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58
5:
:4
12
Aula 1
2016

6
01
/2
05
9/
-0
m
co
l.
ai
gm
@
na
ce
.lu
la
ar
ac
nn
ia

Conhecimentos do SUS
ar
-m
1
-4
04

Professore Alyson Barros


.3
14

Concurso Secretaria Municipal de Saúde – Prefeitura do Natal


.8
62

TODOS OS CARGOS
-0
na
ce
Lu
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D
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M
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C
a
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ia
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M
Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

Índice
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 2
SOBRE O PROFESSOR......................................................................................................... 2
SOBRE A BANCA E O EDITAL DE SAÚDE .................................................................... 3
Fundamento Constitucional ......................................................................................................................... 8

58
Competências .......................................................................................................................................................9

5:
Intervenção ......................................................................................................................................................... 10

:4
12
A definição do SUS ........................................................................................................................................... 11

6
A Ordem Social .................................................................................................................................................. 12

01
A Seguridade Social ........................................................................................................................................ 14

/2
Saúde ..................................................................................................................................................................... 29

05
QUESTÕES ............................................................................................................................ 47

9/
-0
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS ........................................................ 55

m
AVISOS FINAIS..................................................................................................................... 73

l. co
ai
gm
@
Considerações Iniciais

na
ce
.lu
la
ar

Olá meus queridos alunos! Guerreiros incansáveis deste estilo de


ac
nn

vida provisório chamado “concurso público”. Vamos labutar muito para


ia

gabaritarmos as 15 questões da banca CKM-Makiyama no concurso da


ar
-m

Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal do Natal.


1
-4

Antes de tudo:
04
.3

Alyson, e se tivermos retificações?


14
.8

Uai, nós alteramos a aula. Adicionamos conteúdos e exercícios, não


62

tem problema. O que não podemos é ficar esperando a mudança que


-0

pode ou não vir. Combinado?


na
ce

Lembro a todos que nosso curso é fundamental tanto para o nível


Lu

médio quanto nível superior. Ou seja: TODOS OS CARGOS.


de
s

Você já está começando a estudar faltando um mês e meio para a


ta
an

prova. Não há saúde que aguente, a menos que você tenha uma boa
D

estratégia de estudo. E isso é o que vou mostrar para vocês ao longo


a
ai

dessa primeira aula. Vamos conhecer o conteúdo de hoje, o curso e,


M
la

principalmente, a banca. Mas, antes de tudo, deixe-me falar um pouquinho


ar

de mim.
C
a
nn
ia
ar

Sobre o Professor
M

Meu nome é Alyson Barros, sou apaixonado por concursos e por


preparação para concursos. Graduado na fabulosa (na época)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Moro em Brasília e gravo as
minhas aulas do meu estúdio aqui na capital federal. Sou Analista do
Planejamento, Orçamento e Gestão do Ministério do Planejamento,

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

Orçamento e Gestão. Já fui aprovado, também, no concurso do
Ministério da Fazenda. Trabalhei, como Analista, nas principais políticas
setoriais do Brasil, incluindo saúde. Conheci de perto o desenvolvimento
dos COAPs, por exemplo e vi, na prática, o que funciona e o que não
funciona. Sou apaixonado por legislação1 e quero fazer não só o curso
mais completo para este concurso, como o melhor curso para você, que

58
5:
tem experiência na área ou que nunca leu nada sobre o SUS. Tenho um

:4
12
senso de humor “diferente”, o que torna as aulas mais leves, sem perder a

6
objetividade. Tenho uma vaidade enorme pelas aprovações dos nossos

01
alunos, um orgulho que não cabe em palavras. Nós, do Psicologia Nova,

/2
05
faremos a nossa parte, precisamos que você faça a sua!

9/
-0
m
co
Sobre a banca e o edital de Saúde

l.
ai
gm
@
na
Se estivéssemos em um desfile alegórico, eu daria nota 6/10 para a

ce
banca. Vamos ver os conteúdos pedidos:
.lu
la
Organização dos serviços de saúde no Brasil:
ar
ac
nn

Sistema Único de Saúde – Definição de SUS


ia
ar

Princípios e diretrizes do SUS


-m

Direito à informação
1
-4
04

Hierarquização dos níveis de atenção


.3
14

Referência e Contra referência


.8
62

Controle social
-0

Humanização em serviços de saúde


na
ce

Resolução 399/96 que divulga o pacto pela saúde 2006 -


Lu

consolidação do SUS e aprova as diretrizes Operacionais do


de

referido pacto
s
ta
an

Noções sobre Políticas de Saúde no Brasil


D
a

Lei Orgânica da Saúde– Lei 8080/90


ai
M

Lei 8142/90
la
ar
C

Decreto nº 7.508/2011.
a
nn

O planejamento da saúde
ia
ar
M

Assistência à saúde
Indicadores de saúde
Sistema de notificação e de vigilância epidemiológica e sanitária


1
Tem doido para tudo nesse mundo, não é? E você estudando para concurso também
não pode se dizer normal. =/

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

Endemias/epidemias: situação atual, medidas de controle e
tratamento
Planejamento e programação local de saúde
Distritos Sanitários e enfoque estratégico

58
Portarias e Leis do SUS:

5:
:4
Políticas Públicas de Saúde e Pacto pela Saúde

12
6
Rede cegonha

01
/2
Rede de atenção psicossocial

05
9/
Rede de atenção às doenças crônicas

-0
m
Rede de atenção a pessoa com deficiência

co
l.
ai
Rede de urgência e emergência.

gm
@
na
Até aqui tudo bem, mas, perceberam que não existe o tópico de

ce
.lu
SUS na Constituição? Pois é, ele existe, apenas não está explícito. Veremos
la
ele já na aula de hoje. A constituição será a base de tudo!
ar
ac

A CKM-Makiyama, doravante CKM, ainda elenca 26 referências


nn
ia

bibliográficas para estudarmos. Tudo bem, sem problema algum. Amanhã


ar

é o dia das mães da banca e quero ver...


-m
1

Dessas 26, duas estão totalmente revogadas e não iremos estudar.


-4
04

Além disso, quando batemos a legislação sugerida e os tópicos, vemos


.3

que mais da metade dos tópicos não está contemplada nas referencias.
14
.8

Vou repetir: MAIS DA METADE DOS TÓPICOS NÃO ESTÁ CONTEMPLADA


62

NAS REFERÊNCIAS. O que fazer? Estudar uai. Complementar as


-0

referências com os conteúdos. Aqui entrará decisivamente a minha


na

experiência com a banca e com cursos anteriores de legislação do SUS.


ce
Lu

Vamos preparar você para acertar as 15 questões!


de

Qual o estilo da banca? Como falei em nossa aula ao vivo, muito


s
ta

provavelmente iremos responder a todas as questões da banca na área da


an

saúde. O que identifiquei até agora, em mais de 100 questões da CKM que
D
a

irão integrar o nosso curso, é um padrão de questões que é baseado em


ai
M

cópias fiéis da legislação – de qualquer parte da legislação – e muitas


la

questões das cartilhas sugeridas. Esse padrão nos pede duas coisas: que
ar
C

estudemos uniformemente TODOS os tópicos e que abordemos TODAS


a
nn

as referências pedidas. Só isso. Aliás, só tudo isso. =]


ia
ar

Eis o nosso calendário de aulas:


M

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

Aula Conteúdo Data
1 Organização dos serviços de saúde no Brasil: 04/mai
Sistema Único de Saúde – Definição de SUS
Princípios e diretrizes do SUS
Direito à informação

58
Hierarquização dos níveis de atenção

5:
:4
2 Referência e Contra referência 10/mai

12
6
Controle social

01
Humanização em serviços de saúde

/2
05
Resolução 399/96 que divulga o pacto pela saúde 2006 -

9/
-0
consolidação do SUS e aprova as diretrizes Operacionais do

m
referido pacto

co
3 Noções sobre Políticas de Saúde no Brasil 15/mai

l.
ai
Lei Orgânica da Saúde– Lei 8080/90

gm
@
4 Lei 8142/90 20/mai

na
Decreto nº 7.508/2011.

ce
.lu
O planejamento da saúde la
Assistência à saúde
ar
ac

Indicadores de saúde
nn

Sistema de notificação e de vigilância epidemiológica e


ia
ar

5 sanitária 25/mai
-m

Endemias/epidemias: situação atual, medidas de controle e


1
-4

tratamento
04

Planejamento e programação local de saúde


.3
14

6 Distritos Sanitários e enfoque estratégico 30/mai


.8
62

7 Portarias e Leis do SUS 05/jun


-0

Políticas Públicas de Saúde e Pacto pela Saúde


na

Rede cegonha
ce
Lu

Rede de atenção psicossocial


de

Rede de atenção às doenças crônicas


s

Rede de atenção a pessoa com deficiência


ta
an

8 Rede de urgência e emergência. 10/jun


D
a
ai
M
la

O tópico de hoje é: Organização dos serviços de saúde no Brasil:.


ar
C

Sim, ele tem um dois pontos, nós respeitamos isso. Porém, decidi
a
nn

abordar esse tópico introdutório da minha forma, para alinhar todo mundo
ia
ar

de início sobre o assunto. Na aula seguinte (aula 2, dia 10) entraremos na


M

definição do SUS, Constituição e congêneres. Combinado?

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

Organização dos serviços de saúde no Brasil

Se você guardar dois pontos desta parte da aula eu prometo que


fico feliz. O primeiro ponto é que a organização dos serviços de saúde no

58
Brasil é algo muito fluído, ou seja: depende do momento histórico e da

5:
vontade política. O segundo ponto é que essa organização somente pode

:4
12
ser entendida a partir dos arranjos legislativos que temos, jamais da

6
realidade2.

01
/2
05
Felizmente, não identifiquei questão sobre a história do

9/
desenvolvimento da estrutura organizativa da saúde no Brasil, e nem

-0
nosso edital indica isso. O que você precisa saber é que, mesmo após a

m
co
Constituição de 1988, que cria oficialmente o Sistema Único de Saúde, o

l.
ai
arranjo institucional tem mudado ano a ano. Não podemos dizer que são

gm
evoluções, apenas que é mais conteúdo para concursos.

@
na
Esses serviços de saúde são construções sociais que refletem a

ce
política ideológica e capacidade técnica de um governo. Em outras
palavras, cada governo reconstrói à sua imagem e semelhança, dentro do .lu
la
ar
que é possível, o seu arranjo de serviços de saúde.
ac
nn

Ao longo das aulas vamos ver quais os recortes possíveis para o


ia
ar

entendimento do SUS, contemplando seus serviços, programas e ações


-m

governamentais.
1
-4

O arcabouço legal que define o nosso Sistema Único de Saúde tem


04

como documento supremo a Constituição Federal de 1988. Em vários


.3
14

momentos do texto constitucional encontramos referencias acerca da


.8

saúde e do seu papel dentro da seguridade social, responsabilidade de


62
-0

cada ente da federação e objetivos. É com a Constituição Federal de


na

1988 que o Sistema Único de Saúde é oficialmente criado.


ce
Lu

Além da CF/88, temos duas grandes leis, conhecidas como Leis


de

Orgânicas da Saúde, que irão definir, entre outras coisas, o funcionamento


s

do SUS e a Participação Social.


ta
an
D

Lei Federal n˚ 8.080/1990 Lei Federal n˚ 8.142/1990


a
ai
M

Dispõe sobre as condições para a Dispõe sobre a participação da


la
ar

promoção, proteção e recuperação comunidade na gestão do Sistema


C

da saúde, a organização e o Único de Saúde (SUS) e sobre as


a
nn

funcionamento dos serviços transferências intergovernamentais


ia
ar

correspondentes e dá outras de recursos financeiros na área da


M

providências. saúde e dá outras providências.

Temos outras leis importantes para a compreensão do SUS? Sim,


centenas de decretos, portarias e leis, em sentido estrito, ajudam a formar


2
Concurso é um negócio muito sério para você envolver a vida real. NÃO FAÇA ISSO!

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

o atual sistema de saúde. Porém, é a CF/88 e as Leis Orgânicas da
Saúde que irão dar a forma do sistema que conhecemos.
Nas aulas seguintes iremos debulhar todas as referências ainda
válidas do nosso edital. Vamos falar um pouquinho da Constituição
Federal?

58
5:
:4
12
Organização do SUS segundo a Constituição

6
01
Federal

/2
05
9/
-0
m
Por qual motivo entro na Constituição Federal se nem tópico é do

co
edital da CKM? Como havia falado na aula ao vivo, nós temos o conteúdo

l.
ai
da Constituição espalhado por algumas cartilhas pedidas pela banca.

gm
Vejamos a questão abaixo:

@
na
ce
.lu
la
ar
ac
nn
ia
ar
-m
1
-4
04
.3
14
.8
62
-0
na
ce
Lu
de
s
ta
an
D
a
ai
M
la
ar
C
a
nn

E o tópico estava nos conhecimentos específicos? NÃO!!!


ia
ar
M

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

58
5:
:4
12
6
01
/2
05
Em outras palavras, em alguns casos eles indicam que o

9/
candidato deve estudar a Constituição Federal, em outros não (mas

-0
cobram!).

m
co
Como podemos perceber, é prudente estudarmos a Constituição E

l.
ai
as cartilhas. =]

gm
@
Definiremos o SUS, falaremos dos princípios... Tem muita coisa das

na
aulas seguintes que será apresentado imediatamente. Vamos lá?

ce
.lu
Como você sabe, estudar a saúde na Constituição Federal é, antes
la
ar
de tudo, uma tarefa que não deve centrar-se somente nos artigos 196, 197,
ac

198, 199 e 200. É, antes de tudo, uma tarefa que exige a adequada
nn
ia

contextualização com o normativo da carta magna brasileira, seu devido


ar

relacionamento com o momento histórico de produção e de alterações e,


-m

por fim, sua relação com as leis que tornam suas normas programáticas
1
-4

em ações eficazes na gestão da saúde pública.


04
.3

Começaremos, desse modo, pelo entendimento do fundamento


14

constitucional, competências dos entes da federação e hipóteses de


.8
62

intervenção para depois adentrarmos na Seguridade Social e Saúde.


-0
na
ce

Fundamento Constitucional
Lu
de
s
ta
an

O constituinte originário celebrou um compromisso com a nação ao


D

conferir a saúde como um direito de todos. Logo no início da CF/88,


a
ai

temos:
M
la
ar
C
a

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,


nn

a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à


ia
ar

maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta


M

Constituição.

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

A saúde é um direito humano de segunda geração3 assumida
pelo Estado e que é descrito ao longo de vários artigos da CF/88.
Mas Alyson, vamos estudar nesse nível de profundidade para a
CKM? Sim! Mire nas estrelas mais altas para ficar, pelo menos, perto do
Sol!

58
5:
Brincadeiras a parte, geralmente cai copiado e colado, mas você

:4
precisa entender o que está lendo. Assim, farei uma série de comentários

12
para a CKM. Espero que goste. =]

6
01
/2
05
9/
Competências

-0
m
co
l.
ai
As competências para a promoção da saúde no Brasil estão

gm
divididas entre todos os entres da federação e a iniciativa privada. Entre os

@
entes da federação, é salutar destacar a competência comum entre todos

na
ce
os entes da federação para cuidar da saúde:
.lu
la
ar
ac

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e


nn

dos Municípios:
ia
ar
-m

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das


pessoas portadoras de deficiência;
1
-4
04
.3
14

Perceba que a competência de executar ações de saúde é


.8
62

comum. Ou seja, todos devem ter ações nessa área.


-0
na
ce

Em complemento, o art. 198 fala:


Lu
de
s
ta

Art. 198. [...]


an
D

[...]
a
ai
M

§1˚ O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com
la

recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do


ar
C

Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.


a
nn
ia
ar
M


3
CURIOSIDADE: Direitos de primeira dimensão são aqueles que obrigam ao Estado a ausência de
ação para que o cidadão possa exercer seus direitos. Eles se caracterizam pela imposição de
defesa contra as possíveis ingerências e abusos do Estado. Como exemplos temos os direitos de
liberdade, à vida e à propriedade privada. Os direitos de segunda dimensão, por sua vez, são
aqueles que se caracterizam pela atuação do Estado para a promoção da igualdade e dignidade
humana dos cidadãos. Estão nesse Segundo grupo os direitos à saúde, educação, assistência
social, trabalho e previdência social.

www.psicologianova.com.br| 9

Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

Do art. 198 temos que a responsabilidade financeira de cuidar
da saúde é, também, comum.
E para legislar? A situação difere um pouco. Existe a competência
concorrente para legislar sobre a proteção e defesa da saúde. Vejamos:

58
5:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar

:4
12
concorrentemente sobre:

6
01
[...]

/2
05
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

9/
-0
[...]

m
co
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da

l.
ai
União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

gm
@
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais

na
não exclui a competência suplementar dos Estados.

ce
.lu
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
la
ar
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
ac

peculiaridades.
nn
ia

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais


ar
-m

suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.


1
-4
04
.3

A atividade legislativa concorrente é uma forma de repartição


14

vertical de competências. Por esse estamento constitucional, apesar de


.8
62

contornos bastante imprecisos na prática, os entes federados podem, sob


-0

determinados critérios, legislar sobre os mesmos temas nos âmbitos dos


na

interesses prevalecentes.
ce
Lu

No art. 30, temos a clara competência dos municípios:


de
s
ta
an

Art. 30. Compete aos Municípios:


D
a

[...]
ai
M
la

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do


ar

Estado, serviços de atendimento à saúde da população.


C
a
nn
ia
ar
M

Intervenção

www.psicologianova.com.br| 10

Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

A intervenção ocorre quando um ente maior, em função de
responsabilidade que tem de garantir a ordem social, intervém em um
ente menor. Assim, temos dois tipos de intervenções:
a) Intervenção da União nos Estados e no DF: ocorre caso não seja
aplicado o mínimo exigido da receita de impostos/transferências

58
nas ações e serviços públicos de saúde.

5:
:4
Essa hipótese está descrita no art. 34 da CF/88.

12
6
01
/2
05
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto

9/
para:

-0
m
[...]

co
l.
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

ai
gm
[...]

@
na
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos

ce
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção
.lu
la
e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de
ar
ac

saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional no 29, de 2000)


nn
ia
ar
-m

b) Intervenção dos Estados nos Municípios: ocorre caso não seja


1

aplicado o mínimo exigido da receita de impostos /transferências


-4
04

nas ações e serviços púbicos de saúde.


.3
14

Essa hipótese está descrita no art. 35 da CF/88.


.8
62
-0

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos
na
ce

Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:


Lu

[...]
de
s

III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na


ta
an

manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos


D

de saúde;(Redação dada pela Emenda Constitucional no 29, de 2000)


a
ai
M
la
ar

Finalizada essa parte contextual de como a CF/88 trabalha a saúde


C
a

em termos de competências de execução e legislativa e as hipóteses de


nn
ia

intervenção, vamos adentrar no estudo da Saúde e dos artigos de nosso


ar

edital.
M

A definição do SUS

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

Segundo o Portal da Saúde, do
Governo Federal4, o Sistema Único de Saúde (SUS)
é um dos maiores sistemas públicos de saúde do
mundo. Ele abrange desde o simples atendimento
ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo
acesso integral, universal e gratuito para toda a

58
5:
população do país. Amparado por um conceito

:4
12
ampliado de saúde, o SUS foi criado, em 1988 pela

6
Constituição Federal Brasileira, para ser o sistema de

01
saúde dos mais de 180 milhões de brasileiros.

/2
05
A Constituição Federal de 1988 oficializa o Sistema Único de

9/
-0
Saúde, mas não traça os seus contornos. Essas definições são dadas pelas

m
leis subsequentes, em especial a Lei n˚ 8.080/90 e a Lei n˚ 8.142/90.

co
Porém, avança ao oficializar o Orçamento da Seguridade Social, a

l.
ai
gm
universalização de políticas de saúde e a responsabilidade estatal na

@
proteção social dos cidadãos. Ela reconheceu a obrigação do Estado em

na
prestar, de forma universal, pública e gratuita, o atendimento na área de

ce
saúde em todos os níveis de complexidade.
.lu
la
ar
A aprovação do Orçamento da Seguridade Social proporcionou a
ac

maior integração de recursos e a melhora do controle financeiro sobre as


nn

verbas destinadas à previdência, assistência social e saúde. Isso facilitou a


ia
ar

gestão dos recursos para a saúde, antes esses recursos eram capturados
-m

por outras áreas e até pela iniciativa privada.


1
-4

A universalização de políticas de saúde foi um marco brasileiro


04
.3

reconhecido internacionalmente ao garantir o acesso aos serviços de


14

saúde por todos os brasileiros.


.8
62

O avanço na responsabilização estatal na proteção social dos


-0

cidadãos foi outro grande avanço, dessa vez consolidado na carta magna
na
ce

da nação, ao estabelecer o papel dos entes da federação na gestão da


Lu

seguridade social e, consequentemente, da saúde.


de
s
ta
an
D
a

A Ordem Social
ai
M
la
ar
C

A Constituição, na parte que trata da Ordem Social, prevê a saúde


a
nn

como uma das partes da Seguridade Social, em conjunto com a


ia

Assistência Social e a Previdência Social. Assim, são duas as iniciais


ar
M

conclusões que podemos apontar como intencionais pelo constituinte


originário:
a) a Saúde é um direito social


4
Portal Saúde. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/entenda-o-sus.
Acessado em Junho de 2014.

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Aula 1

b) a saúde, em conjunto com a assistência social e a
previdência social compõe a Seguridade Social.
No artigo 193 da CF/88 encontramos a base da ordem social.

58
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como

5:
objetivo o bem-estar e a justiça sociais.

:4
12
6
01
/2
É a partir dessa ordem social que todas as políticas sociais são

05
construídas e direcionadas. Ela estabelece princípios, valores e os

9/
-0
contornos gerais para a função de promoção social do país em relação

m
aos seus habitantes. Seu pressuposto é que a ordem social é mantida pelo

co
trabalho e que seu objetivo é o bem-estar e a justiça sociais. Tais

l.
ai
gm
definições estão associadas com o conceito de cidadania e a dignidade da

@
pessoa humana, descritos no primeiro artigo da CF/88:

na
ce
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
.lu
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado la
ar
Democrático de Direito e tem como fundamentos: [...]
ac
nn

II - a cidadania;
ia
ar

III - a dignidade da pessoa humana; [...]


-m

Sem a justiça social e a definição do papel do Estado como


1
-4

promotor do bem estar social, a cidadania e a dignidade da pessoa


04
.3

humana não são consolidadas em seu pleno direito.


14
.8

A ênfase do constituinte foi descrever a estruturação da sociedade


62

a partir da ordem social. Isso significa dizer que o desenvolvimento social


-0

e humano apenas será alcançado, na visão dos constituintes, a partir da


na

implementação dos valores, muitas vezes programáticos5, ali descritos.


ce
Lu

No Art. 193, temos o trabalho como fundamento da ordem social e o


de

bem-estar e a justiça social como objetivo dessa ordem. Observe que,


s
ta

enquanto aqui o trabalho é visto como identidade do cidadão, elemento


an
D

básico de sobrevivência humana e organizador social, no Art. 170 da


a

CF/88 ele é visto como um fator de produção, a força de trabalho em si.


ai
M

Desse modo, a ordem social visa, entre outras coisas, configurar um


la
ar

sistema de produção da força de trabalho.


C
a
nn
ia
ar

Ordem Social Base O primado do trabalho


M

CF/88, Art. 193


Objetivo O bem estar e a justiça sociais


5
Normas programáticas são programas e diretrizes para atuação futura dos órgãos estatais.

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Aula 1

Na CF/88, a divisão da Ordem Social ocorre da seguinte
maneira:

Constituição Federal de 1988

58
5:
ORDEM Seguridade Social Saúde (artigos 196, 197, 198, 199 e

:4
12
SOCIAL (artigos 194 ao 204) 200)

6
01
(artigos 193 ao
Previdência Social (artigos 201 e

/2
232)

05
202)

9/
-0
Assistência Social (artigo 203 e

m
co
204)

l.
ai
gm
Educação (artigos 205 ao 214)

@
na
Cultura (artigos 215, 126 e 216-A)

ce
.lu
la
Desporto (artigo 217)
ar
ac
nn

Ciência e Tecnologia (artigo 218 e 219)


ia
ar
-m

Comunicação Social (artigos 220, 221, 222, 223 e 224)


1
-4

Meio Ambiente (artigo 225)


04
.3
14

Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso (artigos


.8
62

226, 227, 228, 229 e 230)


-0
na

Índios (artigos 231 e 232)


ce
Lu
de
s

Desse modo, a compreensão da saúde passa necessariamente pelo


ta
an

entendimento de como a saúde está disposta dentro da ordem social e,


D

mais especificamente, da seguridade social.


a
ai
M
la
ar
C
a
nn
ia

A Seguridade Social
ar
M

A seguridade social está disposta na CF/88 da seguinte forma:


a) Saúde (artigos 196, 197, 198, 199 e 200)
b) Previdência Social (artigos 201 e 202)

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Aula 1

c) Assistência Social (artigo 203 e 204)

CAPÍTULO II

58
5:
DA SEGURIDADE SOCIAL

:4
12
Seção I

6
01
DISPOSIÇÕES GERAIS

/2
05
9/
-0
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de

m
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a

co
l.
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência

ai
gm
social.

@
na
ce
Temos a seguinte equação acerca da seguridade social:
.lu
la
ar
ac
nn

𝑆𝑎ú𝑑𝑒 + 𝑃𝑟𝑒𝑣𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑆𝑜𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐴𝑠𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑆𝑜𝑐𝑖𝑎 = 𝑆𝐸𝐺𝑈𝑅𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 𝑆𝑂𝐶𝐼𝐴𝐿


ia
ar
-m

O presente artigo fala dos atores que participam da seguridade


1
-4

social. Observe que a seguridade social é de responsabilidade estatal


04
.3

(poderes públicos), mas que conta com a participação da iniciativa privada


14

e dos cidadãos (sociedade) na sua execução, controle e manutenção.


.8
62

Enquanto o estado, em seus três poderes e em suas competências


-0

afetas à seguridade social, atua na formulação e execução de políticas


na

públicas, a sociedade tem papéis fundamentais nessas ações, como o seu


ce
Lu

financiamento, sua utilização, seu controle e sua avaliação. Todo cidadão,


de

por exemplo, paga impostos revertidos indiretamente às três áreas da


s

seguridade social. Mas, além da contribuição dos impostos temos o caso


ta
an

do financiamento direto da previdência social, que se torna inviável sem a


D

contribuição direta dos trabalhadores.


a
ai
M

A saúde permite a atuação da iniciativa privada de forma


la

complementar a atuação do estado. Além disso, a sociedade deve atuar


ar
C

ativamente na elaboração, execução e avaliação das políticas sociais, seja


a
nn

através dos Conselhos de Saúde ou Conferências de Saúde, seja através


ia

do judiciário.
ar
M

Outro ponto importante é que o caput do Art. 194 fala de um


conjunto integrado de ações para assegurar os direitos à saúde, à
previdência e à assistência social. Essas ações são, como disposto no
artigo, integradas. Isso significa que se afetam reciprocamente e que não
se subordinam uma à outra. A saúde, que era subordinada a educação até
o governo Vargas e subordinada a Previdência até a promulgação da

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Aula 1

Constituição, passou para um lugar de destaque tanto no plano legal
quanto no plano orçamentário.
Um ponto significativo de distinção desses três sistemas é a
população atendida e a população que financia cada sistema. Desse
modo, podemos separar as áreas da seguridade social de acordo com o

58
acesso da população e quem contribui para o seu financiamento.

5:
:4
12
6
01
Seguridade Quem pode usufruir Quem contribui

/2
diretamente6

05
Social

9/
-0
Saúde Toda a população Ninguém

m
co
l.
Previdência Somente os contribuintes da Trabalhadores e

ai
gm
Social Previdência Social segurados facultativos.

@
na
Assistência Toda a população que da Ninguém

ce
Social Assistência Social necessitar.
.lu
la
ar
ac
nn

Alinhando as áreas da seguridade social com os princípios


ia
ar

fundamentais expressos e suas diferenças, temos:


-m
1
-4
04

Área da Princípios Fundamentais Característica


.3
14

Seguridade descritos pela CF/88


.8

Social
62
-0
na

Direito de todos e dever do Todos têm direito de usufruir


ce

Estado; dos serviços prestados pelo


Lu

SUS.
de
s
ta

Independente de O cidadão não paga


an

contribuição. diretamente para ter acesso


D

Saúde
a

aos serviços do SUS


ai
M
la

Gestão descentralizada Todos os entes da federação –


ar

com direção única em União, Estados, Municípios e


C
a

cada esfera do governo. Distrito Federal – fazem a


nn
ia

gestão da saúde no país.


ar
M

Previdência Direito do trabalhador e de Os benefícios da previdência


Social seus dependentes; social (aposentadoria, auxílio,
pensão, etc.) são conferidos

6
Indiretamente todos nós contribuímos através do pagamento de impostos, independente de
usarmos ou não os serviços da seguridade social.

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Aula 1

aos segurados.

Caráter contributivo e A condição de segurado é


compulsório; adquirida mediante a
contribuição pecuniária dos

58
trabalhadores. Todo

5:
trabalhador deve contribuir

:4
12
com a previdência social, isso

6
significa que a filiação é

01
/2
compulsória.

05
9/
-0
Gestão quadripartite e Participam da gestão do
descentralizada. sistema os trabalhadores, os

m
co
empregadores, os

l.
ai
aposentados e o Governo.

gm
@
Direito de todos que Apenas os hipossuficientes

na
ce
necessitarem; podem fazer uso da
.lu
assistência social
la
ar
Assistência
ac

Social Independente de O cidadão não paga


nn

contribuição. diretamente para ter acesso


ia
ar

aos serviços da Assistência


-m

Social.
1
-4
04
.3
14

Sigamos com a análise do parágrafo único e seus incisos.


.8
62
-0
na
ce
Lu

Art. 194. ...


de

Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei,


s
ta

organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:


an
D

I - universalidade da cobertura e do atendimento;


a
ai
M

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às


la

populações urbanas e rurais;


ar
C

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e


a
nn

serviços;
ia
ar

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;


M

V - equidade na forma de participação no custeio;


VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração,
mediante gestão quadripartite, com participação dos

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Aula 1

trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo
nos órgãos colegiados.

Os objetivos descritos no Art. 194 são aplicados em todas as áreas


da seguridade social. Desse modo, com algumas exceções, tanto a saúde

58
5:
quanto a previdência social e a assistência social devem se organizar para

:4
buscar os objetivos descritos no art. 194 da CF/88.

12
6
01
Cada um desses objetivos merece comentários adicionais

/2
05
9/
-0
I - universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

m
A seguridade social objetiva a universalidade da

l.co
cobertura e do atendimento. A universalidade de cobertura

ai
gm
está relacionada à cobertura de todos os riscos sociais

@
pela seguridade social. Enquanto que a universalidade de

na
atendimento está relacionada ao acesso de toda

ce
.lu
população aos serviços e ações das três áreas que compõe a
la
seguridade social. Observe que a Previdência Social é uma
ar
ac

exceção à universalidade irrestrita7 de atendimento, uma vez


nn

que apenas os seus contribuintes podem gozar de seus


ia
ar

benefícios. A assistência social também constitui exceção à


-m

universalidade irrestrita de atendimento na medida em que


1

limita seu acesso apenas aos que dela necessitarem.


-4
04
.3
14

Riscos sociais: condições humanas e sociais que necessitam de amparo


.8
62

para a manutenção da ordem social, como a maternidade, velhice,


-0

doença, invalidez e morte.


na
ce
Lu

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às


de

populações urbanas e rurais (UEBSUR)


s
ta
an

Os benefícios são idênticos entre a população rural e a


D

urbana. Destaco que apesar de ser inconstitucional a criação


a
ai
M

de benefícios diferenciados, apesar de essa diferenciação ser


la

prática comum em constituições pregressas, a própria


ar
C

constituição comporta breves exceções.


a
nn
ia
ar

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e


M

serviços (SDBS)
Do ponto de vista orçamentário, e considerando a sua
limitação natural, os benefícios devem ser concedidos de
acordo com as condições de cada grupo. Essa seleção

7
Ter acesso não quer dizer, no caso da previdência social, direito a gozo de benefícios.

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Aula 1

identifica a quem o benefício deve ser distribuído
inicialmente. Esse princípio da distributividade visa, além de
dar racionalidade ao sistema da seguridade social,
equacionar problemas de distribuição de renda e de serviços.
Na área da seguridade social essa realidade é mais
destacada e benefícios como o Programa Bolsa Família e o

58
5:
Benefício de Prestação Continuada são ofertados apenas a

:4
12
populações específicas

6
01
/2
05
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios (IVB)

9/
-0
Benefícios não podem ter valores reduzidos, seja pela

m
perda inflacionária, mais forte na década de 1980/90, seja por

co
lei posterior. Atualmente a irredutibilidade do valor dos

l.
ai
benefícios é garantida através de reajuste anual igual ou

gm
superior à inflação do mesmo período. Isso significa a

@
na
manutenção do poder de compra do cidadão.

ce
.lu
Segundo posicionamento do STF: ar
la
"Este Tribunal fixou entendimento no
ac

sentido de que o disposto no art. 201, §


nn
ia

4º, da Constituição do Brasil, assegura


ar

a revisão dos benefícios previdenciários


-m

conforme critérios definidos em lei, ou


1
-4

seja, compete ao legislador ordinário


04

definir as diretrizes para conservação do


.3
14

VALOR REAL do benefício.


.8
62

Precedentes." (AI 668.444-AgR, Rel. Min.


-0

Eros Grau, julgamento em 13-11-2007,


na

Segunda Turma, DJ de 7-12-2007).


ce
Lu
de

V - equidade na forma de participação no custeio (EFPC)


s
ta
an

As contribuições sociais, fonte de financiamento da


D

seguridade social, devem ser feitas de forma equânime – e


a
ai

não igual. Isso significa que pessoas com maior capacidade


M

contributiva devem contribuir de forma semelhante entre si e


la
ar

pessoas com menor capacidade contributiva devem


C
a

contribuir com valores iguais entre si e menores que os


nn

primeiros. Esse princípio relata a vontade constitucional de


ia
ar

asseverar a justiça social através da capacidade contributiva.


M

VI - diversidade da base de financiamento (DBF)


Esse objetivo reflete a necessidade que a base de
financiamento da seguridade social seja a mais diversificada
possível. A variabilidade de fontes de financiamento confere

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Aula 1

maior estabilidade ao sistema a crises econômicas em
qualquer um dos setores. Essa diversidade é um pilar
fundamental para a ordem social e a própria CF/88 prevê,
em seu Art. 195, § 4.º, que a lei poderá instituir outras fontes
destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social.

58
5:
:4
12
VII - caráter democrático e descentralizado da administração,

6
01
mediante gestão quadripartite, com participação dos

/2
05
trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo

9/
nos órgãos colegiados. (DDQ)

-0
m
O caráter democrático preconiza o acesso da

co
população à gestão da seguridade social. O caráter

l.
ai
descentralizado, por sua vez, significa que pessoas de vários

gm
setores diferentes podem participar desse acesso. A gestão

@
na
quadripartite, no entanto, é característica apenas da

ce
Previdência Social e significa que trabalhadores,
.lu
la
empregadores, aposentados e Governo participam da
ar
gestão Previdência Social. Isso ocorre através Conselho
ac
nn

Nacional da Previdência Social e do Conselho de Recursos


ia

da Previdência Social.
ar
-m
1
-4
04
.3

Esquematicamente, temos os seguintes Objetivos do Poder


14
.8

Público na Organização da Seguridade Social:


62
-0

1 – UCA - universalidade da cobertura e do atendimento


na

2 – UEBSUR - uniformidade e equivalência dos benefícios e


ce

serviços às populações urbanas e rurais


Lu
de

3 – SDBS - seletividade e distributividade na prestação dos


s
ta

benefícios e serviços
an
D

4 – IVB - irredutibilidade do valor dos benefícios


a
ai

5 – EFPC - equidade na forma de participação no custeio


M
la
ar

6 – DBF - diversidade da base de financiamento


C
a

7 – DDQ - caráter democrático e descentralizado da


nn

administração, mediante gestão quadripartite, com


ia
ar

participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos


M

aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.

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Aula 1

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de

58
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes

5:
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

:4
12
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

6
01
/2
05
A seguridade social será financiada por toda a sociedade8, de forma

9/
-0
direta e indireta. O financiamento da sociedade de forma indireta ocorre

m
através dos investimentos governamentais e deverão sempre possuir

co
previsão na lei orçamentária anual. Essa contribuição indireta é realizada

l.
ai
gm
por meio dos orçamentos fiscais da União, Estados, do Distrito Federal e

@
Municípios. A forma direta de financiamento da seguridade social pela

na
sociedade ocorre através do pagamento de contribuições sociais

ce
recolhidas ao cofre público.
.lu
la
Observe que as contribuições sociais têm fundamento no art. 149
ar
ac

da Constituição, que as divide em três subespécies: contribuições sociais


nn

em sentido estrito, contribuições de intervenção no domínio econômico


ia
ar

(CIDE), e contribuições de interesse das categorias profissionais ou


-m

econômicas. As primeiras são aquelas destinadas ao custeio da


1
-4

seguridade social, as segundas são as instituídas com o objetivo de


04

regular determinado mercado, para corrigir distorções (como a CIDE sobre


.3
14

a importação de gasolina, diesel e gás), e as terceiras são destinadas ao


.8

financiamento das categorias econômicas ou profissionais (OAB, SESI,


62

SENAI, etc.). Destaco que a contribuição social é um tipo de tributo criado


-0

exclusivamente pela União.


na
ce

Sigamos...
Lu
de
s
ta

Art. 195. ...


an
D

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na


a
ai

forma da lei, incidentes sobre:


M
la

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho


ar
C

pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física


a
nn

que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;


ia
ar

b) a receita ou o faturamento;
M

c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social,
não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão


8
Solidariedade social.

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Aula 1

concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o
art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei
a ele equiparar.

58
5:
:4
12
Pagam contribuições sociais o trabalhador, o empregador, os

6
01
concurso de prognósticos e os importadores de serviços ou bens. Mas,

/2
05
observe que, apesar de falarmos de financiamento da seguridade social

9/
em senso amplo, vigora aqui o financiamento da Previdência Social. As

-0
contribuições descritas no art. 195, I, a, II e III, da Constituição encontram

m
co
respaldo no inciso XI do art. 167 da CF/88, que proíbe a utilização do

l.
ai
produto da arrecadação dessas contribuições no pagamento de despesas

gm
outras que não as relativas à cobertura do RGPS9 prevista no art. 201.

@
na
ce
.lu
Segundo o inciso XI do art. 167, da CF: ar
la
É vedada a utilização dos recursos provenientes das contribuições
ac

sociais de que trata o art. 195, I, a (Contribuição do Empregador – Folha


nn
ia

de Salários), e II (Contribuição do Trabalhador), para a realização de


ar

despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de


-m

previdência social (RGPS) de que trata o art. 201 (Benefícios da


1
-4

Seguridade Social: Aposentadoria, Auxílio-Doença, Salário-Família, etc.).


04
.3
14
.8

Os incisos do Art. 195 trazem as linhas gerais sobre as contribuições


62
-0

sociais, e seu detalhamento ocorre de maneira mais apropriada pela Lei


na

n.º 8.212/91, que estabelece o Plano de Custeio da Seguridade Social e, do


ce

Decreto n.º 3.048/99, que regulamenta a Previdência Social.


Lu

Os incisos descrevem as fontes das contribuições sociais usadas na


de

seguridade social. Esquematicamente temos as seguintes contribuições


s
ta
an

sociais:
D

I – do EMPREGADOR, incidente sobre:


a
ai
M

a) Folha de salários;
la
ar

b) Receita ou faturamento – PIS e COFINS


C
a
nn

c) Lucro - CSLL
ia
ar

Sobre a alínea “a” do inciso I, destaco que avulsos e autônomos


M

também pagam contribuição social. A alínea “b” descreve o Programa de


Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (COFINS) e a “c” descreve a Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL).

9
Regime Geral de Previdência Social.

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Aula 1

II – do TRABALHADOR e dos demais segurados da
previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de
previdência social;
No inciso II, além do pagamento dos trabalhadores formais, a dona

58
de casa, o estudante, e o desempregado, mesmo não exercendo

5:
:4
nenhuma atividade laboral, são enquadradas na categoria de segurados

12
facultativos e podem contribuir. Estão excluídos dessa obrigatoriedade de

6
01
pagamento os aposentados e pensionistas do Regime Geral de

/2
Previdência Social – RGPS.

05
9/
-0
m
Súmula STF n.º 688/2003: É legítima a incidência da contribuição

co
previdenciária sobre o 13.º salário (gratificação natalina).

l.
ai
gm
@
na
III – Sobre a RECEITA de CONCURSOS de PROGNÓSTICOS;

ce
.lu
Aqui entram a Mega-sena e todos os outros concursos de la
prognósticos autorizados, como as outras loterias e os torneios hípicos.
ar
ac
nn
ia

IV – do IMPORTADOR de BENS ou SERVIÇOS do EXTERIOR,


ar
-m

ou de quem a lei o equiparar.


1
-4

A inserção da incidência da contribuição social sobre importação


04

visa dar maior competitividade aos bens e serviços nacionais. Isso ocorre
.3
14

através do PIS-Importação e da COFINS-Importação.


.8
62
-0
na
ce

Art. 195. ...


Lu
de

§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios


s

destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos,


ta
an

não integrando o orçamento da União.


D
a
ai
M
la

Cada um dos entes federados tem seu próprio fundo para


ar

financiamento da seguridade social.


C
a
nn
ia
ar

Art. 195. ...


M

§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada


de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência
social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada
área a gestão de seus recursos.

www.psicologianova.com.br| 23

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Aula 1

A elaboração da proposta orçamentária visa conferir racionalidade


ao gasto público. Essa proposta figura na Lei Orçamentária Anual – LOA
de cada um dos entes e é, obviamente, de proposição anual. Além disso,
deve obedecer às metas e prioridades da Lei de Diretrizes Orçamentárias

58
– LDO. Os órgãos responsáveis pelas três áreas da seguridade social

5:
:4
devem elaborar seus orçamentos de forma integrada, isso não significa

12
que deverão compartilhar recursos necessariamente, mas que

6
01
considerarão os outros eixos da seguridade em sua elaboração.

/2
05
9/
-0
Art. 195. ...

m
co
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social,

l.
ai
como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem

gm
dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

@
na
ce
.lu
A pessoa jurídica em débito com a Seguridade Social não la
poderá contratar com o Poder público e nem receber qualquer tipo
ar
ac

de benefício, sendo esta regra absoluta. Assim, a pessoa jurídica não


nn

pode contratar com administração direta ou indireta se não apresentar


ia
ar

prova de regularidade fiscal para com a Seguridade Social (Certidão


-m

Negativa de Débito).
1
-4
04
.3

Art. 195. ...


14
.8
62

§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a


-0

manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no


na

art. 154, I.
ce
Lu
de

A União tem competência residual para instituir novas contribuições


s
ta

sociais, nesse caso, residuais. Essa competência é exclusiva para o caso


an
D

das contribuições sociais e deve obedecer a certos quesitos:


a
ai

1. A criação das Contribuições Sociais Residuais se dará por


M
la

meio de Lei Complementar;


ar
C

2. As contribuições deverão ser não cumulativas;


a
nn

3. O fato gerador ou a base de cálculo dessas novas


ia
ar

contribuições deverão ser diferentes do fato gerador e da base


M

de cálculo das contribuições sociais existentes.


Apesar dessa vedação à instituição de contribuições sociais
residuais com mesmo fato gerador ou base de cálculo de contribuição
social existente, o STF entende que elas podem ter o mesmo fato
gerador ou a mesma base de cálculo dos impostos existentes.

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Aula 1

Art. 195. ...


§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser

58
criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio

5:
total.

:4
12
6
01
/2
Aqui existe um princípio básico de prudência e de responsabilidade

05
fiscal: a seguridade social apenas pode criar novo benefício a partir da

9/
-0
descrição da fonte de custeio total.

m
co
l.
ai
Art. 195. ...

gm
@
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser

na
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as

ce
.lu
houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no
la
art. 150, III, "b".
ar
ac
nn
ia
ar

Aqui temos a anterioridade nonagesimal, ou previdenciária. A


-m

anterioridade visa a não-surpresa do contribuinte e a garantia da


1

segurança jurídica em caso de majoração (aumento) ou instituição de


-4
04

tributos. O contribuinte não é pego de surpresa em casos de criação ou de


.3

majoração de contribuições sociais. Sem esse corolário do direito


14
.8

tributário, o Governo poderia instituir e cobrar tributos do cidadão de


62

forma imediata.
-0
na

Observe que apesar das contribuições sociais serem espécie de


ce

tributo, que em caso de instituição ou majoração não podem ser cobrados


Lu

no mesmo exercício financeiro, a contribuição social para a seguridade


de

social apenas precisa atender aos noventa dias da publicação, não lhes
s
ta

sendo aplicado o disposto no art. 150, III, alínea b (Anterioridade Anual).


an
D

Ainda no bojo desse corolário tributário é imprescindível destacar


a
ai

que a anterioridade é aplicável apenas a majoração e instituição de


M
la

tributos. A redução ou a mudança de data de pagamento não estão


ar

contempladas por esse princípio. Segundo a Súmula STF 669/2003:


C
a

Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária


nn

não se sujeita ao princípio da anterioridade.


ia
ar
M

Art. 195. ...


§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades
beneficentes de assistência social que atendam às exigências
estabelecidas em lei.

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Aula 1

Aqui temos um caso de imunidade tributária, e o uso impróprio
do termo “isenção” pelo constituinte. Essa imunidade ocorre em função da
Constituição desonerar diretamente alguém, as entidades beneficentes de
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei, de
pagar a contribuição para a seguridade social. A diferença fundamental
entre isenção e imunidade é que a imunidade é diretamente decorrente

58
5:
da Constituição e a isenção, ainda que esteja prevista na Constituição, é

:4
12
concedida por meio de lei. Em outras palavras, na isenção ocorre existe o

6
fato gerador para a cobrança do tributo e a lei isenta o responsável pelo

01
recolhimento de pagar o tributo. Na imunidade nem o fato gerador existe

/2
05
em função da imunidade constitucional.

9/
-0
Observe que nem todas as Entidades Beneficentes de Assistência

m
Social são imunes da contribuição para a seguridade social, apenas as que

co
atendem, cumulativamente, aos requisitos em lei (Lei n.º 12.101/09, Art.

l.
ai
gm
29):

@
1. Não percebam, seus dirigentes estatutários, conselheiros, sócios,

na
ce
instituidores ou benfeitores, remuneração, vantagens ou benefícios,
.lu
direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das
la
ar
competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas
ac

pelos respectivos atos constitutivos; (Redação dada pela Lei nº


nn

12.868, de 2013)
ia
ar
-m

2. Aplique suas rendas, seus recursos e eventual superávit


integralmente no território nacional, na manutenção e
1
-4

desenvolvimento de seus objetivos institucionais;


04
.3

3. Apresente certidão negativa ou certidão positiva com efeito de


14
.8

negativa de débitos relativos aos tributos administrados pela


62

Secretaria da Receita Federal do Brasil e certificado de


-0

regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;


na
ce

4. Mantenha escrituração contábil regular que registre as receitas e


Lu

despesas, bem como a aplicação em gratuidade de forma


de

segregada, em consonância com as normas emanadas do


s
ta

Conselho Federal de Contabilidade;


an
D

5. Não distribua resultados, dividendos, bonificações,


a
ai

participações ou parcelas do seu patrimônio, sob qualquer


M
la

forma ou pretexto;
ar
C

6. Conserve em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos, contado da


a
nn

data da emissão, os documentos que comprovem a origem e a


ia

aplicação de seus recursos e os relativos a atos ou operações


ar
M

realizados que impliquem modificação da situação patrimonial;


7. Cumpra as obrigações acessórias estabelecidas na legislação
tributária;
8. Apresente as demonstrações contábeis e financeiras
devidamente auditadas por auditor independente legalmente
habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade quando a

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receita bruta anual auferida for superior ao limite fixado pela
Lei Complementar n.º 123/2006.

Art. 195. ...

58
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o

5:
pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam

:4
12
suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados

6
01
permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação

/2
de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e

05
farão jus aos benefícios nos termos da lei.

9/
-0
m
co
l.
ai
gm
O constituinte preservou o equilíbrio de tratamento entre os

@
trabalhadores urbanos e o produtor, o parceiro, o meeiro e o

na
arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos

ce
.lu
cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
la
sem empregados permanentes. Esse dispositivo introduz a figura do
ar
ac

Segurado Especial. Esse tipo de contribuinte, por exercer atividade que


nn

não gera pagamentos periódicos, contribui apenas com um percentual


ia
ar

sobre a receita bruta de comercialização de sua produção. Temos,


-m

respeitando os incisos V e VI do Art. 195 da CF/88, a equidade na forma de


1
-4

participação no custeio e a diversidade da base de financiamento.


04
.3
14
.8

Art. 195. ...


62
-0

§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo


na

poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da


ce

atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da


Lu

empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.


de
s
ta
an
D

As contribuições de empresas podem ser alteradas em razão da


a

atividade econômica realizada, da utilização intensiva de mão-de-obra,


ai
M

do porte da empresa ou, ainda, da condição estrutural do mercado de


la
ar

trabalho. Esse parágrafo reforça o inciso V do Art. 195 da CF/88 que fala
C

da equidade na forma de participação no custeio. Essa abertura dada à


a
nn

União significa, também, uma possibilidade de empreender políticas


ia
ar

sociais ao trabalhador e à economia nacional. O governo pode, então,


M

estimular setores de produção que necessitem de melhor aproveitamento


de mão de obra ou que estejam em crise. Destaco que a Lei
Complementar n.º 123/2006 foi baseada nesse parágrafo e beneficiou
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com a criação do Simples
Nacional.

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Aula 1

Art. 195. ...
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o
sistema único de saúde e ações de assistência social da União para
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os
Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.

58
5:
:4
12
Aqui temos a previsão dos critérios de transferência de recursos

6
01
para o SUS e as ações de Assistência Social da União para os outros entes

/2
federativos. Como sabemos, passados vinte e cinco anos da promulgação

05
da Constituição Federal de 1988, esses critérios ainda são alterados e

9/
-0
regulamentados para se adaptarem à realidade federativa e social

m
brasileira.

co
l.
ai
gm
@
Art. 195. ...

na
ce
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições
.lu
sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos
la
ar
em montante superior ao fixado em lei complementar.
ac
nn
ia
ar

A remissão é a extinção do crédito tributário enquanto que a anistia


-m

é a exclusão do crédito tributário.


1
-4

Crédito tributário: é o direito de crédito da Fazenda Pública, já


04
.3

devidamente apurado por procedimento administrativo.


14
.8

O presente parágrafo veda a remissão e anistia das contribuições


62

sociais para a seguridade social para débitos em valor superior ao fixado


-0

em Lei Complementar. Caso o montante seja inferior a esse valor, a


na
ce

remissão ou anistia pode ocorrer. As seguintes condições previdenciárias


Lu

estão englobadas por esse parágrafo:


de

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na


s
ta

forma da lei, incidentes sobre:


an
D

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho


a
ai

pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física


M
la

que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;


ar
C

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social,


a
nn

não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão


ia

concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o


ar
M

art. 201.

Art. 195. ...

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§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as
contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput,
serão não cumulativas.

58
Nesse parágrafo temos a princípio da não cumulatividade, nem

5:
sempre aplicável em questões tributárias e que pode gerar a incidência

:4
12
em cascata. A não cumulatividade desse parágrafo, que deve ser

6
regulamentada por lei e para setores de atividade econômica, refere-se ao

01
PIS e COFINS e ao PIS-Importação e COFINS-Importação.

/2
05
9/
-0
Art. 195. ...

m
co
l.
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição

ai
gm
gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a,

@
pela incidente sobre a receita ou o faturamento.

na
ce
.lu
la
Aplicar-se-á, se necessário, a substituição das contribuições do
ar

Empregador sobre folha de salários por uma contribuição equivalente


ac
nn

sobre a receita ou faturamento do Empregador. Essa é uma hipótese que


ia

visa desonerar a folha de pagamento e, consequentemente, incentivar o


ar
-m

mercado de trabalho e produtivo.


1
-4
04
.3
14
.8

Saúde
62
-0
na
ce

Vamos começar, a seguir, a análise dos artigos do título VIII da


Lu

Constituição Federal de 1988 e que trata especificamente da Saúde.


de
s
ta
an

TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL


D
a
ai

Capítulo II
M
la

Seção II - Da Saúde
ar
C
a
nn

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido


ia
ar

mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de


M

doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e


serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

A importância e o significado que a saúde ganhou na CF/88 é sem


precedentes e pode ser inferido desse artigo ao definir que as políticas de

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Aula 1

saúde devem ser concebidas de forma integrada às políticas
fundamentais do estado. A saúde é direito e dever, direito de todos e
dever do Estado. Para que o estado faça isso ele deve implementar
políticas não só de saúde, como também sociais e econômicas para a
prevenção e promoção desse direito.

58
Objetivo das políticas sociais e econômicas:

5:
:4
- Redução do risco de doença e de outros agravos

12
6
- Acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua

01
/2
promoção, proteção e recuperação.

05
9/
Quando o artigo 196 fala em saúde como direito de todos, está

-0
descrevendo o princípio da universalidade. Temos outros princípios da

m
co
saúde na CF/88? Sim, o da integralidade, por exemplo.

l.
ai
Vajamos uma breve explicação sobre os princípios:

gm
@
na
ce
Princípios constitucionalmente previstos
.lu
la
ar

Princípio Universalidade Integralidade


ac
nn
ia

Artigo 196 198, Inciso II


ar
-m

Observações Não está explícito como Está explícito como


1
-4

princípio, mas é considerado DIRETRIZ, mas também


04

um princípio constitucional é considerado


.3
14

formal da saúde presente na formalmente como um


.8

CF/88. princípio da saúde


62
-0

presente na CF/88.
na
ce

O que está “saúde é direito de todos” “atendimento integral,


Lu

descrito na com prioridade para as


de

CF/88 atividades preventivas,


s
ta

sem prejuízo dos


an

serviços assistenciais”
D
a
ai
M

Significado O direito à saúde é um direito O Estado deve


la

fundamental de todo e estabelecer um conjunto


ar
C

qualquer cidadão e que não de ações que vão desde


a
nn

depende de contraprestação a prevenção à


ia

financeira alguma para o seu assistência curativa, nos


ar
M

exercício. O Estado, por sua mais diversos níveis de


vez, tem o dever de garantir os complexidade, como
devidos meios necessários forma de efetivar e
para que os cidadãos possam garantir a saúde do
exercer plenamente esse cidadão.
direito.

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Aula 1

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde,


cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou

58
jurídica de direito privado.

5:
:4
12
6
01
O papel do Estado é fundamental nas ações e serviços de saúde.

/2
Cabe a ele oferecer essas ações e serviços (diretamente ou indiretamente)

05
e regular a sua prestação por entidades privadas. É válido salientar que

9/
-0
essa disposição de regulamentação, fiscalização e controle pelo poder

m
público não é feita por Lei Complementar, mas por meio de Leis

co
l.
Ordinárias, Decretos e Portarias.

ai
gm
A execução, por sua vez, pode ser feita tanto diretamente pelo

@
pode público quanto por terceiros (pessoa física ou jurídicas de direito

na
ce
privado).
.lu
la
Desse modo, temos que as ações e serviços de saúde possuem as
ar

seguintes características:
ac
nn

a) são de relevância pública;


ia
ar
-m

b) cabe ao Pode Público dispor sobre sua regulamentação,


fiscalização e controle;
1
-4
04

c) execução deve ser feita:


.3
14

a. Pelo Estado (diretamente);


.8
62

b. Pelo Estado (através de terceiros)


-0

c. Por pessoa física ou jurídica de direto privado.


na
ce
Lu
de

Disposição sobre regulamentação, fiscalização e controle de ações e serviços


s
ta

de saúde à Poder Público.


an
D

Execução de serviços e ações de saúde à Poder Público e/ou terceiros.


a
ai
M
la
ar

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede


C

regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado


a
nn

de acordo com as seguintes diretrizes (Emenda Constitucional nº 29, de


ia
ar

2000):
M

I - descentralização, com direção única em cada esfera de


governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.

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Aula 1

Aqui temos a apresentação de dois princípios e de três diretrizes


da saúde. A rede de ações e serviços públicos de saúde é regionalizada
(princípio da regionalização) e hierarquizada (princípio da
hierarquização). Além disso, o sistema é único (Sistema Único de Saúde) e

58
é organizado (com estrutura, papéis e financiamento definidos) de acordo

5:
:4
com as seguintes diretrizes:

12
a) Descentralização com direção única em cada esfera de governo;

6
01
/2
b) Atendimento Integral, com prioridade para as atividades

05
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

9/
-0
c) Participação da Comunidade.

m
co
Vejamos:

l.
ai
gm
@
na
Princípios constitucionais presentes no Art. 198 da CF/88

ce
.lu
Princípio la
da Organização de regiões de saúde mais
ar
Regionalização próximas do usuário. Esse princípio orienta
ac
nn

para a concentração dos serviços de


ia

serviços de saúde num aglomerado de


ar
-m

territórios municipais contíguos. A região de


saúde deve ser dotada de características
1
-4

culturais, sociais, demográficas, viárias que


04
.3

possibilitem a organização de rede de


14

atenção à saúde. Esta forma de organização


.8
62

do SUS, impõe aos municípios, articulados


-0

com o Estado e com a União, a


na

necessidade de permanente interação com


ce

vistas a garantir uma gestão compartilhada.


Lu
de

Princípio da Distribuição das responsabilidades e papéis


s
ta

Hierarquização entre os entes da federação10 e da oferta de


an
D

serviços de saúde de acordo com os níveis


a

de níveis de complexidade dos serviços.


ai
M

Em outras palavras, os serviços de saúde são


la
ar

organizados por níveis de complexidade


C

(atenção à saúde). Os níveis de complexidade


a
nn

são: atenção básica, atenção de média


ia
ar

complexidade e atenção de alta


M

complexidade.


10
É fundamental que o candidato saiba que devemos sempre priorizar a atuação dos municípios na
formulação e implementação das políticas públicas. Essa priorização não está na CF/88, mas nas
leis orgânicas da saúde.

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Aula 1

Sobre a hierarquização, é importante destacar que à atenção
básica cumpre o papel de atuar como porta de entrada no sistema de
saúde. Esse nível de atenção deve:
a) Resolver a maioria dos casos do sistema de saúde; e
b) Referenciar usuários para outros níveis de maior complexidade.

58
5:
:4
12
Atenção: quem fala em níveis em níveis de complexidade crescente é o

6
01
artigo 8 da Lei 8.080 de 1990. Apesar de termos novamente o princípio da

/2
05
regionalização e o princípio da hierarquização, o Artigo 198 da CF/88 não

9/
fala em hierarquização em níveis de complexidade crescente como fala a

-0
Lei Orgânica da Saúde. Veja:

m
co
CAPÍTULO III

l.
ai
gm
Da Organização, da Direção e da Gestão

@
na
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de

ce
Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar da
iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e .lu
la
ar
hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
ac
nn
ia
ar
-m

Diretrizes constitucionais presentes no Art. 198 da CF/88


1
-4

Descentralização com direção A direção da saúde única em


04
.3

única em cada esfera de governo cada esfera de governo significa


14

uma única autoridade central em


.8
62

cada nível (federal, estadual e


-0

municipal) para gerir a saúde. A Lei


na

8.080/1990 estabelece que na


ce

União ela é exercida pelo


Lu

Ministério da Saúde e nos


de

estados e municípios ela cabe às


s
ta
an

secretárias de saúde.
D
a
ai

Atendimento Integral, com A ênfase das ações de saúde deve


M

prioridade para as atividades ser nas ações preventivas, as que


la
ar

preventivas, sem prejuízo dos evitam ou reduzem as chances de


C

serviços assistenciais; surgimento das patologias. Essa


a
nn

ênfase deve ser entendida em


ia
ar

conjunto com as ações de


M

interventivas de saúde
(independente do nível de
complexidade).

Participação da Comunidade A participação social é uma das


diretrizes fundamentais na

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formulação das políticas de saúde.

Devemos entender as diretrizes como os fundamentos – pilares –


para as ações e serviços públicos de saúde. Desse modo, são

58
consideradas diretrizes explícitas na CF/88:

5:
:4
12
a) Descentralização

6
01
b) Integralidade

/2
05
c) Participação Social

9/
-0
m
co
Art. 198. ...

l.
ai
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195,

gm
com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados,

@
na
do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo

ce
único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000).
.lu
la
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão,
ar
ac

anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos


nn

derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela


ia
ar

Emenda Constitucional nº 29, de 2000)


-m

I – no caso da União, na forma definida nos termos da lei


1
-4

complementar prevista no § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº


04

29, de 2000)
.3
14
.8
62
-0

A EC nº 29/2000 buscou equacionar um sério problema de


na

financiamento do Sistema Único de Saúde. Sua edição e tardia


ce

implementação levou a elevação dos gastos dos entes da federação,


Lu

garantindo os recursos mínimos para o financiamento da saúde. Apesar


de

disso, durante muito tempo essa alteração constitucional não vigorou em


s
ta

função da falta de regulamentação. Apenas em 2012, 12 anos depois, a Lei


an

Complementar 141/2012 veio a organizar esse dispositivo.


D
a
ai

Segundo o § 1º do art. 198 da CF/88, temos como fontes de


M

financiamento da saúde:
la
ar
C

a) Orçamento da Seguridade Social de cada um dos entes


a
nn

a. União
ia
ar

b. Estados
M

c. Distrito Federal
d. Municípios
b) Outras fontes.

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Orçamento da Saúde = SS(U + E + M + DF) + Outras

O inciso I, deixou para a lei complementar o papel de definir sobre


qual base a União deverá calcular os recursos mínimos a serem aplicados
na Saúde. Apesar da edição dessa lei, a base de cálculo foi diferente em

58
5:
relação a base de cálculo dos outros entes.

:4
12
Seguiremos com o que fala estritamente a CF/88 sobre as bases de

6
contribuição dos Estados, Municípios e Distrito Federal.

01
/2
05
9/
-0
Art. 198. ...

m
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da

co
l.
arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que

ai
gm
tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas

@
que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda

na
Constitucional nº 29, de 2000)

ce
.lu
Decorrente do inciso II, temos a seguinte condição de aplicação de
la
ar
recursos mínimos:
ac
nn
ia

Estados e Distrito Federal:


ar
-m

Impostos Estaduais (ITCMD, ICMS e IPVA)


1
-4

+ Recursos do art. 157 (Repartição das Receitas


04
.3

Tributárias)
14
.8

+ Recursos do art. 159, inciso I, alínea a (Fundo de


62

Participação dos Estados e do Distrito Federal)


-0
na

+ Recursos do art. 159, inciso II (10% do IPI, de


ce

competência da União).
Lu
de

- parcelas transferidas aos municípios.


s
ta
an
D
a

= Valor do montante mínimo a ser aplicado


ai
M
la
ar
C
a
nn
ia

III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da


ar

arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que
M

tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)

Decorrente do inciso III, temos a seguinte condição de aplicação de


recursos mínimos:

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Municípios e Distrito Federal

Impostos Municipais (IPTU, ITBI e ISS)

58
+ Recursos do art. 158 (Repartição das

5:
Receitas Tributárias)

:4
12
+ Recursos do art. 159, inciso I, alínea b

6
01
(Fundo de Participação dos Municípios)

/2
05
+ Recursos do art. 159, inciso I, alínea b, §

9/
3º (25% dos 10% do IPI aos Estados e Distrito

-0
Federal).

m
l. co
ai
= Valor do montante mínimo a ser aplicado

gm
@
na
ce
.lu
la
Art. 198. ...
ar
ac

§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco


nn
ia

anos, estabelecerá: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)


ar
-m

I – os percentuais de que trata o § 2º; (Incluído pela Emenda


1

Constitucional nº 29, de 2000)


-4
04

II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde


.3
14

destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos


.8

Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a


62
-0

progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela Emenda


na

Constitucional nº 29, de 2000)


ce

III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas


Lu

com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; (Incluído


de

pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)


s
ta
an

IV – as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela


D

União. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)


a
ai
M
la
ar
C

Essa Lei Complementar foi editada - Lei Complementar n º


a

141/2012 - e, segundo a CF/88, estabelece o valor mínimo de aplicação


nn
ia

de recursos e dispõe sobre:


ar
M

1- Recursos mínimos de aplicação


2- Rateio da União e Estados para reduzir as desigualdades
3- Normas de Fiscalização, avaliação, e controle de despesas.
4- Montante da União.

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Atenção: A Lei Complementar n º 141/2000 deve ser reavaliada a
cada 5 anos, conforme determinação constitucional.

Segundo a LC º 141/2012, que deve ser reavaliada


constitucionalmente pelo menos até cada período máximo de cinco

58
5:
anos, os percentuais aplicados por cada ente são os seguintes:

:4
12
6
01
/2
Aplicação de Recursos Mínimos na Saúde (Lei Complementar n°

05
141/2012)

9/
-0
União (Art. 5 º) O montante correspondente ao valor empenhado

m
co
no exercício financeiro anterior acrescido de no

l.
ai
mínimo o percentual correspondente à variação

gm
nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no

@
na
ano anterior ao da lei orçamentária anual

ce
.lu
Estados (Art. 6 º) Mínimo 12% da arrecadação dos impostos estaduais,
la
ar
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos
ac

respectivos Municípios.
nn
ia
ar

Municípios (Art. 7 Mínimo 15% da arrecadação dos impostos municipais.


-m

º)
1
-4
04

Distrito Federal Mínimo 12% da arrecadação dos impostos estaduais.


.3

(Art. 6 º e 7 º)
14
.8

Mínimo 15% da arrecadação dos impostos municipais.


62
-0
na
ce

E como fica a situação do Distrito Federal? Ele deve pagar a maior?


Lu

Em verdade, ele deve aplicar, em ações e serviços públicos de saúde,


de

no mínimo 12% da arrecadação dos impostos de base estadual e 15%


s
ta

da arrecadação dos impostos de base municipal.


an
D
a
ai
M

Impostos estaduais: ITCMD, ICMS e IPVA.


la
ar

Impostos Municipais: IPTU, ITBI e ISS


C
a

Impostos do Distrito Federal: (ITCMD, ICMS e IPVA) + (IPTU,


nn
ia

ITBI e ISS).
ar
M

Outro ponto importante é a possibilidade de intervenção de outros


entes em caso de não aplicação do limite mínimo de recursos na área de
saúde. Caso um município não aplique o mínimo de 15% da receita de
impostos de sua competência durante o decorrer de um ano, as ações e
serviços de saúde poderão sofrer a intervenção do estado onde esse

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município está localizado. Do mesmo modo, caso um Estado ou o
Distrito Federal não apliquem seus mínimos (12% e 15%/12%
respectivamente), poderão sofrer intervenção da União.

Art. 198. ...

58
5:
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir

:4
12
agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por

6
01
meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e

/2
complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua

05
atuação.

9/
-0
m
co
Quem são os gestores locais do sistema único de saúde? Os

l.
ai
gm
prefeitos. Eles podem admitir agentes comunitários de saúde e agentes

@
de combate às endemias através de um processo seletivo púbico

na
especial. Esse processo seletivo especial facilita a contratação e demissão

ce
desses agentes e reduz a terceirização ou contratação de empresas
.lu
privadas para a execução de tais ações de saúde. Além disso, confere la
ar

celeridade à contratação de pessoal, uma vez que não se trata de


ac
nn

concurso público, mas de processo seletivo.


ia
ar

É fundamental destacar que esses agentes não seguem o Regime


-m

Estatutário (Lei n.º 8.112/1990) nem o Regime da CLT (Decreto-Lei n.º


1
-4

5.452/1943). Eles seguem um regime próprio, definido na Lei


04

11.350/200611.
.3
14
.8
62

Art. 198. ...


-0
na
ce
Lu


de

11
Segundo a Lei n˚ 11.350/2006, o Agente Comunitário de Saúde tem como atribuição o exercício
s

de atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, mediante ações domiciliares ou


ta

comunitárias, individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS e


an
D

sob supervisão do gestor municipal, distrital, estadual ou federal.


a

Suas atividades são as seguintes:


ai
M

I - a utilização de instrumentos para diagnóstico demográfico e sócio-cultural da


la

comunidade;
ar

II - a promoção de ações de educação para a saúde individual e coletiva;


C
a

III - o registro, para fins exclusivos de controle e planejamento das ações de


nn

saúde, de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde;


ia
ar

IV - o estímulo à participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para


M

a área da saúde;
V - a realização de visitas domiciliares periódicas para monitoramento de
situações de risco à família; e
VI - a participação em ações que fortaleçam os elos entre o setor saúde e outras
políticas que promovam a qualidade de vida.
O Agente de Combate às Endemias, por sua vez, tem como atribuição o exercício de
atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças e promoção da saúde, desenvolvidas em
conformidade com as diretrizes do SUS e sob supervisão do gestor de cada ente federado.

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§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial
profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a
regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente
de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar
assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.

58
5:
:4
12
Apesar da atuação e a contratação de agente comunitário de saúde e

6
01
agente de combate às endemias ser municipal (local), é Lei federal que

/2
05
dispõe sobre:

9/
-0
a) Regime jurídico

m
co
b) Piso Salarial profissional

l.
ai
c) Planos de Carreira

gm
@
d) Regulamentação das atividades

na
ce
Atualmente a lei que regulamentou o §5º do art. 198 é a Lei
11.350/2006. De acordo com essa lei, e concernente com o § 5º do Art. .lu
la
ar
198 da CF/89, cabe à União prestar assistência financeira complementar,
ac

junto com Estados, Municípios e Distrito Federal, no pagamento do piso


nn
ia

salarial de agente comunitário de saúde e agente de combate às


ar

endemias ser municipal.


-m
1
-4
04

Art. 198. ...


.3
14

§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art.


.8
62

169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes


-0

às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às


na

endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos


ce
Lu

requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício.


de
s
ta

Assim, além das hipóteses previstas no § 1º do art. 4112 e no § 4º do


an
D

art. 169 13 , o agente comunitário e o agente de combate às endemias


a
ai
M
la


ar

12
CF/88. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
C
a

cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda
nn

Constitucional nº 19, de 1998)


ia
ar

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
M

19, de 1998)
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)

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poderá perder o cargo nos seguintes casos descritos no art. 10 da Lei
n˚ 11.350/2006:
Art. 10. A administração pública somente poderá rescindir
unilateralmente o contrato do Agente Comunitário de Saúde ou
do Agente de Combate às Endemias, de acordo com o regime

58
jurídico de trabalho adotado, na ocorrência de uma das

5:
:4
seguintes hipóteses:

12
I - prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da

6
01
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT;

/2
05
II - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

9/
-0
III - necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso

m
co
de despesa, nos termos da Lei n˚ 9.801, de 14 de junho de 1999;

l.
ou

ai
gm
IV - insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no

@
na
qual se assegurem pelo menos um recurso hierárquico dotado de

ce
efeito suspensivo, que será apreciado em trinta dias, e o prévio
conhecimento dos padrões mínimos exigidos para a continuidade .lu
la
ar
da relação de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de
ac

acordo com as peculiaridades das atividades exercidas.


nn
ia
ar

Parágrafo único. No caso do Agente Comunitário de Saúde, o


-m

contrato também poderá ser rescindido unilateralmente na


1

hipótese de não-atendimento ao disposto no inciso I do art. 6˚, ou


-4
04

em função de apresentação de declaração falsa de residência.


.3
14
.8
62
-0
na

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.


ce

§ 1 º. As instituições privadas poderão participar de forma


Lu

complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes deste,


de

mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as


s
ta
an

entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.


D
a
ai
M

A participação das instituições privadas é complementar à ação


la
ar

pública. Isso significa dizer que a responsabilidade de ter e manter o


C
a
nn
ia


ar
M

13
CF/88. Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) [...]
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar
o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável
poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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Sistema Único de Saúde no país é exclusiva do poder público, mas
que a iniciativa privada pode atuar na assistência à saúde dentro desse
sistema.
Essa participação ocorre mediante:
a) Contrato de direito público: Segundo o art. 2º, parágrafo único,

58
5:
da Lei 8.666/1993, contrato de direito público é definido da

:4
seguinte forma: “Para os fins desta Lei, considera-se contrato

12
todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da

6
01
Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de

/2
05
vontades para a formação de vínculo e a estipulação de

9/
obrigações recíprocas, sejam qual for a denominação”. Apesar

-0
da definição não ser muito clara, o contrato de direito público é

m
co
aquele que, de forma genérica, é celebrado entre pessoa

l.
ai
pública e jurídica de direito privado onde ocorre a divergência

gm
inicial de vontades. Em outras palavras, é um contrato oneroso

@
onde a parte contratada não realizará o serviço ou obra

na
ce
contratada sem a devida remuneração pública.
.lu
la
b) Convênio: É a celebração de uma vinculação administrativa
ar
entre instituição pública e privada para a convergência de
ac
nn

interesses convergentes. Essas pessoas, a pública e a privada, já


ia

realizam tais serviços separadamente e optam pelo convênio


ar
-m

para conjugar esforços. Os convênios surgem da necessidade da


descentralização apregoada na reforma administrativa de 1967,
1
-4

cujos principais instrumentos foram a Constituição de 1967 e o


04
.3

Decreto-Lei 200 do mesmo ano.


14
.8

O melhor exemplo para diferenciar contrato de convênio é o


62

exposto a seguir14:
-0
na

[...] Assim, nota-se que o acordo de vontades encontrado nos


ce
Lu

convênios é marcado pela cooperação ou mútua colaboração.


de

Diferentemente do acordo travado nos contratos, em que se espera a


s

entrega ou prestação de um produto em troca de remuneração. Por


ta
an

exemplo, a Administração Pública precisa construir uma nova sede para


D

determinado Ministério, então, abre-se procedimento licitatório, em busca


a
ai

da melhor proposta. As empresas participantes procuram vencer o


M
la

certame com o maior preço possível, para que obtenham uma margem
ar

maior de lucro.
C
a
nn

No convênio, o objeto pretendido interessa a todos envolvidos, por


ia

exemplo, se há pessoas, em situação de fragilidade social, que


ar
M

sobrevivem catando resíduos sólidos em determinada localidade, tanto o


município quanto a entidade privada sem fins lucrativos buscam retirar
esse grupo da situação precária de trabalho, para incluí-lo em uma
associação ou cooperativa, que proporcionará, inclusive, aumento da

14
Exemplo dado por Ronaldo Quintanilha da Silva no seu artigo “Diferenças entre os contratos e
convênios administrativos”, em 2011, disponível no site www.jus.com.br.

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renda recebida. Veja que a entidade não busca o lucro, tanto que os
recursos repassados pelo município terão destinação certa. A
contrapartida da entidade é sua experiência e proximidade com aquele
público e com outras instituições capazes de colaborar na execução do
convênio.

58
5:
:4
12
Atenção: a maior parte das relações entre as entidades públicas e

6
01
privadas é celebrada por convênios.

/2
05
Em resumo, e de forma geral, podemos resumir as relações

9/
públicas com a iniciativa privada e com a oferta de serviços de saúde da

-0
seguinte forma:

m
co
l.
ai
gm
@
na
ce
.lu
la
ar
ac
nn
ia
ar
-m
1
-4
04
.3
14
.8
62
-0
na
ce
Lu
de
s
ta
an
D

Na seleção de entidades privadas para participação do Sistema


a
ai

único de Saúde, terão preferência as Entidades Filantrópicas e as


M

Entidades sem fins lucrativos.


la
ar
C
a
nn
ia

Participação da Atuação privada é Complementar


ar
M

iniciativa privada
no SUS Com preferência Entidade filantrópicas
para
Entidade sem fins lucrativos

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Observe que o § 1 º do Art. 199 da CF/89 não fala que as
instituições privadas deverão participar do Sistema Único de Saúde, mas
“poderão” participar. No bojo do entendimento atual das Conferencias
Nacionais de Saúde, isso significa que só deve haver participação
privada no SUS quando o setor público não dispuser de capacidade
suficiente para atender a demanda. Essa visão tende a reduzir a

58
5:
terceirização desnecessária da saúde.

:4
12
Isso fica mais claro na Lei 8.080/1990:

6
01
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes

/2
05
para garantir a cobertura assistencial à população de uma

9/
determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá

-0
recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.

m
co
l.
ai
gm
Art. 199. ...

@
na
§ 2º. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou

ce
subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
.lu
la
ar
ac

Não há exceção ao § 2 º do Art. 199 da CF/89. Nenhuma


nn
ia

instituição privada com fins lucrativos pode receber recursos públicos


ar
-m

mediante auxílio ou subvenção. Esse dispositivo visa extinguir a prática


comum anterior à CF/88 de subvenção direta à iniciativa privada com fins
1
-4

lucrativos.
04
.3
14
.8
62

§ 3º. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou


-0

capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos


na

previstos em lei.
ce
Lu
de

O § 3 º implica que a assistência à saúde no Brasil deve ser


s
ta

prestada apenas pelo poder público, empresas e capitais brasileiros,


an

podendo haver alguma exceção determinada por lei para participação


D
a

direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à


ai
M

saúde no País.
la
ar

Em 1990, a Lei nº 8080/1990, complementou esse parágrafo


C
a

constitucional esclarecendo em seu art. 23::


nn
ia

Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


ar
M

exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:


XII - realização de operações externas de natureza financeira de interesse
da saúde, autorizadas pelo Senado Federal;

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Observe que esse artigo da Lei nº 8080/1990 não fala da
participação de empresas estrangeiras, apenas da participação de capital
externo. Por isso, essa questão do capital internacional e da participação
de empresas estrangeiras deve ser também estudada de acordo com o
art. 23 da Lei 8.080 de 1990, que fala.

58
5:
:4
Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou

12
de capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de doações

6
01
de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações

/2
05
Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e

9/
empréstimos.

-0
m
§ 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de

co
direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), submetendo-

l.
ai
gm
se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas e os

@
instrumentos que forem firmados.

na
ce
§ 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de saúde
.lu
mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para
la
atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer
ar
ac

ônus para a seguridade social.


nn
ia
ar
-m

Desse modo, é possível receber capital estrangeiro destinado à


1
-4

assistência à saúde apenas nos seguintes casos:


04
.3

a) Doação de organismos internacionais vinculados à ONU


14
.8

b) Entidades de cooperação técnica


62
-0

c) Financiamento
na

d) Empréstimos
ce
Lu

e) Manutenção de serviços de saúde mantidos, sem finalidade


de

lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados


s
ta

e dependentes. (§ 2°, Art. 23. Lei 8.080 de 1990)


an
D

Nos quatro primeiros casos, é obrigatória a autorização do órgão de


a
ai

direção do SUS (§ 1°, Art. 23. Lei 8.080 de 1990). , submetendo-se a seu
M

controle as atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos que


la
ar

forem firmados.
C
a

É possível a participação direta ou indireta de empresas ou de


nn
ia

capitais estrangeiros na assistência à saúde desde que:


ar
M

a) Seja através de doações de organismos internacionais


vinculados à Organização das Nações Unidas; ou
b) Seja de entidades de cooperação técnica; ou
c) Seja de financiamento e empréstimos.
Sigamos com a análise da CF/88.

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

§ 4º. A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a


remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de
transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e
transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de

58
comercialização.

5:
:4
12
6
01
É vedada a comercialização de:

/2
05
a) Órgãos, tecidos e substâncias humanas (sangue se inclui) para fins

9/
de transplante, pesquisa e tratamento;

-0
m
b) Coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados.

co
l.
A lei que facilita os requisitos e condições para lidar com órgãos,

ai
gm
tecidos e substâncias humanas não precisa ser complementar.

@
na
ce
.lu
Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras
la
atribuições, nos termos da lei:
ar
ac

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e


nn
ia

substâncias de interesse para a saúde e participar da


ar
-m

produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,


hemoderivados e outros insumos;
1
-4
04

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica,


.3

bem como as de saúde do trabalhador;


14
.8

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de


62
-0

saúde;
na

IV - participar da formulação da política e da execução das


ce
Lu

ações de saneamento básico;


de

V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento


s
ta

científico e tecnológico;
an
D

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o


a
ai

controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas


M

para consumo humano;


la
ar
C

VII - participar do controle e fiscalização da produção,


a

transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos


nn
ia

psicoativos, tóxicos e radioativos;


ar
M

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele


compreendido o do trabalho.

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

As atribuições do SUS de acordo com a CF/88 são15:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e
substâncias de interesse para a saúde e participar da
produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros insumos;

58
5:
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica,

:4
bem como as de saúde do trabalhador;

12
6
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de

01
/2
saúde;

05
9/
IV - participar da formulação da política e da execução das

-0
ações de saneamento básico;

m
co
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento

l.
ai
científico e tecnológico;

gm
@
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o

na
controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas

ce
.lu
para consumo humano; ar
la
VII - participar do controle e fiscalização da produção,
ac

transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos


nn
ia

psicoativos, tóxicos e radioativos;


ar
-m

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele


1

compreendido o do trabalho.
-4
04
.3
14
.8

As atribuições CONSTITUCIONAIS do SUS


62
-0

Ações Focos das ações


na
ce
Lu

Controlar, fiscalizar, procedimentos, produtos e substâncias de


de

participar, executar, interesse para a saúde; produção de


s

ordenar, incrementar, medicamentos, equipamentos,


ta
an

inspecionar e colaborar. imunobiológicos, hemoderivados e outros


D

insumos; ações de vigilância sanitária,


a
ai

epidemiológica e de saúde do trabalhador;


M

formação de recursos humanos; alimentos,


la
ar

bebidas e águas para consumo humano;


C
a

substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e


nn

radioativos; e proteção do meio ambiente.


ia
ar
M

Essa lista não é exaustiva, e, como veremos na aula sobre a Lei n˚


8.80/1990, encontramos outras atribuições do SUS.


15
Observe que os verbos estão no infinitivo.

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Aula 1

Questões

58
5:
1. Makiyama – Médico Psiquiatra (Adultos) Prefeitura do Município

:4
12
de Jundiaí – 2013

6
01
Segundo a Constituição Federal, as ações e serviços públicos de saúde

/2
05
integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema

9/
único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

-0
m
I descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

co
l.
II atendimento integral, com prioridade para as atividades curativas,

ai
gm
sem prejuízo dos serviços assistenciais;

@
na
III participação da comunidade.

ce
Está CORRETO apenas o que se afirma em:
.lu
la
ar
A I, II e III.
ac
nn

B II e III.
ia
ar

C I e III.
-m

D I e II.
1
-4
04

E II
.3
14
.8
62

2. Makiyama – Médico Clínico Geral (Plantonista) Prefeitura do


-0

Município de Jundiaí– 2012


na
ce

De acordo com a cartilha ABC do SUS, a Constituição definiu que, quando


Lu

por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços


de

privados, isso deve se constituir sob três condições:


s
ta
an

I a celebração de contrato, conforme as normas de direito público,


D

ou seja, interesse particular prevalecendo sobre o público;


a
ai
M

II a instituição privada deverá estar de acordo com os princípios


la

básicos e normas técnicas do SUS. Prevalecem, assim, os princípios


ar
C

da universalidade, equidade, etc., como se o serviço privado fosse


a

público, uma vez que, quando contratado, atua em nome deste;


nn
ia
ar

III a integração dos serviços privados deverá se dar na mesma


M

lógica organizativa do SUS, em termos de posição definida na rede


regionalizada e hierarquizada dos serviços.
Está correto apenas o que se afirma em:
A I, II e III
B I e III

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Professor Alyson Barros
Aula 1

C II e III
DI
E II

58
3. Makiyama – Médico Clínico Geral (Plantonista) Prefeitura do

5:
:4
Município de Jundiaí – 2012

12
6
Segundo a Constituição Federal, as ações e serviços públicos de saúde

01
/2
integram uma rede regionalizada e hierarquizada, constituindo um sistema

05
único, organizado conforme algumas diretrizes. Nesse sentido, analise as

9/
-0
afirmações abaixo:

m
I participação da comunidade.

co
l.
ai
II descentralização, com direção única em cada esfera de governo.

gm
@
na
III atendimento integral, com prioridade para as atividades

ce
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.
.lu
la
ar
Está correto o que se afirma apenas em:
ac
nn

A II
ia
ar

B I e II
-m

C I e III
1
-4
04

D II e III
.3
14

E I, II e III
.8
62
-0

4. Makiyama – Médico Clínico Geral (Plantonista) Prefeitura do


na
ce

Município de Jundiaí– 2012


Lu

Baseando-se na Constituição Federal, analise as afirmativas a seguir:


de
s

I É permitida a destinação de recursos públicos para auxílios ou


ta
an

subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.


D
a

II As instituições privadas poderão participar de forma


ai
M

complementar do sistema único de saúde, mediante, apenas,


la
ar

convênio.
C
a

III É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou


nn

capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos


ia
ar

previstos em lei.
M

Está correto apenas o que se afirma em:


A I, II e III
B II
C III

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Professor Alyson Barros
Aula 1

D I e III
EI

5. Makiyama – Médico Clínico Geral (Plantonista) Prefeitura do

58
Município de Jundiaí– 2012

5:
:4
Ao sistema único de saúde compete, conforme assinalado pela

12
Constituição Federal, além de outras atribuições, nos termos da lei:

6
01
/2
I ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde.

05
9/
II colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do

-0
trabalho.

m
co
III incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico

l.
ai
e tecnológico.

gm
@
Está correto apenas o que se afirma em:

na
ce
A I, II e III
B I e III .lu
la
ar
ac

C II e III
nn
ia

D II
ar
-m

EI
1
-4
04
.3

6. Makiyama – Médico Clínico Geral (Plantonista) Prefeitura do


14

Município de Jundiaí– 2012


.8
62

Baseando-se na Constituição Federal, julgue as afirmativas abaixo como


-0

verdadeira (V) ou falsa (F) e, posteriormente, assinale a alternativa que


na
ce

apresenta a sequência correta, de cima para baixo.


Lu

(__) Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a regulamentação das


de

atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às


s
ta

endemias.
an
D

(__) O servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário


a
ai

de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo


M
la

em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei,


ar

para o seu exercício.


C
a
nn

(__) Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir


ia

agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por


ar
M

meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e


complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua
atuação.
A V-V-V
B V-F-V

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Professor Alyson Barros
Aula 1

C V-F-F
D F-F-F
E F-F-V

58
7. IADES - EBSERH – HUOL/UFRN – 2013

5:
:4
12
Com base no art. 195 da Constituição Federal de 1988, a seguridade

6
social será financiada

01
/2
(A) pela parcela mais rica da população brasileira.

05
9/
(B) integralmente pelo Poder Público.

-0
m
(C) por toda a sociedade, de forma direta e indireta.

co
l.
ai
(D) com o apoio de fundos internacionais de seguridade social.

gm
(E) unicamente a partir das contribuições dos trabalhadores para o Fundo

@
na
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

ce
.lu
la
ar
8. IADES – EBSERH/SEDE – Assistente Administrativo - 2012
ac
nn

Em situação hipotética, constatou-se epidemia de dengue no município


ia
ar

Cidade Feliz. Para solucionar o problema, o gestor local do SUS foi


-m

orientado a contratar agentes comunitários de saúde, de acordo com o


1

previsto no art. 198 da Constituição Federal. Diante disso, a contratação


-4
04

poderá ser realizada


.3
14

(A) somente por meio de concurso público.


.8
62

(B) de forma direta, sem necessidade de concurso ou


-0

processo seletivo.
na
ce

(C) por meio de processo seletivo público.


Lu
de

(D) somente pela transferência de servidores de outras


s
ta

áreas.
an
D

(E) por meio de empresas que fornecem mão-de-obra


a
ai
M

terceirizada.
la
ar
C
a
nn

9. IADES – EBSERH – HC-UFTM – Enfermeiro Assistencial – 2013


ia
ar

Entidades representativas de profissões da saúde desejam elaborar


M

uma campanha publicitária com as premissas constitucionais da


seguridade social e do direito à saúde, decidindo, assim, contratar uma
empresa de comunicação e orientá-la sobre o assunto. Com relação a
essa situação hipotética, assinale a alternativa que indica a orientação
correta das entidades para que a campanha esteja conforme a
Constituição Federal de 1988.

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Professor Alyson Barros
Aula 1

(A) O direito à saúde é assegurado por contribuições de
empregadores, sendo a dispensa da contribuição dos trabalhadores um
importante dispositivo constitucional que garante a universalidade do
atendimento.
(B) As ações e os serviços públicos de saúde constituem um sistema

58
único e integram uma rede regionalizada e hierarquizada, tendo a

5:
:4
participação da comunidade como uma das diretrizes sob a qual se

12
organiza o sistema.

6
01
(C) O atendimento integral prevê curativas e preventivas, com prioridade

/2
05
às ações que reabilitam os indivíduos, sem prejuízo às de prevenção de

9/
doenças.

-0
m
(D) Diante da escassez de alguns serviços de alta complexidade

co
tecnológica, a participação de empresa estrangeira que decidir investir na

l.
ai
saúde do País e compor o Sistema Único de Saúde é livre e assegurada

gm
pela Constituição Federal.

@
na
(E) Os pescadores artesanais e os garimpeiros são exemplos de cidadãos

ce
.lu
que estão desobrigados de contribuições sociais. ar
la
ac
nn

10. IADES – EBSERH – HU-UFP – Enfermeiro – 2012


ia
ar

Qual é o conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes


-m

Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à


1
-4

saúde, à previdência e à assistência social?


04
.3

(A) Contribuição Social e Previdenciária.


14
.8

(B) Políticas Sociais e Econômicas.


62
-0

(C) Legislação Social.


na
ce

(D) Seguridade social.


Lu

(E) Lei Orgânica da Saúde.


de
s
ta
an

11. IADES – EBSERH - HC-UFTM – Técnico em Saúde Bucal – 20134


D
a
ai

Acerca do direito da população à saúde, descrito na Constituição


M

Federal de 1988, assinale a alternativa correta.


la
ar
C

(A) A descentralização dos serviços de saúde faz com que os secretários


a
nn

de saúde dos municípios sejam hierarquicamente superiores aos


ia

secretários municipais.
ar
M

(B) A assistência à saúde, no Brasil, é a responsabilidade principal do


Sistema Único de Saúde (SUS).
(C) O poder público pode executar ações e serviços de saúde de maneira
direta ou por meio de terceiros, e também por pessoa física ou jurídica de
direito privado.

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Aula 1

(D) A vigilância sanitária, a epidemiológica e a de saúde do
trabalhador são atribuições das políticas públicas ambientais externas ao
SUS.
(E) O financiamento da saúde é função da União, sem participação direta
de estados e municípios.

58
5:
:4
12
12. AOCP – EBSERH – HU/UFS – Psicólogo Hospitalar – 2013

6
01
Sobre a Seguridade Social, analise as assertivas e assinale a alternativa

/2
que aponta as corretas.

05
9/
-0
I. As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

m
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos

co
orçamentos, os quais integrarão o orçamento da União.

l.
ai
gm
II. A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social,

@
como estabelecido em lei, poderá contratar com o Poder

na
Público, mas não poderá dele receber benefícios ou incentivos

ce
.lu
fiscais ou creditícios. ar
la
III. Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser
ac

criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de


nn
ia

custeio total.
ar
-m

IV. São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades


1

beneficentes de assistência social que atendam às exigências


-4
04

estabelecidas em lei.
.3
14

(A) Apenas I, III e IV.


.8
62

(B) Apenas I, II e IV.


-0

(C) Apenas I e II.


na
ce

(D) Apenas III e IV.


Lu
de

(E) I, II, III e IV. 22


s
ta
an
D

13. CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Médico do Trabalho


a
ai
M

Uma instituição médica privada pretende atuar na área do Sistema


la

Único de Saúde.
ar
C

Consoante os termos da Constituição Federal, a atuação da


a
nn

iniciativa privada nessa área é


ia
ar

a) vedada, pois a prestação à saúde é estatal.


M

b) permitida onde não houver assistência pública.


c) vedada nas áreas gerais da Medicina.
d) vedada, salvo autorização especial mediante concessão.
e) permitida, de forma complementar ao Estado.

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

14. CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Médico do Trabalho


A Constituição Federal estabeleceu um sistema único de saúde
para melhorar a gestão dos recursos destinados à população.

58
Nos termos da Lei Maior, uma das diretrizes desse sistema consiste

5:
na(o)

:4
12
a) centralização de ações executivas na União Federal

6
01
/2
b) ausência de participação da comunidade

05
9/
c) descentralização, com direção única em cada esfera de governo

-0
d) democratização com indicação de gerentes populares

m
co
e) atendimento preferencial de atividades curativas

l.
ai
gm
@
na
ce
.lu
15. VUNESP - 2012 - SEJUS-ES - Médico - Psiquiatria ar
la
Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, as ações
ac

e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e


nn
ia

hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com


ar

as seguintes diretrizes:
-m
1

a) descentralização, com direção única em cada esfera de governo;


-4
04

atendimento integral, com prioridade para as atividades assistenciais, sem


.3

prejuízo das ações de prevenção, e participação da comunidade.


14
.8

b) descentralização, com direção única na esfera federal; atendimento


62
-0

integral, com prioridade para as atividades assistenciais, sem prejuízo das


na

ações de prevenção, e participação da iniciativa privada,


ce

complementarmente aos serviços públicos.


Lu

c) descentralização, com direção única na esfera federal; atendimento


de
s

integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos


ta
an

serviços assistenciais, e participação da iniciativa privada,


D

complementarmente aos serviços públicos.


a
ai
M

d) descentralização, com direção única em cada esfera de governo;


la

atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem


ar
C

prejuízo dos serviços assistenciais, e participação da comunidade.


a
nn

e) descentralização, com direção única em cada esfera de governo;


ia
ar

atendimento integral, com prioridade para as atividades assistenciais, sem


M

prejuízo das ações de prevenção, e participação da iniciativa privada,


complementarmente aos serviços públicos.

16. VUNESP - 2012 - SPTrans - Médico do Trabalho


A definição de saúde na Constituição Federal

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Professor Alyson Barros
Aula 1

a) induz à ideia de que o Sistema Único de Saúde tem a
responsabilidade exclusiva pela saúde da população.
b) tem um viés assistencial que acabou induzindo a preferência de
políticas voltadas para a recuperação da saúde, em detrimento da
prevenção.

58
5:
c) está em desacordo com a definição da Organização Mundial de Saúde,

:4
necessitando de reformulação.

12
6
d) estimula a formulação de propostas parciais para os problemas e

01
/2
necessidades de saúde para a população mais carente.

05
9/
e) expressa a compreensão de que a saúde da população é resultante da

-0
forma como a sociedade se organiza.

m
co
l.
ai
gm
17. UPENET - 2010 - FCM-UPE - Residência - Enfermagem

@
Relativo à Seção II da Saúde, da Constituição Brasileira, analise as

na
ce
afirmativas abaixo:
.lu
I.
la
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
ar

mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do


ac
nn

risco de doença e de putros agravos e ao acesso universal e


ia

igualitário às ações e serviços para sua promoçãoo, proteção e


ar
-m

recuperação.
1
-4

II. São de relevância pública as ações e serviços de saúde,


04

cabendo ao Poder Público dispor sobre sua regulamentaçãoo,


.3
14

fiscalização e controle.
.8
62

III. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede


-0

regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único.


na
ce

IV. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.


Lu

V. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições,


de

controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de


s
ta

interesse para a saúde e participar da produçãoo de


an
D

medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados


a

e outros insumos.
ai
M
la

Assinale a alternativa CORRETA.


ar
C

a) Todas as afirmativas são verdadeiras.


a
nn

b) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.


ia
ar
M

c) As afirmativas IV e V são falsas.


d) Todas as afirmativas são falsas.
e) A afirmativa III é falsa.

18. UPENET - 2010 - FCM-UPE - Residência - Enfermagem

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Aula 1

A expressão de que todos têm o mesmo direito de obter as ações
e os serviços de saúde de que necessitam, independentemente da
complexidade, custo e natureza dos serviços envolvidos, diz respeito à
a) Universalidade.
b) Hierarquização.

58
5:
c) Integralidade.

:4
12
d) Acessibilidade.

6
01
/2
e) Resolutividade.

05
9/
-0
19. IADES - 2011 - PG-DF - Analista Jurídico – Arquitetura (adaptada)

m
co
Acerca das disposições contidas na ordem social da Constituição

l.
ai
gm
Federal vigente, julgue o item a seguir.

@
Compõem a seguridade social os direitos relativos à previdência,

na
ce
saúde, trabalho e assistência social.
.lu
la
ar
ac

20. IADES - 2011 - PG-DF - Analista Jurídico - Arquitetura


nn
ia

A ordem social tem como base o primado do trabalho e como


ar

objetivo o bem-estar e a justiça social. A seguridade social compreende


-m

um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da


1
-4

sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos a


04
.3

a) saúde, a segurança pública e a família.


14
.8

b) segurança publica, a criança e adolescente e ao idoso.


62
-0

c) previdência social, a saúde e a defesa da paz.


na
ce

d) segurança pública, a assistência social e ao índio.


Lu

e) saúde, a previdência e a assistência social.


de
s
ta
an
D
a
ai
M
la

Questões Comentadas e Gabaritadas


ar
C
a
nn
ia
ar

1. Makiyama – Médico Psiquiatra (Adultos) Prefeitura do Município


M

de Jundiaí – 2013
Segundo a Constituição Federal, as ações e serviços públicos de saúde
integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema
único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

II atendimento integral, com prioridade para as atividades curativas,
sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III participação da comunidade.
Está CORRETO apenas o que se afirma em:

58
A I, II e III.

5:
:4
B II e III.

12
6
C I e III.

01
/2
D I e II.

05
9/
E II

-0
m
Gabarito: C

co
l.
ai
Comentários: Na CF/88 temos o seguinte:

gm
@
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede

na
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado

ce
de acordo com as seguintes diretrizes (Emenda Constitucional nº 29, de
.lu
2000): la
ar
ac

I - descentralização, com direção única em cada esfera de


nn

governo;
ia
ar
-m

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades


preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
1
-4
04

III - participação da comunidade.


.3
14
.8
62
-0
na

2. Makiyama – Médico Clínico Geral (Plantonista) Prefeitura do


ce

Município de Jundiaí– 2012


Lu
de

De acordo com a cartilha ABC do SUS, a Constituição definiu que, quando


s

por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços


ta
an

privados, isso deve se constituir sob três condições:


D
a

I a celebração de contrato, conforme as normas de direito público,


ai
M

ou seja, interesse particular prevalecendo sobre o público;


la
ar

II a instituição privada deverá estar de acordo com os princípios


C

básicos e normas técnicas do SUS. Prevalecem, assim, os princípios


a
nn

da universalidade, equidade, etc., como se o serviço privado fosse


ia
ar

público, uma vez que, quando contratado, atua em nome deste;


M

III a integração dos serviços privados deverá se dar na mesma


lógica organizativa do SUS, em termos de posição definida na rede
regionalizada e hierarquizada dos serviços.
Está correto apenas o que se afirma em:
A I, II e III

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

B I e III
C II e III
DI
E II

58
Gabarito: C

5:
:4
12
Comentários: Interesse particular prevalecendo sobre o interesse público?

6
Nunca!

01
/2
05
9/
3. Makiyama – Médico Clínico Geral (Plantonista) Prefeitura do

-0
Município de Jundiaí – 2012

m
co
Segundo a Constituição Federal, as ações e serviços públicos de saúde

l.
ai
gm
integram uma rede regionalizada e hierarquizada, constituindo um sistema

@
único, organizado conforme algumas diretrizes. Nesse sentido, analise as

na
afirmações abaixo:

ce
.lu
I participação da comunidade. la
ar
II descentralização, com direção única em cada esfera de governo.
ac
nn
ia
ar

III atendimento integral, com prioridade para as atividades


-m

preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.


1
-4

Está correto o que se afirma apenas em:


04
.3

A II
14
.8

B I e II
62
-0

C I e III
na
ce

D II e III
Lu

E I, II e III
de
s

Gabarito: E
ta
an

Comentários: Sim, eles repetem alguns assuntos de questões. Vejamos:


D
a
ai

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede


M
la

regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado


ar

de acordo com as seguintes diretrizes (Emenda Constitucional nº 29, de


C
a

2000):
nn
ia

I - descentralização, com direção única em cada esfera de


ar
M

governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.

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Aula 1

4. Makiyama – Médico Clínico Geral (Plantonista) Prefeitura do


Município de Jundiaí– 2012
Baseando-se na Constituição Federal, analise as afirmativas a seguir:

58
I É permitida a destinação de recursos públicos para auxílios ou

5:
subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

:4
12
II As instituições privadas poderão participar de forma

6
01
complementar do sistema único de saúde, mediante, apenas,

/2
convênio.

05
9/
-0
III É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou

m
capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos

co
previstos em lei.

l.
ai
gm
Está correto apenas o que se afirma em:

@
A I, II e III

na
ce
B II
.lu
la
ar
C III
ac
nn

D I e III
ia
ar

EI
-m

Gabarito: C
1
-4
04

Comentários: Vejamos:
.3
14

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.


.8
62

§ 1 º. As instituições privadas poderão participar de forma


-0

complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes deste,


na

mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as


ce
Lu

entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.


de

[...]
s
ta
an

§ 3º. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou


D

capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos


a
ai

previstos em lei.
M
la
ar
C

5. Makiyama – Médico Clínico Geral (Plantonista) Prefeitura do


a
nn

Município de Jundiaí– 2012


ia
ar

Ao sistema único de saúde compete, conforme assinalado pela


M

Constituição Federal, além de outras atribuições, nos termos da lei:


I ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde.
II colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho.

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Aula 1

III incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico
e tecnológico.
Está correto apenas o que se afirma em:
A I, II e III

58
B I e III

5:
:4
C II e III

12
6
D II

01
/2
EI

05
9/
Gabarito: A

-0
m
Comentários: Vejamos:

co
l.
ai
Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras

gm
atribuições, nos termos da lei:

@
na
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de

ce
saúde;
.lu
la
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele
ar
ac

compreendido o do trabalho.
nn
ia

V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento


ar
-m

científico e tecnológico;
1
-4
04
.3
14
.8

6. Makiyama – Médico Clínico Geral (Plantonista) Prefeitura do


62

Município de Jundiaí– 2012


-0
na

Baseando-se na Constituição Federal, julgue as afirmativas abaixo como


ce

verdadeira (V) ou falsa (F) e, posteriormente, assinale a alternativa que


Lu

apresenta a sequência correta, de cima para baixo.


de
s

(__) Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a regulamentação das


ta
an

atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às


D

endemias.
a
ai
M

(__) O servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário


la

de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo


ar
C

em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei,


a
nn

para o seu exercício.


ia
ar

(__) Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir


M

agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por


meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e
complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua
atuação.
A V-V-V

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Aula 1

B V-F-V
C V-F-F
D F-F-F
E F-F-V

58
Gabarito: A

5:
:4
12
Comentários: Todas absolutamente corretas! Vejamos:

6
01
Art. 198. ...

/2
05
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial

9/
-0
profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a
regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente

m
co
de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar

l.
ai
assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos

gm
Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.

@
na
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art.

ce
169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes
.lu
la
às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às
ar
ac

endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos


nn

requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício.


ia
ar

§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir


-m

agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por


1
-4

meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e


04

complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua


.3
14

atuação.
.8
62
-0
na
ce

7. IADES - EBSERH – HUOL/UFRN – 2013


Lu
de

Com base no art. 195 da Constituição Federal de 1988, a seguridade


s
ta

social será financiada


an
D

(A) pela parcela mais rica da população brasileira.


a
ai

(B) integralmente pelo Poder Público.


M
la

(C) por toda a sociedade, de forma direta e indireta.


ar
C
a

(D) com o apoio de fundos internacionais de seguridade social.


nn
ia

(E) unicamente a partir das contribuições dos trabalhadores para o Fundo


ar
M

de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).


Gabarito: C
Comentários: Segundo o caput do art. 195 da Constituição Federal de
1988:

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Aula 1

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

58
5:
:4
12
8. IADES – EBSERH/SEDE – Assistente Administrativo - 2012

6
01
Em situação hipotética, constatou-se epidemia de dengue no município

/2
05
Cidade Feliz. Para solucionar o problema, o gestor local do SUS foi

9/
orientado a contratar agentes comunitários de saúde, de acordo com o

-0
previsto no art. 198 da Constituição Federal. Diante disso, a contratação

m
co
poderá ser realizada

l.
ai
gm
(A) somente por meio de concurso público.

@
(B) de forma direta, sem necessidade de concurso ou

na
ce
processo seletivo.
.lu
la
(C) por meio de processo seletivo público.
ar
ac

(D) somente pela transferência de servidores de outras


nn
ia

áreas.
ar
-m

(E) por meio de empresas que fornecem mão-de-obra


1
-4

terceirizada.
04
.3
14

Gabarito: C
.8
62

Comentários: Segundo o § 4º do art. 198 da Constituição Federal de 1988:


-0

Art. 198. ...


na
ce

§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir


Lu

agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por


de

meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e


s
ta

complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua


an
D

atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006)


a
ai
M
la
ar

9. IADES – EBSERH – HC-UFTM – Enfermeiro Assistencial – 2013


C
a

Entidades representativas de profissões da saúde desejam elaborar


nn

uma campanha publicitária com as premissas constitucionais da


ia
ar

seguridade social e do direito à saúde, decidindo, assim, contratar uma


M

empresa de comunicação e orientá-la sobre o assunto. Com relação a


essa situação hipotética, assinale a alternativa que indica a orientação
correta das entidades para que a campanha esteja conforme a
Constituição Federal de 1988.
(A) O direito à saúde é assegurado por contribuições de empregadores,
sendo a dispensa da contribuição dos trabalhadores um importante
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Aula 1

dispositivo constitucional que garante a universalidade do
atendimento.
(B) As ações e os serviços públicos de saúde constituem um sistema
único e integram uma rede regionalizada e hierarquizada, tendo a
participação da comunidade como uma das diretrizes sob a qual se

58
organiza o sistema.

5:
:4
(C) O atendimento integral prevê curativas e preventivas, com prioridade

12
às ações que reabilitam os indivíduos, sem prejuízo às de prevenção de

6
01
doenças.

/2
05
(D) Diante da escassez de alguns serviços de alta complexidade

9/
-0
tecnológica, a participação de empresa estrangeira que decidir investir na

m
saúde do País e compor o Sistema Único de Saúde é livre e assegurada

co
pela Constituição Federal.

l.
ai
gm
(E) Os pescadores artesanais e os garimpeiros são exemplos de cidadãos

@
que estão desobrigados de contribuições sociais.

na
ce
Gabarito: B
.lu
la
Comentários: Vejamos cada assertiva.
ar
ac

(A) O direito à saúde é assegurado por contribuições de


nn
ia

empregadores, sendo a dispensa da contribuição dos trabalhadores


ar

um importante dispositivo constitucional que garante a


-m

universalidade do atendimento.
1
-4
04

A CF/88 fala:
.3
14

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,


.8

garantido mediante políticas sociais e econômicas que


62
-0

visem à redução do risco de doença e de outros


na

agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e


ce

serviços para sua promoção, proteção e recuperação.


Lu

Assim, a universalidade de atendimento independe de


de
s

contribuição. Lembre-se que, quanto as contrapartidas, o


ta
an

acesso aos benefícios da saúde diferem do acesso aos


D

benefícios da previdência. Nesse último caso são necessárias


a
ai

as contrapartidas.
M
la
ar
C

(B) As ações e os serviços públicos de saúde constituem um


a
nn

sistema único e integram uma rede regionalizada e hierarquizada,


ia
ar

tendo a participação da comunidade como uma das diretrizes sob a


M

qual se organiza o sistema.


Assertiva correta.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde
integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo

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Aula 1

com as seguintes diretrizes (Emenda Constitucional nº
29, de 2000):
I - descentralização, com direção única
em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade

58
5:
para as atividades preventivas, sem

:4
prejuízo dos serviços assistenciais;

12
6
III - participação da comunidade.

01
/2
05
9/
-0
(C) O atendimento integral prevê curativas e preventivas, com

m
prioridade às ações que reabilitam os indivíduos, sem prejuízo às de

co
prevenção de doenças.

l.
ai
gm
Apesar da má redação da assertiva, fica claro o erro da

@
mesma ao evidenciarmos que não há essa previsão no

na
dispositivo constitucional que trata do atendimento integral.

ce
.lu
Veja: ar
la
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde
ac

integram uma rede regionalizada e hierarquizada e


nn
ia

constituem um sistema único, organizado de acordo


ar
-m

com as seguintes diretrizes (Emenda Constitucional nº


29, de 2000):
1
-4
04

[...]
.3
14

II - atendimento integral, com prioridade


.8

para as atividades preventivas, sem


62
-0

prejuízo dos serviços assistenciais;


na
ce
Lu

(D) Diante da escassez de alguns serviços de alta complexidade


de

tecnológica, a participação de empresa estrangeira que decidir


s
ta

investir na saúde do País e compor o Sistema Único de Saúde é livre


an

e assegurada pela Constituição Federal.


D
a
ai

Em regra a participação de empresas e de capital estrangeiro


M

é vedada (o que torna a assertiva errada).


la
ar
C

Art. 199. ...


a
nn

§ 3º. É vedada a participação direta ou indireta


ia
ar

de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à


M

saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

(E) Os pescadores artesanais e os garimpeiros são exemplos de


cidadãos que estão desobrigados de contribuições sociais.
Para responder a essa questão, é preciso ter conhecimento

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Aula 1

acerca do art. 195, que da seguridade social.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

58
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

5:
:4
[...]

12
6
01
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário

/2
rurais e o pescador artesanal, bem como os

05
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em

9/
-0
regime de economia familiar, sem empregados

m
permanentes, contribuirão para a seguridade social

co
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o

l.
ai
gm
resultado da comercialização da produção e farão jus

@
aos benefícios nos termos da lei.

na
ce
E onde está o garimpeiro nessa história? Não está! Ele estava
.lu
incluído na redação antiga do parágrafo 8˚, alterado pela
la
ar
Emenda Constitucional nº 20, de 1998. Veja:
ac
nn

§ 8º - O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário


ia

rurais, o garimpeiro e o pescador artesanal, bem como


ar
-m

os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades


1

em regime de economia familiar, sem empregados


-4
04

permanentes, contribuirão para a seguridade social


.3

mediante a aplicação de uma alíquota sobre o


14

resultado da comercialização da produção e farão jus


.8
62

aos benefícios nos termos da lei.


-0
na

E como está a situação do garimpeiro em relação a cobrança


ce

de contribuição social? Ele contribui como contribuinte


Lu

individual, mas tal previsão não está nem na CF/88, nem na


de

lei n˚ 8.212/1991, que dispõe sobre a organização da


s
ta

Seguridade Social e institui Plano de Custeio.


an
D
a
ai
M
la
ar

10. IADES – EBSERH – HU-UFP – Enfermeiro – 2012


C
a

Qual é o conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes


nn
ia

Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à


ar

saúde, à previdência e à assistência social?


M

(A) Contribuição Social e Previdenciária.


(B) Políticas Sociais e Econômicas.
(C) Legislação Social.
(D) Seguridade social.

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Aula 1

(E) Lei Orgânica da Saúde.
Gabarito: D
Comentários: Sem comentários.

58
11. IADES – EBSERH - HC-UFTM – Técnico em Saúde Bucal – 20134

5:
:4
12
Acerca do direito da população à saúde, descrito na Constituição

6
Federal de 1988, assinale a alternativa correta.

01
/2
(A) A descentralização dos serviços de saúde faz com que os secretários

05
9/
de saúde dos municípios sejam hierarquicamente superiores aos

-0
secretários municipais.

m
co
(B) A assistência à saúde, no Brasil, é a responsabilidade principal do

l.
ai
Sistema Único de Saúde (SUS).

gm
@
(C) O poder público pode executar ações e serviços de saúde de maneira

na
direta ou por meio de terceiros, e também por pessoa física ou jurídica de

ce
direito privado.
.lu
la
ar
(D) A vigilância sanitária, a epidemiológica e a de saúde do trabalhador
ac

são atribuições das políticas públicas ambientais externas ao SUS.


nn
ia

(E) O financiamento da saúde é função da União, sem participação direta


ar
-m

de estados e municípios.
1

Gabarito: C
-4
04

Comentários: Vejamos cada assertiva.


.3
14
.8

(A) A descentralização dos serviços de saúde faz com que os


62

secretários de saúde dos municípios sejam hierarquicamente


-0

superiores aos secretários municipais.


na
ce

A direção é única em cada esfera do governo e não há


Lu

qualquer previsão constitucional ou legal de hierarquia entre


de

secretários de saúde dos municípios e outros secretários


s
ta

municipais.
an
D
a
ai
M

(B) A assistência à saúde, no Brasil, é a responsabilidade principal


la

do Sistema Único de Saúde (SUS).


ar
C

Assertiva maliciosa. A assistência à saúde não é a


a
nn

responsabilidade principal do Sistema Único de Saúde, mas


ia
ar

do Estado e do Poder Público. A CF/88 preconiza que o


M

Estado tem o dever de garantir a saúde e cabe ao Poder


Público regular, fiscalizar e controlar. Além disso, a saúde é
pomovida pelo SUS, por terceiros e por pessoa física ou
jurídica de direito privado.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que

www.psicologianova.com.br| 65

Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
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Aula 1

visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços
de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos

58
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e

5:
:4
controle, devendo sua execução ser feita diretamente

12
ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou

6
01
jurídica de direito privado.

/2
05
9/
-0
(C) O poder público pode executar ações e serviços de saúde de

m
maneira direta ou por meio de terceiros, e também por pessoa física

co
ou jurídica de direito privado.

l.
ai
gm
Perfeito!

@
na
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços

ce
de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos
.lu
la
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e
ar

controle, devendo sua execução ser feita diretamente


ac
nn

ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou


ia

jurídica de direito privado.


ar
-m
1
-4

(D) A vigilância sanitária, a epidemiológica e a de saúde do


04
.3

trabalhador são atribuições das políticas públicas ambientais


14

externas ao SUS.
.8
62

Essas atribuições são do SUS:


-0
na

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de


ce

outras atribuições, nos termos da lei:


Lu
de

II - executar as ações de vigilância sanitária e


s

epidemiológica, bem como as de saúde do


ta
an

trabalhador;
D
a
ai
M
la

(E) O financiamento da saúde é função da União, sem participação


ar

direta de estados e municípios.


C
a
nn

Segundo o art. 198 da CF/1988:


ia
ar

Art. 198. [...]


M

§ 1º. O sistema único de saúde será financiado,


nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da
seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, além de outras

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Aula 1

fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000).

12. AOCP – EBSERH – HU/UFS – Psicólogo Hospitalar – 2013

58
Sobre a Seguridade Social, analise as assertivas e assinale a alternativa

5:
que aponta as corretas.

:4
12
V. As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

6
01
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos

/2
05
orçamentos, os quais integrarão o orçamento da União.

9/
-0
VI. A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social,

m
como estabelecido em lei, poderá contratar com o Poder

co
Público, mas não poderá dele receber benefícios ou incentivos

l.
ai
fiscais ou creditícios.

gm
@
VII. Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser

na
criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de

ce
.lu
custeio total. ar
la
VIII. São isentas de contribuição para a seguridade social as
ac

entidades beneficentes de assistência social que atendam às


nn
ia

exigências estabelecidas em lei.


ar
-m

(A) Apenas I, III e IV.


1
-4

(B) Apenas I, II e IV.


04
.3

(C) Apenas I e II.


14
.8

(D) Apenas III e IV.


62
-0

(E) I, II, III e IV. 22


na

Gabarito: D
ce
Lu

Comentários: Quais os erros das assertivas I e II? Vejamos.


de
s

I. As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios


ta
an

destinadas à seguridade social constarão dos respectivos


D

orçamentos, os quais SERÃO INDEPENDENTES do orçamento


a
ai

da União.
M
la

II. A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social,


ar
C

como estabelecido em lei, poderá contratar com o Poder


a
nn

Público, mas não poderá dele receber benefícios ou incentivos


ia

fiscais ou creditícios.
ar
M

Art. 195. [...]


§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da
seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá
contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios
ou incentivos fiscais ou creditícios.

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

13. CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Médico do Trabalho

58
Uma instituição médica privada pretende atuar na área do Sistema

5:
:4
Único de Saúde.

12
6
Consoante os termos da Constituição Federal, a atuação da

01
/2
iniciativa privada nessa área é

05
9/
a) vedada, pois a prestação à saúde é estatal.

-0
b) permitida onde não houver assistência pública.

m
co
c) vedada nas áreas gerais da Medicina.

l.
ai
gm
d) vedada, salvo autorização especial mediante concessão.

@
na
e) permitida, de forma complementar ao Estado.

ce
.lu
Gabarito: E ar
la
Comentários: O papel do Estado é fundamental nas ações e serviços de
ac

saúde. Cabe a ele oferecer essas ações e serviços (diretamente ou


nn
ia

indiretamente) e regular a sua prestação por entidades privadas. A


ar

atuação da iniciativa privada na área do SUS é permitida e ocorre, de


-m

acordo com a CF/88, de forma complementar ao Estado.


1
-4
04

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa


.3

privada.
14
.8

§ 1 º. As instituições privadas poderão participar de


62
-0

forma complementar do Sistema Único de Saúde, segundo


na

diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou


ce

convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as


Lu

sem fins lucrativos.


de
s
ta
an
D
a
ai

14. CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Médico do Trabalho


M
la

A Constituição Federal estabeleceu um sistema único de saúde


ar
C

para melhorar a gestão dos recursos destinados à população.


a
nn

Nos termos da Lei Maior, uma das diretrizes desse sistema consiste
ia
ar

na(o)
M

a) centralização de ações executivas na União Federal


b) ausência de participação da comunidade
c) descentralização, com direção única em cada esfera de governo
d) democratização com indicação de gerentes populares

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

e) atendimento preferencial de atividades curativas
Gabarito: C
Comentários: Segundo o art. 198 da CF/1988, temos a diretriz da
descentralização, com direção única em cada esfera do governo.

58
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede

5:
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único,

:4
12
organizado de acordo com as seguintes diretrizes (Emenda

6
01
Constitucional nº 29, de 2000):

/2
05
I - descentralização, com direção única em cada esfera de

9/
governo;

-0
m
co
l.
ai
gm
15. VUNESP - 2012 - SEJUS-ES - Médico - Psiquiatria

@
na
Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, as ações

ce
.lu
e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e la
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com
ar
ac

as seguintes diretrizes:
nn
ia

a) descentralização, com direção única em cada esfera de governo;


ar

atendimento integral, com prioridade para as atividades assistenciais, sem


-m

prejuízo das ações de prevenção, e participação da comunidade.


1
-4
04

b) descentralização, com direção única na esfera federal; atendimento


.3

integral, com prioridade para as atividades assistenciais, sem prejuízo das


14

ações de prevenção, e participação da iniciativa privada,


.8
62

complementarmente aos serviços públicos.


-0

c) descentralização, com direção única na esfera federal; atendimento


na
ce

integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos


Lu

serviços assistenciais, e participação da iniciativa privada,


de

complementarmente aos serviços públicos.


s
ta
an

d) descentralização, com direção única em cada esfera de governo;


D

atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem


a
ai

prejuízo dos serviços assistenciais, e participação da comunidade.


M
la

e) descentralização, com direção única em cada esfera de governo;


ar
C

atendimento integral, com prioridade para as atividades assistenciais, sem


a

prejuízo das ações de prevenção, e participação da iniciativa privada,


nn
ia

complementarmente aos serviços públicos.


ar
M

Gabarito: D
Comentários: Segundo o art. 198 da CF/1988, temos as seguintes
diretrizes:
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

de acordo com as seguintes diretrizes (Emenda Constitucional nº 29,
de 2000):
I - descentralização, com direção única em cada esfera de
governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades

58
5:
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

:4
12
III - participação da comunidade.

6
01
E quais os erros da outras? Os erros são as seguintes diretrizes não

/2
05
previstas ou descritas de modo errado (em vermelho estão as correções).

9/
-0
a) com prioridade para as atividades assistenciais, sem

m
prejuízo das ações de prevenção, e participação da

co
comunidade. / com prioridade para as atividades preventivas,

l.
ai
sem prejuízo dos serviços assistenciais

gm
@
b) com direção única na esfera federal [...]com prioridade para

na
as atividades assistenciais / com direção única em cada

ce
.lu
esfera de governo [...] com prioridade para as atividades
la
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais
ar
ac

c) com direção única na esfera federal [...] participação da


nn
ia

iniciativa privada, complementarmente aos serviços públicos


ar

/ com direção única em cada esfera de governo


-m
1

e) com prioridade para as atividades assistenciais, sem


-4
04

prejuízo das ações de prevenção, e participação da iniciativa


.3

privada, complementarmente aos serviços públicos. /


14

atendimento integral, com prioridade para as atividades


.8
62

preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;


-0

participação da comunidade.
na
ce
Lu

16. VUNESP - 2012 - SPTrans - Médico do Trabalho


de
s
ta

A definição de saúde na Constituição Federal


an
D

a) induz à ideia de que o Sistema Único de Saúde tem a responsabilidade


a
ai

exclusiva pela saúde da população.


M
la

b) tem um viés assistencial que acabou induzindo a preferência de


ar

políticas voltadas para a recuperação da saúde, em detrimento da


C
a

prevenção.
nn
ia

c) está em desacordo com a definição da Organização Mundial de Saúde,


ar
M

necessitando de reformulação.
d) estimula a formulação de propostas parciais para os problemas e
necessidades de saúde para a população mais carente.
e) expressa a compreensão de que a saúde da população é resultante da
forma como a sociedade se organiza.

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Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

Gabarito: E
Comentários: Apesar do comando da questão requerer que respondamos
de acordo com a CF/88, a resposta está na Lei n˚ 8.080/1990! Temos em
seu art. 3 que os níveis de saúde da população expressam a organização
social e econômica do país.

58
5:
:4
12
17. UPENET - 2010 - FCM-UPE - Residência - Enfermagem

6
01
Relativo à Seção II da Saúde, da Constituição Brasileira, analise as

/2
afirmativas abaixo:

05
9/
-0
VI. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido

m
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do

co
risco de doença e de putros agravos e ao acesso universal e

l.
ai
igualitário às ações e serviços para sua promoçãoo, proteção e

gm
recuperação.

@
na
VII. São de relevância pública as ações e serviços de saúde,

ce
.lu
cabendo ao Poder Público dispor sobre sua regulamentaçãoo,
la
fiscalização e controle.
ar
ac

VIII. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede


nn
ia

regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único.


ar
-m

IX. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.


1
-4

X. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições,


04

controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de


.3
14

interesse para a saúde e participar da produçãoo de


.8

medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados


62

e outros insumos.
-0
na

Assinale a alternativa CORRETA.


ce
Lu

a) Todas as afirmativas são verdadeiras.


de

b) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.


s
ta
an

c) As afirmativas IV e V são falsas.


D
a

d) Todas as afirmativas são falsas.


ai
M

e) A afirmativa III é falsa.


la
ar
C

Gabarito: A
a
nn

Comentários: Todas estão absolutamente corretas. Suas justificativas são


ia
ar

as seguintes:
M

I. Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido


mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.

www.psicologianova.com.br| 71

Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

II. Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde,
cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser
feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa
física ou jurídica de direito privado.

58
III. Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram

5:
:4
uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema

12
único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: [...]

6
01
IV. Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

/2
05
V. Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras

9/
-0
atribuições, nos termos da lei:

m
co
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e

l.
substâncias de interesse para a saúde e participar da

ai
gm
produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,

@
hemoderivados e outros insumos;

na
ce
.lu
la
18. UPENET - 2010 - FCM-UPE - Residência - Enfermagem
ar
ac

A expressão de que todos têm o mesmo direito de obter as ações e os


nn
ia

serviços de saúde de que necessitam, independentemente da


ar

complexidade, custo e natureza dos serviços envolvidos, diz respeito à


-m
1

a) Universalidade.
-4
04

b) Hierarquização.
.3
14

c) Integralidade.
.8
62

d) Acessibilidade.
-0
na

e) Resolutividade.
ce
Lu

Gabarito: A
de

Comentários: Esse é o conceito de universalidade. Relembremos nossa


s
ta

tabela.
an
D
a
ai
M

19. IADES - 2011 - PG-DF - Analista Jurídico – Arquitetura (adaptada)


la
ar

Acerca das disposições contidas na ordem social da Constituição


C

Federal vigente, julgue o item a seguir.


a
nn
ia

Compõem a seguridade social os direitos relativos à previdência,


ar

saúde, trabalho e assistência social.


M

Gabarito: E
Comentários: O trabalho não faz parte da seguridade social.

20. IADES - 2011 - PG-DF - Analista Jurídico - Arquitetura

www.psicologianova.com.br| 72

Conhecimentos do SUS – SMS/Natal 2016
Professor Alyson Barros
Aula 1

A ordem social tem como base o primado do trabalho e como
objetivo o bem-estar e a justiça social. A seguridade social compreende
um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos a
a) saúde, a segurança pública e a família.

58
5:
b) segurança publica, a criança e adolescente e ao idoso.

:4
12
c) previdência social, a saúde e a defesa da paz.

6
01
d) segurança pública, a assistência social e ao índio.

/2
05
e) saúde, a previdência e a assistência social.

9/
-0
Gabarito: E

m
co
Comentários: Sem comentários.

l.
ai
gm
@
Avisos finais

na
ce
.lu
Vamos resolver mais questões? Sábado que vem você estará na
la
ar
nossa sala de aula virtual, ao vivo, resolvendo comigo mais algumas
ac

questões da aula 1 e da aula 2 de SUS. Começaremos às 19 horas e vamos


nn

juntos até as 21:00!


ia
ar
-m

Repetindo: dia 14 de maio, no site psicologia nova, teremos uma


1

aula ao vivo e grátis de resolução de questões para os nossos alunos


-4

Máquina Mortífera!!!
04
.3
14

Um grande abraço e até lá!


.8
62
-0
na
ce
Lu
de
s
ta
an
D
a
ai
M
la
ar
C
a
nn
ia
ar
M

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