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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA

Andressa Nadir Muhl

PTE – PROGRAMA DE TRANSPOTE ESCOLAR

Tutora: DEUSENY ALVES DA SILVA ALMEIDA

Barra do Garças-MT, 14 de fevereiro de 2018.


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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA

Andressa Nadir Muhl

PTE – PROGRAMA DE TRANSPOTE ESCOLAR

Trabalho final de conclusão do Curso


PTE no âmbito do Programa Formação
pela Escola realizado sob a orientação da
Tutora Deuseny Alves da Silva Almeida.

Barra do Garças-MT, 14 de fevereiro de 2018.


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Sumário

Introdução....................................................................................................................... 04
Ações do Governo Federal...................................................................................06
O Transporte Escolar na Legislação Vigente..................................................................08
Cálculos de Recursos do PNATE..........................................................................09
Controle Social ...............................................................................................................10
Quadro Demonstrativo do Transporte escolar.................................................................11
Proposta de Solução ........................................................................................................12
Referencias Bibliográficas ..............................................................................................13
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INTRODUÇÃO

O Programa de Transporte Escolar (PTE) além de garantir o acesso à escola


oferece condições necessárias para que os alunos cheguem e nela permaneçam. Com
esse intuito, um dos objetivos do governo federal, por meio do FNDE, e assegurar o
direito constitucional a educação a todas as crianças em idade escolar.

Para promover e garantia do direito a educação, o governo federal colocou em


prática a política do transporte público escolar por meio de três programas: O Programa
Nacional de Transporte Escolar (PNTE) , que deixou de ser executado em 2007; o
Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), e o Programa Caminho
da Escola.

O PNTE é muito conhecido, tendo sido criado em junho de 1994, com o objetivo
de contribuir financeiramente para facilitar ou possibilitar o acesso de alunos a

escola. Ate 2003, o programa repassava recursos, mediante convenio, a organizações

não governamentais (ONGs) e prefeituras, para aquisição de veículos automotores zero


quilometro, destinados ao transporte diário de alunos: dá rede publica de Ensino
Fundamental, residentes na área rural; ou portadores de necessidades educacionais
especiais, atendidos por escolas privadas, mantidas por ONGs sem fins lucrativos;

O Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) criado pela


Lei no 10.880/2004, alterada pela Lei no 11.947 de 16 de junho de 2009, oferece
assistência financeira, em caráter suplementar, aos estados, ao Distrito Federal e aos
municípios, com o objetivo de garantir o acesso e permanência nos estabelecimentos
escolares de alunos com as seguintes características:

o Constantes no censo escolar;


o Residentes na zona rural;
o Matriculados em escolas publicas, da Educação Básica; e
o que utilizam o transporte escolar.

Já o Programa Caminho da Escola consiste na concessão, pelo Banco Nacional de


Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de linha de crédito especial para a
aquisição, pelos estados, Distrito Federal e municípios, de ônibus zero quilometro e de
embarcações novas.
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Diante deste fato, torna-se necessária a preocupação com o transporte escolar


diário e gratuito aos alunos que vivem e áreas rurais, já que ele é o principal instrumento
de acesso a inclusão social e permanência dos alunos em sala de aula diminuindo a
evasão escolar e aumentando o número de estudantes que concluem a educação básica.

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AÇÕES DO GOVERNO FEDERAL

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação executa atualmente


dois programas voltados ao transporte de estudantes: o Programa Nacional de Apoio ao
Transporte do Escolar (PNATE) e o programa Caminho da Escola, que visam atender
alunos da rede pública de educação básica, preferencialmente residente na zona rural.
Cabe ressaltar que estes programas do governo federal têm caráter suplementar e visam,
prioritariamente, o atendimento do estudante de zona rural. Contudo, as leis citadas
anteriormente (CF 88, LDB e 10.709/03) não fazem distinção entre aluno residente em
zona urbana ou na área rural. Portanto, cabe aos estados e municípios disciplinarem o
atendimento ao educando por meio de portarias, decretos e/ou leis estaduais ou
municipais, de forma a não prejudicar o acesso do aluno à educação.

PNATE – Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar O


Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) foi instituído pela Lei
nº 10.880, de 9 de junho de 2004, com o objetivo de garantir o acesso e a permanência
nos estabelecimentos escolares dos alunos do ensino fundamental público residentes em
área rural que utilizem transporte escolar, por meio de assistência financeira, em caráter
suplementar, aos estados, Distrito Federal e municípios. Com a publicação da Medida
Provisória 455/2009, o programa foi ampliado para toda a educação básica,
beneficiando também os estudantes da educação infantil e do ensino médio residentes
em áreas rurais. O programa consiste na transferência automática de recursos
financeiros, sem necessidade de convênio ou outro instrumento congênere, para custear
despesas com reforma, seguros, licenciamento, impostos e taxas, pneus, câmaras,
serviços de mecânica em freio, suspensão, câmbio, motor, elétrica e funilaria,
recuperação de assentos, combustível e lubrificantes do veículo ou, no que couber, da
embarcação utilizada para o transporte de alunos da educação básica pública residente
em área rural. Serve, também, para o pagamento de serviços contratados junto a
terceiros para o transporte escolar. Os estados podem autorizar o FNDE a efetuar o
repasse do valor correspondente aos alunos da rede estadual diretamente aos respectivos
municípios. Para isso, é necessário formalizar a autorização por meio de ofício ao órgão
até o décimo dia útil do mês de março. Os valores são transferidos diretamente aos
estados, ao Distrito Federal e aos municípios em nove parcelas anuais, de março a
novembro.
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O programa Caminho da Escola foi criado pela Resolução nº 3, de 28 de


março de 2007, e consiste na concessão, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), de linha de crédito especial para a aquisição, pelos
estados e municípios, de ônibus zero quilômetro com capacidade para 23 ou mais
passageiros/estudantes e de embarcações novas. Seus objetivos são renovar a frota de
veículos escolares, garantir a segurança e qualidade ao transporte dos estudantes e
contribuir para a redução da evasão escolar, ampliando, por meio do transporte diário, o
acesso e a permanência na escola dos estudantes matriculados na educação básica da
zona rural das redes estaduais e municipais. Também visa à padronização dos veículos
de transporte escolar, à redução dos preços dos veículos e ao aumento da transparência
nessas aquisições.

O governo federal, por meio do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento


da Educação) e em parceria com o Inmetro, oferece veículos com especificações
exclusivas, próprias para o transporte de estudantes, e adequados às condições de
trafegabilidade das vias (estradas e rios) da zona rural brasileira. O programa consiste na
aquisição, por meio de pregão eletrônico para registro de preços realizado pelo FNDE,
de veículos padronizados para o transporte escolar. Existem três formas para estados e
municípios participarem do Caminho da Escola: 1) Com recursos próprios, bastando
aderir ao pregão do FNDE; 2) Via convênio firmado com o FNDE; 3) Por meio de
financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
que disponibiliza linha de crédito especial para a aquisição de ônibus zero quilômetro e
de embarcações novas. O Caminho da Escola beneficia, prioritariamente, os estudantes
residentes na zona rural da pré-escola, do ensino fundamental e do ensino médio das
redes públicas de educação estaduais e municipais que utilizam o transporte escolar para
acessar as escolas.
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O TRANSPORTE ESCOLAR NA LEGISLAÇÃO VIGENTE

A Constituição Federal de 1988 assegura ao aluno da escola pública o


direito ao transporte escolar, como forma de facilitar seu acesso à educação. A Lei nº
9.394/96, mais conhecida como LDB, também prevê o direito do aluno no uso do
transporte escolar, mediante a obrigação de estado e municípios, conforme transcrição
abaixo: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia
de: ... VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio
de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde. (redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009).

NA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – LEI Nº


9.394/96 (com acréscimo da Lei nº 10.709/2003)

Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: ... VII - assumir o transporte escolar dos alunos
da rede estadual. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31/7/2003). Art. 11. Os municípios
incumbir-se-ão de: ... VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal
(incluído pela Lei nº 10.709, de 31/7/2003). A Lei nº 10.709 foi instituída com o escopo
de alterar a Lei nº 9.394/96, incluindo nos artigos 10 e 11 os incisos VII e VI para
determinar competência aos estados e municípios em garantir o transporte para os
alunos de suas respectivas redes de ensino. Vale destacar que o artigo 3º desta lei possui
um dispositivo de suma importância para negociações entre os estados e municípios, de
forma a prestar um atendimento de qualidade a todos os alunos que precisam do
transporte para ter garantido o seu direito à educação. Art. 3º Cabe aos estados articular-
se com os respectivos municípios, para prover o disposto nesta lei da forma que melhor
atenda aos interesses dos alunos.

NA LEI nº 9.503/97 – CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, no âmbito de sua circunscrição: I - cumprir e fazer
cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições; II - planejar,
projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e
promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; Art. 24.
Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos municípios, no âmbito de sua
circunscrição: I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito
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de suas atribuições; II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos,


de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança
de ciclistas;

NA LEI nº 10.880/04 Art. 2º Fica instituído o Programa Nacional de Apoio ao


Transporte do Escolar – PNATE, no âmbito do MEC, a ser executado pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, com o objetivo de oferecer
transporte escolar aos alunos da educação básica pública, residentes em área rural, por
meio de assistência financeira, em caráter suplementar, aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios, observadas as disposições desta Lei (redação dada pela Lei nº 11.947,
de 2009).

NA RESOLUÇÃO FNDE nº 12/11 Art. 2º O PNATE consiste na transferência, em


caráter suplementar, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios, de recursos
financeiros destinados a custear a oferta de transporte escolar aos alunos da educação
básica pública, residentes em área rural, com o objetivo de garantir o acesso à educação.

CÁLCULOS DOS RECURSOS DO PNATE

O cálculo dos recursos financeiros destinados ao Pnate é definido a partir de


dois dados oficiais:
:: o quantitativo de alunos da Educação Básica residentes na zona rural, que é
informado no censo escolar do ano anterior ao do atendimento; e
:: os recursos específicos destinados ao Pnate pela Lei Orçamentária Anual (LOA).

Além desses dois dados oficiais, o FNDE, sempre atento às diferenças


regionais e à importância de equidade na gestão, definiu uma nova regra para que o
custo aluno/ano, a partir de 2006, fosse diferenciado por estados e por municípios: o
fator de necessidade de recursos do município (FNR-M).

Trata-se de um índice a ser utilizado para definir o que cada estado, o Distrito
Federal e os municípios receberão de verba suplementar para apoiar os gastos com o
transporte dos alunos da Educação Básica, residentes na área rural.
O FNR-M foi definido a partir da multiplicação das seguintes variáveis:
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:: o percentual da população rural do município (IBGE – 2000);


:: a área do município (IBGE – 2001);
:: o percentual da população abaixo da linha de pobreza de R$ 75,00 (Ipeadata – 2000);
:: o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb/Inep). Esse elemento foi
incluído no cálculo do FNR-M a partir de 2008.
Para calcular o valor per capita de 2007, além de manter o fator de necessidade de
recursos do município (FNR-M), considerou-se também o Fator de Correção de
Desigualdades Regionais (FCD-R), que é realizado pelo ajuste da média móvel
incorporando a influência das áreas vizinhas para evitar grandes diferenças nos valores
per capita a serem repassados para os municípios de uma mesma região.

CONTROLE SOCIAL

O PTE é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio do Conselho


de Acompanhamento e Controle Social (Cacs/Fundeb), no âmbito da União, dos esta-
dos, do Distrito Federal e dos municípios. ), e também pelo FNDE, pelo Tribunal de
Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério
Público.

 Controle e acompanhamento social é participação do cidadão na gestão


pública, na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da
administração pública no acompanhamento das políticas.
 “Controle é um espaço de participação que permite aos cidadãos maior
proximidade com administração pública, portanto, são mecanismos de
ampliação da democracia e de participação política.”( BRASIL, 2010).
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QUADRO DEMONSTRATIVO DO TRASPORTE ESCOLAR NO MUNICÍPIO

QUADRO DEMONSTRATIVO – ANO 2013

REDE N° DE QUILOMETRAGEM NÚMERO DE ALUNOS


LINHA DIÁRIA
S

ASFALTO CHÃO ESTADUA MUNICIPA


L L

EXCLUSIVA DO 04 00 120
MUNICÍPIO

EXCLUSIVA DO 04 34 00
ESTADO

COMPARTILHADA 14 248 337

TOTAL GERAL 672,50 1.636,3 312 457


0

FROTA

DISCRIMINAÇÃO DA FROTA QUANTIDADE

Ônibus – Recurso Federal (Programa Caminho na Escola) 06

Ônibus – Convênio SEDUC/MT (Programa Caminho na Escola) 02

Ônibus – Recurso Próprio (Programa Caminho na Escola) 07

FUNCIONÁRIOS / MOTORISTAS

Coordenadores de Transporte da Secretária Municipal de Educação 01

Motoristas 16

Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Barra do Garças / MT

Após esse reajuste, no ano de 2016 foram entregues ais 03 (três) ônibus e 01
(uma) van para o transporte escolar na zona rural do município. Os ônibus foram
adquiridos em parceria pela Prefeitura e o Governo Federal.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O propósito deste trabalho foi o de apresentar o Programa de Transporte


Escolar - PTE, aprofundar os conhecimentos e poder contribuir para que os Programas
de Transporte do Escolar, em especial o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do
Escolar (Pnate), efetivamente produzam os resultados esperados: a melhoria das
condições de acesso e de permanência dos alunos da Educação Básica pública na escola,
contando com a participação da comunidade escolar, visando a participação mais efetiva
de todos os segmentos da sociedade. Tendo em vista a grande dificuldade de
participação e envolvimento da comunidade escolar nas reuniões escolares. Daí a
importância de conhecer essas ações para melhor compreender as políticas no campo
social e educacional do Governo Federal.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: texto


constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas
Emendas Constitucionais nº 1/92 a 56/2007 e pelas Emendas Constitucionais de
Revisão nº 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2008.

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE


Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar – Pnate Programa
Caminho da Escola

Guia de Transporte Escolar


Publicação conjunta do FNDE e Ministério Público: COPEDUC - Comissão
Permanente da
Educação/GNDH - Grupo Nacional de Direitos Humanos/CNPG - Conselho Nacional
de Procuradores

Gerais.

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