Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cursospar
aconcur
sos
DADISPONI BI
LIDADEDO CURSO
O al
unodeveobservaradisponi
bil
i
dadedoc ursoapósodiadacompra.Cada
cur
sopossuium pr
az oprópr
ioparaacesso.O i
níci
odac ont
agem doprazose
i
nic
iacom opri
meir
oac es
s oaaulaapósàautori
zaçãodacompra.
Apósoenc er
-
r
amentodesseprazo,vocênãoterámaisacessoaoc ur
so.
DADI SPONI BI
LIDADEDASAULASEM VÍ DEO
Cas oseuc ur
soc ontenhavídeos ,el
essãodi sponibil
izadosdeac ordoc om o
cronogr
ama.Asaul ass ãodivi
didasem bl ocosde25mi nutosec adav í
deo
poderáserassi
sti
dopeloalunoaté3( tr
ês)vezesdeac ordoc om adescri
çãocon-
t
idanoc urso,nohor ári
oquemel horlheconv i
er,nãos endopermiti
doqueas
aulassej
am baix
adasec opi
adaspar aarqui
v opes s
oal doaluno.
DOSREQUI SI
TOSDO SI STEMA
Éindi
cadoumai nt
ernetmí
nimade5Mb/spar
aaces s
oasaulasem al
t
ares
olu-
ção,s
endoquet ambém épossí
veloac
essocom i
nternetde2Mb/
sem res
olu-
çõesmenores.
DOACESSO
Asaul ases t
ar ãodi
sponívei
snos itewww. psi
c ol
ogi
anov a.com.bresomentepo-
derãos erut il
i
z adaspeloalunomat ri
c uladonoc ur
so,s endov edadaàc essãoa
t
er c
eiros.
Doi sac es s
oss i
mult
âneosfarãoc om queac onexãoc aia.
A Ps icologiaNov anãos erespons abili
zaporpr oblemasdeat ual
izaç
ãode
Flash,Jav a,nav egadores
,ouai nda,bl oqueiosporant i
vír
usouf ir
ewall
.Port
anto,
cert
if
ique- sec om ant
ecedênc i
aques uamáqui naenc ontr
a-s
eapt aparaoac es
so
aonos soc urso.
DOSCANCELAMENTOSERESCI SÕES
Cas ooc ursotenhai nici
ado,masnãof inal
izadasasf il
magens ,em c asodede-
si
s t
ênci
a,s erádes contadoov alorpropor ci
onalàsaul asjádisponibili
zadas ,as-
si
s t
i
dasounão,bem c omoincidi
rámul tar escis
ór i
ade30% ( tr
intaporc ento)
sobreototalpago.Cas otodasasaul ases tejam efetivamentedi sponíveis,não
serápossíveloc anc el
ament o.Ac r
it
ériodo( a)aluno( a),os al
doas err est
ituí
do
poderáserc onverti
doem bônuspar aabat i
ment oem f uturoscursosonl i
neof ere-
ci
dospeloPSI COLOGI ANOVA.
Em nenhumahi póteses erápos sí
velat rocadeum c urs
oc ontratadopel o(a)
al
uno(a)porout roc ursoonli
nehaj avist
aadi versidadedaquant i
dadedeaul as,
prof
essoresc ontr
atados ,disci
pl
inaslecionadas ,inves t
imentos,admi nistr
açãoe
despesasdaEs cola.
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 Caderno de Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1. PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DE
1:
ASSISTÊNCIA SOCIAL PNAS/2004 E NOB/SUAS. ................................................. 6
:4
POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (PNAS). ...................................................... 6
09
0
2. DIRETRIZES PARA A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NOS SERVIÇOS, BENEFÍCIOS
02
E PROGRAMAS DO CRAS SEGUNDO AS REFERÊNCIAS TÉCNICAS PARA
/2
03
ATUAÇÃO DO(A) PSICÓLOGO(A) NO CRAS/SUAS. ................................................14
0/
3. POLÍTICA NACIONAL PARA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA. ................. 27
-2
4. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR NO BRASIL. ............. 31
om
VIOLÊNCIA ........................................................................................................................... 31
l.c
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E URBANA..................................................................................... 38
ai
tm
VIOLÊNCIA SEXUAL NA FAMÍLIA......................................................................................... 39
ho
PSICÓLOGO ........................................................................................................................... 54
0
-8
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO................................................................... 95
s
1
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
Apresentação
Como é bom estar aqui com vocês! Nessa primeira aula iremos entrar
direto em nosso material. Assistam ao vídeo sobre o nosso concurso, ele é logo o
primeiro de nossa lista de vídeos!
O presente curso intensivo e PÓS-EDITAL será voltado para o concurso da
Prefeitura de Goiânia (GO). Essa obra prima de curso será voltada para os
conteúdos específicos de psicologia para o cargo de Psicólogo para a Secretária
de Administração da Prefeitura Municipal (SEMAD-Goiânia)
35
1:
Link do edital: https://centrodeselecao.ufg.br/2020/concurso-
:4
09
goiania/editais/127-edital-001-2020.html
0
São DOIS os cargos:
02
/2
- Analista em Assuntos Sociais – Psicólogo
03
- Especialista em Saúde – Psicólogo
0/
-2
om
Dados sobre o seu concurso:
l.c
Banca: Centro de Seleção da UFG
ai
Valor da taxa de inscrição: R$120,00 tm
ho
Vagas: 25
0
-8
Remuneração: R$ 2.723,78
41
.0
TOTAL DE PONTOS: 90
y
in
| 2
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
O curso será ministrado através de videoaulas e pdfs.
:4
09
0
Sobre o professor mais bonito de psicologia do
02
/2
Psicologia Nova
03
0/
-2
om
Para quem não me conhece, sou o Professor Alyson Barros, não sou
l.c
novato na área, ao contrário, posso dizer que sou um dos professores com a
ai
carreira mais sólida na área de concursos de psicologia1. Já trabalhei nas maiores
tm
ho
empresas preparatórias de concursos (fui o primeiro professor de psicologia do
s@
CERS), e sempre senti uma pontinha de inveja das áreas de direito, português ou
yd
lin
até informática. Eles possuem, como vocês sabem, uma variedade maior de cursos
ke
(psicologia) e depois de mais de 170 cursos lecionados (!!!), eis que consegui
0
-8
Precisava de uma casa para poder elevar o nível dos meus cursos e dos
.0
01
Receita), ter um grande currículo acadêmico e ter toda essa experiência na área
in
el
1
Procurem pelas evidências no nosso canal no Youtube:
https://www.youtube.com/psicologianova. Não acreditem em qualquer argumentação
sem provas concretas.
| 3
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
excelente! E no TRE-RJ? Primeiro lugar também! ITEP-RN, 5 dos 7 primeiros. AHM-
1:
:4
SP, 5 dos 6 primeiros lugares. ABIN 2018 temos os 3 primeiros alunos! CLDF, por
09
enquanto, os primeiros lugares das duas categorias. Na EBSERH 2018 aprovamos o
0
02
primeiro lugar de organizacional. Aprovamos um dos lugares na SENAGO (foi UFG).
/2
03
Pffff... A lista é quase infindável. Estamos aguardando o resultado da EBSERH
0/
2020! Também estamos esperando o final da novela da SEDEST/DF.
-2
Agora melhorou, não foi? =] Máquina Mortífera, você está no preparatório
om
l.c
certo.
ai
Uma das coisas que mais gosto é competir por resultados, ainda mais em
tm
ho
concursos! Tenho a plena convicção que nossos alunos estão representando o
s@
nosso trabalho na hora da prova. Por isso, faço questão de elaborar o melhor
ia
que estão matriculados em nosso curso. Aluno pilantra e mau-caráter não merece
ac
-j
Fim de desabafo.
.2
25
-0
a
Não é obrigatório, mas recomendo muuuuuito! Se você não está, fale com
s
Sobre a banca
Galera, eu tenho as seguintes provas da UFG:
2
Esses são os que lembro agora! Fora os aprovados que usam nosso material para
estudar para outros concursos!
| 4
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
:4
09
0
02
/2
03
0/
-2
Caso tenham mais alguma, compartilhem no grupo.
om
Irei lançar um planner de estudos para vocês e um compêndio com todas
l.c
essas provas. Vocês não vão treinar pouco. Vão treinar MUITO!
ai
tm
A UFG é uma banca meio acadêmica e meio de concurso. Isso significa,
ho
como veremos já na aula 1, por exemplo, que eles mesclam questões aleatórias de
s@
Não vou mentir para vocês, quase 15% das questões são decoreba pura. Se
lin
você tem a sorte de estudar pelo material certo, bingo! Senão, pegue seu
ke
Psicologia Nova.
da
Conteúdos (novos)
Ja
| 5
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Código de Ética Profissional do Psicólogo. 6. Transtornos do
1:
:4
Neurodesenvolvimento segundo o DSM V (TDAH e Transtorno Específico da
09
Aprendizagem); Transtornos Relacionados a Trauma e Estressores; Transtornos
0
02
Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta. 7. Transtornos relacionados a
/2
03
uso de Álcool e Alucinógenos segundo o DSMV. 8. Prevenção do Suicídio de acordo
0/
com a Organização Mundial de Saúde: Fatores e Situações de Risco, Fatores de
-2
Proteção.
om
l.c
ai
Ah, se liguem aí: a aula de hoje é única (só teoria), mas teremos depois uma
tm
ho
outra aula só com questões!
s@
NOB/SUAS.
-8
41
.0
01
Aqui entendo que eles peçam apenas a parte dos princípios, diretrizes e
.2
25
Segundo o MDS:
ia
D
O QUE É?
el
ck
| 6
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
QUAL A IMPORTÂNCIA?
O SUAS reorganiza os serviços, programas, projetos e benefícios relativos à
assistência social considerando as cidadãs e os cidadãos que dela necessitam.
Garante proteção social básica e especial de média e alta complexidade, tendo a
centralidade na família e base no território, ou seja, o espaço social onde seus
usuários vivem.
QUAL O NORMATIVO?
A Norma Operacional Básica - NOBSUAS disciplina a operacionalização da
gestão da Política de Assistência Social, conforme a Constituição Federal de 1988,
35
a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, de 1993, e legislação complementar
1:
:4
aplicável nos termos da Política Nacional de Assistência Social de 2004,
09
considerando a construção do SUAS, abordando, dentre outras questões, a divisão
0
02
de competências e responsabilidades entre as três esferas de governo; os níveis de
/2
03
gestão de cada uma dessas esferas; as instâncias que compõem o processo de
0/
gestão e como elas se relacionam; os principais instrumentos de gestão a serem
-2
utilizados; e, a forma de gestão financeira que considera os mecanismos de
om
l.c
transferência, os critérios de partilha e de transferência de recursos.
ai
tm
ho
s@
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/P
yd
lin
NAS2004.pdf
ke
ac
-j
0
-8
2.1. Princípios
.2
25
democráticos:
Si
de rentabilidade econômica;
s
ia
D
| 7
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
III – Primazia da responsabilidade do Estado na condução da Política de
1:
:4
Assistência Social em cada esfera de governo;
09
IV – Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios,
0
02
serviços, programas e projetos.
/2
03
0/
2.3. Objetivos
-2
A Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma integrada às
om
l.c
políticas setoriais, considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu
ai
enfrentamento, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para
tm
ho
atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. Sob essa
s@
perspectiva, objetiva:
ia
necessitarem.
ac
-j
comunitária.
a
2.4. Usuários
lv
Si
| 8
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
ofertadas. Os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais,
1:
:4
compõem a proteção social básica, dada a natureza de sua realização.
09
Os programas e projetos são executados pelas três instâncias de governo e
0
02
devem ser articulados dentro do SUAS. Vale destacar o Programa de Atenção
/2
03
Integral à Família – PAIF que, pactuado e assumido pelas diferentes esferas de
0/
governo, surtiu efeitos concretos na sociedade brasileira.
-2
O BPC constitui uma garantia de renda básica, no valor de um salário mínimo,
om
l.c
tendo sido um direito estabelecido diretamente na Constituição Federal e
ai
posteriormente regulamentado a partir da LOAS, dirigido às pessoas com deficiência
tm
ho
e aos idosos a partir de 65 anos de idade, observado, para acesso, o critério de renda
s@
previsto na Lei. Tal direito à renda se constituiu como efetiva provisão que traduziu o
ia
concessão, visando uma melhor e mais adequada regulação que reduza ou elimine o
.0
01
alterações passam a assumir o real comando de sua gestão pela assistência social.
25
-0
Nestes termos, o BPC não deve ser tratado como o responsável pelo grande
ck
Ja
| 9
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Os serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica
1:
:4
deverão se articular com as demais políticas públicas locais, de forma a garantir a
09
sustentabilidade das ações desenvolvidas e o protagonismo das famílias e
0
02
indivíduos atendidos, de forma a superar as condições de vulnerabilidade e a
/2
03
prevenir as situações que indicam risco potencial. Deverão, ainda, se articular aos
0/
serviços de proteção especial, garantindo a efetivação dos encaminhamentos
-2
necessários.
om
l.c
Os serviços de proteção social básica serão executados de forma direta nos
ai
Centros de Referência da Assistência Social – CRAS e em outras unidades básicas e
tm
ho
públicas de assistência social, bem como de forma indireta nas entidades e
s@
de assistência social.
.2
trabalho com famílias deve considerar novas referências para a compreensão dos
da
baseado na família nuclear, e partindo do suposto de que são funções básicas das
D
y
mediadora das relações dos seus membros com outras instituições sociais e com o
Estado.
O grupo familiar pode ou não se mostrar capaz de desempenhar suas
funções básicas. O importante é notar que esta capacidade resulta não de uma
forma ideal e sim de sua relação com a sociedade, sua organização interna, seu
universo de valores, entre outros fatores, enfim, do estatuto mesmo da família como
grupo cidadão. Em conseqüência, qualquer forma de atenção e, ou, de intervenção
no grupo familiar precisa levar em conta sua singularidade, sua vulnerabilidade no
contexto social, além de seus recursos simbólicos e afetivos, bem como sua
disponibilidade para se transformar e dar conta de suas atribuições.
| 10
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Realiza, ainda, sob orientação do gestor municipal de Assistência Social, o
1:
:4
mapeamento e a organização da rede socioassistencial de proteção básica e
09
promove a inserção das famílias nos serviços de assistência social local. Promove
0
02
também o encaminhamento da população local para as demais políticas públicas
/2
03
e sociais, possibilitando o desenvolvimento de ações intersetoriais que visem a
0/
sustentabilidade, de forma a romper com o ciclo de reprodução intergeracional do
-2
processo de exclusão social, e evitar que estas famílias e indivíduos tenham seus
om
l.c
direitos violados, recaindo em situações de vulnerabilidades e riscos.
ai
São considerados serviços de proteção básica de assistência social
tm
ho
aqueles que potencializam a família como unidade de referência, fortalecendo
s@
pobreza.
.2
| 11
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
entre alguns desses conceitos, embora não exista consenso entre os diversos autores
que se dedicam ao tema. Entretanto, diferentemente de pobreza, miséria,
desigualdade e indigência, que são situações, a exclusão social é um processo que
pode levar ao acirramento da desigualdade e da pobreza e, enquanto tal, apresenta-
se heterogênea no tempo e no espaço.
A realidade brasileira nos mostra que existem famílias com as mais
diversas situações socioeconômicas que induzem à violação dos direitos de seus
membros, em especial, de suas crianças, adolescentes, jovens, idosos e pessoas
com deficiência, além da geração de outros fenômenos como, por exemplo,
35
pessoas em situação de rua, migrantes, idosos abandonados que estão nesta
1:
:4
condição não pela ausência de renda, mas por outras variáveis da exclusão social.
09
Percebe-se que estas situações se agravam justamente nas parcelas da população
0
02
onde há maiores índices de desemprego e de baixa renda dos adultos.
/2
03
As dificuldades em cumprir com funções de proteção básica, socialização e
0/
mediação, fragilizam, também, a identidade do grupo familiar, tornando mais
-2
vulneráveis seus vínculos simbólicos e afetivos. A vida dessas famílias não é regida
om
l.c
apenas pela pressão dos fatores socioeconômicos e necessidade de sobrevivência.
ai
Elas precisam ser compreendidas em seu contexto cultural, inclusive ao se tratar da
tm
ho
análise das origens e dos resultados de sua situação de risco e de suas dificuldades
s@
serviços de abrigamento dos indivíduos que, por uma série de fatores, não
in
el
| 12
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
educativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras.
1:
:4
São serviços que requerem acompanhamento individual e maior
09
flexibilidade nas soluções protetivas. Da mesma forma, comportam
0
02
encaminhamentos monitorados, apoios e processos que assegurem qualidade na
/2
03
atenção protetiva e efetividade na reinserção almejada.
0/
Os serviços de proteção especial têm estreita interface com o sistema de
-2
garantia de direito exigindo, muitas vezes, uma gestão mais complexa e
om
l.c
compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos e ações
ai
do Executivo. tm
ho
Vale destacar programas que, pactuados e assumidos pelos três entes federados,
s@
Adolescentes.
ke
ac
-j
atendimentos às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos
.0
01
• Plantão Social.
da
• Abordagem de Rua.
s
ia
• Cuidado no Domicílio.
D
y
deficiência.
ck
Ja
| 13
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
• Família Acolhedora.
1:
:4
• Medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade
09
(semiliberdade, internação provisória e sentenciada).
0
02
• Trabalho protegido.
/2
03
0/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
s@
ia
yd
lin
psicólogo(a) no CRAS/SUAS.
.0
01
.2
25
http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/artes-graficas/arquivos/2008-
a
lv
CREPOP-CRAS-SUAS.pdf
Si
da
que leio essa cartilha tenho a convicção que ela é mais uma forma de pensar a
ia
D
Sim, não preciso falar que somente somente somente somente somente somente
el
ck
| 14
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
promover a cidadania de amplos os segmentos da população, que amargam, pela
1:
:4
produção e acirramento das desigualdades sociais, o lugar de excluídos.
09
0
02
No entanto, após a primeira metade da década de 1990, significativas
/2
03
alterações institucionais foram operadas em torno das políticas públicas da
0/
Assistência Social, com uma abordagem que conciliava iniciativas do Estado e do
-2
terceiro setor. Assim, destacou-se o papel da filantropia e da solidariedade social e
om
a participação do setor privado, lucrativo ou não lucrativo, na oferta de serviços e
l.c
ai
bens (IPEA, 2007). tm
ho
s@
[...]
ia
yd
lin
através do SUAS (2005), traz como projeto político, a radicalização dos modos de
ac
social, deverão fazer com que as ações propostas estejam conectadas com seus
.2
Especial.
| 15
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
prevenção e promoção da vida, por isso o trabalho do psicólogo deve priorizar as
1:
:4
potencialidades. Nossa atuação deve se voltar para a valorização dos aspectos
09
saudáveis presentes nos sujeitos, nas famílias e na comunidade. A atuação do
0
02
psicólogo no CRAS tem foco na prevenção e “promoção de vida”, mas isto não
/2
03
significa desconsiderar outros aspectos relacionados às vulnerabilidades.
0/
-2
Temos muito que ver fora dos consultórios, dos settings convencionais.
om
Temos a oportunidade de estabelecer muitos olhares, muitas conexões, muitas
l.c
ai
redes. Temos a oportunidade de trabalhar com a vida, não com o pobre, o pouco,
tm
ho
o menos. Temos o dever de devolver para a sociedade a contradição, quando
s@
muitos não usufruem de um lugar de cidadania, que deveria ser garantido a todos,
ia
como direito. Para isto devemos nos ocupar de todos os casos, pois eles estão ali,
yd
lin
pedindo algo, e, às vezes, porque demoramos demais, nem pedindo estão mais.
ke
Mais motivos temos para nos aproximar e retomar o que deve ter ficado perdido
ac
-j
Para tanto, e para chegar perto de quem realmente mais precisa, será
.2
importante não inventar a roda, e, sim, fazer a roda andar. É preciso articular com
25
-0
ações existentes nas regiões, nas comunidades. Devemos, pela condição de sujeito
a
e por esta integração preencher de significado cada passo proposto, para nós
s
ia
cidadania.
ck
Ja
[...]
| 16
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
:4
[...]
09
0
02
Com base nesses conhecimentos, intervenções psicológicas com a
/2
finalidade da promoção da autonomia têm envolvido a participação efetiva da
03
0/
comunidade, parcerias com instituições como igrejas e movimentos sociais, ações
-2
comprometidas com o bem-estar, com a diversidade e as subjetividades de todos.
om
Como afirma Lane (2001), a Psicologia deve recuperar o indivíduo na interseção de
l.c
ai
sua história com a história de sua sociedade, pois é somente este conhecimento
tm
que permite compreender o homem como produtor de sua história. Assim, a
ho
s@
controle social. Existe, de fato, espaço para os usuários, na elaboração das ações e
.0
barreiras.
-0
a
lv
Si
[...]
da
s
potencial dos moradores e das famílias das populações referenciadas pelos CRAS,
y
in
afirmação de direitos, para que possamos trabalhar com essa perspectiva. Para
uma atuação ética e política, compreendemos ser imprescindível a identificação e
apropriação da atuação, enquanto profissional, e crença no que se faz, mesmo
diante de adversidades e desafios inerentes a ela. Isso contribui para um
protagonismo de fato, capaz de fomentar, em outros, a construção de autonomias
e a geração de outros protagonistas.
[...]
| 17
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
:4
Uma Psicologia comprometida com a transformação social toma como
09
foco as necessidades, potencialidades, objetivos e experiências dos oprimidos.
0
02
Nesse sentido, a Psicologia pode oferecer, para a elaboração e execução de
/2
03
políticas públicas de Assistência Social – preocupadas em promover a
0/
emancipação social das famílias e fortalecer a cidadania junto a cada um de seus
-2
membros – contribuições no sentido de considerar e atuar sobre a dimensão
om
subjetiva dos indivíduos, favorecendo o desenvolvimento da autonomia e
l.c
ai
cidadania. Dessa maneira, as práticas psicológicas não devem categorizar,
tm
ho
patologizar e objetificar as pessoas atendidas, mas buscar compreender e intervir
s@
[...]
-8
41
.0
[...]
| 18
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
vulnerabilidade, defender o processo democrático e favorecer a emancipação
1:
:4
social. Para isso, é importante compreender a demanda e suas condições
09
históricas, culturais, sociais e políticas de produção, a partir do conhecimento das
0
02
peculiaridades das comunidades e do território (inserção comunitária) e do seu
/2
03
impacto na vida dos sujeitos. Qual é a demanda apresentada pelos usuários da
0/
Assistência Social?
-2
om
Num modelo assistencialista, os profissionais são os ‘salvadores’ que fazem
l.c
ai
de tudo para aliviar a miséria. O problema é que, quando se colocam nesse lugar,
tm
ho
invertem a demanda e acham que sabem o que é melhor para o usuário. O
s@
núcleo familiar contribuíram para se pensar que “ (...) se tudo se remete à família,
25
-0
| 19
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
:4
2. Atuar de modo integrado à perspectiva interdisciplinar, em
09
especial nas interfaces entre a Psicologia e o Serviço Social,
0
02
buscando a interação de saberes e a complementação de ações,
/2
com vistas à maior resolutividade dos serviços oferecidos;
03
0/
3. Atuar de forma integrada com o contexto local, com a realidade
-2
municipal e territorial, fundamentada em seus aspectos sociais,
om
políticos, econômicos e culturais;
l.c
ai
tm
4. Atuar baseado na leitura e inserção no tecido comunitário, para
ho
s@
| 20
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
2. Benefícios: transferência de renda (bolsa-família e outra);
1:
:4
Benefícios de Prestação Continuada – BPC; benefícios eventuais –
09
assistência em espécie ou material; outros;
0
02
/2
3. Programas e Projetos: capacitação e promoção da inserção
03
0/
produtiva; promoção da inclusão produtiva para beneficiários do
-2
programa Bolsa Família – PBF e do Benefício de Prestação
om
Continuada; projetos e programas de enfrentamento à pobreza;
l.c
ai
projetos e programas de enfrentamento à fome; grupos de
tm
produção e economia solidária; geração de trabalho e renda.
ho
s@
ia
2007).
-0
a
lv
Si
| 21
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
atendimento, e de um conjunto de ações potencializadores, o rompimento do
1:
:4
ciclo de pobreza, a independência dos benefícios oferecidos e a promoção da
09
autonomia, na perspectiva da cidadania, tendo o indivíduo como integrante e
0
02
participante ativo dessa construção.
/2
03
0/
Para produzir esses resultados devem ser identificados/criados serviços
-2
que dêem retaguarda às ações do CRAS. Nesse sentido, deve-se identificar redes
om
de apoio e deve-se articular os serviços do CRAS com os serviços oferecidos por
l.c
ai
outras políticas públicas, por meio da intersetorialidade. tm
ho
s@
para o trabalho com famílias e indivíduos, bem como sobre os serviços e ações do
.0
01
de Seguridade Social.
in
el
ck
Ja
| 22
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
considerando, sobretudo, as necessidades e possibilidades objetivas e
1:
:4
subjetivas existentes no território onde estes atores vivem;
09
0
02
» apropriar-se de conhecimentos sobre: indicadores de vulnerabilidade e
/2
03
risco sócio-psicológico; especificidades étnicas e culturais da população
0/
brasileira; trabalho social com famílias, seus membros e indivíduos;
-2
trabalho com grupos e redes sociais; dialética exclusão/inclusão social;
om
leitura sócio-psicológica da realidade, como pesquisa-ação- participante;
l.c
ai
políticas públicas, dentre outros; tm
ho
s@
atende;
-0
| 23
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
agilizar e melhorar os serviços prestados.
1:
:4
09
A prática profissional do psicólogo junto a políticas públicas de Assistência
0
02
Social é a de um profissional da área social produzindo suas intervenções em
/2
03
serviços, programas e projetos afiançados na proteção social básica, a partir de
0/
um compromisso ético e político de garantia dos direitos dos cidadãos ao acesso à
-2
atenção e proteção da Assistência Social. A partir da interface entre várias áreas da
om
Psicologia, estas ações estão sendo construídas numa perspectiva interdisciplinar,
l.c
ai
uma vez que vão constituindo várias funções e ocupações que devem priorizar a
tm
ho
qualificação da intervenção social dos trabalhadores da Assistência Social.
s@
ia
[...]
yd
lin
ke
as benesses, que não está centrada na caridade e nem favor, rompendo com o
.0
[...]
-0
a
lv
| 24
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
subjetiva de pessoas, grupos comunitários e famílias, atentando
1:
:4
para a articulação desses processos com as vivências e as práticas
09
sociais existentes na tessitura sócio- comunitária e familiar;
0
02
/2
03
» colaborar com a construção de processos de mediação,
0/
organização, mobilização social e participação dialógica que
-2
impliquem na efetivação de direitos sociais e na melhoria das
om
condições de vida presentes no território de abrangência do CRAS;
l.c
ai
tm
» no atendimento, desenvolver as ações de acolhida, entrevistas,
ho
s@
comunitários;
a
lv
Si
da
de trabalho;
| 25
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Psicologia na sociedade, apontando para novos dispositivos que
1:
:4
rompam com o privativo da clínica mas não com a formação da
09
Psicologia, que traz, em sua essência, referenciais teórico- técnicos
0
02
de valorização do outro, aspectos de intervenção e escuta
/2
03
comprometida com o processo de superação e de promoção da
0/
pessoa;
-2
om
» os serviços de Psicologia podem ser realizados em organizações
l.c
ai
de caráter público ou privado, em diferentes áreas da atividade
tm
ho
profissional, sem prejuízo da qualidade teórica, técnica e ética,
s@
gestor federal, dos gestores estaduais, do gestor do Distrito Federal e dos gestores
D
municipais para a gestão do trabalho no âmbito do SUAS; entre outros eixos. Além
y
in
el
2006):
Ja
| 26
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
[...]
35
A proposta de educação permanente, que vem sendo implantada no Brasil
1:
:4
desde 2003, na área da saúde, e que agora está sendo implantada na área da
09
Assistência Social, destaca a importância do potencial educativo no processo de
0
02
trabalho para a sua transformação. Busca a melhoria da qualidade do cuidado, a
/2
capacidade de comunicação o compromisso social entre as equipes de trabalho,
03
0/
os gestores do sistema, instituições formadoras e o controle social. Estimula
-2
também a produção de saberes, a partir da valorização da experiência e da cultura
om
do sujeito das práticas de trabalho, numa dada situação e com postura e escuta
l.c
ai
ativas, críticas e reflexivas. tm
ho
s@
Rua.
in
el
ck
3
https://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/populacao-em-situacao-
de-rua/politica-nacional-para-a-populacao-em-situacao-de-rua
| 27
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
gestores locais; as representações da sociedade civil tais como o Movimento
1:
:4
Nacional da População em Situação de Rua, os representantes dos Fóruns
09
estaduais da População em situação de rua e da Pastoral Nacional do Povo da Rua
0
02
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); e das redes de atendimento
/2
03
das várias políticas ofertadas pelos ministérios que compõem o CIAMP-Rua.
0/
Vejamos que diz esse curto decreto:
-2
Art. 1o Fica instituída a Política Nacional para a População em Situação de
om
l.c
Rua, a ser implementada de acordo com os princípios, diretrizes e objetivos
ai
previstos neste Decreto. [princípios, diretrizes e objetivos, isso é o que cairá em sua
tm
ho
prova]
s@
provisória.
.0
01
| 28
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
II - responsabilidade do poder público pela sua elaboração e financiamento;
1:
:4
III - articulação das políticas públicas federais, estaduais, municipais e do
09
Distrito Federal;
0
02
IV - integração das políticas públicas em cada nível de governo;
/2
03
V - integração dos esforços do poder público e da sociedade civil para sua
0/
execução;
-2
VI - participação da sociedade civil, por meio de entidades, fóruns e
om
l.c
organizações da população em situação de rua, na elaboração, acompanhamento
ai
e monitoramento das políticas públicas; tm
ho
VII - incentivo e apoio à organização da população em situação de rua e à sua
s@
Rua:
lv
Si
| 29
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
das políticas públicas voltadas para este segmento;
1:
:4
IX - proporcionar o acesso das pessoas em situação de rua aos benefícios
09
previdenciários e assistenciais e aos programas de transferência de renda, na
0
02
forma da legislação específica;
/2
03
X - criar meios de articulação entre o Sistema Único de Assistência Social e o
0/
Sistema Único de Saúde para qualificar a oferta de serviços;
-2
XI - adotar padrão básico de qualidade, segurança e conforto na
om
l.c
estruturação e reestruturação dos serviços de acolhimento temporários, de
ai
acordo com o disposto no art. 8o; tm
ho
XII - implementar centros de referência especializados para atendimento da
s@
trabalho.
.2
Assistência Social.
§ 2o A estruturação e reestruturação de serviços de acolhimento devem ter
como referência a necessidade de cada Município, considerando-se os dados das
pesquisas de contagem da população em situação de rua.
§ 3o Cabe ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por
intermédio da Secretaria Nacional de Assistência Social, fomentar e promover a
reestruturação e a ampliação da rede de acolhimento a partir da transferência de
recursos aos Municípios, Estados e Distrito Federal.
§ 4o A rede de acolhimento temporário existente deve ser reestruturada e
ampliada para incentivar sua utilização pelas pessoas em situação de rua,
| 30
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
para políticas voltadas à população em situação de rua, garantido o anonimato
1:
:4
dos denunciantes;
09
II - apoiar a criação de centros de defesa dos direitos humanos para
0
02
população em situação de rua, em âmbito local;
/2
03
III - produzir e divulgar conhecimentos sobre o tema da população em
0/
situação de rua, contemplando a diversidade humana em toda a sua amplitude
-2
étnico-racial, sexual, de gênero e geracional nas diversas áreas;
om
l.c
IV - divulgar indicadores sociais, econômicos e culturais sobre a população
ai
em situação de rua para subsidiar as políticas públicas; e tm
ho
V - pesquisar e acompanhar os processos instaurados, as decisões e as
s@
rua.
yd
lin
ke
ac
-j
0
-8
Brasil.
01
.2
25
Violência
-0
a
esse fenômeno.
in
el
| 31
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
adolescente pela violência física, ameaças ou indução de sua vontade. [...] Engloba
1:
:4
ainda a situação de exploração sexual visando lucros como é o caso da
09
prostituição e da pornografia.
0
02
Nos casos de violência sexual, nem sempre a vítima apresenta sinais
/2
03
corporais visíveis. No entanto, esse tipo de violência só será notado quando
0/
houver penetração ou algo que subentenda o uso de força física, necessitando um
-2
maior auxílio do poder judiciário para obter provas concretas da ocorrência do
om
l.c
abuso.
ai
A violência psicológica constitui toda forma de rejeição, depreciação,
tm
ho
discriminação, desrespeito, cobranças exageradas, punições humilhantes e
s@
por sua vez, um dos mais difíceis de serem identificados, pela falta de
41
Existe uma ilusão de que a sociedade realmente sabe como lidar com
.2
adolescentes, não chamar atenção das pessoas, não lhes causar indignação
s
ia
| 32
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
eficiente para diagnosticar a violência e assim, poder combatê-la e até preveni-la
:4
através da investigação mais específica de suas causas. Vale observar o que
09
0
conclui Gonçalves:
02
/2
Quando a comunidade científica reconheceu que certos ferimentos
03
infligidos aos corpos das crianças tinham como origem a agressão paterna ou
0/
-2
materna, rompeu-se o grande ciclo da civilização que fez da família o centro e o
om
núcleo da proteção à criança.
l.c
Fonte: Gonçalves, 1999.
ai
tm
ho
dessas pesquisas, ainda persiste. Por uma questão, inclusive, cultural, o que pode
ia
yd
comunidades pode não passar de um ritual que não provocará danos graves e
-j
passará despercebido como algo comum. Neste ponto, é importante que se faça
0
-8
uma definição do que pode ser violência e o que vem a ser a vítima, de acordo com
41
.0
grupos contra outros.” Afirmando mais adiante que: “violência não se limita ao
a
lv
| 33
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
adolescentes com suas condições de vida e com a atuação de jovens
1:
:4
transgressores. Apesar do conceito exposto pela autora, outros estudiosos
09
defendem a consideração, também, de determinantes diversos, além dos sociais,
0
02
visto que a violência doméstica não é exclusividade das classes menos
/2
03
favorecidas.
0/
No Brasil, somente ao final dos anos 80 foi dado devido destaque para os
-2
casos de violência contra a criança e o adolescente, e na Constituição Federal de
om
l.c
1988 temos um exemplo disso:
ai
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,
tm
ho
ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
s@
grande questão seria a que ponto um tapa, que em algumas comunidades não é
.2
considerado algo muito grave, por exemplo, poderá ser considerado um ato de
25
-0
| 34
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
baseado na busca por indícios, que são revelados através do depoimento dos pais
e familiares em geral (observando-se se há grande diferença entre o que é relatado
entre eles e a vítima) e do próprio comportamento da criança de forma isolada e
na interação com os pais (se é distante ou não), além da investigação de lesões
físicas repetitivas na vítima e até sua frequência escolar (se vem caindo e possui
relação com alguma violência sofrida).
As consequências da violência em família contra crianças e adolescentes
podem ser das mais variadas, dependendo, inclusive do ambiente cultural no qual
a família está inserida. Entretanto, de uma forma geral, segundo Gonçalves:
35
A violência em família pode acarretar uma enorme gama de
1:
:4
consequências para a criança, e esses efeitos variam do físico- ferimentos externos
09
ou internos – ao psíquico- distúrbios mais ou menos graves que podem envolver
0
02
agressividade, ansiedade ou depressão.
/2
03
Fonte: Gonçalves, 1999.
0/
-2
Dentre as várias consequências psicológicas destacam-se o transtorno do
om
estresse pós-traumático, altos índices de depressão, baixa autoestima, dificuldade
l.c
de relacionamentos interpessoais com crianças e adultos, ansiedade,
ai
amadurecimento sexual precoce, fobias. tm
ho
muitos casos, demorando anos para aparecer, e acarretando, desta forma, uma
ia
yd
futura. Isto interfere diretamente nos dados estatísticos, pela razão de que nem
ke
ac
vítima para seu retorno a uma vida normal; a intervenção dos profissionais do
da
adolescente, devendo obter consciência diante dos fatos e apoiar a vítima, mesmo
Ja
| 35
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
E quanto as notificações da violência? Sobre esse tema, é digno destacar.
1:
:4
Apesar das determinações legais contidas no ECA, a subnotificação da
09
violência é uma realidade no Brasil. Isso não surpreende, se considerarmos que o
0
02
mesmo ocorre em países onde a legislação é mais antiga e os sistemas de
/2
03
atendimento mais aprimorados. Uma pesquisa realizada em trinta países em 1992
0/
-2
mostrou que apenas a metade das nações desenvolvidas e um terço dos países em
om
desenvolvimento dispunham de registros centralizados; em países como Estados
l.c
Unidos, França e Alemanha, a coleta de dados é fragmentada e com escassa
ai
comparabilidade (Daro, 1992, apud Huertas, 1997). tm
ho
A similaridade parece indicar a presença de dificuldades técnicas
s@
forma:
0
-8
muitas incertezas. A questão não tem sido tratada na maioria dos currículos de
.0
01
| 36
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Sabemos que quanto mais frágil for a estrutura cognitiva da pessoa que sofre a
1:
:4
violência, maiores serão suas consequências. Assim também o é para a
09
intensidade da violência, quanto maior sua intensidade, maiores seus efeitos. A
0
02
cultura, por sua vez, não só legitima a violência em alguns casos, como também
/2
03
pode manter a violência contínua e agravar as suas consequências. Não foi há
0/
-2
muito tempo que vivemos uma fase onde a criança era propriedade dos pais e
om
esses tinham o direito absoluto sobre ela, podendo usar de castigos físicos e
l.c
psicológicos como forma de educação. Felizmente, a cultura está mudando.
ai
Além desses conceitos, é salutar a referência à obra e ao trecho de artigo de
tm
ho
Rosângela Francischini:
s@
certeza, contribuiu e vem contribuindo para que se torne visível uma condição,
.0
01
Vários são os fatores que contribuem para que essa prática seja observada
a
lv
outras.
el
ck
| 37
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
ao praticar reiteradamente os primeiros, estes acabam constituindo-se na
1:
:4
figura em sua percepção; ante qualquer estímulo, constituem a resposta de
09
eleição. O indivíduo proveniente de um meio onde tais comportamentos
0
02
são corriqueiros percebe-os como normais e desejáveis; não os discrimina
/2
03
de outros igualmente adaptados. [...]
0/
d) Condicionamento operante por reforço positivo: o comportamento pode
-2
ser aprendido. [...]
om
l.c
e) Aprendizagem pela observação de modelos: [...] Trata-se, aqui, do
ai
conceito de aprendizagem social formulado por Bandura, onde são
tm
ho
determinantes os modelos. [...]
s@
| 38
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
uma série de consequências nas vítimas não só pelo tipo de violência, mas pelo
contexto em que foi produzido. Falaremos mais sobre isso nos tópicos seguintes.
Sobre a violência urbana, o fenômeno é diferente. Esse é um tipo de
violência percebido fora do ambiente de proteção da família e da casa. Boa parte
dos teóricos que estudam esse assunto versam sobre como a violência urbana
afeta os nossos modelos de comportamento e percepção de justiça/impunidade.
No entanto, a aprendizagem de modelos violentos não é exclusividade do
ambiente externo. A violência praticada entre os cônjugues transmite aos filhos
uma aprendizagem geral sobre os métodos de exercê-la e desenvolve uma
35
percepção de que tais comportamentos são válidos como forma de
1:
:4
relacionamento interpessoal (Fiorelli e Mangini, 20120).
09
0
02
/2
03
Violência Sexual na Família
0/
-2
om
No Brasil, apesar da intensificação de pesquisas que investigam a dinâmica
l.c
e os efeitos desta forma de violência, constata-se a necessidade de estudos sobre
ai
tm
a avaliação e a intervenção psicológica nesse contexto. Sobre a definição da
ho
relações com penetração (digital, genital ou anal). O abuso sexual também inclui
41
.0
situações nas quais não há contato físico, tais como voyerismo, assédio, exposição
01
ameaças ou indução de sua vontade (Azevedo & Guerra, 1989; Thomas, Eckenrode
a
lv
Mannarino, 2000a; Habigzang & Caminha, 2004; Koller & De Antoni, 2004). Por
outro lado, o abuso sexual que ocorre fora do ambiente familiar envolve situações
nas quais o agressor é um estranho, bem como os casos de pornografia e de
exploração sexual (Koller, Moraes & Cerqueira-Santos, 2005).
A experiência de abuso sexual pode afetar o desenvolvimento cognitivo,
afetivo e social de crianças e adolescentes de diferentes formas e intensidade
(Elliott & Carne, 2001; Runyon & Kenny, 2002; Saywitz, Mannarino, Berliner &
Cohen, 2000). O impacto da violência sexual está relacionado a três conjuntos de
fatores: fatores intrínsecos à criança, tais como vulnerabilidade e resiliência
| 39
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
ansiedade, alimentares e dissociativos, enurese, encoprese, hiperatividade e
1:
:4
déficit de atenção e transtorno do estresse pós-traumático (Briere & Elliott, 2003;
09
Cohen, Mannarino & Rogal, 2001; Duarte & Arboleda, 2004; Habigzang & Caminha,
0
02
2004; Runyon & Kenny, 2002). Entretanto, o transtorno do estresse pós-traumático
/2
03
(TEPT) é a psicopatologia mais citada como decorrente do abuso sexual, uma vez
0/
que é estimado que 50% das crianças que foram vítimas desta forma de violência
-2
desenvolvem sintomas (Cohen, 2003; Saywitz et al., 2000).
om
l.c
Além de transtornos psicopatológicos, crianças e adolescentes vítimas de
ai
abuso sexual podem apresentar alterações comportamentais, cognitivas e
tm
ho
emocionais. Entre as alterações comportamentais destacam-se: conduta
s@
irritabilidade (Cohen & Mannarino, 2000b; Cohen et al., 2001; Habigzang & Koller,
25
-0
2006; Haugaard, 2003; Jonzon & Lindblad, 2004). O abuso sexual também pode
a
ocasionar sintomas físicos tais como hematomas e traumas nas regiões oral,
lv
Si
genital e retal, coceira, inflamação e infecção nas áreas genital e retal, doenças
da
confiança e do afeto que a criança tem por ele para iniciar, de forma sutil, o abuso
sexual. A criança, na maioria dos casos, não identifica imediatamente que a
interação é abusiva e, por esta razão, não a revela a ninguém. À medida que o
abuso se torna mais explícito e que a vítima percebe a violência, o perpetrador
utiliza recursos, tais como barganhas e ameaças para que a criança mantenha a
situação em segredo. Estudos apontam que esse segredo é mantido, na maioria
dos casos, por pelo menos um ano (Furniss, 1993; Habigzang & Caminha, 2004;
Habigzang, Koller, Azevedo & Machado, 2005). A criança sente-se vulnerável,
acredita nas ameaças e desenvolve crenças de que é culpada pelo abuso, sentindo
vergonha e medo de revelá-lo à família e ser punida. Dessa forma, adapta-se à
| 40
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Fatores externos à família também contribuem para que o abuso sexual
1:
:4
não seja interrompido. Estes fatores estão relacionados com a relutância de
09
alguns profissionais da saúde e da educação em reconhecer e denunciar o abuso,
0
02
bem como a insistência dos tribunais por regras estritas de comprovação do abuso
/2
03
para a proteção da vítima e para a penalização do agressor. Alguns profissionais
0/
tendem a negar e a subestimar a severidade e a extensão do abuso sexual, devido
-2
ao fato de que esse significa a violação de tabus sociais, como o incesto (Furniss,
om
l.c
1993). Até recentemente, a criança que fazia revelações de abusos sexuais era
ai
suspeita de fantasiar (Thouvenin, 1997). Atualmente, os profissionais da saúde
tm
ho
capacitados para trabalhar com crianças vítimas de violência tendem, a saber, que
s@
momento crucial que pode, por si só, representar um risco de trauma suplementar
yd
lin
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
a
lv
7972. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722008000200021.
da
s
ia
D
Quem é o agressor?
y
in
el
ck
| 41
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
espaço para a expressão de seu sofrimento, para que seja possível elaborar o
trauma e engendrar novas perspectivas de desenvolvimento.
Fonte: Sandla Wilma de Barros Santos. Incesto e Sociodrama Familiar. Disponível
em: http://www.asbap.com.br/producao/incesto_sociodrama_familiar.pdf
35
1:
:4
Segundo Fiorelli e Mangini (2102), os adolescentes que sofreram maus
09
tratos familiares quando crianças:
0
02
- Sofrem mais episódios de violência na escola; [...]
/2
- vivem mais agressões na comunidade; [...]
03
0/
- Transgridem mais as normas sociais. [...]
-2
Esses mesmos adolescentes:
om
- Vivenciam menor apoio social;
l.c
ai
- Possuem autoestima mais baixa; [...] tm
- Têm uma representação de si mais depreciativa; [...]
ho
s@
[...]
ke
ac
-j
tentativas de suicídio (Cohen, Mannarino, & Rogal, 2001; Haugaard, 2003; Jonzon &
D
y
Lindblad, 2004; Rosenthal, Feiring, & Taska, 2003). O abuso sexual também pode
in
el
ocasionar sintomas físicos, tais como hematomas e traumas nas regiões oral,
ck
Ja
genital e retal, coceira, inflamação e infecção nas áreas genital e retal, doenças
sexualmente transmissíveis, gravidez, doenças psicossomáticas e desconforto em
relação ao corpo (Sanderson, 2005).
Fonte: HABIGZANG, Luísa Fernanda et al. Entrevista clínica com crianças e
adolescentes vítimas de abuso sexual. Estud. psicol. (Natal) [online]. 2008, vol.13,
n.3 [cited 2013-08-09], pp. 285-292 . Available from:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
294X2008000300011&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1413-
294X. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2008000300011.
Ainda sobre as consequências do abuso sexual, temos:
| 42
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
auto-estima, tendência à revitimização e abuso de substâncias, queixas somáticas,
1:
:4
agressão, problemas escolares, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT),
09
comportamentos regressivos (enurese, encoprese, birras, choros), fuga de casa e
0
02
ideação suicida são sintomas que podem aparecer na infância e se estender pela
/2
03
vida adulta (Boney-McCoy & Finkelhor, 1995; Finkelhor & Tackett, 1997; Williams,
0/
-2
2002).
om
As manifestações do TEPT na infância e adolescência são mais graves e
l.c
comprometedoras, uma vez que as funções afetivas e cognitivas do sistema
ai
nervoso central não amadureceram e não foram ainda totalmente reguladas.
tm
ho
Doenças sexualmente transmissíveis, traumas físicos e ginecológicos, gravidez,
s@
(Amazarray & Koller, 1998; Ferrari & Vecina, 2002; Finkelhor & Tackett, 1997;
Ja
Kaplan & Sadock, 1990; Williams, 2002). No entanto, dados encontrados sugerem
que as vítimas parecem ser afetadas de diferentes maneiras e graus; enquanto
algumas parecem sofrer conseqüências mínimas, outras sofrem graves problemas
sociais e psiquiátricos (Dattilio & Freeman, 1995), portanto, não se deve esperar
um perfil extremamente característico, pois isto limitaria o diagnóstico.
O relacionamento entre agressor e vítima tem sido descrito como um dos
fatores mais relevantes no agravamento do impacto da violência sexual. Outros
fatores referentes à ação sexual em si, como a intensidade da violência sexual e
não sexual, a força empregada, o número de agressores, assim como a freqüência
| 43
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
166X2008000100002&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0103-
1:
:4
166X. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2008000100002.
09
0
02
/2
03
Abandono e delinquência infanto-juvenil
0/
-2
om
Vocês não imaginam o quanto é difícil entender esse tema, pior ainda é
l.c
explicar esse mesmo tema para concursos. Digo isso, pois, de cara, não podemos
ai
tm
afirmar, em absoluto, que exista uma correlação positiva entre abandono e
ho
de delinquência.
-j
adolescentes. Caso você tenha tempo para a prova, recomendo que pesquise um
Si
da
excelente assunto.
ia
D
afirmar que existe uma relação direta entre essas duas variáveis.
Mas, me conterei e falarei do que pode cair em sua prova caso a postura da
banca não seja a minha – e você tem de ficar muito atento para identificar a linha
da prova. Em sentido oposto, alguns autores da psicologia social e de fora dessa
ciência, defendem que o adolescente marginalizado é, em grande parte, vítima de
desigualdade social, pois que não tem renda suficiente para usufruir de bens e
serviços básicos, como saúde, educação, habitação e lazer. A consequência dessas
visão é que o jovem fica ansioso quando se compara com o que assiste em sua
televisão ou vê nas ruas. Ele não tem liberdade de usufruir do que os outros
| 44
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
que forma a primeira grande matriz de valores sociais da criança e do adolescente.
1:
:4
Sobre o papel da família, e ai contemplando o tópico, a psicanálise fala:
09
0
02
A ausência da função paterna, que representa a simbologia da lei, da
/2
03
autoridade, tem sido constantemente relacionada com a violência infanto-juvenil.
0/
-2
O pacto com a Lei do Pai prepara e torna possível o pacto social.
om
[...]
l.c
A importância da presença materna e paterna para o desenvolvimento da
ai
criança também é entendimento uníssono na doutrina. A criança vive
tm
ho
principalmente nas ligações afetivas e daí retiram o fortalecimento da própria
s@
exercício de suas funções paternas, como aquele que representa a lei, o limite,
lin
2004).
ac
-j
outorgada ao filho e na segurança que este tem de si próprio. Todavia para o filho
.0
01
que influenciarão em maior ou menor grau na conduta infantil. Isto porque lhe
da
outras pessoas.
y
in
| 45
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
agridem e os serviços psicológicos oferecidos ainda são incipientes.
:4
09
Os profissionais e as instituições que constituem a rede de apoio social para
0
crianças e famílias vítimas de violência sexual encontram-se diante do desafio de
02
/2
evitar formas traumáticas de intervenção sem incorrer, contudo, em uma postura
03
negligente (Ferreira & Schramm, 2000). A organização e a eficácia das redes de
0/
-2
apoio às crianças e aos adolescentes vítimas de abuso sexual foram avaliadas
om
através de uma pesquisa documental, na qual foram analisados todos os
l.c
expedientes de casos de violência sexual ajuizados pela Coordenadoria das
ai
tm
Promotorias da Infância e Juventude de Porto Alegre no período de 1992 a 1998.
ho
evidente que o abuso sexual, foco da denúncia, foi muitas vezes ignorado, sendo
ac
com essas crianças e com suas famílias, permitindo-lhes obter uma compreensão
a
lv
real dos casos, bem como conduzir uma intervenção adequada (Habigzang,
Si
da
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
Ja
| 46
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
Apesar do foco desse livro ser o abuso sexual, temos a definição de vários
conceitos úteis para o nosso concurso. Esse é aquele livro que você tem de ter em
sua biblioteca. Apesar do ano, e de se referir mais a dados franceses e americanos,
é uma aula compilada sobre o entendimento do abuso sexual. O livro começa com
algumas observações preliminares que são retomadas ao longo de todo o texto
(considerando que o livro é uma compilação de textos de vários autores, não é de
se estranhar a repetição de conceitos) e passeia por algumas poucas teorias
psicanalíticas, dados franceses, muitas pesquisas e algumas descrições de caso.
No Capítulo IV (Violência e Abusos Sexuais em Instituições para Crianças e
35
Adolescentes), por exemplo, Tomkiewicz faz uma interessante distinção que creio
1:
:4
que seja interessante para começarmos a resenha desse livro.
09
a) “Violência” implica o uso da força física (estupro, sevícias) ou
0
02
psicológica (ameaças ou abuso de autoridade). Podemos incluir aí atos cometidos
/2
03
contra menores cuja idade ou deficiência mental os tornem incapazes de
0/
compreender seu significado.
-2
b) “Abuso” implica, ao contrário, ausência de utilização da força.
om
l.c
Nesse caso, a satisfação sexual é obtida pela sedução; a lei inclui ai os atos
ai
cometidos com certa cumplicidade e mesmo com o consentimento do menor. O
tm
ho
caráter repreensível dos atos varia segundo a suscetibilidade da época, do meio
s@
social, do juiz, do moralismo. A meu ver, essa questão moral tende a confundir-se
ia
vítima. Tais abusos, de maior ou menor gravidade, ocorrem com frequência nas
ke
uso (“us”) normal. O Abuso é, ao mesmo tempo, o uso errado e um uso excessivo.
.0
01
O que não significa, como dizem os que criticam esse termo, que houvesse um uso
.2
transgredir.
a
autoridade sobre a criança que o adulto detém. Além disso, ela envolve não só a
s
ia
sexualidade do adulto, mas também a da criança, e, por isso, coloca sobre essa
D
y
última o peso de uma grande culpa. E, no entanto, não há certeza alguma de que
in
el
| 47
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Se entendemos por “período de latência” uma “interrupção” do desejo
1:
:4
sexual, a observação das crianças em uma sociedade tradicional deverá nos levar
09
a pensar que o “período de latência” é pura invenção de um século XIX puritano e,
0
02
artificialmente, estudioso.
/2
03
Fonte: Gabel (1998)
0/
-2
om
Sugere-se que o “incesto” seja cultural:
l.c
Observando-a superficialmente, a proibição do incesto talvez pareça
ai
tm
“natural”. Poderíamos pensar que se todos os homens, em todas as latitudes,
ho
criaram explicitamente uma lei proibindo a lei incestuosa, é porque essa lei
s@
humana”. Mas isso seria precipitar nossa análise. Pois uma série de fatos nos
lin
com suas transgressões. A regra não é um fato! Porém, uma vez instituída, todos
0
-8
| 48
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
As reações descritas por Summit como sendo as mais características da
1:
:4
criança vão, de fato, reforçar os adultos e seus preconceitos. Elas são cinco. As
09
duas primeiras, o segredo e o sentimento de impotência, estão ligadas à
0
02
“vulnerabilidade” da criança. As outras três são consequências dos abusos
/2
03
sexuais: a criança cai na armadilha e se adapta; a revelação é tardia e não
0/
-2
convence; a criança vai se retratar.
om
Fonte: Gabel (1998)
l.c
ai
Sobre a Síndrome de Adaptação, é válido citar: tm
ho
culpa do adulto. Ela viveria uma grande confusão, é ao mesmo tempo, inocente e
01
culpada, a sua confiança no testemunho dos seus próprios sentidos está abalada.
.2
25
A criança torna-se um ser que obedece mecanicamente, mas já não consegue dar-
-0
Fonte: http://www4.fe.uc.pt/fontes/trabalhos/2005018.pdf
Si
da
s
sexual só acontecer quando a criança está sozinha com o adulto e esse segredo
Ja
jamais deve ser partilhado com quem quer que seja. Esse terrível segredo tem de
ser preservado pela ameaça, por exemplo, “não diga nada para sua mãe, senão ela
vai me odiar”; “se ela souber, vai matar você, vai manda-lo para o colégio interno”.
(b) A criança vive uma relação de submissão à autoridade do adulto:
ensinamos as crianças a desconfiarem de estranho, mas, simultaneamente, a
serem obedientes e afetuosas com todos os adultos que cuidam delas. A criança
não provoca, não parece seduzir o adulto. É fato essencial: o indivíduo que comete
o abuso, na maioria dos casos, é alguém conhecido que vai primeiramente
| 49
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
(d) A revelação tardia e não convincente: Após anos de abuso, a
1:
:4
própria criança/adolescente, tem dificuldades em entender o quadro que viveu.
09
Em um outro ponto do livro, aparece a referência para o estado psicológico do
0
02
momento da revelação (não necessariamente tardia): “Paradoxalmente, é no
/2
03
momento da revelação que se produzem graves descompensações: tentativas de
0/
suicídio, fugas, prostituição, toxicomania ou manifestações psicóticas; a criança
-2
parecia adaptar-se à situação, a coesão do Eu era mantida pela dominação do
om
l.c
parceiro; no momento da revelação, a criança encontra-se só, sem pontos de
ai
referência, exposta à confusão”. Summit sublinha, no momento da revelação, a
tm
ho
conveniência da presença do advogado especializado em criança, e do psiquiatra
s@
e/ou psicólogo como especialistas, com a condição de que eles próprios não
ia
a retratar-se para reduzir a tensão causada pela sua revelação. Volta atrás no
ac
-j
emocional de uma equipe preparada. Não digo, contudo, que a equipe estimule a
41
reprimidas), mas que acolham a criança e deem condições para seu depoimento.
.2
agressores:
a
contatos sexuais.
in
el
| 50
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
imagens parentais.
1:
:4
Nas crianças e adolescentes, quando o abuso sexual é seguido de
09
violência, há sequelas visíveis: esquimoses, lacerações, infecções. Mas as sevícias
0
02
afetivas são, provavelmente, as mais graves e difíceis de avaliar: sentimento de
/2
03
culpa, angústia, depressão, dificuldade de relacionamento e sexuais na idade
0/
adulta, etc.
-2
O autor apresenta uma lista não exaustiva de consequências imediatas:
om
l.c
a) Estresse
ai
b) Anestesia afetiva seguida por terror tm
ho
c) Regressões
s@
d) Manifestações psicossomáticas
ia
e) Lesões genitais
yd
lin
f) Lesões corporais
ke
alteração física, persistência das sensações que lhe foram impingidas, dores nos
41
ossos.
.0
01
| 51
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Os abusos sexuais que acontecem durante a adolescência, em geral,
1:
:4
provocam sintomas de início mais ativos e intensos, que se originam de tentativas
09
de suicídio e fuga. São possíveis causas de anorexia grave e dores abdominais
0
02
agudas.
/2
03
Se o diagnóstico de abuso sexual não foi feito, e as pessoas não acreditam
0/
na criança, os distúrbios são mais discretos.
-2
om
Fonte: Gabel (1998)
l.c
ai
Antigamente tinha-se a visão que as denúncias de abuso feitas por
tm
ho
adolescentes eram infundadas ou injustificadas. Isso se devia a compreensão que
s@
essa imagem foi superada do imaginário social e aceita-se tais tipos de denúncia
ke
segunda é a retratação.
.2
25
fragilização, uma jovem pode, com muito mais facilidade que outra, sentir-se
Si
corrobore seus receios. Nessas condições, poderá fazer acusações graves, de boa-
s
ia
D
| 52
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
ela está em uma situação que comporta riscos para si própria e para a validade do
1:
:4
próprio testemunho. É importante destacar, também, que o momento da
09
revelação é crucial por si só. Esse momento apresenta risco de trauma
0
02
suplementar para a criança ou adolescente. Pode significar um risco de violação
/2
03
na medida em que a criança ou o adolescente esperava que a revelação trouxesse
0/
alguma realização (que não veio).
-2
Sobre a memória fiel dos fatos, é importante observar:
om
l.c
Os resultados de numerosos estudos sobre a memória da criança,
ai
evocados por Van Gijseghem, justificam a necessidade de se evitar a implicação de
tm
ho
interrogatórios, como é de praxe:
s@
depois do acontecimento, efeito que pode ser induzido por perguntas sugestivas;
ke
“enredo”. Por ocasião de novos interrogatórios, a criança usará esse enredo para
.2
25
| 53
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
identificar, sentem-se obrigadas a ser distantes com os próprios filhos, a conferir-
1:
:4
lhes excessiva autonomia cedo demais. Os autores sublinham que isso só faz
09
aumentar a demanda afetiva da criança em relação ao pai.
0
02
Na parte 4 (Os que Cometem Abusos Sexuais), é explicitada uma teoria
/2
03
dos agressores (psicopatas) sexuais:
0/
-2
Nossa prática profissional com esses indivíduos mostrou que sua vida se
om
organiza em torno de um tríptico existencial que chamamos de “3D”: Denegação,
l.c
Desafio e Delito.
ai
tm
Denegação: modo de defesa onde o sujeito se recusa a reconhecer a
ho
delitos sexuais:
-0
primitivo;
Si
relações objetais satisfatórias com o sexo oposto, o que se traduzia por uma
s
ia
D
mulher”.
el
ck
Ja
4
https://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2009/10/CREPOP_Servico_Exploracao_Sexual.pdf
| 54
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Garantias e Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente, com destaque para o
1:
:4
Estatuto da Criança e do Adolescente, são de abrangência, complexidade e
09
qualidade que devem ser plenamente identificados e incorporados nas práticas
0
02
dos profissionais responsáveis pela implantação e pela implementação de
/2
03
políticas públicas no Brasil, inclusive os/as psicólogos/as.
0/
[...]
-2
O psicólogo, para dar conta das demandas atuais no seu trabalho, deve
om
l.c
refletir permanentemente sobre suas ações, reinventar suas intervenções e criar
ai
outros fazeres, pautado sempre por uma atitude científica e por referenciais
tm
ho
teóricos consistentes.
s@
profissional não pode fazer com que se perca a condição de aprendiz. A formação
yd
lin
e a aplicação não são dois momentos sucessivos, mas devem coexistir sempre.”
ke
| 55
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
entrevistados afirmarem conhecer apenas parcialmente o CREAS. Nesse sentido,
1:
:4
os psicólogos que atuam nessa área admitem maior conhecimento dos marcos
09
lógicos e legais, especialmente acerca do ECA, do Plano Nacional e da rede de
0
02
enfrentamento da violência sexual infanto-juvenil.
/2
03
O que se percebe é que os psicólogos têm buscado aprimoramento: 68%
0/
declararam ter pós-graduação; 77% dos inseridos no Serviço de Enfrentamento
-2
têm especialização na área; 18% têm mestrado, e 5% têm doutorado. Dessa forma,
om
l.c
a formação continuada tem sido estratégia de qualificação dos psicólogos para
ai
que se sintam preparados para as exigências na implementação de políticas
tm
ho
públicas da assistência social.
s@
portanto, que voltemos nosso olhar para as diferentes realidades – familiar, social,
a
| 56
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Em linhas gerais, a violência contra crianças e adolescentes pode ser dividida em:
1:
:4
a) Intrafamiliar: quando existe laço familiar, biológico ou não, ou relação de
09
responsabilidade entre vítima e autor/a da violência. Quando ocorre no espaço
0
02
onde reside a família, é chamada também de violência doméstica.
/2
03
b) Extrafamiliar: se o autor da violência não possui laços familiares ou de
0/
responsabilidade com o violado. Embora, na violência extrafamiliar, o agressor
-2
possa ser um desconhecido, na maioria das vezes, ele é alguém que a criança ou o
om
l.c
adolescente conhece e em quem confia.
ai
Em relação às formas de apresentação, a violência contra crianças e
tm
ho
adolescentes pode ser classificada como: negligência, violência física, violência
s@
a) Negligência
yd
lin
b) Violência física
.2
c) Violência psicológica
D
y
| 57
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
de longa data o reconhecimento da existência do abuso e da exploração sexual,
1:
:4
essas são práticas que só foram formalmente identificadas e estudadas a partir da
09
década de 1960 (AMORIM, 2005).
0
02
d. 1) Abuso sexual
/2
03
De acordo com Azevedo (1997), violência sexual é todo ato ou jogo sexual,
0/
relação hetero ou homossexual entre um ou mais adultos e uma criança ou um
-2
adolescente, tendo por finalidade estimular sexualmente essa criança ou esse
om
l.c
adolescente ou utilizá-los para obter estimulação sexual de sua pessoa ou de
ai
outra pessoa. O agressor pode se impor por força, ameaça ou indução da vontade
tm
ho
da vítima.
s@
O abuso sexual compreende uma série de situações que estão locali- zadas
ia
sexualiza a infância.
ac
-j
importante ressaltar que o fenômeno não ocorre somente nos setores mais
lv
Si
| 58
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
Prostituição infantil
É definida como a atividade na qual atos sexuais são negociados em troca
de pagamento, não apenas monetário, mas que podem incluir a satisfação das
necessidades básicas (alimentação, vestuário, abrigo) ou o acesso ao consumo de
bens e de serviços (restaurantes, bares, hotéis, shoppings, diversão).
A utilização da expressão prostituição com referência a crianças e
adolescentes é bastante discutível, e a construção da expressão “exploração da
prostituição infantil” resolve em parte a questão. Crianças e adolescentes, por
estar submetidos a condições de vulnerabilidade e risco social, são considerados
35
(as) prostituídos(as), e não, prostitutos(as).
1:
:4
Existem variações na faixa etária de crianças e adolescentes nessa situação,
09
mas as idades entre 12 e 18 anos são as mais comuns. A maioria é afrodescendente
0
02
e migra internamente ou é enviada para fora do País (LEAL, 2002).
/2
03
Turismo sexual
0/
Caracteriza-se pelo comércio sexual em regiões turísticas, envolvendo
-2
turistas nacionais e estrangeiros e principalmente mulheres jovens, de setores
om
l.c
pobres e excluídos, de países do Terceiro Mundo. O principal serviço
ai
comercializado no turismo sexual é a prostituição, incluindo nesse comércio a
tm
ho
pornografia (shows eróticos) e o turismo sexual transnacional, que acoberta
s@
globalizada.
41
Pornografia
.0
01
| 59
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
exemplo, trabalho doméstico forçado, emprego ilegal ou falsa adoção).
1:
:4
No Brasil, país em que foram identificadas inúmeras rotas nacionais e
09
internacionais, o tráfico para fins sexuais é, predominantemente, de mulheres e
0
02
garotas negras e morenas, com idade entre 15 e 27 anos. (LEAL, 2002).
/2
03
A tipificação das diferentes formas de violência contra crianças e
0/
adolescentes é estratégia didática. Raramente encontra-se a ocorrência de apenas
-2
um tipo de violência.
om
l.c
Refletindo sobre as causas e as consequências das múltiplas violências contra
ai
crianças e adolescentes tm
ho
Não é simples identificar a etiologia (causa) dos casos das múltiplas
s@
inter-relacionados.
ac
-j
rede de proteção.
.2
vista dos operadores das políticas quanto do ponto de vista dos envolvidos nas
lv
Si
situações.
da
| 60
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
personalidade múltipla, etc.).
1:
:4
O(a) autor(a) da violência
09
Contrariando muitas representações de que os(as) agressores(as) sexuais
0
02
são pessoas estranhas às vítimas, dados demonstram que os agressores, em geral,
/2
03
são pessoas próximas e de confiança da criança. Em cerca de 85% a 90% dos
0/
casos, exceto em situações de exploração sexual, são pais, mães, professores(as),
-2
tios(as), etc. No caso de violência física, a maioria é de mulheres (mães,
om
l.c
cuidadoras, professoras). No caso de violência sexual, a maioria são homens
ai
heterossexuais, com idade entre 16 e 40 anos, e, quando ocorre na família, 44%
tm
ho
são pais, 17% padrastos, 10% tios (GABEL, 1997). Esses dados são corroborados
s@
vidas.
0
-8
qualquer adição (drogas, por exemplo) e, como tal, constitui quadro que interage
.0
01
| 61
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
em conta uma série de fatores socioculturais que interferem na determinação de
1:
:4
suas ações. Elementos como a socialização de gênero e a cultura familiar
09
adultocêntrica podem interferir fortemente na tomada de consciência por parte
0
02
de quem pratica a violência, dificultando a percepção de seu ato como um crime
/2
03
grave. Também uma hierarquia familiar fortemente marcada pelo sexismo e pelo
0/
machismo pode facilitar a formação de homens e mulheres abusadores(as).
-2
No caso da exploração sexual, a demanda é predominantemente masculina
om
l.c
– quem se serve da exploração sexual são pessoas do sexo masculino, e a esse
ai
público devem ser estrategicamente dirigidas as ações mobilizatórias.
tm
ho
A pesquisa do CFP indica ainda que os psicólogos, embora reconheçam os
s@
[...]
s
ia
| 62
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social
1:
:4
daquela categoria. Códigos de ética expressam sempre uma concepção de homem
09
e de sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos.
0
02
Traduzem-se em princípios e normas que devem pautar-se pelo respeito ao sujeito
/2
03
humano e seus direitos fundamentais.” (CFP, 2005a).
0/
Destacam-se também os seguintes princípios fundamentais:
-2
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da
om
l.c
liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser
ai
humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal
tm
ho
dos Direitos Humanos.
s@
[...]
0
-8
| 63
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
princípios de prioridade absoluta, por ser sujeitos de direitos e em condição
1:
:4
peculiar de desenvolvimento. Configura conjunto de atividades e ações
09
psicossocioeducativas, de apoio e especializadas, desenvolvidas individualmente
0
02
e em pequenos grupos (prioritariamente), de caráter disciplinar e interdisciplinar,
/2
03
de cunho terapêutico – não confundir com psicoterapêutico –, com níveis de
0/
verticalização e planejamento (início, meio e fim), de acordo com o plano de
-2
atendimento desenvolvido pela equipe. Esse atendimento deve ser
om
l.c
operacionalizado, prioritariamente, pelos grupos de apoio às crianças e aos
ai
adolescentes e pelo grupo de apoio às famílias e de oficinas socioeducativas.
tm
ho
Sugere-se que o atendimento individual seja utilizado apenas nas entrevistas
s@
adolescente para a entrada nos grupos, ou quando, a partir dessa avaliação, ficar
yd
lin
violência sexual. O atendimento deve ser entendido ainda como conjunto de ações
41
internas do CREAS e dos demais serviços da rede, e deve estar voltado, além da
.0
01
pode e deve ter efeitos terapêuticos, mas ela se distingue da psicoterapia pela
in
el
| 64
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
direitos, o acesso aos serviços de assistência social, saúde, educação, justiça e
1:
:4
segurança, esporte, lazer, cultura, geração de renda e qualificação profissional,
09
garantindo compromisso ético, político e multidisciplinariedade das ações
0
02
(BRASIL, 2006b).
/2
03
Alguns conceitos importantes
0/
Atendimento: ato ou efeito de atender; atenção sistemática prestada ao
-2
grupo familiar e/ou à criança e ao adolescente pela equipe do Serviço de
om
l.c
Enfrentamento, por meio de atividades relacionadas à organização do processo de
ai
trabalho técnico de cada área do conhecimento envolvida; conjunto de atividades
tm
ho
desenvolvidas pela equipe multiprofissional com o objetivo de prestar apoio
s@
atendimento que está sendo realizado, por outros serviços e ações definidos no
25
-0
| 65
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
de práticas de outros campos e o envolvimento de diversos profissionais, de áreas
1:
:4
diferentes, promovendo prática transdisciplinar. Isso significa que cada caso é
09
visto como único, com suas especificidades e particularidades. Os profissionais
0
02
intervêm de maneira articulada, cada um em sua especialidade, mas atuam com
/2
03
vistas a um objetivo comum, que é oferecer atendimento especializado que
0/
compreenda esse sujeito em suas diversas dimensões.
-2
O primeiro passo para o planejamento da intervenção consiste na
om
l.c
identificação do fenômeno. Segundo Azevedo e Guerra (2001), essa identificação
ai
pode ser sumária, em casos emergenciais que demandem ação imediata, ou
tm
ho
aprofundada mediante diagnóstico multiprofissional. O segundo passo a se levar
s@
de uma rede de proteção que deve ser conhecida por quem faz o atendimento.
da
assistente social e educador social) não devem atuar de maneira isolada. Toda a
D
y
equipe tem acesso aos procedimentos adotados por seus membros de acordo com
in
el
| 66
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
explicação se concentra apenas nas características individuais do agressor.
1:
:4
A intervenção primária protetora da criança tem como foco a criança/
09
vítima, com o claro objetivo de proteger seu desenvolvimento físico, emocional e
0
02
moral.
/2
03
Já a intervenção terapêutica primária considera a singularidade do sujeito
0/
e o contexto em que está inserido; considera a família como o espaço privilegiado
-2
de acolhimento e que a intervenção deve se dar com todos os seus membros.
om
l.c
Esses três modelos refletem as perspectivas que podem ser adotadas no
ai
enfrentamento à violência sexual. Os dois primeiros focalizam apenas um dos
tm
ho
aspectos da situação (agressor vs. vítima), sem considerar a característica
s@
viabilizem ações concretas. Essa é a única forma de enfrentar a rede que sustenta
ck
Ja
| 67
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
apresentar o caso a ser discutido e analisado por todos.
1:
:4
Roteiro de estudo de caso
09
1. Identificação do caso;
0
02
2. Histórico (resumo da história do sujeito, da situação de
/2
03
violência vivenciada e do seu percurso institucional);
0/
3. Profissionais envolvidos (quais profissionais da equipe
-2
estão atuando diretamente no caso e qual o papel de cada
om
l.c
um deles);
ai
4. Reflexão teórico-metodológica (de que maneira a teoria
tm
ho
respalda a atuação de cada profissional em relação ao caso
s@
equipe);
ke
adolescente?
.2
do sujeito e da família?
da
| 68
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
fundamentados em visões de mundo e no arcabouço teórico de referência.
1:
:4
Como já dito anteriormente, a prática do profissional de Psicologia no
09
CREAS deve estar comprometida com uma perspectiva emancipatória, promotora
0
02
de autonomia e consciência social, ou seja, deve proporcionar o empoderamento
/2
03
do sujeito, o desenvolvimento de uma consciência crítica e sua efetiva
0/
participação na sociedade.
-2
As responsabilidades em relação ao processo de atendimento devem ser
om
l.c
compartilhadas com a criança, o adolescente e a família, pois isso fortalece o
ai
sujeito, estimula a cooperação, a solidariedade, o desenvolvimento do
tm
ho
comportamento cidadão e a construção da autonomia, de acordo com o Módulo
s@
CREAS.
lv
Si
da
Acolhimento e triagem
s
ia
| 69
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
atendimento.
1:
:4
O sigilo, a crença e o amparo social da fala da criança são inerentes a esse
09
tipo de trabalho. É importante atentar que, muitas vezes, a ida ao CREAS significa
0
02
um pedido de socorro, uma forma de buscar interromper o ciclo da violência e se
/2
03
refazer após um acontecimento desse tipo. É preciso levar em consideração o
0/
quão difícil é para a criança estar ali, muitas vezes como denunciante, fragilizada e
-2
até mesmo exposta a inúmeros procedimentos jurídicos e a pressões da família e
om
l.c
da sociedade.
ai
Deve-se lembrar que os sujeitos em situação de violência sexual
tm
ho
geralmente se encontram bastante fragilizados, podendo apresentar dificuldade
s@
situação. Por isso, o profissional que realiza o acolhimento deve adotar uma
yd
lin
postura que transmita segurança. Esse cuidado é válido também para os casos
ke
público que atendem. Além disso, faz-se necessário contato prévio com os
.0
01
profissionais da instituição para a qual está sendo encaminhado o caso para que,
.2
| 70
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Além desses aspectos, é preciso estar atento, pois, em alguns casos, em
1:
:4
situações de disputa pela guarda de uma criança, pode acontecer de um dos pais
09
manipular as crianças para que insinuem situação de abuso, a fim de prejudicar a
0
02
imagem do outro. Esses são casos que merecem atenção redobrada, embora a
/2
03
crença na palavra da criança continue sendo premissa básica.
0/
No contato inicial com a criança ou o adolescente, cuidados importantes
-2
devem ser tomados.
om
l.c
Ao receber a criança ou o adolescente, o psicólogo deve apresentar-se,
ai
perceber se ela sabe algo sobre o Serviço de Proteção Especial; caso ainda não
tm
ho
saiba, conversar sobre o que é, o que faz, quem trabalha nele e como trabalha.
s@
Deve informar que outras crianças também frequentam esse espaço e deixar o
ia
Essa entrevista com a criança deverá ser conduzida de forma não diretiva e
ac
-j
vida.
.0
01
criança e do adolescente para que se defina qual o grupo adequado para sua
25
-0
inclusão.
a
também respeitar o tempo de cada indivíduo. Às vezes são necessários meses para
s
ia
| 71
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
Atendimento psicológico
Compreende encontros sistemáticos de apoio e orientação referentes a
demandas psicológicas que podem ser trabalhadas no âmbito do CREAS. O papel
35
do psicólogo é proporcionar atendimento a crianças/adolescentes e suas famílias
1:
:4
que apresentem sofrimento emocional e psíquico decorrente da sua vivência na
09
situação de violência sexual.
0
02
Essa atividade psicossocial deve ser uma prática comprometida com a
/2
03
singularidade do sujeito, que necessita de um espaço em que seja ouvido e tratado
0/
como tal. O psicólogo deve propiciar uma escuta atenta, oportunizando a
-2
emergência de significados ocultos ou inconscientes. É o profissional que exercerá
om
l.c
o trabalho com sentimentos e subjetividade de crianças/adolescentes vitimizados
ai
e suas famílias – criando ambiente favorável ao resgate da autoestima, à
tm
ho
reconstrução de relações afetivas, à reconstrução de significados acerca da
s@
dinâmica familiar, fatores que podem repercutir nas relações afetivas, na dinâmica
ac
-j
que pode surgir em alguns casos. Esse trabalho é atribuição da política pública de
.0
01
saúde, uma vez que os agravos provocados pela violência sexual devem ser
.2
em casos excepcionais.
in
el
ck
Ja
| 72
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
convivência e o compartilhamento de experiências com vistas a ampliar as
1:
:4
possibilidades de expressão do sujeito no mundo. São também objetivos do
09
trabalho em grupo o resgate da corporeidade e a reconstrução de relações e
0
02
vínculos afetivos com a família, a comunidade e o grupo de pares.
/2
03
Como todas as modalidades de atendimento psicossocial, o trabalho em
0/
grupo também deve considerar a história do sujeito, seus recursos pessoais, os
-2
aspectos conflituosos e subjetivos para desenvolver, de forma coletiva, estratégias
om
l.c
e projetos de vida. Nesse processo, o sujeito torna-se capaz de identificar os
ai
fatores que o levaram a vivenciar situações de vulnerabilidade e exploração, e, a
tm
ho
partir da análise de suas condições atuais de vida e de outras realidades, avaliar os
s@
outros.
a
lv
Si
| 73
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
no que diz respeito às questões advindas da violência, o grupo de apoio tem
1:
:4
função pedagógica e política, uma vez que os participantes estão se
09
instrumentalizando para o exercício de sua cidadania e para a busca de seus
0
02
direitos. É papel do grupo de apoio despertar a consciência de que a denúncia e a
/2
03
responsabilização dos autores da agressão sexual são de fundamental
0/
importância para romper o ciclo da violência e a consequente impunidade.
-2
O grupo também tem o papel de contribuir para a conscientização acerca
om
l.c
da dinâmica familiar, para o desenvolvimento de novas estratégias para lidar com
ai
conflitos na família e para fortalecer relações afetivas e capacidade de cuidar da
tm
ho
família, conscientizando os membros de suas dificuldades e potencialidades.
s@
Esses aspectos são importantes, pois a violência pode ser praticada pela própria
ia
Entrevistas de revelação
lv
Si
receba casos onde exista somente suspeita da violência. A própria família pode
s
ia
entrevistas de revelação.
ck
Ja
| 74
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
• Junto com a equipe, avaliar quais as medidas mais adequadas de
1:
:4
intervenção social, psicológica, jurídica e médica.
09
A maneira como é estabelecido o vínculo entre o psicólogo e a criança ou o
0
02
adolescente é fundamental. É muito importante proporcionar um clima de
/2
03
confiança, disponibilidade e acolhimento. Na entrevista de revelação, o psicólogo
0/
deve avaliar o entendimento da criança ou do adolescente sobre o motivo pelo
-2
qual está sendo entrevistado. Isso ajuda a perceber se foram preparados por
om
l.c
algum adulto para a entrevista.
ai
Existem pontos importantes a se considerar/avaliar durante o processo
tm
ho
(ABRAPIA, 1997):
s@
consequências da transgressão;
ac
-j
verdade;
.2
buscar ampliar e fazer as adequações necessárias para cada caso. Cabe também a
da
| 75
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
laudos emitidos sobre aspectos da personalidade e da vida das crianças e/ou
1:
:4
adolescentes atendidos, sendo garantida sua utilização de forma reservada e
09
restrita ao trato profissional.
0
02
É importante que o resultado da avaliação do caso final seja discutido pela
/2
03
equipe multidisciplinar para que a intervenção seja planejada e executada de
0/
acordo com a concepção de um trabalho que deve ser realizado de forma coletiva
-2
e processual.
om
l.c
O psicólogo do CREAS não deve se tornar um mero “investigador” das
ai
situações de violência, encaminhados pela Justiça ou pelo Conselho Tutelar. Seu
tm
ho
papel fundamental é trabalhar na reconstrução de relações e no fortalecimento
s@
violência vivida.
yd
lin
do psicólogo ausente nas demais instâncias. Assim, do mesmo modo que não deve
ac
-j
totalidade.
D
y
| 76
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
a articulação entre psicólogo e advogado é fundamental.
1:
:4
O psicossocial fornece, ao jurídico, subsídios para a condução da oitiva das
09
vítimas e discute estratégias de trabalho com a família, especialmente no tocante
0
02
às dúvidas sobre o processo de apuração e sobre a responsabilização dos
/2
03
agressores – a responsabilização muitas vezes é importante para se trabalhar com
0/
a reparação da violência vivida.
-2
Um aspecto muito importante do trabalho do psicólogo no CREAS é o
om
l.c
acompanhamento das crianças e dos adolescentes nas audiências. A presença
ai
do(a) psicólogo(a), além de representar figura de confiança para a criança,
tm
ho
facilitando seu depoimento e tornando-o menos traumático, estabelece nova
s@
nessas circunstâncias.
.2
25
-0
| 77
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
de poder: do mais forte sobre o mais fraco, do maior sobre o menor, do homem
sobre a mulher, do adulto sobre a criança.
Em lugar de tomarmos a violência como violação e transgressão de
normas, regras, etc., preferimos considerá-la sob dois outros ângulos. Em primeiro
lugar, como conversão de uma diferença e de uma assimetria numa relação
hierárquica de desigualdade, com fins de dominação, de exploração e de
opressão. Isso é a conversão dos diferentes em desiguais e a desigualdade em
relação entre superior e inferior. Em segundo lugar, como ação que trata um ser
humano não como sujeito, mas como uma coisa. Está caracterizada pela inércia,
35
pela passividade e pelo silêncio. De modo que, quando a atividade e a fala de
1:
:4
outrem são impedidas ou anuladas, há violência. (CHAUÍ, 1985, p. 35).
09
Além disso, essa violência está configurada em um contexto
0
02
multidimensionado, com aspectos relacionados à sociedade, à cultura, à
/2
03
economia e às características psicoemocionais dos indivíduos envolvidos.
0/
Nesse contexto, é preciso considerar que os sujeitos submetidos a essa
-2
situação geralmente são pessoas afetadas por fatores de riscos que contribuem
om
l.c
para o processo de sua vulnerabilização. Considera- se que esses fatores são
ai
eventos que, quando presentes, impactam negativamente sobre o sujeito,
tm
ho
aumentando a probabilidade de a criança ou o adolescente apresentar
s@
| 78
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
insere-se justamente nesse terceiro aspecto, e pode ser fundamental como fator
de proteção.
Nesse contexto de vulnerabilização de crianças e adolescentes sujeitos
especialmente à exploração sexual, dois aspectos centrais devem ser trabalhados
no atendimento: a sexualidade e a estigmatização relacionada à prática da
prostituição .
Com relação à sexualidade, é importante considerar a vivência que a
criança/o adolescente tem nessa área, quais os fatores de risco e de proteção. É
fundamental trabalhar não só com a fala da vivência sexual mas também com a
35
forma como o corpo se apresenta e se relaciona com o mundo e as pessoas. O
1:
:4
atendimento deve possibilitar a reflexão de que a violência sexual é violação da
09
sexualidade, e que é possível vivenciar a sexualidade como um direito. Em
0
02
complementação a esse trabalho de fala, é necessário trabalhar o corpo na
/2
03
perspectiva do projeto de vida em construção.
0/
No tocante ao estigma da prostituição, a exploração sexual envolve
-2
crianças e adolescentes em cenas de comercialização das relações sexuais,
om
l.c
geralmente com homens adultos, que lhes imprimem marca associada à figura da
ai
prostituta, o que interfere de maneira decisiva no processo de formação da
tm
ho
identidade, especialmente por se tratar de sujeitos em desenvolvimento. O
s@
atendimento deve possibilitar a reflexão sobre essa vivência e sobre como ela
ia
constituída por uma identidade pessoal (a forma como ela se percebe) e por uma
ac
-j
identidade social (aquilo que a sociedade lhe atribui a partir de sua inserção em
0
-8
exploração sexual por inviabilizar outras formas de inserção social. Além disso,
s
ia
| 79
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
adolescentes em situação de constrangimento e risco (encontrar autores
1:
:4
de agressão sexual no CREAS/Serviço de Proteção nos mesmos dias e
09
horários, por exemplo). O atendimento à vítima e ao agressor deve ser bem
0
02
diferenciado, com profissionais para cada atendimento. O fato de o
/2
03
atendimento ocorrer no mesmo local já é um entrave, e pior seria se
0/
acontecesse em horários semelhantes; deve haver dias específicos para
-2
cada um, vítimas e agressores. Isso muda de perspectiva apenas nos
om
l.c
centros que trabalham com psicoterapia familiar. O não cumprimento
ai
desses cuidados mínimos pode trazer constrangimento, medo e acabar não
tm
ho
efetivando o vínculo necessário à terapia.
s@
[...]
ia
diversas áreas do conhecimento. Pinheiro (2006) chama a atenção para esse fim
ac
-j
| 80
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
passando por suas influências e limitações. Ele deve ser compreendido como
1:
:4
conjunto de instâncias e seus respectivos órgãos, que se encarregam de assegurar
09
a implementação das leis de proteção a esse segmento social. A própria
0
02
concepção desse sistema contribuiu para assegurar um esboço de atenção em
/2
03
uma perspectiva de rede de atendimento.
0/
Nesse sentido, ao tratar-se de atendimento que envolva situações de
-2
violência, tem-se que os serviços devem basear suas ações em uma configuração
om
l.c
de rede, especialmente por ter como foco um fenômeno multideterminado, como
ai
é o caso da violação dos direitos sexuais da população infanto-juvenil.
tm
ho
Conforme Oliveira (2004), as Redes de Apoio e Proteção são formas de
s@
organização social que vêm se estruturando, no Brasil, desde a década de 80, com
ia
Pfeiffer (2004) destaca que a rede não é um novo serviço, ou uma nova
.2
obra, mas sim uma concepção de trabalho que dá ênfase à atuação integrada e
25
-0
| 81
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
complexidade do fenômeno da violência contra as mulheres.
1:
:4
A fim de contemplar esses propósitos, a rede de enfrentamen- to é
09
composta por: agentes governamentais e não-governamentais formuladores,
0
02
fiscalizadores e executores de políticas voltadas para as mulheres (organismos de
/2
03
políticas para as mulheres, ONGs feministas, movimento de mulheres, conselhos
0/
-2
dos direitos das mulheres, outros conselhos de controle social; núcleos de enfren-
om
tamento ao tráfico de mulheres, etc.); serviços/programas voltados para a
l.c
responsabilização dos agressores; universidades; órgãos federais, estaduais e
ai
municipais responsáveis pela garantia de di- reitos (habitação, educação,
tm
ho
trabalho, seguridade social, cultura) e serviços especializados e não-
s@
| 82
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
Inclui órgãos responsáveis pela gestão e controle Restringe-se a serviços de
:4
social das políticas de gênero, além dos serviços de atendimento (especializados e não-
09
atendimento. especializados).
0
02
/2
É mais ampla que a rede de atendimento às mulheres Faz parte da rede de enfrentamento
03
em situação de violência. à violência contra as mulheres.
0/
-2
om
- serviços não-especializados de atendimento
serviços não-especializados de atendimento à àmulher - que, em geral,
mulher - que,
l.c
constituem a porta de entrada
a portadademulher
entrada na rede (anasa- ber, hospitais gerais,
ai
em geral, constituem da mulher rede (a sa-
serviçosber,
de atenção básica, programa saúde da família, tm
delegacias comuns, polícia
hospitais gerais, serviços de atenção básica, programa saúde da
ho
defensorias públicas);
lin
- serviços especializados
-j
exclusivamenteserviços especializados
a mulheres de atendimento
e que possuem à mulher
expertise no tema - aqueles
da violência contra
0
-8
de Referência
mento édecomposta
Atendimento à Mulher,
por: Centros Núcleos de Atendimento
de Atendimento à Mulher em à Mulher em
a
lv
situaçãosituação
de Violência, Centros
de violência Integrados
(Centros da Mulher),
de Referência Casas Abrigo,
de Atendimento à Casas de
Si
Acolhimento
Mulher,Provisório
Núcleos de (Casas-de-Passagem), Delegacias
situação de Especializadas de
da
NúcleosAcolhimento
da Mulher nas Defensorias Públicas, Promotorias Especializadas,
Provisório (Casas-de-Passagem), Delegacias Espe- Juizados
y
in
mento à Mulher - Ligue 180, Ouvidoria da Mulher, Serviços de saúde voltados para
de Atendimento à Mulher), Núcleos da Mulher nas Defensorias
Ja
| 83
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
:4
09
5. Código de Ética Profissional do Psicólogo.
0
02
/2
03
0/
-2
Código de Ética: Resolução CFP Nº 010/05
om
l.c
ai
Vamos direito ao Código de Ética dos Psicólogos. Recomendo várias
tm
leituras atenciosas e muito marcador de texto. Esse tópico está presente em quase
ho
s@
daquela categoria.
O código de ética prevê todas as situações em que deverá ser
aplicado? Não. Por isso constitui-se como princípios que
fundamentarão a conduta profissional.
Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de
sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-se
em princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e
seus direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais, tais
como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-
culturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma
| 84
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
profissão, um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de normas
e imutável no tempo. As sociedades mudam, as profissões transformam-se e isso
exige, também, uma reflexão contínua sobre o próprio código de ética que nos
orienta.
Dois pontos importantes: todo código de ética é determinado
historicamente e o nosso foi influenciado pela Declaração
Universal dos Direitos Humanos.
A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo
no Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país
35
e ao estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e
1:
:4
profissional. Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo da necessidade, sentida
09
pela categoria e suas entidades representativas, de atender à evolução do
0
02
contexto institucional-legal do país, marcadamente a partir da promulgação da
/2
03
denominada Constituição Cidadã, em 1988, e das legislações dela decorrentes.
0/
Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código foi
-2
construído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão,
om
l.c
suas responsabilidades e compromissos com a promoção da cidadania. O
ai
processo ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a participação direta
tm
ho
dos psicólogos e aberto à sociedade.
s@
relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que
da
multiprofissionais.
d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não
em suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se
restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.
Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a
expectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade
as responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua
formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o
fortalecimento e ampliação do significado social da profissão.
Vou destacar as utopias os objetivos:
| 85
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da
35
dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que
1:
:4
embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
09
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das
0
02
pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas
/2
03
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
0/
Atente para a expressão “contribuirá para a eliminação”.
-2
III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e
om
l.c
historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
ai
IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo
tm
ho
aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia
s@
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
0
-8
em que trabalhei,
s
ia
D
y
| 86
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos
1:
:4
do usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia;
09
Nada de preços ou condições exorbitantes.
0
02
f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,
/2
03
informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo
0/
profissional;
-2
Esse “a quem de direito” é o usuário do serviço e/ou seu
om
l.c
responsável.
ai
g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de
tm
ho
serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a
s@
ou da legislação profissional.
| 87
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou
1:
:4
contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços
09
profissionais;
0
02
f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de
/2
03
atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não
0/
estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;
-2
g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica;
om
l.c
h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas
ai
psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;
tm
ho
i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;
s@
informações privilegiadas;
da
| 88
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o
1:
:4
comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser
09
realizado;
0
02
c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do
/2
03
valor acordado.
0/
-2
Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que:
om
l.c
a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;
ai
b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários
tm
ho
dos serviços atingidos pela mesma.
s@
ia
| 89
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
ser efetuado e comunicado às autoridades competentes;
1:
:4
§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem
09
necessários para garantir a proteção integral do atendido.
0
02
/2
03
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por
0/
meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a
-2
que tenha acesso no exercício profissional.
om
l.c
ai
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências
tm
ho
decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais
s@
| 90
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela
1:
:4
divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos,
09
organizações e comunidades envolvidas;
0
02
b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante
/2
03
consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em
0/
legislação específica e respeitando os princípios deste Código; [desconheço
-2
legislação que preveja essas exceções].
om
l.c
c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo
ai
interesse manifesto destes; tm
ho
d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados
s@
desejarem.
yd
lin
ke
neste Código.
41
.0
01
ilegal da profissão.
a
lv
Si
| 91
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
a) Advertência;
1:
:4
b) Multa;
09
c) Censura pública;
0
02
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad
/2
03
referendum do Conselho Federal de Psicologia;
0/
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal
-2
de Psicologia.
om
l.c
ai
Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão
tm
ho
resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicologia, ad referendum do Conselho
s@
Federal de Psicologia.
ia
yd
lin
de Psicologia.
.2
25
-0
a
lv
Leu todo o nosso código de ética? Leia de novo. O que tenho para te falar
Si
não é animador: decore o código de ética. Você precisa saber das definições aqui
da
Pontos Principais
el
ck
Ja
| 92
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
tomada de decisões que afetem o
1:
usuário ou beneficiário); do exercício de suas funções
:4
profissionais; Induzir qualquer
09
• Encaminhar quando necessário
pessoa ou organização a recorrer a
0
• Representar contra exercício ilegal ou
02
seus serviços;
irregular da profissão, transgressões a
/2
• Ser cúmplice do exercício ilegal da
03
princípios e diretrizes deste Código
0/
ou da legislação profissional. profissão e de psicólogos com práticas
-2
não reconhecidas;
om
• Emitir documentos sem
l.c
fundamentação e qualidade técnico
ai
tmcientífica ou interferir na validade e
ho
fidedignidade de instrumentos e
s@
técnicas psicológicas;
ia
benefício próprio.
-j
0
-8
41
código, observe se a situação apresentada sustenta algum caso que vise benefício
.2
garantia que o próprio Código Oferece é a capacidade que nós temos de recusar-
s
ia
seguintes situações:
ck
Ja
| 93
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
destinação do material.
1:
:4
Na hora de fazer propaganda, o psicólogo deve informar seu nome
09
completo, número de registro e CRP. Além disso:
0
02
a) Poderá divulgar qualificação profissional e qualificações,
/2
03
atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam
0/
reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;
-2
b) Não poderá divulgar o preço, divulgar expectativa de resultados
om
l.c
(de forma taxativa), se promover em detrimento de outros
ai
profissionais e nem fará sensacionalismo sobre sua atividade
tm
ho
profissional.
s@
a) Advertência;
yd
lin
b) Multa;
ke
c) Censura pública;
ac
-j
Federal de Psicologia.
.2
penalidades são aplicáveis. Isso ocorre por meio de outras legislações, julgados,
a
apresentado.
da
s
ia
D
y
| 94
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
Transtornos do Neurodesenvolvimento
se manifestam cedo no desenvolvimento
Transtorno da Fala
35
Transtornos da Comunicação Transtorno da Fluência com Início na Infância (Gagueira)
Tipos
1:
Transtorno da Comunicação Social (Pragmática)
:4
09
Transtorno da Comunicação Não Especificado
0
Transtorno do Espectro Autista Transtorno do Espectro Autista
02
/2
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
03
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade Outro Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade Especificado
0/
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade Não Especificado
-2
om
Transtorno Com prejuízo na leitura
Específico da
l.c
Aprendizagem Transtorno Específico da Aprendizagem Com prejuízo na expressão escrita
ai
Com prejuízo na matemática
tm
ho
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação
Transtornos Motores
s@
Transtorno de Tourette
yd
Transtornos do Tipos
Transtorno de Tique Motor ou Vocal Persistente (Crônico)
Neurodesenvolvimento
lin
1. Deficiência Intelectual
-0
Possui
adaptativos durante o período do múltiplas
da
desenvolvimento. causas
s
ia
Intelectuais Desenvolvimento
y
| 95
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
C. Início precoce
35
5. Circunlocuções (substituições de palavras para evitar palavras problemáticas).
com Início na
1:
Infância 6. Palavras produzidas com excesso de tensão física.
:4
(Gagueira)
09
7. Repetições de palavras monossilábicas
0
B. A perturbação causa ansiedade
02
/2
C. O início dos sintomas ocorre precocemente
03
0/
-2
1. Déficits no uso da comunicação com fins sociais
A. Dificuldades
om
persistentes no
2. Prejuízo da capacidade de adaptar a comunicação para se adequar
uso social
l.c
ao contexto ou às necessidades do ouvinte
(todos)
ai
3. Dificuldades de seguir regras para conversar e contar histórias
3. Transtorno da tm
ho
Comunicação Social 4. Dificuldades para compreender o que não é dito de forma explícita
(Pragmática)
s@
individualmente ou em combinação.
yd
Transtornos da
lin
II 4. Transtorno da
ac
Comunicação Não Não satisfazem todos os critérios para transtorno da comunicação ou para qualquer
-j
interação social
a
B. Padrões restritos e repetitivos de 2. Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões
comportamento, interesses ou atividades ritualizados de comportamento verbal ou não verbal
s
ia
(2 itens)
D
desenvolvimento
Transtorno
do Espectro (podem não se tornar plenamente manifestos até que as demandas sociais
Autista excedam as capacidades limitadas ou podem ser mascarados por
estratégias aprendidas mais tarde na vida).
| 96
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
que exijam esforço mental prolongado
1:
:4
g. Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades
09
h. Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos
0
02
/2
03
a. Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.
0/
2. Hiperatividade b. Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado.
-2
e impulsividade
c. Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado.
om
(6 sintomas por 6
meses, se for
l.c
d. Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente.
Transtorno de adulto 5
ai
Déficit de sintomas) e. Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado"
Atenção/ tm
ho
Hiperatividade f. Frequentemente fala demais.
s@
II g. Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido concluída.
ia
Déficit de
a
Apresentação combinada
lv
Atenção/
Si
Hiperatividade
Subtipos: Apresentação predominantemente desatenta
da
III
s
últimos 6 meses
el
| 97
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
6. Dificuldades no raciocínio
35
indivíduo. Se tiver 17 anos ou mais, deve apresentar histórico.
Específico da
1:
Aprendizagem C. As dificuldades de aprendizagem iniciam-se durante os anos escolares,
:4
09
mas podem não se manifestar completamente até que as exigências pelas
habilidades acadêmicas afetadas excedam as capacidades limitadas do
0
02
indivíduo
/2
03
Com prejuízo na leitura (dislexia)
Especificar todos os domínios e sub-habilidades
0/
acadêmicos prejudicados. Com prejuízo na expressão escrita
-2
om
Com prejuízo na matemática
l.c
ai
tm
A. aquisição e a execução de habilidades motoras
ho
1. Transtorno do coordenadas estão substancialmente abaixo do esperado
s@
Desenvolvimento da
B. O déficit interfere, significativa e persistentemente nas
Coordenação
ia
Transtornos
ke
Movimento
-j
A. Múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais estiveram presentes em algum momento
25
B. Os tiques podem aumentar e diminuir em frequência, mas persistiram por mais de um ano desde
de Tourette o início do primeiro tique.
a
lv
A. Tiques motores ou vocais únicos ou múltiplos estão presentes durante o quadro, embora não
ambos.
s
ia
B. Os tiques podem aumentar e diminuir em frequência, mas persistiram por mais de um ano desde
D
Persistente
el
de Tique
Ja
3. Transtorno B. Os tiques estiveram presentes por pelo menos um ano desde o início do primeiro tique.
E. Jamais foram preenchidos critérios para transtorno de Tourette ou transtorno de tique motor ou
vocal persistente (crônico).
| 98
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Transtornos Transtorno de interação social desinibida
1:
Relacionados a
:4
Traumas e Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
09
Estressores
0
Transtorno de estresse agudo e os transtornos de adaptação
02
/2
03
0/
-2
om
l.c
ai
A. Um padrão consistente de
comportamento inibido e emocionalmente
retraído em relação ao cuidador adulto,
tm
1. A criança rara ou minimamente busca
conforto quando aflita.
ho
manifestado por dois aspectos
s@
outras pessoas.
B. Perturbação social e emocional
ke
Transtorno evidenciado por pelo menos um dos 2. Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades
-0
Reativo
a
autista.
el
ck
| 99
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
A. Um padrão de comportamento
no qual uma criança aborda e 1. Discrição reduzida ou ausente em abordar e interagir com
adultos desconhecidos.
interage com adultos
desconhecidos e exibe pelo 2. Comportamento verbal ou físico excessivamente familiar.
menos dois dos seguintes
comportamentos: 3. Diminuição ou ausência de retorno ao cuidador adulto
depois de aventurar-se, mesmo em contextos não familiares.
35
C. A criança sofreu um padrão 1. Negligência ou privação social na forma de ausência persistente
1:
de atendimento às suas necessidades emocionais básicas de
de extremos de cuidado
conforto, estimulação e afeto por parte de cuidadores adultos.
:4
insuficiente evidenciado por
09
Transtorno de
pelo menos um dos seguintes 2. Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades
Interação Social
0
aspectos: de formar vínculos estáveis.
Desinibida
02
/2
3. Criação em contextos peculiares que limitam gravemente as
03
oportunidades de formar vínculos seletivos.
0/
D. Presume-se que o cuidado do Critério C seja responsável pela
-2
perturbação comportamental do Critério A (p. ex., as perturbações do
om
Critério A começam depois do cuidado patogênico do Critério C).
l.c
E. A criança tem uma idade de desenvolvimento mínima de 9 meses.
ai
Especificar se: tm
Persistente: O transtorno está presente por mais de 12 meses.
ho
s@
ia
yd
lin
ke
ac
-j
0
-8
41
.0
01
.2
25
-0
a
lv
Si
da
s
ia
D
y
in
el
ck
Ja
| 100
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Estresse Pós-
traumático I Nota: O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de mídia eletrônica, televisão,
1:
filmes ou fotografias, a menos que tal exposição esteja relacionada ao trabalho.
:4
09
1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático.
0
02
Nota: Em crianças acima de 6 anos de idade, pode ocorrer brincadeira repetitiva na qual
temas ou aspectos do evento traumático são expressos.
/2
03
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do sonho
B. Presença de um (ou mais) estão relacionados ao evento traumático.
0/
dos seguintes sintomas
-2
intrusivos associados ao evento Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo identificável.
traumático, começando depois
om
3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como se o
de sua ocorrência: evento traumático estivesse ocorrendo novamente. (Essas reações podem ocorrer em um
l.c
continuum, com a expressão mais extrema na forma de uma perda completa de
ai
percepção do ambiente ao redor.)
tm
Nota: Em crianças, a reencenação específica do trauma pode ocorrer na brincadeira.
ho
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos ou
s@
C. Evitação persistente de
ke
| 101
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
5. Problemas de concentração.
35
Estresse Pós-
1:
traumático III G. Sofrimento E Prejuízo
:4
09
1. Despersonalização
Determinar o subtipo: Com sintomas dissociativos
0
02
2. Desrealização
/2
Especificar se: Com expressão tardia (critérios se completam após 6 meses)
03
0/
-2
om
l.c
ai
tm
ho
s@
ia
yd
lin
ke
ac
-j
0
-8
41
.0
01
.2
25
-0
a
lv
Si
da
s
ia
D
y
in
el
ck
Ja
| 102
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
C. A duração da perturbação Nota: Os sintomas começam geralmente logo após o trauma, mas
1:
(sintomas do Critério B) é de três é preciso que persistam no mínimo três dias e até um mês para
:4
dias a um mês depois do trauma. satisfazerem os critérios do transtorno.
09
D. Sofrimento E Prejuízo.
0
02
Sintomas de intrusão
/2
03
1. Lembranças angustiantes recorrentes, involuntárias e intrusivas do evento traumático.
0/
Nota: Em crianças, pode ocorrer a brincadeira repetitiva na qual temas ou aspectos do
-2
evento traumático são expressos.
om
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o afeto do sonho estão
relacionados ao evento.
l.c
ai
Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo identificável.
tm
3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como se o
ho
evento traumático estivesse acontecendo novamente. (Essas reações podem ocorrer em um
s@
continuum, com a expressão mais extrema sendo uma perda completa de percepção do
ambiente ao redor.)
ia
dos seguintes sintomas de 4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ou reações fisiológicas acentuadas em
resposta a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto
ke
e excitação, começando ou
0
Sintomas de evitação
-0
Sintomas de excitação
s
ia
D
11. Comportamento irritadiço e surtos de raiva geralmente expressos como agressão verbal
el
12. Hipervigilância.
Ja
| 103
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
transtorno mental preexistente.
1:
Transtornos de
:4
Adaptação D. Os sintomas não representam luto normal.
09
0
E. Uma vez que o estressor ou suas conseqüências tenham cedido, os
02
sintomas não persistem por mais de seis meses.
/2
03
Com humor deprimido: Humor deprimido, choro fácil ou sentimentos de desesperança
0/
são predominantes.
-2
Com ansiedade: Nervosismo, preocupação, inquietação ou ansiedade de separação são
om
predominantes.
l.c
Com misto de ansiedade e depressão: Predomina uma combinação de depressão e
ai
Determinar ansiedade.
o subtipo: tm
ho
Com perturbação da conduta: Predomina a perturbação da conduta.
s@
Com perturbação mista das emoções e da conduta: Tanto sintomas emocionais como
ia
Não especificado: Para reações mal-adaptativas que não são classificáveis como um dos
lin
Impulsos e da Conduta
.0
01
.2
25
-0
Transtornos
da
do Controle
D
y
de Impulsos e Piromania
in
el
da Conduta
ck
Cleptomania
Ja
| 104
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
obedecer a regras ou pedidos de figuras de autoridade.
1:
6. Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas.
:4
09
7. Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau
0
comportamento.
02
/2
Índole Vingativa
03
0/
8. Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos
Transtorno
-2
últimos seis meses.
de
om
Oposição
B. A perturbação no comportamento está associada a sofrimento para
Desafiante
l.c
o indivíduo ou para os outros em seu contexto social imediato (p. ex.,
ai
família, grupo de pares, colegas de trabalho) ou causa impactos
tm
negativo no funcionamento social, educacional, profissional ou outras
ho
áreas importantes da vida do indivíduo.
s@
de 12 meses.
in
el
ck
| 105
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
12 meses, de qualquer 7. Forçou alguém a atividade sexual.
1:
uma das categorias
adiante, com ao menos Destruição de Propriedade
:4
um critério presente
09
nos últimos seis 8. Envolveu-se deliberadamente na provocação de incêndios com a intenção de causar
Transtorno
0
meses: danos graves.
02
da
Conduta I
/2
9. Destruiu deliberadamente propriedade de outras pessoas (excluindo provocação de
incêndios).
03
0/
Falsidade ou Furto
-2
10. Invadiu a casa, o edifício ou o carro de outra pessoa.
om
11. Frequentemente mente para obter bens materiais ou favores ou para evitar obrigações
l.c
ai
12. Furtou itens de valores consideráveis sem confrontar a vítima
tm
ho
Violações Graves de Regras
s@
13. Frequentemente fica fora de casa à noite, apesar da proibição dos pais, com início
antes dos 13 anos de idade.
ia
yd
14. Fugiu de casa, passando a noite fora, pelo menos duas vezes enquanto morando com
lin
os pais ou em lar substituto, ou uma vez sem retomar por um longo período.
ke
15. Com frequência falta às aulas, com início antes dos 13 anos de idade.
ac
-j
da Conduta
a
II
Si
| 106
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
de uma ideologia sociopolítica, para ocultar atividades criminosas, para
:4
expressar raiva ou vingança, para melhorar as circunstâncias de vida
09
de uma pessoa, em resposta a um delírio ou alucinação ou como
0
02
resultado de julgamento alterado
/2
03
F. A provocação de incêndios não é mais bem explicada por transtorno
0/
da conduta, por um episódio maníaco ou por transtorno da
-2
personalidade antissocial.
om
l.c
ai
A. Falha recorrente em resistir aos impulsos de roubar objetos que não
tm
são necessários para uso pessoal ou em razão de seu valor monetário.
ho
s@
furto.
yd
lin
antissocial.
.2
25
-0
a
lv
Si
| 107
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
usar a droga que podem ocorrer a qualquer momento
1:
Transtornos por
:4
Uso de A fissura está relacionada com condicionamento clássico
09
Substâncias
A fissura pode ser um preditor de recaída
0
(generalidades)
02
Prejuízo social
/2
03
Pode ameaçar a integridade física.
0/
-2
om
síndrome reversível específica de determinada substância que ocorreu
l.c
devido a sua recente ingestão
ai
tm
é comum entre pessoas com transtorno por uso de substância, mas
ho
também ocorre com frequência em indivíduos sem esse transtorno.
s@
ia
Abstinência
ke
Intoxicação e
ac
(generalidades)
prolongado da substância
41
.0
funcionamento social
.2
25
Transtornos
el
Abstinência de Álcool
ck
Relacionados
Ja
| 108
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
1. Fala arrastada.
C. Um (ou mais) dos seguintes
2. Incoordenação.
sinais ou sintomas,
Intoxicação por desenvolvidos durante ou logo 3. Instabilidade na marcha.
Álcool após o uso de álcool:
4. Nistagmo.
35
5. Comprometimento da atenção ou da memória.
1:
:4
6. Estupor ou coma.
09
0
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica
02
nem são mais bem explicados por outro transtorno mental, incluindo
/2
intoxicação por outra substância.
03
0/
-2
om
A. Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de álcool.
l.c
ai
tm
1. Hiperatividade autonômica (p. ex., sudorese ou
ho
B. Dois (ou mais) dos frequência cardíaca maior que 100 bpm).
s@
seguintes sintomas,
2. Tremor aumentado nas mãos.
desenvolvidos no período de
ia
3. Insônia.
após a cessação (ou redução)
lin
4. Náusea ou vômitos.
ke
Critério A:
Abstinência de 5. Alucinações ou ilusões visuais, táteis ou
-j
auditivas transitórias.
Álcool
0
-8
6. Agitação psicomotora.
41
.0
7. Ansiedade.
01
.2
Abstinência de Cafeína
Transtornos
Relacionados à Outros Transtornos Induzidos por Cafeína
Cafeína
Transtorno Relacionado à Cafeína Não Especificado
| 109
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
1. Inquietação.
2. Nervosismo.
3. Excitação.
4. Insônia.
B. Cinco (ou mais) dos seguintes
5. Rubor facial.
sinais ou sintomas, desenvolvidos
durante ou logo após o uso de 6. Diurese.
35
cafeína:
1:
Intoxicação por 7. Perturbação gastrintestinal.
:4
Cafeína
09
8. Abalos musculares.
0
02
9. Fluxo errático do pensamento e do discurso.
/2
10. Taquicardia ou arritmia cardíaca.
03
0/
11. Períodos de energia inesgotável.
-2
12. Agitação psicomotora.
om
l.c
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam sofrimento clinicamente
ai
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em
tm
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
ho
s@
ia
yd
lin
B. Cessação ou redução
ac
1. Cefaléia.
seguida, no período de 24
0
-8
seguintes sinais ou
.0
| 110
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
ocorrendo durante um reduzidas em virtude do uso de Cannabis.
Transtorno por
1:
período de 12 meses:
Uso de
:4
8. Uso recorrente de Cannabis em situações nas quais isso representa perigo para a
Cannabis
09
integridade física.
0
9. O uso de Cannabis é mantido apesar da consciência de ter um problema físico ou
02
psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela
substância.
/2
03
10. Tolerância,
a. Necessidade de quantidades progressivamente maiores de
0/
definida por
Cannabis para atingir a intoxicação ou o efeito desejado.
-2
qualquer um dos
seguintes aspectos:
b. Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da mesma
om
quantidade de Cannabis.
l.c
11. Abstinência,
ai
manifestada por
a. Síndrome de abstinência característica de Cannabis
qualquer dos
seguintes aspectos:
tm
ho
b. Cannabis (ou uma substância estreitamente relacionada) é
consumida para aliviar ou evitar os sintomas de abstinência.
s@
ia
yd
uso de Cannabis.
.0
01
1. Conjuntivas hiperemiadas.
Intoxicação por C. Dois (ou mais) dos seguintes sinais ou
.2
2. Apetite aumentado.
após o uso de Cannabis:
-0
3. Boca seca.
a
lv
4. Taquicardia.
Si
da
nem são mais bem explicados por outro transtorno mental, incluindo
ia
Abstinência de Tabaco
Transtornos
Relacionados ao Outros Transtornos Induzidos por Tabaco
Tabaco
Transtorno Relacionado ao Tabaco Não Especificado
| 111
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Desde orientações para a mídia até para conselheiros. Iremos adotar o Manual
1:
:4
para Professores e Educadores.
09
Se liga ai nos pontos principais:
0
02
/2
03
Fatores de proteção
0/
-2
Fatores importantes que fornecem proteção contra o comportamento
om
suicida são:
l.c
ai
tm
ho
Padrões familiares
s@
ia
• apoio familiar.
ke
ac
trabalhos escolares;
-0
•
lv
Si
tomadas;
da
experientes;
D
•
in
el
ck
| 112
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
Deve-se recordar que os fatores e situações de risco descritas abaixo
1:
:4
variam entre continentes e países, dependendo de fatores culturais, políticos e
09
econômicos que diferem mesmo em países vizinhos.
0
02
/2
03
0/
-2
Fatores culturais e sócio-demográficos
om
l.c
ai
Baixo nível socioeconômico e/ou educacional, e desemprego na família são
tm
fatores de risco. A população indígena e a de imigrantes pode fazer parte deste
ho
s@
lingüísticas, e possuem uma pobre rede de apoio social. Na maioria dos casos,
yd
atividades sociais rotineiras, assim como com conflitos por diferentes valores.
.0
um país novo e livre, mas que mantêm raízes fortes em suas culturas de origem,
25
| 113
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
• psicopatologia dos pais, com presença de transtornos afetivos e outros
1:
:4
transtornos psiquiátricos;
09
• abuso de álcool e outras substâncias, ou comportamento anti-social na
0
02
família;
/2
história de suicídio ou tentativas na família;
03
•
0/
• abuso e violência familiar (inclui abuso físico e sexual na infância);
-2
• cuidado insuficiente provido pelos pais/guardiões, com pouca
om
comunicação familiar;
l.c
ai
• brigas freqüentes entre pais/guardiões, com tensão e agressão;
tm
divorcio, separação ou morte de pais/guardiões;
ho
•
s@
rejeição e negligência;
ac
rigidez familiar;
-j
•
0
• família adotiva
-8
41
.0
sugerem que pessoas jovens suicidas freqüentemente vêm de famílias com mais
-0
de um problema, sendo assim os riscos são cumulativos. Como eles são leais aos
a
lv
Si
• humor instável;
• raiva e comportamento agressivo;
• comportamento anti-social;
• comportamento manipulativo
• alta impulsividade;
| 114
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
• irritabilidade;
• pensamento e padrões rígidos de enfrentamento de problemas
• pouca habilidade para resolver problemas;
• dificuldade em aceitar a realidade;
• tendência a viver num mundo ilusório;
• fantasias de grandeza alternando com sentimentos de menos valia;
• baixa tolerância a frustrações ;
• ansiedade, particularmente com sinais de sofrimento físico ou frustração
leves;
35
• perfeccionismo;
1:
:4
• sentimentos de inferioridade e incerteza que podem estar mascarados por
09
manifestações exageradas de superioridade, comportamento provocativo
0
02
ou de rejeição a colegas e adultos, incluindo pais;
/2
03
• incertezas em relação à identidade ou orientação sexual;
0/
relacionamentos ambivalentes com pais, outros adultos e amigos.
-2
•
om
Enquanto há muito interesse nas correlações entre fatores cognitivos e de
l.c
ai
personalidade com o risco de comportamento suicida entre adolescentes, as
tm
ho
pesquisas disponíveis mostram que qualquer traço cognitivo ou de personalidade
s@
Transtornos psiquiátricos
-j
0
-8
41
Depressão
-0
a
lv
Vários estudos têm demonstrado que mais de três quartos daqueles que
ia
D
| 115
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
Transtornos de ansiedade
35
entre as mulheres. Traços de ansiedade parecem afetar o risco de comportamento
1:
:4
suicida de forma relativamente independente à depressão. Isto sugere que o grau
09
de ansiedade dos adolescentes deve ser avaliado e tratado. Sintomas
0
02
psicossomáticos também estão freqüentemente presentes em pessoas
/2
03
atormentadas com pensamentos suicidas.
0/
-2
Abuso de álcool e drogas
om
l.c
ai
História de abuso de álcool e drogas está presente entre muitas crianças e
tm
adolescentes que cometem suicídio. Neste grupo etário tem sido encontrado que
ho
s@
Transtornos alimentares
lin
ke
ac
tentam perder peso e ficam preocupados com o que devem ou não comer. Cerca
-8
41
anorexia e bulimia.
a
lv
Si
da
Transtornos psicóticos
s
ia
D
| 116
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
desencadeiam sentimentos de abandono e desesperança, isto pode trazer à tona
1:
:4
pensamentos de suicídio e levar à tentativa de suicídio ou suicídio.
09
0
02
Situações de risco e eventos que podem desencadear tentativas de suicídio ou
/2
03
suicídio são:
0/
-2
• sensações que podem ser vividas como prejudiciais (sem necessariamente
om
serem quando avaliadas objetivamente): crianças e adolescentes
l.c
ai
vulneráveis podem perceber situações triviais como sendo profundamente
tm
danosas e reagem com comportamento ansioso e caótico, enquanto jovens
ho
s@
suicidas percebem tais situações como ameaças diretas contra sua auto-
ia
• problemas familiares;
ke
•
0
• opressão e vitimização;
lv
Si
Maaaaaas....
| 117
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
s_trabalhoSocial_vulnerabilidade_consumodedrogas.pdf
:4
09
Eis os pontos principais.
0
02
/2
3.1. PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA: prevenção e vigilância sociassistencial
03
A Proteção Social Básica (PSB) possui uma dimensão inovadora, pois
0/
-2
supera a atenção às situações críticas ou dificuldades já instaladas para assegurar,
om
a partir das potencialidades das famílias e dos indivíduos no território, novos
l.c
patamares de cidadania na garantia de direitos e na prevenção de riscos por
ai
violação de direitos. tm
ho
outras)(BRASIL, 2012).
s
[...]
ia
D
| 118
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
indivíduos para o enfrentamento das situações de risco pessoal e social, por
1:
:4
violação de direitos.
09
Nesta perspectiva, os serviços de PSE exigem maior especialização nas
0
02
intervenções profissionais. Caracterizam-se por um acompanhamento mais
/2
03
singularizado e por uma exigência maior de flexibilidade e diálogo com redes
0/
intersetoriais, tendo em vista a complexidade das demandas apresentadas pelos
-2
seus usuários, incluídos aqueles cujas situações de risco estão associadas ao
om
l.c
consumo de álcool e outras drogas.
ai
De acordo com a Tipificação Nacional (2009), a PSE está divida em Média e Alta
tm
ho
Complexidade.
s@
Serviços Especializados
yd
lin
sexual, etnia, raça, deficiência, idade, convivência com consumo de álcool e outras
D
y
| 119
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
protetiva, contribuir para romper com padrões violadores de direitos, para a
1:
:4
reparação de danos, prevenir a reincidência de violação de direitos, dentre outros
09
objetivos.
0
02
O PAEFI deve ser ofertado, obrigatoriamente, no CREAS, seja de abrangência
/2
03
municipal ou regional. Os indivíduos e famílias podem acessar o PAEFI por meio de
0/
encaminhamentos dos serviços que compõem a rede socioassistencial e a rede
-2
intersetorial das diversas políticas públicas e órgãos de defesa de direitos.
om
l.c
Também podem acessá-lo por demanda espontânea, ou seja, famílias e indivíduos
ai
que buscam atendimento, voluntariamente, quando necessitam. tm
ho
Tendo em vista a complexidade das situações de seu âmbito de atuação, a equipe
s@
drogas, dentre outras condições que ampliam riscos por violação de direitos. Essas
.0
01
[...]
a
| 120
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
• • trabalho social com as famílias, nos serviços continuados do Serviço de
1:
:4
Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e do Serviço de Proteção
09
e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI);
0
02
• • acesso à profissionalização às famílias e aos adolescentes a partir dos
/2
03
dezesseis anos com ofertas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino
0/
Técnico e Emprego (Pronatec) por intermédio do Programa de Promoção
-2
om
do
l.c
Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas/Trabalho).
ai
[...] tm
ho
Serviço Especializado em Abordagem Social
s@
públicos, comercio, terminais de ônibus, três, metrô e outros (BRASIL, 2009, p. 22).
.0
01
ao CREAS.
-0
[...]
a
Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas
da
em Centros-dia de referência.
D
y
in
das unidades onde pode ser ofertado o Serviço de Proteção Social Especial para
Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias. O Centro-dia é composto por uma
equipe multidisciplinar, visando o fortalecimento de vínculos, autonomia e
inclusão social, por meio de ações de acolhida; escuta, informação e orientação;
elaboração de Plano Individual e/ou Familiar de Atendimento; orientação e apoio
nos autocuidados; apoio ao desenvolvimento do convívio familiar, grupal e social;
identificação e fortalecimento de redes comunitárias de apoio; identificação e
acesso a tecnologias assistivas e/ou ajudas técnicas de autonomia no serviço, no
domicílio, e na comunidade; apoio e orientação aos cuidadores familiares com
vistas a favorecer a autonomia da dupla pessoa cuidada e cuidador familiar.
| 121
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
[...]
Serviço Especializado para Pessoas em situação de Rua (Centro Pop)
O Centro Pop configura-se como uma unidade de referência da Proteção Social
Especial de Média Complexidade do SUAS voltada à oferta do Serviço
Especializado para Pessoas em Situação de Rua. Este Serviço é destinado a
indivíduos e famílias que utilizam as ruas como espaço de moradia e/ou
sobrevivência. A criação do Centro Pop para ofertar o Serviço Especializado para a
População em Situação de Rua foi prevista no Decreto no 7.053/2009, que institui a
Política Nacional para a População em Situação de Rua e seu Comitê Intersetorial
35
de Acompanhamento e Monitoramento. Esta unidade especializada também está
1:
:4
prevista na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais do SUAS.
09
O Centro Pop, considerando sua finalidade, deve funcionar em espaço físico
0
02
próprio, contar com instalações amplas e acessíveis, integradas por ambientes
/2
03
destinados à acolhida, guarda de pertences, realização de oficinas
0/
socioeducativas, higiene pessoal, dentre outras finalidades, conforme Orientações
-2
Técnicas sobre o Serviço disponíveis no site do MDS.
om
l.c
As ofertas de espaços de cuidado, no Centro Pop, devem ser entendidas como
ai
parte da metodologia do Serviço no processo de ação com os usuários deste e,
tm
ho
portanto, como elementos de resgate da autoestima, do autovalor e da
s@
| 122
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
o ir e vir com segurança, dignidade e respeito ao próximo nas vivências de rua, que
consiste, muitas vezes, em um território de desproteção, com características de
tensões, conflitos e disputas de poder, podendo, portanto, ampliar a exposição a
riscos.
O serviço deve, ainda, orientar o usuário sobre outras ofertas públicas como:
abrigamento/acolhimento, restaurantes populares, transporte, qualificação
profissional e acesso a trabalho, ou outros que possam servir de apoio a esta
população.
Ademais, o Centro Pop deve promover o acesso à documentação pessoal dessa
35
população, a inclusão dos usuários do serviço no Cadastro Único para Programas
1:
:4
Sociais (CADÚnico), necessário para o acesso ao Programa Bolsa Família e a outros
09
benefícios no município, e acesso ao Benefício Prestação Continuada (BPC),
0
02
conforme o caso. Para facilitar a inclusão no Cadastro Único e o acesso a outros
/2
03
direitos, o endereço do Centro Pop pode, inclusive, ser utilizado como endereço de
0/
referência pelo usuário. Na perspectiva da integração entre serviços, benefícios e
-2
programas de transferência de renda, estes encaminhamentos devem ser
om
l.c
realizados no contexto de sua vinculação a serviços.
ai
[...] tm
ho
Proteção Social Especial de Alta Complexidade: Proteção Integral e Acolhimento
s@
desabrigados/desalojados.
.2
[...]
s
ia
| 123
novos projetos de vida, ainda que isto envolva, enquanto possibilidade de proteção
social, a permanência no acolhimento por períodos mais prolongados.
DeProfessor Alyson
acordo com Barros Nacional, há distintas modalidades e unidades
a Tipificação
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
de oferta dos Serviços de Acolhimento, a depender do público atendido, quais sejam:
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
1:
:4
Jovens e adultos com Serviço de Acolhimento Residência Inclusiva
09
deficiência Institucional
0
02
Serviços de Acolhimento Abrigo Casa de
/2
03
Institucional institucional Passagem
Adultos e famílias
0/
-2
Serviço de Acolhimento em República
om
República
l.c
ai
Mulheres em situação de Serviço de Acolhimento Abrigo institucional
violência doméstica Institucional
tm
ho
s@
Institucional institucional
yd
Pessoas idosas
lin
ke
República
-j
0
Públicas e de Emergências
01
.2
[...]
25
96
Serviços de Acolhimento para crianças, adolescentes e jovens: Casa-Lar, Abrigo
-0
protetiva por autoridade judicial (ECA, Art. 101), em função de abandono ou cujas
y
in
el
cumprir a sua função de cuidado e proteção, até que seja viabilizado o retorno ao
Ja
| 124
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
das crianças e adolescentes, observadas as
1:
:4
competências de cada um.
09
0
02
Unidade residencial em que pelo menos uma pessoa
/2
03
ou casal trabalha como educador/cuidador residente -
0/
Até 10 crianças e
-2
em uma casa que não é a sua -, contando com o
Casa-Lar adolescentes por
om
suporte de uma equipe de referência. Na casa-lar,
l.c
unidade
ai
existe a possibilidade do desenvolvimento de relações
tm
mais próximas de um ambiente familiar.
ho
s@
ia
família acolhedora)
-0
desligamento de Serviços
Para jovens de 18 a 21deanos,
Acolhimento
há o Serviçopara crianças e em
de Acolhimento adolescentes,
República, por
estarem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com vínculos
que oferece moradia e acompanhamento técnico aos jovens, preferencialmente após
familiares rompidos ou extremamente fragilizados e/ou sem condições de
desligamento
moradia de Serviços de Acolhimento
e autossustentação. para crianças
O Serviço deve e adolescentes,
ser ofertado de formapor estarem
a possibilitar o
desenvolvimento gradual da autonomia
em situação de vulnerabilidade e independência
e risco pessoal e social, com de seus moradores.
vínculos familiares As
Repúblicas, organizadas em unidades femininas emasculinas, devem favorecer o
acesso a serviços essenciais e benefícios no território, em especial a saúde, 100 a
educação, a moradia, a qualificação profissional e o acesso e inserção no mundo
do trabalho, contribuindo para a construção dos projetos de vida dos jovens.
| 125
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
[...]
Serviços de Acolhimento para Adultos e Famílias: Abrigo Institucional, Casa de
Passagem e República
A proteção social de indivíduos e famílias (acompanhados ou não de filhos ou
dependentes) em situação de rua e desabrigo por abandono, migração e ausência
de residência ou pessoas em trânsito e sem condições de autossustento
representa um desafio para todas as políticas públicas. No âmbito dos Serviços de
Acolhimento, este desafio se traduz na perspectiva destes se constituírem numa
moradia de apoio, de caráter provisório, ao mesmo tempo em que possibilita o
35
desenvolvimento de condições para a independência e o autocuidado e promove
1:
:4
o acesso à rede socioassistencial e demais políticas públicas (saúde, educação,
09
qualificação profissional, trabalho e renda, habitação, entre outras).
0
02
[...]
/2
03
Ainda a respeito dos Serviços de Acolhimento para jovens e adultos, ressaltamos
0/
que é frequente confundi-los com as Comunidades Terapêuticas. As Comunidades
-2
Terapêuticas são considerados Serviços de Atenção em Regime Residencial,
om
l.c
conforme Portaria no 131, de 26 de janeiro de 2012 do Ministério da Saúde,
ai
destinados a oferecer cuidados contínuos, de caráter residencial transitório para
tm
ho
adultos com necessidades clínicas estáveis decorrentes de álcool e outras drogas.
s@
Institucional
25
-0
Trata-se de uma medida emergencial, que visa à proteção integral das mulheres e
s
ia
seus dependentes.
D
y
| 126
Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020 CADERNO ÚNICO - Teoria
Cargo: Analista em Assuntos Sociais
35
com maior autonomia) e República (para aqueles com condições de desenvolver,
1:
:4
de forma independente, as atividades da vida diária).
09
Seja na modalidade abrigo institucional (ou ILPI), casa-lar ou república, os serviços
0
02
de acolhimento para os idosos compõem o conjunto de ofertas do Sistema Único
/2
03
de Assistência Social (SUAS), para as quais o estreitamento e a articulação com a
0/
rede socioassistencial como um todo e as demais políticas públicas se faz
-2
indispensável para garantir o “acolher com dignidade, qualidade e respeito”,
om
l.c
primando, em primeira instância, pelo direito à vida, que se estende do pré-natal à
ai
velhice, passando pela infância, adolescência, vida adulta e meia-idade, e, não
tm
ho
menos importante, pelo direito ao cuidado.
s@
idosa, mas também a equipe técnica responsável pelo atendimento, que deve
ac
-j
irmãos, amigos etc.) devem ser atendidas na mesma unidade para fortalecer os
25
-0
vínculos familiares.
a
lv
Si
da
s
ia
D
y
in
el
ck
Ja
Bons estudos! =]
Professor Alyson Barros
| 127