1989, p.
A
R

97).
O
EB

Vygotsky acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer através do


D

jogo, da brincadeira, da instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz e um


aprendiz mais experiente. O processo básico pelo qual isto ocorre é a mediação (a
ligação entre duas estruturas, uma social e uma pessoalmente construída, através de
instrumentos ou sinais). Quando os signos culturais vão sendo internalizados pelo
sujeito é quando os humanos adquirem a capacidade de uma ordem de pensamento
mais elevada. O conceito de mediação demonstra exatamente a maneira como o ser
humano tem acesso ao conhecimento por meio do outro. É através de adultos e

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crianças mais velhas e dos recortes operados pelos sistemas
simbólicos de uma determinada cultura que a criança internaliza o conhecimento.
Além da mediação, o concursando deve saber identificar o conceito de
internalização. Esse conceito representa a transformação de um processo
interpessoal (externo) em um processo intrapessoal (interior). Assim, uma atividade
externa é reconstruída internamente.
“Chamamos de internalização a reconstrução interna de uma operação
externa. (...) Entretanto elas (funções) somente adquirem o caráter de processos internos
como resultado de um desenvolvimento prolongado. (...) A internalização de formas

17
2:
culturais de comportamento envolve a reconstrução da atividade psicológica tendo como

:0
base as operações com signos. (...) A internalização das atividades socialmente enraizadas

17
e historicamente desenvolvidas constitui o aspecto característico da psicologia humana; é a

7
01
base do salto qualitativo da psicologia animal para a psicologia humana. Até agora,

/2
10
conhece-se apenas um esboço desse processo”.

1/
-3
Tomei a liberdade de fazer um quadro para comparação das ideias de Piaget

om
e Vygotsky com todas as compilações que encontrei na literatura sobre o assunto de

l.c
desenvolvimento versus aprendizagem. Abaixo da tabela é possível ver outros

ai
tm
quadros comparativos, dessa vez com outros autores. Na véspera da prova, caso você

ho
tenha entendido bem a matéria, use-o para ativar a memória de curto prazo.

@
26
sg
a.
or

Teorias de Aprendizagem
eb
-d

Piaget Vigotsky
7
-0
85

Fatores internos Só passaria a haver O desenvolvimento humano


.3
02

versus fatores desenvolvimento humano depende do ambiente social


.2

externos no quando houvesse onde o ser convive (teoria


33
-0

desenvolvimento maturidade biológica no ser interacionista de


ES

(teoria maturacionista de desenvolvimento)


ED

desenvolvimento).
U
G

Papel da A aprendizagem é função do A aprendizagem e


ZA

aprendizagem desenvolvimento, assim, desenvolvimento se


U
SO

quanto mais desenvolvido, influenciam reciprocamente.


E

mais o homem aprende (a Há um ciclo estreito entre


ID

aprendizagem subordina-se esses dois fatores.


EL
SU

ao desenvolvimento).
A
R

Relação entre O pensamento aparece A linguagem e pensamento


O
EB

linguagem e antes da linguagem. A são interdependentes.


D

pensamento linguagem seria somente Aparecem juntos se


expressão do pensamento. complementando
O pensamento não depende
da linguagem

Papel da linguagem A linguagem só ocorre A linguagem modifica as


no desenvolvimento depois que a criança funções mentais superiores
alcançou um determinado da criança: ela dá forma
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nível de habilidades definida ao pensamento


mentais, isto é, a evolução cognitivo, isto é, ajuda a
do pensamento cognitivo inteligência.
ocasiona a linguagem.

Erikson

17
2:
Erikson foi um renomado psiquiatra responsável pelo desenvolvimento da

:0
17
Teoria do Desenvolvimento Psicossocial. Suas contribuições para o estudo da

7
personalidade humana estão intimamente relacionadas com sua teoria de

01
/2
desenvolvimento em estágios. O desenvolvimento humano é determinado por

10
interações sociais, mas sob uma rotina de estágios definida por questões inatas. Para

1/
-3
este autor, existem influencias sociais, culturais e históricas sobre a personalidade.

om
Existe o que chamamos de Princípio Epigenético (desenvolvimento depende de

l.c
forças genéticas, mas o social e o ambiental influenciam).

ai
tm
Assim, a personalidade é um conceito de índole dinâmica entre fatores

ho
considerados biológicos (como o temperamento e o caráter) e contextos sociais. Um

@
26
ponto importante, e curioso, é que sua teoria é considerada psicodinâmica. O Ego é
sg
entendido como um ente independente da personalidade e, esta última, se
a.
or

desenvolve pela busca da identidade do ego positiva.


eb
-d

Esse autor apresenta como princípio epigenético a perspectiva de que cada


7

estágio contribui para a formação total da personalidade. Esses estágios não


-0
85

possuem um tempo exato, porém possuem uma sequencia linear constante em todos
.3

os humanos. O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante
02
.2

aquele estágio específico, nesse será mais proeminente, mas também nos
33

posteriores.
-0
ES

Para Erikson, existem duas maneiras de lidar com as crises:


ED

a) Modo adaptativo - desfecho positivo da crise onde o sujeito está


U
G

preparado para seguir para a próxima fase.


ZA
U

b) Modo inadaptativo - inadequado.


SO
E
ID

Essas crises anteriores mal resolvidas são as raízes dos problemas neuróticos.
EL
SU

Todos os aspectos da personalidade podem ser explicados em termos de dessas crises


(ou momentos críticos). É importante entender que as crises se constituem por
A
R

confrontos com o ambiente, envolvendo uma mudança de perspectiva, ou seja,


O
EB

exigindo a reconcentração da energia instintiva de acordo com as necessidades de


D

cada estágio do ciclo vital, quando o nosso ambiente requer determinadas


adaptações. É com a resolução dos conflitos próprios de cada fase que se torna
possível a progressão normal do desenvolvimento.
Apesar de Erikson ser considerado um psicanalista, não é difícil encontrar
diferenças entre as suas concepções e as concepções freudianas. Freud e Anna Freud,
por exemplo, conceberam um conceito de ego defensivo (escravo do ID) enquanto
Erikson concebeu um ego que se desenvolve em direção ao mundo social e que busca
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ativamente por adaptação. Esse ego possui quatro aspectos da realidade
ao qual a identidade deveria de estar ligada: a factualidade, um senso de realidade ou
universalidade, a realidade e a sorte ou acaso.
Erikson atribuiu ao ego valores tais como confiança, esperança, autonomia,
vontade, habilidade, competência, identidade, fidelidade, intimidade, amor,
produtividade, consideração e integridade. Esses conceitos são incoerentes com a
teoria psicanalítica de Freud, que identificava o ego como um servidor submisso de
três senhores ao mesmo tempo: ao id, ao superego e ao mundo exterior. Para
Erikson, o homem tem a capacidade para atingir forças básicas, solucionar cada

17
conflito de maneira positiva e dirigir conscientemente seu crescimento,

2:
:0
apresentando assim uma imagem otimista da natureza humana.

17
O que diferença básica é que Freud descreveu apenas os primeiros anos de

7
01
vida dos humanos, enquanto Erikson dedicou-se a toda a ontologia do ser. Ele gerou

/2
10
uma concepção mais englobante do desenvolvimento, essencialmente porque, o

1/
desenvolvimento engloba todo o ciclo de vida. Além disso, para Erikson, o meio

-3
social, os grupos e os aprendizados tem papel preponderante sobre a sexualidade na

om
determinação da personalidade humana.

l.c
ai
tm
Erikson dividiu o desenvolvimento da personalidade em oito estágios

ho
psicossociais, sendo os quatro primeiros semelhantes às fases oral, anal, fálica e de

@
latência propostas por Freud. As outras fases são inovações.
26
sg
a.

Estágios e modos psicossociais Idades aproximadas


or
eb
-d

I – Período de bebê Nascimento - 18 meses


7
-0
85

II – Infância Inicial 18 meses - 3 anos


.3
02

III – Idade de brincar 3 - 5 anos


.2
33
-0

IV – Idade Escolar (Latência) 6 - 11 anos até puberdade


ES
ED

V – Adolescência 12 - 18 anos
U
G

VI - Idade jovem adulta


ZA

18 - 35 anos
U
SO

VII – Adulto 35 - 55 anos


E
ID

VIII - Maturidade e velhice 55 + anos


EL
SU
A
R
O

Porém, suas fases são mais conhecidas pelas formas positivas e negativas de
EB

agir em cada etapa que pelo nome atribuído por Erikson:


D

Estágios e modos psicossociais Formas Positivas x Formas negativas de


reagir (Estágios para Erikson)

I – Período de bebê Confiança versus desconfiança

II – Infância Inicial Autonomia versus dúvida, vergonha

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III – Idade de brincar Iniciativa versus culpa

IV – Idade Escolar (Latência) Diligência versus inferioridade

V – Adolescência Coesão da identidade versus confusão de


papéis

VI - Idade jovem adulta Intimidade versus isolamento

17
VII – Adulto Generatividade versus estagnação

2:
:0
17
VIII - Maturidade e velhice Integridade versus desespero

7
01
/2
10
1/
Veja uma comparação entre as fases freudianas e as de Erikson:

-3
om
IDADE Fases

l.c
ai
tm
ERIKSON (psicossocial) FREUD (psicossexual)

ho
@
0 à 18 meses Confiança vs. Desconfiança. Oral
26
sg
a.

18 meses aos 3 anos Autonomia vs. Vergonha Anal


or
eb
-d

3 aos 6 anos Iniciativa vs. Culpa Fálica


7
-0
85

6 anos até à puberdade Diligência vs. Inferioridade Latência


.3
02

Identidade vs confusões de
.2
33

12 à 18 papéis Genital
-0
ES

18 à 30 Intimidade vs isolamento Genital


ED
U

30 à 60 Generatividade vs auto-absorção Genital


G
ZA
U

Para Erikson, a formação da personalidade (identidade) inicia-se nos


SO

primeiros quatro estágios, no quinto é negociada e nos outros é expressa com maior
E
ID

consistência. Vamos nos dedicar ao estudo pormenorizado de cada uma das fases de
EL

desenvolvimento descritas por Erikson.


SU
A
R
O

1ª Idade: Confiança Básica Versus Desconfiança Básica


EB
D

Aspecto Positivo: Relação bebê-mãe. Bebê aceita que mãe pode ausentar-se e
na certeza que ela voltará.
Aspecto Negativo: desconfiança básica
Nessa fase a criança adquire ou não uma segurança e confiança em relação a
si próprio e em relação ao mundo que a rodeia, através da relação que tem com a
mãe. Se a mãe não lhe der amor e não responde às suas necessidades, a criança pode
desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir a refletir-

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se nas relações futuras. Se a relação é de segurança, a criança recebe amor
e as suas necessidades são satisfeitas, a criança vai ter melhor capacidade de
adaptação às situações futuras, às pessoas e aos papéis socialmente requeridos,
ganhando assim confiança.

2ª Idade: Autonomia Versus Vergonha e Dúvida


Aspecto Positivo: Autonomia
Aspecto Negativo: Dúvida

17
2:
Essa fase é caracterizada por uma contradição entre a vontade própria

:0
17
(os impulsos) e as normas e regras sociais que a criança tem que começar a integrar.

7
A criança aprende na sua interação com a realidade que existem privilégios,

01
/2
obrigações e limitações. Há, por parte da criança, uma necessidade de autocontrole e

10
de aceitação do controle por parte das outras pessoas, desenvolvendo-se um senso de

1/
-3
autonomia. O versus negativo deste estágio é a vergonha e a dúvida quando perde o

om
senso de autocontrole, os pais contribuem neste processo ao usarem a vergonha na

l.c
repressão da teimosia. A atitude dos pais aqui é importante, eles devem dosear de

ai
forma equilibrada a assistência às crianças, o que vai contribuir para elas terem força

tm
ho
de vontade de fazer melhor.

@
26
sg
a.

3ª Idade: Iniciativa Versus Culpa


or
eb

Aspecto Positivo: Iniciativa


-d

Aspecto Negativo: Culpa


7
-0
85

Esta terceira idade, também apelidada por idade de brincar, é assinalada pela
.3
02

ritualização dramática e marca a possibilidade de tomar iniciativas sem que se


.2

adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta diferentes papéis nas


33

brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de ser “outro” que não “os
-0

outros”, de individualidade. Deve-se estimular a criança no sentido de que pode ser


ES
ED

aquilo que imagina ser, sem sentir culpa. Nesta fase a criança encontra-se
U

nitidamente mais avançada e mais organizada tanto a nível físico como mental. É a
G

capacidade de planejar as suas tarefas e metas a atingir que a define como autônoma
ZA

e por consequência a introduz nesta etapa. No entanto este estágio define-se


U
SO

também como perigoso, pois a criança busca exaustivamente e de uma forma


E

entusiasta atingir as suas metas que implicam fantasias genitais e o uso de meios
ID

agressivos a manipulativos para alcançar a essas metas.


EL
SU
A
R

4ª Idade: Diligência Versus Inferioridade


O
EB

Aspecto Positivo: Diligência


D

Aspecto Negativo: Inferioridade


Nesta fase ela sente-se pronta para conhecer e utilizar os instrumentos e
máquinas e métodos para desempenhar o trabalho adulto, trabalho esse que implica
responsabilidades como ir à escola, fazer as tarefas de casa, aprender habilidades, de
modo a evitar sentimentos de inferioridade. Nesta fase a criança necessita controlar
a sua imaginação exuberante e dedicar a sua atenção à educação formal. Ela não só

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desenvolve um senso de aplicação como aprende as recompensas da
perseverança e da diligência. O prazer de brincar, o interesse pelos seus brinquedos
são gradualmente desviados para interesses por algo mais produtivo utilizando
outro tipo de instrumentos para os seus trabalhos que não são os seus brinquedos.
Também neste estágio existe um perigo eminente que se caracteriza pelo sentimento
de inferioridade aquando da sua incapacidade de dominância das tarefas que lhe são
propostas pelos pais ou professor. Ao longo deste estágio da diligência desponta a
virtude de competência, isto porque os estágios anteriores proporcionaram uma
visão, embora que não muito nítida, mas futura em relação a algumas tarefas. Para
Erikson, um dos principais fatores determinantes da autoestima é a visão das

17
2:
crianças acerca das suas capacidades para o trabalho produtivo.

:0
17
7
01
5ª Idade: Identidade Versus Confusão/Difusão

/2
10
Aspecto Positivo: Identidade

1/
-3
Aspecto Negativo: Confusão de Identidade

om
l.c
Neste estágio os indivíduos percebem novas potencialidades cognitivas,

ai
exploram e ensaiam estatutos e papéis sociais, devido à sociedade fornecer este

tm
ho
espaço de experimentação ao adolescente. Aqui ocorre a moratória psicossocial.

@
Essa moratória, conceito fundamental dessa fase, reflete um período de pausa
26
necessária a muitos jovens, de procura de alternativas e de experimentação de
sg
a.

papéis, que vai permitir um trabalho de significação interna. Assim, essa é uma fase
or
eb

onde ocorrem experiências para testar padrões. Sendo assim o adolescente


-d

antecipa o seu futuro, explora alternativas, experimenta, dá um tempo. As


7

necessidades pessoais, as exigências socioculturais e institucionais caracterizam a


-0
85

moratória. A chave para a resolução da crise de identidade que pode fazer com que o
.3

adolescente se sinta isolado, vazio, ansioso e indeciso, reside assim, na interação com
02
.2

pessoas significativas, que são escolhidas e são parte integrante da construção da sua
33

identidade adulta. Os outros têm um importante papel na definição da identidade: o


-0

jovem vê refletido no seu grupo de amigos parte da sua identidade e preocupa-se


ES

muito com a opinião dos mesmos. Por vezes, procura amigos com “maneiras de
ED

estar” divergentes daquela em que cresceu, de forma a poder pôr em causa os valores
U
G

dos pais, testando possibilidades para construir a sua própria “maneira”. O grupo
ZA

permite um jogo de identificações e a partilha de segredos e experiências essenciais


U
SO

para o desenvolvimento da personalidade.


E
ID

Segundo Erikson, o adolescente que adquire a sua identidade é aquele que se


EL

torna fiel a uma coerente interação com a sociedade, a uma ideologia ou profissão,
SU

que é também uma tarefa deste estágio. A fidelidade permite ao indivíduo a devoção
A

a uma causa – compromisso com certos valores. Também permite confiar em si


R
O

próprio e nas outras pessoas, como tal, a interação social é fundamental. A formação
EB

de identidade envolve a criação de um sentido de unicidade: a unidade da


D

personalidade é sentida por si e reconhecida pelos outros, como tendo uma certa
consistência ao longo do tempo. Ressalta-se, ainda, que um grande número de
adolescentes tem uma evolução incompleta por terem entrado excessivamente
rápido na vida adulta, sem um amadurecimento interior, que só poderia ter sido
facultado por uma boa vivência neste estágio e nos seus diferentes aspectos.

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6ª Idade: Intimidade Versus Isolamento
Aspecto Positivo: Intimidade
Aspecto Negativo: Isolamento
Questão Chave: Devo buscar alguém para viver?
Essa idade ocorre dos 18/20 aos 30, e na qual o jovem almeja estabelecer
relações de intimidade com os outros e adquirir a capacidade necessária para o amor
íntimo. Para Erikson, nesse estágio o indivíduo pode desfrutar de uma genitalidade
sexual verdadeira, mutuamente com o alvo do seu amor. É então a idade de jovem

17
adulto que, com uma identidade assumida, possibilita o estabelecer de relações de

2:
:0
intimidade com os outros, em que o amor é a virtude dominante do universo. A força

17
do ego depende do parceiro com que está preparado para compartilhar situações tão

7
01
peculiares como a criação de um filho, a título exemplificativo. Os indivíduos

/2
10
encaram a tarefa desenvolvimental de construir relações com os outros numa

1/
comunicação profunda expressa no amor e nas relações de amizade. A vertente

-3
negativa traduz-se no isolamento de quem não consegue partilhar afetos com

om
intimidade nas relações privilegiadas. O perigo do estágio da intimidade é o

l.c
ai
isolamento, a evitação dos relacionamentos, quando a pessoa não está disposta a

tm
comprometer-se com a intimidade. Ainda na ótica destes autores um senso

ho
@
temporário de isolamento é uma vantagem para a realização de escolhas, todavia,
isso pode culminar em graves problemas de personalidade. 26
sg
a.
or
eb

7ª Idade: Generatividade Versus Estagnação


-d
7

Aspecto Positivo: Generatividade


-0
85

Aspecto Negativo: Estagnação


.3
02

Questão Chave: Serei bem sucedido na minha vida afetiva e profissional?


.2
33

É uma idade caracterizada pela necessidade em orientar a geração seguinte,


-0

em investir na sociedade em que se está inserido. É uma fase de afirmação pessoal no


ES
ED

mundo do trabalho e da família. A generatividade denota a possibilidade de se ser


U

criativo e produtivo em diversas áreas da vida. Bem mais do que educar e criar os
G

filhos representa uma preocupação com o contentamento das gerações seguintes,


ZA

uma descentração e expansão do Ego empenhado em converter o mundo num lugar


U
SO

melhor para viver. A vertente negativa leva o indivíduo à estagnação nos


E

compromissos sociais, à falta de relações exteriores, à preocupação exclusiva com o


ID

seu bem estar, posse de bens materiais e egoísmo. Usualmente dá-se desde os 30 aos
EL
SU

60 anos, não havendo porem uma idade comum a todas as pessoas.


A
R
O
EB

8ª Idade: Integridade Versus Desespero


D

Aspecto Positivo: Integridade


Aspecto Negativo: Desespero
Questão Chave: minha vida teve sentido ou falhei?
Nessa fase, que costuma ocorrer após os 60 anos, o individuo atinge o ápice
do seu desenvolvimento psicossocial e propicia uma compreensão e o julgamento do
passado vivido. É uma fase de análise retrospectiva do que foi feito, avalia-se
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sucessos e fracassos. Quando se conclui que a vida possuiu um balanço
positivo, (integridade), o indivíduo está pronto para aceitar a sua idade e suas
consequências. Quando o indivíduo julga que a sua vida foi mal sucedida (desespero),
sentem que é demasiado tarde para se reconciliarem consigo mesmo e corrigir os
erros anteriores.

Lembro a você que somente quando resolvemos o conflito da fase em que


estamos é que temos forças para passar para outro estágio. Mesmo assim, se não
resolvermos adequadamente na etapa certa, podemos resolver, segundo Erikson, em

17
2:
uma etapa ulterior (posterior). Há esperança para Erikson, pois pode-se buscar a

:0
força básica ou virtude, resolver de forma positiva a crise e fazer tudo de forma

17
consciente - diferentemente do que Freud acreditava.

7
01
/2
Além disso, os que alcançam um forte sentido de identidade conseguem

10
enfrentar problemas da vida adulta, já os que não conseguem passam a ter crise de

1/
-3
identidade.

om
Resumidamente podemos alinhar as fases eriksonianas às forças básicas e

l.c
ai
patologias centrais desse modo:

tm
ho
Formas Positivas x Formas Forças Básicas Patologia central

@
negativas de reagir (Estágios 26
sg
para Erikson)
a.
or
eb

Confiança versus desconfiança Esperança Retraimento


-d
7
-0

Autonomia versus dúvida, Vontade Compulsão


85

vergonha
.3
02
.2

Iniciativa versus culpa Objetivo Inibição


33
-0

Diligência versus inferioridade Competência Inércia


ES
ED

Coesão da identidade versus Fidelidade Repúdio


U
G

confusão de papéis
ZA
U
SO

Intimidade versus isolamento Amor Exclusividade


E
ID

Generatividade versus estagnação Cuidado Rejeição


EL
SU

Integridade versus desespero Sabedoria Desdém


A
R
O
EB

Urie Bronfenbrenner
D

Urie Bronfenbrenner nasceu em 29 de abril de 1917, em Moscou, no começo da


ascensão comunista. Possui uma teoria pautada na abordagem do Curso de Vida, que
também é um modelo de terapia familiar. Para ele o desenvolvimento é contextual e
sistêmico. Para esse autor, a Psicologia do Desenvolvimento deve estudar: a Pessoa,

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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros
o Processo, o Contexto e o Tempo. Ele também entende que o
desenvolvimento ocorre pela interação entre fatores biológicos em conjunto com
fatores ambientais multideterminados. Tudo é influenciado e influencia algo.
Crianças, por exemplo, influenciam os próprios ambientes onde se encontram
quando iniciam uma atividade nova.
A abordagem Bioecológica, ou abordagem do Curso de Vida é uma
proposta de psicologia do desenvolvimento, da personalidade e abordagem
terapêutica familiar.
EM RESUMO, essa teoria parte do modelo Pessoa, Processos, Contexto e

17
2:
Tempo – PPCT para o entendimento da realidade do sujeito. Sua abordagem é

:0
considerada uma abordagem ecológica por estudar sempre o desenvolvimento a

17
contextualizado nos 4 sistemas.

7
01
/2
A dimensão da Pessoa considera as disposições, recursos bioecológicos e

10
demandas sociais. A dimensão do Processo representa a ligação entre os diferentes

1/
-3
sistemas e papéis vividos. O Contexto representa os meios pelos quais os processos

om
de desenvolvimento ocorrem e é dividido em microssistema, mesossistema,

l.c
macrossistema e exossistema. A dimensão do Tempo reflete os eventos históricos

ai
tm
que podem alterar o curso do desenvolvimento humano e inclui o cronossistema, o

ho
microtempo, o mesotempo e o macrotempo.

@
26
sg
a.

TOME NOTA:
or
eb

Pessoa: refere-se ao fenômeno de constâncias e mudanças na vida do ser


-d

humano em desenvolvimento, no decorrer de sua existência. Leva em conta


7
-0

características do indivíduo, convicções, nível de atividade, temperamento, além de


85
.3

suas metas e motivações. Nenhuma característica da pessoa pode existir ou exercer


02

influência sobre o desenvolvimento isoladamente.


.2
33

Aqui existem três tipos de características da pessoa que influenciam e


-0

moldam o curso do desenvolvimento humano.


ES
ED

a) disposições que podem colocar os processos proximais em


U

movimento e continuam sustentando a sua operação.


G
ZA

b) recursos bioecológicos de habilidade, experiência e


U
SO

conhecimento para que os processos proximais sejam efetivos em


determinada fase de desenvolvimento.
E
ID
EL

c) demandas, que convidam ou desencorajam reações do


SU

contexto social que pode nutrir ou romper a operação de processos


A

proximais.
R
O

Processo: ligações entre os diferentes sistemas. É pelos papéis e atividades


EB
D

diárias da pessoa em desenvolvimento. O desenvolvimento saudável pressupõe


participação ativa no convívio desses sistemas. Os processos proximais são como
máquinas ou motor do desenvolvimento.
Contexto: meio ambiente global em que o indivíduo está inserido e onde se
desenrolam os processos desenvolvimentais. Variam desde os mais imediatos até os
mais distais. Esses ambientes são denominados micro, meso, exo e macrossistemas.

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Tempo: eventos históricos podem alterar o curso de
desenvolvimento humano, em qualquer direção, não só para indivíduos, mas para
segmentos grandes da população. Estuda-se tanto pequenos episódios da vida
familiar, como a entrada da criança na escola, o nascimento de um irmão ou a
mudança de trabalho dos pais, quanto o período histórico em que a criança vive (ex.
Século XX ou XXI).

Bronfenbrenner entendeu que o desenvolvimento infantil ocorre através de


uma série de sistemas complexos e interativos. Ele divide o meio ambiente em

17
2:
quatro níveis: o microssitema, o mesossistema, o exossistema e o

:0
macrossistema.

17
7
01
/2
10
TOME NOTA! Ambientes (sistemas) da teoria bioecológica:

1/
-3
Microssistema: conexões entre pessoas de maneira direta (face a face).

om
Tem características físicas e materiais específicas.

l.c
Mesossistema: é formado por todos os microssistemas nos quais a pessoa

ai
tm
em desenvolvimento participa. Esse nível é formado e alterado sempre que

ho
esta entra ou sai de um contexto.

@
26
Exossistema: contextos que talvez a pessoa em desenvolvimento nunca
sg
a.

tenha tido contato direto, mas que influenciam o que acontece no seu
or

ambiente imediato.
eb
-d

Macrossistema: padrões globais de ideologia, história e organização das


7
-0

instituições sociais comuns a uma determinada parte da sociedade ou a esta


85

em sua totalidade. O Macrossistema permeia os outros níveis.


.3
02
.2
33
-0
ES

Transição ecológica: passeio por diferentes microssistemas. A transição ecológica, que é


ED

uma socialização, promove seu desenvolvimento. Quanto mais ela se sentir apoiada nessa
U
G

transição entre sistemas, melhor é o seu desenvolvimento.


ZA
U
SO

Em qualquer momento da vida, o microssistema compreende as pessoas e


E
ID

objetos que fazem parte do ambiente mais imediato de um indivíduo. A ligação entre
EL

os microssistemas (família, escola, etc...) cria o mesossistema. O exossistema


SU

compreende sistemas sociais que talvez uma pessoa não experimente em primeira
A

mão, mas que, mesmo assim, influenciam o seu desenvolvimento. (trabalho da mãe,
R
O

por exemplo).
EB
D

O mais amplo contexto ambiental é o macrossistema, as subculturas em que


o microssistema, o mesossistema e o exossistema estão inseridos.
Em uma perspectiva de microssistema, é possível detectar os papéis exercidos
pelos membros da família, assim como responsabilidades e direitos do grupo, e não
dos indivíduos, pois o foco geral impede a visão singular de cada indivíduo. As
interações familiares compreendem as relações firmadas entre os membros de toda a
família e as relações da família com outros grupos sociais/instituições. A condição e a

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qualidade dos vínculos familiares são aspectos muito significativos no
que tange à ocorrência da violência.
Em uma perspectiva ecológica, é fundamental que sejam avaliados os
diferentes níveis do sistema familiar. São eles: mesossistema, microssistema,
macrossistema e exossistema.
Por fim, a assimetria relacional demonstra as diferentes distribuições de
poder e de papéis dentro de uma família e pode ser um dos fatores mantenedores da
violência familiar, especialmente da violência conjugal.

17
Ainda sobre esse assunto, é interessante destacar:

2:
:0
A Terapia Familiar: Uma Abordagem Bioecológica

17
7
Existem diversas formas de se contar a história da terapia de família, aqui

01
/2
esta será apresentada como contexto do desenvolvimento humano. O modelo

10
bioecológico propõe que o desenvolvimento humano seja estudado através da

1/
-3
interação de quatro núcleos inter-relacionados: o processo, a pessoa, o contexto e o

om
tempo (Bronfenbrenner & Morris, 1998). Reforça a importância da interação da

l.c
pessoa com o ambiente, apresentando-a como um processo recíproco, mútuo e de

ai
tm
interação. O desenvolvimento ocorre na percepção e na ação da pessoa. Tem-se

ho
acesso ao processo de desenvolvimento acompanhando as mudanças em função da

@
exposição e interação de uma pessoa com o meio ambiente. O que é percebido,
26
sg
desejado, temido, pensado ou adquirido como conhecimento determina o
a.

desenvolvimento psicológico do ser humano (Bronfenbrenner, 1979/1996).


or
eb

Este modelo trabalha com a noção de ambiente ecológico: uma série de


-d

estruturas encaixadas, uma dentro de outra, que permite avaliar os eventos que
7
-0

influenciam no desenvolvimento humano com maior ou menor potência. São eles:


85
.3

microssistema, mesossistema, exossistema e macrossistema.


02
.2

O microssistema refere-se às conexões entre pessoas de maneira direta.


33

Consiste em inter-relações face-a-face, no ambiente imediato da pessoa em


-0

desenvolvimento e tem características físicas e materiais específicas. O


ES

mesossistema é formado por todos os microssistemas nos quais a pessoa em


ED

desenvolvimento participa. Esse nível é formado e alterado sempre que esta entra ou
U
G

sai de um contexto. O exossistema diz respeito a contextos que talvez a pessoa em


ZA

desenvolvimento nunca tenha tido contato direto, mas que influenciam o que
U
SO

acontece no seu ambiente imediato. Por fim, o macrossistema diz respeito aos
E

padrões globais de ideologia, história e organização das instituições sociais comuns a


ID

uma determinada parte da sociedade ou a esta em sua totalidade. Envolve as


EL

consistências que existem ou poderiam existir, permeando os níveis anteriormente


SU

descritos, vinculados a qualquer sistema de crenças (Bronfenbrenner & Morris,


A
R

1998).
O
EB

Ao se analisar esses quatro níveis ecológicos, é possível concluir que o


D

desenvolvimento do(a) terapeuta, como uma pessoa em seu contexto, ocorre em


cada atendimento clínico (microssistema) e nas interações que tem com as diversas
famílias em atendimento (mesossistema). Ocorre, também, nas trocas que
estabelece com seus colegas de profissão (exossistema) e ao compreender o
referencial teórico disponível para embasamento de seu trabalho pessoal
(macrossistema).
Existe ainda a proposição de diferentes níveis de interações dos diversos
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elementos dos ambientes. As interações que mais influenciam o
desenvolvimento são denominadas “processos proximais”.
O processo proximal gera habilidades e motivação necessárias para o
conhecimento e o crescimento pessoal. Permite que a pessoa se engaje em novos
processos, compondo uma cadeia de atividades, sejam com outros significativos ou
em processos de interação com símbolos ou objetos (no caso da terapia de família,
com as teorias e as famílias que buscam atendimento). Através de interações
recíprocas e progressivamente mais complexas, o ser humano torna-se cada vez mais
agente de seu próprio desenvolvimento. Porém, é preciso ressaltar que ele nunca é

17
totalmente responsável por esse desenvolvimento o qual é influenciado fortemente

2:
:0
por outros aspectos do contexto no qual ele se insere.

17
De acordo com Bronfenbrenner (1979/1996), “os aspectos do meio-ambiente

7
01
mais importantes na formação do curso de crescimento psicológico são, de forma

/2
10
esmagadora, aqueles que têm significado para a pessoa numa dada situação” (p.19).

1/
No microssistema ocorrem interações relevantes no desenvolvimento pessoal. As

-3
mais importantes para o desenvolvimento humano são denominadas processos

om
proximais (Bronfenbrenner & Morris, 1998). A participação da pessoa em vários

l.c
ai
ambientes (mesossistema) proporciona um campo maior de oportunidades para o

tm
envolvimento em novos papéis. Isso favorece o desenvolvimento, principalmente

ho
@
quando os papéis a serem desempenhados nos diferentes ambientes encorajam a
26
confiança mútua, a orientação positiva e o equilíbrio de poder nas relações.
sg
a.

Através dos processos de interação pessoa-ambiente, os profissionais que


or
eb

buscam a formação como terapeutas de família desenvolvem potencialidades que


-d

alteram sua forma de compreender e agir. Através do estudo de teorias e escolas,


7
-0

constroem ferramentas para lidar com a diversidade das famílias que vêm à terapia.
85

Precisam, portanto, experimentar papéis e explorar recursos pessoais que,


.3
02

articulados com conhecimentos teóricos, servirão de base para suas intervenções


.2

clínicas. Contudo, é importante estar atento ao fato de que todas as intervenções


33
-0

foram construídas dentro de um determinado contexto, através das experiências


ES

vividas pelos terapeutas e da forma como eles se apropriaram dos conhecimentos


ED

com que foram tendo contato.


U
G

Ao deparar-se com a noção de cadeias de interação, Bronfenbrenner (1986)


ZA

postulou também a noção de cronossistema. Esse sistema indica o reconhecimento


U

da mudança constante e da impossibilidade de desenvolvimento sem o


SO

estabelecimento de processos interacionais ao longo do tempo. O tempo,


E
ID

justamente, exerce um papel no desenvolvimento a partir de transformações e


EL

continuidades características do ciclo vital. Há o microtempo (continuidade e


SU

descontinuidade observadas dentro de pequenos períodos), o mesotempo (intervalos


A
R

maiores de tempo cujos efeitos cumulativos destes processos podem produzir


O

resultados significativos no desenvolvimento) e o macrotempo (eventos em


EB
D

mudança dentro da sociedade através de gerações). Ainda em relação ao tempo,


situam-se transições biológicas e sociais designadas como normativas (a ida da
criança para a escola, namoro, casamento, puberdade) e não normativas (mudanças
súbitas, não previstas, como morte precoce, separação).
Fazendo uma transposição do cronossistema para o contexto clínico, surge a
seguinte configuração: cada processo terapêutico é o desenvolvimento percebido no
microtempo, uma vez que mudanças podem ser percebidas de uma sessão para

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outra, principalmente na dinâmica familiar. A análise do mesotempo
pode ser realizada através das diferenças percebidas no profissional ao longo dos
anos em que atua como terapeuta familiar. Com os anos, novas teorias e experiências
clínicas vão propiciando mudanças na atuação profissional que não são
necessariamente percebidas no microtempo, mas que afetam as interações
particulares que acontecem em cada processo terapêutico. Já o macrotempo é
percebido ao estudarem-se as evoluções das teorias que embasam as práticas dos
terapeutas familiares.
Fonte: Prati, Laíssa Eschiletti. Práticas dos Terapeutas Familiares Brasileiros: a

17
Perspectiva da Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano. Universidade

2:
:0
Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação

17
em Psicologia. 2009.

7
01
/2
10
1/
-3
O sujeito nunca é totalmente responsável pelo próprio desenvolvimento,

om
pois é fortemente influenciado por outros aspectos do contexto no qual ele se insere.

l.c
ai
A teoria do curso de vida, assim, postula a articulação de conceitos do

tm
desenvolvimento, ultrapassando modelos mais tradicionais, lineares,

ho
@
unidimensionais, unidirecionais e unifuncionais de crescimento e maturação
biológica do indivíduo. 26
sg
a.

Os modelos tradicionais de psicologia do desenvolvimento que seguem o


or
eb

modelo clínico estudam o desenvolvimento através da diádica (relação


-d

paciente/terapeuta) e as propostas científicas de psicologia do desenvolvimento


7
-0

adotam estudos laboratoriais e psicodiagnósticos.


85
.3
02
.2

Mas, Bronfenbrenner vai utilizar qual método finalmente? Todos, mas


33

principalmente os estudos de coorte. O termo coorte é utilizado para designar um


-0

grupo de indivíduos que têm em comum um conjunto de características e que são


ES

observados durante um período de tempo com o intuito de analisar a sua evolução.


ED

Para fins de concurso, Bronfenbrenner privilegia estudos longitudinais.


U
G
ZA

O modelo do curso de vida é multimetodológico e privilegia aspectos


U

saudáveis do desenvolvimento. Existe a preferencia por estudos realizados em


SO

ambientes naturais e a análise da participação da pessoa focalizada no maior número


E
ID

possível de ambientes e em contato com diferentes pessoas - díades, tríades, etc


EL

Segundo Senna, Bronfenbrenner em seu modelo há:


SU
A

- orientação teórica que propõe a identificação dos estágios de vida (infância,


R
O

adolescência, fase adulta e velhice), nos seus aspectos temporais, contextuais e


EB

processuais, como uma das formas de compreender as mudanças que ocorrem no


D

desenvolvimento humano.
- as mudanças históricas, geográficas e ambientais nos padrões de vida modelam o
conteúdo, a forma e o processo do desenvolvimento do indivíduo, na história e no
mundo social, em diversos níveis: macro (da sociedade e da ordem social), das
estruturas intermediárias (comunidades e vizinhança) e do mundo proximal
(escola e família).

www.psicologianova.com.br | 39



Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros
- cada trajetória não está restrita a histórias individuais, mas envolvida
na dinâmica de caminhos múltiplos e inter-relacionados, formando uma matriz de
relações sociais ao longo do tempo.
- cada geração pode tomar decisões e promover eventos no curso de vida das outras,
havendo uma interdependência entre vidas, e também, entre níveis, como por
exemplo, entre trabalho e família, casamento e parentalidade, trabalho e lazer.
Fonte: SENNA, Sylvia Regina Carmo Magalhães and DESSEN, Maria
Auxiliadora. Contribuições das teorias do desenvolvimento humano para a
concepção contemporânea da adolescência. Psic.: Teor. e Pesq. [online]. 2012, vol.28,

17
2:
n.1 [cited 2014-09-06], pp. 101-108 . Available from:

:0
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

17
7
37722012000100013&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-

01
3772. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722012000100013.

/2
10
1/
-3
Sigmund Freud

om
l.c
ai
tm
ho
Passar pelo curso de psicologia e não estudar Freud é como fazer um curso

@
de direito sem conhecer as constituições federais anteriores à atual. Sua fluência
26
verbal, repassada aos nossos tempos através de suas obras, era tamanha que chegou
sg
a.

a ser indicado ao Nobel de Literatura e foi vencedor do Prêmio Goethe (aos 74 anos
or
eb

de idade). Apesar das inúmeras críticas atuais ao seu método e à sua aplicabilidade,
-d

Freud é o autor que maior impacto teve no estudo da personalidade até então. Esse
7

chairman da psicanálise desenvolveu o método da livre associação para estudar os


-0
85

fenômenos de suas tópicas. A livre associação é um método onde os pacientes são


.3

convidados a relatarem continuamente qualquer coisa que lhes ocorrer à mente, sem
02
.2

levar em consideração quão sem importância ou possivelmente embaraçadora esta


33

situação possa parecer.


-0
ES

Esse método seria o mais adequado para o contexto clínico para acessar
ED

conteúdos conscientes e inconscientes. Na esfera do inconsciente, seu conteúdo não


U

pode ser acessado de forma objetiva através de uma ordinária introspecção. Mas
G
ZA

pode ser acessado, segundo Freud, somente através da livre associação, da análise
U

dos sonhos e da análise dos atos falhos. Freud descreveu em sua obra,
SO

posteriormente, a análise de chistes como sendo também uma forma de evidenciar


E
ID

conteúdos inconscientes. Assim:


EL
SU

Métodos de Acesso ao inconsciente:


A
R
O

a) Livre associação
EB
D

b) Análise sonhos

c) Análise dos Atos falhos

d) Análise dos chistes

Os chistes são “gracejos” pelos quais sentimos prazer. São situações


aparentemente tolas que geram prazer, como as brincadeiras e piadas. A palavra tem
www.psicologianova.com.br | 40



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origem no alemão e significa literalmente “gracejo”, e para Freud o chiste
é uma espécie de válvula de escape de nosso inconsciente, que o utiliza para dizer,
em tom de brincadeira, aquilo que verdadeiramente pensa. Freud acreditava que
utilizar o humor e a ironia no dia-a-dia deixava o cotidiano mais leve e a realidade
mais tolerável. E é isto que o chiste possibilita quando conecta arbitrariamente,
através de uma associação verbal, duas ideias contrárias ou sem sentido aparente.
Apesar de parte do mundo inconsciente não ser acessível de forma alguma,
um conceito é básico na teoria freudiana de personalidade: o passado é determinante
para o presente. Esse conceito é chamado de Determinismo Psíquico e parte do

17
pressuposto que existe uma continuidade nos eventos mentais e que esses são

2:
:0
historicamente desenvolvidos. Assim, para compreender sintomas e patologias, se

17
faz necessário um sistemático esmiuçamento da vida psíquica do sujeito para

7
01
entender as causas passadas dos problemas e a dinâmica psíquica atual.

/2
10
Freud descreveu sua teoria ao longo de 24 obras. Essas obras apresentam a

1/
evolução do pensamento freudiano e a ampliação dos conceitos. O caso mais

-3
exemplar é a descrição da Pulsão de morte na obra “Além do Princípio do Prazer”.

om
l.c
A motivação é vista, para esse autor, como uma busca hedonista de dar

ai
tm
vazão a energia psíquica acumulada. Essa energia psíquica é limitada e, via de regra,

ho
não consegue suprir simultaneamente as necessidades humanas de forma

@
satisfatória. Essa energia provém das pulsões, a sexual e a agressiva, e motivam para
26
sg
a constante busca de prazer. As pulsões, às vezes chamadas incorretamente de
a.

instintos, opõem-se ao ideal de sociedade e, por isso, devem ser doutrinadas para
or
eb

uma expressão adequada. Porém, se essa energia psíquica não encontra vazão, um
-d

estado de tensão interna começa a se desenvolver. Isso pode cadenciar desde fixações
7
-0

até patologias mais sérias.


85
.3

Lembro uma vez, em um breve curso de psicanálise, que uma professora me


02

falou: Alyson, você precisa de anos de estudos de psicanálise, anos submissão à


.2
33

análise e anos sendo analista para entender a personalidade humana de acordo com
-0

Freud. Felizmente nosso objetivo aqui é passar no concurso e não, necessariamente,


ES

entender a magnitude das ideias psicanalíticas. Compreender a teoria de


ED

personalidade de Freud pressupõe o conhecimento de sua Primeira e Segunda


U
G

Tópicas, as fases de desenvolvimento psicossexual e a organização dos mecanismos


ZA

de defesa.
U
SO

A base topológica de Freud é a raiz para a explicação da personalidade


E

humana. Em grego, “topos” quer dizer “lugar”, assim o modelo tópico designa um
ID

“modelo de lugares”, sendo que Freud descreveu a dois deles: a “Primeira Tópica”
EL
SU

conhecida como Topográfica e a “Segunda Tópica”, como Estrutural.


A
R
O
EB

PRIMEIRA TÓPICA: modelo topológico da mente


D

Essa tópica refere-se ao nível de consciência (acesso) aos processos


intrapsíquicos e a qualidade dos conteúdos de cada um. Freud definiu três níveis de
consciência: consciente, pré-consciente e inconsciente.
O consciente engloba todos os fenômenos que em determinado momento
podem ser percebidos de maneira conscientes pelo indivíduo. O pré-consciente
refere-se aos fenômenos que não estão conscientes em determinado momento, mas
pode tornar-se se o indivíduo desejar se ocupar com eles (o pré-consciente é um
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filtro de intermédio entre o consciente e o inconsciente). O inconsciente,
que diz respeito aos fenômenos e conteúdos que não são conscientes e somente sob
circunstâncias muito especiais podem tornar-se. Assim, para Freud, apenas uma
pequena parte de nossos pensamentos e emoções são perceptíveis o tempo todo,
alguns estão no nível pré-consciente e a maioria dos nossos fenômenos
intrapsíquicos é inconsciente. Essa função, de deposito de pensamentos, emoções e
desejos, é necessária, pois esses conteúdos causariam medo e ansiedade ao indivíduo
caso fossem conscientes.
É necessária uma atenção especial ao conceito freudiano de inconsciente.

17
Essa parte do aparelho psíquico humano é caracterizada por não ter nenhuma

2:
:0
formatação lógica ou pensamento racional (processo primário) e desenvolve-se como

17
sendo um depósito para ideias sociais inaceitáveis, memórias traumáticas e emoções

7
01
dolorosas colocadas fora da mente pelo mecanismo da repressão psicológica. O

/2
inconsciente é alógico (aberto a contradições), atemporal e aespacial (conteúdos de

10
1/
épocas ou espaços diferentes podem se conectar). Essa instância é governada pelo

-3
principio do prazer (a busca do prazer e evitação estímulos aversivos).

om
l.c
ai
tm
SEGUNDA TÓPICA: modelo estrutural da personalidade

ho
@
Nessa segunda tópica, desenvolvida décadas depois da primeira, Freud
26
diferencia instâncias da personalidade em três estruturas: o ID, o EGO e o
sg
SUPEREGO. O Id é todo inconsciente, o Ego e o Super-ego são parcialmente
a.
or

inconscientes.
eb
-d

a) Id: O id é a fonte da energia psíquica (libido). O id é formado pelas


7

pulsões - instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. Ele funciona


-0
85

segundo o princípio do prazer, ou seja busca sempre o que produz prazer e evita o
.3

que é aversivo, e somente segundo ele. Não faz planos, não espera, busca uma
02
.2

solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. Ele
33

não tem contato com a realidade e uma satisfação na fantasia pode ter o mesmo
-0

efeito de uma atingida través de uma ação. O id desconhece juízo, lógica, valores,
ES

ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego irracional, anti-social, egoísta e


ED

dirigido ao prazer. O id é completamente inconsciente. De acordo com Freud, a


U
G

energia psíquica é de natureza inconsciente e está armazenada no id. Essa energia é


ZA

de natureza sexual (libido) e não tem objeto. De acordo com a teoria psicanalítica, o
U
SO

id é a parte mais antiga do aparelho psíquico. Do ponto de vista topológico, o id é o


E

reservatório de toda energia psíquica. Ele ignora a realidade, os princípios lógicos e


ID

racionais tais como o tempo e a causalidade entre eventos. Dessa forma, diz-se que o
EL
SU

id trabalha através do princípio primário.


A

b) Ego: O ego desenvolve-se a partir do id com o objetivo de permitir que


R
O

seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o


EB

chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o


D

planejamento e a espera ao comportamento humano: a satisfação das pulsões é


retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo
de prazer e um mínimo de conseqüências negativas. A principal função do ego é
buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos do id e a realidade e,
posteriormente, entre esses e as exigências do superego.
c) Superego: É a parte moral da mente humana e representa os valores
da sociedade. O superego tem três objetivos: (1) inibir (através de punição ou
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sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele
ditados (2) forçar o ego a se comportar de maneira moral (mesmo que irracional) e
(3) conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos, pensamentos e palavras. O superego
forma-se após o ego, durante o esforço da criança de introjetar os valores recebidos
dos pais e da sociedade a fim de receber amor e afeição. Ele pode funcionar de uma
maneira bastante primitiva, punindo o indivíduo não apenas por ações praticadas,
mas também por pensamentos; outra característica sua é o pensamento dualista
(tudo ou nada; certo ou errado, sem meio-termo). O superego divide-se em dois
subsistemas: o ego ideal, que dita o bem ser procurado, e a consciência, que
determina o mal a ser evitado.

17
2:
:0
17
As fases do desenvolvimento psicossexual

7
01
/2
A transição de uma fase para outra é biologicamente determinada, de tal

10
forma que uma nova fase pode iniciar sem que os processos da fase anterior tenha se

1/
-3
completado. As fases se seguem umas às outras em uma ordem fixa e, apesar de uma

om
fase se desenvolver a partir da anterior, os processos desencadeados em uma fase

l.c
nunca estão plenamente completos e continuam agindo durante toda a vida da

ai
tm
pessoa.

ho
@
I - A fase oral (0-1)
26
A primeira fase do desenvolvimento é a fase oral, que se estende desde o
sg
a.

nascimento até aproximadamente um ano de vida. Nessa fase a criança vivencia


or
eb

prazer e dor através da satisfação (ou frustação) de pulsões orais, ou seja, pela boca.
-d

Essa satisfação se dá independente da satisfação da fome. Assim, para a criança


7

sugar, mastigar, comer, morder, cuspir etc. têm uma função ligada ao prazer, além de
-0
85

servirem à alimentação. Ao ser confrontada com frustrações a criança é obrigada a


.3

desenvolver mecanismos para lidar com tais frustrações. Esses mecanismos são a
02
.2

base da futura personalidade da pessoa. A fixação nessa fase causa a depressão


33
-0

O principal processo na fase oral é a criação da ligação entre mãe e filho.


ES

II - A fase anal (1-3)


ED
U

A segunda fase, segundo Freud, é a fase anal, que vai aproximadamente do primeiro
G
ZA

ao terceiro ano de vida. Nessa fase a satisfação das pulsões se dirige ao ânus, ao
U

controle da tensão intestinal. Nessa fase a criança tem de aprender a controlar sua
SO

defecação e, dessa forma, deve aprender a lidar com a frustração do desejo de


E

satisfazer suas necessidades imediatamente. Como na fase oral, também os


ID
EL

mecanismos desenvolvidos nesta fase influenciam o desenvolvimento da


SU

personalidade. A fixação nessa fase ocasiona a neurose obsessivo-compulsiva


A

(anancástica)
R
O
EB

III - A fase fálica (3-5) Complexo de Édipo


D

A fase fálica, que vai dos três aos cinco anos de vida, se caracteriza segundo
Freud pela importância da presença (ou, nas meninas, da ausência) do falo ou pênis;
nessa fase prazer e desprazer estão, assim, centrados na região genital. As
dificuldades dessa fase estão ligadas ao direcionamento da pulsão sexual ou
libidinosa ao genitor do sexo oposto e aos problemas resultantes. A resolução desse
conflito está relacionada ao complexo de Édipo e à identificação com o genitor de
mesmo sexo.

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O complexo de Édipo representa um importante passo na
formação do superego e na socialização dos meninos, uma vez que o menino aprende
a seguir os valores dos pais. Essa solução de compromisso permite que tanto o ego
(através da diminuição do medo) e o id (por o menino poder possuir a mãe
indiretamente através do pai, com o qual ele se identifica) sejam parcialmente
satisfeitos.
O conflito vivenciado pelas meninas é parecido, mas menos intenso. A
menina deseja o próprio pai, em parte devido à inveja que sente por não ter um pênis
(al. Penisneid); ela sente-se castrada e dá a culpa à própria mãe. Por outro lado, a mãe

17
representa uma ameaça menos séria, uma vez que uma castração não é possível.

2:
:0
Devido a essa situação diferente, a identificação da menina com a própria mãe é

17
menos forte do que a do menino com seu pai e, por isso, as meninas teriam uma

7
01
consciência menos desenvolvida - afirmação esta que foi rejeitada pela pesquisa

/2
empírica. Freud usou o termo "complexo de Édipo" para ambos os sexos; autores

10
1/
posteriores limitaram o uso da expressão aos meninos, reservando para as meninas o

-3
termo "complexo de Electra".

om
Para os meninos é a castração que os faz superar o complexo de Édipo,

l.c
ai
quando é instaurada a lei da proibição gerando a interdição paterna. Para as meninas

tm
é justamente a castração que faz iniciar Complexo de Édipo.

ho
@
A resolução do Complexo: a ansiedade de castração nos meninos fará com que
26
sg
eles abandonem seus desejos incestuosos pela mãe e superem o complexo
a.

identificando-se ao pai. As meninas também passam a identificar-se com a mãe e


or
eb

assumem uma identidade feminina. Passa a buscar nos homens similaridades do pai.
-d

IV - O período de latência (5 – puberdade)


7
-0
85

Depois da agitação dos primeiros anos de vida segue-se uma fase mais
.3

tranquila que se estende até a puberdade. Nessa fase as fantasias e impulsos sexuais
02
.2

são reprimidos, tornando-se secundários, e o desenvolvimento cognitivo e a


33

assimilação de valores e normas sociais se tornam a atividade principal da criança,


-0

continuando o desenvolvimento do ego e do superego.


ES
ED

V- A fase genital (puberdade)


U
G

A última fase do desenvolvimento psicossexual é a fase genital, que se dá


ZA

durante a adolescência. Nessa fase as pulsões sexuais, depois da longa fase de


U
SO

latência e acompanhando as mudanças corporais, despertam-se novamente, mas


E

desta vez se dirigem a uma pessoa do sexo oposto. Como se depreende da explanação
ID

anterior, a escolha do parceiro não se dá independente dos processos de


EL

desenvolvimento anteriores, mas é influenciada pela vivência nas fases anteriores.


SU

Além disso, apesar de continuarem agindo durante toda a vida do indivíduo, os


A
R

conflitos internos típicos das fases anteriores atingem na fase genital uma relativa
O
EB

estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar
D

os desafios da idade adulta.

Caráter
A fixação nas fases de desenvolvimento freudianas identifica o tipo de
caráter que a pessoa possui (caráter oral, anal, fálico ou genital). O caráter oral é
caracterizado pelo otimismo, a passividade e a dependência. Para Freud, os

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transtornos alimentares poderiam se dar às dificuldades na fase oral. O
caráter anal é caracterizado pro três traços que são: ordem, parcimônia (econômico)
e teimosia. O caráter fálico, por sua vez, gera dificuldades na formação do superego
(regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na sexualidade,
envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual e homossexualismo. E, por fim, o
caráter genital é descrito como o ideal freudiano do desenvolvimento pleno, que se
desenvolve na ausência de fixações ou depois da sua resolução por meio de uma
psicanálise. Contudo, o indivíduo livre de conflitos pré-edípicos significativos,
aprecia uma sexualidade satisfatória preocupando-se com a satisfação do
companheiro sexual, evitando assim a manifestação de um narcisismo egoísta. Assim

17
2:
sua energia psíquica sublimada fica disponível para o trabalho, que é prazeroso5.

:0
17
7
01
Os mecanismos de Defesa

/2
10
O ego muitas vezes não consegue lidar com as demandas do Id e com as

1/
-3
cobranças do superego. Assim, surgem os Mecanismos de Defesa, que são defesa

om
bem sucedida contra a ansiedade, pois ele diminui a tensão. Destaca-se que os

l.c
mecanismos de defesa contra a ansiedade podem ser encontrados em indivíduos

ai
tm
saudáveis, porém quando estão fortemente associados e trazem dificuldades sociais

ho
caracterizam-se enquanto neuroses.

@
26
A seguir apresento os mecanismos de defesa mais comuns:
sg
a.

• Repressão é o processo pelo qual se afastam da consciência conflitos


or
eb

e frustrações demasiadamente dolorosos para serem experimentados ou lembrados,


-d

reprimindo-os e recalcando-os para o inconsciente; o que é desagradável é, assim,


7

esquecido;
-0
85

Formação Reativa: consiste em ostentar um procedimento e


.3


02

externar sentimentos opostos aos impulsos verdadeiros, indesejados.


.2
33

• Projeção consiste em atribuir a outros as ideias e tendências que o


-0

sujeito não pode admitir como suas.


ES
ED

• Regressão consiste em retornar a comportamentos imaturos,


U

característicos de fase de desenvolvimento que a pessoa já passou.


G
ZA

• Fixação é um congelamento no desenvolvimento, que é impedido de


U
SO

continuar. Uma parte da libido permanece ligada a um determinado estágio do


desenvolvimento e não permite que a criança passe completamente para o próximo
E
ID

estádio. A fixação está relacionada com a regressão, uma vez que a probabilidade de
EL

uma regressão a um determinado estádio do desenvolvimento aumenta se a pessoa


SU

desenvolveu uma fixação nesse estádio.


A
R
O

• Sublimação é a satisfação de um impulso inaceitável através de um


EB

comportamento socialmente aceito. Expressão de impulso recalcado de forma


D

criativa e produtiva.
• Identificação é o processo pelo qual um indivíduo assimila um
aspecto, uma característica de outro. Uma forma especial de identificação é a
identificação com o agressor.
• Deslocamento é o processo pelo qual agressões ou outros impulsos
indesejáveis, não podendo ser direcionados à(s) pessoa(s) a que se referem, são
direcionados a terceiros.
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• Negação é a tentativa de não aceitar na consciência algum
fato que perturba o Ego.
• Racionalização é o processo de achar motivos lógicos e racionais
aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis.
• Isolamento: Uma ideia ou ato sofre o rompimento de suas conexões
com outras idéias e pensamentos.
Para finalizar essa descrição dos mecanismos de defesa, faço uma didática
diferenciação entre recalque e repressão.

17
2:
Recalcamento/Recalque Repressão

:0
17
7
“Operação pela qual o sujeito procura “Operação psíquica que tende a

01
repelir ou manter no inconsciente fazer desaparecer da consciência um

/2
10
representações (pensamentos, imagens, conteúdo desagradável ou inoportuno:

1/
-3
recordações) ligadas a uma pulsão. ideia, afeto, etc. Os conteúdos tornam-se

om
pré-conscientes”. É um mecanismo

l.c
consciente, que atua como censura. A

ai
moral do sujeito está ligada a este

tm
ho
mecanismo.

@
26
sg
a.
or
eb

M. Klein
-d
7
-0
85
.3

A teoria de Melanie Klein é de difícil simplificação, porém, não é Lacan.


02
.2

Brincadeiras a parte, nós temos a tarefa de entender a lógica de raciocínio desta


33

teórica e seus principais conceitos acerca da personalidade humana. Para isso, temos
-0

de partir da sua teoria de desenvolvimento, pois, como pressuposto fundamental de


ES

quase todos os psicanalistas, existe um determinismo psíquico inerente à condição


ED

humana.
U
G
ZA

Melanie Klein foi uma famosa psicanalista e ganhou notoriedade na sua


U

teorização sobre a infância, foi uma das pioneiras em análise infantil junto com Anne
SO

Freud. É importante salientar que muitos de seus estudos eram críticas a vertente da
E
ID

herdeira de Freud. Klein, por exemplo, excluiu os pais do tratamento porque


EL

acreditava que o problema fundamental das crianças era intrapsíquico.


SU

Ela desenvolveu uma teoria sobre a relação mãe-filho que ficou conhecida
A
R

como teoria das relações objetais e a riqueza de sua teoria está, na opinião de
O
EB

muitos estudiosos da linha, na demonstração da função do superego no


D

desenvolvimento psíquico, na sua descrição das defesas primitivas características do


transtorno de personalidade limítrofe e psicose e no seu uso do brinquedo com
crianças como um meio para a interpretação. Pra Klein, objetos são estruturas
mentais que se desenvolvem através da experiência do sujeito com o mundo externo.
Esses objetos são representações e é a partir destas que o eu se desenvolve. A
representação psíquica dos objetos introjetados pela criança é enviesada pelas
fantasias. A criação de uma relação objetal ocorre quando o impulso instintivo liga
um afeto (incorporado ao ego) a um objeto externo, dando-lhe sentido de vida ou de
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morte. Melanie Klein distingue dois momentos no primeiro ano de vida
do bebê: posição esquizo-paranoide (até os 6 meses) e posição depressiva (de 6 meses
até 1 ano de idade). Essas duas posições estão dentro da fase oral freudiana.
O conceito de posições é muito importante na escola kleiniana, pois o
psiquismo funciona a partir delas, e todos os demais desenvolvimentos são
invariavelmente baseados em seu funcionamento. Nesse sentido, o desenvolvimento
em fases, proposto por Freud (fase oral, fase anal e fase genital), é aqui substituído
por um elemento mais dinâmico que estático, pois as três fases estão presentes no
bebê desde os três primeiros meses de vida. Klein não nega essa divisão, muito pelo

17
contrário, mas dá a elas uma dinâmica até então ainda não vista em psicanálise.

2:
:0
Para Klein, o psiquismo tem um funcionamento dinâmico entre as posições

17
esquizoparanóide e depressiva, que se inicia como o nascimento e termina com a

7
01
morte. Todos os problemas emocionais, como neuroses, esquizofrenias e depressão

/2
10
são analisados a partir dessas duas posições. Por isso, em uma análise kleiniana, não

1/
basta trabalhar os conteúdos reprimidos, é preciso “equacionar” as ansiedades

-3
depressivas e persecutórias. É necessário que o paciente perceba que o mundo não

om
funciona em preto e branco, e que é possível amar e odiar o mesmo objeto, sem

l.c
ai
medo de destruí-lo. Em outras palavras, não adianta trabalhar o sintoma (neurose)

tm
se não trabalhar os processos que levaram seus surgimentos (ansiedades

ho
@
persecutória e depressiva).
26
sg
Vamos aprofundar um pouco mais o estudo das posições kleinianas. O
a.

conceito de “posição” remete a uma configuração específica de relações objetais,


or
eb

ansiedades e defesas, presentes ao longo de toda a vida, e não somente durante uma
-d

fase ou período do desenvolvimento.


7
-0

A experiência do nascimento a primeira fonte externa de ansiedade, pois


85
.3

durante a gestação o bebê experimenta um sentimento de unidade e segurança que é


02

perturbado pelo nascimento. Observe que o ego está presente na teoria kleiniana
.2
33

desde o nascimento. Ele já sente ansiedade, cria mecanismos de defesa e forma


-0

relações de objeto primitivas, na fantasia e na realidade. Porém, esse ego é


ES

amplamente desorganizado e, quando confrontado com a ansiedade, tende a clivar-


ED

se (dividir-se) para defender-se desta ansiedade.


U
G

O seio da mãe é o primeiro objeto internalizado pelo bebê (Objeto Primal). É


ZA

importante destacar que esse primeiro objeto possui, inicialmente, uma posição
U
SO

ambivalente para a criança, sendo considerado ou “seio bom”, quando amamenta,


E

ou “seio mau”, quando não alimenta a criança na hora em que a mesma deseja. Aqui,
ID

os bebês sentem, logo quando nascem, dois sentimentos básicos: amor e ódio. É fácil,
EL
SU

portanto, perceber que a criança ama o “seio bom” e odeia o “seio mau”. O problema
é que na fantasia da criança, o “seio mau”, esse objeto interno, vai se vingar dela pelo
A
R

ódio e destrutividade direcionados a ele. Esse medo de vingança é chamado de


O
EB

ansiedade persecutória ou paranóide. O conjunto de ansiedade persecutória e


D

suas respectivas defesas são chamados por Klein de “posição esquizoparanóide”.


Por conta dessa visão fragmentada, o bebê não reconhece “pessoas”, mas apenas
partes delas. Aqui existe a ansiedade que se expressa pelo temor de que os objetos
maus entrarem no ego e dominem tanto o objeto ideal quanto o self.
Os mecanismos de introjeção da representação do seio materno e a clivagem
do objeto devem ser entendidos à luz do conceito de pulsão de morte e pulsão de
vida freudianos. Concomitante ao nascimento, já se inicia o embate permanente

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entre o instinto de vida e o de morte, representando uma pressão sobre o
ego no sentido deste se organizar para responder ao paradoxo: ou se organiza para
satisfazer suas próprias necessidades (pulsão de vida) ou para negar suas próprias
necessidades (pulsão de morte). A pulsão de morte se expressa por meio de ataques
invejosos (inveja primária) e sádico-destrutivos contra o seio materno. Essas pulsões
provocam internamente a “angústia de aniquilamento” ou “ansiedade de morte”. É
neste contexto que o ego rudimentar do recém-nascido assume a posição de defesa
contra a angústia através de mecanismos primitivos, como a negação onipotente, a
dissociação, a identificação projetiva, a introjeção e a idealização.

17
O contato com o seio mau produz ansiedade, advinda da pulsão de morte. O

2:
:0
ego deflete essa ansiedade em parte, pela projeção, e, em parte, pela conversão desta

17
em agressividade. O ego se divide e projeta a parte que contém a pulsão de morte no

7
01
objeto externo original, o seio materno, que passa a ser sentido como mau e

/2
ameaçador para o ego. Assim, o temor de aniquilamento transforma-se em

10
1/
sentimento de perseguição – ansiedade persecutória ou paranóide. Destaco,

-3
novamente, que nesse período o bebê se relaciona de forma parcial com o objeto. O

om
mesmo processo ocorre com a libido, que, em parte, é projetada no objeto externo

l.c
original, o seio, a fim de criar um objeto capaz de satisfazer o esforço egóico pela

ai
tm
preservação da vida, e, em parte, permanece, sendo usada para estabelecer uma

ho
relação libidinal com este objeto ideal. Com objetivo de superar a essa ansiedade

@
26
persecutória, o bebê desenvolve um processo esquizóide de forma que o objeto mau é
sg
internalizado como sendo diferente do objeto bom. Essa cisão do objeto resulta
a.

também em uma clivagem do eu do bebê (eu bom e eu mau).


or
eb
-d

Na passagem da posição esquizoparanóide para a posição depressiva ocorre


7

uma síntese entre a imagem do objeto do seio materno com a representação da mãe.
-0
85

Com a superação da posição esquizoparanóide, o bebê passa a reconhecer a mãe


.3

como um objeto total (bom e mau). Essa é a característica da posição depressiva. Ele
02

percebe que o mesmo objeto que odeia (seio mau) é o mesmo que ama (seio bom) e
.2
33

ambos os registros fazem parte de uma mesma pessoa. Tal processo de síntese
-0

desencadeia mudanças no desenvolvimento: surgem a ansiedade depressiva e a


ES

culpa, a agressão é mitigada pela libido, o que diminui a ansiedade persecutória, o


ED

temor pelo destino dos objetos, externo e interno, ameaçados leva a uma
U
G

identificação mais forte com ele; o ego, portanto, se esforça para fazer reparações e,
ZA

além disto, inibe os impulsos agressivos sentidos como perigosos para o objeto
U
SO

amado. Agora o bebê teme perder o seio bom, pois teme que seus ataques de ódio e
voracidade o tenham danificado ou morto. Esse temor da perda do objeto bom é
E
ID

chamado por Klein de “ansiedade depressiva”. O conjunto de ansiedade depressiva e


EL

suas respectivas defesas são chamados por Klein de “posição depressiva”.


SU
A

A posição depressiva tem início com o reconhecimento da mãe como uma


R
O

pessoa ou objeto total e caracteriza-se pela relação com objetos totais e pelo
EB

predomínio da integração, ambivalência, ansiedade depressiva e culpa. O principal


D

temor é o de que seus próprios impulsos agressivos tenham destruído, ou destruam


o objeto que ele ama e do qual depende. Como decorrência desta experiência
depressiva, o temor de ter perdido o objeto bom pela sua própria agressividade,
surge a culpa, mobilizando o desejo de reparar seu objeto destruído.
Observe a tabela abaixo:

Fase Posição para M Klein Objeto (Klein)


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Freudiana

Oral Posição Esquizo-paranóide – conjunto de Seio


ansiedade persecutória. Ocorre a clivagem do
objeto em “seio bom” e “seio mau”.

Oral Posição Depressiva – conjunto de ansiedade Mãe


depressiva. Ocorre a clivagem do objeto em “mãe
boa” e “mãe má”.

17
2:
:0
17
A teoria de Melanie Klein parte de alguns pressupostos comuns à teoria

7
01
Freudiana, como, por exemplo:

/2
10
a) a agressão e a libido são os dois instintos básicos.

1/
-3
b) o instinto agressivo é uma extensão do instinto de morte

om
c) a libido uma extensão do instinto de vida.

l.c
ai
tm
Como divergências a Teoria Freudiana podemos destacar:

ho
@
a) Klein divergiu de Freud na suposição de que o ego existe ao
26
nascimento. Ela acreditava que o instinto de morte é traduzido após o nascimento
sg
em sadismo oral, o qual, projetado para fora, dá lugar às fantasias de um seio mau,
a.
or

destrutivo, devorador. Tanto agressão como libido são expressas desde o nascimento
eb

em diante por fantasias inconscientes.


-d
7

b) Klein diferenciou inveja, ganância e ciúme como manifestações do


-0
85

instinto agressivo.
.3
02

Melanie Klein enfatizou o papel do superego, que assim como na teoria


.2
33

freudiana, ele coloca valor sobre o comportamento e ele pune ou proíbe o


-0

comportamento que ele considera ser errado ou mau. O superego tem qualidades
ES

persecutórias (derivadas de introjetos persecutórios) e exigentes (derivadas dos


ED

aspectos exigentes dos pais bons idealizados). Diferente do ego, que existe desde o
U

nascimento, Klein sustentou o superego começa a desenvolver-se durante a posição


G
ZA

depressiva, pois a pressão de superego excessiva causa regressão para a posição


U

esquizoparanóide. O superego desenvolve-se a partir de maus objetos


SO

experimentados como persecutórios. Enquanto o ego assimila os objetos com os


E
ID

quais ele pode identificar-se positivamente, o superego assimila os aspectos


EL

proibitivos exigentes destes objetos.


SU

Decorrente dessa teoria de desenvolvimento de Melanie Klein, nós temos a


A
R

conclusão basilar para a teoria de personalidade para esta autora: dos mecanismos de
O
EB

projeção e introjeção, que possibilitam a defesa (contra a ansiedade) advém o


D

desenvolvimento de nossos mecanismos de projeção e introjeção nas outras fases da


vida. Assim, não são apenas projetados os estados perturbadores, mas também
partes do próprio self, da própria personalidade humana. Assim, podemos viver parte
de nossas vidas projetados (em fantasia) no mundo interno de outra pessoa, ou
podemos ter parte de nossas vidas vividas em identificação com aspectos da vida de
outrem. Esse mecanismo é denominado por Klein de introjeção projetiva, um de
seus mais importantes legados conceituais. Assim, o que é projetado para fora, isto é,
para dentro de um objeto, não só é perdido como também confere nova identidade a
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esse objeto. Da razão entre objetos introjetados bons e maus resultará o
equilíbrio e a ansiedade do indivíduo. Objetos bons neutralizam os objetos internos
maus, mas mesmo sob circunstâncias ideais predominantemente bons objetos de
superego são contaminados pelos objetos maus.
Os últimos pontos convenientes a serem destacados é que embora Klein
concordasse que fatores ambientais podem desempenhar um papel em estimular a
agressão excessiva, ela enfatizou como a causa de distúrbio emocional a força inata
da agressão, aliada à formação de ansiedade excessiva do ego e baixa tolerância de
ansiedade. Por fim, à título de recapitulação, para Melanie Klein, existe uma

17
diferença entre a ansiedade: paranóide e a ansiedade depressiva. Nesta, existe o

2:
:0
medo da perda do amor enquanto que naquela existe a ameaça à integridade do ego.

17
7
01
/2
10
1/
-3
Questões

om
l.c
ai
tm
1. AOCP – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE

ho
SERGIPE – PSICÓLOGO HOSPITALAR – 2013

@
26
Uma das solicitações muito frequentes nos hospitais em relação ao puerpério é a
sg
avaliação
a.
or
eb

da relação mãe e bebê. Sobre o tema, assinale a alternativa INCORRETA.


-d

(A) A importância da avaliação da relação mãe e bebê se justifica ao considerar


7
-0

que a qualidade dessa relação implica no desenvolvimento psíquico e cognitivo


85
.3

saudáveis.
02
.2

(B) Pesquisas já apontam que, em casos de bebê pré-termos, que necessitam de


33

cuidados intensivos, a presença dos pais com o investimento de afeto no recém


-0

nascido contribui para a melhoria clínica.


ES
ED

(C) Ao avaliar a relação mãe e bebê alguns itens são contemplados como: como a
U

mãe segura o bebê, o modo de oferecer o seio e como olha para o bebê.
G
ZA

(D) O cuidado adequado são sinais de carinho e zelo, sendo assim é preciso
U
SO

muitas vezes orientar as mães, considerando que a maternidade é instintiva.


E

(E) Algumas teorias do desenvolvimento corroboram que o bebê ao nascer vai se


ID
EL

dando conta, ao longo das semanas, que já não é parte da mãe, isso justifica a
SU

importância de se ter uma boa qualidade no vínculo entre os dois.


A
R
O
EB

2. AOCP – Prefeitura de Angra dos Reis – Psicólogo – 2015


D

A “Síndrome da Adolescência Normal” abrange a premissa de que seria


anormal a presença de um equilíbrio estável durante essa fase do
desenvolvimento. A respeito das características da identidade adolescente,
assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A adolescência é responsável pela busca de identidade, a qual inicia e se
concretiza nesse mesmo período, havendo poucas mudanças posteriormente, uma
vez que, ao adquirir uma identidade, não é possível mudá-la.
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(B) Ocorre uma busca por identificação e alguns adolescentes podem
procurar uma “identidade negativa” devido a algum transtorno na aquisição da
identidade infantil ou a uma necessidade mais imperiosa de abandonar seus aspectos
infantis.
(C) Na pressa por uma identidade adulta, pode- se adquirir pseudoidentidades,
escondendo a identidade latente.
(D) Ocorre um sentimento de despersonificação do adolescente, devido à
dificuldade em se adaptar ao corpo em crescimento, às novas vivências e à falta de
semelhança familiar.

17
2:
(E) Nessa fase é necessária a elaboração dos lutos dos pais da infância, do corpo

:0
17
infantil e da própria infância.

7
01
/2
10
3. AOCP – Prefeitura de Angra dos Reis – Psicólogo – 2015

1/
-3
De acordo com a teoria piagetiana, assinale a alternativa correta.

om
l.c
(A) O ambiente determina o desenvolvimento infantil.

ai
tm
(B) O desenvolvimento ocorre em função de interações internas e externas, sendo

ho
fruto do processo de maturação e da necessidade de equilíbrio inerente a todo ser

@
vivo.
26
sg
(C) O desenvolvimento ocorre devido a estruturas neurológicas existentes e
a.
or

aspectos internos dos indivíduos, desconsiderando o ambiente para aquisição de


eb

determinados comportamentos.
-d
7

(D) Ocorre desenvolvimento e aprendizagem se elementos afetivos não estiverem


-0
85

presentes.
.3
02

(E) Cada nova aprendizagem independe de conteúdos aprendidos anteriormente.


.2
33
-0
ES

4. AOCP – INES – Psicólogo – 2013


ED

Baseando-se na perspectiva sócio histórica de Vygotsky sobre sua teoria do


U
G

amadurecimento, assinale a alternativa correta.


ZA
U

(A) Em seu artigo Moral e educação, Vygotsky afirma que a criança tem a capacidade
SO

para ser educada moralmente, mas a insistência em uma organização moral imposta
E

faz com que se perca sua criatividade.


ID
EL

(B) A questão da indisciplina pode ser entendida na perspectiva de Vygotsky de


SU

várias formas. Inicialmente, é necessário entender alguns pressupostos da Psicologia


A
R

Sócio Histórica, mais especificamente como o homem é visto nessa perspectiva.


O
EB

(C) Vygotsky entende que a tendência antissocial implica esperança, pois essa
D

tendência caracteriza-se por um elemento nela que compele o meio ambiente a ser
importante.
(D) A deprivação para Vygotsky é a perda de condições facilitadoras do ambiente,
pressupondo que a criança tenha em algum momento, vivido em um ambiente
suficientemente bom e, por algum motivo, o perdeu.
(E) A partir da análise dos jogos de regras, Vygotsky identifica as etapas do processo
de conscientização das mesmas. Na etapa da anomia, há a ausência de regras, por
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desconhecimento e pela falta de necessidade destas, pois a criança brinca
para satisfazer suas necessidades motoras. 29

5. AOCP – INES – Psicólogo – 2013


De acordo com a teoria do desenvolvimento intelectual de Piaget, assinale a
alternativa correta.
(A) Os atos intelectuais são entendidos como atos de organização e de não
adaptação ao meio.

17
2:
(B) Os atos intelectuais são entendidos como atos de desorganização e de adaptação

:0
17
ao meio.

7
01
(C) A atividade mental submete-se às mesmas leis que ordinariamente governam a

/2
atividade biológica.

10
1/
(D) Mente e corpo funcionam independentemente um do outro.

-3
om
(E) Os conceitos referentes ao desenvolvimento biológico não são uteis nem válidos

l.c
para pesquisar o desenvolvimento intelectual.

ai
tm
ho
@
6. AOCP – INES – Psicólogo – 2013
26
sg
O processo de organização e adaptação descrito por Piaget compreende
a.
or

quatro conceitos cognitivos básicos, a saber: esquema, assimilação,


eb

acomodação e equilibração. Com relação a esses conceitos, assinale a


-d

alternativa correta.
7
-0
85

(A) Piaget usou o termo esquema para ajudar a explicar porque as pessoas
.3

apresentam respostas mais ou menos estáveis aos estímulos e para explicar muitos
02
.2

fenômenos associados à memoria.


33
-0

(B) Acomodação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra um novo dado
ES

perceptual, motor ou conceitual nos padrões de comportamentos já existentes.


ED

(C) Equilibração é a criação de novos esquemas ou a modificação de velhos esquemas.


U
G

(D) Assimilação é a criação de novos esquemas ou a modificação de velhos


ZA
U

esquemas.
SO

(E) Os processos de assimilação e acomodação são dispensáveis para o crescimento e


E
ID

o desenvolvimento cognitivo. 31
EL
SU
A

7. AOCP – INES – Psicólogo – 2013


R
O
EB

De acordo com o desenvolvimento do pensamento pré-operacional descrito


D

por Piaget, assinale a alternativa correta.


(A) O período pré-operacional caracteriza-se pelo comportamento
predominantemente reflexo e não diferenciado.
(B) O período pré-operacional caracteriza-se pelo aparecimento de comportamentos
diferenciados, tais como chupar o dedo polegar.
(C) O período pré-operacional caracteriza-se pela capacidade de representação de

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objetos e eventos.
(D) O período pré-operacional caracteriza-se pela primeira vez com a demonstração
consciente de que os objetos podem causar atividade.
(E) O período pré-operacional caracteriza-se pela aquisição das operações lógicas,
totalmente reversíveis.

8. AOCP – INES – Psicólogo – 2009

17
Para explicar o porque que o desenvolvimento cognitivo acontece, Piaget,

2:
utiliza quatro conceitos cognitivos; Esquema, assimilação, acomodação e

:0
17
equilibração. Diante dessa premissa, analise as assertivas e assinale a

7
alternativa que aponta a(s) correta(s).

01
/2
I. Esquemas são as estruturas mentais ou cognitivas pelas quais os

10
1/
indivíduos intelectualmente se adaptam e organizam o meio.

-3
II. Equilibração são estruturas intelectuais que organizam os eventos

om
l.c
como eles são percebidos pelo organismo e classificados em grupos, de

ai
acordo com características comuns.

tm
ho
III. Os esquemas não tem correlatos físicos e não são observáveis. Eles

@
são inferidos e chamados de constructos hipotéticos.
26
sg
IV. Acomodação é a criação de novos esquemas ou a modificação de
a.
or

velhos esquemas.
eb
-d

a) Apenas I está correta.


7
-0

b) Apenas II e III estão corretas.


85
.3

c) Apenas I, III e IV estão corretas.


02
.2

d) Apenas I e IV estão corretas.


33
-0

e) I, II, III e IV estão corretas.


ES
ED
U
G

9. AOCP – INES – Psicólogo – 2009


ZA

Uma criança de 4 ou 5 anos, quando solicitada a comparar fileiras de objetos


U
SO

semelhantes, uma contendo nove objetos e a outra, mais longa, contendo


E

apenas sete, mais distante um do outro, selecionará a fileira


ID

perceptivelmente maior como tendo “mais” objetos. Isto acontece mesmo


EL
SU

quando a criança “sabe” cognitivamente que nove é maior que sete. Ocorre
que a avaliação perceptiva dominará a avaliação cognitiva. Este é um
A
R

exemplo de características do pensamento Pré-operacional e que Piaget


O
EB

chamou de
D

a) Reversibilidade.
b) Centração.
c) Egocentrismo.
d) Transformações (Raciocínio Transformacional).
e) Transformações Egocêntricas.

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10. AOCP – INES – Psicólogo – 2009


A respeito de como as crianças adquirem linguagem falada, de acordo com a
Teoria Piagetiana, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A linguagem falada é uma forma de conhecimento social.
b) Os símbolos usados não guardam relações com o que eles representam.
c) A criança não constrói a linguagem.

17
d) Aos 2 anos, as crianças começam a dominar a linguagem falada.

2:
:0
e) As crianças adquirem a linguagem falada do mesmo modo como adquirem todos

17
7
os demais conhecimentos.

01
/2
10
1/
11. AOCP – INES – Psicólogo – 2009

-3
om
Para Piaget o Estágio que caracteriza as estruturas cognitivas da criança, o

l.c
qual alcança seu nível mais elevado de desenvolvimento, tornando-a apta a

ai
tm
aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas descreve-se com o

ho
termo

@
a) Estágio de inteligência sensório-motora. 26
sg
a.

b) Estágio do pensamento pré-operacional.


or
eb

c) Estágio das Operações concretas.


-d
7

d) Estágio Intuitivo.
-0
85

e) Estágio das Operações Formais.


.3
02
.2
33

12. AOCP – INES – Psicólogo – 2009


-0
ES

Costuma-se dividir a Adolescência em três etapas: pré-puberdade,


ED

puberdade e pós-puberdade. Em relação a estas três etapas, analise as


U

assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).


G
ZA

I. O período Pós-puberal é o menos conflitivo em nossa sociedade.


U
SO

II. A gradual progressão da criança no seu desenvolvimento para a


E

maturidade é perturbada pelas transformações da puberdade,


ID
EL

obrigando-a a uma profunda reorganização intrapsíquica.


SU

III. O desenvolvimento físico, que vinha gradualmente se realizando,


A
R

sofre uma aceleração.


O
EB

IV. Nos dois ou três anos que antecedem a puberdade, a criança


D

aumenta cerca de seis quilos e cresce em média 10 cm por ano.


a) Apenas I está correta.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas I e IV estão corretas.

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e) I, II, III e IV estão corretas.

13. AOCP – INES – Psicólogo – 2009


O adolescente passa a experienciar um sentido da própria identidade, um
sentimento de que é um ser humano único, que está preparado para se
encaixar em algum papel significativo na sociedade. A respeito da formação
da Identidade na adolescência, assinale a alternativa correta.
a) O agente interno ativador na formação da identidade é o ego.

17
2:
b) O agente interno ativador na formação da identidade é o superego.

:0
17
c) O agente interno ativador na formação da Identidade é o Id.

7
01
d) Durante a confusão de Identidade, o adolescente é incapaz de sentir-se

/2
10
regredindo.

1/
-3
e) Durante o estágio da formação da identidade o adolescente é incapaz de sofrer

om
profundamente em virtude da confusão de papéis ou de confusão de identidade.

l.c
ai
tm
ho
14. AOCP – INES – Psicólogo – 2009

@
26
Para explicar o porque que o desenvolvimento cognitivo acontece, Piaget,
sg
utiliza quatro conceitos cognitivos; Esquema, assimilação, acomodação e
a.
or

equilibração. Diante dessa premissa, analise as assertivas e assinale a


eb

alternativa que aponta a(s) correta(s).


-d
7

I. Esquemas são as estruturas mentais ou cognitivas pelas quais os


-0
85

indivíduos intelectualmente se adaptam e organizam o meio.


.3
02

II. Equilibração são estruturas intelectuais que organizam os eventos


.2

como eles são percebidos pelo organismo e classificados em grupos, de


33
-0

acordo com características comuns.


ES

III. Os esquemas não tem correlatos físicos e não são observáveis. Eles
ED

são inferidos e chamados de constructos hipotéticos.


U
G

IV. Acomodação é a criação de novos esquemas ou a modificação de


ZA
U

velhos esquemas.
SO

a) Apenas I está correta.


E
ID

b) Apenas II e III estão corretas.


EL
SU

c) Apenas I, III e IV estão corretas.


A
R

d) Apenas I e IV estão corretas.


O
EB

e) I, II, III e IV estão corretas.


D

15. AOCP – ELETROBRÁS – Psicólogo – 2009


Conforme Erik Erikson, em sua teoria do Desenvolvimento Psicossocial, há
oito estádios psicossociais, listados a seguir:
1. confiança básica x desconfiança básica;

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2. integridade do ego x desesperança;
3. produção (diligência) x inferioridade;
4. identidade x confusão de papéis;
5. iniciativa x culpa;
6. generatividade x estagnação;
7. autonomia x vergonha e dúvida;
8. intimidade x isolamento.

17
2:
Assinale a alternativa que corresponde à seqüência em que tais estádios aparecem ao

:0
longo do desenvolvimento humano.

17
7
01
a) 1, 7, 5, 3, 4, 8, 6 e 2.

/2
10
b) 1, 5, 7, 3, 8, 4, 6 e 2.

1/
-3
c) 1, 7, 5, 8, 4, 3, 2 e 6.

om
d) 1, 7, 3, 5, 8, 4, 2 e 6.

l.c
ai
e) 7, 1, 5, 3, 4, 8, 2 e 6.

tm
ho
@
16. AOCP – IBC – Psicólogo – 2013 26
sg
a.

De acordo com a teoria de Vygotsky sobre o pensamento e a linguagem,


or
eb

assinale a alternativa correta.


-d

(A) O novo e essencial na teoria de Vygotsky é a investigação sobre o


7
-0

desenvolvimento dos significados dos sentimentos.


85
.3

(B) A linguagem serve como expressão de um pensamento pronto.


02
.2
33

(C) Na relação entre o pensamento e a fala nos estágios iniciais do desenvolvimento


-0

filogenético e ontogenético, encontramos interdependência entre as raízes genéticas


ES

do pensamento e da palavra.
ED

(D) A relação entre pensamento e palavra não é um pressuposto para o


U
G

desenvolvimento histórico da consciência.


ZA
U

(E) Vygotsky não investigou a precedência da gramática sobre a lógica. 33


SO
E
ID

17. AOCP – IBC – Psicólogo – 2013


EL
SU

De acordo com a teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget, assinale a


A

alternativa correta.
R
O
EB

(A) A inteligência humana é compreendida como a forma de adaptação mais re nada.


D

(B) As adaptações sucessivas interrompem atingir o estado de equilíbrio das


regulações entre o sujeito e o meio.
(C) A assimilação caracteriza as modificações da estrutura do indivíduo em função
das modificações do meio.
(D) Adaptação ocorre independentemente do estado de assimilação do indivíduo.

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(E) A acomodação caracteriza a incorporação de elementos do meio à
estrutura do indivíduo.

18. AOCP – IBC – Psicólogo – 2013


Segundo a teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget, assinale a
alternativa correta.
(A) No período pré-operatório, há adaptações sensório- motoras intencionais.

17
(B) O período das operações concretas é marcado pela entrada na adolescência.

2:
:0
(C) O período pré-operatório também é conhecido por fase da personalidade

17
polivalente.

7
01
(D) Por volta dos 7 aos 12 anos de idade, surgem as noções de conservação de

/2
10
substâncias e posteriormente, de conservações espaciais e conservações numéricas.

1/
-3
(E) É por meio da experiência e do exercício operatório formal que se organizam,

om
progressivamente, as condutas significantes e intencionais.

l.c
ai
tm
ho
19. AOCP – EMPAER – Psicólogo – 2014

@
De acordo com o sistema concebido por Piaget para explicar o26
sg
desenvolvimento, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.
a.
or

(A) Na concepção de Piaget, a criança pode empregar todas as fontes e formas de


eb
-d

informação no processo de construção do conhecimento.


7
-0

(B) Os fatores sociais influenciam a desequilibração individual através do conflito


85

cognitivo e sinalizam estabilidade, na construção do conhecimento.


.3
02

(C) Para Piaget, o conhecimento anterior é reconstruído diante da equilibração


.2
33

socialmente provocada;
-0
ES

(D) O ponto de vista de Piaget é o de que a nova construção do conhecimento não se


ED

faz através de uma construção anterior, mas sempre pela capacidade de criação
U

espontânea.
G
ZA

(E) A atividade intelectual é concebida como parte desmembrada do funcionamento


U

total do organismo para fins de pesquisa, na visão de Piaget. 46


SO
E
ID
EL

20. AOCP – EMPAER – Psicólogo – 2014


SU

Respeitando os conceitos da teoria do desenvolvimento de Piaget, preencha


A
R

as lacunas e assinale a alternativa correta.


O
EB

“______________ é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra um


D

novo dado perceptual, motor ou conceitual nos _______________. É uma


parte do processo pelo qual o indivíduo _________________ se
_______________ ao ambiente e se organiza.”
(A) Assimilação / esquemas / cognitivamente / adapta
(B) Acomodação / grupos / emocionalmente / manifesta
(C) Zona de desenvolvimento potencial / esquemas / cognitivamente / manifesta
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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros
(D) Assimilação / potenciais cognitivos / emocionalmente / caracteriza
(E) Acomodação / esquemas / intuitivamente / protege

21. AOCP – Colégio Pedro II – Psicólogo – 2013


Em relação ao desenvolvimento na teoria de Vygotsky, assinale a
alternativa correta.
(A) O desenvolvimento é definido como um processo culturalmente organizado,

17
processo do qual a aprendizagem em contextos de ensino será um momento interno

2:
e necessário.

:0
17
(B) Os processos psicológicos superiores são o estado avançado dos processos

7
01
elementares, que por sua evolução intrínseca se regridem aos superiores.

/2
10
(C) São atributos diferenciais dos processos psicológicos elementares, o fato de se

1/
valerem, em sua organização, do uso de instrumentos de mediação.

-3
om
(D) São atributos diferenciais dos processos psicológicos singulares, o fato de

l.c
estarem constituídos na vida social e serem específicos dos seres humanos.

ai
tm
(E) Para teoria de Vygotsky, não há distinção entre o processo psicológico superior e

ho
@
o processo psicológico elementar. 32
26
sg
a.
or

22. AOCP – Colégio Pedro II – Psicólogo – 2013


eb
-d

Em relação ao termo “Zona de Desenvolvimento Proximal”, na teoria de


7

Vygotsky, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s)


-0
85

correta(s).
.3
02

I. A zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível real


.2

de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver


33
-0

independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento


ES

potencial, determinado pela orientação de alguém com maior


ED

capacidade.
U
G

II. O que cria a zona de desenvolvimento proximal é um traço


ZA

essencial de aprendizagem.
U
SO

III. A aprendizagem inibe uma série de processos evolutivos internos


E

capazes de operar apenas quando a criança está em interação com as


ID
EL

pessoas de seu meio e em cooperação com algum semelhante.


SU

IV. O conceito de zona de desenvolvimento proximal remete aos


A
R

processos de constituição dos processos psicológicos superiores.


O
EB

(A) Apenas I.
D

(B) Apenas III.


(C) Apenas I, II e IV.
(D) Apenas I e IV.
(E) I, II, III e IV. 33

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Curso de Psicologia para o ITEP-RN – Professor Alyson Barros
23. AOCP – Colégio Pedro II – Psicólogo – 2013
De acordo com a teoria do desenvolvimento de Piaget, assinale a alternativa
correta.
(A) Piaget concluiu que todas as espécies herdam três tendências básicas, sendo: a
organização, a adaptação e a aproximação.
(B) Para Piaget, à medida que os processos de pensamento de uma pessoa se tornam
mais organizados e novos esquemas se desenvolvem, o comportamento torna-se
menos sofisticado e inadequado.

17
(C) Para Piaget, os esquemas são os elementos básicos do comportamento, ou seja,

2:
:0
são sistemas organizados apenas de comportamentos que impedem a representação

17
mental.

7
01
/2
(D) Segundo Piaget, adaptação envolve dois processos, sendo a assimilação e

10
acomodação.

1/
-3
(E) Segundo Piaget, acomodação ocorre quando as pessoas usam seus esquemas

om
existentes com a finalidade de atribuir sentido aos eventos de seu mundo. 34

l.c
ai
tm
ho
24. AOCP – Colégio Pedro II – Psicólogo – 2013

@
26
De acordo com os estágios do desenvolvimento cognitivo da teoria de
sg
Piaget, assinale a alternativa correta.
a.
or
eb

(A) O estágio depois do sensório-motor é chamado de pré- operacional, porque a


-d

criança adquiriu pleno domínio das operações mentais.


7
-0

(B) Segundo Piaget, o primeiro passo na passagem da ação para o pensamento é a


85
.3

externalização da ação, ou seja, realizar uma ação fisicamente em vez de


02

mentalmente.
.2
33

(C) O período operacional concreto é marcado pelo uso gradual da linguagem e a


-0

capacidade de pensar de forma simbólica.


ES
ED

(D) No estágio pré-operacional, os indivíduos compreendem as leis da conservação.


U
G

(E) No estágio das operações formais, as pessoas desenvolvem o interesse por


ZA

questões sociais e identidade.


U
SO
E
ID

25. AOCP – Colégio Pedro II – Psicólogo – 2013


EL
SU

Preencha as lacunas a seguir e assinale a alternativa correta. Segundo


Piaget, o desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento afetivo e o
A
R

desenvolvimento ______________________ são inseparáveis. Considerou que


O
EB

as relações infantis ocorrem entre iguais, a ______________ torna-se uma


D

possibilidade real. Descreve que embora o comportamento seja


parcialmente socializado, evidenciado desde o inicio da
_________________________ falada, afirma que é em torno dos
_____________________ com o nascimento das operações cognitivas e com o
fim do _______________________, que ocorre o progresso da cooperação.
(A) social / representação / linguagem / 2 ou 3 anos / egocentrismo
(B) moral / cooperação / sílabas / 7 ou 8 anos / equilíbrio
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(C) social / cooperação / linguagem / 7 ou 8 anos / egocentrismo
(D) moral / reprodução / linguagem / 5 ou 6 anos / egocentrismo
(E) operacional / cooperação / sílabas / 7 ou 8 anos / equilíbrio

26. AOCP – CISMEPAR – Psicólogo – 2011


O sistema concebido por Piaget para explicar o desenvolvimento intelectual
foi grandemente influenciado pela sua formação e seu trabalho como

17
biólogo, onde ele tomou conhecimento da interação dos moluscos com seu

2:
meio ambiente, convencendo-se de que a mente e o corpo não funcionam

:0
17
independentemente um do outro e que a atividade mental submete-se às

7
mesmas leis que ordinariamente governam a atividade biológica, de forma

01
/2
que, para ele, os atos intelectuais sejam entendidos como atos de

10
organização e adaptação ao meio. Baseado na afirmativa acima, assinale a

1/
-3
alternativa que identifica os conceitos cognitivos corretos básicos da teoria

om
de Piaget.

l.c
(A) Piaget usou o termo esquema para ajudar a explicar porque as pessoas

ai
tm
apresentam respostas mais ou menos estáveis aos estímulos e para explicar

ho
fenômenos associados à memória.

@
26
(B) Assimilação é a criação de novos esquemas ou a modificação de velhos esquemas.
sg
a.

(C) Acomodação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra um novo dado
or
eb

perceptual, motor ou conceitual nas assimilações.


-d

(D) Equilibração é um estado, definido por Piaget, de balanço entre esquema e


7
-0

acomodação, que permite que a experiência interna seja exteriorizada em novos


85
.3

comportamentos.
02
.2

(E) Para entender o processo de organização e adaptação intelectual, como visto por
33

Piaget, dois conceitos cognitivos precisam ser dominados. São eles os conceitos de
-0

trauma e inconsciente.
ES
ED
U
G

27. AOCP – Prefeitura do Fundão/ES – Psicólogo – 2014


ZA
U

Sobre o processo de desenvolvimento e aprendizagem, observando as


SO

considerações dos autores Piaget e Vigotski, analise as assertivas e assinale


E
ID

a alternativa que aponta a(s) correta(s).


EL

I. Para Piaget, o desenvolvimento está à frente da aprendizagem, ou


SU

seja, a base biológica é predominante sobre a base histórico-social.


A
R
O

II. Para Vigotski, a aprendizagem está à frente do desenvolvimento,


EB

ou seja, o processo de aprendizagem promove o desenvolvimento.


D

III. Conforme Piaget, o processo de aprendizagem gera, arrasta e


alavanca o desenvolvimento.
IV. Conforme Vigotski, a aprendizagem mobiliza o pensamento,
provoca generalizações e estimula a capacidade de se estabelecerem
relações, e este processo permite o desenvolvimento.
(A) Apenas I.

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(B) Apenas I, II e III.
(C) Apenas I, II e IV.
(D) Apenas III.
(E) Apenas II e IV.

Questões Comentadas e Gabaritadas

17
2:
:0
17
7
Ih, só na aula que vem. Prometo que começo comentando cada questão e

01
/2
apontando o gabarito. A partir da próxima aula todas as questões serão comentadas

10
na própria aula. Combinado?

1/
-3
Enquanto isso não ocorre, pesquise!

om
l.c
ai
tm
ho
@
26
sg
a.
or
eb
-d

Avisos Finais
7
-0
85
.3
02

Meus queridos, esta aula é, sem dúvida, a mais simples de toda a nossa
.2
33

preparação para o ITEP-RN. Quero que peguem a bagagem de mão e nos sigam nessa
-0

travessia por mais de 200 questões (provavelmente mais de 300), até a sua
ES

aprovação. Preciso que se dispa de toda ansiedade, desmotivação, toda ansiedade,


ED

todo preconceito, toda ansiedade, todo método de estudo falho e, principalmente,


U
G

toda ansiedade. Baixe a cabeça, estude de acordo com o nosso cronograma,


ZA

RESOLVA QUALQUER ANSIEDADE e revise todo santo dia. Por experiência própria
U
SO

posso dizer que: muitos entrarão neste grande curso, mas poucos estarão na semana
final aptos ao primeiro lugar!
E
ID
EL

Será muito fácil se sabotar e migrar para outros concursos que surgirem. Mas,
SU

todo mundo faz isso. Você é todo mundo? Não. Você é a pessoa que vai passar!
A


R
O


EB

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17
2:
:0
17
7
01
/2
10
1/
-3
om
l.c
ai
tm
ho
@
26
sg
a.
or
eb
-d

Psicologia Nova
7
-0
85
.3
02
.2
33
-0

Os melhores cursos para os melhores alunos.


ES
ED

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U
G
ZA
U
SO
E
ID
EL
SU

Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades,


A
R
O
EB

lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram


D

conquistadas do que parecia impossível.

Charles Chaplin

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