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Exercícios Práticos
1- Energia Vocal
Quando ler em voz alta deve ter em vista que deve ser ouvido, leia como se a
plateia estivesse além da mesa, além da sala, além da rua. Não se trata de gritar,
mas sim de alcance vocal.
2 – Corpo
Se fizer isso algumas horas por dia, poderá gerar uma memória desse controle muscular
e usar isso cenicamente numa composição futura.
3 – Sotaques
Compor ações que deixem a cena crível com detalhes que vemos na vida como limpar os
óculos ou endireitar, o ator tem que usar de sua composição para lidar com o adereço real
a partir de uma circunstância cênica apresentada, como se algo estivesse em mau estado,
por exemplo.
Algumas ações interessantes para se guardar – A dificuldade de abrir um pote que estiver
duro (exige uma força muscular, expressão), a dificuldade de pôr a linha na agulha, a
afobação e o tempo de pegar algo que caiu, limpar lama imaginária do sapato, tirar pelos
da roupa.
5 – Animais
Observe um animal que você gosta. Dê atenção aos detalhes, os pequenos movimentos,
sons e tenta aplicá-los no seu corpo. A observação de animais é algo muito rico para
composição de personagens, ajuda a explorar nosso corpo e voz de formas diferentes e
expressar características que singularizam a figura, como uma persona que ao mentir tem
o hábito de fazer uma perna de flamingo, algo que inspirado num animal vira um cacoete
único da personagem. Assim como energicamente pode afetar, dependendo da
personalidade do animal, se for um animal mais agressivo para uma persona raivosa.
6 – Conhecimento
A importância de conhecer:
Para o ator mais importante que a imaginação é o conhecimento, a consciência das coisas.
Saber como são. Vivência. Experiência. Repertório.
7 – Descrição/Visão
Se peço a um ator que descreva o que viu na mercearia e ele responde “Vi algumas uvas,
peras e bananas”, concluo que ele poderá ser talvez um bom banqueiro, mas nunca um
bom ator. Ele vê as coisas como um contador, apenas relata fatos.
O ator deve deixar que os objetos lhe digam algo, com isso, poderá discorrer pessoalmente
sobre o que viu.
“Vi peras fantásticas! Eram grandes, mas pareciam muito caras para se comprar. Então vi
aquelas deliciosas uvas Málaga, grandes e muito doces. Haviam também daquelas... quais
mesmo? Aaa sim, aquelas uvas mais gordas, pequenas e também daquelas verdinhas,
essas que a gente come aos quilos e, a propósito, eram muito baratas!”
O sentimento evocado pela descrição é mais importante que a própria descrição.
Os atores devem exercitar seu poder de observação. Uma árvore tem uma certa grandeza
e se faz merecedora de toda uma descrição. Descreva como uma folha se apresenta em
diferentes estações. Há escritores e artistas de todo o mundo que viajam ao sul da França,
ou á Inglaterra, só para ver as árvores no outono e sua poesia.
A maior parte do tempo somos indiferentes ao que vemos: isto é uma mesa, uma cadeira,
essas são abelhas. Porém cada coisa é viva e tem seu universo particular. Ao ver as coisas
por cima, as matamos, banalizando a vida.
8 – Memória/Concentração
Exercícios:
Ele não está lá apenas para comer, pagar sua conta e ir embora. Ele é capaz de viver lá,
prestando atenção, vendo, entendendo e até dizendo: “O que é isto? Como isso é? Em que
lugar estou?” da maneira que faz um pintor ou escritor.
10 – Circunstância
“Quando se fala tomar sol na praia. Deixo meu corpo e alma entregue de tal forma que
brinco, um brincar acreditando. Eu trago toda a sensação de praia para o meu ser, o cheiro,
a areia nos meus pés, a voz de praia sai como resultado de estímulos, da ação e da entrega,
não a voz de praia que fabriquei na minha cabeça na hora do exercício. Teatro não é
fabricado, é vivo. O corpo é vivo, a voz é viva, o texto é vivo, o ator é vivo. Atuar não é
fingir, é viver, é brincar. É presentar. Estar ali. Presente. Vivo. Pulsante. Latente.”
Você está na praia.
O sol é quente.
Você está mole de cansaço e calor.
A areia está nos seus pés.
A praia tem um cheiro.
1. Onde a ação ocorre?
2. Quando?
3. Por que está aí?
4. Como se sente?
5. Qual é a ação?
6. Como essa ação impacta a persona e quem ela se relaciona/
7. Qual a história do todo e da persona?
▪ Situação social
▪ Classe – operária, alta, média, aristocracia.
▪ Profissão
▪ Passado da personagem
▪ Características
▪ Atitude da personagem em relação ao parceiro
Esses permitem que você “vista a camisa” da personagem e amplie suas dimensões, pois
você não pode interpretar Hamlet, que é um príncipe, sem ter o mínimo de noção de como
é a vida de um, deve saber reagir as circunstâncias que o envolvem.
▪ Crenças
▪ Educação
▪ Vida familiar
▪ Ética
▪ Moral
▪ Situação econômica
▪ Orientação e expressão sexual
▪ Posicionamento político
12 – Construindo um enredo
▪ Das circunstâncias
▪ Do seu parceiro
▪ Do decorrer do texto e da ação
13 – Conhecimento
Exercício:
Ano: 1906
Artes Vida
Política Teatro Visuais Música Ciência diária Religião