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Departamento de Engenharia Mecânica

Conceção e Fabrico Assistido Por Computador (2016/2017)

YAMAHA M1

Trabalho realizado por:


Francisca Matos 80528
Inês Peres 80510
Patrícia Oliveira 80581
Pedro Limas 80449
Docentes:
António Manuel Ramos
José Carlos Freitas
Pedro Antunes

Conceção e Fabrico Assistido Por Computador (2016/2017)


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Índice
Introdução..............................................................................................

.........................3

Objeto

Original...................................................................................................

.............4

Materiais e Processos de

Fabrico.............................................................................…….5

Modelação

3D..........................................................................................................

........9

Fotorrealismo.........................................................................................

.........................11

Documentação

Técnica…………………………………………………………………………………

………….12

Proposta

Alternativa .............................................................................................

.........13

Conclusão…………………………………………………………………………...

……………………………………14

Bibliografia.............................................................................................

.........................15

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Anexos…………………………………………………………………………………

…………………………………..16

Introdução
Nos últimos anos, a modelação 3D e 2D tem vindo a sofrer uma
grande evolução na área do Desenho e Projeto Mecânico,
principalmente após o aparecimento das ferramentas de CAD
(Computer Aided Design). Esta evolução tem sido suportada pela
extraordinária capacidade de adaptação da nossa indústria, tornando
o trabalho desenvolvido nesta área decisivo e vital para a qualidade
dos produtos, entre outras tarefas paralelas.
Deste modo, foi-nos proposto, no âmbito da disciplina de
Conceção e Fabrico Assistido Por Computador, a realização de um
projeto de modelação 3D em CAD, recorrendo ao Software
Solidworks. Este, por ser de fácil uso, possibilita a realização de um
design da peça o mais realista possível, poupando-se recursos e
tempo desde o desenvolvimento de uma ideia até que esta se torne
num produto.
Com o objetivo de desenvolver habilidades específicas de
modelação 3D e de encaixe das peças modeladas (assemblys),

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estudando previamente os materiais e os processos de fabrico, o
objeto escolhido foi um modelo de uma mota Yamaha M1 à escala
1:18. Para além destes, tínhamos ainda o objetivo de obter desenhos
de definição, desenhos de conjunto, lista de peças, desenhos de
perspetiva explodida, assim como de apresentar uma re-função e/ou
re-design da peça em estudo.
Posto isto, começámos por desmontar o objeto, seguindo-se a
realização da listagem das diferentes peças e medição das mesmas
com o auxílio de um paquímetro. Posteriormente procedemos à
distribuição das peças pelos elementos do grupo e à sua modelação,
começando pelas peças simples e progredindo para as mais
complexas. De seguida, realizámos os assemblys e os assustes
necessários de modo a recriar o objeto o mais parecido com a
realidade e realizámos as imagens foto realísticas. Com as
funcionalidades do Software foi possível obter prontamente o
desenho de conjunto, da perspetiva explodida e dos desenhos de
definição.
Por fim projetámos a re-função no objeto e modelámo-lo, com a
finalidade de este se tornar mais criativo e inovador.

Para a realização deste projeto, foram essenciais os


conhecimentos obtidos no âmbito da unidade curricular de Desenho
Técnico e de Desenho de Engenharia Mecânica, no sentido em que
nos facilitou uma maior compreensão e estudo do modelo e da sua
montagem. Tratou-se assim de um projeto trabalhoso, mas
desafiante, garantindo dedicação, criatividade e aprendizagem.

Podemos desde já concluir que os objetivos foram atingidos


bem como as dificuldades superadas. A nível do futuro desta área, é
vital que se inicie cada vez mais cedo o ensino destas ferramentas,
nas diferentes temáticas e em diferentes cadeiras para que se
enquadre neste novo paradigma - o do mundo virtual.

Objeto Original
Depois de alguma discussão e ponderação entre os membros
do grupo, o objeto escolhido para a realização deste trabalho, como já
foi referido, foi um modelo de uma mota Yamaha M1 à escala 1:18.
Esta escolha foi feita com base no interesse comum entre os
membros do grupo e na facilidade em encontrar uma grande
variedade de modelos, dada a sua escala.
A complexidade de algumas peças, devido às suas
irregularidades, colocar-nos-ia perante um desafio que nos permitiria
adquirir um grande conhecimento relativamente à modelação de

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diferentes peças, tendo sido este outro fator preponderante na nossa
decisão.

Figura 1: Vista da Frente


Figura 2: Vista de Cima

Figura 3: Vista Lateral Direita Figura


4: Vista Lateral Esquerda

Listagem de Peças, Materiais e


Processos de Fabrico
Designação do Quant Materiais utilizados Processos utilizados
Foto Componente . no fabrico no fabrico

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Aço-Carbono Fundição Injetada
Mola 1

Polipropileno Injeção
Tubo de Escape 1

Polipropileno Injeção
Bloco do Motor 1

Suspensão 1 Polietileno Injeção

Polietileno Injeção
Guarda-Lamas 1

Guiador 1 Polietileno Injeção

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Selim 1 Polipropileno Injeção

Depósito 1 Polipropileno Injeção

Carnagem 1 Polipropileno Injeção

Cauda 1 Polipropileno Injeção

Corpo da Mota 1 Polipropileno Injeção

Borracha (roda) e Vulcanização (roda)


Roda Dianteira 1
Polipropileno (jante) e Injeção (jante)

Disco do Travão Polipropileno Injeção


2
Dianteiro

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Borracha (roda) e Vulcanização (roda)
Roda Traseira 1 Polipropileno (jante) e Injeção (jante)

Disco do Travão Polipropileno Injeção


1
Traseiro

Transmissão e Polipropileno Injeção


1
Corrente

Parafusos Não Aço Forjamento a frio


2
Normalizados

Parafuso Não Aço Forjamento a frio


1
Normalizado

Para-Brisas 1 Polipropileno Injeção

Tabela 1: Discriminação, materiais e processos dos componentes do


objeto e modelação 3D.

No fabrico de uma Yamaha M1 à escala 1:18, são inúmeros os


materiais e processos utilizados.

Como referido na tabela 1, o objeto é composto por


termoplásticos, mais precisamente Polietileno (PE), devido à sua

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flexibilidade e resistência química, Polipropileno (PP), devido à sua
maior rigidez, resistindo a temperaturas de trabalho superiores,
elastômeros, como a borracha, e metal, representado pelos aços.
Como processo de fabrico dos termoplásticos, temos a Moldagem
por Injeção, que consiste em injetar, com o auxilio de uma máquina
injetora, para dentro de um molde, o material aquecido a uma
determinada temperatura, de modo a que este preencha um modelo
(de dimensão e complexidade variável) oco da peça que se pretende
obter, que de seguida é arrefecido e extraído.

Figura 5: Princípio de uma máquina de Injeção.

Outro processo utilizado, neste caso no fabrico dos pneus, foi a


Vulcanização, que consiste na aplicação de calor e pressão a uma
borracha de forma a dar-lhe a forma e as propriedades desejadas.
No fabrico dos metais, utilizou-se o processo de Fundição Injetada
para a obtenção da mola, e o processo de Forjamento a Frio para a
obtenção dos parafusos. O primeiro consiste em injetar a alta pressão
um metal liquido no interior da cavidade de uma moldação metálica,
processando-se a solidificação sob ação dessa mesma pressão, sendo
que o segundo consiste na deformação do material a alta
temperatura através de aplicação de impacto, criando encruamento
nas peças, dando origem a peças de alta resistência mecânica. O
processo de Forjamento a Frio envolve ainda etapas como o corte por
cisalhamento e laminação da rosca.

Modelação 3D
Este processo consistiu na modelação 3D individual de cada
peça da mota em SolidWorks e, como referido anteriormente,

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optamos primariamente por modelar as componentes mais simples
(mola, parafusos, suspensão, guarda-lamas, selim, para-brisas, pneus,
discos e ainda a transmissão e corrente), progredindo de seguida
para as mais complexas.
O Software de modelação 3D utlizado está organizado
basicamente em 3 módulos, sendo estes o Desenho de Peça,
Montagens (Assembly) e definição de Desenhos de Fabrico (Drawing).
Em ambiente de Desenho de Peça começámos por esboçar uma
geometria 2D representativa da forma do modelo de cada peça que
pretenderíamos obter, através de entidades como as linhas, arcos,
circunferências etc.
Após a definição dos esboços utilizámos a modelação por sólidos,
recorrendo principalmente aos comandos Extruded Boss/Base,
Extruded Cut, Revolved Boss/Base, Lofted Boss/Base, Fillet e Mirror, e
a modelação por superfícies, recorrendo aos comandos Extruded
Surface, Loft Surface, Knit Surface, Trim Surface, Ticken, Sweep
Surface, Fillet e Mirror Surface, ferramentas que permitem modelar
qualquer corpo a partir de geometrias 2D.

As peças obtidas foram por fim montadas em ambiente Assembly


com recurso a um conjunto de relações geométricas.

Figura 7: Assembly da
Figura 6: Assembly do guiador
carnagem
com a suspensão, roda dianteira e com o para-brisas.
guarda-lamas.

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Fotorrealismo
Uma das etapas do projeto proposto foi a realização do
fotorrealismo. Este consiste na arte de apresentar uma realidade
pormenorizada através de um suporte alternativo, como uma
fotografia ou uma escultura.
Segundo a definição de Meisel sobre o movimento fotorrealista: “o
fotorrealismo usa a câmara e a fotografia para coletar informação;
(...) usa recursos mecânicos ou semi-mecânicos para transferir a
informação para a tela”.
Assim, apresentamos de seguida a mota Yamaha M1 numa
pista de corrida. É de salientar que o conhecido piloto Valentino Rossi,

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numa das suas diversas competições, correu com o mesmo modelo
da nossa mota nesta respetiva pista.

Figura 10: A Yamaha M1 numa estrada.

Figura 9: A Yamaha M1 numa pista de corrida.

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Documentação Técnica
Em ambiente Drawing executámos os desenhos de fabrico de
componentes e montagens. Estes são desenhos em multivistas que
estabelecem com rigor a forma dos modelos 3D e montagens,
caracterizando as dimensões, tolerâncias e estados de superfície do
produto em questão, que terá uma ligação dinâmica com os modelos
3D e montagens que lhe deram origem. Neste ambiente define-se
com rigor, grande parte da informação necessária para comunicar
com os diferentes processos de fabrico.
Escolhemos para o desenho de definição 5 peças que achamos
mais relevantes, sendo estas a Suspensão, as duas Rodas, a
Transmissão e Corrente e o Motor. Estes desenhos serão
apresentados em anexo como suporte físico. Os restantes serão
apresentados em suporte digital.

Da mesma forma, foi também elaborado o desenho de conjunto


da mota e o desenho de perspetiva explodida, apresentados em
formato PDF e sob o nome Conjunto_Mota_YAMAHA_M1 e
Explodida_Mota_YAMAHA_M1, respetivamente. No entanto, o desenho
de perspetiva não foi totalmente concluído devido a erros de
assemblys e dificuldade de manuseamento dos componentes.

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Proposta Alternativa
Após a escolha do objeto em causa, reparámos que a sua
geometria delicada poderia ser utilizada como objeto de decoração
num espaço adequado. Posto isto, como proposta alternativa
decidimos criar uma re-função para a mota, de modo a que esta
desempenhe um ofício diferente daquele a que lhe é atribuído mas
sem alterar significativamente a sua estrutura e design.
Tendo em conta a sua escala decidimos criar um ambientador
Spray, versátil e de fácil uso. Este é então ativado através da
execução de uma ligeira pressão no assento e com o auxílio da
suspensão traseira a fragância sairá pelo tubo de escape. Estas três
componentes estão assim ligadas por um tubo e o aroma
armazenado no depósito.
De seguida apresentamos esta proposta num ambiente que
consideramos acolhedor e apropriado, tornando-o mais decorado e ao
mesmo tempo aromatizado.

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Figura 11: Modelação 3D da Mota-Ambientador.

Figura 12: Mota-Ambientador numa sala de estar.

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Conclusão
A realização deste trabalho ajudou-nos a reconhecer e a
desenvolver as enormes potencialidades da modelação 3D,
atualmente disponíveis em diversos programas comerciais e, neste
caso específico, no SolidWorks, permitindo uma modelação mais
rápida, eficiente e cuidada. Ao longo de todo o projeto, foi constante a
progressão nos conhecimentos tanto de modelação como de todos os
materiais e processos de fabrico existentes e utilizados, potenciados
pela dedicação e trabalho de equipa.
Considerámos que os objetivos propostos foram cumpridos na sua
maioria e as inúmeras dificuldades ultrapassadas, tanto na
modelação das peças mais complexas, devido às irregularidades,
como no assembly das mesmas, devido a alguns erros de medição e
cotagem. Não foi no entanto possível concluir o projeto na sua
totalidade, nomeadamente a perspetiva explodida da peça, devido a
desformatação das imagens, obtida pela passagem de ficheiros de
elemento por elemento.
Para tornarmos a nossa mota num objeto mais útil decidimos
melhora-la de uma forma inovadora e ao mesmo tempo discreta,
transformando-a num ambientador. Esta mudança permite-nos
mostrar a adaptação do SolidWorks a diferentes áreas.

Satisfeitos pela preparação e treino que este projeto nos


concedeu para o exame prático da disciplina, para o resto do curso e
posteriormente para a nossa profissão, agradecemos aos docentes da
cadeira a disponibilidade e ajuda prestada.

Bibliografia

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• RAMOS, A., RELVAS C., SIMÕES J., MOTA L. - Engenharia + Design:
da ideia ao produto, Publindustria
• MORAIS, S.- Desenho Técnico Básico 3, 23ª edição, Porto Editora

• Todd, Robert H; Dell K. Allen and Leo Alting Manufacturing


Processes Reference Guide. Industrial Press Inc., 1994. págs. 240-245

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Anexos

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