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PSICODIAGNÓSTICO ........................................................................................................... 4
DEFINIÇÕES BÁSICAS......................................................................................................... 5
Cunha ........................................................................................................................... 5
Hutz, Bandeira, Trentini, Krug ...................................................................................... 5
Ocampo e Arzeno.......................................................................................................... 6
PASSOS DO PSICODIAGNÓSTICO ......................................................................................... 6
Cunha ........................................................................................................................... 6
Rigoni e Sá (in Hutz, Bandeira, Trentini, Krug) ............................................................. 6
Ocampo e Arzeno.......................................................................................................... 7
08
FINALIDADES DO PSICODIAGNÓSTICO (CUNHA E BANDEIRA, TRENTINI, KRUG) ................. 7
4:
:5
Classificação simples .................................................................................................... 7
21
Descrição ..................................................................................................................... 7
0
02
Classificação nosológica............................................................................................... 8
/2
Diagnóstico diferencial ................................................................................................. 8
02
Avaliação compreensiva ............................................................................................... 8
4/
-1
Entendimento dinâmico ................................................................................................. 8
Prevenção ..................................................................................................................... 8
om
Prognóstico .................................................................................................................. 8
l.c
ai
Perícia forense *........................................................................................................... 8
gm
ENTREVISTA ...................................................................................................................... 12
88
Informações básicas.................................................................................................... 15
el
1
OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO (WELLAUSEN; OLIVEIRA IN HUTZ; BANDEIRA;
TRENTINI; KRUG) .............................................................................................................. 26
EXAME DO ESTADO MENTAL ............................................................................................. 27
OBSERVAÇÃO LÚDICA (WERLANG IN CUNHA; EFRON E COLS IN OCAMPO E
ARZENO) .......................................................................................................................... 28
ASPECTOS HISTÓRICOS E INFORMAÇÕES INICIAIS ............................................................. 28
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA TÉCNICA........................................................................... 30
Escolha de brinquedos e jogos .................................................................................... 31
08
4:
Modalidades de brinquedo .......................................................................................... 32
:5
Motricidade ................................................................................................................ 33
21
Personificação ............................................................................................................ 33
0
02
Criatividade ................................................................................................................ 34
/2
Capacidade simbólica ................................................................................................. 34
02
Tolerância à frustração............................................................................................... 35
4/
-1
Adequação à realidade ............................................................................................... 35
om
O JOGO DO RABISCO ........................................................................................................ 36
l.c
O BRINCAR E AS ESTRUTURAS PSÍQUICAS ........................................................................ 37
ai
O brincar da criança psicótica .................................................................................... 37
gm
O brincar da criança neurótica ................................................................................... 38
@
Introdução .................................................................................................................. 41
lL
ra
Administração............................................................................................................. 42
ia
tíc
Interpretação .............................................................................................................. 42
Le
Cor ............................................................................................................................. 48
Inquérito posterior ao desenho.................................................................................... 49
TAT – TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA....................................................................... 49
Introdução .................................................................................................................. 49
Sobre a administração do teste.................................................................................... 50
Análise das histórias ................................................................................................... 51
Interpretação da pontuação ........................................................................................ 52
RORSCHACH – SISTEMA COMPREENSIVO .......................................................................... 53
Introdução .................................................................................................................. 53
Procedimento de aplicação ......................................................................................... 53
Localização e qualidade evolutiva............................................................................... 55
Determinantes............................................................................................................. 56
Qualidade formal ........................................................................................................ 58
| 2
Conteúdo .................................................................................................................... 58
Atividade organizativa ................................................................................................ 59
Códigos especias ........................................................................................................ 59
ESCALAS WESCHER......................................................................................................... 62
WISC III – Escala Weschler para crianças (6-16 anos) ............................................... 62
WAIS III – Escala Weschler para adultos (16-89 anos) ............................................... 63
WISC IV – Escala Weschler para crianças (6-16 anos) ............................................... 65
BENDER .......................................................................................................................... 66
O enfoque projetivo .................................................................................................... 66
08
O enfoque objetivo ...................................................................................................... 67
4:
:5
PROCEDIMENTO DE DESENHOS-ESTÓRIAS (D-E) ............................................................. 70
21
Introdução .................................................................................................................. 70
0
02
Natureza e características ........................................................................................... 70
/2
Referenciais de análise de conteúdo ............................................................................ 71
02
Procedimento de Desenhos de Famílias com Estórias (DF-E) ..................................... 73
4/
-1
CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO E AS INFLUÊNCIAS DA FAMÍLIA E
om
DA SOCIEDADE NO DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE ...................... 74
l.c
A CONCEPÇÃO INATISTA.................................................................................................. 74
ai
A CONCEPÇÃO AMBIENTALISTA....................................................................................... 75
gm
| 3
QUESTÕES ..................................................................................................................... 129
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS........................................................ 146
FONTES:
Psicodiagnóstico V. Jurema Alcides Cunha
Psicodiagnóstico. Hutz, Bandeira, Trentini, Krug
Técnicas de Exame Psicológico. Luiz Pasquali
Psicometria. Hutz, Bandeira, Trentini.
08
4:
Avaliação Psicológica, conceitos, métodos e instrumentos. Alchieri, Cruz
:5
21
Resoluções do CFP
0
Manuais: Rorschach, sistema compreensivo, TAT, HTP
02
/2
Fontes: Psicologia na Educação. Davis; Oliveira
02
Desenvolvimento humano. Papalia
4/
-1
Fundamentos psicanalíticos. David Zimerman
om
Teorias da personalidade. Fadiman, Frager
l.c
Personalidade, teoria e pesquisa. Pervin, John
ai
gm
Erikson e a teoria psicossocial do desenvolvimento. Rabelo; Passos
@
(https://josesilveira.com/wp-content/uploads/2018/07/Erikson-e-a-teoria-
si
sp
psicossocial-do-desenvolvimento.pdf)
le
le
14982016000100131)
1
04.pdf)
.6
(http://www.scielo.br/pdf/prc/v17n3/a04v17n3.pdf)
el
(http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
C
ia
52672005000100003)
tíc
Le
Psicodiagnóstico
| 4
Antes de partir para as definições e o estudo do psicodiagnóstico propriamente
dito, precisamos responder a uma pergunta inicial:
08
4:
arma de fogo, avaliação para Carteira Nacional de Habilitação, avaliação
:5
21
em psicologia do esporte etc); psicodiagnóstico é uma das “sub-áreas” da
0
avaliação psicológica, uma de suas possíveis aplicações. Nas palavras de
02
/2
Jurema Alcides Cunha (2008, p. 23): “Avaliação psicológica é um conceito
02
muito amplo. Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com
4/
-1
propósitos clínicos e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação
om
psicológica de diferenças individuais.”
l.c
ai
gm
Definições básicas
@
si
sp
Cunha
le
le
ia
ic
aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível,
.9
88
•
ab
| 5
OBS: Na definição de Cunha, subentende-se que a aplicação de testes é
imprescindível na operacionalização do processo psicodiagnóstico
(“técnicas e testes”). Já na definição de Hutz, Bandeira, Trentini e Krug esta
necessidade é relativizada (“técnicas e/ou testes”).
Ocampo e Arzeno
08
4:
e com um contrato no qual uma pessoa (o paciente) pede que a ajudem, e
:5
21
outra (o psicólogo) aceita o pedido e se compromete a satisfazê-lo na
0
medida de suas possibilidades. É uma situação bipessoal (psicólogo-
02
/2
paciente ou psicólogo-grupo familiar), cujo objetivo é conseguir uma
02
descrição e compreensão, o mais profunda e completa possível da
4/
-1
personalidade total do paciente ou do grupo familiar.
om
• Enfatiza também a investigação de algum aspecto em particular, segundo a
l.c
sintomatologia e as características de indicação (se houver). Abrange
ai
gm
Passos do psicodiagnóstico
et
-l
1
-1
Cunha
21
.9
88
psicológico;
Le
| 6
1) Determinar os motivos da consulta e/ou do encaminhamento e levantar
dados sobre a história pessoal;
2) Definir as hipóteses e os objetivos do processo de avaliação.
Estabelecer o contrato de trabalho;
3) Estruturar um plano de avaliação;
4) Administrar as estratégias e os instrumentos de avaliação;
5) Corrigir ou levantar, qualitativa e quantitativamente, as estratégias e os
instrumentos de avaliação;
08
4:
6) Integrar os dados colhidos, relacionados com as hipóteses iniciais e
:5
21
com os objetivos da avaliação;
0
7) Formular as conclusões, definindo potencialidades e vulnerabilidades;
02
/2
8) Comunicar os resultados por meio de entrevista de devolução e de um
02
laudo/relatório psicológico. Encerrar o processo de avaliação.
4/
-1
om
Ocampo e Arzeno
l.c
ai
gm
1) Primeiro contato e entrevista inicial com o paciente;
@
Krug)
21
.9
88
Classificação simples
ra
ab
C
Descrição
| 7
Classificação nosológica
Diagnóstico diferencial
08
diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da
4:
patologia.
:5
21
0
Avaliação compreensiva
02
/2
02
4/
É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas
-1
funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para
om
facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos
mesmos.
l.c
ai
gm
@
Entendimento dinâmico
si
sp
le
le
clínica, havendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a
et
-l
terapêuticos.
.9
88
.6
35
Prevenção
-0
es
difíceis e estressantes.
ab
C
ia
tíc
Prognóstico
Le
Perícia forense *
| 8
* OBS: a última finalidade, perícia forense, é precisamente o ponto de discordância
relatado no início da presente sessão. Enquanto Cunha a considera uma finalidade
possível do psicodiagnóstico, Bandeira, Trentini e Krug discordam, por
entenderem que “na perícia forense, o objetivo, na maioria das vezes, é responder
a quesitos legais, solicitados pelo juiz” e trazem a reflexão de Sonia Rovinski, que
afirma que “a avaliação forense, mais especificamente, quando exercida como
atividade pericial, diferencia-se em muitos aspectos daquela realizada no contexto
clínico. A não diferenciação de tais padrões de avaliação acaba por gerar conflitos
08
4:
de papéis e, consequentemente, condutas anti-ética.”, acrescentando ainda que,
:5
21
no contexto forense, “fenômenos como simulação e dissimulação conscientes,
0
inerentes a essa realidade avaliativa, acabam exigindo cuidados técnicos
02
/2
específicos, que diferem daqueles eminentemente clínicos (Hutz, Bandeira,
02
Trentini, Krug, 2016, p. 25).
4/
-1
om
O processo psicodiagnóstico (Cunha)
l.c
ai
gm
entrevista
lL
ra
ab
Contrato de trabalho
C
ia
tíc
Le
| 9
• Processo pelo qual se procura identificar recursos que permitam
estabelecer uma relação entre as perguntas iniciais e suas possíveis
respostas
• Consiste em traduzir as questões iniciais em termos de técnicas e testes
• Quando o objetivo do exame já é bem definido antes do primeiro contato
com o paciente, a entrevista inicial já é parte do plano de avaliação
Bateria de testes
08
4:
:5
21
• Conjunto de testes ou de técnicas que podem variar de dois a cinco ou
0
02
mais instrumentos, incluídos no processo psicodiagnóstico para fornecer
/2
subsídios que possam confirmar ou infirmar as hipóteses iniciais,
02
4/
atendendo o objetivo da avaliação
-1
• Duas razões principais para se ter uma bateria de testes:
om
l.c
ai
a) Nenhum teste, isoladamente, proporciona uma avaliação abrangente da
gm
a) Padronizadas
1
-1
21
Objetivos explícitos
.9
▪
88
b) Não padronizadas
el
lL
ra
▪
C
| 10
▪ A situação deve ser manejada de modo a não somente diminuir a
ansiedade inicial do paciente, mas a leva-lo a uma atitude de cooperação
08
dos testes e técnicas psicológicas agendadas no início do trabalho.
4:
:5
21
Levantamento, análise, interpretação e integração dos
0
02
dados
/2
02
4/
-1
• Revisão das observações feitas
om
• Exame da história clínica
l.c
• Recapitular as hipóteses inicialmente e no decorrer do processo, tendo em
ai
gm
mente os objetivos do exame
@
pretende atingir
.9
88
a) Sujeito ou examinando
ia
tíc
b) Psicólogo
Le
| 11
• A forma de comunicação é definida pela identidade do receptor e pela
qualidade do receptor
Entrevista
08
É uma entrevista semidirigida:
4:
:5
21
O paciente tem liberdade para expor seus problemas começando por onde
0
02
preferir e incluindo o que desejar;
/2
02
Permite que o campo psicológico configurado pelo entrevistador e pelo
4/
paciente se estruture em função de vetores assinalados pelo paciente;
-1
om
l.c
❖ Razões para a entrevista ser semidirigida:
ai
gm
continuar;
.6
35
angústia;
es
el
seguida, trabalhar com a entrevista livre e, por último, adotar técnica diretiva para
Le
preencher lacunas.
| 12
b) Transferência e contratransferência
c) Classe de vínculo que estabelece com os outros
d) Ansiedades predominantes
e) Condutas defensivas utilizadas habitualmente
f) Aspectos patológicos e adaptativos
g) Diagnóstico e prognóstico
08
4:
:5
21
1) Perceber a primeira impressão e ver se ela se mantém ao longo da
0
entrevista;
02
/2
2) Considerar o que o paciente verbaliza e avaliar as características da
02
linguagem;
4/
-1
3) Estabelecer o grau de coerência ou discrepância entre o que foi
om
verbalizado e o que foi captado através da linguagem não verbal;
l.c
4) Planejar a bateria de testes mais adequada; ai
gm
5) Estabelecer um bom rapport;
@
com o psicólogo;
-l
1
| 13
A entrevista é o único procedimento capaz de adaptar-se à diversidade de
situações clínicas relevantes e fazer explicitar particularidades que escapam a
outros procedimentos, principalmente os padronizados. Do mesmo modo, a
entrevista é a única técnica capaz de testar os limites de aparentes contradições e
de tornar explícitas características indicadas pelos instrumentos padronizados,
dando a eles validade clínica
08
4:
• Entrevista clínica tem a característica de ser dirigida (Cuidado, não
:5
21
confunda os autores, ambos são consagrados. Leve as duas visões para a
0
prova, a de Ocampo e Arzeno, que definem a entrevista inicial como
02
/2
semidirigida e a de Tavares que define a entrevista clínica como
02
dirigida):
4/
-1
om
a) Mesmo nas entrevistas livres, o entrevistador precisa reconhecer
l.c
seus objetivos; ai
gm
b) É no intuito de alcançar os objetivos da entrevista que o
@
entrevistador.
.9
88
.6
❖ Responsabilidades do entrevistador:
35
-0
es
periódicas.
ab
C
ia
informações
Le
| 14
Obs: tais resistências, se esclarecidas, tornam-se fontes de
compreensão da dinâmica do sujeito
08
4:
O maior desafio da entrevista clínica é o de criar um clima que facilite
:5
21
a interação nesse contexto e a abertura para o exame de questões
0
íntimas e pessoais
02
/2
02
Função da delimitação temporal entre a entrevista inicial e o processo terapêutico:
4/
-1
om
a) explicitar as diferenças de objetivos dos dois procedimentos e dos
l.c
papéis diferenciados do profissional nas duas situações
ai
gm
b) definir o setting e fortalecer o contrato terapêutico.
@
si
sp
Informações básicas
et
-l
1
-1
| 15
a) Aberta
08
4:
consiste em perguntar, nem no propósito de recolher dados da
:5
21
história do entrevistado
0
▪ A liberdade do entrevistador reside numa flexibilidade suficiente
02
/2
para permitir, na medida, do possível, que o entrevistado configure
02
o campo da entrevista segundo sua estrutura psicológica particular,
4/
-1
ou seja, que o campo da entrevista se configure, o máximo possível,
om
pelas variáveis que dependem da personalidade do entrevistado
l.c
▪ Possibilita uma investigação mais ampla e profunda da
ai
gm
personalidade do entrevistado
@
si
sp
b) Fechada
le
le
ia
▪
et
disposições
-1
21
▪ É, na realidade, um questionário
.9
▪
.6
grupo.
Le
| 16
Uma diferença fundamental é que, excetuando o primeiro tipo de
entrevista (em benefício do entrevistado), os dois outros requerem
que o entrevistador desperte interesse e participação, que motive o
entrevistado
08
4:
ser prestada ou satisfeita de formas diversas, uma das quais pode ser a entrevista.
:5
21
0
Consulta não é sinônimo de entrevista, a entrevista é apenas um dos
02
/2
procedimentos de que o profissional dispõe para atender a uma consulta.
02
4/
-1
A entrevista não é uma anamnese. A anamnese implica uma compilação de
om
dados preestabelecidos, de tal amplitude e detalhe, que permita obter uma
l.c
síntese tanto da situação presente, quanto da história de um indivíduo, de sua
ai
gm
doença e de sua saúde.
@
paciente fica reduzido a um mediador entre sua enfermidade, sua vida e seus
le
le
relação estabelecida com o técnico, durante o tempo que essa relação durar.
.9
88
.6
A regra básica não consiste em obter dados completos da vida total de uma
pessoa, mas em obter dados completos de seu comportamento no decorrer da
entrevista. Este comportamento inclui o que é recolhido através da função de
escutar, mas também da função de vivenciar e observar, incluindo assim as três
áreas do comportamento do entrevistado.
| 17
a) Da psicanálise: dimensão inconsciente do comportamento, da
transferência e da contratransferência, da resistência e repressão, da
projeção e introjeção etc.
b) Da Gestalt: a compreensão da entrevista como um todo no qual o
entrevistador é um de seus integrantes.
c) Da topologia: o reconhecimento do campo psicológico e suas leis, bem
como o enfoque situacional.
d) Do behaviorismo: a importância da observação do comportamento.
08
4:
:5
21
A entrevista pode ser considerada, em certa medida, da mesma forma que o tubo
0
de ensaio para o químico.
02
/2
02
A entrevista como campo
4/
-1
om
A diferença básica entre a entrevista e qualquer outro tipo de relação interpessoal
l.c
é que a regra fundamental da entrevista é procurar fazer com que o campo seja
ai
gm
configurado especialmente (e em seu maior grau) pelas variáveis que dependem
@
do entrevistado.
si
sp
dela.
-1
21
.9
88
b) Os objetivos
ab
c) O lugar
C
ia
d) O tempo da entrevista
tíc
Le
O campo da entrevista não é fixo e sim dinâmico, o que significa que ele está
sujeito a uma permanente mudança e que a observação se deve estender do
campo específico existente em cada momento à continuidade e sentido dessas
mudanças.
| 18
a) O entrevistador, incluindo sua atitude, sua dissociação instrumental,
contratransferência, identificação etc.
b) O entrevistado, incluindo-se aqui transferência, estruturas de
comportamento, traços de caráter, ansiedades, defesas etc.
c) A relação interpessoal, na qual se inclui a interação entre os
participantes, o processo de comunicação, o problema da ansiedade
etc.
08
4:
O observador participante
:5
21
0
Na entrevista, o entrevistador é parte do campo, quer dizer, em certa medida
02
/2
condiciona os fenômenos que ele mesmo vai registrar. A máxima objetividade só
02
pode ser alcançada quando se incorpora o sujeito observador como uma das
4/
-1
variáveis do campo.
om
l.c
Toda conduta se dá sempre num contexto de vínculos e relações humanas e a
ai
gm
entrevista não é uma distorção das pretendidas condições naturais e sim o
@
Entrevista e investigação
ia
ic
et
-l
seu transcurso.
es
el
O grupo na entrevista
| 19
Nesse processo, a palavra tem um papel de enorme gravitação, no entanto
também a comunicação pré-verbal intervém ativamente: atitudes, timbres e
tonalidade afetiva da voz etc.
08
4:
Ansiedade na entrevista
:5
21
0
A ansiedade constitui um indicador do desenvolvimento de uma entrevista e deve
02
/2
ser atentamente acompanhada pelo entrevistador, tanto a que se produz nele
02
como a que aparece no entrevistado.
4/
-1
om
Deve-se estar atento não somente ao seu aparecimento como também ao seu grau
l.c
de intensidade, porque, embora dentro de determinados limites a ansiedade seja
ai
gm
um agente motor da relação interpessoal, pode perturbá-la totalmente e fugir
@
somente a situação externa nova, mas também o perigo daquilo que desconhece
1
instrumentalizá-la.
ab
C
ia
O entrevistador
| 20
agravante de que o objeto que deve estudar é outro ser humano, de tal maneira
que, ao examinar a vida dos demais, se acha diretamente implicada a revisão e o
exame de sua própria vida, de sua personalidade, conflitos e frustrações.
Na sua atuação, o entrevistador deve estar dissociado: em parte, atuar com uma
identificação projetiva com o entrevistado e, em parte, permanecer fora desta
identificação, observando e controlando o que ocorre, de maneira a graduar o
impacto emocional e a desorganização ansiosa. Essa dissociação com que o
08
4:
entrevistador trabalha é, por sua vez, funcional ou dinâmica, no sentido de que
:5
21
projeção e introjeção devem atuar permanentemente, e deve ser suficientemente
0
plástica ou porosa para que possa permanecer nos limites de uma atitude
02
/2
profissional.
02
4/
-1
O entrevistador tem que desempenhar os papeis que lhe são fomentados pelo
om
entrevistado, mas sem assumi-los totalmente.
l.c
ai
gm
O entrevistado
@
si
sp
De modo geral, para que uma pessoa procure uma entrevista, é necessário que
le
le
tenha chegado a uma certa preocupação ou insight de que algo não está bem.
ia
ic
et
-l
recaia sobre:
tíc
Le
a) A área da mente
b) Do corpo
c) Do mundo exterior
| 21
Aquele que vem à consulta é sempre um emergente dos conflitos grupais da
família. O que vem sozinho é o representante de um grupo familiar esquizoide, em
que a comunicação dos membros é precária. Quando comparecem vários
membros da família é o grupo epileptoide, viscoso ou aglutinado, no qual há uma
falta na personificação de seus membros, com alto grau de simbiose ou
interdependência. O que vem acompanhado por uma pessoa, familiar ou amigo é
o fóbico.
08
4:
O funcionamento da entrevista
:5
21
0
Aquilo que o entrevistador oferece deve ser suficientemente ambíguo para
02
/2
permitir o maior engajamento da personalidade do entrevistado. Os fatores
02
relativos ao enquadramento não devem ser ambíguos: tempo, lugar e papel
4/
-1
técnico do profissional.
om
l.c
Perguntas devem ser diretas e sem subterfúgios, sem segundas intenções,
ai
gm
adequadas à situação e ao grau de tolerância do ego do entrevistado. A abertura
@
A interpretação
C
ia
tíc
Le
| 22
Uma indicação fundamental para guiar a interpretação é sempre o benefício do
entrevistado e não a descarga de uma ansiedade do entrevistador. Convém que o
entrevistador principiante se limite primeiro, e durante algum tempo, a
compreender o entrevistado, até que adquira experiência e conhecimento
suficientes para utilizar a interpretação.
08
4:
como sendo o centro ou o motivo da entrevista. Frequentemente uma entrevista
:5
21
tem êxito quando consegue esclarecer qual é o verdadeiro problema que está por
0
trás daquilo que é trazido de modo manifesto.
02
/2
02
Toda interpretação fora de contexto e de timing é uma agressão, e parte da
4/
-1
formação do psicólogo consiste, também, em aprender a calar.
om
l.c
• A regra de ouro: é tanto mais necessário calar-se quanto maior for a
ai
gm
compulsão para interpretar.
@
si
sp
Estruturadas
.9
88
.6
Livre estruturação
tíc
Le
Semi-estruturadas
| 23
▪ Aumenta a confiabilidade/fidedignidade da informação obtida
▪ São de utilidade em settings onde é necessária ou desejável a padronização
de procedimento e registro de dados
Entrevista de triagem
08
4:
:5
▪ Objetivo principal: avaliar a demanda do sujeito e fazer um
21
encaminhamento
0
02
▪ Utilizada geralmente em: serviços de saúde pública e clínicas sociais
/2
02
4/
-1
Entrevista de anamnese
om
l.c
▪ ai
Objetivo principal: o levantamento detalhado da história do
gm
▪
sp
Entrevista de diagnóstico
1
-1
21
▪
de um quadro ou síndrome
es
el
abordagem teórica
C
ia
tíc
Entrevista sistêmica
Le
Entrevista de devolução
| 24
▪ Avaliação e devolução, em alguns casos, podem ser integradas em uma
mesma sessão
▪ Permite ao sujeito expressar seus pensamentos e sentimentos em relação
às conclusões e recomendações do entrevistador
▪ Permite ao entrevistador avaliar as reações do entrevistado
▪ Ajuda o sujeito a compreender as conclusões e recomendações e a remover
fantasias ou distorções contraproducentes em relação a suas necessidades
▪ Pode ser simples, quando o motivo que levou à procura do processo puder
08
4:
ser atendido em um procedimento terapêutico ou complexa, quando
:5
21
necessita de mais de uma sessão.
0
▪ Ao realizar a devolutiva, o psicólogo deve orientar a quem de direito sobre
02
/2
os encaminhamentos apropriados, a partir da prestação de serviços
02
psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os documentos pertinentes
4/
-1
ao bom termo do trabalho
om
Entrevistas para a aplicação de testes (Ocampo e Arzeno) l.c
ai
gm
@
demais
le
le
ia
ic
número de testes:
-0
es
Natureza do teste
Natureza do caso em questão
| 25
c) O teste que mobiliza a conduta que corresponde ao sintoma nunca
deve ser o primeiro
d) Os testes mais ansiogênicos devem estar nas últimas entrevistas
e) Testes gráficos são os mais adequados para iniciar o exame
psicológico, porque:
08
4:
difíceis de modificar
:5
21
Testes lúdicos permitem explorar o manejo do espaço
0
tridimensional
02
/2
02
Bateria padrão
4/
-1
om
a) Deve incluir testes gráficos, verbais e lúdicos
l.c
b) Testes de inteligência devem estar no final da bateria, porque:
ai
gm
@
c) Se são vários testes de inteligência, todos por último, se é apenas um, deve
.9
88
| 26
fenômeno a ser observado, assim como a sistematização do registro e codificação
do que deve ser observado. Categorias prévias são estabelecidas como guias de
orientação para o observador. Esse método pode ser empregado em ambos os
contextos: naturalístico e laboratorial.
Esse tipo de observação pode ter como objetivos:
08
4:
2) Quantificar e comparar os dados observados e codificados com outras
:5
21
variáveis e/ou casos.
0
02
/2
Note-se que modelos mistos ou intermediários entre os dois apresentados
02
(assistemáticos e sistemáticos) podem ser encontrados na literatura e na prática
4/
-1
clínica. Salienta-se que os métodos sistemáticos de observação do
om
comportamento têm desenvolvido novos modelos de registro, codificação e
l.c
análise de resultados. ai
gm
@
mental, mas com sintomas presentes) e das condições clínicas de outra natureza
-0
semiestruturadas.
ra
ab
C
Por outro lado, o próprio Osório afirma que o Exame do Estado Mental, o Mini
ia
Barlow (2016) afirma que o Exame do Estado Mental cobre cinco categorias:
1) Aparência e comportamento;
2) Processos de pensamento;
3) Humor e afeto;
| 27
4) Funcionamento intelectual;
5) Orientação.
08
4:
2) Sensopercepção: capacidade de captar as sensações, através de receptores
:5
21
sensoriais, e transformá-las em imagens ou sensações no sistema nervoso
0
central;
02
/2
3) Memória: função psicológica que garante o elo temporal da vida psíquica;
02
4) Orientação: capacidade de consciência têmporo-espacial;
4/
-1
5) Consciência: capacidade de o indivíduo se dar conta do que está ocorrendo
om
dentro e ao redor de si, ao alcance do seu sensório;
l.c
6) Pensamento: aptidão para elaborar conceitos, articulá-los em juízos e, com
ai
gm
base nisso, construir raciocínios;
@
da de Erné. Entretanto, vale a pena trazê-la aqui em virtude dela estar num dos
lL
ra
| 28
A partir do caso do pequeno Hans (Freud), Hermine von Hug-Hellmuth observou
que o jogo fornecia excelentes possibilidades de compreensão dos fantasmas,
instituindo uma primeira forma de análise infantil que se vinculou, primeiramente,
à educação. A autora não utilizou interpretações como na análise de adultos, por
entender que o ego infantil da criança não estava suficientemente desenvolvido
para suportar o peso de uma interpretação psicanalítica.
08
4:
poderiam, sim, ser motivadas dentro de si mesmas para a análise, insistindo que
:5
21
elas poderiam ser analisadas, do mesmo modo que os adultos, explorando os
0
conflitos inconscientes, abstendo-se de qualquer medida educativa de apoio.
02
/2
02
Klein pode ser considerada como a iniciadora da técnica psicanalítica com
4/
-1
crianças, preconizando a aplicação do jogo, por entende-lo como sendo
om
equivalente a um fantasma masturbatório. Contudo, foi Freud o primeiro
l.c
estudioso que refletiu sobre a função e o mecanismo da atividade lúdica infantil,
ai
gm
quando interpretou a brincadeira de seu neto de 18 meses de idade.
@
si
sp
Através do brinquedo, a criança não só realiza seus desejos, mas também domina
le
circunstâncias traumáticas.
88
.6
35
| 29
Aberastury sugeriu que possivelmente esses fenômenos surgem devido ao temor
da criança de que o psicoterapeuta repita com ela a conduta negativa dos objetos
originários que lhe provocaram a perturbação. Aberastury evidenciou, assim, o
valor diagnóstico da entrevista lúdica, falando, pela primeira vez, sobre a hora do
jogo diagnóstica, estabelecendo diferenças entre a primeira hora do jogo
terapêutica. Para a autora, para fins diagnósticos, não há necessidade de uma
caixa com material lúdico exclusiva para cada criança, considerando que qualquer
08
4:
tipo de brinquedo, mesmo que sejam os mais simples, oferecem possibilidades
:5
21
lúdicas projetivas para o diagnóstico.
0
02
/2
Na entrevista lúdica, Aberastury considera também conveniente não interpretar, já
02
que ainda não temos como saber se a criança será tratada ou não e, em caso de
4/
-1
encaminhamento, qual a técnica mais adequada para aplicar.
om
Características gerais da técnica l.c
ai
gm
@
tempo disponível, sobre os papeis dela e do psicólogo, bem como sobre os objetos
et
-l
dessa atividade.
1
-1
21
As crianças, de maneira geral, agem, falam e/ou brincam de acordo com suas
el
lL
| 30
Em função das características da atividade, é mais adequado trabalhar em uma
sala que não seja o consultório de adultos. O material lúdico deve ser apresentado
sem uma ordem aparente, em caixas e/ou armários, sempre com as tampas ou
portas abertas.
Analisar e interpretar uma hora de jogo diagnóstica não é uma tarefa fácil. Requer
que o profissional esteja bem familiarizado com o material teórico de cunho
analítico sobre a base fundamental do marco teórico-técnico fornecido por Freud,
08
4:
Klein e Aberastury, sendo, então, a linha central de interpretação a análise das
:5
21
fantasias inconscientes a partir do jogo.
0
02
/2
A análise detalhada da hora de jogo permite (Kornblit):
02
4/
-1
a) A conceitualização do conflito atual do paciente
om
b) Colocar em evidência seus principais mecanismos de defesa e ansiedades
l.c
c) Avaliar o tipo de rapport que pode estabelecer a criança com um possível
ai
gm
terapeuta e o tipo de ansiedade que contratransferencialmente pode
@
despertar nele
si
sp
2. Modalidade do brinquedo
3. Motricidade
4. Personificação
5. Criatividade
6. Capacidade simbólica
7. Tolerância à frustração
8. Adequação à realidade
| 31
A escolha de brinquedos e jogos está relacionada com o momento evolutivo
emocional e intelectual em que a criança se encontra. Erikson descreve três fases
sucessivas na evolução dos brinquedos das crianças:
08
4:
c) Macroesfera, em que, por incorporar a vivência social, passa, através de
:5
21
suas representações, a dividir o mundo com os outros
0
02
/2
Piaget também propõe uma classificação que leva em conta, ao mesmo tempo, a
02
estrutura do jogo e a evolução das fases cognitivas da criança:
4/
-1
om
a) Até 2 anos – brinquedos e jogo de exercício: conduta lúdica é destinada
l.c
exclusivamente para a obtenção de prazer ai
gm
b) 2-8 anos – brinquedos e jogos simbólicos: a criança desenvolve a
@
campo perceptivo
le
Modalidades de brinquedo
a) Plasticidade
b) Rigidez
c) Estereotipia e perseveração
| 32
acordo com a sua necessidade de expressão, mostrando uma variedade de
recursos egoicos e uma significativa riqueza interna, sem necessidade de
recorrer a mecanismos de controle excessivos. A plasticidade é típica de um
funcionamento mais sadio.
Quando a criança fixa certos comportamentos ou ações lúdicas de maneira
rígida para expressar uma mera fantasia, mostra grandes dificuldades para
aproveitar e/ou modificar os atributos dos brinquedos e um ego pobre em
recursos frente à ansiedade, resultando na escolha de brinquedos e jogos
08
4:
monótonos e pouco criativos. A rigidez é típica de um funcionamento
:5
21
neurótico.
0
Os jogos estereotipados e perseverantes são a modalidade mais
02
/2
patológica do funcionamento egoico, típica de crianças com
02
funcionamento psicótico. Há falta de resposta afetiva e presença de
4/
-1
maneirismos e movimentos estereotipados, assim como ações auto-
om
agressivas, evidenciando uma desconexão com o mundo externo, tendo
l.c
como única finalidade a descarga de impulsos do id sem fins
ai
gm
comunicacionais.
@
si
sp
Motricidade
le
le
ia
ic
atravessa.
35
-0
es
1. Deslocamento geográfico
ab
2. Possibilidade de encaixe
C
ia
3. Preensão e manejo
tíc
Le
4. Alternância de membros
5. Lateralidade
6. Movimentos voluntários e involuntários
7. Movimentos bizarros
8. Ritmo do movimento
9. Hipercinesia
10. Hipocinesia
11. Ductibilidade
Personificação
| 33
Refere-se à capacidade de assumir e atribuir papeis de forma dramática. É a
capacidade da criança para assumir e desempenhar papeis no brinquedo. É um
elemento comum em todos os períodos evolutivos, através do qual as crianças
transformam seus brinquedos ou a si mesmas em personagens imaginários ou
não, de acordo com sua faixa etária, expressando afetos, tipos de relações e
conflitos, sempre em sintonia com a realidade de seu mundo interno.
08
4:
A análise desse indicador permitirá compreender o equilíbrio existente ou não
:5
21
entre o superego, o id e a realidade, verificando também a capacidade de fantasia
0
na definição de determinados papeis, que, com o auxílio de mágica lúdica,
02
/2
possibilitará, pelo menos por um período limitado, a satisfação dos desejos mais
02
grandiosos que seu eu consciente, em outras circunstâncias, não lhe permitiria.
4/
-1
om
Criatividade
l.c
ai
gm
Criar é unir ou relacionar elementos dispersos num elemento novo e diferente. Isso
@
exige um ego plástico capaz de abertura para experiências novas, tolerante à não-
si
sp
Capacidade simbólica
1
-1
21
a) A riqueza expressiva
| 34
▪ A coerência da concatenação dos símbolos, isto é, a possibilidade de
transmiti-los através de um nexo lógico
b) A capacidade intelectual
08
4:
▪ A maneira como o faz nos dá a indicação do estado em que se acha o
:5
21
processo de simbolização; se se desenvolve sem inibições na área da
0
aprendizagem
02
/2
02
c) A qualidade do conflito
4/
-1
om
▪ Alude aos aspectos do conteúdo da capacidade simbólica
l.c
▪ Os símbolos que a criança utiliza remetem-nos à compreensão do
ai
gm
estágio psicossexual que atravessa e sua modalidade de expressão
@
si
sp
Tolerância à frustração
le
le
ia
ic
Adequação à realidade
ab
C
ia
| 35
A tolerância à frustração e a adequação à realidade são indicadores que têm
relação com a aceitação ou não das instruções e enquadramento da hora de jogo,
assim como da aceitação dos limites, do próprio papel, da separação dos pais, do
tempo de início e fim, do resultado dos jogos etc. Tudo isso está intimamente
relacionado com as possibilidades egoicas e com o princípio de prazer e realidade.
O jogo do rabisco
08
4:
O jogo do rabisco é uma técnica de ludodiagnóstico, realizada na primeira
:5
21
consulta. Trata-se de uma forma de comunicação, um meio de se entrar em
0
02
contato com o si mesmo da pessoa que joga. Nas palavras do autor: “É
/2
simplesmente um método para estabelecer contato com um paciente infantil”
02
4/
(WINNICOTT, 1994, p. 231).
-1
om
Abram (2000), diretora da Squiggle Foundation de Londres, escreve que
l.c
ai
gm
além de indicar que a primeira consulta, por si só, pode ser terapêutica (ABRAM,
le
le
2000, p. 198).
ia
ic
et
-l
A mesma autora relata que “Winnicott estava muito relutante em escrever sobre o
1
-1
jogo dos rabiscos, receoso de que fosse tomado como um teste psicológico”
21
(ABRAM, 2000, p. 200). O medo de Winnicott era que seu jogo fosse confundido
.9
88
com algo como o Teste de Apercepção Temática (TAT), ou seja, uma técnica
.6
35
esse jogo em teste é enfocada por Winnicott (1990) em uma carta datada de 18 de
es
"Adoro falar sobre essas coisas que ilustram o uso dos rabiscos através da
ab
C
“Vamos jogar alguma coisa. Sei o que gostaria de jogar e vou lhe mostrar.”
Há uma mesa entre a criança e eu, com papel e dois lápis. Primeiro apanho
um pouco de papel e rasgo as folhas ao meio, dando a impressão de que o
| 36
que estamos fazendo não é freneticamente importante, e então começo a
explicar. Digo: “Este jogo que gosto de jogar não tem regras. Pego apenas o
meu lápis e faço assim...” e provavelmente aperto os olhos e faço um
rabisco às cegas. Prossigo com a explicação e digo: Mostre-me se se parece
com alguma coisa a você ou se pode transformá-lo em algo; depois faça o
mesmo comigo e verei se posso fazer algo com o seu rabisco (WINNICOTT,
1994, p. 232).
08
4:
Pode-se notar que o Jogo do Rabisco é aparentemente simples, porém sua
:5
21
complexidade não está na instrução ou no resultado e sim na experiência, na
0
possibilidade de oferecer à criança um espaço de confiança, um ambiente
02
/2
facilitador, para que possa acontecer como ser humano, colocando em trânsito
02
questões fundamentais que ficaram detidas em seu processo maturacional.
4/
-1
om
O brincar e as estruturas psíquicas
l.c
ai
gm
coisa.
21
.9
88
Não obstante, devemos levar em conta que a criança pode ter partes de sua
.6
35
| 37
Há também um ego desorganizado, cujos mecanismos de defesa primitivos são a
identificação projetiva maciça e o splitting. Outros elementos significativos são a
perseverança ou a estereotipia na conduta verbal e pré-verbal, sendo frequentes
também as organizações originais, os neologismos, as atitudes bizarras e as
dificuldades de adequação à realidade, tolerância à frustração e aprendizagem.
08
4:
de jogo diagnóstica os elementos que impliquem uma possibilidade de conexão
:5
21
com o psicólogo e/ou com o objeto intermediário.
0
02
/2
O brincar da criança neurótica
02
4/
-1
Observa-se, em geral, a possibilidade de expressão lúdica com reconhecimento
om
parcial da realidade, áreas livres de conflito coexistentes com escotomas que
l.c
encobrem situações conflitivas. ai
gm
@
criança utiliza, então, uma série de condutas defensivas que resultam num
et
-l
tipos de defesas.
.9
88
.6
Há uma adequação relativa à realidade, cujo grau depende dos termos do conflito.
35
-0
Também há uma tendência de satisfazer o princípio de prazer que, por seu lado,
es
gera culpa não tolerada pelo ego, que desloca o impulso para objetos substitutivos
el
| 38
O equilíbrio estrutural permite à criança normal a superação destes conflitos e
permite que ela saia enriquecida, isto é, a situação conflitiva opera como motor e
não como inibidor do desenvolvimento.
08
4:
portanto, reparatórias, enriquecem-na permanentemente, permitindo-lhe
:5
21
aprender da experiência.
0
02
/2
Quanto à personificação no brincar, os modelos atuais aproximam-se dos objetos
02
reais representados, a criança dá livre curso à fantasia, atribuindo e assumindo
4/
-1
diferentes papeis na situação de vínculo com o psicólogo, ampliando as
om
possibilidades comunicativas.
l.c
ai
gm
A hora de jogo diagnóstica de uma criança pode apresentar momentos alternantes
@
(Pasquali)
ra
ab
C
ia
| 39
• Testes que avaliam preferências: personalidade, atitudes, valores,
interesses etc.
08
• Motor
4:
:5
• Via computador
21
0
02
Classificação em “testes psicológicos” e “técnicas projetivas
/2
02
e expressivas” (HUTZ, BANDEIRA, TRENTINI, KRUG)
4/
-1
om
Testes psicológicos
l.c
ai
gm
Técnicas projetivas
ia
ic
et
-l
utilização de tempo são definidos pelo próprio examinando. São técnicas que têm
35
-0
Técnicas expressivas
ia
tíc
Le
| 40
HTP – desenho de casa, árvore e pessoa
Introdução
08
• Estimula a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflito
4:
:5
dentro da situação terapêutica
21
0
02
Descrição geral
/2
02
4/
Aplicação em, no mínimo, duas fases: não verbal (gráfica) e inquérito
-1
om
1) Não verbal
l.c
ai
gm
2) Inquérito
1
-1
21
.9
a) Conteúdo
b) Características do desenho – tamanho, localização
c) Presença/ausência de determinadas partes
d) Resposta durante o inquérito
| 41
Capacidade do cliente e do clínico de permanecerem em contato e de
articularem experiências sob essas circunstâncias
Indicador prognóstico
08
4:
como aspectos do ambiente que ele ache problemáticos
:5
21
0
Na terapia em andamento
02
/2
02
▪ Os desenhos podem refletir mudanças globais no estágio psicológico do
4/
-1
indivíduo
om
l.c
População-alvo ai
gm
@
▪ 8 anos ou mais
si
sp
motivacionais
ic
et
-l
1
Administração
-1
21
.9
88
a) Latência inicial
es
desenhado
C
ia
Interpretação
➔ Atitude
| 42
• Fornece uma medida grosseira sobre a disposição global para rejeitar uma
tarefa nova e, talvez, difícil
• Atitude comum: aceitação razoável
• Desvios variam entre dois extremos:
08
4:
• A atitude em relação a cada desenho será influenciada pelas associações
:5
21
despertadas pelo objeto do desenho
0
• Normalmente o desenho mais rejeitado é o da pessoa, pelos seguintes
02
/2
motivos:
02
4/
-1
a) Dificuldades interpessoais
om
b) Associações a nível consciente
l.c
c) Consciência corporal acentuada ai
gm
@
envolvido ou ambos
-1
21
relevantes
35
-0
| 43
▪ Atenção ao detalhe que provocou o conflito
▪ Pode refazer o detalhe uma vez, não duas
c) Apagar e redesenhar
08
4:
perfeição ou deterioração da qualidade
:5
21
0
➔ Comentários
02
/2
02
• Indicam necessidade compulsiva de estruturar a situação
4/
-1
• Necessidade compulsiva de compensar ideia obsessiva ativada por algo do
om
desenho
l.c
• Número excessivo de comentários, comentário irrelevantes ou bizarros
ai
gm
indicam preocupação
@
perseguição
le
le
relação à:
et
-l
1
indicam:
el
lL
ra
a) Desequilíbrio da personalidade
ab
b) Desajustamento
C
ia
c) Problema orgânico
tíc
Le
• Detalhes
• Proporção
| 44
o Capacidade para julgar eficientemente a solução de problemas mais
básicos, concretos e imediatos da vida diária
• Perspectiva
08
4:
o Visão crítica nos relacionamentos mais abstratos e amplos da vida diária
:5
21
0
➔ Proporção
02
/2
02
• Valores atribuídos a objetos, situações e pessoas
4/
-1
• Atribuir valores objetivos aos elementos da realidade e realizar
om
julgamentos com facilidade e flexibilidade
l.c
• Uso de uma área extremamente pequena: sentimento de inadequação,
ai
gm
tendência a se afastar do ambiente ou rejeição do tema do desenho
@
sentimento de frustração
le
le
• Desenhos grandes:
ia
ic
➔ Perspectiva
.6
35
-0
interesse em si mesmo
ab
| 45
• Quadrante inferior direito: quadrante incomum
• Desenho cortado margem inferior: repressão para manter integridade;
potencial para ações explosivas
• Desenho cortado margem esquerda: fixação no passado e medo do
futuro
• Desenho cortado margem direita: escapar para o futuro
• Desenho cortado: lesões orgânicas
• Desenho na borda superior: fixação no pensamento e fantasia
08
4:
• Desenho na borda superior: fixação no pensamento e fantasia
:5
21
• Desenho nas bordas laterais: insegurança e constrição
0
• Desenho na borda inferior: depressão; atitude concreta, sem
02
/2
imaginação. O menos patológico dos usos desviantes das margens
02
• Distância aparente: manter o self afastado e inatingível
4/
-1
• Ausência de profundidade: tendência a ser rígido e intransigente;
om
compensa inadequação/insegurança
•
l.c
Perfil completo: tendências oposicionistas/isolamento; estados
ai
gm
paranoides
@
materna; exibicionismo
le
le
gravidade
21
negativismo
.6
Rorschach
tíc
Le
➔ Detalhes
• Detalhes essenciais
| 46
• Detalhes não essenciais
• Detalhes irrelevantes
08
4:
:5
21
a) Uso limitado – insegurança moderada, necessidade de estruturação mais
0
segura
02
/2
b) Uso excessivo – ansiedade flutuante livre na área simbolizada; necessidade
02
de afastamento; maníacos
4/
-1
c) Nuvens – ansiedade generalizada em relação ao objeto desenhado
om
d) Se o sol não foi desenhado, o clínico deve pedir para que o indivíduo faça
l.c
no inquérito posterior. O sol representa a figura de maior autoridade ou
ai
gm
valência emocional no ambiente do indivíduo, especialmente se muito
@
grande
si
sp
le
•
le
patologia
ic
et
| 47
b) Progressivamente mais fracas – ansiedade ou depressão
c) Em certos detalhes – relutância por causa do que simbolizam
08
4:
indicador de patologia
:5
21
• Se as linhas forem rabiscadas: deterioração orgânica
0
02
/2
Cor
02
4/
-1
• O principal objetivo de aplicar o HTP colorido é fornecer uma estimativa
om
de estabilidade das respostas do indivíduo nas tarefas do HTP, através
l.c
do tempo e das condições ai
gm
prognóstico
si
sp
a) Melhor prognóstico
es
➔ Escolha
ab
C
ia
➔ Aplicação
| 48
• Cores ultrapassam as linhas periféricas – responder impulsivamente a
estímulos adicionais
➔ Adequação
08
4:
Inquérito posterior ao desenho
:5
21
0
• Pretende esclarecer detalhes obscuros do desenho e proporcionar
02
/2
oportunidade ao indivíduo de projetar sentimentos, necessidades,
02
objetivos e atitudes através da descrição verbal e de comentário sobre
4/
-1
seus desenhos
om
• Uma pessoa média, bem ajustada vê a casa ocupada por um ser vivo e
l.c
vê a árvore e a pessoa vivas ai
gm
Introdução
21
.9
88
Material do TAT
• 31 pranchas
• Devem ser aplicados 20 estímulos, perfazendo um total de 20 histórias
• As 0 primeiras são mais estruturadas, as 10 últimas, menos estruturadas
• No verso de cada prancha, há um número ou e número mais uma letra.
• O número indica a ordem em que o estímulo deve ser apresentado na
série.
• As letras indicam o gênero e/ou idade aos quais o estímulo se destina
| 49
➔ Esquematizando números e letras:
08
4:
Histórias serão mais reveladoras e as interpretações terão maior
:5
21
validade se a maioria das pranchas incluir uma pessoa do mesmo sexo
0
do sujeito
02
/2
Dentre as pranchas, 11 demonstram-se apropriadas para ambos os
02
sexos
4/
-1
Sobre a administração do teste
om
l.c
• Não dizer: “Esta é uma oportunidade para usar livremente sua imaginação”
ai
gm
• De modo geral, é preferível que o psicólogo não diga mais nada no restante
si
sp
do tempo, exceto:
le
le
ia
ic
b) Se o sujeito fizer perguntas sobre detalhes pouco claros: “pode ser o que
ia
você quiser”
tíc
Le
• Não se deve permitir que o sujeito construa várias narrativas para a mesma
prancha
• Um dos critérios para aferir a capacidade do sujeito de cumprir seu papel é
extensão das histórias
• Extensão média das histórias:
| 50
• Convém que o sujeito não saiba que na segunda sessão serão solicitadas
novas histórias
• A segunda sessão
08
4:
:5
21
• Caso o sujeito não consiga produzir uma história para a prancha em
0
branco, o psicólogo deve dizer: “feche os olhos e imagine alguma coisa” e,
02
/2
após o sujeito dar uma descrição sobre o que imaginou, “agora me conte
02
uma história sobre isso”
4/
-1
• Entrevista seguinte:
om
l.c
a) Este inquérito pode ser feito imediatamente ou após alguns dias
ai
gm
b) O sujeito é indagado a lembras das fontes de suas ideias
@
associações livres
le
le
ia
ic
identifica, o herói
el
lL
ra
• São 28
• São classificadas em conformidade com a direção ou o objetivo pessoal
imediato (motivações) de dada atividade
• Podem expressar-se:
| 51
➔ Além das necessidades, a lista de variáveis referentes ao herói inclui alguns
estados internos e emoções
08
4:
• Consideram-se aspectos de singularidade, intensidade e frequência
:5
21
0
4º passo: desfecho/desenlace
02
/2
02
• Comparação do poder das forças que emanam do herói com as forças
4/
-1
originárias do ambiente
om
5º passo: temas
l.c
ai
gm
• Em sentido estrito: estrutura abstrata dinâmica de um episódio
@
da história
le
le
Interpretação da pontuação
| 52
• Coisas que desejou ou esteve tentado a fazer
• Forças elementares da sua personalidade
• Sentimentos/desejos do momento
• Antecipações de seu comportamento futuro
08
4:
• Situações com que de fato se defrontou
:5
21
• Situações em que devaneios ou sonhos imaginou encontrar-se com
0
esperança ou medo
02
/2
• Uma situação momentânea
02
• Situações com que espera deparar-se, desejaria ou temeria deparar-se
4/
-1
om
A discriminação da referência temporal não tem maior importância
Rorschach – sistema compreensivo l.c
ai
gm
@
si
sp
Introdução
le
le
ia
ic
et
Material
-l
1
-1
Administração
-0
es
Procedimento de aplicação
| 53
• A imaginação não está sendo testada, a resposta do Roschach é o que o
sujeito vê
• O teste é adequado para todas as idades
• Para crianças hiperativas, o Rorschach pode não ser adequado, mas pode
também ser alterado na introdução e/ou posição de aplicação
• Tempo médio:
08
4:
b) Crianças (menos de 10 anos): 30-35 minutos
:5
21
0
Instruções
02
/2
02
• “o que isto poderia ser” – esta frase não deve ser alterada. Ela desencadeia
4/
-1
uma série de operações cognitivas, como observação, codificação,
om
classificação, comparação, descarte e seleção
l.c
• O processo de resposta é mais bem concebido como tendo 3 fases:
ai
gm
@
Fase 1:
si
sp
le
le
Fase 2
-1
21
.9
88
Fase 3
lL
ra
ab
| 54
o sujeito der menos que 5 respostas, nenhuma intervenção a mais deve ser
feita
O inquérito
08
4:
examinador
:5
21
• Ritmo: enquanto a fase das respostas dura geralmente menos de 20
0
minutos, o inquérito costuma durar, no mínimo, 30 minutos
02
/2
02
Os aspectos básicos de uma resposta
4/
-1
om
• Localização: onde está
l.c
• Determinantes: o que faz com que se pareça ai
gm
• Conteúdo: o que é
@
Localização
ia
ic
et
-l
➔ W – resposta global
1
-1
21
➔ S – resposta de espaço
Qualidade evolutiva - DQ
➔ Resposta sintetizada +
| 55
• Dois ou mais objetos são descritos como separados, mas relacionados
• Ao menos um dos objetos requer uma forma específica ou é descrito de um
modo que cria uma demanda de forma específica
• Eles devem ser referidos em uma relação significativa
08
4:
➔ Resposta sintetizada v/+
:5
21
0
• Dois objetos são descritos como separados, mas relacionados
02
/2
• Nenhum dos objetos requer uma forma específica e a articulação não
02
introduz uma demanda de forma para nenhum dos objetos
4/
-1
• Eles devem ser referidos em uma relação significativa
om
l.c
Ex.: “duas nuvens vindo juntas”- “vindo juntas” cria a relação necessária, mas
ai
gm
➔ Resposta ordinária o
le
le
ia
ic
específica
-1
21
.9
88
➔ Vaga v
es
el
• É referido um objeto
lL
ra
• O objeto não requer uma forma específica e a articulação não introduz uma
ab
demanda específica
C
ia
tíc
Le
Determinantes
1. Forma
2. Movimento
3. Cor cromática
| 56
4. Cor acromática
5. Sombreado
6. Forma dimensão
7. Pares e reflexos
1) Forma
08
4:
mancha
:5
21
0
2) Movimento
02
/2
02
M – movimento humano
4/
-1
FM – movimento animal
om
M – movimento inanimado
l.c
ª – sobrescrito ativo ai
gm
p – sobrescrito passivo
@
3) Cor cromática
si
sp
le
C – cor pura
le
ia
CF – cor-forma
ic
et
FC – forma-cor
-l
1
Cn – nomeação de cor
-1
21
.9
4) Cor acromática
88
.6
35
5) Sombreado textura
C
ia
tíc
T – textura pura
Le
TF – textura-forma
FT – forma-textura
Sombreado dimensão
V – vista pura
VF – vista-forma
FV – forma-vista
Sombreado difuso
| 57
Y – sombreado difuso puro
YF – sombreado difuso-forma
FY – forma-sombreado difuso
6) Forma dimensão
08
4:
:5
21
7) Pares e reflexos
0
02
/2
(2) par
02
rF – reflexo-forma
4/
-1
Fr – forma reflexo
om
l.c
Qualidade formal ai
gm
@
+: superior/super-elaborada
si
sp
o: ordinária
le
le
u: incomum
ia
ic
-: menos
et
-l
1
Conteúdo
-1
21
.9
88
Hd – Detalhe humano
es
Hx – Experiência humana
lL
ra
Ad – Detalhe animal
tíc
Le
| 58
Fd - Comida
Ge - Geografia
Hh – Utensílios domésticos
Ls - Paisagem
Na - Natureza
Sc - Ciência
Sx - Sexo
Xy – Raio-x
08
4:
:5
21
➔ Conteúdos múltiplos
0
02
/2
• Nas respostas com mais de um conteúdo, todos os conteúdos são
02
codificados
4/
-1
• ‘Na’ tem prioridade sobre ‘Bt’ e ‘Ls’, portanto, somente ‘Na’ é codificado
om
• Quando ‘Bt’ e ‘Ls’ aparecem na resposta, sem ‘Na’, somente um dos dois é
l.c
codificado ai
gm
@
Atividade organizativa
si
sp
le
le
➔ Uma nota ‘Z’ é assinalada para todas as respostas que incluem forma e
ia
ic
Códigos especias
ia
tíc
Le
➔ Verbalizações inusuais
• Verbalizações desviantes
| 59
redundância: o sujeito identifica duas vezes a natureza do objeto referido
08
4:
:5
21
respostas circunstanciais: respostas fluidas ou divagações nas quais o sujeito se
0
torna inadequadamente elaborativo
02
/2
02
• Combinações inadequadas
4/
-1
om
Envolvem a condensação inadequada de impressões ou ideias em respostas que
l.c
violam a consideração da realidade ai
gm
@
mancha
35
c) Contaminação (CONTAM)
lL
ra
ab
Duas ou mais impressões que foram mescladas numa única resposta, de modo que
tíc
É assinalado sempre que o sujeito, sem ser questionado, usa um raciocínio forçado
para justificar a resposta
• Perseveração (PSV)
| 60
a) Perseveração em um mesmo cartão: respostas consecutivas nas quais a
mesma localização, qualidade evolutiva, determinantes, qualidade formal,
conteúdo e nota z aparecem em ambas as respostas
08
4:
c) Perseveração mecânica: o sujeito mecanicamente refere o mesmo objeto
:5
21
repetidamente
0
02
/2
• Confabulação (CONFAB)
02
4/
-1
O sujeito generaliza a reposta a partir de um detalhe da mancha
om
Significam fuga, uso comprometedor da fantasia
l.c
Ocorre com maior frequência com transtorno neurótico ai
gm
@
si
sp
le
Self
-1
21
relações interpessoais
88
.6
35
resposta isolada
ab
| 61
• Conteúdo mórbido (MOR)
➔ Respostas personalizadas
08
4:
:5
21
A resposta é justificada a partir de uma experiência pessoal ou um conhecimento
0
próprio
02
/2
02
➔ Fenômeno especial de cor
4/
-1
om
• Projeção de cor (CP)
l.c
ai
gm
Identificação de colorido em manchas ou áreas de uma mancha que é acromática
@
Escalas Wescher
si
sp
le
le
| 62
▪ Completar figuras, arranjo de figuras, códigos, cubos, armar objetos,
procurar símbolos e labirintos
08
4:
c) Quociente global – QI
:5
21
0
Além do QI, a escala provê índices fatoriais associados a competências
02
/2
específicas:
02
4/
-1
a) Compreensão verbal
om
l.c
▪ Informação, semelhanças, vocabulário e compreensão ai
gm
@
b) Organização perceptual
si
sp
le
▪
ia
ic
et
c) Resistência a distração
-l
1
-1
21
▪ Aritmética e dígitos
.9
88
.6
Administração
Le
• Forma: individual
• Tempo: 50-70 minutos para subtestes básicos/10-15 minutos para os
suplementares
• Manejo: escores brutos transformados em ponderados. A soma dos escores
verbais, de execução e totais é convertida em QIs.
| 63
Constitui-se de 14 subtestes, aplicados de forma alternada: 1º execução, 2º
verbal
O 1º subteste é o de completar figuras
Dependendo dos objetivos, não é necessário aplicar todos os subtestes
Para o QI total, são necessários 11 subtestes, os suplementares e opcionais
não são computados
a) Subtestes verbais:
08
4:
▪ Vocabulário, semelhanças, aritimética, dígitos, informação, compreensão e
:5
21
sequência de números e letras (suplementar)
0
02
/2
b) Subtestes de execução
02
4/
-1
▪ Completar figuras, códigos, raciocínio matricial, arranjo de figuras, procurar
om
símbolos (suplementar) e armar objetos (opcional)
l.c
ai
gm
Índices fatoriais
@
a) Compreensão verbal
si
sp
le
▪
ia
ic
et
b) Organização perceptual
-l
1
-1
21
c) Memória de trabalho
35
-0
es
d) Velocidade de processamento
ab
C
ia
Administração
• Forma: individual
• Tempo: em torno de 90 minutos.
Indicações
| 64
• Identificação de forças e fraquezas no funcionamento cognitivo
• Avaliação do impacto de psicopatologias sobre o funcionamento cognitivo
08
• Foi simplificada a estrutura fatorial e reformulou-se a constituição dos
4:
subtestes, para:
:5
21
0
a) Melhorar as qualidades psicométricas
02
/2
b) Aproximar o teste das novas teorias
02
c) Unificar o modelo fatorial das escalas Weschler
4/
-1
om
• Modificação do rótulo de dois fatores
l.c
ai
gm
b) No novo modelo:
-1
21
.9
88
a) Arranjo de figuras
ab
b) Armar objetos
C
ia
c) Labirintos
tíc
Le
➔ Fatores
a) Compreensão verbal
| 65
▪ Semelhanças, compreensão e vocabulário
b) Memória de trabalho
08
4:
▪ Suplementar: aritmética
:5
21
0
c) Raciocínio perceptual
02
/2
02
▪ Cubos, raciocínio matricial e conceitos de figuras
4/
-1
om
▪ Suplementar: completar frases
l.c
ai
gm
d) Velocidade de processamento de informação
@
si
sp
Suplementar: cancelamento
ic
▪
et
-l
1
➔ Outras mudanças
-1
21
.9
•
-0
Bender
lL
ra
ab
C
O enfoque projetivo
ia
tíc
Le
| 66
As hipóteses interpretativas aplicam-se quando:
08
4:
se apresentam com consistência interna, devendo ser confirmados por
:5
21
outros dados da testagem, pela história clínica ou por indícios do
0
comportamento verbal
02
/2
02
4/
-1
Pressupostos básicos
om
l.c
1. O protocolo, como um todo, fornece a impressão sobre o desempenho do
ai
sujeito e, assim, bom ajustamento tende a se associar com uma impressão
gm
relaciona à má qualidade.
sp
le
lidar com o mesmo pode refletir seu estilo de adaptação e defesa em seu
ic
et
espaço vital
-l
O enfoque objetivo
el
lL
ra
ab
trabalhos iniciais ficaram mais num nível descritivo, que foi seguido por um
Le
| 67
tem escore único, não importando se aparece uma ou várias vezes. Entretanto, um
desenho pode conter mais de uma distorção. Mas para que se identifique uma
distorção como erro, ela deve ser severa ou persistente.
Rotação
08
do eixo principal da figura de 80 a 180 grau, inclusive no caso de uma reprodução
4:
:5
espelhada do estímulo. Não há rotação quando é feita uma cópia exata, após a
21
rotação do cartão ou do papel. Aplica-se a todas as figuras.
0
02
/2
02
4/
Dificuldade de superposição
-1
om
Este erro se refere à dificuldade na reprodução da área de superposição das
l.c
ai
subpartes componentes e se aplica às figuras 6 e 7. Pode se verificar por: omissão
gm
lugar errado ou falta de superposição (se o espaço entre as subpartes é maior que
le
le
Simplificação
-1
21
.9
considerada erro.
C
ia
tíc
Le
Fragmentação
Retrogressão
| 68
Este erro se refere à representação do estímulo de forma mais primitiva, de um
ponto de vista maturacional e se aplica a todas as figuras, exceto a 4 e a 6.
Perseveração
Este erro se refere à substituição da unidade do estímulo, que está sendo copiado,
pela unidade de estímulo da figura precedente ou à repetição das unidades ou à
08
sua continuação no desenho, além dos limites impostos pelo estímulo.
4:
:5
21
0
02
Colisão ou tendência à colisão
/2
02
4/
Este erro se refere ao toque ou à superposição de uma figura por outra ou, mesmo
-1
quando não chega a haver toque, quando duas figuras são desenhadas de forma
om
que o espaço entre elas seja menor que 6,35mm, caso em que se caracterizaria
l.c
uma tendência à colisão. Aplica-se a todas as figuras. ai
gm
@
si
sp
Impotência
le
le
ia
Dificuldade de fechamento
88
.6
35
círculos ou figuras, ou, ainda, nas partes adjacentes de uma figura, ou, além disso,
ra
ab
desenho se juntam.
Le
Dificuldade de angulação
| 69
Este erro pode ser definido como dificuldade severa na reprodução da angulação
das figuras. Aplica-se somente à figura 2 e à 3, especialmente à última.
Coesão
08
menor que as dimensões usadas no restante da figura ou quando existe aumento
4:
:5
ou diminuição no tamanho de uma figura de 1/3 das dimensões usadas nos outros
21
desenhos. Exclua as partes do desenho que são mais compridas, devido à
0
02
perseveração.
/2
02
4/
Procedimento de Desenhos-Estórias (D-E)
-1
om
l.c
Introdução ai
gm
@
(apesar da palavra “estórias” ter caído em desuso, o termo utilizado pelo autor da
ia
Natureza e características
| 70
não-clínicas. Tem por base a combinação do emprego de desenhos livres com o
recurso de contar estórias. O examinando realiza uma série de desenhos livres,
associados às estórias que eles contam, também de modo livre. Por isso, o D-E já
foi referido como uma técnica de desenhos livres que servem como estímulos de
apercepção temática. Nesse caso, ele se constitui em instrumento com
características próprias, que se vale de processos expressivo-motores e
apeceptivo-dinâmicos.
08
4:
Os desenhos livres servem para eliciar as estórias, mas o resultado desse par se
:5
21
compõe de um todo uno e indiviso. Além disso, a integridade do conjunto exige a
0
utilização de inquéritos e títulos para as unidades gráfico-verbais. O examinando
02
/2
realiza um primeiro desenho livre e, a partir deste, inventa uma estória. Responde,
02
em seguida, às perguntas do examinador e dá um título à produção. A unidade
4/
-1
gráfico-verbal é normalmente repetida, na mesma sequência, por cinco vezes. Tal
om
reiteração sequencial não resulta em unidades isoladas, mas em uma
l.c
comunicação contínua, que serve aos propósitos da constituição de um todo,
ai
gm
denominado Procedimento de Desenhos-Estórias.
@
si
sp
características principais:
le
ia
ic
et
1. Aceitação
2. Oposição
3. Insegurança
4. Identificação positiva
5. Identificação negativa
| 71
8. Figura paterna positiva
9. Figura paterna negativa
10. Figura fraterna positiva e/ou outras figuras
11. Figura fraterna negativa e/ou outras figuras
08
12. Sentimentos derivados do instinto de vida
4:
:5
13. Sentimentos derivados do instinto de morte
21
14. Sentimentos derivados do conflito
0
02
/2
02
4/
Grupo IV – tendências e desejos (traços de 15 a 17)
-1
om
15. Necessidades de suprir faltas básicas
l.c
16. Tendências destrutivas ai
gm
18. Amorosos
-l
1
19. Destrutivos
-1
21
.9
88
20. Paranoides
es
21. Depressivas
el
lL
ra
ab
C
22. Cisão
23. Projeção
24. Repressão
25. Negação/anulação
26. Repressão ou fixação a estágios primitivos
27. Racionalização
28. Isolamento
29. Deslocamento
30. Idealização
31. Sublimação
| 72
32. Formação reativa
33. Negação maníaca ou onipotente
08
4:
:5
21
Esse instrumento de avaliação se origina, igualmente, das técnicas gráficas e
0
temáticas, sendo um desdobramento relativamente recente da técnica de
02
/2
desenhos de família. Consiste na realização de uma série de quatro desenhos de
02
família:
4/
-1
om
1. Desenhe uma família qualquer
l.c
2. Desenhe uma família que você gostaria de ter ai
gm
3. Desenhe uma família que não está bem
@
livremente uma estória, tomando por base o desenho. Faz-se, a seguir, o inquérito
et
-l
inquérito e título.
.9
88
.6
| 73
l) Tonalidades das angústias e das fantasias inconscientes predominantes
m) Características das forças de vida e de destrutividade
n) O mecanismo de defesa
o) Fatores de aquisição da individualidade e de integração do self
p) Outras áreas de experiência emocional
OBS:
08
4:
A presente seleção de testes e técnicas foi realizada com base nos conteúdos
:5
21
mais cobrados em provas de concursos públicos e na presença deles em
0
manuais tradicionais de psicodiagnóstico e avaliação psicológica brasileiros.
02
/2
Não obstante, a banca pode cobrar, literalmente, QUALQUER TESTE. Portanto,
02
o estudo dos testes presentes neste material não afasta a necessidade de
4/
-1
consultar o SATEPSI e de ter ao menos uma noção básica sobre outros testes.
om
l.c
Como sempre digo, não apenas a respeito do presente tema: O CONTEÚDO DE
ai
gm
PSICOLOGIA É INABARCÁVEL. As bancas podem cobrar o conteúdo presente em
@
resolver sua vida. Foque no foco, estude bem nosso material, resolva o
-1
21
máximo de questões que puder e FAÇA SUAS APOSTAS. Não transfira para os
.9
A concepção inatista
C
ia
tíc
| 74
A posição inatista apoia-se em um entendimento errôneo de algumas
contribuições importantes ao conhecimento biológico, tais como a proposta
evolucionista de Darwin, a Embriologia e a Genética.
A concepção ambientalista
A concepção ambientalista atribui um imenso poder ao ambiente no
08
desenvolvimento humano. O homem é concebido como um ser extremamente
4:
plástico, que desenvolve suas características em função das condições presentes
:5
21
no meio em que se encontra. Esta concepção deriva da corrente filosófica
0
02
denominada empirismo, que enfatizava a experiência sensorial como fonte do
/2
conhecimento. Ainda segundo o empirismo, determinados fatores encontram-se
02
4/
associados a outros, de modo que é possível, ao se identificar tais associações,
-1
controla-las pela manipulação.
om
l.c
ai
Na psicologia, o grande defensor da posição ambientalista foi B.F. Skinner. A teoria
gm
comportamento: fazer com que aumente ou diminua a frequência com que ele
el
lL
| 75
propiciar novas aprendizagens, por meio da manipulação dos estímulos que
antecedem e sucedem o comportamento.
08
4:
A concepção interacionista
:5
21
0
02
Os interacionistas discordam das teorias inatistas, por desprezarem o papel do
/2
ambiente e das concepções ambientalistas porque ignoram fatores maturacionais.
02
4/
Os interacionistas destacam que o organismo e o meio exercem ação recíproca.
-1
Um influencia o outro e essa interação acarreta mudanças sobre o indivíduo. É,
om
pois, na interação da criança com o mundo físico e social que as características e
l.c
ai
peculiaridades desse mundo vão sendo conhecidas. Para cada criança, a
gm
mundo.
si
sp
le
le
processo construído pelo indivíduo durante toda a sua vida, não estando pronto
1
-1
do ser humano desde a infância até a idade adulta. Piaget considerou limitadas as
ra
behaviorismo, porque, segundo ele, não consideraram aquilo que seria mais
ia
tíc
| 76
cada vez mais complexa e flexível. Portanto, Piaget apresentou uma visão
interacionista, que considera que o desenvolvimento ocorre segundo um processo
contínuo de interação entre o homem e a realidade externa, processo este que tem
como objetivo a adaptação.
08
4:
complexas, abstratas e lógicas do adolescente/adulto, buscando conhecer os
:5
21
mecanismos de mudança destes padrões de funcionamento cognitivo.
0
02
/2
Piaget concebeu que a criança possui uma lógica de funcionamento mental que
02
difere qualitativamente da lógica do funcionamento mental do adulto. Propôs-se
4/
-1
consequentemente a investigar como, através de quais mecanismos, a lógica
om
infantil se transforma em lógica adulta. Nessa investigação, Piaget partiu de uma
l.c
concepção de desenvolvimento envolvendo um processo contínuo de trocas entre
ai
gm
o organismo vido e o meio ambiente.
@
si
sp
le
Equilíbrio/equilibração
le
ia
ic
et
A noção de equilíbrio é o alicerce da teoria de Piaget. Para ele, todo organismo vivo
-l
Hereditariedade
O indivíduo não herda a inteligência, mas uma certa estrutura biológica que, em
interação adaptativa com o ambiente, amadurecerá, permitindo o aparecimento
| 77
de determinadas estruturas mentais. Este processo de interação resultará nas
estruturas cognitivas que permanecerão em funcionamento durante toda a vida.
08
4:
:5
Organização
21
0
02
Tendência a criar categorias com base na observação de características comuns ou
/2
02
semelhantes. Durante o desenvolvimento, os indivíduos criam estruturas
4/
cognitivas cada vez mais complexas, chamadas esquemas, que são modos de
-1
organizar informações sobre o mundo.
om
l.c
ai
gm
Esquema
@
si
sp
evoluídas.
ia
tíc
Le
Coação e cooperação
Talvez um dos temas mais recorrentes nos textos piagetianos ligados à educação
seja a contraposição entre dois tipos de relações interindividuais – a coação e a
cooperação – e a influência de cada um na formação intelectual e moral do
indivíduo. Piaget costuma associar esses tipos de relações interindividuais a dois
tipos de respeito. Diz ele que, no processo de socialização, a ação da família sobre
a criança constitui-se em coerção social, certa pressão espiritual e material dos
grandes sobre os pequenos, possibilitada por um sentimento original que combina
amor e medo, simultaneamente, o sentimento de respeito unilateral.
| 78
Do ponto de vista moral, a criança pequena tende, então, a considerar obrigatórias
as regras recebidas dos adultos e “qualquer ordem proferida pelas pessoas
respeitadas traduz-se, na consciência dos pequenos, sob a forma de uma
obrigação imperativa. Assim se explica o sucesso da autoridade”. Acredita,
também, que essa é uma forma heterônoma de moralidade, pois advém do
exterior “e produz uma espécie de legalismo ou de ‘realismo moral’, no qual os
atos não são avaliados em função das intenções, mas de sua concordância externa
com a regra”.
08
4:
:5
21
Do ponto de vista intelectual, por sua vez, o respeito unilateral permite que haja
0
uma coerção do adulto sobre o pensamento da criança e, desse modo, a criança
02
/2
considera verdadeiro tudo o que é proferido pelo adulto. Essa “verdade de
02
autoridade” acaba por tornar inútil a verificação racional e o esforço pessoal. Mas
4/
-1
existe uma segunda forma em que a socialização pode ocorrer, em que a igualdade
om
suplanta a autoridade na ação dos indivíduos uns sobre os outros. É na relação de
l.c
cooperação, portanto, que o respeito se torna mútuo. E, novamente, Piaget
ai
gm
desdobra essas ideias sob duas perspectivas: moral e intelectual.
@
si
sp
"De fato, a escola tradicional sempre tratou a criança como um pequeno adulto,
C
conhecimentos e de experiências".
Le
"O uso quase exclusivo que a educação tradicional faz da linguagem, na ação que
exerce sobre o aluno, implica em que a criança elabore seus conceitos da mesma
maneira que nós, e que assim se estabeleça uma correspondência termo a termo
| 79
entre as noções do professor e as do aluno. Ora, o verbalismo, essa triste realidade
escolar – proliferação de pseudonoções presas a palavras sem significações reais –,
mostra bem que esse mecanismo não funciona sem dificuldades e explica uma das
reações fundamentais da escola ativa contra a escola receptiva."
"Mas a escola tradicional não conhece outro relacionamento social além daquele
08
4:
que liga um professor, espécie de soberano absoluto detentor da verdade
:5
21
intelectual e moral, a cada aluno considerado individualmente: a colaboração
0
entre alunos e mesmo a comunicação direta entre eles acham-se assim excluídas
02
/2
do trabalho da classe e dos deveres de casa."
02
4/
-1
Diferentemente da escola tradicional, a escola ativa defendida pelos reformadores
om
da época era apoiada por Piaget, principalmente por ter seus métodos voltados
l.c
para a compreensão da matéria, antes que para sua memorização pelo aluno,
ai
gm
hábito bastante disseminado na época e que perdura, inclusive, até nossos dias.
@
próprios alunos entre si, e não apenas entre professor e aluno”. E completa:
-l
1
-1
21
Piaget lembra, entretanto, que houve certa confusão com o termo atividade e,
lL
ra
nesse caso, a escola ativa às vezes se confundiu com uma escola de trabalhos
ab
verbais.
Le
I) Etapa sensório-motora
| 80
a criança já tenha uma conduta inteligente, considera-se que ela ainda não possui
pensamento. Isso porque, nessa idade, a criança não dispõe ainda da capacidade
de representar eventos, de evocar o passado e de referir-se ao futuro. Está presa ao
aqui-e-agora da situação. Para conhecer, portanto, lança mão de esquemas
sensório-motores: pega, balança, joga, bate, morde objetos e atua sobre os
mesmos de uma forma pré-lógica, formando, assim, conceitos sensório-motores.
08
4:
pelo bebê para lidar com o ambiente. Tais esquemas, formas de inteligência
:5
21
exteriorizada, vão se modificando com a experiência. Gradativamente, a criança
0
vai diferenciando-os e tornando-os cada vez mais complexos e maleáveis.
02
/2
02
Dentre as principais aquisições do período sensório-motor, destaca-se a
4/
-1
construção da noção de “eu”, através da qual a criança diferencia o mundo
om
externo do seu próprio corpo. O bebê o explora, percebe suas diversas partes,
l.c
experimenta emoções diferentes, formando a base do seu autoconceito. Além de
ai
gm
perceber a diferença entre si mesma e os objetos, a criança será capaz de
@
ser construídas, possibilitando à criança novas formas de ação prática para lidar
-1
21
com o meio. Aos poucos o sensório-motor vai se modificando. Esquemas cada vez
.9
função simbólica altera drasticamente a forma como a criança lida com o meio e
el
Assim, a criança pode substituir objetos, ações, situações e pessoas por símbolos,
que são as palavras. Compreende que “papai” se refere a uma pessoa específica,
| 81
que dizer “água” indica a expressão de um desejo (de beber água). Tem origem,
então, o pensamento sustentado por conceitos.
08
4:
egocêntrico. É um pensamento rígido, que tem como ponto de referência a
:5
21
própria criança.
0
02
/2
Outra característica do pensamento desta etapa é o animismo. Este termo indica
02
que a criança empresta “alma” (anima, em latim) às coisas e animais, atribuindo-
4/
-1
lhes sentimentos e intenções próprios do ser humano. Assim, é frequente ouvi-la
om
dizer que a mesa é má quando nela machuca a sua cabeça, de que o vento “quer”
l.c
embaraçar o seu cabelo penteado. ai
gm
@
imediata, sofrendo com isto uma série de distorções. Assim, por exemplo, uma
ab
criança de cerca de cinco anos terá dificuldade em considerar iguais duas filas
C
ia
que a outra.
Le
| 82
Por volta dos sete anos de idade, as características da inteligência infantil, a forma
como a criança lida com o mundo e o conhece, demonstram que ela se encontra
em uma nova etapa de desenvolvimento cognitivo: a etapa operatório-concreta.
Ao se comparar as aquisições deste período com aquele que o precedeu, observa-
se que grandes modificações ocorreram,
08
4:
mais reversíveis e, portanto, móveis e flexíveis. O pensamento se mostra menos
:5
21
egocêntrico, menos centrado no sujeito. Agora a criança é capaz de construir um
0
conhecimento mais compatível com o mundo que a rodeia. O real e o fantástico
02
/2
não mais se misturarão em sua percepção.
02
4/
-1
Além disso, o pensamento é denominado operatório porque é reversível: o sujeito
om
pode retornar, mentalmente, ao ponto de partida. A criança opera quando tem
l.c
noção de que 2 + 3 = 5, pois sabe que 5 – 3 = 2. ai
gm
@
mesmo número de elementos, não fará a criança achar que as fileiras possuem
ic
et
exemplos ou materiais que ela utiliza para apoiar seu pensamento existem mesmo
35
| 83
raciocínio hipotético-dedutivo: é ele que permitirá ao adolescente estender seu
pensamento até o infinito.
08
4:
descontínuas. São contínuas porque sempre se apoiam na anterior, incorporando-
:5
21
a e transformando-a. Fala-se em descontinuidade no desenvolvimento, por outro
0
lado, porque cada nova etapa não é um mero prolongamento da que lhe
02
/2
antecedeu: transformações qualitativas radicais ocorrem no modo de pensar das
02
crianças. As etapas de desenvolvimento encontram-se, assim, funcionalmente
4/
-1
relacionadas dentro de um mesmo processo.
om
l.c
As faixas etárias previstas para cada etapa não são rigidamente demarcadas. Ao
ai
gm
contrário, elas se referem apenas às médias de idade em que prevalecem
@
Estágio Sensório-Motor
.6
35
-0
sensoriais e motoras.
ra
ab
➔ Subestágios do Sensório-Motor
| 84
Reações circulares primárias – 1 a 4 meses
08
4:
▪ Começa a agarrar objetos
:5
21
0
Reações circulares secundárias – 4 a 8 meses
02
/2
02
▪ Interesse começa a se voltar para o ambiente
4/
-1
▪ Repetição de comportamentos que produzem resultados
om
interessantes e buscam prolongar experiências interessantes
l.c
▪ Ações intencionais, mas não orientadas para uma meta
ai
gm
@
▪
ia
▪
et
Curiosidade e experimentação
-0
▪
es
alguma coisa
ab
| 85
Estágio Pré-Operatório
Avanços
08
4:
o Uso de símbolos
:5
21
0
▪ Crianças não precisam estar em contato direto com um objeto para
02
/2
pensar nele e podem imaginar que ele tem outras características além
02
das que de fato tem
4/
-1
om
o Compreensão de identidades
l.c
ai
gm
substancialmente as coisas
si
sp
le
le
o Capacidade de classificar
.9
88
.6
o Compreensão de números
el
lL
ra
o Empatia
tíc
Le
o Teoria da mente
Limitações
| 86
o Centração
o Irreversibilidade
08
4:
▪ Crianças não entendem que algumas situações podem ser revertidas
:5
21
0
o Foco mais nos estados do que nas transformações
02
/2
02
▪ Crianças não entendem a importância da transformação de um estado
4/
-1
para outro
om
l.c
o Raciocínio transdutivo ai
gm
@
o Egocentrismo
ic
et
-l
1
ela
.9
▪
.6
o Animismo
el
lL
ra
Estágio operatório-concreto
| 87
• Melhor entendimento dos conceitos espaciais, causalidade, categorização,
raciocínio indutivo e dedutivo, conservação e números
Avanços
08
4:
informações espaciais
:5
21
▪ Aumento da capacidade de avaliar causas e efeitos
0
02
/2
o Categorização
02
4/
-1
▪ Seriação: colocar os objetos em série de acordo com certas
om
características (altura, peso, cor)
l.c
▪ Inferência transitiva: capacidade de deduzir uma relação entre dois
ai
gm
objetos sabendo a relação de cada um deles com um terceiro
@
o Raciocínio indutivo
le
ia
ic
et
▪
1
o Conservação
88
.6
35
▪
es
o Números e matemática
ab
C
ia
▪
▪ Resolução de problemas simples
Estágio Operatório-Formal
| 88
A teoria de Vygotski
Introdução
08
baseada na concepção de um organismo ativo, cujo pensamento é constituído
4:
:5
paulatinamente em um ambiente que é histórico e, em essência, social.
21
0
02
Vygotski defende a ideia de contínua interação entre as mutáveis condições
/2
02
sociais e a base biológica do comportamento humano. Partindo de estruturas
4/
orgânicas elementares, determinadas basicamente pela maturação, formam-se
-1
om
novas e mais complexas funções mentais, a depender da natureza das
l.c
experiências sociais a que as crianças se acham expostas.
ai
gm
@
A forma como a fala é utilizada na interação social com adultos e colegas mais
si
sinais externos que interferem no modo pelo qual a criança age sobre seu
1
-1
social.
.6
35
-0
Essa interiorização progressiva das orientações advindas do meio social não se faz,
es
el
social, é capaz de se posicionar frente ao mesmo, ser seu crítico e seu agente
Le
Através da própria fala, o ambiente físico e social pode ser melhor apreendido,
aquilatado e equacionado: a fala modifica, assim, a qualidade do conhecimento e
pensamento que se tem do mundo em que se encontra.
| 89
operar com informação influenciam o conhecimento individual, a consciência de si
e do mundo.
08
4:
:5
21
Segundo Vygotski, a aquisição de um sistema linguístico reorganiza, pois, todos
0
os processos mentais infantis. A palavra dá forma ao pensamento, criando novas
02
/2
modalidades de atenção, memória e imaginação. Além de indicar um objeto do
02
mundo externo, ela também especifica as principais características desse objeto,
4/
-1
generaliza as características percebidas e as relaciona em determinadas
om
categorias. Daí a importância da linguagem para o pensamento: ela sistematiza
l.c
a experiência direta da criança e serve para orientar o seu comportamento.
ai
gm
@
Até por volta dos três anos de idade, a fala acompanha, frequentemente, o
le
Após a idade de seis anos, Vygotski notou que o falar em voz alta, para si
35
que o direciona.
lL
ra
ab
Dessa maneira, é possível afirmar que Vygotski adota a visão de que pensamento
C
ia
produz o que se chama pensamento verbal, o qual não inclui, assim, nem todas
Le
| 90
oportunidades que se abrem para cada uma delas são muitas e variadas,
adquirindo destaque, em sua teoria, as formas pelas quais as condições e as
interações humanas afetam o pensamento e o raciocínio.
08
várias relações que estes mantêm entre si, ela constrói formas mais complexas e
4:
:5
sofisticadas de conceber a realidade. Sozinha, ela não seria capaz de adquirir
21
aquilo que obtém por intermédio de sua interação com os adultos e com as outras
0
02
crianças, num processo em que a linguagem é fundamental.
/2
02
4/
-1
Desenvolvimento e aprendizagem
om
l.c
ai
Vygotski considera três teorias principais que discutem a relação entre
gm
condições para que esta se dê, sendo preciso que haja um determinado nível de
le
le
| 91
desenvolvimento – medido através da solução de problemas sob a orientação ou
em colaboração com as crianças mais experientes.
Desse ponto de vista, é possível afirmar que a diferença entre as crianças se deve,
em grande parte, à diferença qualitativa em seu ambiente social, ou seja, à
diferente forma de relacionarem-se com as pessoas em seus ambientes. Trata-se,
pis, de diferenças qualitativas nos padrões de interação cognitiva presentes em
ambientes sociais distintos. Tais padrões permitem, dificultam ou criam sérios
08
4:
entraves à construção do conhecimento por parte das crianças.
:5
21
0
O conceito de zona de desenvolvimento proximal possibilita compreender funções
02
/2
de desenvolvimento que estão a caminho de se completar. Nesse sentido, pode ser
02
utilizado tanto para mostrar a forma como a criança organiza a informação, como
4/
-1
para verificar o modo como o seu pensamento opera.
om
l.c
Em resumo, para Vygotski, o processo de desenvolvimento nada mais é do que a
ai
gm
apropriação ativa do conhecimento disponível na sociedade em que a criança
@
O conceito de mediação
.9
88
biológico (que atinge seu apogeu na idade adulta) e o cultural (que se dá durante a
-0
constituição do homem:
el
lL
ra
ab
| 92
reconhecido como um ser humano, como uma pessoa. Para que isso aconteça, o
bebê precisa se tornar um ser humano, algo que só ocorre na e pela interação com
outros humanos. Para seu um homem é preciso viver o processo de humanização.
Ao longo desse processo, o bebê vai se apropriar das conquistas feitas pelas
gerações anteriores, dando início ao seu desenvolvimento cultural. Este só é
possível porque, ao longo da história da espécie, os homens construíram e
aprenderam a empregar instrumentos mediadores.
08
4:
:5
21
Os instrumentos mediadores são formações artificiais que, para Vygotski, são
0
essencialmente sociais e foram construídos pelos homens no decorrer da história
02
/2
humana e transmitidos de geração em geração para interferir em uma relação,
02
fazendo com que essa relação se estabeleça. Dentre os instrumentos mediadores
4/
-1
estão os sistemas sígnicos, dentre os quais alguns têm especial importância tanto
om
na vida coletiva quanto na individual: a linguagem oral e escrita, os diferentes
l.c
sistemas de contagem, o sistema algébrico, as técnicas mnemônicas, as obras de
ai
gm
arte, os esquemas, diagramas etc.
@
si
sp
uma relação entre duas ou mais coisas. Só é possível conhecer as coisas porque
ic
et
elas se revelam por meio da interação que mantêm entre si. Existem duas
-l
1
Mediação explícita
35
-0
atividade e permitir que aqueles envolvidos nessa situação possam vir a operar em
ra
ab
Mediação implícita
| 93
interpessoal cotidiana, no dia a dia das crianças e, paulatinamente, é introduzida
em tarefas de resolução de problemas. A questão a ser aqui ressaltada é que isso
não se dá de forma intencional ou voluntária.
Para Vygotski, a fala interior difere, em muito, da fala externa, cuja organização é
gramatical e lógica. O aparecimento da fala interna imprime, portanto, pela
primeira vez, organização sequencial ao pensamento que quer se expressar. Assim,
quando diante de um problema, as crianças e os adultos tendem a pensar, ou seja,
08
4:
a dialogar com si próprios, para encontrar uma solução.
:5
21
O diálogo interno sobre um dado problema constitui o pensamento verbal, o qual
0
pode ser considerado pura mediação implícita, uma vez que é automática e
02
/2
involuntariamente construído no pensar, na memória e demais modos de
02
funcionamento intelectual. Por esse motivo, não se tem consciência fácil da
4/
-1
mediação implícita, nem se tende a fazer dela objeto de reflexão.
om
l.c
Os instrumentos mediadores implícitos são cruciais para que se possa entender
ai
gm
como os significados se modificam: eles não só permitem que se estabeleça uma
@
comunicação inicial acerca de como realizar uma dada tarefa, como também que
si
sp
incipiente, até aqueles em que sua compreensão atinge níveis mais elevados de
.9
sofisticação.
88
.6
35
-0
| 94
• Foco nos processos sociais e culturais
• Teoria sociocultural: os indivíduos aprendem por meio da interação social
• Preponderância das relações sociais no processo de construção do sujeito
• Ênfase na linguagem
• Sua teoria é uma das bases fundamentais do sócio-construtivismo
Abordagem sócio-histórica
08
4:
:5
• Vygotsky sugere uma psicologia pautada no materialismo histórico-
21
dialético (Marx).
0
02
• A teoria de Vygotsky é instrumental, histórica e cultural (Luria).
/2
02
• É instrumental por se referir à natureza mediada das funções psicológicas
4/
-1
superiores.
om
• O uso dos instrumentos possibilita a transformação da realidade.
l.c
• É a linguagem que organiza e desenvolve funções superiores da
ai
gm
consciência.
@
desenvolvimento.
.9
88
.6
35
do aprendizado da cultura.
ra
ab
superiores.
ia
tíc
| 95
• Existe uma relação fundamental entre pensamento e linguagem, numa
troca de recursos. Desta forma a linguagem tem um papel essencial na
formação do pensamento e do caráter do indivíduo.
08
própria e a capacidade de resolvê-los com ajuda de alguém.
4:
:5
• A pessoa que auxilia a criança pode ser tanto um adulto quanto um colega
21
que já tenha desenvolvido a habilidade em questão.
0
02
• Reforça a ideia de Vygotsky que afirma que o aprendizado humano é de
/2
02
natureza social.
4/
• Andaime: suporte temporário que pais, professores e educadores em geral
-1
om
dão à criança que realiza uma tarefa até que ela possa fazê-la sozinha
l.c
ai
gm
A função da brincadeira
@
si
sp
desejos.
ia
ic
desejo.
21
realizáveis.
.6
35
Mediação
ia
tíc
Le
Processo de interiorização
| 96
psicológicas aparecem, respectivamente nos níveis: 1) interpsicológico e
2) intrapsicológico
Adolescência inicial
08
• Há um incremento de impulsos sexuais e agressivos
4:
:5
• O objetivo dessa subfase consiste em buscar relações extrafamiliares,
21
substituindo as identificações familiares por outras
0
02
• Permanece forte tendência bissexual
/2
• Escolha de objeto tem características narcísicas bem acentuadas
02
4/
-1
Adolescência propriamente dita
om
l.c
• Declínio da bissexualidade ai
gm
Adolescência tardia
21
.9
88
| 97
de Erikson, que trabalham o clico vital como um contínuo onde cada fase
influencia a seguinte.
Assim como Freud, Piaget, Sullivan, entre ouras figuras da época, Erikson optou
por distribuir o desenvolvimento humano em fases. Porém, seu modelo detém
algumas características peculiares (Rabello, 2001):
08
4:
• A proposta os estágios psicossociais envolvem outras artes do ciclo vital
:5
21
além da infância, ampliando a proposta de Freud. Não existe uma negação
0
da importância dos estágios infantil (afinal, neles se dá todo um
02
/2
desenvolvimento psicológico e motor), mas Erikson observa que o que
02
construímos na infância em termos de personalidade não é totalmente fixo
4/
-1
e pode ser parcialmente modificado por experiências posteriores;
om
• A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas de seu ego,
l.c
mas também das exigências do meio em que vive, sendo, portanto,
ai
gm
essencial a análise da cultura e da sociedade em que vive o sujeito em
@
questão;
si
sp
• Em cada estágio o ego passa por uma crise (que dá nome ao estágio). Esta
le
le
Erikson criou alguns estágios, que ele chamou de psicossociais, onde ele
es
descreveu algumas crises pelas quais o ego passa, ao longo do ciclo vital. Estas
el
crises seriam estruturadas de forma que, ao sair delas, o sujeito sairia com um ego
lL
ra
(no sentido freudiano) mais fortalecido ou mais frágil, de acordo com sua vivência
ab
• Período do bebê
• Do nascimento aos 12-18 meses
• Desenvolvimento da percepção do mundo como lugar bom e seguro
• Aspecto positivo: relação mãe-bebê
• Aspecto negativo: desconfiança básica
• Virtude: esperança
| 98
• Patologia central: retraimento
08
4:
falta da mãe que a criança começa a lidar com algo que Erikson chama de força
:5
21
básica (ou virtude). Nesta, a força que nasce é a esperança. Quando o bebê se
0
dá conta de que sua mãe não está ali, ou está demorando a voltar, cria-se a
02
/2
esperança de sua volta. E quando a mãe volta, ele compreende que é possível
02
querer e esperar, porque isso vai se realizar; ele começa a entender que objetos ou
4/
-1
pessoas existem, embora esteja fora – temporariamente – de seu campo de visão.
om
l.c
Quando o bebê vivencia positivamente estas descobertas, e quando a mãe
ai
gm
confirma suas expectativas e esperanças, surge a confiança básica, ou seja, a
@
criança tem a sensação de que o mundo é bom, que as coisas podem ser reais e
si
sp
mundo não corresponde, que é não é bom. A partir daí, já podemos perceber
le
ia
frustrações, pois é daí que ela vai aprender a definir quais esperanças são possíveis
-1
21
Nesta fase também o bebê tem a ideia de sua mãe como um ser supremo,
-0
es
que é por enquanto, a única referência social que a criança tem. Se esta
lL
ra
identificação for positiva, se a mãe corresponder, ele vai criar o seu primeiro e bom
ab
negativa, temos a idolatria, ou seja, o culto a um herói, em que o bebê acha que
tíc
nunca vai chegar ao nível de sua mãe, que ela é demasiadamente capaz e boa, e
Le
que ele não se identifica assim. Inicialmente, a criança vai se tornar agressiva e
desconfiada; mais tarde, ela vai se tornar menos competente, menos
entusiasmada, menos persistente.
| 99
Autonomia x Vergonha e Dúvida
• Infância inicial
• Dos 12-18 meses aos 3 anos
• Desenvolvimento de um equilíbrio entre independência e autossuficiência.
• Aspecto positivo: autonomia
• Aspecto negativo: dúvida, vergonha
08
• Virtude: vontade
4:
• Patologia central: compulsão
:5
21
0
02
/2
Nesta fase eriksoniana, que corresponde ao estágio anal freudiano, a criança já
02
tem algum controle de seus movimentos musculares, então direciona sua energia
4/
-1
às experiências ligadas à atividade exploratória e à conquista da autonomia.
om
Porém, logo a criança começa a compreender que não pode usar sua energia
l.c
exploratória à vontade, que tem que respeitar certas regras sociais e incorporá-las
ai
gm
conservação e controle.
si
sp
le
le
início deste – do que se espera dela, quais são seus privilégios, obrigações e
et
-l
aprendendo as regras.
.9
88
.6
| 100
do autocontrole e de supercontrole exterior resulta uma propensão duradoura
para a dúvida e a vergonha.” (Erikson, 1976)
08
possibilite uma atividade exploratória mais autônoma e independente.
4:
:5
21
Se ao invés da vontade o controle toma a forma de uma regra a ser cumprida a
0
02
qualquer preço, algo ruim e perseguidor, a criança começa a se tornar legalista,
/2
ou seja, ela começa a achar que a punição tem que ser aplicada
02
4/
incondicionalmente quando uma regra não for respeitada. É quando a punição
-1
vence a compaixão; se a criança se mobiliza com a punição do colega que perdeu o
om
controle de uma regra, ou então se sente aliviado quando é punido por algo.
l.c
ai
gm
Neste estágio, o principal cuidado que os pais têm que tomar é dar o grau certo de
@
autonomia à criança. Se é exigida demais, ela verá que não consegue dar conta e sua
si
sp
autoestima vai baixar. Se ela é pouco exigida, ela tem a sensação de abandono e de
le
tornar frágil, insegura e envergonhada. Se ela for pouco amparada, ela se sentirá
ic
et
exigida além de suas capacidades. Vemos, portanto, que os pais têm que dar à criança
-l
determinada coisa ou se os pais reprimem demais sua autonomia, ela vai entender que
35
-0
todo o problema dela, toda a dúvida e a vergonha vieram de seus pais, adultos, objetos
externos.Com isso, começará a ficar tensa na presença deles e de outros adultos, e
es
el
Iniciativa x Culpa
C
ia
tíc
• Idade de brincar
Le
| 101
o controle. Agora, cabe associar à autonomia e à confiança, a iniciativa, pela expansão
intelectual.
08
atitudes: numa delas, a criança pode ficar fixada pela busca de determinadas metas.
4:
:5
Freud descreveu uma destas fixações a qual chamou de Complexo de Édipo, onde a
21
criança nutre expectativas genitais com genitor do sexo oposto. Geralmente, as metas
0
que se estabelecem – como no modelo freudiano – são impossíveis. Quando a criança
02
/2
se empolga na busca de objetivos além de suas possibilidades, ela se sente culpada,
02
pois não consegue realizar o que desejou ou sabe que o que desejou não é aceitável
4/
-1
socialmente, e precisa de alguma forma conter e reinvestir a carga de energia que
om
mobilizou. Então, ela fantasia (muitas vezes magicamente) para fugir da tensão.
l.c
Geralmente tais objetivos se dão no plano sexual e na vida adulta a não resolução da
ai
falta de iniciativa pode causar patologias sexuais (repressão, impotência) ou pode ser
gm
fracasso, o que gera uma ansiedade em torno de atitudes futuras (Erikson, 1987, p.
le
le
119).
ia
ic
et
-l
encontram ligados à ansiedade para aprender. Nesta fase, as crianças querem que os
.9
adultos lhes deem responsabilidades, como arrumar a casa, varrer o quintal ou ajudar
88
.6
a consertar algo. É muito importante que os adultos lhes mostrem também que há
35
certas coisas que ainda não podem fazer, embora possam permitir ajudas em algumas
-0
atividades.
es
el
lL
Quando a criança se dá conta de que realmente existem coisas que estão fora de suas
ra
ab
capacidades (ainda), ela se contenta, não em fantasiar, mas sim em realizar uma
C
criança aplica em si. Para isso, ela utiliza jogos, testando sua capacidade mental,
tíc
Le
Diligência x Inferioridade
| 102
• Idade escolar
• Dos 6 anos à puberdade
• Aprendizado das habilidades culturais
• Enfrentamento da sensação de incompetência
• Aspecto positivo: diligência/produtividade
• Aspecto negativo: inferioridade
•
08
Virtude: habilidade/competência
4:
• Patologia central: inércia
:5
21
0
02
/2
Erikson deu um destaque a esta fase que, contraditoriamente, foi a menos
02
explorada por Freud (no esquema freudiano, corresponde à fase de Latência, por
4/
-1
julgá-la um período de adormecimento sexual). Podemos dizer que este período
om
é marcado, para Erikson, pelo controle, mas um controle diferente do que já
l.c
discutimos. Aqui, trata-se do controle da atividade, tanto física como
ai
gm
valorizar e, até mesmo, reconhece que podem existir recompensas a longo prazo
.9
88
forças para o ego não regredir nem se sentir inferior. Se falhas seguidas ocorrerem,
C
ia
seja por falta de ajuda ou por excesso de exigência, o ego pode se sentir levemente
tíc
Le
Além disso, a criança agora precisa de uma forma ideal, ou seja, regulada e
metódica, para canalizar sua energia psíquica. Ela encontra esta forma no
trabalho/estudo, que lhe dá a sensação de conquista e de ordem, preparando-o
para o futuro, que, aos poucos, passa a ser uma das preocupações da criança. É
nesta fase que ela começa a dizer, com segurança aparente, o que “quer ser
quando crescer”, como uma iniciação no campo das responsabilidades e dos
planejamentos. A ordem e as formas técnicas passam a ser importantes para as
| 103
crianças desta fase. Mas Erikson alerta para o formalismo, ou seja, a repetição
obsessiva de formalidades sem sentido algum para determinadas ocasiões, o que
empobrece a personalidade e prejudica as relações sociais da criança.
• Adolescência
•
08
Dos 12 aos 18 anos (puberdade ao jovem adulto)
4:
• O indivíduo precisa desenvolver o senso do “eu” diante da confusão de
:5
21
papeis
0
• Moratória psicossocial
02
/2
• Aspecto positivo: identidade
02
• Aspecto negativo: confusão de identidade
4/
-1
• Virtude: fidelidade
om
• Patologia central: repúdio
l.c
ai
gm
Nos estudos de Erikson, esta é a fase na qual o autor desenvolveu mais trabalhos,
@
encontra na forma de sua identidade, que foi construída por seu ego em todos os
1
-1
estágios anteriores.
21
.9
88
o adolescente: sou diferente dos meus pais? O que sou? O que quero ser?
35
-0
papel na sociedade. Daí vem a questão da escolha vocacional, dos grupos que
el
lL
precisa sentir que determinado grupo apoia suas ideias e sua identidade. Mas se o
adolescente desenvolver uma forte identificação com determinado grupo, surge o
fanatismo, e ele passa a não mais defender suas ideias com seus argumentos, mas
defende cegamente algo que se apossou de suas ideias próprias.
| 104
Erikson lembra que o ser humano mantém suas defesas para sobreviver. Ao sinal
de qualquer problema, uma delas pode ser ativada. Nesta confusão de
identidade, o adolescente pode se sentir vazio, isolado, ansioso, sentindo-se
também, muitas vezes, incapaz de se encaixar no mundo adulto, o que pode
muitas vezes levar a uma regressão. Também pode acontecer de o jovem projetar
suas tendências em outras pessoas, por ele mesmo não suportar sua identidade.
Aliás, este é um dos mecanismos apontados por Erikson como base para a
08
4:
formação de preconceitos e discriminações.
:5
21
0
Porém, a confusão de identidade pode ter um bom desfecho: em meio à crise,
02
/2
quanto melhor o adolescente tiver resolvido suas crises anteriores, mais
02
possibilidades terá de alcançar aqui a estabilização da identidade. Quando esta
4/
-1
identidade estiver firme, ele será capaz de ser estável com os outros,
om
conquistando, segundo Erikson, a lealdade e a fidelidade consigo mesmo, com
l.c
seus propósitos, conquistando o senso de identidade contínua. ai
gm
@
Intimidade x Isolamento
si
sp
le
le
• Virtude: amor
.6
pronto para uni-la à identidade de outra pessoa, sem se sentir ameaçado. Essa
ra
ego ao outro. Para que essa associação seja positiva, é preciso que a pessoa
tíc
Le
| 105
um longo tempo a assumir qualquer tipo de compromisso, pode-se dizer que é um
desfecho negativo para sua crise.
Um risco apontado por Erikson para esta fase é o elitismo, ou seja, quando há a
formação de grupos exclusivos que são uma forma de narcisismo comunal. Um
ego estável é minimamente flexível e consegue se relacionar com um conjunto
variável de personalidades diferentes. Quando se forma um grupo fechado, onde
se limita muito o tipo de ego com o qual se relaciona, poderemos falar em elitismo.
08
4:
:5
21
Generatividade x Estagnação
0
02
/2
• Adulto
02
• Dos 35 aos 55 anos
4/
-1
• Preocupação em estabelecer e orientar a próxima geração
om
• Aspecto positivo: generatividade
l.c
• Aspecto negativo: estagnação ai
gm
• Virtude: cuidado
@
Nesta fase, o indivíduo tem a preocupação com tudo o que pode ser gerado, desde
ia
ic
filhos até ideias e produtos. Ele se dedica à geração e ao cuidado com o que
et
-l
gerou, o que é muito visível na transmissão dos valores sociais de pai para filho.
1
-1
21
Esta é a fase em que o ser humano sente que sua personalidade foi enriquecida –
.9
88
não modificada – com tais ensinamentos. Isso acontece porque existe uma
.6
fazer-se sobreviver, de fazer valer todo o esforço de sua vida, de saber que tem um
es
Caso essa transmissão não ocorra, o indivíduo se dá conta de que tudo o que fez e
ia
tudo o que construiu não valeu a pena, não teve um porquê, já que não existe
tíc
Le
Nesta fase também a pessoa tem um cuidado com a tradição e, por ser “mais
velho”, pensa que tem alguma autoridade sobre os mais novos. Quando o
indivíduo começa a pensar que pode se utilizar em excesso de sua autoridade, em
nome do cuidado, surge o autoritarismo.
Integridade x Desespero
| 106
• Maturidade e velhice
• A partir dos 55 anos
• Aceitação da própria vida e da morte
• Aspecto positivo: integridade
• Aspecto negativo: desespero
• Virtude: sabedoria
• Patologia central: desdém
08
4:
Agora é tempo de o ser humano refletir, rever sua vida, o que fez, o que deixou
:5
21
de fazer. Pensa principalmente em termos de ordem e significado de suas
0
realizações. Essa retrospectiva pode ser vivenciada de diferentes formas. A pessoa
02
/2
pode simplesmente entrar em desespero ao ver a morte se aproximando. Surge
02
um sentimento de que o tempo acabou, que agora resta o fim de tudo, que nada
4/
-1
mais pode fazer pela sociedade, pela família, por nada. São aquelas pessoas que
om
vivem em eterna nostalgia e tristeza por sua velhice. A vivência também pode ser
l.c
positiva. A pessoa sente a sensação de dever cumprido, experimenta o
ai
gm
Existe ainda o perigo do indivíduo se julgar o mais sábio, e impor suas opiniões em
si
sp
últimos anos ou estagnar diante “do terrível fim” e o desespero toma conta da
-1
21
pessoa.
.9
88
.6
Fase oral
| 107
A primeira etapa da organização da libido foi denominada como fase oral, em que
a boca se constitui como a zona erógena que primacialmente experimenta a libido
oral e suas gratificações, como é no ato da amamentação. A finalidade da libido
oral, além da gratificação pulsional, também visa à incorporação, a qual, por sua
vez, está a serviço da identificação.
08
4:
ao distinguir duas subetapas dentro da fase oral: a fase oral passivo-receptiva (que
:5
21
dura até que o bebê tenha condições de agarrar espontaneamente os objetos) e a
0
fase oral ativo-incorporativa. A importância desta última reside no fato de que
02
/2
Abraham intuiu o conceito de que essa incorporação ativa possa estar carregada
02
de pulsões agressivas e hostis, geralmente dirigidas à mãe.
4/
-1
om
Ao longo da obra de Freud, aparecem postulações fundamentais, que descrevem
l.c
ocorrências da fase oral: ai
gm
@
•
le
herança biológica
ic
et
Fase anal
es
el
lL
Da mesma maneira que na fase oral, a fase anal não alude unicamente à
ra
respectivas fantasias:
ia
tíc
Le
| 108
Geralmente, esta etapa é considerada como aquela em que as transformações vão
ocorrendo no curso do segundo e terceiro anos, sendo que outras importantes
funções devem ficar incluídas nesta fase, como são as de:
• Aquisição da linguagem
• Engatinhar e andar
• Curiosidade e exploração do mundo exterior
• Progressivo aprendizado do controle dos esfíncteres
08
4:
• Controle da motricidade e prazer com a atividade muscular
:5
21
• Ensaios de individuação e separação
0
• Desenvolvimento da linguagem e da comunicação verbal
02
/2
• Brinquedos e brincadeiras
02
• Aquisição da condição de dizer não
4/
-1
om
O controle dos esfíncteres deve ser considerado como um modelo de como se
l.c
processa o controle motor em geral: ai
gm
@
• Sensações de domínio/sujeição
si
sp
• Prazer na expulsão/rejeição
le
le
• Reter
1
-1
• Eliminar
21
• Tomar
.9
88
• Dar
.6
35
-0
O valor da matéria fecal adquire o valor de uma troca entre a criança e o mundo
es
Abraham descreveu duas subetapas: fase anal expulsiva e fase anal retentiva. A
ia
| 109
• A rivalidade e competição com os demais
• O surgimento de dicotomias (grande/pequeno, bonito/feio, dentro/fora
etc.)
Baseados nas características da fase anal, com seus respectivos pontos de fixação
e de regressão, muitos autores psicanalíticos desenvolveram textos referentes à
formação de um caráter anal, como é o caso de uma caracterologia de molde
obsessivo-compulsiva (ou anancástica).
08
4:
:5
21
Fase fálica
0
02
/2
Também denominada fase edípica, a expressão “fálica” origina-se no conceito
02
original de Freud de que até certa idade as crianças de ambos os sexos supõem a
4/
-1
existência de genitais masculinos em todas as pessoas (o falo, na antiguidade, era
om
a representação simbólica do poder, concentrada no órgão anatômico pênis). Por
l.c
outro lado, a expressão “edípica” alude ao fato de que os desejos erógenos nos
ai
gm
Masturbação
-1
21
.9
meninas, podendo este ser entendido como um pênis pequeno. Como uma
-0
Curiosidade sexual
ia
tíc
Le
Cena primária
| 110
Tanto por uma intuição como por estímulos externos (barulhos noturnos,
insinuações dos pais etc.), a criança imagina o que se passa no quarto fechado dos
pais, fica muito excitada e usa o recurso das repressões. Por vezes, as repressões
não são suficientes e a criança aumenta o seu mundo da imaginação, que fica
girando em torno das anteriores fantasias pré-edípicas (entredevoramento; coito
sádico; fusão paradisíaca; amputações; coito e parto anal etc.).
08
4:
protagonistas da cena, com as diversas fantasias correlatas, inerentes ao
:5
21
complexo de Édipo. Quando os pais permitem, ou até induzem, uma participação
0
concreta da criança na cena primária, estarão, provavelmente, produzindo um
02
/2
futuro perverso.
02
4/
-1
om
Complexo de Édipo
l.c
ai
Essa expressão designa o conjunto de desejos amorosos e hostis que a criança
gm
experimentou com relação aos seus pais. Freud situou-o por volta dos três anos.
@
si
• Uma positiva, que genericamente consiste num desejo sexual pelo genitor
ic
et
razões:
es
el
lL
Período de latência
| 111
Depois dos seis anos de idade, a criança entra no período de latência, que
apresenta duas características principais:
08
4:
A combinação de ambas as características propicia a sublimação das pulsões,
:5
21
comumente na escolarização e em atividades esportivas, assim como na
0
formação de aspirações morais, estéticas e sociais. Desta maneira, este período
02
/2
é comumente considerado como sendo aquele que consolida a formação do
02
caráter.
4/
-1
om
Fase genital (da puberdade à fase adulta)
l.c
ai
gm
Esquematizando
et
-l
1
-1
Fase Oral
21
.9
88
• Foco na boca
es
el
lL
Fase Anal
ra
ab
C
Fase fálica
• 3 a 6 anos
• Apego ao genitor do sexo oposto e posterior identificação com o genitor do
mesmo sexo
• Complexo de Édipo e Castração
| 112
Fase de latência
• 6 anos à puberdade
• Deslocamento da pulsão para as áreas sociais, intelectuais e lazer
• Relativa tranquilidade emocional
Fase genital
08
4:
• Puberdade à idade adulta
:5
21
• Impulsos sexuais direcionados para a possibilidade de relações sexuais
0
maduras
02
/2
02
Bowlby, Ainsworth e a teoria do apego
4/
-1
om
Ainsworth e Bowlby (1991) denominam a teoria originalmente proposta por
l.c
ai
Bowlby e construída durante 40 anos em colaboração, uma abordagem etológica
gm
apego. Esta característica teria, segundo Bowlby (1984a), uma clara função
ia
ic
evolucionário de adaptação.
1
-1
21
| 113
criança consiga ter e manter a proximidade. Tais comportamentos podem ser
muito variados, sendo alguns dos mais comuns chorar, chamar, balbuciar, sorrir e
agarrar-se.
08
4:
seguintes eventos: aqueles que mostram a presença de perigo potencial ou
:5
21
estresse e aqueles relacionados à localização e acessibilidade da figura de apego.
0
02
/2
A função deste sistema de controle seria a de garantir que as crianças tenham
02
acesso às pessoas com as quais elas podem obter cuidado e proteção. Como os
4/
-1
próprios Ainsworth e Bowlby (1991) assinalam, ambos tinham interesse em
om
conhecer o papel desempenhado pelas interações entre adulto-criança no
l.c
processo de desenvolvimento das relações de apego. A teoria do apego considera
ai
gm
que a qualidade das relações de apego (Ex.: seguro ou inseguro) depende das
@
observações que ocorriam nas casas das crianças, inicialmente aquelas realizadas
ic
et
culturalmente adequada as reações das crianças à separação das mães que havia
88
.6
nos quais a mãe e a criança são reunidos e separados, envolvendo em alguns deles
-0
es
reação da criança e, a partir disso, são feitas inferências sobre o tipo de apego que
lL
ra
desenvolveu.
ab
C
ia
| 114
Nas palavras de Bowlby (1988), a saúde mental da criança depende de que ela
tenha: ... a vivência de uma relação calorosa, íntima e contínua com sua mãe (ou
uma mãe substituta permanente uma pessoa que desempenha, regular e
constantemente, o papel de mãe para ela) na qual ambos encontrem satisfação e
prazer (p. 13).
08
4:
referencial teórico. Segundo esta teoria, a qualidade do apego dependerá da
:5
21
natureza das interações adulto-criança. O apego seguro, por exemplo, depende da
0
responsividade contingente dos pais em relação ao bebê, ou seja, da capacidade
02
/2
do adulto em mostrar-se sensível às pistas do bebê e responder nos momentos
02
adequados com o sorriso, a fala, etc.
4/
-1
om
Nos relacionamentos com as crianças, os cuidadores podem expressar diferentes
l.c
tipos de responsividade e neles os chamados modelos funcionais internos se
ai
gm
consolidam. Estes modelos funcionais se estruturam tendo como base elementos
@
o sentimento de que o outro é ou não uma base segura para exploração do mundo.
le
A natureza dos modelos funcionais, por sua vez, será fundamental para a formação
le
ia
da qualidade do apego.
ic
et
-l
1
desenvolvimento da criança.
35
-0
es
Pode ter formas ativas, como procurar ou seguir o cuidador; formas aversivas,
lL
ra
como chorar; ou pode ainda aparecer sob forma e sinais comportamentais que
ab
padrão desses comportamentos, e não sua frequência, que revela algo acerca da
força ou qualidade do apego (AINSWORTH, 1989).
| 115
representação mental das figuras de apego, de si mesmo e do ambiente, sendo
estas baseadas na experiência.
08
4:
exploração, as crianças categorizadas como inseguras tinham em comum baixa
:5
21
exploração do ambiente e pouca ou intensa interação com suas mães.
0
02
/2
Para melhor investigar essas categorias, M. Ainsworth (1978) desenvolveu o
02
método experimental denominado Situação Estranha, em que as reações da
4/
-1
criança na interação com seu cuidador são observadas, em detalhe, em uma
om
situação de separação. A Situação Estranha deu origem ao primeiro sistema de
l.c
classificação do apego entre o cuidador e a criança, sendo as categorias
ai
gm
organizadas em: padrão seguro, padrão ambivalente ou resistente e padrão
@
independência daquela.
| 116
resposta de apoio, o que pode ter provocado falta de confiança nos cuidadores,
em relação aos cuidados, à disponibilidade e à responsividade.
08
4:
apontou que são crianças menos propensas a procurar o cuidado e a proteção das
:5
21
figuras de apego quando vivenciam estresse. A partir de suas observações, M.
0
Ainsworth (1967) também sugeriu que essas crianças deixam de procurar os
02
/2
cuidadores após terem sido rejeitadas, de alguma maneira, por eles. Apesar de os
02
cuidadores demonstrarem preocupação, não correspondem aos sinais de
4/
-1
necessidade quando a criança os indica. A hipótese sugerida para a compreensão
om
dessas crianças é de que tenham sido rejeitadas quando revelaram suas
l.c
necessidades, aprendendo a ocultá-las em momentos relevantes (CORTINA &
ai
gm
MARRONE, 2003).
@
si
sp
adequada para lidar com o que as assusta. Esses casos aparecem em situações de
lL
ra
abuso, nas quais o cuidador pode significar uma fonte amedrontadora quando o
ab
manifestação desse padrão, como, por exemplo, transtorno bipolar nos pais ou
uso parental de álcool (CORTINA & MARRONE, 2003).
Winnicott
Segundo Winnicott, a concepção da origem do si mesmo reside na experiência
inicial do encontro inter-relacional humano. Assim, para que o bebê inaugure sua
própria constituição, é necessária a presença afetiva e constante de outro, que
acolha seu gesto primitivo e espontâneo de vir a ser no mundo, sendo esse gesto
| 117
constitutivo intrínseco à condição humana. Winnicott afirma que a base para a
constituição psíquica do ser humano ocorre nos primórdios do relacionamento
mãe-bebê. Nesse período, a mãe não é percebida pelo bebê como um sujeito à
parte, mas sentida como extensão do seu próprio corpo. A teoria psicanalítica de
Winnicott propõe que todo ser humano possui uma tendência inata ao
amadurecimento emocional, ou seja, o bebê possui um potencial vital próprio que
o impulsiona ao processo de desenvolvimento em busca do início de sua
existência e, por consequência, de sua continuidade de ser. Embora Winnicott
08
4:
postule uma tendência inata ao amadurecimento, como algo essencial, da ordem
:5
21
do ser, ele também ressalta a relevância da existência concreta na constituição
0
humana. De acordo com Winnicott, "somente a partir da não-existência é que a
02
/2
existência pode começar". Assim, a possibilidade de ser e, consequentemente, de
02
sua continuidade de ser ocorre a partir do não-existir, no intervalo entre a não-
4/
-1
existência e a existência.
om
l.c
Para que esse potencial inato se concretize é, portanto, fundamental a presença
ai
gm
de um ambiente constante e facilitador, constituído pelos cuidados maternos e
@
pelo meio em que o bebê se desenvolve. Desse modo, a capacidade de ter uma
si
sp
Em 1945, ainda fortemente influenciado por Melanie Klein, Winnicott publica seu
lL
ra
Integração e personalização
O bebê nasce num estado de não integração (não é o mesmo que desintegração e
dissociação), na qual ele está numa condição de dependência absoluta, apesar da
sua crença mágica de possuir uma absoluta independência. Segundo Winnicott, o
desenvolvimento normal desse período levaria à obtenção de um esquema
corporal integrado da criança, que ele chamou de uma unidade psique-soma,
sendo que o autor define a personalização como o sentimento de que a pessoa
habita o seu próprio corpo.
| 118
Adaptação à realidade
08
4:
:5
Crueldade primitiva
21
0
02
Winnicott afirmava que todo bebê tem uma carga genética com uma certa cota de
/2
02
agressividade que muitas vezes se volta contra ela mesma, e que também vem
4/
acompanhada da fantasia de ter danificado a mãe. Entretanto, ele enfatiza os
-1
aspectos construtivos da agressividade e a esperança da criança de que sua mãe
om
lhe compreenda, ame e sobreviva a seus ataques.
l.c
ai
gm
transicional, o qual, outras vezes, ele chama de espaço potencial, área da ilusão
88
seio da mãe como fazendo parte do próprio corpo, sendo que, no início, a mãe
ra
ab
deve aceitar essa ilusão, porém, aos poucos, ela deve processar uma progressiva
C
desilusão das ilusões, até que a criança perceba que ela tem a possessão do
ia
tíc
| 119
A capacidade de estar só
Orgasmo do ego
08
4:
:5
21
Ao descrever a aquisição, por parte da criança, da capacidade de estar só,
0
Winnicott afirma que “É somente quando só que a criança pode descobrir sua vida
02
/2
própria (...), é capaz de fazer o equivalente ao que no adulto chamamos de relaxar
02
(...), adquirir a capacidade de se tornar ‘não integrada’, de devanear, de ter uma
4/
-1
experiência que é sentida como real”.
om
l.c
Baseado nisso, Winnicott utiliza a expressão orgasmo do ego ao afirmar que "na
ai
gm
pessoa normal uma experiência altamente satisfatória como essa pode ser
@
relativa, devemos ter como certo que o indivíduo só possa atingir sua
ab
C
"Cabe a cada indivíduo fazer o longo caminho que parte do estado de ser
misturado com a mãe até o estado de ser um indivíduo separado, relacionado à
mãe, e à mãe e ao pai juntos. Daí a jornada segue pelo território conhecido como
família, tendo o pai e a mãe como suas principais características estruturais. A
família tem seu próprio crescimento […]. A família protege a criança do mundo.
Mas, gradualmente, o mundo se introduz: as tias e tios, os vizinhos, os primeiros
grupinhos de crianças, chegando à escola. Essa introdução gradual do ambiente
externo é a melhor maneira pela qual uma criança pode entrar em bons termos
| 120
com o mundo mais vasto, e segue de modo exato o padrão pelo qual a mãe
apresenta à criança a realidade externa."
Nos bons casos, a família tem seu próprio crescimento não só porque seus
membros, centralmente o pai e a mãe, amadurecem como pessoas individuais,
mas também porque, ao se tornarem pais e parceiros nos cuidados com os filhos e
ao adquirirem um novo status na família mais ampla e na sociedade, a própria
relação e o sentido da relação amadurecem. Num outro texto, corroborando ainda
08
4:
a ideia de que a criança precisa partir do que é pequeno, no qual ela pode exercer
:5
21
algum tipo de domínio e ter ali uma amostra do que se segue, para poder cultivar
0
os recursos que lhe permitirão usar o mais amplo, diz ainda o autor:
02
/2
02
"Por trás da idéia de família, existe o reconhecimento da necessidade inicial
4/
-1
criança pequena de uma versão simplificada da sociedade, que possa ser
om
usada para os propósitos do crescimento emocional essencial, até que o
l.c
desenvolvimento crie, na criança, uma capacidade para utilizar um círculo
ai
gm
mais amplo, e, na verdade, um círculo que se amplia cada vez mais."
@
Segundo Winnicott, há dois pontos principais através dos quais a família contribui
le
ia
grau;
.9
outra.
el
lL
ra
| 121
pouco mais tarde, envolvendo já a genitalidade. A família é, ainda, a instância de
pertencimento que abre para o novo indivíduo um lugar no grupo a ocupar e
exercer o que lhe compete, do qual fazem parte expectativas e papéis a cumprir; é,
onde, portanto, ele treina, desde o início e ao longo da vida, o delicado equilíbrio
entre espontaneidade e aquiescência. É, ainda, em especial quando permanece
intacta, o campo no qual o indivíduo tem a melhor das oportunidades para iniciar-
se na vida social e onde é preparado para apreciar e exercer o modo de vida
democrático, o qual requer a integração da agressividade e a plena aceitação da
08
4:
existência externa, separada, independente do si-mesmo, dos outros e da
:5
21
realidade. Sem o reconhecimento da separação, sem chegar ao sentido pleno de
0
realidade externa e independente do si-mesmo, não pode haver aceitação da
02
/2
diferença, o que naturalmente dificulta, e mesmo impede relacionamentos e
02
convivências, sejam eles entre indivíduos, grupos, raças e países.
4/
-1
om
Conceitos fundamentais
l.c
ai
gm
@
Dependência e Independência
si
sp
le
•
21
inconsciente
-0
es
el
lL
a) Integração
ia
tíc
Le
b) Personalização
| 122
• Corpo se estabelece como “morada do self”
• Psique e soma desenvolvem-se em uníssono
• Distúrbios como despersonalização e doenças psicossomática originam-se
na época dos primeiros cuidados
c) Realização
08
4:
• Produz a troca ao invés de isolamento
:5
21
0
02
/2
02
Mente e psique-soma
4/
-1
om
• A psique está ligada ao funcionamento corporal (soma)
l.c
• A mente depende da existência e do funcionamento de certas partes do
ai
cérebro que se desenvolvem depois (maturação)
gm
@
si
sp
le
Funções da mente:
le
ia
ic
espaço.
21
Relações Objetais
es
el
• Aos poucos o objeto parcial começa a ser entendido como objeto total.
tíc
Le
Objetos transicionais
| 123
▪ Pode ser um cobertor, uma pano ou fralda, um lenço, uma boneca
▪ O objeto transicional tem o valor intermediário entre o self e o mundo
exterior.
▪ O objeto transicional simboliza, ao mesmo tempo, uma parte do self e uma
parte do ambiente.
08
4:
:5
• Winnicott descreve a coexistência do processo de identificação materna
21
com a dependência do bebê recém-nascido
0
02
• Há a identificação da mãe com o bebê e a identificação do bebê com a mãe.
/2
02
• O traço característico da mãe é a capacidade de desviar o interesse do
4/
próprio self para o bebê (preocupação materna primária).
-1
• Preocupação materna primária descreve um estado de sensibilidade
om
l.c
exacerbada que surge principalmente ao final da gravidez e dura algumas
ai
semanas após o nascimento do bebê.
gm
@
segundo o autor, a memória das mãe a esse respeito tende a ser reprimida
sp
le
le
ia
ic
et
▪ A mãe cujo interesse próprio é tão compulsivo que ela não consegue
21
▪ A mãe que tende a ser sempre preocupada e faz do bebê uma preocupação
.6
35
patológica
-0
es
| 124
• Quando a mãe proporciona uma adaptação suficientemente boa à
necessidade do bebê, a linha de vida da criança é perturbada muito pouco
por reações à intrusão
• Pequenas alhas maternas, quando seguidas de um reestabelecimento da
sensação de tranquilidade, dão ao bebê a confiança de ser cuidado: base
para o desenvolvimento do ego e para a capacidade de tolerar frustrações
• A constituição do ego acontece de forma silenciosa
• A formação deriva tanto de experiências de satisfação quanto daquelas em
08
4:
que o bebê precisa preencher as lacunas que o cuidado materno deixa em
:5
21
aberto
0
• A base para o estabelecimento do ego é um suficiente continuar a ser
02
/2
02
4/
-1
Funções maternas
om
l.c
Holding (segurar) ai
gm
@
si
sustentação psicológica
le
ia
Handling (manipular)
| 125
• Favorece a formação de uma parceria psicossomática no bebê
• Proporciona a integração psicossomática: a possibilidade do surgimento da
psique a partir da elaboração imaginativa das sensações e experiências
vividas no corpo, originando a unidade psique-soma
• Contribui para a formação do sentimento do real em oposição ao irreal.
• Envolve, sobretudo, o contato físico da mãe com o bebê, que é necessário
ao seu bem-estar físico
• Falhas no handling podem conduzir à dissolução da unidade e a perda da
08
4:
capacidade de se sentir real, bem como doenças psicossomáticas
:5
21
• Importante para o bebê perceber o próprio corpo como uno, colaborando
0
com o processo de gradual integração à vida psíquica do bebê
02
/2
02
4/
-1
Apresentação de objetos
om
l.c
• Dá origem à capacidade do bebê de se relacionar com objetos.
ai
gm
• Tem início com a primeira refeição do bebê.
@
•
ic
Self Verdadeiro
ra
ab
C
• Para que possa se constituir como um indivíduo, o ser humano conta com
ia
tíc
| 126
▪ Encontra sua expressão nos atos espontâneos
08
4:
:5
21
• O self verdadeiro necessita, a partir do contato com o ambiente facilitador,
0
adquirir uma realidade psíquica pessoal que lhe permita sentir-se real,
02
/2
sentir que o mundo é real e experimentar a continuidade de sua existência.
02
• O gesto espontâneo é o self verdadeiro em ação. Somente o self verdadeiro
4/
-1
pode ser criativo e sentir-se real
om
• Para que seja possível a expressão do verdadeiro self é necessário que
l.c
algumas condições tenham sido garantidas desde o início do
ai
gm
desenvolvimento.
@
•
-l
• A mãe suficientemente boa permite que o bebê crie o mundo e viva a ilusão
.9
88
Falso self
| 127
• O falso self surge no contato com uma mãe incapaz de reconhecer a
singularidade do bebê, obrigando-o a se submeter e acomodar às suas
próprias insuficiências.
• O falso self se constitui como uma tentativa de substituição da função
materna que falhou, na busca de proteger o verdadeiro self e dar-lhe
condições para se desenvolver
• O falso self consiste numa forma primitiva de auto-suficiência na ausência
do cuidado.
08
4:
• O falso self começa a emergir, em sua forma mais severa, na infância
:5
21
• Pode-se compreender o falso self como uma defesa que oculta e protege o
0
verdadeiro self.
02
/2
• Na medida em que o verdadeiro self é a fonte dos impulsos pessoais, a
02
existência por meio de um falso self torna a vida esvaziada de sentido e
4/
-1
permeada por um senso de irrealidade.
om
l.c
ai
gm
Diversos níveis de falso self
@
si
sp
garantia do convívio social até o falso self que se implanta como real, em
le
ia
•
88
posterior do desenvolvimento
-0
es
el
lL
ambiente)
C
ia
tíc
Le
| 128
▪ Tem início a separação entre eu e não-eu
▪ O bebê toma consciência de sua dependência e passa a tolerar melhor as
falhas de adaptação da mãe
▪ Capacidade de situar-se no tempo e no espaço
▪ Reconhecimento das pessoas e objetos como parte da realidade externa
▪ Constituição da unidade do psique-soma
▪ A criança pensa estar se relacionando com duas mães: a mãe dos
momentos calmos, e a mãe dos momentos de excitação em que a
08
4:
agressividade está presente
:5
21
▪ Fase dos fenômenos transicionais
0
02
/2
02
Fase de independência relativa (2 anos até o final da vida)
4/
-1
▪ Construção da identidade e a formação de regras sociais
om
l.c
▪ Não existe independência absoluta: jamais seremos completamente
ai
independentes do ambiente
gm
@
si
sp
Questões
le
le
ia
psicodiagnóstico.
tíc
| 129
a) antes de iniciar o processo diagnóstico, o psicólogo precisa entender as
razões do encaminhamento para que possa responder às especificidades
da solicitação e demanda.
b) o aspecto preventivo é colocado em questão, já que a solicitação de um
psicodiagnóstico tem como objetivo a nomeação da disfunção já existente.
c) nem sempre será necessário traçar um plano de avaliação, uma vez que as
hipóteses iniciais podem estar obscuras.
d) no diagnóstico interventivo a entrevista devolutiva tem o intuito de
08
4:
informar o paciente sobre os resultados obtidos com a avaliação, como
:5
21
acontece nos trabalhos de psicodiagnósticos tradicionais.
0
e) há uma limitação temporal dos resultados, pois as técnicas e métodos se
02
/2
renovam e invalidam as conclusões anteriores.
02
4/
-1
3 FCC 2017 – TER SP
om
l.c
No processo psicodiagnóstico, segundo Ocampo e Arzeno (1990), ai
gm
@
anular-se e ampliar-se.
Le
a) devolutiva.
b) diagnóstica.
c) conclusiva.
d) mediativa.
| 130
e) pontual.
08
4:
também certos sentimentos e fantasias de importância vital para a compreensão
:5
21
do caso que surgem no psicólogo e que permitem determinar o tipo de vínculo
0
objetal que opera como modelo interno inconsciente no paciente. Este processo
02
/2
refere-se aos aspectos
02
4/
-1
a) de elaboração e reelaboração.
om
b) de rapport e de ritmo.
l.c
c) verbais e fantasistas. ai
gm
d) transferenciais e contratransferenciais.
@
e) de significação e resignificação.
si
sp
le
pelo teste.
ab
descritiva.
Le
| 131
comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo.
A entrevista final voltada a esse intuito é denominada entrevista de
a) reflexão.
b) devolução.
c) resolução.
d) mediação.
e) delineamento.
08
4:
:5
21
8 FCC 2015 – TRT 3
0
02
/2
Estudiosas do psicodiagnóstico como María Luiza Siquier de Ocampo e María
02
Esther García Arzeno caracterizam a entrevista inicial do psicodiagnóstico como
4/
-1
entrevista
om
l.c
a) pontual. ai
gm
b) dirigida.
@
c) temática.
si
sp
d) pseudofocal.
le
e) semidirigida.
le
ia
ic
et
Jurema Alcides Cunha aponta que a avaliação compreensiva tem por objetivo
.9
a) memória.
el
b) resistência.
lL
ra
c) insight.
ab
d) pensamento.
C
ia
e) proteção.
tíc
Le
| 132
11 FCC 2018 – TRT 15
08
4:
b) estruturados, com o objetivo de conseguir informações sobre temas
:5
21
específicos do mundo objetivo do examinando.
0
c) convencionais, a partir dos quais o indivíduo informa sobre suas
02
/2
preferências em relação a temáticas específicas.
02
d) pouco estruturados, que ele organizará em conformidade com aspectos de
4/
-1
seu mundo interno.
om
e) sequenciais que induzem o examinando a expressar conteúdos relativos
l.c
aos temas propostos, de modo estruturado. ai
gm
@
redor do local onde viu − “Dois palhaços batendo as mãos um no outro”. Esse tipo
-l
1
a) pormenor primário.
88
.6
b) global.
35
c) pormenor secundário.
-0
es
d) de estrutura.
el
e) de conteúdo fragmentado.
lL
ra
ab
| 133
Consta no Manual do Teste de Apercepção Temática − TAT, de Henry A. Murray,
que o primeiro passo para analisar uma história é reconhecer o personagem com o
qual o contador da história se identificou. Chama-se esse personagem de
a) herói.
b) mentor.
c) protagonista.
d) sujeito emergente.
08
4:
e) ego principal.
:5
21
0
15 FCC 2014 – TRT 13
02
/2
02
O conjunto completo de pranchas que compõem o Teste de Apercepção Temática
4/
-1
- TAT corresponde a 31 pranchas, sendo que cada prancha apresenta, impressos
om
no verso, apenas um número ou um número seguido de uma ou mais letras. O
l.c
número indica a ordem em que o estímulo deve ser apresentado, na série, e as
ai
gm
letras referem-se
@
si
sp
protocolo do teste.
-1
21
cada história.
c) quarenta minutos para as 10 pranchas, podendo utilizar cerca de 4 minutos para
cada história.
d) sessenta minutos para as 10 pranchas, podendo utilizar cerca de 6 minutos para
cada história.
e) quanto tempo precisar para realizar cada história, mas que ao final deve
terminar as 10 estórias em 60 minutos.
| 134
Consta no Manual do Teste de Apercepção Temática − TAT, de Henry A. Murray,
que o primeiro passo para analisar uma história é reconhecer o personagem com o
qual o contador da história se identificou. Chama-se esse personagem de
a) herói.
b) mentor.
c) protagonista.
08
d) sujeito emergente.
4:
e) ego principal.
:5
21
0
02
18 FCC 2014 – TRT 2
/2
02
4/
Segundo o Manual do Teste de Apercepção Temática − TAT, de Henry A. Murray,
-1
para o psicólogo trabalhar com o conteúdo das histórias, é recomendado o
om
método de analisar cada evento sucessivo em relação à força ou às forças
l.c
ai
provenientes do herói; e à força ou às forças provenientes do meio, sendo a força
gm
a) impulsão.
le
le
ia
b) pressão.
ic
et
c) repressão.
-l
d) pulsão.
1
-1
21
e) liberação.
.9
88
.6
| 135
20 FCC 2014 – TJAP
08
4:
:5
21
a) H.
0
02
b) R.
/2
c) F.
02
4/
d) M.
-1
e) Z.
om
l.c
21 FCC 2012 – TRE CE ai
gm
@
si
a) visuais.
le
ia
b) expressivos.
ic
et
c) específicos.
-l
1
d) projetivos.
-1
21
e) gerais.
.9
88
.6
de
lL
ra
ab
a) associação e a do inquérito.
C
ia
| 136
a) sugerir três respostas, para que o examinando escolha aquela que lhe convier.
b) estimular o examinando para que diga o que vê.
c) perguntar ao examinando se ele se sentiria melhor se a aplicação, do teste, fosse
interrompida.
d) passar para a seguinte, sem insistir.
e) passar para a fase de inquérito, visando assim atestar a dificuldade encontrada
pelo examinando.
08
4:
24 FCC 2017 – DPE RS
:5
21
0
O registro da qualidade formal é uma das características mais importantes do
02
/2
processo de codificação no momento da avaliação das respostas obtidas na
02
aplicação do Método de Rorschach. Isso se deve à necessidade
4/
-1
om
a) de aferirmos as respostas de movimento animal ou humano.
l.c
b) de verificarmos a existência de respostas populares ou vulgares.
ai
gm
c) da contagem de respostas em que haja a cor envolvida.
@
a) 15 a 85 minutos.
ab
C
b) 20 a 70 minutos
ia
c) 40 a 80 minutos
tíc
Le
d) 50 a 75 minutos.
e) 30 a 90 minutos.
| 137
c) não-verbais, sendo constituído por um caderno com 60 itens ou figuras, que
representam cada uma um problema, cuja solução deve ser escolhida entre seis
alternativas de respostas.
d) da própria identidade, ao se solicitar o desenho de uma pessoa inteira, sendo a
escala utilizada para avaliar o desenho constituída por 73 itens.
e) da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica.
08
4:
:5
21
A técnica projetiva de desenho da Casa-Árvore-Pessoa (House-Tree-Person, HTP)
0
tem sido utilizada para obter informação sobre como uma pessoa experiencia sua
02
/2
individualidade em relação aos outros e ao ambiente do lar. Segundo John N.
02
Buck, autor do Manual e Guia de Interpretação do teste, o HTP
4/
-1
om
a) estimula a livre expressão por parte do examinando, podendo, nesses casos, ser
l.c
dispensada a fase de Inquérito. ai
gm
b) permite a discriminação do alcance das estruturas cognitivas.
@
adulta.
le
em crianças.
-0
es
el
de disfunção cerebral.
ab
inteligência.
tíc
a)
I - BENDER
II - WAISIII
III - HTP
IV - TAT
| 138
b)
I - BENDER
II - HTP
III - WAIS-III
IV - TAT
c)
I - WAIS-III
II - BENDER
08
4:
III - TAT
:5
21
IV - HTP
0
d)
02
/2
I - HTP
02
II - BENDER
4/
-1
III - WAIS-III
om
IV - TAT
l.c
e) ai
gm
I - BENDER
@
II - WAISIII
si
sp
III - TAT
le
IV - HTP
le
ia
ic
et
psicopatas podem
35
-0
es
a) retraírem-se egoísticamente.
el
b) demonstrar fúria.
lL
ra
c) se recusar a fazê-los.
ab
30 FCC 2014 – TJ AP
| 139
b) bipolaridade, especialmente se não houver tentativas para corrigir sinais
destrutivos nas imagens.
c) esquizofrenia, especialmente se não houver tentativas para corrigir falsas
cognições a respeito da imagem gráfica criada.
d) depressão, especialmente se não houver tentativas para corrigir más
interpretações.
e) patologia, especialmente se não houver tentativas para corrigir as falhas
identificadas verbalmente.
08
4:
:5
21
31 FCC 2014 – TRT 4
0
02
/2
Nos desenhos acromáticos do teste HTP - Casa Árvore Pessoa, se o indivíduo quiser
02
usar régua para auxílio no desenho, o psicólogo deve ressaltar que
4/
-1
om
a) fica a critério do sujeito o uso da mesma.
l.c
b) o desenho deve ser à mão livre. ai
gm
c) não é necessário ser tão criterioso e meticuloso na grafia.
@
I. A hora do jogo.
35
a)
tíc
I - Aberastury A.
Le
II - Trinca, W.
III - Winnicott, D.W.
b)
I - Ocampo, M.L.S.
II - Klein, M.
III - Trinca, W.
c)
I - Klein, M.
II - Ocampo, M.L.S.
III - Winnicott, D.W.
| 140
d)
I - Trinca, W.
II - Winnicott, D.W.
III - Klein, M.
e)
I - Ocampo, M.L.S.
II - Trinca, W.
III - Klein, M.
08
4:
:5
21
33 FCC 2017 – TRE SP
0
02
/2
Em relação a uso dos testes psicológicos,
02
4/
-1
a) o psicólogo poderá utilizar qualquer teste psicológico que seja reconhecido por
om
ele como atendendo à complexidade do motivo que determinou a avaliação
l.c
psicológica. ai
gm
b) as técnicas projetivas, por apresentarem tarefas estruturadas, favorecem uma
@
predição temporal.
.6
35
-0
Psicologia), que
tíc
Le
| 141
Na psicoterapia do adolescente do ponto de vista psicanalítico, é importante
considerar as subfases da adolescência, já que cada uma exige uma abordagem
diferenciada. A fase em que há um incremento dos impulsos sexuais e agressivos e
cujo objetivo consiste em buscar relações extrafamiliares, substituindo as
identificações familiares por outras (amigos, idealizações) e na qual ainda
permanece uma forte tendência bissexual e a escolha do objeto tem
características narcísicas bem acentuadas corresponde à fase da adolescência
08
4:
a) mascarada.
:5
21
b) tardia.
0
c) propriamente dita.
02
/2
d) precoce.
02
e) inicial.
4/
-1
om
36 FCC 2018 - PREFEITURA DE MACAPÁ
l.c
ai
gm
Winnicott chama a atenção para o desenvolvimento psíquico da criança e aponta a
@
c) dos objetos transicionais, uma vez que é utilizado pela criança antes que
-1
21
considerada inevitável.
el
lL
ra
Um dos temas mais frequentes nas obras em que Piaget trata de educação é,
tíc
| 142
d) a pressão moral dos adultos como negativa, situação que gera a revolta
necessária para alcançar a necessária cooperação.
e) os imperativos formais, que se manifestam, na conduta, como obediência
servil e unilateral às lideranças positivas.
08
4:
:5
21
a) enseja interpretações subjetivas, ainda que a técnica da argumentação lógica
0
não tenha sido alcançada.
02
/2
b) aparece igualmente no plano da reflexão, da abstração formal e das
02
manipulações verbais das crianças.
4/
-1
c) precede o verbalismo, que aceita todas as afirmações e maneja termos
om
abstratos, sem notar seu sentido.
l.c
d) é produtivamente dirigida para incentivar e alcançar a aprendizagem e o
ai
gm
desenvolvimento dos alunos.
@
Bowlby afirma que o apego ocorre a partir dos primeiros contatos entre o bebê e
-1
21
desconfiança.
ab
c) a ansiedade de separação que surge na criança por volta dos oito meses é
C
ia
| 143
a) durante o primeiro ano de vida se desenvolve de formas sobrepostas e
muito semelhantes, mesmo em culturas diversas.
b) do bebê deve passar por exposição à técnica da situação estranha no caso
de haver dificuldades detectadas por um psicólogo especialista.
c) é dividido em quatro tipos: seguro, evitativo, ambivalente e desorganizado-
desorientado.
d) do bebê e sua segurança mudam a partir das primeiras mudanças do
comportamento da mãe.
08
4:
e) do bebê com a mãe, quando apresenta dificuldades, resulta em ansiedade
:5
21
em relação a estranhos, o que ocorre por volta dos seis aos oito meses.
0
02
/2
41 FCC 2019 - TJMA
02
4/
-1
Winnicott trabalha com o Jogo do Rabisco na consulta terapêutica, que,
om
tecnicamente,
l.c
ai
gm
a) pode ser utilizado como um teste gráfico, sendo o substrato para redigir o
@
relatório do caso.
si
sp
b) é um jogo que tem regras claras que precisam ser explicitadas no início da
le
consulta.
le
ia
torno dos 40 como a época em que as pessoas entram em seu sétimo estágio
ab
normativo,
C
ia
tíc
| 144
determinada maneira, ou categorizar essa coisa, mentalmente, como uma bola, ou
denominá-la com a palavra bola, ou compará-la com outra coisa. Piaget usou o
seguinte termo para referir-se a tais ações:
a) Ciclo Vital.
b) Mecanismo de Defesa.
c) Condicionamento.
d) Esquema.
08
4:
e) Apego.
:5
21
0
44 FCC 2013 - DPE RS
02
/2
02
Jean Piaget e Lev S. Vygotsky são identificados como grandes estudiosos do
4/
-1
desenvolvimento humano: Piaget apresenta uma tendência hiperconstrutivista em
om
sua teoria, com ênfase no papel estruturante do sujeito; Vygotsky considera que é
l.c
no plano intersubjetivo, isto é, na troca entre as pessoas, que têm origem as
ai
gm
funções mentais
@
si
sp
Winnicott afirma que “É somente quando só que a criança pode descobrir sua vida
el
experiência que é sentida como real”. Baseado nisso, Winnicott utiliza a expressão
C
ia
orgasmo do
tíc
Le
a) id.
b) ego.
c) superego.
d) sentido.
e) ser.
| 145
satisfação, passando por fases. Quando a libido permanece organizada segundo a
estrutura característica de uma das suas fases evolutivas, este processo é
denominado
a) lentificação.
b) paralisação.
c) rememorização.
d) fixação.
08
4:
e) atraso.
:5
21
0
47 FCC 2015 - MANAUSPREV
02
/2
02
D. W. Winnicott aponta que há dois pontos principais através dos quais a família
4/
-1
contribui para a maturidade emocional do indivíduo: “um é a existência
om
continuada da oportunidade de dependência em alto grau; o outro é a provisão de
l.c
oportunidade para que o indivíduo se separe dos pais e se ligue à família, e da
ai
gm
família à unidade social imediatamente próxima
@
si
sp
pertencer".
-l
1
etárias".
88
.6
importantes de identificação".
-0
es
el
lL
| 146
d) um teste de inteligência deve sempre estar incluído na bateria de testes de
escolha do psicólogo, pela importância que tem a avaliação cognitiva.
e) é desnecessária a validação intertestes, já que cada instrumento já passou
por estudo detalhado antes de sua liberação para uso.
COMENTÁRIO:
08
4:
:5
21
a) um teste, desde que bem apropriado ao que se quer avaliar, torna-se suficiente
0
para o processo de avaliação psicológica.
02
/2
b) nenhum teste, isoladamente, pode proporcionar uma avaliação abrangente
02
da pessoa como um todo.
4/
-1
c) um teste projetivo é suficiente para a obtenção de dados em um plano
om
psicodiagnóstico.
l.c
d) um teste de inteligência deve sempre estar incluído na bateria de testes de
ai
gm
escolha do psicólogo, pela importância que tem a avaliação cognitiva.
@
GAB: B
-l
1
-1
21
da solicitação e demanda.
tíc
COMENTÁRIO:
| 147
A resposta é bastante clara. Antes de se iniciar um processo psicodiagnóstico, deve-
se realizar uma análise das razões indicadas para o encaminhamento,
compreendendo assim a demanda de modo abrangente para que o psicólogo possa
estabelecer seu plano de ação com base em um entendimento claro da demanda e
dos motivos alegados. Ainda assim, analisemos as alternativas:
08
4:
razões do encaminhamento para que possa responder às especificidades da
:5
21
solicitação e demanda.
0
b) o aspecto preventivo é colocado em questão, já que a solicitação de um
02
/2
psicodiagnóstico tem como objetivo a nomeação da disfunção já existente.
02
c) nem sempre será necessário traçar um plano de avaliação, uma vez que as
4/
-1
hipóteses iniciais podem estar obscuras.
om
d) no diagnóstico interventivo a entrevista devolutiva tem o intuito de informar
l.c
o paciente sobre os resultados obtidos com a avaliação, como acontece nos
ai
gm
trabalhos de psicodiagnósticos tradicionais.
@
GAB: A
ic
et
-l
1
| 148
COMENTÁRIO:
Analisemos as alternativas:
08
4:
LUGAR, HONORÁRIOS...)
:5
21
b) a entrevista inicial é caracterizada como uma entrevista dirigida
0
SEMIDIRIGIDA, que permite ao entrevistador ter a liberdade de investigar as
02
/2
principais questões foco da avaliação psicológica.
02
c) a entrevista clínica é uma técnica insubstituível, pois cumpre os objetivos do
4/
-1
processo psicodiagnóstico, sendo a utilização de testes facultativa PARA AS
om
AUTORAS, OS TESTES SÃO INSUBSTITUÍVEIS TAMBÉM, uma vez que são apenas
l.c
complementares. ai
gm
d) ao planejar a bateria de testes a ser utilizada no psicodiagnóstico, é
@
sendo que os primeiros devem ser os que mobilizam a conduta que corresponde ao
le
anular-se e ampliar-se.
88
.6
35
GAB: E
-0
es
el
a) devolutiva.
b) diagnóstica.
c) conclusiva.
d) mediativa.
e) pontual.
COMENTÁRIO:
| 149
Lembre-se que na entrevista devolutiva (ou de devolução), são devolvidas as
informações decorrentes da compreensão obtida pelo psicólogo durante o processo
psicodiagnóstico.
GAB: A
08
4:
Ocampo e Arzeno (11ª ed. 2009), estudiosas do psicodiagnóstico, acreditam que ao
:5
21
longo de toda a entrevista inicial é importante captar que tipo de vínculo o
0
paciente procura estabelecer com o psicólogo (se procura seduzi-lo, confundi-lo,
02
/2
evitá-lo, manter-se à distância, depender excessivamente dele, por exemplo) e
02
também certos sentimentos e fantasias de importância vital para a compreensão
4/
-1
do caso que surgem no psicólogo e que permitem determinar o tipo de vínculo
om
objetal que opera como modelo interno inconsciente no paciente. Este processo
l.c
refere-se aos aspectos ai
gm
@
a) de elaboração e reelaboração.
si
sp
b) de rapport e de ritmo.
le
c) verbais e fantasistas.
le
ia
d) transferenciais e contratransferenciais.
ic
et
e) de significação e resignificação.
-l
1
-1
21
COMENTÁRIO:
.9
88
.6
referem à reedição dos processos vinculares oriundos das relações objetais originais
el
GAB: D
C
ia
tíc
| 150
c) minimizar o uso de testes, buscando sempre que possível técnicas próprias,
pois deste modo o psicólogo não fica limitado ao âmbito da estatística
descritiva.
d) garantir que o uso de técnicas seja predominante na avaliação psicológica,
pois os testes psicológicos “rotulam” o sujeito.
e) usar apenas dois testes psicológicos, sendo um de inteligência e outro de
personalidade, pois são as instâncias psíquicas a serem mensuradas.
08
4:
COMENTÁRIO:
:5
21
0
Este é o tipo de questão que pede que analisemos cada alternativa:
02
/2
02
A seleção de testes e escalas psicológicas é algo complexo, e deve contemplar as
4/
-1
características dos sujeitos, aquilo que se deseja medir, as características
om
psicométricas dos instrumentos, verificar seus manuais para compreender sua
l.c
aplicação. A construção de uma bateria psicológica deve ai
gm
@
pelo teste.
ic
et
descritiva.
.9
GAB: A
ab
C
ia
a) reflexão.
b) devolução.
c) resolução.
d) mediação.
e) delineamento.
| 151
COMENTÁRIO:
GAB: B
08
4:
:5
21
Estudiosas do psicodiagnóstico como María Luiza Siquier de Ocampo e María
0
Esther García Arzeno caracterizam a entrevista inicial do psicodiagnóstico como
02
/2
entrevista
02
4/
-1
a) pontual.
om
b) dirigida.
l.c
c) temática. ai
gm
d) pseudofocal.
@
e) semidirigida.
si
sp
le
COMENTÁRIO:
le
ia
ic
et
GAB: E
88
.6
35
Jurema Alcides Cunha aponta que a avaliação compreensiva tem por objetivo
lL
ra
a) memória.
Le
b) resistência.
c) insight.
d) pensamento.
e) proteção.
COMENTÁRIO:
| 152
Na avaliação compreensiva: É determinado o nível de funcionamento da
personalidade, são examinadas funções do ego, em especial a de insight, condições
do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a
possível resposta aos mesmos.
GAB: C
08
4:
:5
21
Dentre as principais características de uma Avaliação Psicológica está que ela é
0
02
/2
a) um processo simples, rápido e fácil.
02
b) um processo de autoconhecimento.
4/
-1
c) um conhecimento definitivo sobre o comportamento observado.
om
d) sinônimo de aplicação de testes.
l.c
e) uma avaliação de determinadas características, somente.
ai
gm
@
COMENTÁRIO:
si
sp
le
A resposta certa não está tão clara assim, mas as erradas estão patentemente
le
ia
erradas, vejamos:
ic
et
-l
1
b) um processo de autoconhecimento.
.9
GAB: B
lL
ra
ab
| 153
d) pouco estruturados, que ele organizará em conformidade com aspectos de
seu mundo interno.
e) sequenciais que induzem o examinando a expressar conteúdos relativos
aos temas propostos, de modo estruturado.
COMENTÁRIO:
08
4:
:5
21
De acordo com Bunchaft, as técnicas projetivas podem ser caracterizadas pela
0
apresentação ao sujeito de um material estímulo ambíguo e implicam uma
02
/2
liberdade de pensamento e a ação, objetivando abolir os critérios externos quanto
02
ao valor das respostas evocadas. Os critérios de valor, de desempenho e de
4/
-1
utilização de tempo são definidos pelo próprio examinando. São técnicas que têm
om
em comum o fato de terem uma natureza relativamente não estruturada, ambígua e
l.c
amorfa. Nesse método de coleta de informações, pressupõe-se que o sujeito, ao
ai
gm
realizar determinada tarefa, externaliza conteúdos latentes de sua personalidade.
@
si
sp
Assim, podemos ver que a única alternativa que está de acordo com a definição é a
le
‘D’.
le
ia
ic
et
GAB: D
-l
1
-1
21
redor do local onde viu − “Dois palhaços batendo as mãos um no outro”. Esse tipo
el
a) pormenor primário.
C
ia
b) global.
tíc
c) pormenor secundário.
Le
d) de estrutura.
e) de conteúdo fragmentado.
COMENTÁRIO:
W – resposta global
/
| 154
• A mancha toda é usada na resposta
• Todas as porções da mancha devem ser usadas
08
4:
:5
21
• Uma área pouco frequentemente identificada da mancha
0
02
/2
S – resposta de espaço
02
4/
-1
Para responder “dois palhaços batendo na mão um do outro” é necessário utilizar a
om
imagem toda (lembre-se da estrutura espelhada das manchas do Rorschach), o que
l.c
caracterizaria a resposta como global. Agora, independentemente disso, veja que,
ai
gm
entre as outras alternativas. Não há nenhuma que esteja dentro da classificação.
@
si
sp
GAB: B
le
le
ia
b) Teoria da Gestalt.
35
c) Psicanálise.
-0
es
d) Psicologia do Ego.
el
e) Análise Transacional.
lL
ra
ab
COMENTÁRIO:
C
ia
tíc
GAB: B
a) herói.
| 155
b) mentor.
c) protagonista.
d) sujeito emergente.
e) ego principal.
COMENTÁRIO:
08
4:
identifica é chamado de herói.
:5
21
0
GAB:
02
/2
02
15 FCC 2014 – TRT 13
4/
-1
om
O conjunto completo de pranchas que compõem o Teste de Apercepção Temática
l.c
- TAT corresponde a 31 pranchas, sendo que cada prancha apresenta, impressos
ai
gm
no verso, apenas um número ou um número seguido de uma ou mais letras. O
@
letras referem-se
le
le
ia
protocolo do teste.
88
.6
COMENTÁRIO:
el
lL
ra
Material do TAT
tíc
Le
• 31 pranchas
• Devem ser aplicados 20 estímulos, perfazendo um total de 20 histórias
• As 0 primeiras são mais estruturadas, as 10 últimas, menos estruturadas
• No verso de cada prancha, há um número ou e número mais uma letra.
• O número indica a ordem em que o estímulo deve ser apresentado na série.
• As letras indicam o gênero e/ou idade aos quais o estímulo se destina
GAB: C
| 156
16 FCC 2015 – TRT 3
08
4:
cada história.
:5
21
c) quarenta minutos para as 10 pranchas, podendo utilizar cerca de 4 minutos para
0
cada história.
02
/2
d) sessenta minutos para as 10 pranchas, podendo utilizar cerca de 6 minutos para
02
cada história.
4/
-1
e) quanto tempo precisar para realizar cada história, mas que ao final deve
om
terminar as 10 estórias em 60 minutos.
l.c
ai
gm
COMENTÁRIO:
@
si
sp
GAB: A
-l
1
-1
21
que o primeiro passo para analisar uma história é reconhecer o personagem com o
-0
es
a) herói.
ab
b) mentor.
C
ia
c) protagonista.
tíc
Le
d) sujeito emergente.
e) ego principal.
COMENTÁRIO:
GAB: A
| 157
18 FCC 2014 – TRT 2
08
4:
:5
21
a) impulsão.
0
02
b) pressão.
/2
c) repressão.
02
4/
d) pulsão.
-1
e) liberação.
om
l.c
COMENTÁRIO: ai
gm
@
si
GAB: B
ia
ic
et
-l
COMENTÁRIO:
| 158
Segundo o manual do TAT, o herói é um personagem com quem o sujeito se
identifica, mas pode ser que ele se identifique com mais de um personagem.
GAB: B
08
4:
de 40 anos, o Teste de Apercepção Temática − TAT. Seguindo o que o Manual de
:5
21
Henry A. Murray (Casa do Psicólogo, 2005) indica, selecionou para aplicação,
0
dentre as 31 pranchas, 20 estímulos, perfazendo o total de vinte histórias,
02
/2
orientando-se pelos números e letras impressos no verso das pranchas, incluindo
02
as que contêm apenas o número (universais) ou número seguido de
4/
-1
om
a) H.
b) R.
l.c
ai
gm
c) F.
@
si
d) M.
sp
le
e) Z.
le
ia
ic
COMENTÁRIO:
et
-l
1
-1
H - Homem
21
.9
R - Rapaz
88
F - Mulher
.6
35
M - Moça
-0
es
GAB: C
el
lL
ra
ab
a) visuais.
b) expressivos.
c) específicos.
d) projetivos.
e) gerais.
COMENTÁRIO:
| 159
Essa é bem fácil. Testes projetivos são aqueles que apresentam estímulos ambíguos
e/ou não estruturados, considerando que, através deles, o avaliando projete
aspectos de sua personalidade.
GAB: D
08
4:
A aplicação do Método de Rorschach consta de dois momentos distintos: as fases
:5
21
de
0
02
/2
a) associação e a do inquérito.
02
4/
b) investigação e a de relatos sobre estórias.
-1
c) insight e a de expressão verbal.
om
d) conexão e a de insight.
l.c
e) investigação e a de avaliação. ai
gm
@
si
COMENTÁRIO:
sp
le
le
GAB: A
1
-1
21
.9
uma, deve- se
el
lL
ra
ab
a) sugerir três respostas, para que o examinando escolha aquela que lhe convier.
C
interrompida.
d) passar para a seguinte, sem insistir.
e) passar para a fase de inquérito, visando assim atestar a dificuldade encontrada
pelo examinando.
COMENTÁRIO:
GAB: D
| 160
24 FCC 2017 – DPE RS
08
4:
b) de verificarmos a existência de respostas populares ou vulgares.
:5
21
c) da contagem de respostas em que haja a cor envolvida.
0
d) do levantamento de traços psicopatológicos e de drogadição obrigatoriamente.
02
/2
e) de aferirmos como a pessoa apreende a realidade e seu esforço integrativo.
02
4/
-1
COMENTÁRIO:
om
l.c
A qualidade formal, representa, em um microcosmo, a atitude pela qual a pessoa
ai
gm
mantém contato com o mundo objetal, estando relacionada à apreensão da
@
GAB: E
ic
et
-l
1
a) 15 a 85 minutos.
tíc
Le
b) 20 a 70 minutos
c) 40 a 80 minutos
d) 50 a 75 minutos.
e) 30 a 90 minutos.
COMENTÁRIOS:
GAB: E
| 161
26 FCC 2008 – TRT 18
Como todas as técnicas projetivas, o teste HTP estimula a projeção de elementos
08
perguntas sobre o que desejaria ser.
4:
:5
c) não-verbais, sendo constituído por um caderno com 60 itens ou figuras, que
21
representam cada uma um problema, cuja solução deve ser escolhida entre seis
0
02
alternativas de respostas.
/2
02
d) da própria identidade, ao se solicitar o desenho de uma pessoa inteira, sendo a
4/
escala utilizada para avaliar o desenho constituída por 73 itens.
-1
e) da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica.
om
l.c
COMENTÁRIO: ai
gm
@
si
Vamos lá, o que fazem as técnicas projetivas? Apresentam algum estímulo ou tarefa
sp
com pouca estruturação e/ou ambígua e espera que, a partir da interação do sujeito
le
le
GAB: E
1
-1
21
.9
tem sido utilizada para obter informação sobre como uma pessoa experiencia sua
es
a) estimula a livre expressão por parte do examinando, podendo, nesses casos, ser
ia
tíc
COMENTÁRIO:
| 162
O mesmo comentário feito à questão anterior vale para esta também. Técnicas
projetivas visam a permitir a projeção da personalidade.
GAB: D
08
4:
em crianças.
:5
21
0
I. Medida de inteligência em crianças de 4 a 12 anos e em adolescentes e triagem
02
/2
de disfunção cerebral.
02
II. Identificação de forças e fraquezas no funcionamento cognitivo e medida de
4/
-1
inteligência.
om
III. Avaliação da personalidade, principalmente de aspectos relacionados a
l.c
vínculos afetivos e identificação de conflitos. ai
gm
IV. Avaliação da personalidade e suas interações com o ambiente.
@
si
sp
a)
ic
et
I - BENDER
-l
1
II - WAISIII
-1
21
III - HTP
.9
IV - TAT
88
.6
b)
35
I - BENDER
-0
es
II - HTP
el
III - WAIS-III
lL
ra
IV - TAT
ab
c)
C
ia
I - WAIS-III
tíc
II - BENDER
Le
III - TAT
IV - HTP
d)
I - HTP
II - BENDER
III - WAIS-III
IV - TAT
e)
I - BENDER
II - WAISIII
| 163
III - TAT
IV - HTP
COMENTÁRIO:
08
4:
inteligência. WAIS III
:5
21
III. Avaliação da personalidade, principalmente de aspectos relacionados a vínculos
0
afetivos e identificação de conflitos. TAT
02
/2
IV. Avaliação da personalidade e suas interações com o ambiente. HTP
02
4/
-1
GAB: E
om
l.c
29 FCC 2009 – TJPI ai
gm
@
psicopatas podem
le
ia
ic
et
a) retraírem-se egoísticamente.
-l
1
b) demonstrar fúria.
-1
21
c) se recusar a fazê-los.
.9
COMENTÁRIOS:
el
lL
ra
GAB: C
Le
30 FCC 2014 – TJ AP
| 164
b) bipolaridade, especialmente se não houver tentativas para corrigir sinais
destrutivos nas imagens.
c) esquizofrenia, especialmente se não houver tentativas para corrigir falsas
cognições a respeito da imagem gráfica criada.
d) depressão, especialmente se não houver tentativas para corrigir más
interpretações.
e) patologia, especialmente se não houver tentativas para corrigir as falhas
identificadas verbalmente.
08
4:
:5
21
COMENTÁRIO:
0
02
/2
De acordo com o Manual do HTP, comentários verbais sobre a capacidade artística,
02
são comuns, entretanto, quando excessivos, indicam potencial para patologia,
4/
-1
especialmente se não houver tentativas para corrigir as falhas identificadas
om
verbalmente.
l.c
ai
gm
GAB: E
@
si
sp
Nos desenhos acromáticos do teste HTP - Casa Árvore Pessoa, se o indivíduo quiser
ic
et
COMENTÁRIO:
C
ia
tíc
GAB: B
I. A hora do jogo.
II. O procedimento de desenhos-estórias.
| 165
III. O jogo do rabisco.
a)
I - Aberastury A.
II - Trinca, W.
III - Winnicott, D.W.
08
4:
b)
:5
21
I - Ocampo, M.L.S.
0
II - Klein, M.
02
/2
III - Trinca, W.
02
c)
4/
-1
I - Klein, M.
om
II - Ocampo, M.L.S.
l.c
III - Winnicott, D.W. ai
gm
d)
@
I - Trinca, W.
si
sp
II - Winnicott, D.W.
le
III - Klein, M.
le
ia
e)
ic
et
I - Ocampo, M.L.S.
-l
1
II - Trinca, W.
-1
21
III - Klein, M.
.9
88
.6
COMENTÁRIO:
35
-0
es
Esse é o tipo de assunto que basta saber o “basicão”. Hora do jogo diagnóstica (de
el
GAB: A
Le
a) o psicólogo poderá utilizar qualquer teste psicológico que seja reconhecido por
ele como atendendo à complexidade do motivo que determinou a avaliação
psicológica.
b) as técnicas projetivas, por apresentarem tarefas estruturadas, favorecem uma
grande variedade de respostas.
| 166
c) os testes projetivos, embora muito utilizados, são considerados limitados em
função da subjetividade do examinando, uma vez que o conteúdo manifesto se
altera frente às expectativas dos resultados.
d) a fidedignidade de um teste é a consistência dos escores obtidos quando
submetidos novamente ao mesmo teste, ou a uma forma equivalente dele.
e) a validade de um teste refere-se àquilo que ele mensura e ao seu alcance de
predição temporal.
08
4:
COMENTÁRIO:
:5
21
0
02
a) o psicólogo poderá utilizar qualquer teste psicológico que seja reconhecido por ele
/2
como atendendo à complexidade do motivo que determinou a avaliação psicológica.
02
4/
b) as técnicas projetivas, por apresentarem tarefas estruturadas, favorecem uma
-1
grande variedade de respostas.
om
c) os testes projetivos, embora muito utilizados, são considerados limitados em
l.c
função da subjetividade do examinando, uma vez que o conteúdo manifesto se
ai
gm
predição temporal.
et
-l
1
-1
GAB: D
21
.9
88
Psicologia), que
ab
C
ia
b) indica os testes mais utilizados pelos psicólogos, de acordo com o tipo de teste.
c) sugere baterias para aplicação, considerando-se a idade do indivíduo.
d) aponta condições de validade e precisão dos instrumentos disponíveis.
e) relaciona os testes psicológicos liberados para atual uso do psicólogo.
COMENTÁRIO:
Fácil. O SATEPSI é um sistema criado pelo CFP que apresenta os testes liberados para
uso do psicólogo e aqueles que não estão liberados.
| 167
GAB: E
08
4:
identificações familiares por outras (amigos, idealizações) e na qual ainda
:5
21
permanece uma forte tendência bissexual e a escolha do objeto tem
0
características narcísicas bem acentuadas corresponde à fase da adolescência
02
/2
02
a) mascarada.
4/
-1
b) tardia.
om
c) propriamente dita.
l.c
d) precoce. ai
gm
e) inicial.
@
si
sp
COMENTÁRIO:
le
le
ia
Adolescência inicial
-1
21
.9
• Declínio da bissexualidade
• Libido dirigida a novos objetos de amor (escolha heterossexual)
• Período de reestruturação psicológica, com constantes alterações de humor
e comportamento rebelde
• Ego está fortalecido em relação à etapa anterior
• Época em que a conflitiva edípica reemerge com mais intensidade
Adolescência tardia
| 168
• Ego se estabiliza e a identidade social se torna permanente
• Consolidação dos papéis sociais e das identificações pessoais
• Ego atinge uma estrutura clara e definida
GAB: E
08
4:
Winnicott chama a atenção para o desenvolvimento psíquico da criança e aponta a
:5
21
importância da promoção de um ambiente facilitador para que o processo de
0
maturação possa acontecer. Nesse sentido, o autor enfatiza a relevância
02
/2
02
a) das tendências hereditárias e sua relação com o desenvolvimento
4/
-1
psíquico.
om
b) do bebê, desde o início, ter um contato significativo com o pai.
l.c
c) dos objetos transicionais, uma vez que é utilizado pela criança antes que
ai
gm
ela possa simbolizar.
@
COMENTÁRIO:
-1
21
.9
88
se defendendo e crescendo"
el
lL
ra
GAB: A
ab
C
ia
Um dos temas mais frequentes nas obras em que Piaget trata de educação é,
muito provavelmente, a oposição existente em dois tipos de relações
interindividuais, a coação e a cooperação. No primeiro caso, a criança pequena
tende a considerar
| 169
c) a razão e a emoção como motivos suficientes para obedecer, por não
saber ainda lidar com sentimentos distintos e contraditórios.
d) a pressão moral dos adultos como negativa, situação que gera a revolta
necessária para alcançar a necessária cooperação.
e) os imperativos formais, que se manifestam, na conduta, como
obediência servil e unilateral às lideranças positivas.
COMENTÁRIO:
08
4:
:5
21
Do ponto de vista moral, a criança pequena tende, então, a considerar obrigatórias
0
as regras recebidas dos adultos e “qualquer ordem proferida pelas pessoas
02
/2
respeitadas traduz-se, na consciência dos pequenos, sob a forma de uma obrigação
02
imperativa. Assim se explica o sucesso da autoridade” (Piaget, 1998d, p.117).
4/
-1
Acredita, também, que essa é uma forma heterônoma de moralidade, pois advém
om
do exterior “e produz uma espécie de legalismo ou de ‘realismo moral’, no qual os
l.c
atos não são avaliados em função das intenções, mas de sua concordância externa
ai
gm
com a regra”
@
si
sp
GAB: A
le
le
ia
COMENTÁRIO:
Piaget (1976, p.74) lembra, entretanto, que houve certa confusão com o termo
atividade e, nesse caso, a escola ativa às vezes se confundiu com uma escola de
trabalhos manuais, quando, na verdade, a partir de certo nível, a atividade pode
manifestar-se igualmente no plano da reflexão, da abstração formal e das
manipulações verbais.
| 170
GAB: B
Bowlby afirma que o apego ocorre a partir dos primeiros contatos entre o bebê e
sua mãe ou cuidador, no sentido de assegurar a satisfação do bebê. Em relação ao
comportamento de apego na perspectiva de sua teoria, é correto afirmar que
08
4:
a) uma das maneiras de avaliar o comportamento de apego de um bebê é
:5
21
por meio da técnica de laboratório situação estranha.
0
b) o primeiro estágio do desenvolvimento é o de confiança básica versus
02
/2
desconfiança.
02
c) a ansiedade de separação que surge na criança por volta dos oito meses
4/
-1
é um indicador de que o bebê está submetido a alguma situação de
om
estresse.
l.c
d) quando o bebê apresenta um apego desorganizado demonstra pouca
ai
gm
emoção e não se mobiliza em relação a ausência e retorno da mãe ou
@
cuidador.
si
sp
COMENTÁRIO:
-l
1
-1
21
GAB: A
Le
| 171
c) é dividido em quatro tipos: seguro, evitativo, ambivalente e
desorganizado-desorientado.
d) do bebê e sua segurança mudam a partir das primeiras mudanças do
comportamento da mãe.
e) do bebê com a mãe, quando apresenta dificuldades, resulta em
ansiedade em relação a estranhos, o que ocorre por volta dos seis aos
oito meses.
08
4:
COMENTÁRIO:
:5
21
0
A Situação Estranha deu origem ao primeiro sistema de classificação do apego entre
02
/2
o cuidador e a criança, sendo as categorias organizadas em: padrão seguro, padrão
02
ambivalente ou resistente e padrão evitativo. Os resultados deste estudo,
4/
-1
conhecido como Baltimore Project, foram publicados por M. Ainsworth (1978) no
om
artigo "Patterns of attachment". M. Main & E. Hesse (1990), expandindo o modelo de
l.c
Ainsworth, ainda chegaram a um quarto padrão de apego, denominado
ai
gm
desorganizado ou desorientado.
@
si
sp
GAB: C
le
le
ia
tecnicamente,
.9
88
.6
a) pode ser utilizado como um teste gráfico, sendo o substrato para redigir
35
o relatório do caso.
-0
es
b) é um jogo que tem regras claras que precisam ser explicitadas no início
el
da consulta.
lL
ra
COMENTÁRIO:
GAB: C
| 172
Ao contrário de Jung, que via a meia-idade como um momento de interiorização,
Erikson descreveu-a como um movimento para o exterior. Erikson via os anos em
torno dos 40 como a época em que as pessoas entram em seu sétimo estágio
normativo,
08
4:
d) individuação versus reestruturação.
:5
21
e) generalização versus oposição.
0
02
/2
COMENTÁRIO:
02
4/
-1
Não há muito o que comentar, só precisava saber o nome da sétima crise normativa
om
de Erikson.
l.c
ai
gm
GAB: A
@
si
sp
ações físicas ou mentais, tais como olhar para algo ou segurar alguma coisa de
-1
21
denominá-la com a palavra bola, ou compará-la com outra coisa. Piaget usou o
88
.6
a) Ciclo Vital.
el
b) Mecanismo de Defesa.
lL
ra
c) Condicionamento.
ab
d) Esquema.
C
ia
e) Apego.
tíc
Le
COMENTÁRIO:
GAB: D
| 173
Jean Piaget e Lev S. Vygotsky são identificados como grandes estudiosos do
desenvolvimento humano: Piaget apresenta uma tendência hiperconstrutivista em
sua teoria, com ênfase no papel estruturante do sujeito; Vygotsky considera que é
no plano intersubjetivo, isto é, na troca entre as pessoas, que têm origem as
funções mentais
08
4:
b) inferiores, enfatizando o aspecto organicista.
:5
21
c) superiores, enfatizando o aspecto interacionista.
0
d) pré-analíticas, enfatizando fatores objetivamente estruturados.
02
/2
e) concretas, enfatizando o fator de submissão.
02
4/
-1
COMENTÁRIO:
om
l.c
A única que fala em funções mentais superiores e aspecto interacionista é a letra "c",
ai
gm
todas as outras estão patentemente erradas.
@
si
sp
GAB: C
le
le
ia
Winnicott afirma que “É somente quando só que a criança pode descobrir sua vida
.9
experiência que é sentida como real”. Baseado nisso, Winnicott utiliza a expressão
-0
es
orgasmo do
el
lL
ra
a) id.
ab
b) ego.
C
ia
c) superego.
tíc
d) sentido.
Le
e) ser.
COMENTÁRIO:
| 174
Baseado nisso, Winnicott utiliza a expressão orgasmo do ego ao afirmar que "na
pessoa normal uma experiência altamente satisfatória como essa pode ser
conseguida em um concerto ou num teatro ou em uma amizade, ou no brincar, o que
pode merecer um termo tal como orgasmo do ego".
GAB: B
08
4:
:5
21
A abordagem freudiana, ao focalizar o desenvolvimento humano, aponta que a
0
libido se liga fortemente a pessoas ou imagos e reproduz determinado modo de
02
/2
satisfação, passando por fases. Quando a libido permanece organizada segundo a
02
estrutura característica de uma das suas fases evolutivas, este processo é
4/
-1
denominado
om
l.c
a) lentificação. ai
gm
b) paralisação.
@
c) rememorização.
si
sp
d) fixação.
le
e) atraso.
le
ia
ic
et
COMENTÁRIO:
-l
1
-1
21
segundo a estrutura característica de uma das suas fases evolutivas, fixada em uma
88
.6
zona erógena.
35
-0
es
GAB: D
el
lL
ra
D. W. Winnicott aponta que há dois pontos principais através dos quais a família
tíc
| 175
d) ao grupo de pares, e talvez também a outros grupos de diferentes faixas
etárias".
e) às figuras significativas da adolescência, e talvez a outras figuras
importantes de identificação".
COMENTÁRIO:
Segundo Winnicott:
08
4:
:5
21
Segundo Winnicott, há dois pontos principais através dos quais a família contribui
0
para a maturidade emocional do indivíduo: um é a existência continuada da
02
/2
oportunidade de dependência em alto grau; o outro é a provisão de oportunidade
02
para que o indivíduo se separe dos pais e se ligue à família, e da família à unidade
4/
-1
social imediatamente próxima família, e daquela unidade social a outra, e talvez a
om
outra e mais outra.
l.c
ai
gm
GAB: C
@
si
sp
Bons estudos!
le
le
ia
| 176