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COESÃO REFERENCIAL – EXERCÍCIOS DE TREINO

1. Lê atentamente o excerto.

O Sr. Henrique Leima sempre fora um homem sem nada que o distinguisse particularmente dos outros
até àquela terça-feira de Maio em que resolveu entrar na Biblioteca Municipal da sua pequena cidade. O
edifício era ainda recente, de aspecto moderno mas confortável, com um labirinto de corredores sem
princípio nem fim e um recanto luminoso onde três ou quatro pessoas folheavam jornais e revistas.
Impressionado pelas centenas de livros que se alinhavam nas prateleiras das estantes, mas também
pela beleza da nova bibliotecária, que falava a um grupo de estudantes e lhes dizia ser necessário cultivar o
prazer da leitura e o gosto pela escrita, o Sr. Leima sentiu-se a partir daquele momento um homem
diferente e decidiu que também ele deveria começar a escrever: assim que saiu da biblioteca, comprou um
caderno pautado de cem folhas, de capa preta, colocou-o na sua pasta e nessa mesma tarde, antes de
voltar para casa, sentou-se à mesa de um café, mesmo no centro da cidade, e encetou essa tarefa,
registando quem entrava ou saía e anotando todos os pormenores que lhe fosse possível descrever.

Fernando Pinto do Amaral, “O Gosto pela Escrita”, in O Prazer da Leitura

1.1. Identifica os referentes retomados pelas palavras sublinhadas.

2. Reescreve o texto, evita as repetições assinaladas e recorrendo aos processos de coesão adequados.

Morreu Luís de Camões – 11 de junho de 1580


Morreu ontem, na maior miséria, o autor de Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões. Abandonado por todos, Luís
de Camões morreu num hospital da cidade e Luís de Camões foi sepultado num coval aberto do lado de fora da
Igreja de Santana. O único rendimento de Luís de Camões era a tença de 15 mil réis anuais, equivalente a uma
reforma de soldado, que el-rei mandou pagar a Luís de Camões como recompensa pela publicação de Os
Lusíadas.
Entretanto, a obra de Luís de Camões continua a ser admirada por todos. Além da epopeia, Luís de Camões
escreveu muitas redondilhas, sonetos, odes , canções, sextinas e éclogas, que nunca foram impressas pelo facto
de Luís de Camões não ter recursos materiais, mas que estão a correr de mão em mão, em cópias manuscritas.
CORREÇÃO

1.1. REFERENTES:
Sr. Henrique Leima (l. 1): o (l. 1) / sua (l. 2)
livros (l. 5): que (l. 6)
nova bibliotecária (l. 6): que (l. 6)
estudantes (l. 6): lhes (l. 6)
Sr. Leima (l. 7): ele (l. 8) / lhe (l. 8) / lhe (l. 11)
um caderno pautado (ll. 8-9): o (l. 9)

2. Morreu ontem, na maior miséria, o autor de Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões. Abandonado por todos,
[elipse] morreu num hospital da cidade e [elipse] foi sepultado num coval aberto do lado de fora da
Igreja de Santana. O seu único rendimento era a tença de 15 mil réis anuais, equivalente a uma reforma
de soldado, que el-rei lhe mandou pagar como recompensa pela publicação de Os Lusíadas.
Entretanto, a sua obra continua a ser admirada por todos. Além da epopeia, [elipse] escreveu muitas
redondilhas, sonetos, odes, canções, sextinas e éclogas, que nunca foram impressas pelo facto de ele não
ter recursos materiais, mas que estão a correr de mão em mão, em cópias manuscritas.

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