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TERESINA
2017
DERIVALDO DO NASCIMENTO DIAS
TERESINA
2017
DERIVALDO DO NASCIMENTO DIAS
BANCA EXAMINADORA
Ao Deus Único, soberano Senhor, que me escolheu antes dos tempos eternos,
enviou o Seu Filho para morrer em meu favor, selou-me com o Seu Espírito e
me separou para o ministério. A Ele toda a honra e toda a glória!
Agradeço em especial a minha amada esposa Ana Alice que nestes anos
esteve comigo em todo o tempo, me apoiando, sofrendo junto, chamando a
minha atenção, compartilhando das alegrias, cansaços, tristezas, enfim todos
os momentos. A ela minha gratidão por suportar esse tão miserável pecador.
Também ao pequeno Lucas que nessa fase final chegou para alegrar ainda
mais o nosso lar.
Agradeço também aos meus colegas de Seminário pelo apoio e incentivo. Foi
muito bom poder caminhar com vocês nestes anos.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................. 9
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 81
1
BANNERMAN, James. A igreja de Cristo. São Paulo: Fiel, 2014. p. 515-519
10
2
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. Vol. 2. São Paulo: Hagnos. p. 727
11
Nos dias de Jesus, o batismo não era algo novo. Ele era praticado por
religiões orientais de mistério como um rito de iniciação. 5 Os egípcios, os persas
e os hindus tinham todos as suas purificações religiosas, sendo mais comuns
nas religiões gregas e romanas, onde eram feitas na forma de banhos no mar, e
às vezes eram efetuadas por aspersão.6
A cerimônia do batismo desde os tempos primitivos, foi o modo de
ingressar na comunidade escatológica do povo de Deus em Cristo. 7
Herman Bavinck, assevera que na Igreja Cristã antiga não há evidência
de uma doutrina estabelecida e um rito que universalmente fosse praticado com
3
Disponível em: <https://bible.org/question/what-are-historical-origins-infant-baptism> Acesso
em: 29 mar. 2017.
4
Ibid.
5
DOCKERY, David S. Manual Bíblico Vida Nova. São Paulo: Edições Vida Nova, 2001. p. 719.
6
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 4 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2012. p. 575.
7
WALKER, W. História da Igreja Cristã. 3 ed. São Paulo: Aste, 2006. p. 126.
13
8
BAVINCK, Herman. Dogmática Reformada. Vol. 4. São Paulo: Cultura Cristã, 2012. p. 512.
9
Textos que atestam a ministração de forma simples (At 2.38, 41; 8.12, 36; 10.47)
10
Ibid. p. 512-513.
11
BRIDGE, Donald; PHYPERS David. Aguas que dividem: uma reflexão sobre a doutrina do
batismo. São Paulo: Vida, 2005. p. 71.
12
Período que compreende os primeiros séculos da Igreja a partir do término dos documentos
do Novo Testamento (c. 100 d. C.) até o decisivo Concílio de Calcedônia (451 d. C).
14
começou a ganhar corpo, pois muitos achavam o batismo era o instrumento que
efetua o perdão dos pecados e promove a regeneração. 13
Durante esse período, encontramos os primeiros relatos da prática do
batismo infantil. Nos escritos dessa época, verificamos que o batismo infantil era
uma prática muito comum na vida da Igreja.
A primeira referência explícita ao pedobatismo que encontramos nessa
época é feita por Tertuliano (nascido por volta de 155 d.C., falecido em 222 d.C.),
em sua obra “De baptismo”, na qual ele condena a prática de batizar as
crianças.14 No entanto, o ponto de vista de Tertuliano deriva de sua compreensão
acerca do batismo perdoar pecados. Para ele se o batismo perdoa pecados,
quanto mais tarde ele for praticado, melhor:
13
BERKHOF, Louis. A história das doutrinas cristãs. São Paulo: PES, 2002. p. 222.
14
BRIDGE, Donald; PHYPERS David. Aguas que dividem: uma reflexão sobre a doutrina do
batismo. São Paulo: Vida, 2005. p. 66.
15
SARTELLE, John, et al. O Batismo Infantil: O Que Os Pais Deveriam Saber Acerca Deste
Sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p. 70.
15
pessoas idosas”. Landes explica que, a expressão “renascem para Deus” era
usada pelos Pais da Igreja para se referirem ao batismo. 16
Menos de trinta anos após Tertuliano publicar sua obra De Baptismo,
Hipólito no Ocidente e Orígenes no Oriente consideravam o batismo de bebês
como algo normal, e atribuíam a sua origem e autoridade aos apóstolos. As
reservas de Tertuliano quanto ao pedobatismo faziam parte de uma oposição
mais ampla contra batismos precipitados em geral, considerando que virgens e
viúvas eram especialmente incluídas. Isso surgiu em função do modo como o
batismo era compreendido na igreja pós-apostólica.17 O testemunho de Orígenes
é de extrema importância para averiguarmos a presença do batismo infantil
desde os primórdios. Em sua homilia sobre Levítico Orígenes afirma o seguinte:
Era por esta razão que a igreja tinha dos apóstolos a tradição
(ou ordem) para administrar o batismo as criancinhas. Porque
aqueles a quem foram confiados os mistérios divinos sabiam que
existem em todas as pessoas a poluição natural do pecado, que
16
LANDES, Philippe. Estudos bíblicos sobre o batismo de crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p.83.
17
BRIDGE, Donald; PHYPERS David. Aguas que dividem: uma reflexão sobre a doutrina do
batismo. São Paulo: Vida, 2005. p. 67.
18
LANDES, Philippe. Estudos bíblicos sobre o batismo de crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 85.
19
Ibid.
16
deve ser apagada pela agua e pelo Espírito” (Wall, vol. I, pags.
104, 106).20
20
LANDES, Philippe. Estudos bíblicos sobre o batismo de crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 85.
21
BAVINCK, Herman. Dogmática Reformada. Vol. 4. São Paulo: Cultura Cristã, 2012. p. 528.
22
LANDES, Philippe. Estudos bíblicos sobre o batismo de crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 86.
23
ANGLADA, Paulo R. B. O Batismo Infantil. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p 45.
17
antes do oitavo dia.24 O fato é que o Concílio ratifica o batismo de crianças como
correto e ao invés de discutir sua validade ou não, ele simplesmente discute a
questão sobre se as crianças deveriam ser batizadas antes do oitavo dia. 25
Concordando com o Concílio de Cartago, Cipriano (200/210 d.C. a 258 d.
C.) defendeu a posição de que o batismo infantil não devia ser postergado até o
oitavo dia, mas devia ser ministrado já no segundo ou terceiro dia depois do
nascimento.26
Já no século III, quando o batismo infantil já havia se tornado uma prática
comum da igreja, um problema estava em voga, pois havia o entendimento de o
batismo seria para remissão de pecados. Então de que pecados as crianças
seriam perdoadas?27 Cipriano respondeu que elas deveriam ser perdoadas do
pecado de Adão. Para ele, todos que descendem de Adão herdaram uma alma
pecaminosa até mesmo as crianças, pois é herdada dos pais, por isso crianças
pequenas precisavam ser batizadas para a remissão dos pecados.28
Agostinho de Hipona, 150 anos depois, tratau da mesma questão.
Agostinho cria juntamente com Cipriano que todos eram maculados pelo pecado.
Seu entendimento acerca do batismo é que, no batismo a pessoa não apenas
recebia o Espírito Santo, mas também era selado por Ele denotando assim que
pertencia a Cristo e estava apta a receber sua graça. 29 Portanto, assim como o
pai necessita ser batizado, da mesma forma a criança também necessita. 30
Agostinho o bispo de Hipona é um dos grandes nomes entre os pais da
Igreja, sendo ele considerado o “teólogo dos sacramentos”, pois é dele o
desenvolvimento de importantes conceitos sobre a Santa Ceia e o Batismo.
Discorrendo sobre o batismo infantil como sinal de graça e rito de iniciação, ele
afirma o seguinte: “pequeninos são apresentados para receber a graça espiritual,
não tão somente por aqueles que as levam nos braços, como também por toda
24
LANDES, Philippe. Estudos bíblicos sobre o batismo de crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 87.
25
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 4 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2012. p 587.
26
BAVINCK, Herman. Dogmática Reformada. Vol. 4. São Paulo: Cultura Cristã, 2012. p. 528.
27
BRIDGE, Donald; PHYPERS David. Aguas que dividem: uma reflexão sobre a doutrina do
batismo. São Paulo: Vida, 2005. p.73.
28
Ibid.
29
Ibid.
30
Ibid.
18
a sociedade de santos e crentes”.31 Assim, para ele, o batismo infantil era uma
prática comum, sendo esta feita por toda Igreja cristã. 32 Ele é um ardoroso
defensor do batismo infantil, porém, vincula a prática à doutrina do pecado
original. Para ele o batismo remove a culpa do pecado original, o que acaba
dando ao batismo um caráter de obrigatoriedade, tornando-o indispensável a
salvação.33 A crença de Agostinho é que, no batismo todos recebiam não apenas
o Espírito Santo, mas também o selo do Espírito, marcando assim os que
pertenciam a Cristo, e estavam aptos a receber sua graça. Para ele, a criança
não apenas recebia do seu pai a semente do seu corpo, mas também de sua
alma, devido ao pai ter uma alma pecadora assim como Adão, da mesma forma
a criança também tinha. Assim como o pai precisava ser batizado, da mesma
forma o filho também necessitava.34
Diante do que foi exposto até aqui o que verificamos é que não há uma
veemente negação da prática do batismo infantil. O que há apenas, são
questionamentos acerca do significado da prática, e não no tocante a sua
validade.
31
KNIGHT, Kevin. De Nicene e Post-Nicene Padres. Vol. 1. In: SCHAFF, Philip (Ed.). Buffalo,
NY: Christian Literature Publishing Co., 1887. Disponível em:
<http://www.newadvent.org/fathers/1102098.htm> Acesso em: 30 mar. 2017.
32
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 4 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2012. p. 587.
33
BRIDGE, Donald; PHYPERS David. Águas que dividem: uma reflexão sobre a doutrina do
batismo. São Paulo: Vida, 2005. p.73.
34
Ibid.
35
Ex opere operato: indica que os sacramentos em si contêm e comunica graça.
36
BERKHOF, Louis. A história das doutrinas cristãs. São Paulo: PES, 2002. p. 223.
19
37
LANDES, Philippe. Estudos bíblicos sobre o batismo de crianças. 3 Ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p. 89.
38
BRIDGE, Donald; PHYPERS David. Águas que dividem: uma reflexão sobre a doutrina do
batismo. São Paulo: Vida, 2005. p 88.
39
Ibid.
40
LANDES, Philippe. Estudos bíblicos sobre o batismo de crianças. 3 Ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. pgs 91-92.
20
41
MATOS, Alderi Souza de. Fundamentos da teologia histórica. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
p 139.
42
Anabatistas: reformadores radicais do séc. XVI que rebatizam adultos batizados na infância.
43
GONZALEZ, Justo L. Uma história do pensamento cristão: Da Reforma Protestante ao século
20. Vol. 3. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2015. p 87.
44
MATOS, Alderi Souza de. Fundamentos da teologia histórica. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
p 162.
45
Ibid. p 166.
46
Ibid.
21
47
BRIDGE, Donald; PHYPERS David. Águas que dividem: uma reflexão sobre a doutrina do
batismo. São Paulo: Vida, 2005. p 91.
48
MATOS, Alderi Souza de. Fundamentos da teologia histórica. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
p 166.
49
Ibid.
50
Ibid.
51
GONZALEZ, Justo L. Uma história do pensamento cristão: Da Reforma Protestante ao século
20. Vol. 3. 2 Ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2015. p 63.
22
52
MATOS, Alderi Souza de. Fundamentos da teologia histórica. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
p 146.
53
GEORGE, Timothy. Teologia dos Reformadores. São Paulo: Vida Nova, 1994. p 93-4. A
citação de Lutero usada por George foi extraída de Luther Works 41, p.218. Olson usa a citação
retirada de: Concerning rebaptism, in: Martin Luther’s Basic theological writings, p. 353.
54
GONZALEZ, Justo L. Uma história do pensamento cristão: Da Reforma Protestante ao século
20. Vol. 3. 2 Ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2015. p 63-64.
55
GEORGE, Timothy. Teologia dos Reformadores. São Paulo: Vida Nova, 1994. p 95.
56
Ibid.
57
Ibid.
23
mesma, o que faz do batismo infantil uma excelente analogia da salvação que
Deus dá a Sua Igreja. Ele rejeitava a ideia, amplamente aceita na Idade Média,
de que bebês não batizados iam para o limbo, o nível superior do inferno que,
mesmo não sendo lugar de tormentos severos, era seu lar eterno. 58 Lutero
acreditava na salvação das crianças que morriam ainda no ventre materno e
daquelas que morriam após o nascimento e não dava tempo de serem batizadas,
apesar de ser relutante em pregar sobre o tema publicamente com temor de o
povo negligenciar o batismo dos infantes.59
Um argumento usado também por Lutero para defender o batismo infantil
era que o mesmo era legítimo por ser uma prática tradicional:
58
GEORGE, Timothy. Teologia dos Reformadores. São Paulo: Vida Nova, 1994. p 95.
59
Ibid.
60
OLSON, Roger. História da teologia cristã: 2000 anos de tradição e reformas. São Paulo: Vida,
2001. p 404.
61
GONZALEZ, Justo L. Uma história do pensamento cristão: Da Reforma Protestante ao século
20. Vol. 3. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2015. p 80.
62
GEORGE, Timothy. Teologia dos Reformadores. São Paulo: Vida Nova, 1994. p 138.
63
MATOS, Alderi Souza de. Fundamentos da teologia histórica. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
p 152.
24
64
GONZALEZ, Justo L. Uma história do pensamento cristão: Da Reforma Protestante ao século
20. Vol. 3. 2 Ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2015. p 81.
65
MATOS, Alderi Souza de. Fundamentos da teologia histórica. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
p 152.
66
Ibid.
67
GEORGE, Timothy. Teologia dos Reformadores. São Paulo: Vida Nova, 1994. p 139.
68
OLSON, Roger. História da teologia cristã: 2000 anos de tradição e reformas. São Paulo: Vida,
2001. p 415.
69
CALVINO, João. As Institutas: Edição Clássica. Vol 4. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.
p 268.
25
70
GONZÁLEZ, Justo L. Dicionário Ilustrado dos Interpretes da fé. São Paulo: Academia Cristã
Ltda, 2005. p 150.
71
MCGRATH, Alister E. O Pensamento da Reforma: ideias que influenciaram o mundo e
continuam a moldar a sociedade. São Paulo: Cultura Cristã, 2014. p 217.
72
Ibid. p 218.
73
Ibid. p 216.
26
74
BERKHOF, Louis. A história das doutrinas cristãs. São Paulo: PES, 2002. p. 224.
75
CONFISSÃO DE AUGSBURGO, Art. 9. Disponível em:
<http://www.monergismo.com/textos/credos/confissao_augsburgo.htm>. Acesso em: 19 abr.
2017.
76
CONFISSÃO ESCOCESA. Cap 23 Disponível em:
<http://www.monergismo.com/textos/credos/confissao_escocesa.htm>. Acesso em: 19 abr.
2017.
27
Cremos, contudo, que aquele que almeja à vida eterna deve ser
batizado uma vez com um só batismo. O batismo nunca deve
ser repetido, pois não podemos nascer duas vezes. Além disso,
o batismo não nos beneficia apenas quando a água está em nós
e quando o recebemos, mas por toda a nossa vida. Por essa
causa rejeitamos o erro dos Anabatistas, que não se contentam
com o batismo recebido uma única vez, e que também
condenam o batismo dos filhos pequenos dos crentes. Cremos
que essas crianças devem ser batizadas e seladas com o sinal
da aliança, assim como os bebês em Israel eram circuncidados
com base nas mesmas promessas que agora são feitas aos
nossos filhos. De fato, Cristo derramou o Seu sangue para
purificar os filhos dos crentes do mesmo modo que o derramou
pelos adultos. Por isso, devem eles receber o sinal e o
sacramento daquilo que Cristo fez por eles, assim como o
Senhor ordenou na lei que fosse oferecido um cordeiro logo após
o nascimento dos filhos, que era o sacramento da paixão e morte
de Jesus Cristo. Como o batismo tem para os nossos filhos o
mesmo significado que a circuncisão tinha para o povo de Israel,
Paulo chama o batismo de “circuncisão de Cristo” (Cl 2.11).77
77
AS TRÊS FORMAS DE UNIDADE DAS IGREJAS REFORMADAS: Confissão Belga,
Catecismo de Heildelberg e Cânones de Dort. 2 ed. Recife: Clire, 2009. p 40.
78
CONFISSÃO HELVÉTICA. Cap. 20. Disponível em:
<http://www.monergismo.com/textos/credos/confissao_helvetica.htm>. Acesso em: 19 abr.
2017.
28
79
AS TRÊS FORMAS DE UNIDADE DAS IGREJAS REFORMADAS: Confissão Belga,
Catecismo de Heildelberg e Cânones de Dort. 2 ed. Recife: Clire, 2009. p 72.
80
ASSEMBLEIA DE WESTMINSTER. Confissão de Fé de Westminster. cap. 28; seções IV, V.
17 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2005. p 212.
81
ASSEMBLEIA DE WESTMINSTER. O Breve Catecismo de Westminster. 4 ed. São Paulo:
Cultura Cristã, 2015. p 76.
29
82
ASSEMBLEIA DE WESTMINSTER. O Catecismo Maior de Westminster. 14 ed. São Paulo:
Cultura Cristã, 2008. p 235.
83
ASSEMBLEIA DE WESTMINSTER. Diretório de Culto de Westminster. 2 ed. São Paulo: Os
Puritanos, 2013. p 43-44.
30
31
Uma das principais razões pelas quais o batismo infantil é negado por
algumas igrejas é a falta de compreensão da relação entre o Antigo Testamento
e o Novo Testamento, o povo da velha aliança e a Igreja da nova aliança. 84 Boa
parte das igrejas evangélicas brasileiras segue uma linha dispensacionalista85
que ensina que a igreja do Novo Testamento é completamente nova e diferente
do povo de Deus do Antigo Testamento, e com isso não consegue reconhecer a
grande continuidade entre os Testamentos.86
O significado do batismo cristão tem sido interpretado por diversos
grupos, como católicos, batistas, luteranos, de diferentes maneiras. Católicos
romanos tradicionais, por exemplo, afirmam que o batismo realiza uma espécie
84
BRIAN SCHWERTLEY. The Sacraments: A Reformed Perspective. Disponível em: <
http://www.reformedonline.com/books.html#BSACRAMENTS>. Acesso em: 05 Mai. 2017.
85
DISPENSACIONALISMO: movimento de interpretação bíblica segundo o qual, na tentativa de
salvar o homem, Deus estabeleceu várias dispensações diferentes. Dispensações essas que
são organizadas em períodos de tempo. Onde o SENHOR teria tentado diversas maneiras de
resgatar o homem, contudo não obteve sucesso, pois, em todas as vezes o homem falhou. Nesse
ponto de vista, Deus é inconstante e precisa mudar a Sua vontade a respeito do homem sempre
que isso é necessário. Em Cristo, Deus arriscaria sua última alternativa, porém em não havendo
correspondência do pecador, Yahweh novamente fracassaria em seus propósitos. Deus seria
um ser impotente e incapaz de sustentar os propósitos que estabeleceu.
86
BRIAN SCHWERTLEY. The Sacraments: A Reformed Perspective. Disponível em: <
http://www.reformedonline.com/books.html#BSACRAMENTS>. Acesso em: 05 Mai. 2017.
32
87
ERICKSON, Millard J. Introdução a Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997. p 460.
88
Ibid.
89
Ibid.
90
DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIA DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA. Disponível em:
<http://www.batistas.com/portal-
antigo/index.php?option=com_content&view=article&id=15&Itemid=15&showall=1>. Acesso em:
29 abr. 2017.
91
ERICKSON, Millard J. Introdução a Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1197. p 463.
92
Ibid.
33
93
STRONG, Augustus Hopkings. Teologia Sistemática. Vol. 2. São Paulo: Hagnos, 2003. p 697.
94
GRUDEM, Wayne. Teologia sistemática: atual e exaustiva. São Paulo: Vida Nova, 1999. p
804.
95
STRONG, Augustus Hopkings. Teologia Sistemática. Vol. 2. São Paulo: Hagnos, 2003. p 462.
34
96
TENNEY, Merrill C. (org). Enciclopédia da Bíblia. Vol. I, A-C. São Paulo: Cultura Cristã, 2008.
p 707.
97
Ibid. p 708.
98
ASSEMBLEIA DE WESTMINSTER. Confissão de Fé de Westminster. 17. ed. São Paulo:
Cultura Cristã, 2014. p 210.
99
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: o Batismo Cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 13.
100
Ibid.
35
outra igreja. É a mesma igreja sendo diferentes no que toca a forma, mas a
essência é a mesma. 101
Para a teologia reformada, o plano de salvação de Deus em toda a história
humana é o mesmo. Há uma aliança de graça que começa com o
protoevangelho de Gênesis 3:15, e fica explícito com a aliança de Deus com
Abraão em Gênesis 17: 7 e segue por toda história bíblica da redenção e é
cumprida em Jesus Cristo.102
De acordo com o conceito reformado, a doutrina do batismo está
intimamente ligada à doutrina do pacto. Doutrina essa que defende que Deus
tem apenas um pacto depois da queda, o qual não foi e nem será revogado, até
que o propósito de Deus de salvar o Seu povo seja totalmente cumprido. Com
isso, podemos ver que os crentes do NT estão incluídos na mesma aliança que
foi firmada com Abraão, como é evidenciado em Gl 3.6.9, onde demonstra que
a Igreja de ambas as dispensações, a antiga e nova, é uma só. Como cita
Hendriksen:
Por isso, ainda hoje todos os crentes, nós e nossos filhos, devemos
assim, receber o sinal da aliança que marca a relação pactual com Deus. 104 As
Escrituras demonstram com clareza que Deus sempre se relacionou com o seu
povo por meio de aliança, ou pacto. Deus repetidamente entrou em aliança com
vários indivíduos. Encontramos nas Escrituras Deus entrando em aliança com
Noé (Gn 6.18), Abraão (Gn 15.18), Israel (Êx 24.8) e Davi (Sl 89.3). Os profetas
101
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: o Batismo Cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 14.
102
BRIAN SCHWERTLEY. The Sacraments: A Reformed Perspective. Disponível em: <
http://www.reformedonline.com/books.html#BSACRAMENTS>. Acesso em: 05 de Mai. 2017.
103
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: Gálatas. 2 ed. São Paulo:
Cultura Cristã, 2009. p 151.
104
RENNÊ, Alan; CUNHA, Dorisvan. Batismo Infantil: Bezerro de ouro da Reforma ou Ordenança
Bíblica. Parauapebas – Pa: Igreja Presbiteriana de Parauapebas. p 6.
36
de Israel predisseram a vinda dos dias da “nova” aliança (Jr 31.31), até o próprio
Cristo na última ceia falou em linguagem de aliança (Lc 22.20). 105
Assim como Deus se relaciona com sua igreja no Antigo Testamento por
meio de uma relação pactual, da mesma forma Ele se relaciona com a sua igreja
hoje (At. 2:39; 16:31; 1 Co. 7:14). O fato é que ninguém compreenderá o batismo
infantil sem compreender a aliança de Deus com seu povo no Antigo
Testamento.
105
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 13.
106
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: o Batismo Cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 13.
107
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 15.
108
Ibid. p 16.
37
109
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: o Batismo Cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 22.
110
Jeremias 30.22; 32.8; Êxodo 6.7; 2 Coríntios 6.18.
111
VAN BEMMEL, Jason A. Children of the Covenant: One Presbyterian's View on Infant
Baptism. Disponível em:
<https://www.monergism.com/search?keywords=Children+of+the+Covenant&format=All>.
Acesso em: 12 Mai. 2017.
112
ROBERTSON, Palmer. Alianças. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. p 13.
113
Ibid.
38
114
VAN BEMMEL, Jason A. Children of the Covenant: One Presbyterian's View on Infant
Baptism. Disponível em:
<https://www.monergism.com/search?keywords=Children+of+the+Covenant&format=All>.
Acesso em: 13 Mai. 2017.
39
115
VAN BEMMEL, Jason A. Children of the Covenant: One Presbyterian's View on Infant
Baptism. Disponível em:
<https://www.monergism.com/search?keywords=Children+of+the+Covenant&format=All>.
Acesso em: 13 Mai. 2017.
116
ROBERTSON, Palmer. Alianças. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. p 22.
117
Ibid.
118
GRONINGEN, Gerard Van. O progresso da revelação no Antigo Testamento. São Paulo:
Cultura Cristã, 2006. P 33.
119
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 95.
40
entrará na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos” (Gn
6.18). Robertson discorrendo acerca disso atesta:
120
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 96.
121
ROBERTSON, O. Palmer. Alianças. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. p 26.
41
Seu compromisso de lidar com Noé e toda a sua casa ao coloca-los na arca da
salvação”.122
"Contigo, porém, estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu e teus
filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos." (Gn 6.18). Aqui Noé é colocado
à parte como o cabeça da família. 123
"Disse o SENHOR a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque
reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração."(Gn 7.1).
Por Noé ser justo, agora toda a sua casa entra na arca.124 Noé age como um tipo
de mediador pactual.
"Agora estabeleço a minha aliança com você e com o seu Descendentes
depois de ti." (Gn 9.9). A aliança se estende a descendência.
122
ROBERTSON, O. Palmer. Alianças. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. p 28.
123
Ibid.
124
. Ibid. p 26.
125
HORNE, Mark. Por que batizar crianças? (Locais do Kindle 251-255). Editora Monergismo.
Edição do Kindle.
42
126
BÍBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2 ed. São
Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2008. p 21.
127
GRONINGEN, Gerard Van. Criação e Consumação: O Reino, a Aliança e o Mediador. Vol. 1.
São Paulo: Cultura Cristã, 2002. p 252.
43
128
CUNHA, Dorisvan; RENNÊ, Alan. Batismo Infantil: Bezerro de ouro da Reforma ou Ordenança
Bíblica. Parauapebas – Pa: Igreja Presbiteriana de Parauapebas. p 8.
129
Ibid.
130
Ibid.
131
SARTELLE, John; et al. O Batismo Infantil: O Que Os Pais Deveriam Saber Acerca Deste
Sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p.41
44
Na aliança com Moisés, Deus renova a sua aliança feita com seu povo. A
lei, ao ser dada a Moisés no Sinai, serve como um modelo único de
administração da aliança da redenção.132 A dispensação mosaica vai repousar
diretamente sobre o relacionamento pactual de Deus com o seu povo. Na
presente aliança, embora a lei venha desempenhar um importante papel, na qual
suas estipulações legais externas representam um modo de administrar os laços
da aliança, é sempre a aliança que unifica pessoas, pela qual, Deus renova o
seu antigo compromisso por meio da aliança com Moisés. 133
No pacto estabelecido com Moisés, encontramos a mesma essência do
pacto que se estabeleceu com Abraão. Não obstante ser diferente em sua forma,
bem como na sua administração; mas a unidade dos dois pactos se expressa
em passagens tais como Salmo 105.8-10: “Lembra-se perpetuamente de sua
aliança, da palavra que empenhou para mil gerações; da aliança que fez com
Abraão e do juramento que fez a Isaque; o qual confirmou a Jacó por decreto e
a Israel por aliança perpétua. ” 134
No Monte Sinai (Êx 19), Deus fez uma aliança com o seu povo, na qual
estavam incluídas as criancinhas. Mais tarde, esse mesmo pacto foi renovado,
nas planícies de Moabe, quando o povo de Israel estava para entrar na Terra
Prometida. Nessa ocasião, Moisés convida o povo a renovar a sua aliança com
Deus, nos seguintes termos:
132
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 142.
133
Ibid. p 143.
134
SMALL, Dwight Hervey. As Bases Bíblicas para o Batismo Infantil (Locais do Kindle 454-457).
Os Puritanos. Edição do Kindle.
46
b) A abrangência:
Ao receber a lei contendo um sumário da vontade revelada de Deus, uma
revelação mais ampla, Israel é colocada em relação muito melhor com o Deus
da aliança. A lei serve para que o povo compreenda a sua natureza
pecaminosa.137
c) Seu significado tipológico:
Os preceitos da lei oferecem um padrão para o tipo de vida esperado para
o povo santo de Deus. A lei traça o padrão de vida desejado para o povo da
aliança. Uma vida refletindo a santidade do Deus do pacto. 138
Dentro da perspectiva da aliança, na dispensação mosaica, ocorre um
crescimento significativo no desenvolvimento dos propósitos redentores de
Deus. Servindo como aio, a lei é um disciplinador externo, para nos conduzir a
Cristo. No entanto, essa dispensação revela menos da verdade de Deus que a
aliança davídica ou a nova aliança. 139
135
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 154.
136
Ibid.
137
Ibid. p 155.
138
Ibid.
139
Ibid.
47
Com Davi, a antiga aliança encontra o seu clímax, como nos informa
Palmer Robertson:
140
ROBERTSON, O. Palmer. Alianças. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. p 69.
141
Ibid. p 71.
142
Ibid.
143
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 192.
144
Ibid. 187.
48
dessa aliança.145 Esse papel de um rei que intercede, que age como mediador
atinge a perfeição na pessoa de Cristo Jesus.146
Ainda:
145
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 191.
146
ROBERTSON, O. Palmer. Alianças. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. p 71.
147
Ibid. p 73.
148
ASSEMBLEIA DE WESTMINSTER. Confissão de Fé de Westminster: Cap VIII, Seção I. 17
ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2001. p 73.
149
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos profetas. Recife: Clire, 2016. p 219.
150
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 218.
49
e com a casa de Judá” (Jr 31.31). 151 Sendo esse Israel da antiga aliança
considerado como a representação tipológica do povo eleito de Deus. 152 Nessa
nova aliança, Deus continua administrando a sua graça a famílias e a igrejas
como um todo.153 O Senhor Jesus, em Mt 26.28 na ocasião da Ceia, deixa claro
que Nele a nova aliança se evidencia. Através de seu sangue (morte) é
inaugurado um novo relacionamento religioso dos discípulos com Deus. 154
O relacionamento, do homem com Deus, que havia sido quebrado no
Éden, em Cristo agora ele é restaurado. No contexto da queda, em Gn 3, Deus
coloca em vigor o seu o plano de salvação para a humanidade. Após a queda do
homem, Deus promete salvação por meio do descendente da mulher, um
mediador futuro. Desde então, o Antigo Testamento vai apontando para a vinda
do Messias. Acerca de Cristo como o mediador a CFW no seu capitulo VIII,
seção 1:
151
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 230.
152
Ibid.
153
ROBERTSON, O. Palmer. Alianças. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. p 84.
154
VOS, Geerhardus. Teologia Bíblica: Antigo e Novo Testamentos. São Paulo: Cultura Cristã,
2010. p 362.
155
HODGE, A. A. Comentário da Confissão de Fé de Westminster. In: Valter Graciano Martins,
(trad). Confissão de Fé de Westminster comentada por A. A. Hodge. 4 ed. São Paulo: Os
Puritanos, 2013. p 186.
156
Ibid.
50
seu povo e sua glória são conferidos a Ele pelo Pai como recompensa do
cumprimento da sua comissão.157
O fato é que na antiga dispensação, o pacto foi administrado por meio de
promessas, profecias, sacrifícios, circuncisão, e outras ordenanças que foram
entregues ao povo da aliança, sendo estas coisas figuras do Cristo que havia de
vir. Essas coisas eram suficientes e eficazes por meio da operação do Espírito
Santo, para instruir e edificar os eleitos na fé do Messias, que os perdoaria e
concederia salvação. Agora na nova dispensação, quando Cristo foi exibido, as
ordenanças no qual o pacto é administrado são a pregação da palavra e a
administração dos sacramentos do batismo e da ceia do Senhor, manifestando
maior perfeição e eficácia espiritual. 158
Analisando a Confissão de Fé de Westminster, A.A. Hodge observa que
o pacto administrado em ambas as administrações é o mesmo em todos
aspectos essenciais: Cristo era o salvador dos homens antes de seu advento,
Ele era o Cordeiro morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8). Sendo
prometido a Adão e Abraão como o Salvador do mundo (Gn 3.15; 17.7; 22.18).
Cristo era exibido simbolicamente pelo sistema sacrificial (Hb 10.1-10); A fé é
condição de salvação em ambas as dispensações (Hc 2.4; Sl 2.12; Rm 4; Hb
11).159 Assim como as crianças eram membros da Igreja sob o Antigo
Testamento, sendo circuncidadas na fé dos pais, agora sendo a mesma igreja,
as condições de membresia permanecem as mesmas e visto que a circuncisão
corresponde ao batismo, as crianças devem ser batizadas. Só havendo razão
para exclusão delas se Cristo no Evangelho as tivesse excluído. 160 O que não
ocorre, pelo contrário, as Escrituras trazem diversas referências onde Cristo
afirma que as crianças fazem parte do seu reino (Lc 18.16); Pedro confirma que
a promessa inclui crianças (At 2.39); Paulo reconhece as crianças como santas,
quando pelo menos um dos pais é crente (1 Co 7.14). 161
157
HODGE, A. A. Comentário da Confissão de Fé de Westminster. In: Valter Graciano Martins,
(trad). Confissão de Fé de Westminster comentada por A. A. Hodge. 4 ed. São Paulo: Os
Puritanos, 2013. p 177.
158
Ibid. p 179.
159
Ibid.
160
Ibid.
161
SARTELLE, John; et al. O Batismo Infantil: O Que Os Pais Deveriam Saber Acerca Deste
Sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p 44.
51
162
ROBERTSON, O. Palmer. Alianças. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. p 31.
163
BRIAN SCHWERTLEY. The Sacraments: A Reformed Perspective. Disponível em: <
http://www.reformedonline.com/books.html#BSACRAMENTS>. Acesso em: 16 mai. de 2017
52
164
HODGE, A. A. Comentário da Confissão de Fé de Westminster. In: Valter Graciano Martins,
(trad). Confissão de Fé de Westminster comentada por A. A. Hodge. 4 ed. São Paulo: Os
Puritanos, 2013. p 179.
165
Ibid. 180.
166
Ibid.
53
167
HODGE, A. A. Comentário da Confissão de Fé de Westminster. In: Valter Graciano Martins,
(trad). Confissão de Fé de Westminster comentada por A. A. Hodge. 4 ed. São Paulo: Os
Puritanos, 2013. p 181.
168
BRIAN SCHWERTLEY. The Sacraments: A Reformed Perspective. Disponível em: <
http://www.reformedonline.com/books.html#BSACRAMENTS>. Acesso em: 16 mai. de 2017.
169
BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA. 2 ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo:
Cultura Cristã, 2009. p 1003.
170
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 32.
54
aliança com Davi em 2 Samuel 7:6, ele lembra que é o mesmo Deus que fez
subir os filhos de Israel do Egito (aliança mosaica). 171 Em Dt 29.14-15 o povo
reunido por Moisés, nas planícies de Moabe, para ouvir a renovação da aliança,
ouve Moisés asseverar que o papel de cada um na aliança não se estendia
apenas aqueles que estavam ali vivos, mas também aqueles que ainda iam
nascer.172 No Sl 105 há uma celebração da fidelidade pactual de Deus em
relação a promessa abraâmica, a promessa da aliança se estende até mil
gerações o que implica em uma aliança eterna. 173
No desenrolar do registro bíblico da administração da aliança feita por
Deus, a repetição constante da frase “Eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu
povo” indica uma unidade da aliança de Deus, podendo ser considerada como o
“princípio Emanuel” da aliança, ou seja, o âmago da aliança é a declaração de
que “Deus está conosco”.174 E esse tema do Deus conosco alcança o clímax na
incorporação de uma única pessoa, em Cristo o cabeça do reino de Deus e a
personificação da aliança de Deus.175
Desta forma a nova aliança com Cristo não aparece nas promessas do
Antigo Testamento como alguma novidade previamente desconhecida ao povo
de Deus. Ao contrário, a nova aliança se relaciona organicamente com a antiga.
De Adão a Cristo, essa unidade pactual é característica no tratamento de Deus
com o seu povo.177 Isso é endossado pela CFW:
171
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 34.
172
Ibid. p 38.
173
Ibid. p 39.
174
Ibid. p 45.
175
Ibid. p 49.
176
Ibid. p 50.
177
Ibid. p 45.
55
O que concluímos com isso é que nós, crentes, somos herdeiros das
mesmas promessas feitas a Abraão. Como é declarado nas Escrituras: “Sabei,
pois, que os da fé é que são filhos de Abraão” (Gl 3.7). Desta forma, as crianças
sempre estão incluídas no pacto, como demonstrado na aliança com Noé (Gn
9.7), Abraão (Gn 12.1-3) onde os descendentes são os filhos da aliança.
178
ASSEMBLEIA DE WESTMINSTER. Confissão de Fé de Westminster: Cap. VII, Art. VI. 17 ed.
São Paulo: Cultura Cristã, 2001. p 71.
179
ROBERTSON, O. Palmer. O Cristo dos Pactos. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p 39.
180
Ibid. p 40.
181
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 19.
56
Depois do ocorrido em At. 2.41, todos os que creem são batizados e agora
fazem parte da comunidade do povo da aliança (Atos 8.13, 36; 9.18; 16.33).
Se a circuncisão era um sinal de que a pessoa pertencia a família de Deus
e estava em pacto com ele, da mesma forma que a circuncisão, o batismo cristão
182
SARTELLE, John e outros. O Batismo Infantil: O Que Os Pais Deveriam Saber Acerca Deste
Sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p 11.
183
ANGLADA, Paulo. Atos, volume 1(Capítulos 1-7): O testemunho apostólico em Jerusalém.
Ananindeua: Knox Publicações, 2015. p 134.
57
184
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 20.
185
Ibid.
186
Ibid.
187
Ibid. p 17.
58
Colossenses 2.11-12:
188
SMALL, Dwight Hervey. As Bases Bíblicas para o Batismo Infantil (Locais do Kindle 1341-
1342). Os Puritanos. Edição do Kindle.
189
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 23.
190
BRIAN SCHWERTLEY. The Sacraments: A Reformed Perspective. Disponível em: <
http://www.reformedonline.com/books.html#BSACRAMENTS>. Acesso em: 14 ago. de 2017.
191
SMALL, Dwight Hervey. As Bases Bíblicas para o Batismo Infantil (Locais do Kindle 1373-
1375). Os Puritanos. Edição do Kindle.
192
Ibid. Locais do Kindle 1344-1345
59
possuíam a justiça da fé, quando, no seu devido tempo, eles confirmarem que
fazem parte do pacto por um ato pessoal de fé em Cristo.193
e. Ambas as ordenanças apontam para uma realidade interior: "Mas
é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração..."(Rm 2.29);
" Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos
gloriamos em Cristo Jesus..." (Fp 3.3). Brian Schwertley diz o seguinte:
193
SMALL, Dwight Hervey. As Bases Bíblicas para o Batismo Infantil (Locais do Kindle 1346-
1347). Os Puritanos. Edição do Kindle.
194
BRIAN SCHWERTLEY. The Sacraments: A Reformed Perspective. Disponível em: <
http://www.reformedonline.com/books.html#BSACRAMENTS>.Acesso em: 14 ago. 2017.
195
Ibid.
196
GREIDANUS, Sidney. Pregando Cristo a partir de Gênesis: Fundamentos para sermões
expositivos. São Paulo: Cultura Cristã, 2009. p 198.
60
197
TENNEY, Meril C. Enciclopédia da Bíblia. Vol. I, A – C. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. p
708.
198
BRIAN SCHWERTLEY. The Sacraments: A Reformed Perspective. Disponível em: <
http://www.reformedonline.com/books.html#BSACRAMENTS>.Acesso em: 14 ago. 2017.
61
Após uma análise das bases bíblicas em que está alicerçada a pratica do
pedobatismo, é necessário fazer uma breve análise das principais objeções
levantadas pelos credobatistas, buscando respondê-las de forma consistente.
199
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 99.
200
Ibid.
201
Ibid.
202
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 36.
62
203
Em Rm. 4.11 o apóstolo Paulo explicitamente chama a circuncisão de “selo da justiça da fé”,
mesmo os infantes que a recebiam aos oito dias de vida, não podendo ainda exercer fé.
204
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 37.
205
Ibid.
206
SARTELLE, John; et al. O batismo Infantil: O que os pais deveriam saber acerca deste
sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p 58.
207
Ibid.
63
No convite que fez a Paulo e Silas para ficar na sua casa, Lídia
fala, como se ela fosse a única crente adulta na casa: "Se julgais
que sou crente no Senhor, entrai em minha casa e ficai nela" (At.
16:15). Se houvesse outros crentes adultos nessa casa, teria
sido natural que ela dissesse: "Se julgais que nós somos crentes
no Senhor, entrai em nossa casa". Ao que parece, a família de
Lídia se compunha dela e de menores. Esse conceito é
confirmado pela primeira versão do Novo Testamento,
denominada o "Peshito Siríaco", feita logo após os tempos
apostólicos. Essa versão traduz Atos 16.15 da seguinte maneira:
"Depois de terem sido batizadas ela e suas crianças, fez-nos
este pedido etc". O tradutor evidentemente julgou que havia
crianças na família de Lídia. Ele devia ter conhecimento dos
fatos, porque viveu em tempos não muito distanciados dos
apostólicos.209
Insistir que não havia infantes nessas famílias batizadas nos tempos
apostólicos é muito improvável de provar. Devido ao fato de serem grandes as
famílias judaicas. E nos casos em que são registrados fatos de famílias
convertidas, registra-se que foram batizadas juntamente com os chefes da casa.
O que denota que eles seguiam a mesma decisão de Josué, ao afirmar: “Eu e
minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).210
208
SARTELLE, John; et al. O batismo Infantil: O que os pais deveriam saber acerca deste
sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p 53.
209
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 109.
210
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 109..
64
Passagens como Lc 18.15-17, onde Cristo cita que “dos tais é o reino de
Deus” evidenciando que todas as bênçãos da salvação pertencem mesmo agora
aos pequeninos212, 1 Co 7.14, as crianças são tidas como santas.
Especialmente em At 2.39, onde Pedro está encerrando o seu sermão chamando
todos ao batismo, e a linguagem que ele usa é exatamente a do pacto: “Pois
para vós é a promessa, para vossos filhos...para quantos o Senhor, nosso Deus,
chamar. Essas passagens deixam claro que as crianças são alvo das promessas
de Deus.213
211
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 33.
212
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: Lucas. Vol. 2. São Paulo: Cultura
Cristã, 2003. p 394.
213
SARTELLE, John; et al. O batismo Infantil: O que os pais deveriam saber acerca deste
sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p 56.
65
214
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001. p 1431.
215
SARTELLE, John; et al. O batismo Infantil: O que os pais deveriam saber acerca deste
sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p 56.
216
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 34.
66
217
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 104.
218
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 19.
219
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3. ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 104.
220
Ibid.
221
Ibid. p 105.
222
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 21.
67
por isso o batismo deixa de ter uma significação religiosa para os verdadeiros
filhos espirituais de Abraão (Gl 3.27-29).223
223
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3. ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 105.
224
SARTELLE, John; et al. O batismo Infantil: O que os pais deveriam saber acerca deste
sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p 70.
225
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 110.
226
SARTELLE, John; et al. O batismo Infantil: O que os pais deveriam saber acerca deste
sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p 70.
68
O batismo de João não deve ser identificado como o batismo cristão, pois
ele se encontra mais estritamente conectado com a antiga dispensação do que
com a nova, sendo ele um elo com as duas. João realizava batismo para
remissão de pecados, e não para a fé em Cristo, ele também não batizava em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, seguindo assim a formula batismal
instituída por Cristo. Jesus ao atingir a sua maturidade legal, ao ir ao batismo,
demonstra que naquele Ele está abraçando o seu ministério messiânico. Esse
primeiro ato é uma identificação pessoal com aqueles a quem Ele veio salvar.
Como afirma Small: “Seu batismo foi um voto de que ele assumiria plena
identificação com eles, incluindo o Batismo de sofrimento e morte no Calvário”. 228
Ao final dos evangelhos, Cristo ordena os seus discípulos a batizarem. No
entanto, Ele instrui que aguardem a vinda do Espírito Santo antes de partirem. E
somente no Pentecostes é que encontramos os primeiros relatos do batismo
cristão. O Batismo cristão teve sua origem com o dom do Espírito prometido,
inaugurado no dia de Pentecostes. Por isso, não é correto usar o fato de Cristo
ser batizado somente aos trinta anos de idade como uma prova de que o batismo
de infantes não é permitido.
SINCLAIR B., Ferguson. “Infant Baptism Response”. Em Baptism: Three Views, ed. David F.
227
229
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 38.
230
CALVINO, João. As Institutas. Edição Clássica. Vol. 4. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.
p 337.
70
71
Os filhos de pais crentes devem ser admitidos na Igreja. São santos não
simplesmente por aquilo que o pai faz, consagrando-os a Deus, mas somente
em virtude do pacto de Deus com o seu povo, através do qual são incorporados
no reino visível com intuito de que sejam preparados para o reino eterno e
espiritual.231
Portanto, a prática do batismo infantil tem muitos benefícios, não só para
os infantes, mas também para os pais e para a igreja, o que iremos considerar
na sequência.
231
HODGE, Charles. O batismo cristão: imersão ou aspersão. 3 ed. São Paulo: Cultura Cristã,
2014. p 55.
232
SMALL, Dwight Hervey. As Bases Bíblicas para o Batismo Infantil (Locais do Kindle 1771).
Os Puritanos. Edição do Kindle.
233
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 116.
234
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 42.
72
235
GEERHARDUS, Johannes. Comentário do Catecismo Maior de Westminster in: Marcos
Vasconcelos (Trad.). Catecismo Maior de Westminster - comentado por Johannes Geerhardus
Vos. São Paulo: Os Puritanos, 2007. p 542.
236
HODGE, Charles. O Batismo Cristão: imersão ou aspersão?. 3 ed. São Paulo: Cultura Cristã,
2014. p 60.
237
Ibid.
238
SMALL, Dwight Hervey. As Bases Bíblicas para o Batismo Infantil (Locais do Kindle 1802-
1803). Os Puritanos. Edição do Kindle.
239
Ibid. Locais do Kindle 1802-1803
240
BROMILEY, Geoffrey W. Filhos da promessa: A defesa bíblica do batismo dos filhos dos
crentes. São Paulo, 2010. p 121.
73
241
HODGE, Charles. O Batismo Cristão: imersão ou aspersão?. 3 ed. São Paulo: Cultura Cristã,
2014. p 61.
242
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 43.
243
MARCEL, Pierre C. El Bautismo: sacramento del pacto de Gracia. Disponível em:
<http://www.felire.com/descargas/El-bautismo-sacramento-del-pacto-de-gracia.pdf>. Acesso
em: 22 ago. de 2017.
74
244
Cf. Rm 12.3-8; Ef 4.1-6; 5.25-27; e 1 Co 12.11-27.
245
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 115.
246
Ibid.
247
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 43.
248
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 115.
249
Ibid.
75
com as promessas divinas, ninguém poderá arrebatar os seus filhos das mãos
do Pai Celeste.250 O conforto se faz notório também pelo fato de saberem que
seus filhos são membros da família da aliança, filhos da promessa. E o próprio
Senhor é quem irá prover os meios necessários para a salvação deles, para que
eles vivam vida integra, santa e útil à Igreja e à sociedade, para a glória de
Deus.251
No entanto, o direito de levar seus filhos ao batismo depende de uma
condição moral interna, ou seja, da fé (1 Co 7.14). Charles Hodge afirma o
seguinte:
250
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 115.
251
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 43.
252
HODGE, Charles. O Batismo Cristão: imersão ou aspersão?. 3 ed. São Paulo: Cultura Cristã,
2014. p 56.
253
Ibid. p 57.
76
254
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 117.
255
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 44.
256
SARTELLE, John; et al. O Batismo Infantil: O Que Os Pais Deveriam Saber Acerca Deste
Sacramento. São Paulo: Os Puritanos, 2000. p 26.
77
vencer o pecado, as tentações, é também ela que moldará o caráter deles (Sl
119.9-11).257
Sobre os pais recai também o compromisso assumido por eles no batismo
de orar pelos filhos e com eles. Landes afirma o seguinte:
257
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 117.
258
Ibid.
259
Ibid. p 118.
260
(Cf. Pv 13.24 e 29.15.)
261
LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos sobre o batismo de Crianças. 3 ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 1979. p 119.
78
262
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 4 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2012. p 589.
263
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 45. Citando Chapell, Why Do We Baptize Infants?.
264
Ibid.
79
265
SMALL, Dwight Hervey. As Bases Bíblicas para o Batismo Infantil (Locais do Kindle 984-992).
Os Puritanos. Edição do Kindle.
266
SMALL, Dwight Hervey. As Bases Bíblicas para o Batismo Infantil (Locais do Kindle 1248-
1249). Os Puritanos. Edição do Kindle.
267
CALVINO, João. As Institutas. Vol 4. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. p 318.
80
268
ANGLADA, Paulo. Para vós e para vossos filhos: O batismo cristão. Ananindeua: Knox
Publicações, 2014. p 46.
269
Ibid.
270
Ibid.
271
KISTEMAKER, Simon. Comentário do Novo Testamento: 1 Coríntios. 2 ed. são Paulo: Cultura
Cristã, 2014. p 282.
81
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O foco desta pesquisa foi demonstrar aos leitores que, de fato, o batismo
infantil é de origem divina. Ainda há muito à ser explorado com relação ao tema,
por exemplo, o que é um sinal e selo, um sacramento, se o batismo é por
aspersão ou imersão, isso poderá ser abordado em outro trabalho.
A partir do que foi exposto, podemos fazer algumas afirmações. Primeira,
o batismo infantil é uma grande bênção de Deus para a Igreja, para a família e
para as nossas crianças, por isso deveria ser mais motivo de louvor do que de
controvérsias como tem sido ao longo da história da Igreja.
Segunda, por ser algo tão valioso, o batismo infantil deveria ser assunto
proclamado nos púlpitos sempre demonstrando a sua importância para a vida da
Igreja, mais examinados pelos crentes para que possam ter mais apreço e zelo
para conceder a seu filho a benção de fazer parte da família da aliança.
Terceira, os Conselhos das igrejas deveriam ser mais atentos para que
os pais não fossem negligentes, pois negligenciá-lo é incorrer em grave pecado
como afirma a Confissão de Fé de Westminster:
272
ASSEMBLEIA DE WESTMINSTER. Confissão de Fé de Westminster. 17 ed. São Paulo:
Cultura Cristã, 2001. p 213.
82
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERKHOF, Louis. A história das doutrinas cristãs. São Paulo: PES, 2002.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 4 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2012.
83
BRIDGE, Donald; PHYPERS David. Aguas que dividem: uma reflexão sobre a
doutrina do batismo. São Paulo: Vida, 2005.
CALVINO, João. As Institutas: Edição Clássica. Vol 4. 2 ed. São Paulo: Cultura
Cristã, 2006.
DOCKERY, David S. Manual Bíblico Vida Nova. São Paulo: Edições Vida
Nova, 2001.
84
GEORGE, Timothy. Teologia dos Reformadores. São Paulo: Vida Nova, 1994.
HORNE, Mark. Por que batizar crianças? (Locais do Kindle 251-255). Editora
Monergismo. Edição do Kindle.
85