Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Análise de Fourier Hwei PDF
Análise de Fourier Hwei PDF
e Fourier COLECAO
TECNicA
Hwei P. Hsu
,
CONTEUDO
1 .6 Condições de Dirichiet,..... 16
4.7 Convc.lução,.................................... 88
4. 10 Problemas Suplementares,......................... 99
k ---------------
6.8 Resposta de um Sistema Linear a uma Função Degrau
Unitário - Integral de Superposição,.............. 138
,
SERIE DE FOURIER
1
1.1 Funções Periódicas
Em geral, se a função
fôr periódica com período T, deverá ser possível, então, achar dois inteiros m e n,
tais que
O)IT = 2nm, (1.3)
não é um número racional, é impossível achar um valor T para o qual (1.1) seja
satisfeita. Portanto,/(t) não é periódica.
f(t) = (10 COS t)2 = 100 cos2t = 100 ~ (1 + cos 2t):: 50 + 50 cos 2t.
2
Desde que uma constante é função periódica de período T para qualquer valor
de T e o período de cos 21 é n, concluímos que o período de 1(/) é ti,
l B-TI2
• f(t) dt =
-T12
f(t) dt, (1.6)
Considerando a integral
J 13
f(t) dt =
(13+T
J_ feL - T) dL =
J f3+T
feL) dL.
a a+T a+T
1
a+TIZ
a-T12
f(t) dt = f . -T12
a-T12
f(t) dt + (
J-TI2
a+T12
f(t) dto
r: r.
acima, vem
r,
a+T12 f(t) dt =.lT/2 f(t) dt + f(t) dt = f(t) dt +[T12 f(t) di
J•.-TI2 a+T12 -T12 -T12 a+T12
TI2
=
L-T 12
f(t) dto
)
1.1 FUNÇOES PERIOOICAS 3
l t
f(t) dt = LTt't l(t) dto
r
Em (1.6), se a
lT/2 l(t) dt = O.
-T /2
-T/2
I (t) dt +
o
I (t) dt
T'2
e g(t + T) = g(t) se, e somente se, f -Tlz
I(t) dt = O.
l t 1
F(t) = 1('C) d'C - -aot,
o 2
t+T 1
F(t+T)=
l o
1('C)d'C--ao.(t+T)
2
=
iT
o
1(L)d'C+
iT+t
. T
1(L)d'C--a
1
2 o
t--a
1
2 o
T.
4 S~RIE DE FOURIER CAPo 1
De (1.10) e (1.7),
T lTI2
i o
f('r:) dT =
-T /2
f(T) dT = "21 aoT,
l T
T+t
f(T) a: =
11 o f(T) dT.
Então,
F(t+T)=-a 1
2 o
T+ LI o
f(T)dT--a 1
2 o
t--a 1
2 o
T
1 o
1 1
f(T) dT - -aot
2
= F(t).
Seja a função f(t) periódica com período T. Esta função pode, então, ser
representada pela série trigo no métrica
1 <X>
= -2 ao +L n=!
(ancos nOJot + bnsen nOJot), (1.11 )
<X>
fel) = C, +L n=l
C« cos (nOJot - (}n). (1.12)
anCOS núJot + bnsen nWot = Cn (cos e n cos núJot + sen e n sen núJot)
onde
(1.14)
e então,
ou e = are tg
n (!:). (1.15)
1.3 PROPRIEDADES DOS SENOS E Co..SENOS 5
Novamente, pondo
(1.16)
obtemos
1
L L
00 00
para m =/= n
(1.18)
para m =n
existe.
°
T/2
J -T12
cos (mwot) dt = para m =/= 0, (1.l9a)
°
TI2
J -T12
sen (mwot) dt = para todo m, (1.l9b)
m =/= n
JTI2
-T12
cos (mwot) cos (nwot) dt =
1°' T12, m=n=/=O,
(1.l9c)
JTI2
sen (mwot} sen (nwot) dt = 1 0,
m =/= n
(1.l9d)
-T12 T12, m=n=/=O,
J -T12
T/2 sen ~mwot) cos (nwot) dt = ° para todo m e n, (1.1ge)
temos
== 2'1 L TI2
-T12
[cos [(m + n) úJot] + cos [(m - n) úJotll dt
= -1 1
sen [Im + n)úJot]
I TI2
2 (m + n) úJo -T12
1
+-
1
sen[(m-n)úJotl
I TI2
2 (m - n)wo -T12
1 1
=- [sen [(m + n)"J + sen [( m + n)"l!
2 (m + n)úJo
1 1
+- [sen [(m - n)"] + sen[(m-n)"l!
2 (m - n) úJo .
=0 selm/'n.
=_
1
2
L
-T12
TI2
[1 + cos 2múJotl dt
TI2 T
= 1
-t I + --. 1 - sen 2múJot I .I2
2 _TI 2 4múJ o - T 2 I
temos
1.4 DETERMINAÇÃO DOS COEFICIENTES DE FOURIER 7
I
-T12
TI2
1 -1 TI2 1 -1
=-
2 (m + n) Wo
cos [em + n}wotl
-T12
+ - --;------:--
2 (m - n) Wo
cos [em - n) wot]
I -T12
= O. sem.fon.
Se m =n "# O. usando a identidade trigonométrica sen 20 = 2 sen O cos O, temos:
TI2 lTI2
sen (mwot) cos (nwot) dt = sen (mwot) cos (mwot) dt
l -T12 -T12
= - --
4mwo
1
cos (2mwot) I TI 2
-T12
== O.
Evidentemente para m = n = 0, a integral é igual a zero:
I '"
f(t) = 2" ao + ];1 (ancos núJot + bnsen núJot). [1.11]
TI2 1 fTI2
f(t) cos (múJot) dt = 2"lfJu cos (múJot) dt
f -T12 -T12
+
fTI2
-T12
[t
n-1
ancos (núJot) ] cos (múJot) dt
+
fTI2
~T12
[i:
n-1
bnsen (núJot) ] cos (múJot) dto
TI2 1 fTI2
f -ffl
f(t) cos (múJot) dt = 2" ao cos (múJot) dt
. -ffl
+ L:
n=l
cc
a
n
I T2
/
-T/2
cos (nwot) cos (múJot) dt
+ L:
n=l
cc
b
n
I TI2
-T12
sen (núJot) cos (múJot) dto
8 S~RIE DE FOURIER CAPo 1
Então,
2 f1'/2 .
am =T f(t) cos (mOJot) dto
-1'/2
f -1'12
f(t) dt = 2" ao dt + l: (ancos nou: + bnsen nOJot) dt
_ -1'12 -1'12 n=1 .
1
= 2"aoT. (1.22)
Então,
1 1 f1'I2
I'
2" ao = T f(t) dt, (1.23)
-1'12
ou
2 f1'I2
ao =T f(t) dto (1.24) I
-T12
TI2 I fTI2
f -M
f(t) sen (mOJot) dt = 2" ao sen (mOJot) dt
-M
cc fTI2
+ l: an . cos (nOJot) sen (mOJot) dt
n -I -1'12
Então,
2 fTI2
bm = -T f(t) sen (mOJot) dto (1.26)
. -T12
an =T
2 fT/2 f(t) cos (nOJot) dt, n = 0,1,2, ... , (1.27)
-T12 .
1.4 DETERMINAÇAO DOS COEFICIENTES DE FOURIER 9
b; = -
2 fT'2 fel) sen (nwol) dt, n = 1,2, .... (1.28)
T -T12
Emgeral, não é necessário que o intervalo de integração de (1.27) e (1.28) seja si-
métricoem relação à origem. Em virtude de (1.6), a única exigência é que a
integralseja considerada em todo o período.
PROBLEMA 1.10 Ache a série de Fourier para a função f(/) definida por
T
-L --<t<O
2 (1. 29)
E (O =
{ 1, O<t<!..
2
e .l(t + T) = fel). (Veja Fig. 1.2).
-, Ih ,-
t=± T / 2 T
a
n
= -2
T
i T2
-T /2
/ E(t) cos (nwoO dt
I
I
1
I
I
IT
I
:
I I Iz
--T-+I----~'I~O------TI~----~:
i
~t
[1
0 T2
=_
2 -cos(nwot)dt+ cos(nwoOdt 1 --I 1 1 1
T -T/2
0
o
/
~
2 1
;..1--r-r-l I
1
1
1
;..1 __
1
--..;1
=_2 ( ~sennwot
1 1 1
+--sennwot I T/2 )
T nwo -T/2 nwo o
Fig. 1.2 Forma de onda do Probl. 1.10.
= 2{~
T nwo
[sen O -sen (-nTT)J +._1_ [sen In») - sen OJ}
nwo
°
desde que sen = sen (nn) = O.
Para n = 0,
1 1 JT!2
(1.31)
- ao = - E (t) dt = O
2 T
-T/2
bn = 2T i T2
/
-T /2
E(i) sen (nwot) di .
=-2
T
[1 0
-V2
- sen (nwot) dt + lT/2
o
sen (nwot) dt ] .
= _2_{[1-COs(-nTT)l-[cos (nTT)-lJ}
nWoT .
2
= -.(1 - cos nTT).
nTT (1.32)
10 SI!RIE DE FOURIER CAP. 1
Então
L ;;sen núJot
00
4 1
f(t) = -;;
n=,linpar
f (t)
"'--PROBLEMA 1.11 Desenvolva em série de Fourier a função cuja forma de onda
está indicada na Fig. 1.3.
1 Solução: A função f(t) pode ser expressa analiticamente como:
4t T
1+-, -- <t<O
2 -
f(t) = T (1.35)
4t
{ 1--, T
O<t<-.
T - 2
Fig. 1.3 Forma de onda do Probi. 1.11:
-1 ao = -
1 lT/2
f(t) dt = O. (1.36)
2 T -T/2
De (1.27) e de (1.35),
an = -
2 lT/2 f(t) cos (núJot) dt
T -T/2
an = -1 (-
8
T2
o
T/2
T) cos [núJ (-T)](-dT)
o
- -
T2
8 lT/2
o
t cos (núJot) dt
= -8
T
2
1T/2 0
T cos (núJoT) dT - -8
r
lT/2
o
t cos (núJot) dt
= - -
8 lT/2 T cos (nco , T) â : - -
8 lT'2 t cos (núJot) dt
T2 o T2 o
= - -16
T2
i o
T2
/ t cos (núJot) dto
1.4 DETERMINAÇAO DOS COEFICIENTES DE FOURIER 11
TI2
l
o
TI2
t cos (nwoO dt =-
1
nwo
t sen (nwoO
I
o
__ 1_ITI2
nwo
o sen (nwoO dt
1
(n217/T)2 (cos n17 - 1).
Então,
16 1
a =- - (cos n17 - 1)
n T2 (n217/T)2
(1.37)
Como cos me = (- 1 r.
O, n par
an = 8 (1.38)
{ -r-r-r-Ór n Ímpar.
n2172
2 lTI2
bn = T f(t) sen (nwot). dt
-T12
=-
2 lTI2 2
sen (nwoO dt + -
{O 4
- t sen (nwot) dt
.
T -T12 T -T12
T
+ -2
T
i o
TI2
- -4 t sen (nwo t) dt
T
=-
8
T2
50 . (-T)sen[nw (-T)] (-dT)--
o
8 ITI2
T2
o tsen(nwot)dt
Til
= -
8
T2
1 TI 2 r 8 IT I 2
t sen (nwot) dt - - 2
T
t sen (nwot) dt
o o
(1.39)
Então,
~PROBLEMA 1.12 Ache a série de Fourier para a função 1(/) definida por
T
O, -2"<t<O
fCt) = T (1.41)
{ A sen wot, 0< t <"2'
f (t)
T T
2 2
Fig. 1.4 Forma de onda do Probl. 1.12.
Solução: Desde que f(/) = O quando - TI2 < I < O, mediante (1.27) e (1.28)",
ao = -2
T
i o
T2
/
A sen (wot) dt = ---2A (-cos wot)! T2
'Two
/
A
= _ (1 - cos 77)
77
2A
(1.42)
77
= -A
T
i o
T2
/ lsen ((1+ n) wotl + sen [(1- n) wotll,dt. (1.43)
Quando n = I,
a1 = A
T
lT/2
o
sen (2wo t) dt = A '(__ 1_ COS 2wo
T 2wo
t)ITo/
2
= ~[1
477
~ COS (277)]
A .
= - (1-1)
477
(1.44)
Quando n = 2, 3, ....
n T (1+n)wo (1-n)wo b
= ~ {1 - [cos (1 + n) 77] + 1 - cos [(1 - n) 77] 1
277 1+ n 1- n r
Q. n ímpar
=
{
277
A
(__+2 n +__2)n
1 1-
__
-
2A
(n - 1) (n + 1) 77'
n par. (1.45)
Anàlogamente,
A lT/2 (1.46)
=- \cos [(1 - n) wot] - cos [(1 + n) wotll dt.
T o
1.5 APROXIMAÇAO POR S~RIE DE' FOURIER FINITA 13
Quando n == 1,
b
n
~ ~ {sen [(1 -:-.n) Ú>otl _ seu [(1 + n) Ú>ot1 }IT /2
T (l-n)ú>o (l+n)ú>o o
Então,
A A
f(t)=-+-senú> t....,-2A( -, 1 cos2wot+-cús4ú>
1 t+···. ) (1.49)
77 '} o 77 1. 3 3. 5 o '
e Jne + e -/n e
cosnO=----~--- (1.51)
2
eJne_e-/ne
sen nO=----- (1.52)
2j
Então,
senSt = (e
Jt
-
2j
e-it)S = _l_(e/St
32j
_ 5eJ3t + 10eJt _ 10e-Jt + 5e-J3t _ e-1St)
5 5 1
=- sen t - -- sen 3t + -- sen 5t. (1.53)
8 16 16
Seja
(1.54)
a soma dos primeiros (2k + 1) termos de uma série de Fourier que representa
f(t) em -T/2 < t < T/2.
Quando f(t) é representada aproximadamente por S",(t), isto é,
, k
f(t) = a
2
0
+ L: (an cos nWot + b« sen nWot) + 8k(t), (1.55)
n-1
14 S~RIE DE FOURIER CAPo 1
e ek(t) é o êrro ou diferença entre f(t) e seu valor aproximado, então o êrro médio
quadrático E; é definido por
Ele =T
I fT'2 [eJ.(t)]2 dt = T
1 fT'2 [f(t) - Sk(t)]2 dto (1.57)
-T12 -T/2
PROBLEMA 1.14 Mostre 'que, dada uma aproximação de uma função f(t) por
uma série finita de Fourier Sk(t), esta aproximação tem a propriedade de possuir
um êrro quadrático mínimo.
Solução: Substituindo (1.54) em (1.57),
(1.58)
st:
aa k =- T1 1 TI 2 [
l(t) - i:-
a
L (a k
n cos nWot + bn sen nwot) ]
dt, (1.59)
o -T/2 n=l
aE
aa k = - T2 L(T/2 [k
l(t) - a; - L (a n cos nWot + bn sen nwot) ~ cos (nwot) dt ,
n -T/2 n=l (1.60)
aE
abk =-
2
T L(TI 2 [
l(t) -
a
; - L (ak
n cos nWot + bn sen nwot)
]
sen (nwot) dt .
n -T/2 n=l (1.61)
ez
_k
a
= ...E.. _ _1 {T12 l(t) dt = O, (1.62)
aao 2 T -T 12
se
__ k = an -
2
-
[T12
l(t) cos (nwot) dt = O, (1.63)
aan T -T12
st:
__
ab n
k = bn - 21
-
T
T/2
-T 12
l(t) sen (nwot) dt = O. (1.64)
I fT'2 2 1 te
s, = T -T12 [f(t)]2 dt - ~ - '2 ];1 (a~ + b~). (1.65)
1.5 APROXIMAÇAO POR S~RIE DE FOURIER FINITA 15
Solução: De (1.57),
Ek = -1 [T/2
(f(t) - Sk (t))2 dt
T -T/2
(1.66)
Portanto,
-i
2
T
T/2
f(t) Sk (t) dt =-
2
ao
T 2
fT/2 2 k
f(t) dt + - '\'
TL·
an
i T2
/
f(t) cos (nwot) dt
-T/2 -T/2 n=1 -T/2
•k (T
T L bn L
2 /2 .
+ f(t) sen (nwot) dto
n=1 -T/2
~i T /2
-T/2
f(t) Sk(t) dt
a2
= ; + L (a
n=1
k
n
2
+ bn)·
2 (1.67)
1
T. lT / 2
[Sk (t))2 dt = T
1 JT /2 [
a; + Lk (a n cos nWot + bn sen nwot)
] 2
dt
-T/2 -T/2 n=1
ao
=-+-
4 2
2 1
L( k
a n2 +b2)n i» (1.68)
n=1
--- -
Substituindo-se (1.67) e (1.68) em (1.66), temos
e, =
1
T
lT/2 [I(t))2 dt - a; -
2
L (a; + b;) + a;
k 2
+"2
1
L (a; + b;)
k
=-
1
T
i T2
/
[I(t))2 dt - ao2 __ 1 '\'k
4 2L
(a2 + b2)
n n'
-T/2 n=1
(1.69)
e, = 1
T
lT/2 (f(t) - Sk(t))2 dt 2. O. (1. 70)
-T/2
2
-
T
I T2
..
/ 2
(f(t)P dt 2. ao + '\' (a; + b;).
2 L
k
(1. 71)
-T /2 n= 1
16 S~RIE DE FOURIER CAPo 1
o teorema de Parseval afirma que se ao,an e bn, para n = 1,2,3, ... , forem
os coeficientes de um desenvolvimento em série de Fourier de uma função periódica
f(t) de período T, então
T'2 2
f
a>
(1. 73)
De acôrdo com (1.70) e (1.73), a seqüência {Ek} contém somente têrmos não nega-
tivos e é não crescente. A seqüência então converge. Além disto, em vista de (1.56),
lim êk(t)=f(t)- limSk(t)=O. (1.74)
k~oo k~oo
Então,
-
1
T
i T/2
[f(t)Fdt=.~+-"
a2
4
1 00
2 L... (a;+b;).
-T/2 n=1
f -T/2
If(l) I dt = finita < oo ,
.
(1.76)
fel)
1 . .
'2 [f(ll -) + f(11 + n, (1.77)
TI 2
r
00
~ a~ + "
2 ~
(a; + b;) s~
T J_ .
[l(t)F dto
n=l -T12
Tf2 ITf2
lim
n-r+ee J -Tf2
f(t) cos (núJot) at = lim
n-r+ec -Tf2
f(t) sen (núJot) dt = O. (1.79)
Solução: Desde que f(t) é absolutamente integravel sôbre [- T12, Tf2], seus
coeficientes de Fourier a.; e b; existem. Em vista de (1.78), (1.79) decorre da defi-
nição dos coeficientes de Fourier, isto é,
lim
n->oo
an
{b
lim -
n->OO T
2 i T 12
l(t)
{cos
.(
(nwot)
dt = O.
n -T 12 sen nwot)
Então,
T /2 {cos (nwot)-
lim
J -T/2
l(t)
sen (nwot)
dt = O.
multiplica os coeficientes a.; e b.; por + nco.: Então, a diferenciação tende a ate-
18 S~RIE DE FOURIER CAP. 1
nuar a' convergência e pode resultar em divergência. Por outro lado an e b; são
divididos por t nou e o resultado é uma série cuja convergência fica aumentada.
f(t) =
a
-2
0
+ L:'"(~cos
n_l
nWot + h,. sen nWot)
L: noi; (-
cc
j'(t) =
n_l
a" sennwot + b; cos nWot). (1.81)
onde
CXn= - 21
T
TI2
-T12
f'(t) cos (nC:Uot).dt,
f3n = - 21
T
TI2
-T12
f'(t) sen (nc:uot) dto (1.84)
-T12
+ nc:uo i T
!2
-T12
f(t) sên (nC:Uot) dt ]
(1.85)
I2
f3n = -2
T
[ (sen nC:Uot)f(t) jTI2
-T12
- nc:uo
L T
-T12
f(t) cos (nc:uoO dt
]
= - nc:uo an
(1.86)
L
00
a qual pode ser obtida da série de Fourier de f(t), derivando-se têrmo a têrmo.
(A diferenciação de uma função que tenha descontinuidades de salto será discutida
na Seç. 2.5.) .
PROBLEMA 1.21 Seja f(t) secionalmente contínua para - TI2 < t < TI2 e
f(t +
T) = f(t). Mostre que a série de Fourier
f(t) = -2 ao +
I
~-l
L:'" (a n cos ncoa + b; sen nwot) (1.87)
1.7 DIFERENCIAÇAO E INTEGRAÇAO DA S~RIE DE FOURIER 19
~f(t) dt =
1
-2 (t2 - + 2:- --1 [- b (cos cos
f I
1
00
.
ft)
n-·l nwo
n nWoh -
.
nWoft)
(1.88)
(1.89)
(1.90)
1
L (an
00
Então, para n ~ I,
2 [T12
(Xn =- F(t) cos (nwot) dt
T -T12
= - --
2 lTI2
[l(t)
1
- - ao] seu (nwot) dt
nWoT -T12 2 .
(1.92)
f3n = -
2 [T12
F(t) sen (nwot) dt
T -T12
(1.93)
Então,
(1.94)
20 S~RIE DE FOURIER CAPo 1
Mas,
F(t2) - FCt) = J t
2
tI
f('r) dT- ~ao (t2 - tI)' (1. 95)
Então,
+ an (sennwot2 - sen,nwot1)]
a qual pode ser obtida da série de Fourier de f(t), .pela integração têrmo a têrmo .
.PROBLEMA 1.22 Mostre que a integral de' uma função periódica cujo valor
médio difere de zero não é uma função periódica.
PROBLEMA 1.23 . Seja f(t) contínua e f'(t) secionalmente contínua em ~ Tj2 <
< t < T12. Multiplique
. 1
L: ta; cos ncoet + b; sen nOJot)
cc
f(t) = -2 ao + n=1
(1.97)
T
1 f Tf2·
[f(t)]2 dt = 4 ao + 2
1 2 1
L: (aec
n
2
+ b~. (1.98)
-T/2 . n-1
l T/2
. .. [ECt)F dt =
1
2" ao
lT/2
f(t) dt + L 00 [
an L
(T/2
f(i) cos (nwoi) dt
-T/2 -T/2 n=1 -T/2
+ bn
l T/2
-T /2
f(t) sen (nwot) dt
]
(1. 99)
Então,
1
-
T
i T /2
[E(i)F dt =-
4
1
a; 1
+ - \' (a; + b;).
2 L
00
-T/2 n=1
I):}T
1.8 PROBLEMAS SUPLEMENTARES 21
PROBLEMA 1.25 Mostre que a função f(t) = constante é uma função periódica
de período T para qualquer valor positivo de T.
l(t)
PROBLEMA 1.26 Se f(t) fôr uma função de t com período T, mostre que f(at)
para a #- O é uma função periódica de t com período T]a.
+ f-
PROBLEMA 1.27 Se fel) fôr uma função periódica de t com período Te inte-
h (t) ~ ~
T
f T/2
-T /2
f(t - T)g(T)dT
.
l(t)
_ 77'2
PROBLEMA 1.29 Ache a série de Fourier para a função f(t) definida por f(/) = 1
para - n < t < 0, f(t) = O para o < l < t: e f(l 2n) == f(t). (Veja Fig. 1.6). +
Resp.: 1. _1.
2 TT n
f: =1
sen (2n - 1) t
2n-1
Fig. 1.8 Função l( t)' do Probl'.1.31.
PROBLEMA 1.30 Ache a série de Fourier da função definida por f(t) = l para lU)
o intervalo (-n, n) e f(t 2n) = fel). +
(Veja Fig. 1.7)..
bc
Resp: 2 L (-1r-
1
sen nt .
n=l
~~~"
-2TT -TT O TT 217
PROBLEMA 1.31 Ache a série de Fourier para a função f(t) definida por fel) =t
para o intervalo (-n, n) e f(t 2n) = fel). (Veja Fig. 1.8). + Fig. '1.9 Função l(t) do Prob.1. 1.32.
Resp.: -
1 2 + 4 [00
TT
(_l)n
-- cos ttt .
3 n = 1
n2 l(t)
PROBLEMA 1.32 Ache a série de Fourier para a função fel) definida por f(t) =e l
Resp.:
2 senh
TT
TT [I 2
+ ~
l-;;\
(_1)n (cos
1 + n2
nt _ n sen nn] .
PROBLEMA 1.33 Ache a série de Fourier para a função fel) = 1 A sen coolI. Fig.. 1.10 função l (t) do Probl.1.33.
(Veja Fig. 1.10).
22 SIliRIE DE FOURIER CAPo 1
00
2A 4A
Resp.: -+-
17 17
n=
[ 1
PROBLEMA 1.35 Desenvolva f(t) = e" cos t cos (r sen t) em série de Fourier.
[Sugestão: Use a série de potências para ez quando z = reit].
Resp.: 1+
n=
L 00
1
T
n!
n
cos nt.
Resp.:
2 n~1
5 [< - 1)n-1
n sen nt ,
]
Es = 0,363.
~1 ~2 = 1 + ii + + 116 + ... = ~2 •
L
00
Resp.: n2f8.
J
1.8 PROBLEMAS SUPLEMENTARES 23
PROBLEMA 1.42 Se f(t) fôr uma função periódica integrável com período T,
mostre que
1..1
T o
T
l(t)(K
2
- t)dt =
n
t ~,
=1 núJo
OQ
e
L n16 -
n=1
9~~ .
f" 1 772
h (2n_1)2
l
="8 .
[Sugestão: Use o resultado do Probl. 1.10].
L c., CPn(t)
OQ
b I a J. b
[f (I) - fk(t)]2 dt é um
mínimo.
2 ANALISE DAS
,
,
FORMAS,
ONDULATORIAS PERIODICAS
Vimos no Capo 1 que qualquer função periódica f(t) com período T que satis-
faça às condições de Dirichlet, isto é, a função f(t) seja secionalmente contínua e
integrável em qualquer intervalo, pode ser representada em têrmos de uma série
de Fourier .
1
+ J;l (a
cc
onde Wo = 2njT.
Neste capítulo discutiremos o· efeito da simetria ondulatória numa série de
Fourier, e o emprêgo dos impulsos para o cálculo das séries de Fourier de algumas
ondas. .
o PROBLEMA 2.1 Mostre que o produto de duas funções pares .ou ímpares é uma
(a) e
função par, e que o produto de uma função par uma função ímpar é uma função
ímpar. .
f(t)
Solução: Seja f(t) = f1(t) f2(t). Se fl(t) e h(t) forem funções pares, então
u- t) = I, (- t)f2 (- O = I, (t)f2 (t) = «»,
e se f1(t) e f2(t) forem funções ímpares, então
1(- O = I, (- tH (- t) == - I, (t) [- 12(t)] = I, (t)f2 (t) = I (t).
Isto prova que f(t) é uma função par.
(b) Anàlogamente, se fl(t) fôr uma função par e h(t) ímpar, então
1(- O =, I, (- t) 12(- t) = I, (t) [- 12(O] = - I, (t)f2 (t) = - I(t);
Fig. 2.1 (a) Função par.
(b) Função ímpar. Isto prova que f(t) é uma função ímpar.
2.1 SIMETRIA ONDULATORIA 25
PROBLEMA 2.2 Mostre que qualquer função fel) pode ser expressa como a soma
deduas funções componentes, das quais uma é par e a outra é. ímpar.
Seja
1
2[f(t) + f(-t)] = fl'(t), (2.5)
1
2[f(t) - f(-t)] = fi (t). (2.6)
Entâo,
Portanto,
___ t<=-.,
ondeh(t) e /;.(t) representam as componentes par e ímpar de f(t), respectivamente.
Conforme as definições de função par e função ímpar, dadas por (2.2) e (2.3), segue
que
(o)
f(- t) = f" (t) - li (r). (2.8)
1
--=~=--~_. (b)
t
fi (t) = 2 [f(t) - f(- t)].
--=+ .,
[i (t)
PROBLEMA 2.3 Ache as componentes par e ímpar da função definida pela [Fig.
2.2(a)] :
-I
t> O
f(t) = e, (c)
(2.9)
{
O, t < O. Fig. 2.2 (a) A função f(t) do ~robJ. 2.3(b)
A componente' par da Fig. 2.2 (a).
Solução: De (2.9), temos (c) A componente ím.par da Fig. 2.2(a).
O, t> O
f (- t) = (2.10)
{
e', t < O.
Portanto, de (2.5) e (2.6),
26 ANÁLISE DAS FORMAS ONDULATÓRIAS PERiÓDICAS CAPo 2
I t> O
2"e-t,
f p(t) = ~ [f(t) + «: t)] = .
(2.11)
{ 1 t
2"e. t <O ,
~e-t, t>O
f (t) = !..[f(t) _ f(-t)] = 2
, 2 (2.12)
1 {
- - et t < O.
2 '
As componentes par e ímpar de f(t) são representadas nas Figs. 2.2(b-c).
f a f(t) dt
-a
= 2 faf(t)
O
dto (2.13)
1: f(tr dt = 1: f(t) dt + i B
f(t) dto
1-B
f(t)
0 dt = 1 B
0
f(-x) (-dx) = 1 o
B
f(-x) dx,
l B
Isto é válido, porque podemos usar qualquer símbolo para a variável de integração.
Então,
ia f{t) dt =
-B
1 O
B
f(t) dt + 1 O
a
f(t) dt = 2 1
C
a
f(t) dto
L /«()
a
dt = O, (2.14)
l(t)
f(O) = O. (2.15)
:' T
_.
I,
I '
:I
'T
I
t
•
1: L: f(t) dt = f(t) dt + ia f(t) dt
2~ 2~
= ia f(- t) dt + ia f(t) dto
i-a
a l(t) dt = - (a I(l) dt Ia I(t) dt
Jo
+
O
= O.
Emparticular
1(-0) = -1(0);
portanto,
1(0) = o.
Se uma função f(t) fôr periódica de período T, então dizemos que a função f(t)
temsimetria de meia-onda quando a mesma satisfaz à condição
(b)
A Fig. 2.3 mostra uma forma de onda com simetria de meia-onda. Observamos
quea parte negativa da onda é a imagem, num espelho, da parte positiva deslocada Fig. 2.4 (a) Simetria de quarto de onda pl
horizontalmente de um semiperíodo. (b) Simetria de quarto de onda ímpar.
PROBLEMA 2.6 Se uma função periódica j'(r) tiver simetria de meia-onda, mostre
que
1(t)=-/(t+}T).
Vistoque f(/) é periódica com período T,
I (t - .} T) = I (t + T - } T) = I (t + } T) .
f (I)
Portanto,
I(t) =- I (t + } T) =- I (t - } T).
2.1c Simetria de Quarto de Onda
Se uma função f(/) tiver simetria de meia-onda, e além disto, fôr par ou ímpar,
dizemosque f(t) tem simetria de quarto de onda par ou ímpar, respectivamente. A
Fig.2.4 mostra formas de onda com simetria de quarto de onda.
PROBLEMA 2.7 Na Fig. 2.5(a), mostre que, se construirmos uma nova função, (b)
subtraindo uma constante Aj2 de f(t), obteremos uma função ímpar.
Fig. 2.5 (a) Simetria oculta.
Solução: A subtração de uma constante Af2 de f(/) simplesmente desloca o eixo (b ) Simetria ímpar.
horizontal para cima, de uma distância Af2. Como se vê na Fig. 2.5(b), é óbvio que
a nova função g(t) = f(t) - A/2 é uma função Ímpar.
28 ANÁLISE DAS FORMAS ONDULATÓRIAS PERiÓDICAS CAP. 2
PROBLEMA 2.8 Se f(t) fôr uma função periódica par com período T, mostre que
sua série de Fourier consiste somente em uma constante e de têrmos em co-senos,
isto é,
f(t) =
1
-2 ao + n-l
I:
'"
a; cos nOJot, (2.18)
onde
21t
OJo = T'
e a; é dado por
1
L
00
an = -
2 [T12
f(t) cos (nwot) dt, n = O, 1, 2, ... ,
T -T12
bn = 21
T
TI2
-T 12
f(t) sen (nwot) dt, n = 1,> 2, •...
Visto que sen nOJot é ímpar e f(t) é par, o produto f(t) sen ncos: é uma função ímpar.
Portanto, conforme (2.14),
b; =0.
Além disto, desde que cos nOJot é uma função par, o produto f(t) cos nOJot é uma
função par. Portanto, de (2.13), vem:
4 {T12
an = - f(t) cos (nwot) dto
T o
PROBLEMA 2.9 Se f(t) fôr uma função periódica ímpar de período T, mostre que
sua série de Fourier consta somente de têrmos em senos, isto é,
'"
(t) = E s; sen nOJot, (2.20)
n-!
onde
21t
OJo = T'
e b« é dado por
2.2 COEFICIENTES DE FOURIER PARA AS FORMAS DE ONDAS SIM~TRICAS 29
b; = 'T
4 fT'2o f(l) sen (nwot) dto (2.21)
Solução: Visto que f(t) é uma função ímpar, o produto f(t) cos ncos: é uma função
ímpar,e o produto f(t) sen nWot é uma função par. Portanto, conforme (2.13) e
(2.14),
4 lT/2
bn == - f(t) sen (núlot) dto
T o
an == -
2
T
i T
/2-
. l(t) cos (núlot) dt
.
-T/2
== - 2
T
[1 -T/2
0
f(t) cos (núlot) dt + lT2
/
o
l(t) cos (núlot)
+ i T2
/ l(t) cos (núlot) dt}. (2.22)
an == -2
T o
i T2
/ [- . f(t) cos (núlot) cos ntt + I (t) cos (núlot)] dt
2
~-[1 - (_I)n] lT/2 l(t) cos (núlot) dt
T o
para n par
== {~
T
lT/2o l(t) cos (núlot) dt para n ímpar.
,2.23)
O . para n par
bn ==
{
4
T 1 T /2
f(t) sen (nwot) dt para n ímpar.
(2.24)
onde
2lt
Wo = T'
8 fT/4'
a2n-l = T f(t) cos [(2n - 1) wot] dto (2.26)
o
a2n-1 =4
-
T
io
T2
/ f(t) cos [(2n - 1) wotJ dt
=
4
T
{(TJ /4 f(l) cos [(2n - 1) wotJ dt
o
. T/2 }
+ ( f(t) cos [(2n - 1) wotJ dt . (2.28)
J T/4
a2n-1 = T4 {lT/4
o f(t) cos [(2n - 1) wotJ dt
(2.29)
a2n-1 =~ {lT/4 f(t) cos[(7.n -1)wot] dt + i:/4 f(t) cos [(2n - 1) wotJ dt}
= 4T i T4
-T /4
/ f(t) cos [(2n - 1) wotJ dto (2.30
Como f(- t) = f(t) e f(t) cos [(2n - l)wot] é par, obtemos de (2.13).
a2n-1 = -8
T
io
T4
/ f(t) cos [(2n -1)wot]dt.
2:
ec
onde
2n
(00 =r'
b2n-1 8
=T
,
I T4
o
/
f(t) sen [(2n - 1) (Oot] dto (2.32)
a
n -
- O} para todo n, incluindo ao, (2.33)
b2n = °
b2n-1 = -4
T
L o
T2
/ f(t) sen [(2n - 1) wotJ dto (2.34)
b2n-1 8
=-
T
L o
T4
/ f(t) sen[(2n-l) wotJ dto f (t)
o4lROBLEMA 2.13 Ache a série de Fourier para a função f(t) do tipo onda qua- --, l-
drada mostrada na Fig. 2.6. I
I
I
I <t
I
a2n-l =-
8 lT/4 I(t) cos [(2n - 1) wotJ dt
T o
=- 81 T
T4
o
/ co s [(2n - 1) wotJ dt
8
=---:-:---sen[(2n
(2n - 1) woT
- 1) wotJ I TO/4
{ -4
para (2n - 1) = 3,7, .... (2.37)
(2n - 1) 17
32 ANÁLISE DAS FORMAS ONDULATORIAS PERIODICAS CAP. 2
Então,
i(t) = -4
17
(cos wot - -1 cos 3wot + ...:...
3
1 cos Swot - ..•.
5
j (2.38)
I, PROBLEMA 2.14 Ache a série de Fourier para a função l(t) onda quadrada,
f (I) mostrada na Fig. 2.7.
,,
I
,, I
I
I
, •. i(-t) = -i(t),
TI + I
T
-
'T
1- :T
--I
,
I-l
I I
21 4 4 !2
i(t+~T) =-i(t),
Lb
00
217
i(t) = 2n-1 sen [(2n - 1) wot], 'W =- (2.39)
o T '
n= 1
b2n-1 = -
8jT/4 i(t) sen[(2n - 1) wotl dt
T (
= -
8
T o
i T4
/
sen [(2n - 1) wotl dt.
= (2n-
-8 .
1) woT cos [(2il- 1) wotl o
IT/4
= 4
(2n - 1) 17
{I _ cos r(2n _ 1)
l !:.]}
2
4
f (I)' (2.40)
= (2n - 1) -;;.
Portanto,
i(t) = -4 (..
sen wJf + '-1 sen 3wot + -1 sen Swot + ..•.) (2.41)
17 3 5
Note que êste resultado é idêntico ao do Probl. 1.10.
-'T o T
(o)
Pelos Probls. 2.13 e 2.14, notamos que para adequadas escolhas da origem, isto
é, mediante deslocamentos na abscissa tempo, podemos desenvolver a função tanto
g (I) em série de co-senos como em série de senos. A .origem pode, certamente, ser esco-
'lhida em outro ponto, resultando uma série -em senos e co-senos,
PROBLEMA 2.15 Ache a série de Fourier para a função mostrada na Fig. 2.8(a).
-~--!-~.-f7-~-+~.--_ t Solução: Como mostra a Fig. 2.8(b), a função g(t) 7= [f(t) -l] é uma função
ímpar; então,
Lb
00
(I:!) (2.42)
g(t) = n sen nwot,
Fig. 2.8 Ia) Função f(t) do Probl. 2.15. n=l
(b) A componente Impar de f(t)
da Flg. 2.8(a).
bn = T' 21 T2
/ .
-T/2
g (r) sen (nwot) dt. (2.43)
2.3 DESENVOLVIMENTO DE FOURIER DE UMA FUNÇAO EM UM INTERVALO FINITO 33
bn = -4
T
io
T2
/ g (r) sen (nwot) dt, (2.44)
Mas,
1 1
g(t) = -- - t para O < t < T.
2 T.
Então,
b
n
4
T
io
T2
/ (_1 __1 t)
2 T
sen (nwot) dt.
b
n
=~
T
L(~_
l 2 ~
T
t) 1
nTT
(2.45)
Logo,
1
f(t) = 2+ g(t)
1 1 00 1
= -+ - ~ -Isen nWot
2 TT L n
n= 1
= -1 +
2
-1 ~
TT
'sen wot + -1 sen 2wot + -1 sen 3wot + .
2 3
. ). (2.46)
f (t)
PROBLEMA 2.16 Usando o resultado do Probl. 2.15, ache a série de Fourier
para a função mostrada na Fig. 2.9(a).
1 1 1
fi (t) = 1- f(l) = 2+ -; L ;-
00
f(t) = 1- fi (t)
fi (t)=l-f(l)
1 1 1
= 1- 2 - -; L ;-sen nWot
00
n= 1
1
= --"-
2
1 11
,sen wot + - 8en 2wot + - sen oWot + .
TT ( 2 3
. ). (2.48)
o T
(b)
2.3 Desenvolvimento de Fourier de uma Função em um Fig. 2.9 (a) Função f(t) do Probl.2.1.6.
Intervalo Finito (b) Função f,(I) do Prob.l.2.16.
Uma função não periódicaf(t) definida em um certo intervalo finito (0,1') pode
ser desenvolvida numa série de Fourier que seja definida somente no intervalo (O, 1').
Podemos desenvolver f(t) em uma série de Fourier com qualquer freqüência funda-
34 ANÁLISE DAS FORMAS ONDULATORIAS PERIOOICAS CAP. 2
mental desejada. Além disto, fel) pode ser representada somente por têrmos em
senos ou co-senos, Podemos fazer isto, construindo uma função periódica adequa-
da que seja idêntica a f(t) no intervalo (O, r), e que, satisfazendo às condições de si-
metria, conduza à forma desejada da série de Fourier. Isto se acha ilustrado na
Fig. 2.10
~_l~~.
(a)
T
_.1
(b)
,
".
"
,
(e)
T
"
" T=2T
(d) (e)
Sejaf(t) com período T = 2r. Sef(t) fôr par, então de (2.18) e (2.19) obtemos
a série de Fourier de co-senos
1 cc nn
f(t) = -2 ao + L
n=l
a; cos -
r
t (2.49)
com coeficientes
a" = t2 fr o f(t)cos
(mr7 t ) dto (2.50)
Se f(t) fôr Ímpar, então de (2.20) e (2.21) temos a série de Fourier de senos
ntt
L b; sen
cc
f(t) = - t (2.51)
,,=1 r
com
(2.52)
2.3 DESENVOLVIMENTO DE FOURIER DE UMA FUNÇAO EM UM INTERVALO FINITO 35
Ambas as séries (2.49) e (2.51) representarr a mesma função dada I(t) no intervalo
(O,r), Fora dêste intervalo, a série (L.49) representa a extensão periódica par de
I(t) tendo período T = 2. [Fig. 2.1O(b)], e (2.51) representa a extensão periódica
ímpar de I(t) com período T = 2. [Fig. 2. 19(c)]. As séries (2.49) e (2.51) com coe-
ficientes dados por (2.50) e (2.52) são chamadas expansões em metade do domínio
da função f(t) dada.
desenvolva I(t) em uma série de Fourier de co-senos e faça o gráfico da correspon- Fig. 2.11 A função f(t) do Probl.2.17.
dente extensão periódica de I(t).
Solução: O gráfico da extensão periódica par de J;,(t) está representado na Fig. 2.12.
Para a extensão par de I(t),
1(
n = 1, 2, ..
De (2.50), vem
, a
n = ~ r 1T f(t) cos (nr) dt = ~]1T cos (nr) dt
17 Jo 17 1T/2
r-------1 -,------:
=-
2 sennt 11T
: : ~ I
2 n17 2 2
=--sen-; (2.54)
n17 2 Fig. 2.12 Extensão periódica par de f (I)
da Fig. 2.11.
isto é,
O, n par (n ~ O)
2 ..
'8n = --, n = 1, 5, .
n17
2
-', n = 3, 7, .
n17
Para n = O,
a=- 2
o 17
i 1T/2
1T
dt=1. (2.55)
Portanto, .---.
I
I
'
'
,--,
,
, , ,
lp(t) 1
= -- -2( cos t - -1 cos 3t + -1 cos 5t - ... ) (2.56) I I
I 7T :--;- O
! '
1T'
2 17 3 5 • 1-- I
2 I
:!...---_: '2 ~--_..!
-1
para O < t < tt.
Fig. 2.13 Extensão periódica fmpar de f(l)
da Fig. 2.11.
PROBLEMA 2.18 Desenvolva I(t) de (2.53) em uma série de Fourier de senos e
faça o correspondente gráfico da extensão periódica de 1(1).
Solução: O gráfico da extensão periódica ímpar de fi(t) vem representado na Fig. 2.13.
36 ANÁLISE DAS FORMAS ONDULATORIAS PERIOOICAS CAPo 2
De (2.52), vem
=_
21'"
11 '"/2
sen (nr) dt
= -
2
-cos nt \ tt
n 11 '"/2
isto é,
2
-r--r-r n=1,3,5;';'
n11
4
bn = --, n = 2,6,10," .. '
n11
O, Jl = 4,8,12,
Conseq üentemente,
l(t)
f. (t) = -2 (sen t + -'sen
1 1
3t + -sen 5t + ... )
'11 3 5,
, I
I
an = O, n = 0,1,2,' ...
-1 I 21
, I
2
,
,I
I De (2.52), vem
= -2
I
[2kll!
-,
I o
2 t sen (n11)
- t
I
dt + -2k
1
II 1/2
(l - t) sen (n11)
---.:.t
1
dt ] . (2.60)
2.4 FUNÇAO IMPULSO 37
(n-1- t (n-t
1
o
1/2
t sen
tr ) 1t
dt = --cos-t
nrr
n tr
1
l
I! 2
o
+-
1
tt tt
li!
o
2
cos
1
tt )
dt
12 1 12 1
= - --cos -nrr + --2 2 sen -n rr. (2.61)
2n tr 2 n rr 2
Anàlogamente,
f i
i!2
(1- t) sen (nrr
1
t) dt = ~cos
2n tt
.!:.nrr + ~!sen.!:.nrr.
2 n2rr2 2
(2.62) .
8k 1
b = -- sen - n rr (2.63)
n n2rr2 . 2 .
Portanto,
8k ( tr 1 tr
f (t) = - 2 sen- t - - 2 sen 3 - t + -1 sen 5 -tr t - .... ) (2.64)
rr 1 3 1 52 1
.A função impulso unitário c5(t), conhecida também como função delta, pode ser
definidade vários modos. Usualmente ela é expressa pela relação
se t -:F 0,
se t = 0, (2.65)
A Eq. (2.65). indica que c5(t) é zero, exceto em t = 0, onde ela se torna infinita,
demodo que (2.66) seja satisfeita.
. A função delta pode ser definida, também. somente em têrmos das propriedades
desua integral. Esta será a definição que usaremos. No que se segue, c5(t) será
definidano sentido ~a chamada função generalizada (ou simbólica).
Assim sendo, seja a função cjJ(t) (chamada função teste) contínua e idêntica-
mentenula fora de certo intervalo finito. Então, a função delta é definida como
umafunção simbólica pela relação
f'"
_ cc J(at) 4>(t) 'dt
.
= Vi1 f'"_ J(t) 4>( -;;t
cc
)
dt = ~1 4>(0). (2.69)
•• (00 O(t)CP(.!.-)dt=~cp(!.)1
a J- oo a a a t=O
1
=~cp(O);
se a < O,
1 -00
00
o (at) cp(t) dt =:;1 i-
00
oo
O(T)cp (T)-;; dT
= _~ i~ o(t) cp CO dt
1
= ~ cp(O).
lb s« -
a
to)gCt) dt
pode ser interpretada como segue: Façamos a função 4>(/) tal que
g(t) pãraa<t<b
cp(t)= O (2.71)
{ pãra b < to < a,
então, de (2.68) vem:
r b
I paraa<t<b
cf> (t) = (2.73)
{
O para b < to < a;
1 b o (t - to) dt = 1 00
= 1> (to)
para a < to < b
Vistoque rjJ(t) é uma função teste arbitrária, concluímos que f(t) o(t) = f(O) t5(t).
Dêsteresultado torna-se óbvio que
to(i)=O.
De (2.69), vem
{
OO
-00
o (ai) 1> (t) 1
dt = -;
I I
1> (O) = -;
I I
1 1 -00
00
Então,
1
S(at) = - S(t).
\a\
Fazendo a = - 1 no resultado acima, vem:
1
S.(-t) = - S(t) = S(t);
\-1\
o que mostra que o(t) é uma função par.
onde
o'(t) = d o(t)
dt '
4>'(0) = d4>
dt
I .
I-O
(2.80)
A Eq. (2.79) mostra que o'(t) = d o(t)/dt é uma função generalizada que associa o
valor -4>'(0) a uma função teste 4>(t).
A n-ésima derivada da função delta
n
o(n) (r) = d o(r)
dtn
(2.81)
onde
4>(n)(O) = dn4>~t) I :
dt I~O
é consistente para uma definição ordinária de uma derivada de f(t), se f(t) fôr uma
função ordinária com primeira derivada contínua.
i:
Integrando por partes, vem:
f' (t) cp (t) dt = f (t) cp (t) 1:00 - l~ cp' f (t) (t) dto (2.83)
Recordando que a função teste 4>(t) é tal, que é nula fora do intervalo conside-
rado, isto é, é igual a zero em t = + co,
2.4 FUNÇAO IMPULSO 41
Observar que a derivada I'(t) de uma função generalizada arbitrária f(t) é defi-
nida por (2.82).
PROBLEMA 2.25 Se f(t) fôr uma função continua e diferenciável, mostre que a
regra do produto
[f(/) <5(t)]' = f(/) <5'(t) + j'(t) <5(t) (2.84)
permanece válida.
=i~ o' (t) [I (t) ifJ (t)] dt + i~ [o (t) f' (t)] ifJ (t) dt
Portanto,
[f(t) o (t)] , = l(t) o'(t) + f'(i) o (t).
PROBLEMA 2.27 Mostre que a função <5 é a derivada da função u(t), definida
pela relação:
Solução: De (2.82),
1
-00
00
u'(t) 1> (t) dt = - i oo
o
c/>'(t) dt = - [1> (00) - 1> (O)] = 1> (O),
(2.89)
Conseq üentemente,
u'(t) = du(t) = ô(t). (2.90)
dt .
u (I) A função generalizada (ou simbólica) u(t) definida por (2.88) é conhecida como
função unitária de Heaviside ou função degrau unitário. Ela é, de costume, definida
_11-"1
como (Fig. 2.16)
para t >-0
u(t) = 1~ para t < O.
(2.91)
o
Não é definida em t = O.
Fig. 2.16 Função unitária de
Observe que a derivada da função u(t) é zero para t < O e para I > O.
Heaviside ou função degrau unitário.
PROBLEMA 2.28 Seja fel) uma função secionalmente contínua tendo desconti-
nuidades de saltos aI, a2, ... em ts, 12, ... (Fig. 2.17). Seja f'(l) definida em
qualquer ponto, exceto nos pontos de descontinuidades, supostas em número finito.
Ache a função generalizada de f(t).
onde
I para t > tk
u (t - tk) =
{
O para t < tk•
A função g(t) é, obviamente, contínua em qualquer ponto, e tem, exceto em um nú-
mero finito de pontos, uma derivada igual a f'(l).
Então, a diferenciação de (2.92) dá:
Fig. 2.17 Uma função secionalmente contínua
ten-lo descontinuidades em saltos.
g'(t) = nt) - [ak ô(t - tk) (2.93)
k
(2.94)
2.5 S~RIES DE FOURIER DAS DERIVADAS DE FUNÇOES PERIODICAS DESCONTINUAS 43
!~f~/n(t) <jJ(t) dt = f~
/(t) <jJ(t) dt (2.95)
defunções generalizadas que converge para a função generalizada f(t) pode ser dife-
renciada têrmo a têrmo. Noutras palavras,
k
I'(t) = E fn'(t).
n-l
(2.96)
Neste caso, dizemos que a série converge no sentido das funções generalizadas,
embora no sentido ordinário de convergência, a derivada de uma série convergente
de funções diferenciáveis possa não convergir, em geral. Isto está ilustrado no
Probl. 2.29.
No Probl. 1.20, mostramos que, se f(t) fôr periódica e contínua e dada por
1 '"
f(t) = -2 00 + n-l
E (a; cos nOJot + b; sen nOJot), (2.97)
entãof' (t) é também periódica e pode ser obtida diferenciando (2.97) têrmo a têr-
mo, isto é,
'"
I'(t) = E
n-l
(- nco« On sen nOJot + nOJo b n cos nOJot). (2.98)
1 1 00 1
f (t) = - + - \' - sen nWot -T o T 2T
2 TT L n
n=1
Fig. 2.18 Forma de onda do Probl. 2.29.
(2.99)
44 ANÁLISE DAS FORMAS ONDULATÓRIAS PERIÓDICAS CAP. 2
2
L
00
n217
J'(t) = T cos --to
T
(2.100)
n= 1
Observamos que a série de Fourier (2.1(0) não é uma série convergente no sentido
ordinário, mas podemos dizer que a série (2.100) converge para a função generalí-
zada (2.101) no sentido de uma função generalizada.
J [ L
-T
Fig.. 2.19
o T
1
Trem periódico de
2T
impulsos
Portanto, .
- -T1 + n--...
n~
L: b(t-nT)
'"
•••
co
b(t-nT) = T +T
1
= -.
2
T
2
'"
L:
n-I
cos--
x;.l'" cosn(1)ot,
n2n
T
t. (2.102)
(2.103)
unitários.
onde
2n
(1)0 = T'
'"
bT(t) = L:
n--
so-: nT).G:)
(2.104)
~-----------------------
PROBLEMA 2.30 Deduza a série de Fourier de uma seqüência periódica de im-
pulsos unitários bT(t) mediante aplicação formal de (1.27) e (1.28).
Solução: Suponhamos que
1
L
00
1
- ao
2
=-
1
T
l T
/ 2
°T (t) dt =-
1
T
I T:;2
o (t) dt
1
=-
T'
(2.106)
-T/2 -T/2
an 21
=-
.T
T2
/
-T/2
OT (t) cos (nwot) dt =- 21 T
T2
/
-
-T/2
~(t) cos (nwot) dt = -2
- T
cos nWot I
1=0
2
= T' (2.107)
2,6 CÁLCULO DOS COEFICIENTES DE FOURIER POR DIFERENCIAÇAO 45
bn = 2
-
T
i T2
-T/2
/ BT (r) .sen (ncuot) dt = 2
.
-T L T2
/
-T/2
B (r) 'sen (ncuoO dt
= ~
T
seu ncuot I
. tocO
= O. (2.108)
Portanto,
1 2
L
00 00
211
B(t-nT)=T+TL cosncuot, CUo =-· (2.109)
T
n=-OO n= 1
PROBLEMA 2.31 Ache a série de Fourier da forma de onda da Fig. 2.20(a) por
dferenciação de f(t).
Solução: Seja
1
L
00
1
L
00
2 2 2 2
(o)
Diferenciando têrmo, a.têrmo (2.110) e igualando a (2J1l1l);,temos,:
(2.:112)
Então,
(2.113)
(b)
seu (nw
Td) 2Ad sen - (nTTd)
T
(2.116)
T
(n~od) (n;d)
(2.117)
Visto que o têrmo constante tao se anula por diferenciação, usando (1.23), vem:
1
2" ~o = T
1 lT/2
I(t) dt =
Ad
T· (2.118)
-T/2
Portanto,
(nTTd)
I(t) = Ad + 2Ad f-. sen T coJn 2TT~. (2.119)
r T f:-: (n;d) '\ T 'J
De (2.103), vem
(2.121)
(2.122)
I , (t) T
=
2A.ç:.,L... [( cOS' nWot + nTTd)·
T - cos
(,\nwot - nTTd)]
T
n= 1
=-
4A
T f.
L... sen (nTTd)
T sen (nwot)· (2.123)
n=1
Portanto,
f3n = -
4A
T sen
(nTTd)
T ' (2.124)
2.6 CÁLCULO DOS COEFICIENTES DE FOURIER POR DIFERENCIAÇAO 47
Então,
ZA sen '(nrrd)
--
= -
nrr T
. sen (nrrd)
--
2Ad T
(2.125)
T (n~d)
(2.126)
-T _L -d2 -d, o d, d2 T T
2 2
(o)
t'( t)
- - d2-d,
A
r---
o
---A
'-- d2 -d, '-- '---
(b )
(c)
Fig. 2.21 (a) Forma de onda do Probl. 2.33. (b) Derivada primeira da forma
de onda da Fig. 2.21(a). (c) Função par generalizada t"(tl.~~ tU)
da Fig. 2.21 ( a ) .
1 00
L
00
[Veja Fig. 2.21(b)]. Mas, em virtude da Fig. 2.21 (c), f"(t) é uma função generali-
zada par e
1
r(i) = _A_[_ô(t - d,) + ô(t - d2)1, 0< t < 2" T. (2.130)
d2 - d,
Por conseguinte,
(2.131)
(2.132)
(2.133)
1 1 jT/2 A (2.134)
- ao = - f(t) dt = - (d, + d2).
2 T T
-T/2
Portanto,
00
A AT
f (I) =-
T
(d, + d2) +
tr
2 (
d2 - d,
)
L
n;1
(2.135)
PROBLEMA 2.35 Se uma função f(t) fôr ímpar, prove que If(t) I é par.
PROBLEMA 2.36 Seja uma função f(t) diferenciável no intervalo (- a, a). Mos
tre que sua derivada f'(t) é ímpar quando f(t) é par, e par quando f(t) é ímpar.
2.1 PROBLEMAS SUPLEMENTARES 49
PROBLEMA 2.39 Seja f(t) uma função periódica com período T, definida em
(- T12, T12) e cuja série de Fourier é
00
217
f(t) = ~ + \' (an cos núJo t + bn sen núJo r ), úJo =-.
2 L . T
n=1
Se/p(t) e fi(t) forem as componentes par e ímpar de f(t), mostre que f,,(t) e fi(t) têm
sériesde Fourier
La L
00 00
(_I)n+1
(b) 2 senh
17
17
n=1
L -'---'--::-
00
sen
l+n
2
n nt .
PROBLEMA 2.41 Mostre que o valor médio quadrático de f(t) é igual à soma
dosvalôres médios quadráticos de suas componentes par e ímpar, isto é,
1
T
J TI2
-T12
[f(t W dt = .l
T
jTI2
-T12
[fp(t)f dt + ;
jTI2
-T12
[f;,(t)]
2
dt
mostre que as séries de Fourier de co-senos e de senos de fel) no intervalo (O, Tj2)
são
00 00
00
00 00
Resp.: 112
- '\' 1cos nt, '\' (-1) sen (2n _ 1) t .
16 L n
n =1
~1 (2n _1)2
PROBLEMA 2.48 Seja <p,,(t) = Y(2lr) sen (me/r:) t, onde n = 1,2, .. '. Mostre
que as funções {<Pn(t)} formam um conjunto ortonormaI em (O, r).
PROBLEMA 2.49 Seja f(t) definida sôbre (O, r), Mostre que a série de Fouriei
de f(t) em relação ao conjunto ortonormalf é.jrj} do Probl. 2.48 é a série de Fou.
rier de senos de fel) em (O, r).
[Sugestão: Use o resultado do Probl. 1.45].
n
(c) 8'(-t)=-8'(t), (d) 8 (_t) = (-lt8n(t).
2.7 PROBLEMAS SUPLEMENTARES 51
1
PROBLEMA 2.51 Mostre que bU(t)] = ~ II'(tn) 1 b(t - tn), onde tn são os zeros
de f(t).
[Sugestão: Façaf(t) = r e forme tf;(t') == 4>(t)/II'(t) I.]
PROBLEMA 2.58 Use o resultado do Probl. 2.55 para reduzir a série de Fourier
da onda de senos resultante de retificação de meia-onda, como se mostra na Fig.1.4.
PROBLEMA 2.59 Seja f(t) = h(t) + fi(t), onde h(t) e fi(t) são, respectivamente,
as componentes par e ímpar de f(t), Mostre que
1
T
fT!2
-T!2
l(t)l(t-T)dt= Ti
1 T!2
-T!2
lp(t)lp(t-T)dt+-:r
1 JT!2
-T!2
l,(t)l,.(t-T)dt.
PROBLEMA 2.60 Mostre que, se f(t) fôr uma função contínua e diferenciável,
então
CAPITULO
3 ESPECTROS DE
••
FREQUENCIAS DISCRETOS
A
- 1
+ 1: (a
<X>
f(/) ~ -2 ao
n=!
n cos nOJol + b; sen nOJo/), (3.1)
onde OJo = 2n/T. O co-seno e o seno podem ser expressos em têrmos de exponen-
ciais como
(3.2)
(3.3)
(3.5)
Se fizermos
1
Co =""2 ao, (3.6)
3.2 FORMA COMPLEXA DAS S~RIES DE FOURIER 53
então
a>
a> -a>
= Co +L Cn ein",.,t +L c; ein",.,t
n_l n--l
= L a>
Cn ein",.,t • (3.7)
n_-Q';)
o
Co =-
1
2
ao =-
1
T
f T/2
-T12
f(t) dt, (3.8)
= T1 [fT12
f(t) cos (nOJot) dt - j
fTI2
f(t) sen (nOJot) dt
]
-T12 -T12
= T1 {fT/2
f(t) Ecos (nOJot) - j sen (nOJot)] dt }
-T12
= -1 fTI2
f(t)
.
e-m",.,t dt, . (3.9) .
T -T12
1 1 fTI2 .
C-n = 2' (a; + jbn) = T fel) eJnwJ dto (3.10)
. -T12
Visto que fel) e-jnwJ é periódica com período T, e em virtude de (l.lO), c; pode ser
achado também pela fórmula
c" = -1
T
Io
T
f(t) e-mwJ
. dto (3.13)
Além disto, se
c" I Cn I ei</Jn, c_" = Cn*.= I Cn I «=«,
. (3.14)
então
(3.15)
54 ESPEt:TROS DE FREQU~NCIA5 DISCRETOS CAPo 3
I
Co = 2" ao. (3.17)
PROBLEMA 3.1 Ache a série de Fourier complexa da função onda dente de ser-
ra, f(t) mostrada na Fig. 3.1 e definida por
A
{ (I) I(t) = - t, 0< t < T, I (t + T) = I (r ). (3.18)
T
(3.20)
cn =
.
J --
A
= J --
. A
= --
A
e
jf . (3.21)
n úJo T 277n 277n
co= -1
T
lT o
I(t)dt= -A2
T
lT
o
tdt= 1
-A.
2
(3.22)
Então,
__ A . A [00' 1 jnWot
(3.23a)
I(t) -+J-- -e
2 277 n
n=-oo
00 , TT)
= ~ +.~)' .!.e (j
nWo t+"2 , (3.23b)
2 277 L n
n=-oo
ai
onde I:
n--Q)
I significa que o somatório é feito em relação a inteiros não nulos.
temos
ao = 2 C01 (3.24)
\
(3.27)
Conseqüentemente,
1 00
A A[oo 1 .
= - - - -sennwot
2 11 n
n=l
= - A A(- sen
- - wot + -1..
sen· 2 wot + -1 sen 3 wot + . . .) . (3.28)
2 11 2 3
PROBLEMA 3.3 Ache a série de Fourier complexa da função periódica f(t), re-
sultanteda retificação completa de uma onda senoidál, indicada na Fig. 3.2 e defi-
nida por -1 o 2
-2
f(t)=A::!en11t. O<t<l, f(t+T)=f(t). T=d. (3.29)
Fig. 3.2 Função periódica onda
Solução: Visto que o periodo T = 1, (00 é dada por senoidal retificada.
211
Wo = - = 211; (3.30)
T
então a série complexa de Fourier é dada por
00
(3.31)
n=-oo
= ~
2j
li
o
(e-J'TT(2n-l)t _ e-J'TT(2n+l)t]dt
! (T f(t)dt
T o J
2A (3.33)
tt
Portanto,
00
f(t) = 2 A
--- . 2 A (1-e j27Tt
+-e1 j47Tt
+-e1 j67Tt
+ ... )
tt tr 3 15 35
-- 2 A
tt
(1
-e
3
~j27Tt
+-e
15
1 -j47Tt
+-e 1
35
-j67Tt
+ ... )
2A 4 A (!cos Znt + -.!.. cos 4rrt + -.!.. cos 6rrt +. .). (3.35)
tt tr 3 15 35 I
4A (3.36)
rr(4n2 - 1) ,
bn = -21m(cn] = O. (3.37)
Então,
f(t) = i t ao+
n=l
(an cos nWot + bn sen nwot)
2A 4A
-
-0
L...
1
cos n 2rrt
2
tt tt (4 n - 1)
n=l
tt
4--A
T1
(1
-cos
3
1
Zn t + ~ cos 4rrt + -
15
1
35
cos 6rrt + . .} (3.38)
3,3 ORTOGONALIDADE DAS FUNÇOES S~RIES DE FOURIER COMPLEXAS 57
A ortogonalidade das funções seno e co-seno foi derponstrada na Seç, 1.3. En-
lletanto,para funções que assumem valôres complexos, o conceito de ortogonali-
dade tem que ser ligeiramente modificado. Diremos que o conjunto de funções
complexas{f,.(t)} é ortogonal no intervalo a.< t <: b, se .
para n #= m
(3.39)
para n = m,
onde f~(t) é o complexo conjugado de Im(t). Por exemplo, se
OBLEMA 3.5 Mostre que o conjunto das funções séries de Fourier complexas
{~}, n = 0, ± I, + 2, . . . , obedece à condição de ortogonalidade para n #= m
I I 21t .
epara- 2" T < t < 2" T, onde Wo = T .
T/2 jT/2
i einúJol. 1
1 dt = _._ einúJol
-T/2 Jnwo -T/2
= O para n ~ O, (3.40)·
i
T/2
= ej(n-m)úJol dt
-T/2 .
, 1 , [(_1)n-m _ (_1)n-m]
J(n - m}wo
Solução: Seja f(/) uma função periódica com período T, e seja a série de Fourier
exponencial complexa, correspondente a esta função, dada por
L
00
211
f(t) = en ejnWol , Wo= -. (3.42)
T
n=-oo
lTI2
f(t) e-jmwol dt = J_{T12 ( L 00
en ejnWol
)
e-jmWol dt
-T12 -T12 n =-00
(3.43)
"0
l
TI2 {TI2
f(t) e-jmwol dt = em e dt
-T12 -T12
TI2
= em.
l -T12
dt
(3.44)
\-d-\ PROBLEMA 3.7 Ache o espectro de freqüências da função periódica f(t) mos-
trada na Fig. 3.3 que consiste em uma seqüência de pulsos retangulares idênticos,
de amplitude A e de duração d.
-T T d o d T T
Solução: A função f(t) pode ser expressa num período, como segue:
2 2 2 2
para - !.d<t<!.d
f(')_{
Fig. 3.3 Seqüincia de pulsos
retangulares. idênticos. 2 2
(3.46)
1 1 1 1
para~-T<t<--d -d<t<-T
2 2 ' 2 2 -,;
3,4 ESPECTROS DE FREQU~NCIAS COMPLEXAS 59
217
Então,de (3.12), com Wo = T .vem
Cn = 11
T T2
/
-T/2
f(t)e-inúJotdt
= A
_
T
i d2
/
-d/2
e-inúJot dt
d/2
A 1 - jnwot·
- --e
T -Jnwo I
-d/2
T (n~od) 2j .
sen (nwod)
--
Ad 2 (3.47)
T (n~od)
Mas no» d/2 = nndl T; então,
sen (n17d)
--
Ad T (3.48)
T (n;d)
'De (3.47) ou (3.48) éóbvio que c.; é real e, por conseguinte, seu espectro de fases é
zero. O espectro de amplitudes é obtido, fazendo o gráfico de (3.47) ou (3.48)
contra variável discreta nwo. A Eq, (3.47) tem valôres somente para freqüências
discretas nwo, isto é, o espectro de freqüências é uma função discreta e existe so-
mente em
±217 ±417
w = O, , . , , etc.
T T
1 1 d 1
d= -. T=-.
20 4 T S AIS 1 1 d
d= -. T= -. -= -
271
"'o = - = 871 ,, , 20 2 T 10
T
I
, \
\ A/IO "'o =
271
- = 471
T
I
I
I
r
,r
.,...8071 -4071 o
-10"'0 -Swo
(b)
d
ncuo - = m77
2
ou n77~ =n77(~) =m77 (m= ±1, ±2, .. ),
Devemos notar que o espectro de fases do Probl. 3.7 é nulo, devido à simetria
dos pulsos retangulares da Fig. 3.3 em relação ao eixo central vertical. e devido à
localização particular da origem. No exemplo seguinte. ilustramos o caso em que
a origem é deslocada id para trás.
t(t)
A
PROBLEMA 3.8 Encontre o espectro de freqüências para a função periódica
f(t) mostrada na Fig. 3.5.
_ A
----e 1 -,'n'" ot Id .
T -jncuo o'
~ _. _1_ (1 _ e-Jn"'Od)
T ]n~o
(3-.49)
3.4 ESPECTROS DE FREQOItNCIAS COMPLEXAS 61
Então,
(3.50)
(3.51)
Solução: Seja fel) uma função periódica com período T, e suponhamos que sua
série de Fourier complexa seja dada por
00
De (3.52),
00
n=-oo
n=-oo
00
onde
(3.54)
Portanto, se
.
en = Ie In
ei<Pn
, (3.55)
então
(3.56)
Em (3.47) ou (3.48), se
nco-â nnd
--2. -----x
T - no
62 ESPECTROS DE FREQUENCIAS DISCRETOS CAPo 3
então
Ad sen Xn
=r :« Xn
(3.57)
sen x
( ) =---
Sax (3.58)
x
S8 (x)
0(t-2T)
0(/)
-T o T 2T
Fig. 3.6 Função amostra. Fig. 3.7 Trem peri6dico de impulsos unitários.
Solução: Uma seqüência periódica de impulsos unitários bT(t) pode ser expressa
como
L
00
8T (t) =
n=-oo
8(t -nT), _T<t<I.}
2 2
(3.59)
= 8(t), --<t<-.
T
2
T
2
2n
Portanto, com too = T'
3.5. DETERMINAÇAO DOS COEFICIENTES DE FOURIER COMPLEXOS 63
(3.60)
Porconseguinte,
00 00
L L
00
tn 27T t
n=-oo 0=-00
~ [1 t + (einwot + e-inwo~]
n v t
12""
T + T L cos nwot
ne t
12["" 277
- + - cos n-t (3:62)
T T T '
n=1
queé exatamente (2.103).
f(t) = L Cn einwot ,
277
(3.63)
n=-oo
(3.64)
n=-oo
L L
oo
1'(/)
1(/)
T
"2
(a) -A//.
(b)
til (I)
~ 8(/+1.) ~8(/-/.)
/. /.
Fig. 3.8 (a) Funçio i(t) do Prabl 3.12.
( b) Derivada primeira de i (t) da FIg. S.I( a ).
( c) Derivada _unda dei (.t) da F~ 3.8( a ).
'"
então,
2A
- (c os nwot1 - 1). (3.67)
Tt1
Portanto,
(3.69)
3.6 POTENclA LATENTE DE UMA FUNÇAO PERIODICA 65
De (3.6l),
00
1
L L
00
217
s« - nT) = T Ú>o=
T
(3.71)
n=-oo n=-oo
L· ô(t + t, - nT)
00
=
1
T L 00
ejnwo(t+tt} ;L 00
(3.73)
(3.74)
Portanto,
(3.75)
então,
(3.76)
PROBLEMA 3.14 Sejamfl(t) e j2(t) duas funções periódicas que tenham o mesmo
período T. Mostre que
(3.78)
Solução: Seja
00
217
ú)o= (3.79)
T
n=-oo
onde
(3.80)
Seja
(3.81)
n=-oo
onde
{3.82)
Então,
Em vista de (3.82),
(3.84)
Portanto;
O teorema de Parseval afirma que, se f(t) fôr uma função periódica real com
período T, então .
(3.85)
Solução: Fazendo f1(t) = f2(t) = f(t) no resultado (3.78) do Probl. 3.14, vem:
(3.86)
Portanto,
= t
n=-oo
1 Cn 12.
Tlf'
T/2 . ,'
2
[f(t)] dt = 41 ao2 + 2I~ 4.J (ti;;2 +b 2
n), [1.72]
-T/2 n-I
então,
(3.87)
00
= I Co 12 + 2 L1 Cn 12
n=1
= '41 ao 2
+ 21~(L.., 2
«; + n) .
b2 (3.88)
n= 1
PROBLEMA 3.17' Mostre que O valor médio quadrático de uma função periódica
1(1) é igual à soma dos valôres médios quadrâticos dos seus harmônicos.
L c,
00
O valor raiz médio quadrático é Cn/V2; então, o valor médio quadrático do n-ésimo
harmônico é (Cn/V2)2.
Em vista de (1.14),
então,
2 1 2
1 Cn 1 = -Cnn
4
Conseqüentemente, de (3.88), resulta
(3.89)
A Eq. (3.89) indica que o valor médio quadrático de uma função periódica
[(t) é igual à soma dos valôres médios quadráticos de seus harmônicos. Observamos
qUe a potência latente (valor médio quadrático) de uma função periódica depende
somente das amplitudes de seus harmônicos e independe de suas fases.
PROBLEMA 3.19 Se f(t) e g(t) forem funções periódicas com período T, e seus
desenvolvimentos em série de Fourier são
00 00
"=-00 n=-oo
T
h (t) = [ Cn dn e jn Wo t •
n=-oo
PROBLEMA 3.20 Se f(t) e g(t) forem funções periódicas com período T e seus
desenvolvimentos em série de Fourier forem
L
ec
L
00
mostre' que a função h(t) = f(/) g(/) é uma função periódica com o mesmo período
T e pode ser expressa como .
h(t) = L 00
ane jnWo/ ,
0=-00
L
00
onde an = Cn-k dk •
k=-oo
PROBLEMA 3.21 Se f(t) fôr uma função períodica com período T e de coefici-
entes de Fourier complexos Cn, mostre que os coeficientes de Fourier complexos da
função portadora modulada em amplitude f(t) cos mcos: são t (Cn-m Cn+m). +
PROBLEMA 3.22 Se f(t) fôr integrável no intervalo finito (- t T, t T) e w fôr
real, mostre que
TI2
lim
!wl ...•cc J-T12
f(t)e-jw/dt=O.
PROBLEMA 3.23 Ache a série de Fourier complexa da função f(t) definida por
f(t) = serr'r para (O,n) e f(t n) = f(t). +
Resp.:
PROBLEMA 3.24 Ache, por integração direta, a série de Fourier complexa para
a função f(t) definida por f(t) = e' para (O, 2n) e f(t 2n) = f(t). +
Resp.: e
27T
_l f'-' _1_ e/n/,
217 nf:.,., 1- jn
L (t-217n).
ou
8 (t)27T = 8
n=-:.o
PROBLEMA 3.26 Reduza o resultado do Probl. 3.24 à forma trigo no métrica das
séries de Fourier.
7T
Resp.: 2
e-I [
1+ " 00 _1_ (cos nt _ n sen nt) ]
.
17 ,2 L 1 + n2
n=1
finida por
A seu wot para O < t < T /2
fel) =
{
o para T/2 <t<T
onde m = I, 2~ . . . .
C -__ 1_, Co = O.
Resp.: n j2 TT n
PROBLEMA 3.33 Mostre que, se f(t) fôr uma função periódica real com período
T, então
PROBLEMA 3.34 Sejamji(t) ef2(t) duas funções periódicas que tenham o mesmo
período T. Mostre que
PROBLEMA 3.35 Mostre que, se f(t) fôr uma função periódica real com periodc
T, então
1
T
J T /2
f( I + T) f (t) dt = L00
I nI
C
2'
eJ
n eu 7'
o,
- T/2 n=-oo
INTEGRAL DE FOURIER E
ESPECTROS CONTíNUOS
4
4.1 Introdução
será periódica. -.Ilustre êste processo limite, usando a seqüência de pulsos retan-
gulares.
ro para - ~
2
T < t <- ~
2
d
1 1
1 para - - d < t <- d (4.1)
2 2
1 1
o para -d<t<-T
2 2'
iT (r + T) = iT (t), T> d.
I o IL I I
-T T d Od T T d O d I
-T
_º-2
2
fi.
2
2 T
2 2 2 2 2 2
(b) (c)
(o)
É evidente que f(l) não é uma função periódica. A Fig. 4.l ilustra o processo
limite quando T cresce e finalmente se torna infinito.
PROBLEMA 4.2 Usando a seq üência de pulsos retangulares da Fig. 4.1 como
exemplo, discuta os efeitos de crescimento do período no espectro de uma função
periódica.
Solução: No Probl. 3.7 foi achado o espectro de freqüências do pulso periódico
retangular. Pela Fig. 3.4, observamos que, quando o espectro discreto de uma
função periódica de período T é representado gràficamente como função da fre-
qüência, a distância entre harmônicos vizinhos é a freq üência fundamental
Wo = 2 ttl'T. Então, quando o período T cresce, Wo decresce, e as linhas no es-
pectro se tornam umas mais próximas das outras. Conseq üentemente, cresce o
número de linhas (harmônicos) numa dada faixa de freqüência.
Além disto, de (3.48),
fel) = L
n = -_CO
Gil énwot, (4.3)
onde
C
n
= -
I
T
IT'~ .f(l)" , e~J"w"t 'dt
"
(4.4)
~Tf2
2n
wo=---;; (4.5)
f(t) =
00
,,~o.
[I
"2n'
fT'2,
-Tr2 f(x)
,
e-jllW"X dx
]
Wo
,
eJnw"t • (4.7)
Seja Wo = ~w; então a freqüência de qualquer "harmônico" nco« deve agora corres-
ponder à freqüência variável geral que descreve o espectro contínuo. Em outros
têrmos, 11 --+ co quando Wo -= ~w --+ O, de modo que o produto é finito, isto é,
fel) =
n=-
L
a>
a>
[1
2n
- I TI2
-T/2
f(x) einê:.wx dx ] eintlwx ~w. (4.8)
(4.9)
Mas, se definirmos
(4.10)
I
então (4.9) se torna
1 a>
fel) = 2n _ a> F (w) eiwt doi. (4.11 )
As Eqs. (4.10) e (4.11) são a representação de Fourier de uma função não periódica.
l(l) = 21
TT
11 _00
00
-00
00
Se fel) fôr real, podemos igualar as partes reais na identidade de Fourier (4.13)
que se torna
11 00 00
(4.14)
l(t) = 2TT
1 -00 -00 l(x) cos co (t - x) dx dw.
1i
00 oo
l(t) = -;; l(x) cos w (t - x) dx dw.
1
o -00
74 INTEGRAL DE FOURIER E ESPECTROS CONTINUOS CAPo 4
PROBLEMA 4.5 Mostre que (4.17) é uma condição suficiente para a existência
da transformada de Fourier de f(t).
Solução: Como
e-jWt = cos cot - j sen wt
e, por conseguinte,
segue que, se
é finita, então
J~ l(t) e-jWt dt
Devemos notar que (4.17) é uma condição suficiente mas não necessária para
a existência de 5[f(t)]. Funções que não satisfazem (4.17) podem ter transfor-
madas de Fourier .. Discutiremos tais funções no Cap. 5.
A furição F(ro) = 5[f{t)] é complexa, em geral, e
PROBLEMA 4.6 Se fel) fõr real, mostre que as partes leal e imaginária de F(w)
são
Mostre, em seguida, que R(w) e X(w) são funções par e ímpar de w, respectiva-
mente, isto é,
R(w) = R( - w), (4.21)
X(w) = - X( - ÚJ), (4.22)
F( - w) = F*(w), (4.23)
onde F*(w) representa o complexo conjugado de F(w).
Então, R(w) é uma função de w par e X(w) é uma função de w ímpar. De (4.21)
e (4.22) temos
F(-w) = R(-w) + j X(-w) = R(w) - j X(w) = F*(w).
PROBLEMA 4.7 Mostre que (4.23) é uma condição necessária e suficiente para
que f(t) seja real.
Seja
f(t) = t, (t) + j t, (t), (4.25)
= -1
277
i -00
OO
.
F(w) ejW/ d co
= ~
277
1-00
00
= ~
277
i-00
oo
+ j -1
277
1 -00
00
Então,
f, (t) = -
1 {OO [R(w) cos cot - X(w) sen wtl d co , (4.27)
277
-00
f2 (t) = -1
277
i"" -00
[R (co) seu co t X (eu) cos (utl dco . (4.28)
R(-w) ~ R(w) e
Conseq üentemente (dos resultados do Probl. 2.1), R(w) sen tot e X(w) cos t»t são
funções de t» ímpares e o integrando de (4.28) é uma função de w ímpar. Então,
de (2.21), temos.
fAt) = O.
isto é, f(r) é real.
PROBLEMA 4.8 Se f(r) fôr real, mostre que seu espectro de amplitudes IF(w) I
é uma função de w par e seu espectro de fases cp(w) é uma função de w ímpar.
(4.30)
(4.31)
Então,
(4.32)
e, por conseguinte,
Solução: Seja
J[f(t)l = F(w) = R(w)+j X (ct!). (4.35)
Se F(w) = R(w) e X(w) = 0, então o integrando de (4.37) deve ser ímpar em re-
lação a t. Visto que sen cot é uma função de r ímpar, f(t) deve ser uma função
de t par.
Outra solução: De (4.27) com X (co) = O, temos
f(t) = - 1
2"
1 -00
00
= -1
"
1
o
00
R(w) = 2 1 00
f(t) = - -1
2"
1 -00
00
=-- 1
"
1 o
00
X(w)sCllwtdw, (4.40)
X(ú))~-2 1 00
f(l)st'llwtdt. (4.41)
onde f(t) = '/~(t) + ./;(/),e '/~(t) e I,(/) são, respectivamente, as componentes par e
Ímpar de fel). .
78 INTEGRAL DE FOURIER E ESPECTROS CONTíNUOS CAPo 4
1
Ir! <-d
Pd(t) 2
i!1 1
(4.44)
Itl > '2d.
ITI t
Solução: De (4.15), vem
d o d
2 2
(a)
d/2
l -d!2
e-jeút dt
1 -jWt Id/2
= -jw e -d/2
, , -2-'TIO;-, ,.-_-__-,'~----''''--- w
<: :»:
= -1 ['Wd/2
e! - e'-'Wd/2]
J
d d jw
(b)
sen (~)
(4.45)
=d(W d) .
2
Na Fig. 4.2(b), a linha cheia é o espectro de amplitudes I F(w) I, e a linha pontilhada
mostra F(w).
o
Fig. 4.3 Função f(l) do ProbI.4.11.
00
1 e-(cx' + jW)t 1 0
-(cx + jw)
1 (4.47)
CX + jw
4.4 TRANSFORMADAS SENOS E CO-SENOS DE FOURIER 79
PROBLEMA 4.12 Se f(t) fôr dada somente para O <t < <Xl, mostre que f{t)
poderá ser representada por
f(t) = -2
11:
I'" Fiw)
o
cos cot dos, (4.48)
Solução: Se f(t) fôr dada sàmente para O < t < poderemos definir f(t) para (J),
t negativo mediante a equação f(- t) = f(t), de modo que a função resultante seja
par. Supomos, assim, um comportamento conveniente de f(t) para o tempo nega-
tivo. Certamente, deveremos ter o cuidado de recordar, quando da interpretação
do resultado, que f(r) é definida somente para r maior que zero. Ora, se defi-
nirmos
F c (e») = i oo
f(t) cos wt dt,
f(l) = -
2 iOC> F c (w) cos cot dos,
T7 a
r(t)
.
= 5'~1[Fc(w)] = -rr2 I'"
a
F,(w) cos wt doi. (4.51)
PROBLEMA 4.13 Se f(t) fôr dada sàmente para O < t < (J), mostre que f(r)
poderá ser representada por
f(t) = -2
rr
I'"
a
Fs(w) sen ost dto, (4.52)
Solução: Se f(t) fôr dada somente para O < t < (J), poderemos definir também
r(t) para t negativo pela equação f(- t) = - f(t), de modo que a função resul-
tante seja ímpar. Ora, se definirmos
f(t) = -
2 iDO F s (w) sen wt dw.
T7 a
80 INTEGRAL DE FOURIER E ESPECTROS CONTINUOS CAPo 4
Chamamos F.(w) a transformada seno de Fourier de f(t), que será representada por
PROBLEMA 4.14 Ache 5'c [e-at] e 5'. [e-at] para t > 0, IX > O.
Solução: As transformadas co-seno e seno de Fourier de e= são
:f c [e-cxq = 1 00
Façamos 1 00
e-CXt cos wt dt = I, e i oo
I, = 1 00
1 _ ~I (4.56)
v. J. 2'
w (4.57)
= -I,.
v.
(f) •
e 12 = 2 '
:/.2 + (,)
por conseguinte,
(4.59)
4.5 INTERPRETAÇAO DAS TRANSFORMADAS DE FOURIER 81
Supondo f(t) periódica com período T, então f(t) pode ser expressa como
f(t) = n __ t co
Cn ejn",oI,
wo=
2n:
T' (4.60)
onde
1 fT/2
c« =- f(t) e-jn",oI dto (4.61)
. T -T/2
Agora, considerando que, quando T -+ co, Wo -+ .::lw = 2n .::lJ, .::lf = 1fT, então
(4.60) e (4.61) tornam-se respectivamente
ee
f(t) = L c; ej(ntl",lT, (4.62)
n=- co
T/2
Cn = .::lf
f -T/2
f(t) e-j(ntl",lt dto (4.63)
lim c(w)
AJ->o.::lf
= f'" _ ec
f(t) e-j",t dt = F(w). (4.64)
1
2; F(w) doi = c(w). (4.66)
=
'"- 1
f(t)
f _ cc 2n:
F(w) dco er"
(4.67)
[4.l5J
Isto é, supomos que qualquer função dada tem dois modos equivalentes de
representação: uma no domínio do tempo f(/) e outra no domínio da freqüência
F(ro). A Eq. (4. J 5) transforma uma função f it], no domínio do tempo, em sua
função equivalente F(ro) no domínio da freqüência, e (4.16) inverte o processo. A
Eq. (4.15) analisa a função do tempo em um espectro de freqüências, e (4.16)
sintetiza o espectro de freqüências para recuperar a função do tempo.
(4.68)
PROBLEMA 4.16 Se a fôr uma constante real e F(ro) = 5'[I(t)J, mostre que
5'[I(al)] = _1_F(·ro.)
lal a
. (4.69)
1 [[(at)] = J~ I(al) e-
jWt
dto
Seja at = x; então,
Como a variável de integração (muda) pode ser representada por qualquer símbolo,
1 (""
'J [f(at)] = :; )-00 I(t) e-j(WI a)t dt
(4.70)
Para a < 0,
= -; 1 1 -00
00
l(t) e-j(W/B)t dt
. (4.71)
Conseqüentemente,
~ [[(aO] = ~ F (~).
lal li'
Solução: De (4.69),
~ [1(aO] = ~
[a]
F(~). a
Fazendo a = -1, vem
s: [1(- O] = F (- w).
~ [[(-t)] = f~ 1(-0 e-
jWt
dt.
= i: f(x) e-j(-W)x dx
= J~ l(t) e-j(-W)t dt
= F(-w).
= e-
jWto
L:. f(x) e-
jWx
dx
= e-iWto F(w).
PROBLEMA 4.19 Se roo fôr uma constante real e F(ro) = 5'U(t)], mostre que
5'U(t) eiwol] = F(ro - roo). (4.74)
= F(w - wo).
1 1
= - ~ [f(t) eiwot1 + - ~ [f(t) e-jWot1
2 2
1 1
= 2 F (W - Wo) + 2 F (w + Wo)· (4.75)
onde
1
. {I para Itl < 2d
Pd(t)=
1
O para Itl > -do
2
4.6 PROPRIEDADES DAS TRANSFORMADAS DE FOURIER
85
F(w)
(a) (b )
Fig. 4.4 (a) Função co-seno de duração fini!a. (b) Transformáda de Fourier da função co-seno da Fig. 4.4( a J.
Solução; De (4.16),
Permutando t e w em (4.81),
ou
(4.86)
(4.87)
., 1
para I (d I > 2" d ,
1(sen
rrlai) = P2B (cu) , (4.89)
onde
I para I I -.:.a
W
= sen ai
f (t)
rrl
a/rr F (w)
__________ ~ __ _L __ -L ~W
-a o a
(b)
Fig. 4.5 (a) Função f (t) do Probl. 4.23. (b ) Transformada de fourier de f (t) da Fig. 4.5 (a).
PROBLEMA 4.24 Se 5[f(t)] = F(w) e f(t) ---->- O quando f ~ +=, mostre que
1[['(1)1 = 1: I '(I) e-jWt di = f(t) e-jWt [00 + jw L: I(t) e-jWt dto (4.92)
4.6 PROPRIEDADES DAS TRANSFORMADAS DE FOURIER 87
Portanto,
tl~~ of;(t) = i: i: I(x) dx = I(t) dt = F(O) = O. (4.98)
1 1
<I> (co) = -;- 1[I (t)] = -;- F (r»); (4.99)
JW JW
isto é,
~ [<p(t)] = f a>
-a>
<p(t) dto (4.100)
88 INTEGRAL DE FOURIER E ESPECTROS CONTINUOS CAPo 4
Solução: Como
F(w) = L: f(t) e-
jWt
dt, (4.103)
temos
dF(w)
dw
= ~lOO
dw -00
l(t) e-jWt dto (4.104)
dF(w)
dw
= (00
Loo
f(t) ~(e-jWt)
~
dt = 1 -00
00
= 1[-jt l(!)].
4.7 Convolução
Sejam /l(t) e 12(t) duas funções dadas. A convolução de /l(t) e f2(t) é definida
pela função
(4.106)
Solução: De (4.105),
(4.109)
4.7 CONVOLUÇAO 89
Fazendo t - x = y, vem:
fi (t - y) t, (y) dy
= J~ t, (y) fi (t - y) dy
Solução: Se fizermos !t(t) * f2(t) = g(t), e fz(t) * .f3(t) = h(t), então (4.111) pode
ser exprimida como
temos
e ro * t; (t) = J~ g (x) t, (t - x) dx
(4.115)
temos:
isto é,
PROBLEMA 4.29 Mostre que a convolução de uma função f(t) com uma função
impulso unitário c5(t) dá como resultado a própria função f(t).
90 INTEGRAL DE FOURIER E ESPECTROS CONTINUQS CAPo '.4
conforme (2.68).
I(t) * o(t) = o(t) "' I(t) = 1: o (x) I(t - x) dx = l(t) (4.119)
Portanto,
I (t) * o (t) = I (t).
= ICt- t2 - ti)
= I(t - ti - tJ.
5' [fI (t) * f2 (t)] = L: fi (x) [J~ t, (t - x) e-jWt dt] dx, (4.123)
i:
Pela propriedade da transformada de Fourier se deslocar no tempo (4.73),
= FI (w) F2 (co).
4.7 CONVOLUÇAO 91
(4.124)
ou
(4.125)
Solução: De (4.16),
( 4.126)
1
= 277 1
-00
00
F, (y) e,yt
. [
J_
(00
oo
F2 (x) .]
e,xt dx dy
:f [fi 1
(r) f2 (t)] = - F, (w) * F2 (r») = -
1 {OO F, (y) F2 (w - y) dy .
277 277 -00
isto é,
vem
:f [F, (t) F2 (t)] = 277 i:
se 5'[f(t)] = F(w), então nF(t)] = 2rr f(- w). Aplicando êste resultado a (4.128),
Fazendo a substituição x =- y,
= 277 L: t, (- y) t, [- (w - y)] dy
= -1
277
i oo
-00
[277 t, (-y)] 1277 f2[- (w -y)]! dy. (4.130)
F(w)=:F[t(t)]= 1 = 1 x 1 .
(1 + jW)2 (1 + jw) (1 + jw)
:F- I
[_1_]1 + jw
=e-tu(t).
Na integral acima, o integrando inclui o fator u(x) u(t - x). Desde que u(x) = O
para x < O, e u(t - x) = O para x > I,
Portanto,
(4.1 .)
(4.133)
4.8 TEOREMA DE PARSEVAL E ESPECTRO DE ENERGIA 93
F, (y) F2 (w - y) dy;
isto é,
1 t: F, (y)
1
00
1
001 (00
= -
1 {oo F, (oi) F2 (-w) dw ,
2" -00
*
1 Loo
00 1 (00
-00 f,(t) f2(t) dt= 2" F,(w) F2 (co) d co , (4.135)
Conseqüentemente de (4.133),
1
-00
00
f, (r) f2 (t) dt = 2"
1 1 -00
00
F, (r») F2 (- w) dw
= -
1 {oo F, *
(w) F2 (r») d co .
2" -00
.
(4.136)
1
1
00 {OO
= -.1
2"
1 -00
00
Se-f(t) fôr real, então (4.1361 pode_ s~r obtida simplesmente a partir de (4.135).
Na Seç. 3.6 vimos que, para uma função periódica, a potência de um sinal
pode ser associada à potência cóntida em cada componente de freqüência discreta.
O mesmo conceito pode ser extendido as funções não periódicas. Um conceito'
vantajoso para uma função não periódica é o de energia latente E, definida por
(4.139)
e.
Na verdade, se supusermos que f (t) seja a tensão de uma fonte aplicada a uma re-
sistência de l-ü, e~tão~a qÕantidadef:", If(t)12dt é igual à energia total liberada
pela fonte.
(4.140)
Esta equação afirma que a energia latente de f(t) é dada por'~ 7r vêzes a área sob
a curva 1 F(w) 12. Por esta razão, a quantidade I F(w) 12 é chamada de espectro de
energia ou função densidade espectral de energia de f(t).
(4.141)
. \
(4.142)
(4.143)
i:
Solução: De (4.145), temos
e por conseguinte,
i:
Similarmente, de (4.146) decorre
I: L:
e, conseqüentemente,
em vista de (4.143).
96 INTEGRAL DE F<ilURIER E ESPECTROS CONTíNUOS CAPo 4
A Eq. (4.148) afirma que a função autocorrelação é uma função de, par,
PROBLEMA 4.40 Mostre que a correlação cruzada de /l(t) e f2(t) está relacionada
com a convolução de fl(t) e f2(- t).
Solução: Seja GI2(t) = fl(t) * h(- t). Então, pela definição (4.105) de convo-
lução, isto é,
obtemos
(4.150)
(4.151)
Portanto,
(4.152)
Solução: A Eq. (4.72) do Probl. 4.17 mostra que, se ~}[f(t)],~ F(w), então
5'[/(- t)] = F(- w). Assim, se
segue que
[4.122]
para (4.152). vem,
ou
Anàlogamente,
ou
e
:f [Rll (T)] = :f [f, (t) * t, (- t)1 = F, (w) F, (-w).
De (4.23), se fl(t) fôr uma função de t real resulta, F1(- w) = F; (co), Portanto,
~fr s., (T)] = F, (w) F; (ÚJ) = [F, «(u)[2
i:
ou
(4.160)
= F, «(u) F, (-(u)
= [F,«(uW,
(4.161)
98 INTEGRÀL DE FOURIER E ESPECTROS CONTINUOS CAPo 4
(4.162)
(4.163)
Fazendo r = O,
: (4.165)
= O,
i:
Fazendo r
De (4.164) vem:
Portanto,
{"" [f,
-<Xl CtW 1
dt = 277 1""
,.-00 IF, (w)1
2
d ca,
4.10 PROBLEMAS SUPLEMENTARES 99
Joo
o
sen w dw
w
= E- .
2
[Sugestão : Faça t = O no resultado do Probl. 4.45.]
PROBLEMA 4.47 Se fel) fôr um imaginário puro, isto é, f(t) = jg(t), onde g(t)
é real, mostre que as partes real e imaginária de F(O) são
Mostre também que R(O) e X(O) são funções de O) ímpar e par, isto é,
,..----IA/T
PROBLEMA 4.51 Ache a transformada de Fourier de f(t) = e-a I t I.
,
Resp.: 2a/(a2 + 0)2). -T o T
-A/T.- _
ROBLEMA 4.52 Ache a transformada de Fourier de f(t) = 2'
9
a- +t
[Sugestão: Aplique a propriedade de simetria da transformada de Fourier (4.79)
ao resultado do Probl. 4.51]. (a)
PROBLEMA 4.53 (a) Ache a' transformada de Fourier do pulso fl(t) mostrado
na Fig. 4.6(a).
(b) O pulso f2(t) mostrado na Fig. 4.6(b) é a integral de fl(t).
do Probl. 4.25J.
--- A
-T
(b)
o T
n
mn =I~ I f(t)dl para n = 0,1,2, .
dwn
IF (w)1 ~ f""
-00
11(()1 di, iF(t{))! ~_1_1N
Iwl -00
Idf(l)
di
I dt, IF(t{))i ~l.-f""ld'f(I)\dt.
w' -00 di'
PROBLEMA 4.59 Mostre que, se f(t) tem banda limitada, isto é, tal que F(w) =
_ sen at
= ff[f(t)] = O para' w' w
> c, entao f(t) * -- = f(t) para todo a > oi;
1Ct
[Sugestão: Utilize o resultado do Probl. 4.23 e o teorema da convolução no tempo
(4.122)].
(a)
foo
. •
-~
i(x)g(l- x) dx = lJ'2 oo
TI
-N
F(w)G(tv)ejWt dco ,
[Sugestões: (a) utilize (4.122) e (4.16); (b) deduza de (a), fazendo t = O; (c)
deduza de (b) por meio de (4.72) e do Probl. 4.48].
Mostre que, se f3(t) = fl(t) * ,h,(t), então f3(t) é também uma função de Gauss e
a,Vk
PROBLEMA 4.62 Mostre que a função correlação de duas funções quaisquer de
Gauss é também uma função de Gauss.
[Sugestão: Desenvolva a expressão f~'" [fl(t) ±fl (t + r)J2 dt > O para r =f. O].
[Sugestão: Desenvolva a expressão f~'" Lj;(t) ±/2 (t + r)J2 dt > O para todo r].
(b) Ache a densidade do espectro de energia S(w) def(r), a partir de RII(r), obtido
na parte (a), e verifique também que SII(W) = I F(w) 1\ mediante F(w) dada em
(4.45).
A2Cd-lel) para lei <d 2 [sen(Wd/2)]2
Resp.: (a) RI1 (t) = (b) 511 (w) = A d ----;-:-
{ O para lei> d, wd/2
5 TRANSFORMADA DE
FOURIER DE FUNÇÕES
ESPECIAIS
5.1 Introdução
(5.l)
Devemos observar que a integração ordinária de I~ cc eiwt dco não tem senãdo na si-
tuação presente. Pelo contrário, podemos interpretar (5.4) como uma função gene-
ralizada (ou função simbólica), isto é, a integração de (5.4) converge para <5(t) no
sentido de uma função generalizada.
<5(t) = -
7t
lI'" o
cos rol doi. (5.5)
Solução: De (5.4) e aplicando a identidade eiwt = cos rol + i sen rol, temos
o(t) = _l_i""
217
ejúltdw
-""
-1
217
i""-"" (cos co t + j sen wt)dw
-1
217
i"" cos co t d ca + j -1
217
iO<' sen o r d o:
_~ -00
= -
1
17
1""o cos cat d co
(5.6'
(5.8)
onde
(5.11)
(5.12)
.f(t) = A, (5.14)
f(l)
o
(o) (5.15)
Mas de (5.6),
A277Ô(W)
ô(y) = ~
277
i""
-O<>
eixy dx. (5.16)
Devemos ressaltar que f(t) = A significa ser a função f(t) constante para todo
t [ver Fig. 5.3(a)], não sendo a função descontínua degrau Au(t). Observamos,
então, que, se f(t) = constante, a única freqüência que podemos associar a f(t) é a
freqüência zero (corrente' contínua pura).
S=[1] = 2170(úJ)
e de (4.74),
(5.21)
cos úJot=
1
-(eJ
'(,J
o
I
+ e-J(,Jol)
'
= ~ s= [ej(,Jol] + ~ s= [e-j(,Jol]
2 2
= 170(W - úJo) + 170(úJ + úJo; (5.22)
Observamos que a função é"oI não é uma função real de tempo, e por conse-
guinte ela tem um espectro (5.21) que só existe quando w = Wo. Mostramos ante-
riormente que, para qualquer função real de tempo, o espectro de amplitudes é uma
função par de w (ver Probl. 4.8). Então, se há um impulso em w = W(J, deverá
existir também um .irnpulso em ço = - Wo para qualquer função real do tempo.
Êste é o caso das funções cos Wot e sen wot. (Ver Fig. 5.4).
(o)
5.4 Transformada de Fourier da Função Degrau Unitário
Solução: Seja
S:[u(t)] = F(w).
__ ~ ...L- __ ---'L..-_...•.w
o Então, de (4.72),
(b)
S:[u(-t)] = F(-w). (5.25)
_Fig. 5.4 (a) Função
l (t) = cos úJot. Desde que
(b ) Transformada de Fourier de
l(t) = cos úJol.
O para t » O
. u (- t) = { 1 para t < O, (5.26)
temos
u(t) + u(- t) = 1 (exceto em t = O).
Da propriedade da linearidade da transformada de Fourier e de (5.20), vem
(5.27)
isto é,
F(w) + F(-w) = 2170(W). (5.28)
= 217Ô(W). (5.30)
Então,
1
B(w) = -. (5.34)
jw
Finalmente, obtemos:
F(w) =R(rd)+jX(W)
o resultado acima mostra que o espectro da função degrau unitário contém
um impulso em i» = O. Assim a função u(t) contém, uma componente corrente
contínua como era esperado. A Fig. 5.5 mostra a função degrau unitário, sua trans-
formada e espectro.
Aqui devemos ressaltar que uma aplicação superficial do teorema de diferen-
ciação (4.91) a
Portanto,
I
F(w) =-.-, (5.39)
JW
resultado que não está de acôrdo com (5.35).
o
Em geral, se (c)
(5.40) Fig. 5.5 (a) Função degrau unitário.
(b) Transformáda de Fourier da
não segue que função degrau unitário.
(c) Espectro da função degrau unitário.
(5.41)
1 -
F(w) = -.-
JW
+ ko(w). (5.4~)
Portanto,
2
F(w) = -. - + k8(w), (5.48)
o ]w
onde k é uma constante arbitrária. Visto que F(w) deve ser imaginária pura e ímpar,
k = O. Por conseguinte,
2
F(w) = S:[sgn t] = -.-' (5.49)
. ]w
S:[u(t)] = 778(w) + 1
jw
u (I) f i (I)
11----
1
2" 1
t
21-----
• o +
o o
Observamos agora, que u(t) pode ser expressa como (Fig. 5.7)
onde fp(t) e fi(t) são respectivamente as componentes par e ímpar de u(t) De (2.15)
e (2.16) vem
1 1
fpet) = -[u(t) + u(-t)] = -, (5.51)
2 2
5.4 TRANSFORMADA DE FOURIER DA FUNÇAO DEGRAU UNITÁRIO 109
I
t »O
1 1 2
f(t) = - [u(t) - u(- t») = - sgn t = (5.52)
1 2 2
{ 1
t <O •
2
:f [~sgn
2
t] = J~. (V
(5.54)
Portanto,
'1:-
J
1 [lJ -. -
Jw
1
= - sgn t ,
2
PROBLEMA 5.12 No Probl. 4.25 foi demonstrado que, se ;rU(t)] = F(w), então,
t
-00
f(t)dt = F(O) = O.
Mostre que, se
então
:f [[~ f(X)dX] = j~ F(w) + rrF(0)8(w). (5.55)
Solução: Seja
g (t) = l~ f (x) dx •
A integral acima pode ser expressa como uma convolução de f(l) com a função de-
grau unitário u(t), isto é,
De (2.74), resulta
F(w)o(w) = F(O)o(w).
Por conseguinte,
:f rt ] = jw1 F(w)
[
100 f(x)dx + 17F(O)o(w).
isto é, não satisfaz à condição de integrabilidade absoluta de (4.17). Mas sua trans-
formada de Fourier deve existir no sentido de uma função generalizada. . Isto foi
demonstrado, na determinação das transformadas de Fourier de cos Wof e sen wot.
Solução: Podemos exprimir uma função periódica f(t) com período T como
L
00
217
f(t) = Cn einwot, wo=
T
n=-oo
(5.58)
Em virtude de (5.21),
(5.59)
(5.60)
n=-oo
(5.61)
00
(5.62)
n=-oo
De (5.59) vem,
(5.63)
Então,
00
f(t) = L (5.64)
n=-oo
f [t + (::)] = f (t + T) = f (t) ;
isto é, f(t) é uma função periódica com período T = 2rr/wu.
L
00
= o(t - nT).
n=-oo
Solução: Desde que bT(t) é uma função periódica com período T e em virtude do
resultado (3.61) do Probl. 3.10, a série de Fourier da função bT(i) é dada por
L
00
L
00
S:[OT(t)]= ~ S:[einúJot].
n=-oo
De (5.59),
n=-oo
00
n=-OO
(5.66)
112 TRANSFORMADA DE FOURIER DE I'UNÇOES ESPECIAIS CAPo 5
ou
f(t)
Solução: A função periódica fel) com período T pode ser escrita por
00
2TT
f(t) ~ [ einúJot,
(b) C
n
wo= T'
Fig. 5.8 (a) Função trem de impulsos. n=-oo
(b) Transformada de Fouri"r
da função trem de impulsos.
onde Cn = T1 jT/2 .
f(t)e-inúJotdt. Portanto,
-T/2
T/2
f(l)
=
l -T/2
f(t) e-iúJt dt. (5.69)
Visto que
- 1
(5.70)
~d_
-T o T
concluímos que
(a)
(5.71)
2TT
Fig. 5.9 (a) Trem de pulsos retangulares. f(t) = [ Cn einúJot , wo= -. (5.72)
(b) Pulso retangular simples. T
n=-oo
(5.74)
Portanto, a partir de (5.71) os coeficientes Cn das séries de Fourier de f(t) são dados
por
_ (n-- úJo
sen d)
2
(5.75)
(núJ; d) ,
que é exatamente o mesmo resultado dado por (3.47), exceto quanto ao fator A da
altura do pulso.
f(t) = L
00
CneinúJot,
2rr
n=-oo
onde
sen (núJo
-- d) sen (n-- tr d)
d 2 d T·
T (n~od) T (n ;d)
= ~ sa(n;d). (5.76)
cr
J [f(t)] = F(úJ)
.
=
2rrd ~
T ~ Sa
(nrrd)
T ô(úJ - núJo)' (5.77)
n=-oo
",
I \
G(x) = 1""
-r-oo
g(y)e-iXYdy. (5.80)
Então,
(5.81)
= L: g (y) F (y) dy ,
(5.82)
assim: (5.84)
g:[<p(t)] = <I>(w)
5.6 TRANSFORMADASDE FOURIER DE FUNÇOES GENERALIZADAS llS
Solução: De (5.85),
Mas
i: ô(t)ct>(t)dt = ct>(t) It=o = er,» lúJ=o = ct>(0).
ct>(0) =
cf>(t)dt= cf>(w)dw.
I,
(5.87)
s: (ô (t)] = 1.
i:
Solução: Podemos escrever
De (2.68).
= [1: cf>(t) e-
júJt
dtL=T
1""
-00
s« - T) ct>(t) dt = 1""
-00
cf>(w) e-
jTúJ
d co. (5.89)
Solução: De (5.85)
Desde que
= 1 00
- jtcf>(t) e-jwt dt
i:
-00
= - ;F li t cf>(t)],
temos
i: f'(w)<I>(w)dw = - i: f(w)<I>'(w)dw
cz:. , dF(w)
J [(-lt) f(t)] = F (w) = --o
dw
k
5= [(-jtl f(t)] = F(k)(W) = d F(w),
â os"
(5.99)
=jw<l>(w)
Como a função teste éú) se anula fora de algum intervalo, 4>(t) --'> O quando t ---'> ± co •
Então,
= i: (-jw)f(w)<I>(w)dw
Portanto,
Portanto,
CI:[]
J t
2rrô' . ,
(w) = ] 2 n (o),
= -. õ (5.104)
-J
(5.105)
onde
PROBLEMA 5.27 Mostre que a função degrau unitário u(t) pode ser expressa
como
u(t) = .! + .! (00 sen wt d ca .
2 tr Jo w
[Sugestão: Utilize (5.35) e (4.i7)].
(a)
(b)
[Sugestão: cos Wot u(t) = ! {é"aI u(t) + e-j"'aIu(t)} e use o resultado do Probl.
(4.19)].
PROBLEMA 5.31 Seja f(t) uma função periódica com período T. Se uma função
fo(t) fôr definida como
00
onde o T (t) = [ o (t - n T) .
n=-.Xl
F(w) = 2;. f:
n=-oo
Fo(nwo)o(w-nwo) = 211 f:
n=-oo.
cno(w-nwo),
PROBLEMA 5.37 Ache a solução particular para x"(t) + 3x'(t) + 2x(t) = u(t),
mediante a transformada de Fourier.
120 TRANSFORMADA DE FOURIER DE FUNÇOES ESPECIAIS CAPo 5
PROBLEMA '"5.38 Ache a solução particular para x"(t) + 3x'(t) + 2x(t) = 3<5(t),
aplicando a transformada de Fourier.
Resp. : 3(e-t - e-2t) u(t).
PROBLEMA 5.39 Seja F(ro) a transformada de Fourier de f(t) e fk(t) definida por
Ik(t)=-
1 Jk F(w)e1
"úJt
dco .
277 -k
Mostre que
" sen kt
Ô () t = I1m --.
k->oo t
[Sugestão: Observe que lim fk(t) = f(t)].
. k-+o:J
oo 1 [00 F{w)<I>
J-00
l(t) fj>(t) dt « 277
-00
(-w) d co,
onde cp(t) é uma função teste e ~[cp(t)] = ~(ro). Aplicando a equação de Parseval
f oo f(t)g(t)dt=~loo
":"00
277
-00
F(w)G(-w)dw,
" "
[4.133]
~[ô{t)] = 1.
[Sugestão: J 00
-00
ô(t) fj>(t) CJt = fj>(0) = -J 00
277
1
_00_00
<I>(w)dw = ~
1
277
[00
<I>(-w)dw ].
I CAPiTULO
Em todo sistema existe uma função de entrada (ou função fonte ou excitação)
e uma função de saída (ou resposta). O sistema ficará completamente caracterizado
quando estiver determinada a natureza da dependência excitação-resposta. f. (t) t, (t)
l stema linear
Suponhamos agora que j.(t) e f,.(t) como indicadas .na Fig. 6.1, sejam respec-
tivamente a excitação e a resposta para um sistema linear invariante no tempo (ou
de parâmetros constantes). .
Fig. 6.1 Excitação e resposta de um
Se, com a excitação j.(t), conseguimos a resposta .f,.(t), então, se o sistema sistema linear.
fôr linear, a excitação
produzirá a resposta
Desta forma, um sistema linear pode ser definido como aquêle para o qual é
válido aplicar·o princípio da superposição,
Por invariante no tempo (ou parâmetros constantes) entendemos que se a exci-
tação j'.(t) produzir a resposta f,.(t), então a excitação j. (t + to) produzirá a res-
posta .f,. (t + to).
Uma outra definição de sistema linear é a que afirma que a entrada e a res-
posta estão relacionadas entre si por uma equação diferencial linear, isto é,
L: anP"f,.(t) = L: bmpmj.(t)
n
n=O
m
m=-o
(6.2)
ou
A(p)f,.(t) = B(P)j.(t), (6.3)
122 AJ>LICAÇOES AOS SISTEMAS LINEARES CAPo 6
onde
A(p) = anpn + an_lpn-l + ... + ai p + ao,
B(p) = bmpm + bm_1p + ... + bip + be.
1n-1
B(p)
fr(t) ~ A(p) f.(t) = H(p)f.(t), (6.4~
onde H(p) = B(p)/A(p). Subentendido está que (6.4) é uma expressão operacio-
nal da equação diferencial (6.1). O operador H(p), que atua. na função entrada para
produzir uma resposta é chamado de função operacionaldo sistema. Usando o
símbolo L para H(p), podemos escrever (6.4) também como
r
L {f.(t)} = f,.(t). (6.5)
v(t)
PROBLEMA 6.1 Obtenha a expressão operacional para a corrente i(t), resposta
à tensão excitadora v(t) no circuito da Fig. 6.2(a).
c
Solução: A entrada é a tensão aplicada v(t) e a resposta ou saída é a corrente i(t),
como indicado na Fig. 6.2(b). Aplicando a lei de Kirchhoff, a equação diferencial
(o) que liga i(t) com v(t) pode ser obtida como
R i (t) + L di (t) + ~
dt <
lL; t
.i (t) dt = v(t). (6.8)
Portanto,
i (t) = P v(t) = H (p) v(t), (6.11)
1
Lp2 + Rp +-
C
onde
1 1
. 1) = z (p) = y (p).
( R+Lp+- Cp
6.3 RESPOSTAS A FUNÇOES EXCITADORAS E FUNÇOES SISTEMAS 123
à posição de equilíbrio.
f (I)
Solução: A excitação ou entrada é a fôrça aplicada f(t) e a resposta é o deslo- m
camento x(t) de uma massa m a partir da posição de equilíbrio [Fig. 6.3(b)].
As fôrças que agem sôbre a massa são as seguintes:
/
(1) Fôrça aplicada f(t).
(2) Reação inercial (- md" xjd2 t}. (a)
(3) Fôrça de amortecimento (resistência de atrito) (- k« dxjdt).
(4) Fôrça restauradora elástica (- k. x).
Nos itens (3) e (4), acima, kd e k, são, respectivamente, o coeficiente de atrito e f(t) x (t)
a constante da mola. __ ..•• Sistema mecânico
Portanto,
1
x (t) = 2
f (t) = H (P) f(t), (6.14)
mp +kdP+ks
Então, (6.19)
Fazendo t = 0, (6.20)
124 APLlCAÇOES AOS SISTEMAS LINEARES CAPo 6
Desde que
pm eJWt = _
dm (eJWt) = (jw)m eJw t.
dtm
Então a resposta J,.(t) é definida pela equação diferencial linear ordinária
A(p) ir (t) = B(jw) ejWt• (6.22)
Mas a função excitadora de (6.22) é B(jw) eiwt, que é uma função exponencial, e
a partir da teoria das equações diferenciais podemos supor que a resposta J,.(t) é
também exponencial. Portanto, se J,.(t) = k1eiwt, então
A excitação [.(1) = eiw/ e A Eq, (6.25) pode ser escrita simbolicamente como
L {eiwt} = H(jw) eiwt• (6.26)
Fig. 6.4 Função sistema. Em linguagem matemática, uma função f(t) que satisfaça à relação
L {f(t)} = kf(t), (6.27)
é chamada autofunção (ou função característica), e o correspondente valor de k,
é chamado de auto valor (ou valor .característico). Em vista de (6.26), podemos
dizer que a autofunção de um sistema linear invariaâte no tempo é uma função
exponencial. . O auto valor H(jw) do sistema é definido como a função sistema.
PROBLEMA 6.4 Ache a resposta do sistema especificado por H(jw) para uma
constante K.
onde
Como o sistema é linear, sua resposta total a /.(t) é a soma das respostas das com-
ponentes Irn(t). Então,
00
(6.33) .
n=-oo
Portanto,
L [cos wt! = Re [R (jw) ejW t), (6.41)
PROBLEMA 6.7 Se a função sistema H(jro) fôr expressa na forma fasorial, isto é,
Portanto,
re (t) + j rs(t) = Vm R(jw) ejWt. (6.47)
f.{t) = c, + LC
00
LL
00
L
00
PROBLEMA 6.9 No circuito RLC da Fig. 6.5, é aplicada uma fonte de tensão
v(t) = Vm cos (rot + fJ). Ache a corrente permanente i.(t) de saída.
v (I)
Solução: De acõrdo com o resultado do Probl. 6.1, a corrente de saída i(t) está
relacionada com a fonte de tensão por
onde Vm = Vm eiP.
Então, de (6.50), a resposta senoidal permanente i.(t) é dada por
Mas,
Z(jw) = R + jwL + _1_= R + j (WL _~)
jwC wC
Então,
Então, o fasor 1m que representa i.(I) está relacionado ao fasor V"" que representa
v(t), por
(6.60)
ou
v(t)
~: = ZUm), ~: = Y{jm), (6.61)
v
- ~ onde Z(jw) e Y(jm) são chamadas, respectivamente, de função tmpedância senoidal
e função admitância senoidal para o circuito.
t
o 17 217 PROBLEMA 6.10 Uma fonte de tensão onda quadrada v(t), cuja forma de onda
está indicada na Fig. 6.6(a), é aplicada ao circuito série RL da Fig. 6.6(b).. Ache
-V a corrente permanente de saída ;.(t).
Solução: O desenvolvimento em série de Fourier da onda quadrada da fonte de
(a)
tensão v(t) é dada por (2.38). Com Wo = 2n/T = 1,
R=l n v(t)=4V
17
[cost-~cos3t+~cos5t-
3 5
... J. (6.62)
Fig. 6.6 (a) Forma de onda de uma Para o presente problema, R = 1 11 e L = 1 h. Então,
fonte de tensão de onda quadrada.
(b) Circuito série RL do Probl. 6.10. Z(jnwo) = Z(jn) = 1+ j n = !Z(jn)!1 8(n),
onde
!Z(jn)! = VI + n2, 8(n) = 'tg-' n.
+ 1
5y26
cos(St- tg-15)+ .. J. (6.63)
Ri l~ (R + p~) i (t),
R
f ~ Ic l()
v r (t) = -1
C
11-00
i (t) dt
.
= -1
pC
i (t). (6.65) "'1 1) C"V'
i_ T-----Q"'l
Dividindo (6.65) por (6.64), temos
Fig. 6.7 Circuito RC com dois
terminais do Probl.6.11.
1
v, (t) pC 1
--=
V.I (t) R + _1_ 1 + pRC
pC
Então, a tensão de saída vr(t) e a tensão de entrada v.(t) estão relacionadas por
1
pC
v, (r) = ~-1 V.,(t) = H (p) V,,(t) , (6.66)
R+-
pC
onde
1
H(p)=~= 1
R + _1_ 1 + pRC
pC
Então, a razão fasorial Vr/V. em qualquer freqüência io em radianos é
Vr
V.
I
n
= H (jnwo) = H(jn) =
V1 + (nRC)2
1 q- tg _1 nRC.
PROBLEMA 6.12 Nos terminais a-h do circuito da Fig. 6.8, a tensão Vab(i) é
periódica e definida pela série de Fouríer r
..,
Vab(t) = V~ +L n~l
Vn cos (nwot + {3n), (6.69)
130 APLlCAÇOES AOS SISTEMAS LINEARES CAPo 6
'"
i.(t) = I. + L L; cos (nwot + IXn). (6.70)
n==l .
i (t) ,
~r----------------' Mostre que a potência média de entrada P ah definida por
Circuito
Pah=-
J fT'2 (6.11)
. T -T12
b~
Fig. 6.8
~--------------~ é igual a
Circuito do Probl.6.12.
(6.72)
(6.73)
f-T
T /2
/2
cos (nwot + (3n) dt = O,
O, k.f.n
J
-T/2
T /2
cos (nwot + (3n) COS (kwot + ak) dt = T
{ -cos({3n-an)
2 '
Então (6.73) pode ser escrita como
1
L VnI n cos ({3n - cxn)·
00
(6.74)
6.6 APLICAÇOES AOS SISTEMAS MECANICOS 131
Seja
(6.75)
PBb = Vala + f:
n=1
Veff.n Ierr.n cos en
A Eq. (6.76) mostra que a potência média liberada por uma fonte Periódica
para um circuito é igual à soma das potências médias liberadas individualmente
pelos harmônicos. Não existem contribuições para a potência média devidas a
corrente numa freqüência com a tensão em outra.
Vo = 10, Ia = 5, P; = 50,
onde
H (p) = 1
(mp2 + Bp + k)
fU) = f T
cos (wt + (3) = Re [F,; ejWt],
onde Fr = Ir eiP.
Então, em virtude de (6.50), a resposta em regime permanente x.(t) é dada
por
», (t) = Re [F; H (jw) ejWt]. (6:79)
Mas
1
li (jw) = 1 IH (jw)1 !e (w) ,
m(jw)2 + B(jw) + k k - mw2 + jwB
onde
e (w) =_ tg _1 ( wB ).
k - mco?
Então,
(6.80)
onde •
H(p) = __ 1__
(b) . (mp2 + k)
. Então, a partir do resultado do Probl. 2.15, obtemos a série de Fourier de j''(r) como
Fig.6.10 (a) O sistema mecânica do Probl. 6.1S(b).
A fôrça perturbadora do Prob I. 6.15.
f(l) A(: sen
= - -
7T
wot + -1 seu 2wot + -1 seu3wot
2 3
+ ... ) ,
H(jw) = 1 = 1 =!H(jw)!I(}(w)
m(jw)2 +k k _ mw2
H (jnwo) = 1
[k - m (nwo)2]
Solução: Pela propriedade (2.68) da função delta, podemos exprimir /.(t) como
A Eq. (6.86) ou (6.87) mostra um resultado muito interessante. Ela nos diz
que a resposta de um sistema linear é determinado de modo único quando conhe-
cemos resposta ao impulso unitário h(t) do sistema.
As Eqs. (6.90) e (6.91) indicam que a resposta ao impulso unitário e a função sis-
tema constituem um par de transformadas de Fourier.
J,.(t) = 1
2n
JO>
-O> Fe(w) H(w) ej",! doi, (6.93)
PROBLEMA 6.18 Verifique se a função sistema H(w) definida por (6.90) é exa-
tamente a mesma função sistema H(jw) definida por (6.26).
Solução: Se f.(t) = ei"'J., então, de (5.21) temos:
[5.21]
Portanto,
I.
F. (eu) H (eu) = 2 TT o (eu - euo) H (eu) = 2TT H (euo) o (eu - euo), (6.94)
em vista da propriedade (2.74) da função delta. Então, de (6.93), decorre
(6.95)
6.7 SISTEMA LINEAR A UMA FUNÇÃO SISTEMA IMPULSO UNITÁRIO 135
Visto que (6.95) vale para qualquer valor de wo, podemos substituir Wo por w para
obter
(6.96)
De (6.26), vem
[6.26]
H (ú» = H (júi).
a variável to sempre aparece com j. a integral pode, portanto, ser escrita como uma
função de jw. Desta forma, podemos exprimir (4. I 5) como
TC
J~---------,~----t
v.CI)
A Eq. (6.98) indica que a função sistema H(jw) é também a razão da transformada
Solução: De acôrdo com o resultado (6.67) do ProbI. 6.11, a tunção sistema H(jw)
é dada por
1
H (júi) = júiC 1 1
(6.99)
1 1 + júiRC
R+--
júiC
. 1
1 J = _1
RC
e-li Rc u (t). (6.100)
Fig. 6.11
(b)
PROBLEMA 6.20 Aplicando uma fonte de tensão v.(t) = e-I u(t) ao circuito RC
da Fig. 6.11(a), ache a tensão resposta vr(t) quando R = 1/2Q e C = 1 f.
136 APLICAÇOES AOS SISTEMAS LINEARES CAPo 6
= f~ v.(T)h(t-T)dT
= 2 e-2t 1-00
00
Visto que
Em (6.102) u(t) indica que não há resposta devida à excitação antes da fonte ser
aplicada.
= J~ v. (T) h (t - T) dT
1
00
=~~ e-ti RC L t
e't/ RCdT)U(t)
PROBLEMA 6.22 Prove que a resposta J,.(t) de um sistema linear causal a qual-
quer excitação !e(t) é dada por
= l~f;,(T)h(t-T)dT.
....t, (O = 1-00
00
fe-<t- T) h (T) ât
= 1 00
f.(t-T)h(T)dT.
(6.111)
138 APLICAÇOES AOS SISTEMAS LINEARES CAPo 6
Portanto,
onde H(w) é a função sistema do sistema, e h(t) é sua resposta ao impulso unitário.
Se o sistema fôr causal, mostre que
Solução: Desde que j.(t) = u(t) e J,.(t) = a(t), segue de (6.87), que
Como
O para T > t
u (t - T) =
{ 1 para T < t,
temos
a(t) = ft h(T)dT.
-00
Com t = =. vem
Para um sistema causal, desde que h(r:) = O para r: < O, (6.113) torna-se
a(t) = i= ai,
v, (t) = a(t) =
lt o
h(T)dT= lt
o RC
1 e-vRcdT
I
A(w) = a'[a(t)] = nH(O) c5(w) = -.- H(w), (6.117)
JW
1
= TTÔ(W) H(w) + -:- H(w)
JW
1
= TTH(O) ô(w) +- H(w),
jw
a(t) = l t
-00
h(T) dt ,
,fr(t) = j.(- <D) H(O) + f~., j.' ('t) a(t - r) de, (6.118)
desde que
O para t < l'
u (t - 1') =
{
1 para t> 1'.
-
L f
.,
\
""I"
U rrv-.
\U} + Jfoo i' ( ) a (t -
-00 • T T
) d1'.
PROBLEMA 6.28 Para um sistema linear causal, a excitação j.(t) ,; O para t < O
tem um salto de valor j.(0 +) em t = O, e é contínua para t > O, como indicado
na Fig. 6.12. Mostre que a resposta Ir(t) do sistema é dada pela integral de super-
posição ou integral de Duhamel
onde j.' + (t) = j./(t) u(t), isto é, a derivada de j.(t) para t > O. Substituindo
(6.122) em (6.121), vem:
= i.(O+) a(t) + lt t;
0+
(1') a(t - 1') â:
Vemos, contudo, pela Fig. 6.13, que /.(t) pode ser expressa como
Fig. 6.13 Punção !excitação .te (t)
L
t
aproximada por uma soma de
i.(t)=i.(O+)u(t)+ lim i;,(-r)/'),,-ru(t--r). (6.124) funções degrau.
8tT; -> o
1: =0
Como a resposta do sistema a uma função degrau unitário u(t) é a(t), a resposta
devida a uma função degrau infinitesimal (6.123) é dada por
= 1.(0+) a(t) + lt 0+
t;(T) a(t - -r) d-r.
que é (6.102).
142 APLICAÇOES AOS SISTEMAS LINEARES CAPo 6
onde K e to são constantes positivas, ache a resposta Jr(t) do sistema a uma exci-
tação j.(t).
Solução: Seja
(6.127)
Portanto,
= K
217 1-00
00
F.(jw) ,
e,W(t- to} dco .
Em vista de
, f .,(t)
A
Jr(t) pode ser escrita como
(6.128)
A Eq. (6.128) mostra que a resposta é uma réplica retardada da função excitadora
: ti I com a amplitude da resposta alterada pelo fator constante K. Isto, está ilustrado
I I
I I na Fig. 6.15.
I I
I I
I I
I I Em geral,
,-- to ----l
KfeCt-:to) : H(jw) = I H(jw) I &8<"'),
I I
I : onde I H(jw) Iéreferida como a amplitude da resposta do sistema, e O(co), é a fase
I da resposta. Do resultado do Probl. 6.30, concluímos que a função sistema que
KA I I
---~--------~--- dá uma transmissão sem distorções tem uma amplitude constante e uma fase linear,
I I
I I isto é,
I
I
I
I I H(jw) I = Ks, uma constante (independente de ce),
I I
ti
O(w) = WK2, uma função linear de os, (6.129)
F
onde K, e K2 são constantes arbitrárias.
Fig. 6.15 Função excitadora do Preb}. 6.31
e sua réplica retardada.
h (i) = ~ _1 [H (jw)] = ~
277
1""
-e-oc
H (jw) eiWt d ca,
(6.131)
e
v., (t) = Re[Vmei Wt- y(w)l] = Re[Vm e -y(w)le iwt].
Assim, a função sistema H(jm) para a linha de transmissão do sistema é dada por
V e-y(w)l
H (jw) = m = e-y(w)l. (6.l33)
Vm
= e-CX(W)1 e-i{3(w)1
(6.134)
144 APLICAÇOES AOS SISTEMAS LINEARES CAPo 6
onde
8(w)=-(3(w)/.
Mas, das condições de transmissão sem distorções (6.129) concluímos que tx(w)
deve ser constante e independente de w, e P(w) uma função linear de co, isto é,
cx.(c<»=Kl'
y(W) = veR + jw L) (G + jw C)
jW C
= ~l+j~L) (l+ )
G
= cx.(w) + j (3(w)
= K, + jK2w. (6.135)
y(w) =/ RG ( 1 "v:
jWL)2
vRG
-
=
,/G
+ jwL V R = cx.(w) + j (3 (oi).
Conseqüentemente,
Desta forma, quando (6.131) fôr válida, teremos a linha sem distorções.
A Eq. (6.97) mostra que o espectro de freqüências da resposta F,.(jw) está ligado
ao espectro de freqüências da excitação Fe(jw) através da função sistema H(jeo) pela
Função de ....- --. Função de relação
entrada saldá
i.(t) ir (t) F,.(jw) = Fe(jw) H(jw). [6.97]
Sistema
H(jw) Isto se acha ilustrado na Fig. 6.16.
Espectro
t
de excitação Espectro
1
de resposta
Observamos que H(jw) age como uma função pêso para as diferentes compo-
nentes de freqüência da entrada. Neste sentido, a relação (6.97) indica a caracte-
Fe (W) Fr(W) rística de filtragem do sistema linear. Se esta característica de pêso ou característica
de filtragem fôr o principal objetivo, então o sistema será chamado filtro.
Fi9. 6.16 Ilustração de (6.97).
O chamado filtro ideal de baixa freqüência é definido como um sistema para
o qual a função sistema H(jw) é dada por
e-iwto para [co] < t»,
H(jw) = (6.136)
1O para Iwl > we,
onde co; é chamada de freqüência de corte do filtro.
= _1
27T
1 -00
00
H (jw) eJWt
• d co
wc
1 ejW(t-to)
7T (t - to) 2j
I -Wc
(3) Observamos também que a resposta não é zero antes de t = 0, isto é, antes
de se aplicar a excitação. Esta é a característica de um sistema fisicamente não
realizável. Os filtros ideais não são fisicamente realizáveis e, por conseguinte. não
são necessàriamente sistemas causais.
h (t)
I
I
o ' .••. I .••. '
I~I~:
(a)
Wc Wc
(b)
.
SI(Y) =
fll sen x
-- dx =
fll Sa(x) dx.
o x o
PROBLEMA 6.35 (a) Calcule a função seno-integral. (b) Ache a resposta a(t)
ao degrau unitário de um filtro ideal de baixa freqüência e discuta o resultado.
Si (-y) =- Si (y).
146 APLICAÇOES AOS SISTEMAS LINEARES CAPo 6
Visto que
0
0 sen x
--dx =
2 i oo
sen x
--dx = TT,
1-00 x o X
temos
Si(oo)=~ e Si (-00) = - ~.
2 . 2
Si(y) a (I)
1.18 (TT/2)
TT/2
-2TT
TT 2TT
y
TT
2
Fig. 6.19 Resposta ao degrau unitário de um filtro
ideal de baixa freqüência.
Fig. 6.18 Função.seno-integral.
(b) De acôrdo com (6.113), a resposta ao degrau unitário a(t) pode ser obtida
de uma resposta ao impulso unitário h(t), isto é,
(6.138)
a(t)=
1
-
lWC (1- tol sen x
--dx = -
1 i O sen x
--dx
1
+-
lWc (t-tol sen x
--dx
TT-oo X TT-oo X TTO X
= -
1 {OO sen
--dx
x 1
+-
lW C (t- tol sen
--dx.
x
(6.139)
TTO x TTO X
da(t)
dt
I t=lo
= _ = _co_e
t; 1t
Portanto,
1t
tr -2 -1 O 2 3 4
=- (6.141)
COe (b)
ou Fig. 6.20 (a) Circuito do Probil, 6.36.
(6.142) (b) Forma de onda de excitação do Probl.6.36.
Resp.:
v ~il (t) = ! + '1.J, 1 - sen (7T t -
2 7T L vI + 7T 2
1
2
PROBLEMA 6.37 Calcule a potência liberada para o circuito do ProbI. 6.36 e os t
valôres raiz médio quadrático (rmq) de i(t) e de vr(t). ~r--+-1AO-+--~-'~-~---
Resp.: P = 0,2689 watts, Irmq = 0,707, e Vrrmq = 0,519.
PROBLEMA 6.38 A corrente alimentadora do circuito RLC da Fig. 6.21(a) tem (b)
a forma de onda mostrada na Fig. 6.21(b). O valor da indutância é L = 10 mh
Fig. 6.21 (a) Circuito RL'C do Prcbl.6.38.
e a tensão de saída é uma onda senoidal de 300 Hz. Se os valôres de pico das ( b) Forma de onóa do circuito da
outras freqüências da tensão de saída forem menores que 1/20 do valor de pico da Fig. 6.21(a).
componente de 300 Hz, ache os valôres de C e de R.
Resp.: C = 28,2/-1f. R = 590Q.
148 APLICAÇOES AOS SISTEMAS LINEARES CAPo 6
Resp.: x,,(t)=2A _ 4.4 [.!. cos 2úJot + --.l cos 4úJot + ... ]
kn 7T 3 (k - múJ~) 15 (k _ 4 múJ~) .
R Resp.:
PROBLEMA 6.46 Mostre que, se I-"'", I h(t) 1 dt < =. onde h(t) é a resposta
ao impulso unitário de um sistema linear, então a resposta do sistema a qualquer
excitação limitada é limitada.
[Sugestão: Faça uso de 1J,.(t)1 = Ij.(t) * h(t) I.]
úJ X (úJ)
2
úJ - úJ.o
2 cos cot dco
para úJ > O
para úJ < O.
[Sugestão: Observe que H(w) = cos eo - j sen ()o sgn w, e aplique o resultado do
Probl. 5.33J.
PROBLEMA 6.50 Mostre que, se o sinal de entrada para um sistema linear cuja
função sistema H(jw) seja definida por
- j para úJ >O
H(jw) = -j sgn úJ = .
{
+J para úJ < O,
fôr uma função real do tempo, então a saída dêste sistema será também uma função
real do tempo.
[Sugestão: Utilize o Probl. 4.7].
PROBLEMA 6.51 Ache a saída m(t), se a entrada m(t) fôr (a) cos Wc t e
(b) 1/(1 + t2) para o sistema do Probl. 6.50 que é um deslocado r de fase de -n/2-
(ou - 90°), desde que a função sistema possa ser escrita como
é o trem de impulsos
00
f~(t)=T[(t)ÔT(t)=Tf(t) [ o(t-nT)
n=-.,)Ç
cuja envolvente j'(r) tem um espectro de banda limitada IF(w) I = O para Iwl > wc•
Mostre que, se T < n/wc, então a resposta do filtro será Ir(t) = f(t - to).
150 APLICAÇOES AOS SISTEMAS LINEARES CAPo 6
PROBLEMA 6.54 Ache a resposta ao impulso unitário h(t) do filtro ideal de alta
freqüência cuja função sistema H(jw) é
para I úJ I < úJ c
para I úJ I > úJ c .
h (t) = -
2
TT 1 o
R (úJ) cos cot dúJ = - -;
2
1 o
X (úJ) sen ca t d co .
[Sugestão: h(t) = O para t < O; então, h(t) pode ser expressa como h(t) = 2hp(t)=
= 2hi(t) para t > O, onde hp(t) e hi(t) são, respectivamente, as componentes par
e ímpar de h(t)].
PROBLEMA 6.58 Mostre que, se H(w) = R(w) + jX(w) fôr a função sistema de
um sistema linear causal, então, (a) a transformada de Fourier da resposta a(t)
ao degrau unitário do sistema é dada por
a(I)=- 21 TT
00
o
R (úJ)
--,;ellúJtdúJ
úJ
=R(O)+- 2
TT
1
o
00
X (úJ)
--cosúJtdúJ.
úJ
CAPíTULO
[4.125]
Como /(t) não tem componentes espectrais acima de fM hertz, f(t) é uma função
de faixa limitada como indica a Fig. 7.I(a), e isto significa que
F(w)
~ •• I ~ L.- ~ W
••
-WM WM
(o) • (b)
Fa(w)
w/>"'o(W)
- ..••
"-
,fa(t)=f(t)OT(t)
J I h:d L
'\
'\
-Wo Wo W
Fig. 7.1 (a) Função do tempo de faixa limitada [( r ). (b) Função trem de impulsos unitários.
(c ) Função amestra f ~ t ;1 d) -~spectro de f (t ). (e) Espectro da função tr.em de impulsos unitários.
( f) Espectro de f a (t).
152 APLICAÇOES A TEORIA DAS COMUNICAÇOES CAPo 7
fa{t)=f(t) [ ô(t-nT)
n=-oo
= [ f (t) s« - nT)
n=-oo
00
[ver Fig. 7.1(d)]. A Eq. (7.3) mostra que a funçãofa(t) é uma seqüência de impulsos
localizados em intervalos regulares de T segundos e tendo intensidades iguais aos
valôres de f(t) nos instantes de amostragem [Fig. 7.l(e)].
Do resultado do Probl. 5.15,
00
[5.66]
n=-OO
(7.4)
(7.5)
n=-oo
(7.6)
n=-oo
Portanto, desde que sejam feitas amostras de f(t) em intervalos uniformes e de se-
paração menores que 1/(2fM) segundos, o espectro de Fourier de Ja(t) será uma répli-
ca periódica de F(w), e conterá tôda a .informação sôbre f(t).
Investiguemos o resultado acima, chegando às mesmas conclusões por cami-
nhos diferentes. O espectro de Fourier P(w) de uma função de faixa limitada f(t)
está representado na Fig. 7.1(b). Imaginemos que o espectro F(w) seja a porção
7.1 TEORIA DA AMOSTRAGEM 153
r. (eu) = [ (7.8)
n=-OO
Como Fa(w) = F(w) para - WAl < W < WA{, e (lf2)wo > WA{, (7.9) pode ser escrita
também comO
(7.10)
Então,
Comof(t) é de faixa limitada, isto é, F(w) = O 'para Iwl > WA{, (7.1I) torna-se
f(t) = - i-
2TT
J úJM
-úJM
F(eu) e
iúJ1
deu. (7.12)
A Eq. (7.14) indica que c; pode ser achado de modo único a partir dos valôres da
função nos pontos de amostragem. Mas, conhecendo Cn, podemos determinar Fa(w)
a partir de (7.8) e, conseqüentemente, F(w). Conhecendo F(w), achamos f(t) para
todo tempo possível, por meio de (7.11).
Então, da suposição W0 > 2wA{, decorre
2TT
- > 4TT fM
T '
1
T<--. (7.15)
2fM
Isto completa a demonstração.
f(t)=
. .
i:
n=_ a>
f(nT) sen wM(t-nT)
WM(t - nT)
(7.16)
ou
f(t) = i: f
n=-a>
(nn
WM
) sen (wMt-nn)
wMt-nn
, (7.17)
.t
(a)
onde WM = 2nh! e T = 1/(2fM)=:' ao intervalo de àmostragem.
Solução: Desde que T = 1/(2hYf), Wo = 2n/T = 4nfM = 2WM. Então (7.8) se torna:
00 00
JnTw
Cn e (7.18)
n=-OO n=-oo
De (7.14) temos:
(b) 77
Cn = T f (-nT) = - f (-nT). (7.19)
<.UM
Desde que Fiw) = F(w) para - WM < W < WM, substituindo (7.20) em (7.12),
J
(e)
resulta:
f(t) = .-l. wM [ [-.!!.....-
00 f(-nT) einTw ]
(7.21)
1 7.2 (a) Função f (t ) de faixa limitada no tempo.
277 <.UM
(b) Função amostra. -wM n=-OO
(c) Reconstrução de uma forma de onda.
Permutando as ordens de integração e somatório vem:
00
e .tôdas as formas de ondas resultantes são somadas para a obtenção de f(/). Isto
. está ilustrado na Fig. 7.2(c).
mada de Fourier F(ro) pode ser determinada de modo únicoa partir dos seus valô-
res F(nrrjT) numa série de 'pontoseqüidistantes, espaçados de nl T. De fato, F(ro)
é dada por .
(7.22)
Então, no intervalo - T < t < T, a função f(t) pode ser desenvolvida numa série
de Fourier 00 00
(7.24)
n=-oo n=-oo
onde
Visto que f(t) = O para t > Te t < - T, (7.25) pode ser escrita como
c
n
= _1_
2T
Joo f(t) e-/n7TI/T dt = ~_
2T
F (n7T)
T'
(7.26)
_00
onde
e
n7T
W=-·
T
1:
Bntão,
em vista de (7.23).
F(w) = f(t) e-iwl dt = 1: f(t) e-
iwl
dt , (7.28)
F(w) = 1:Ltoo 1
2 T F (n;) e
in7TI T
/ J e-
iwl
dt
"~J(n;) 1
2 T i: e~j("~""/T)' d~
= ~ F(n7T);;ell(WT-n7T).
L... T wT-n7T
n=-OO
J v ~ V V V V ~ 5 [sen W c t] =- j 77 o (w o
- W c) + j TT (w + W c).
(b)
Então, conforme o teorema da convolução em freqüência (4.125), resulta:
f(1) eos Wc r
1 1
= - F (w) * o (w - wc) + - F (w) * o (w + wc)
2 2
1 1
F (w - wc) + - F (w + wc) (7.29)
I
2 2
I
F(W)
5 [f(t) sen wct] = ~ F(w) * [-j770(W - Wc) + jTTO(W + wc)]
277
~ill_ .. (d)
w
=
=
_!
2
_!2 j
j F(w)
F (w -
* o(w -
W
c
) +
Ú)c)
!2 j
+ !j
2
F (w + we).
F(w) * o(w + wc)
(7.30)
PROBLEMA 7.5 Mostre que, se l(t) fôr um sinal de faixa limitada sem nenhu-
___ L-- __ '-- __ L-_ ..•. w
ma componente espectral acima da freq üência WM, então o espectro do sinal
1(1) cos co.t é também de banda limitada.
Solução: Visto que o sinal/(t) é um sinal de faixa limitada, temos
:f[f(1) eos Wc r 1
5 [f(t)] = F(w) = O para \ co \ > WM'
Do resultado (7.29) do Probl. 7.4 e da Fig. 7.3 segue-se, então, que o sinal l(t) cos
w,.f é também de faixa limitada, e seu espectro é nulo fora da banda (Wc-W.vI) a
(W,. + W.\I) para W > O. Devemos observar que êste resultado baseia-se na suposi-
ção co; > WJI.
= Knb(w - W + Knb(w + W
e) e)
1 I +mo -, -1IIIõ':"'"--------,
,\ .•. ,
,
+2K M (w - We) +,2 K M (w + We), (7.33) ,, \
\
1 - - ----,: -,
\ I
onde :J'[m(t)] = M(w).
Na Fig. 7.5, o espectro consta de impulsos na freqüência da portadora de co,
-mo \ "'n<!{
e o espectro de freq üência deslocado de met)o A porção do espectro acima de ,/
w, é chamada faixa lateral superior do espectro, e a porção simétrica abaixo de
w, é a chamada faixa lateral inferior do mesmo. Note que as faixas laterais são
-1 +mo
, I1.. ,
,,
as componentes portadoras de informação do sinal modulado. -1 .,..-----\ -
\
\
1 1
f (t) =K cos wet + - K mo cos (wm - we) t + - K mo cos (wm + we) t. (7.35)
2 2
Então, utilizando (5.22), vem
1 (o)
+- K mo 7T[O(W -'Wm + we) + o(w + Wm - we)
2
IF(w)1
+ o(w - Wm -. we) + o(w + Wm + we)]. (7.36)
o espectro do exemplo considerado vem ilustrado na Fig. 7.6. Nest~ caso, as fai-
xas laterais constam de impulsos em W = We wm. ±
PROBLEMA 7.8 Para o sinal de AM do Probl. 7.7 ache as potências relativas,
contidas na portadora e nas faixas laterais que levam a informação.
Solução: O sinal AM do Probl. 7.7 é dado por --~-~~-.~~--~~--~r--L--*-~W
1 1 (b)
= K cos wct + - K mo cos (wm - we)t + - K mo cos (wm + we)t.
Fig. '7 . 5 (a) Espectro de m (I ).
'--v-----' -, 22/ "V' (b) Espectro de um sinal erdi-
portadora faixas laterais nário de AM.
158 APLICAÇOES A TEORIA DAS COMUNICAÇOES CAPo 7
(o)
Um sinal de AM de- faixa lateral dupla e portadora· suprimida' (OSBSC)*
é dado por
{(t)=m(t) coswct
fCt) = m(t) cos w,,J; ... (7.39)
ondem(t) é um sinal de faixa limitada como antes. A Fig, 7.7 mostra f(r) para
um mel) senoidal. .
~~-~-_-L_-~w
(b )
PROBLEMA 7.10 Mostre que o espectro de um sinal modulado pode ser con-
venientementerecolocado na sua posição original, multiplicando, no receptor final,
o sinal modulado por cos co.i.
Solução: Suponhamos o sinal modulado expr-esso como
1
= m (t) - (1 + cos 2 wct)
2
1 1
= - m (t) + - m(t} cos 2 wct. (7.42)
2 2
n
j'[f(t) cos wctl = j'[m(t) cos ' wct]
111
= - M(w) + - M(w - 2wc) + - M(w + 2wc). (7.43)
244
A Fig. 7.9(c) mostra o espectro de fel) cos úJel = m(t) cos? úJet. Do espectro da
Fig.7.9(b) concluímos que o sinal original mel) pode ser reconstituído mediante um
filtropassa-baixa que deixe passar o espectro até úJ.l1. O processo de demodulação.
vem mostrado no -diagrarna de blocos da Fig. 7.9(a).
1:0S Wc t
F(w) j'[{(t) co s Wc t]
.!.Mo
2
.!.M L_
co 4 o
w
-Wc O Wc
-2wc t
{b) (c)
Fig. 7.9 (a) Sistema de demodulação. (b) Espectro do sinal modulado [(t).
(c) Espectro do sinal {( t ) cos W c t .
PROBLEMA 7.U Mostre que a demodulação pode ser conseguida também, mul-
tiplicando o sinal modulado f(t) = mel) cos úJcl por qualquer sinal periódico de fre-
qüência úJc•
Solução: Se p(l) fôr um sinal periódico de freqüência co; e da forma
(7.44)
n=_OO
160 APLICAÇOES À TEORIA DAS COMUNICAÇOES CAP: 7
então, em virtude de (5.57), sua transformada de Fourier pode ser escrita como
00
(7.45)
n:;-OO
n=-OO
00
n=-OO
00
mediante (4.121).
É evidente que êste espectro contém um têrmo M(w), espectro de m(t). Êste
pode ser reconstituído mediante um filtro de passa-baixa que só deixe passar
até w = WM.
,. Em inglês phase-rnodulated.
7.3 MODULAÇAO EM ÂNGULO 161
então, o sinal modulado em ângulo (7.47) pode ser escrito também como
(7.59)
Em virtude de (7.49), CPm= kpmo, visto que a amplitude máxima de m(t) é mo;
então,
162 APLICAÇOES À TEORIA DAS COMUNICAÇOES CAP. 1
max
Então
(7.61)
Em (7.62), os têrmos
c-os(cjJm sen wmt) e sen (ifJm sen wmt)
são funções periódicas com período T = 2nJwm• Portanto, podem ser desenvolvi-
dos em série de Fourier. Notemos que
ei<Pmsen wmt = cos (9m -sen wmt) + j sen (9m sen wmt). (7.63)
(7.64)
n=-OO
7.3 MODULAÇAO EM ANGULO 163
onde
1 jT/2 . (j<Pmsen Wml) (-lnWml) d
c =- e e t (7.65)
n T
-T/2
e T = 2n/wm• Então,
C
n
= -
. (Um
2TT
J T2
/
-T/2
e
j(<PmsenWml-nWml) dt
. (7.66)
c = -
1 J7I" e
J(<Pm seu x-nx) d
x. (7.67)
n 2TT
_71"
Os coeficientes de Fourier (7.67) são, por sua vez, funções de Bessel de primeira
espécie. Das funções geratrizes relativas às funções de Bessel temos
L Jn(Z)
00
2
ez(X -O/2x = xn, (7.68)
0=-00
Z
2
(x - 1) =
--'--_":'
2x
Z -
1 (x - -
2 x
1) = [z - 1
2i
(eiwl - e-iwl) = j z sen cot, (7.69)
Então,
L Jn(Z) ,
00
L
00
Cn
=J
n
(ri.. )=
'l'm
~i7l"
2TT _71"
e
j(<Pmsell x-nx) d
x. (7.72)
(7.73)
Mas, conforme (7.71),
n=-OO
COS (1)m seu (Umt) = Jo(4)m) + 2J2(1)m) cos 2(Umt + 2J4(1)m) cos 4(Umt + .••
00
obtemos:
f(t) = A!]o(CPm) cos wct -]I(CPm) [cos (wc - wm)t - cos (wc + wm)t]
+ ]2(CPm) [cos (wc - 2wm)t + COS (wc + 2wm)t]
- ] 3(CPm) [cos (wc - 3 wm) t - cos (wc + 3 wm) t]
+ ... l. (7.78)
Fig. 7. 10. Es"ectro do sinal FM A Eq. (7.78) mostra que o sinal FM f(t) é constituído de uma portadora e de um
de (7.78). número infinito de faixas ou bandas laterais espaçadas em freqüências (co, + wm),
(co, ± 2wm), (we ± 3wm), etc., como indica a Fig. 7.10. As amplitudes da portado-
ra e dos têrmos das faixas laterais dependem de 1Jm, o índice de modulação, sendo
esta dependência expressa pelas funções de Bessel apropriadas.
PROBLEMA 7.16 Ache o espectro do sinal PAM (7.79), se g(t) fôr uma seqüên-
cia de pulsos retangulares periódicos com largura de d segundos e se repetindo em
cada T = 1/(2fM) segundos.
7.4 MODULAÇAO EM PULSOS 165 m(1)
Solução: Seja
S:(m(t)l = M(úJ), (7.80)
Então,
00
(7.82)
,,
n=-OO
n=-oo
00
n=-OO
00
(d)
mediante a aplicação de (4.120).
g(t)
Se m(t) tiver faixa limitada como indica a Fig. 7.11(a), o espectro de ampli-
tudes do sinal PAM é ilustrado na Fig. 7.11(f).
'"
'" ""
",-- - ..•..•
....
.•..
'" .•..
No Probl. 7.16, para g(t) foi utilizado um trem de pulsos retangulares. A
análise espectral do exemplo seguinte mostra que a-forma de onda do pulso não é
relevante.
(e)
PROBLEMA 7J7 Ache o espectro de um sinal PAM (7.79), se g(t) fôr uma se- F (t)
qüência de pulsos periódicos de forma de onda arbitrária que se repete em cada
T < 1/(2fM) segundos.
Solução: Desde que g(t) é uma função periódica, então. pode ser desenvolvida em
série de Fourier; portanto,
00
217
úJo = -.
T
n=-oo
Assim, em virtude de (7.79), o sinal PAM f(t) = m(t) g(t) pode ser escrito como Fig. 7. 11 (a) Sinal de faixa limitada
m (r ) do Probl. 7.16. (b) Seqüência
de .pulsos retangulares periódicos g (t J.
(c) Sinal PAM F(t)=m(t)g(t).
, (d) Espectro de m (t J. .
(e) Esp.ectro de g (t ).
00
Portanto,
00
(7.85)
n=-OO
cz: [ inúJot]
J m(t)e =M(úJ-núJo)'
Então,
00
(7.86)
n=-OO
------~-L~----~~úJ
(o) (b)
Fig 7.12 Espectro do sinal de faixa limitada m (I) do Probl. 7.17. (b)_ Espectro do sinal PAM do Probl. 7.17.
j''' -O>
[f(t)J2 dt = 0).
É evidente, então, que não existe a correlação, tal como foi definida na Seç. 4.9.
Em tais casos, consideramos as seguintes funções correlação média. .
A autocorrelacão média de hei) representada por Rl1(r), é definida como o
limite
-- 1 JT!2
Ru(r) = lim -T /l(t)fi(t - r) dto (7.87)
T->o> -T!2'
-' J fTl2
Rdr) = lim -T /1(1)/2(1 - r) dto (7.88)
T->o> -T!2
7.5 FUNÇÃO CORRELAÇÃO MÉDIA 167
PROBLEMA 7.18 Mostre que para funções periódicas (com período TI) temos:
(7.89)
(7.90)
Solução: Sejam fl(t) e h(t) duas funções periódicas com o mesmo período TI.
Então,
t,(t) = f,(t + T ,), (7.91)
f,(t - T) = f,(t - T + T,), (7.92)
f2(t - T) = f2(t - T + T,). (7.93)
(7.94)
(7.95)
As Eqs. (7.94) e (7.95)mostrani que Rll(!) e Rl2(!) são periódicas com o período
TI.
168 APllCAÇOES À TEORIA DAS COMUNICAÇOES CAPo 7
- 1 fT/2
Ru(T) = lim - f(t) f(t - T) dt
T-+oo T
-T/2
= -
A2JT'/2 seu (úJ,t + cp) seu [úJ,(t - T) + cp] dt
,T, -T,/2
=
A2
T J T
'/2
sen (úJ,t + cp) sen (úJ,t + cp - úJ,T) dto (7.96)
, -T,/2
Rff(T) = --
A' fT,/2 [cos úJ,T - cos (2úJ,t + 2cp - úJ,T)] dt
2 T, -T,/2
A2 • jT'/2
= -- cos úJ,l dt
2T
, -T,/2
A 2 (7.97)
= - cos (úJ,T).
2
A Eq. (7.97) mostra que RJJ(r) é independente da fase cP de f(t).
PROBLEMA 7.21 Mostre que, se fl(t) e f2(t) são funções reais periódicas com
o mesmo período Ti, então
(7.98)
n=-OO
-
R12(T) = -
1 jT'/2 f,(t) f,(t - T) dto
, T
, '-T,/2
f,(t) = L (7.99)
n=-oo
00
f (t) = ~
, L c 2n eJnw,t , (7.100)
n=-OO
onde
(7.101)
7.6 IDENTIFICAÇÃO DO SINAL EMPREGANDO CORRELAÇÃO 169
C2n = T1 JT /2l
f2(t) e
-jnúJlt
dto (7.102)
1 -T,/2 .
-
R,2('t) = T1 JT /2 l
f,(t) f2(t - 1') dt
'-T,/2
-R 12
-L
(1') -
00
c 2 n. e -jnúJ
," [T
~
T
J 1
(2
f 1(t) e jnw,t dt ]
. (7.104)
n=-oo 1 -T,/2
A integral entre colchêtes é o complexo conjugado de CI,,, como podemos ver, com-
parando-a com (7.101). Então,
00
n:;:-oo
Observe que .Rl2(r) é também uma função periódica de r com período TI,
PROBLEMA 7.22 Mostre que, se fel) fôr uma função periódica real com período
T, então
(7.105)
n=-oo
n=-oo
1 c., 12 e -jnwo" = L
n=-06
1 c., 1
2
ejnwo",
n=-oo
Vamos agora tratar' do caso dos sinais que contenham componentes de ruído.
Por ruído entendemos normalmente qualquer distúrbio indesejado ou' parasita que
tenda a anular ou mascarar o sinal transmitido. O sinal de ruído encontrado na
prática é um sinal com variação aleatória de amplitude. A seguir suporemos, o
170 APLICAÇOES À TEORIA DAS COMUNICAÇOES CAPo 7
lim -TI
T-''''
J 1'/2
-1'/2
n(t) dt = O. (7.106)
Em geral, dizemos que dois sinais fl(t) e f2(t) são não corre/aios, se
- I J1'12
R12(-r) = lim -T ji(t)f2(t - T) dt
Tr+» -1'12
I I
Tj
~1'/2 ] [ J1'/2 ]
[ ,I,im fl(1) dt ,I,im T h(t) dt . (7.107)
1-"'" -1'/2 1-+ 00
-1'/2
PROBLEMA 7.23 Seja s(t) um sinal útil e n(t) um ruído. Prove que, se s(t) e
n(t) são não correlatos, então
7'-+00
I
lim --T J.
.
Tí2
1'/2
s(t) 11(1 - T) dt = O para todo T. (7.108)
lim
T ...•
oo
1:.
T
T/2
f -T/2
s(t)n(t-L)dt= [1 lim
T -e oo
-
T
jT/2
-T/2
s(t)dt ] [ lim
T ...•
oo
-
T
1 fT/2
-T.j2
n(t)dt ] =0
em vista de (7.106).
Se designarmos por R .•,,(T) a função de correlação cruzada média de s(t) e n(t),
então (7.108) pode ser expressa como
R,,,(T) = O para todo T. (7.109)
Para os ruídos aleatórios, com valor médio zero,
- 1 jT/2 •
Rff(L) = lim - f(t) f(t - L) dt
oo T
T ...•
-T /2
1 jT/2
= lim - [s(t)+n(t)][s(t-L)+n(t-L)]dt
oo T
T ...• .
-T/2
(7.111)
Portanto,
(7.112)
PROBLEMA 7.25 Mostre que, com base no resultado (7.112) do Probl. 7.24,
podemos usar a autocorrelação para a deteção do sinal.
Solução: Sejaf(t), o sinal recebido, a soma do sinal útil s(t) e do ruído n(t). Então,
se conhecermos a natureza do ruído tal como o espectro de potências que será dis-
7.7 ESPECTROS DE POTÊNCIAS MÉDIAS 171
onde s(t) é o sinal útil recebido e n(t) é o ruído. Agora, se fizermos a correlação
cruzada entre o sinal recebido f(t) e o sinal transmitido vem
- 1 fT/2 --
R til Cr)= lim - [s(t)+n(t)]g(t-T)dt=RslIcr)+Rnll(T). (7.113)
T->oo T -T/2
lim -T
1 fT'2 [f(t)]2 dt = O. (7.116)
T->'" -T12
-------~--------~.
i72 APLICAÇOES À TEORIA DAS COMUNICAÇOES CAPo 7
Em conexão com o cálculo dos ruídos, temos que considerar os sinais que não
contêm energia latente finita. Então, neste caso, a potência média de f(t) é a quan-
tidade
lim -TI
T-H"
'I TI2
-T12
[f(t)]2 dto (7.117)
P(ro) . - 1
= lirn
T-H" T
I I TI2
-T!2
f(t)e-1wt '1 dt
2
(7.118)
(7.119)
- 1 IO;> ..
RJJ (r) = 5'-1 [P(ro)] = 2; _<D P(ro) eJWT dco. (7.120)
PROBLEMA 7.28 Mostre que a potência média total (ou valor médio quadrático)
de uma função f(t) é dada por .
TI2
lim -T
I I .
[f(t)]2 dt = I
-2"
I <D
P(ro) dos =I <D
P(27tv) dv, (7.121)
T-><D -Tj2 7t -<O -<X>
onde ro = 27tv.
Rlf(T) = lim
T->oo
-1
T
I-T12
TI2
f(t)f(t-T)dt. [7.87]
Portanto,
1 JTI2 (7.123)
Rlf(O) = lim - [f (t»)" dt.
T->oo T -T12
lim
1
-
fTI2
[f(t)F dt = -
1 Joo
P(w) dco =
{OO P(217V) dv .
T->oo T • -T12 217 ,_00 _00
7.7 ESPECTROS DE POT~NCIAS M~DIAS 173
A Eq. (7.121) afirma que a potência média total (ou valor médio quadrático) de uma
função f(t) é dada pela integração de P(w) em todo o domínio da freqüência. Por
esta razão, a quantidade P(ro) é chamada de espectro de potências ou densidade es-
pectral de potência de f(t).
[7.105]
n=-OO
2 inúJo
P (úJ) = ~ [RIf(,)] = [ 1 Cn 1 ~ [e "]
n=-oo
00
(7.125)
n=-OO
mediante (5.21).
Então, P(ro) é constituída de uma série de impulsos nas freqüências harmôni-
cas de f(t). Cada impulso tem uma intensidade igual à potência latente nesta com-
ponente freqüencial, e é obviamente uma medida da distribuição da potência em
f(I).
PROBLEMA 7.30 Mostre que a potência média por período, numa função pe-
riódica f(t), é dada por
(7.126)
lim
T ...•oc T
-1 JT /2
-T/2
[f(t)]2 dt = - 1
TI
i TI 2
/
-TI/2
[f(t)F dt, (7.127)
TI
1 fTI/2
-TI/2_ [f~)]2 dt = n~oo
00
Icnl
2 L oo
Icnl
2
o ruído branco é definido como sendo qualquer sinal aleatório cuja densidade
espectral de potência é uma constante (independente da freqüência).
R(T)=:f-1 [P(w)] =-
1 Joo P(w)eiW7:dw=K -f
1 00
ejW7:dw.
2rr _00
Zn ~OO
~ Joo
2rr
e i W7:dw = o (T),
_00
resulta:
onde
k = constante de Boltzmann, k = 1,38 X 10-23 joule/vK.
T= temperatura ambiente em graus Kelvin.
G = condutância do resistor em mho.
o: = número médio de colisões de um elétron por segundo.
Ache a densidade espectral de potência da corrente de ruído térmico.
,,'
oo
= kTGCXI e-cx.I"C1 e-iw"C dT
-00
2kTG
(7.131)
(7.133)
Solução: Foi mostrado em (6.87) que a saída y(t) se relaciona com a entrada x(t)
pela integral de convolução, isto é,
!JT/2
Ryy (r) = lim y (t) y (t -r- T) dto (7.135)
T->oo T -T/2
-
Ryy(T)= ;~: T1 jT/2
-T/2
[f OO
_00 h(A)x(t-A)dA
Joo h(a)x(t-T-a)da
_00
] dto
(7.138)
Mudando a ordem de integração, podemos escrever (7.138) como
-1
T
JT2
-T/2
/ x(t - A) x(t - T - a)dt ] do ds.,
(7.139)
Visto que
Rxx(T+a-A)= lim -
~JT/2 x(t-A)x(t-T-a)dt, (7.140)
T->oo T -T/2
176 . APLICAÇÕES À TEORIA DAS COMUNICAÇÕES CAPo 7
(7.139) se torna
i:
Solução: Em virtude de (7.119), Pr(W) é dada por
(7.144)
Visto que
Para os sinais aleatórios, não temos nem poderemos apresentar uma expressão
. explícita para uma fonte de ruídos, nem para a resposta, de um sistema, a tal exci-
tação. Conseqüentemente, uma relação como (6.92) não é possível para sinais
aleatórios. Contudo, por meio das densidades espectrais de potência, poderemos
estabelecer e utilizar a relação (7.141) para problemas que envolvam sinais aleató- '
rios aplicados a sistemas lineares.
7.8 RELAÇÃO EXCITAÇÃO-RESPOSTA: CÁLCULO DO RufDO 177
h (t) = _1_
RC
e-ti RC u co. excitação
I
X_C_t_) CI 1 re_sp_o_stoa y Ct)
= --- K
(RC)2
100
_00
e-U!RC u(a) [00 0(1' + a - A) e-
_00
À/RC u(A)dAda. (7.146)
= ~loo
(RC)2 o
e-1:/RC e-2U/RCda
Então,
- K -1:/Rcloo -2u/RC.J
Ryy (1') = -- e e ao -_ ~e-1:/RC
, . (7.147)
(RCY o 2RC.
A Eq. (7.147) é válida somente para, positivo, entretanto, desde que a função auto-
correlação é uma função par de , [ver (4.148)],
(7.148)
1fT/2 - K
lim - [y(t)F dt = Ryy(Ü) = -. (7.149)
T->oo T 2 RC
-T/2
P e (W) == K. [7.128]
Então, em virtude de (7.141), a densidade espectral de potência de saída é dada por
K. (7.150)
De acôrdo com (7.121), a tensão média quadrática do ruído na saída pode ser ava-
liada a partir de PT(w); então,
lim
T ...•
oo
~JT/2
T -T/2
[y(t}F dt == ~Joo
217 _00
Pr(w) dco
K
(7.151)
2RC
que concorda com (7.149).
PROBLEMA 7.37 Mostre que a função periódica de banda limitada, sem harmô-
nicos de ordem superior a N, é especificada de modo único por seu valor em 2N + I
instantes em um período.
[Sugestão: Com 2N + 1 incógnitas, uma função de banda limitada e periódica
tem a forma
N
11=1
T
onde WM = 2nfM e T = lj(2fM)' Mostre que (a) <Pn(t) são ortogonais no intervalo
- co < t < ro, e (b)
1-00
00
PROBLEMA 7.39 Se f(t) fôr de faixa limitada, isto é, F(w) = 5'[f(t)] = O para
I w I > Wc, mostre que
onde (j>n(t), é a função amostra do Probl. 7.38, para cada cj>nCt) do Probl. 7.38 com
roM > wc•
[Sugestão: Multiplique (7.16) por cj>n(t) e integre em [- 00, 00], e utilize o resul-
tado do Probl. 7.38.]
PROBLEMA 7.41 Seja f(t) um sinal de banda limitada cujo espectro seja zero
fora da faixa de - fu a fM hertz. Se f(t) fôr amostrada à taxa de 2fM ensaios
por segundo, prove que
PROBLEMA 7.42 Mostre que o produto de um sinal ordinário AM, por uma
forma de onda periódica cuja freqüência fundamental seja a freqüência da porta-
dora do sinal ordinário AM, inclui um têrmo proporcional ao sinal m(t).
PROBLEMA 7.43 Mostre que o sinal DSBSC pode ser demodulado pela multi-
plicação do sinal por qualquer sinal periódico cuja freqüência fundamental seja a
freqüência da portadora do sinal DSBSC.
PROBLEMA 7.44 A eliminação de uma banda lateral num sinal DSBSC resulta
um sinal AM de uma só banda (SSB)*. A Fig. 7.14 mostra o diagrama em bloco
de um método de retardamento de fase para produzir um sinal SSB. Forme (a)
o sinal DSBSC fl(l), multiplicando em dado sinal mensagem mel) por uma porta-
dora cos wct, e (b) o sinal DSBSC f2(t), multiplicando a portadora deslocada •...TI
fase de -! ti pelo sinal mensagem defasado de -! tt: Mostre também que
Mt) - f2(1) resulta num sinal SSB.
FLDPS
Modulador
cos w (t)
c
m(1) Sinal SUF
- .!. 7T Deslocado
2 de fase
FLDPS
Modulador
Deslocado de
fase
PROBLEMA 7.45 (a) Mostre que o sinal f(t) = mel) cos wel, onde m(t) é uma
onda quadrada periódica, pode ser escrito como o sinal modulado em fase
cos[wet +
cj>(t)]. (b) Ache cj>(t).
Resp.: Se
para O< t < T/2
Jl(t)={ 1 e m(t + T) = m(t),
-1 para T/2 <t<T
* Em inglês single-side bando
180 APLICAÇOES À TEORIA DAS COMUNICAÇOES CAPo 7
PROBLEMA 7.46 Os sinais FM com cjJ (t) = k , {"" m (e) dx «: t 17 para todos
os valõres de t são chamados sinais FM comprimidos. Ache a equação e o espec-
tro de freqüência de um sinal FM comprimido.
PROBLEMA 7.48 Ache o espectro do sinal PAM (7.79), se g(t) fôr o pulsç-pe-
riódico retangular e simétrico mostrado na Fig. 7.15. Êste sinal PAM .especial é
chamado também sinal fracionado.
[1
00
PROBLEMA 7.49 Mostre que a autocorrelação média Rll(r) é uma função par
de r.
PROBLEMA 7.51 Dizemos que dois sinais periódicos fl(t) e f2(t) com período T
são não corre/atos ou não coerentes, se para todo r,
r T / 2T / 2 'r / 2
R12(L)=~L f,(t)f2(t-L)dt=l! f,(t)dtxlJ f2(t)dt;
-T/2 T -T/2 T -T/2
isto é, a função correlação cruzada média de fl(t) por f2(t) é igual ao produto das
médias de fl(t) e de f2(t) em um período.
Mostre que o valor médio quadrático de dois sinais periódicos não coerentes
é igual à soma dos valôres médios quadráticos dos sinais quando o valor médio de
cada sinal é nulo.
PROBLEMA 7.53 Aplicamos dois sinais !a(t) e Ji,(t) a dois sistemas, como é mos-
trado na Fig. 7.16.' As respostas resultantes são f1(t) e f2(t). Exprima a função
correlaçãomédia R12 de /1(t) por f2(t) em têrmos de Rab, h1(t) e h2(t), onde h1(t) e ta(t) Sistema linear
h2(t) são as respectivas respostas aos impulsos unitários dos dois sistemas. H1(W). h1(t)
ondeSal> (w) é a densidade espectral cruzada de fa(t) e Ji,(t), e H1(W) e H2(w) são as (b)
respectivasfunções características dos dois sistemas.
Fig. 7.16 Os dois sistemas do Probl. 7.53_
Resp.: 1
onde b = - .
RC
função real f(t), e F(w) a transformada de Fourier de f(t), onde f(t) é definida por
1(t) = - 11
" o
00
na definição de f(t),
A
= -
1 fOO F (w)A
e
jWt
dor.
V eja
. OS
Pro bls.
2" -00
6.50 e 9.55.]
182 APLICAÇOES À TEORIA DAS COMUNICAÇOES CAPo 7
PROBLEMA 7.58 O sinal analítico f+(t) associado ao sinal real f(t) é definido por
onde f(t) é o sinal definido no ProbI. 7.57. Mostre que, se ;f[f .•.(t)J = F+(w), entãc
2F(W), w>O
F +(w) = 2F(w)u(w) = .
{
0, w < 0,
onde u(w) é a função degrau unitário.
PROBLEMA 7.59 Ache o sinal analítico associado ao sinal f(t) = cos cot.
[Sugestão: Veja o Probl. 6.5l.J
'W/
Resp.: f+Ct) = cos co t + j sen cot = e]
qüência instantânea do sinal f(t). Seja f(t) o sinal definido no ProbI. 7.57. A fun-
ção envolvente A(t) pode então ser definida por
eCt)= tg-'[ICt)/f(t)].
(a) Aplicando as definições acima, exprima f(t) = A sen wt, onde A e co são cons-
tantes, na forma de uma senóide modulada em amplitude e ângulo.
APLICAÇÕES A PROBLEMAS
COM VALORES DE
CONTORNO
. A
A
8
8.1 Separação de Variáveis e Séries de Fou rier
onde u(x, t) é a deflexão da corda, e c2 = T[p, onde p é a massa da corda por uni-
dade de comprimento e T a tensão na corda. A Eq. (8.1) é conhecida como equação
unidimensional da onda. As condições de contôrno são
que é um produto de duas funções, dependendo cada uma das quais, somente de
uma das variáveis x e t. Diferenciando (8.4), vem:
Dividindo por X(x) T(t), separando assim as variáveis, uma para cada membro
da equação, temos:
X" (x) T"(t)
(8.7)
X(x) = c2T(t) .
184 APLlCAÇOES A PROBLEMAS COM VALORES DE CONTORNO CAPo 8
X"(x) + k X(x)
2 = O, (8.9)
sen kl = O,
de onde
nn (8.14)
kl = mt ou k=- I' n=12
,"" .. · .
Então,as funções
, nnx ( cnn
u..(X, t) = Xix) Tn(t) - sen -/- En cos -/- t + Fn' sen -/-cnrc)t (8.17)
cc nrcx
u(x, O) = n~ e; sen "T' = f(x), (8.19)
ôu(x, t) I _ ..ç... F.
- k..i n
cnrc nnx _ ()
I serr l - g x . (8.20)
Ôt t=O n-l
A Eq. (8.19) mostra que os coeficientes E« devem ser escolhidos tais que u(x, O)
setorne a série de Fourier em senos de f(x) (ver Seç. 2.3), isto é,
cnx
r. -1- = I
2 fi g(x)
ns x
sen -1- dx (8.22)
o
ou
F; = --2 fi nnx
g(x) sen -I' - dx, n = 1,2, .... (8.23)
cnn o
f(x)
Por conseguinte, com os coeficientes E; e F; dados por (8.21) e (8.23), (8.18) é a
solução desejada.
{ 2k 1
-- (l-x) para-l<x<l
12'
Por conseguinte, a série de Fourier de senos de f(x) é dada por (2.64), isto é,
U (x O) = -
8k (,~en -TTX - -1,",sen
- --
3TTX
+ --1 Isen
"STTX
--- - .... )
, TT2 / 32 t S~ /
u (x t) = -
8k ~~sen-
- TTX co~ --
C TT t
- -12 sen --"
3 TTX cos --
3c TT t + .... ) (8.26)
, TT2 / / 3 / I "'
PROBLEMA 8.3 No Probl. 8.1, se u(x, O) = f(x), mas ôu(x, t)/ôt I t=O = g(x) = 0,
mostre que a solução de (8.1) pode ser expressa como
. 1 1
u(x, t) == "2 fI(x - ct) + "2 fl(X + ct), (8.27)
onde fl(X) é a extensão periódica ímpar de f(x) com o período 2/. Dê também
a interpretação física de (8.27).
u(x, t) =
'\'
L..,sen n TTx
-/- ("
e; cos -/- TT t +
cn . ". cn TT t )
r; sen -/- . [8.18]
n=1
n=1
En sen --
. /
n TT x
cos
Cn.TT
--o
/
(8.28)
Da identidade trigonométrica
sen A cos B = .! [sen (A - B) + sen (A + B)J,
2
segue que
u (x, t) = -
1
2
L: oo
En sen -
"nTT
/
(x - ct) + -
1
2
[00 En sen -/
nTT
(x + ct). (8.29)
n=1 n=1
Comparando com (8.19), concluímos que as duas séries acima são as obtidas pela
substituição de (x - ct) e (x + ct), respectivamente, pela variável x 'na série de
Fourier de senos (8.19) de f(x). Portanto,
. 1 1
u(x, t) = - f1(x - ct) + - f1(x + ct),
2 2
onde fl(X) é a extensão ímpar periódica de f (x) com o período 21, mostrada na
Fig. 8.2. f(x)
f(x)
----.~--~~---~---~---~-~x
~~---~~-----~--~x
" •.. ... _-
Fig. 8.2 Extensão periódica da f (x) do Probl. 8.3. Flg.8.3 Gráfico d. f; (x). de f1{x-ct)
do Probl. 8.3.
8.1 SEPARAÇAO DE VARIÁVEIS ES~R~S DE FOURIER 187
ô2u(x, y) + ô2u(x, y) _ O
(8.30)
ôx2 ôy2 -.
onde X(x) é uma função somente de x, e Y(y) é uma função somente de y. Subs-
tituindo (8.33) em (8.30), vem:
X"(x) Y"(y)
--+--=0 (8.35)
X (x) Y(y)
ou
X"(x) =_ Y"(y)
(8.36)
X (x) Y(y)
o sinal da constante de separação foi escolhido de tal modo que fôssem satisfeitas
as condições de contôrno. A Eq. (8.37) fornece as duas equações diferenciais
lineares ordinárias
X"(x) -k2X(x) = O, (8.38)
Y"(y) + e Y(y) = O. (8.39)
As soluções gerais de (8.38) e de (8.39) são
X (x) = A ekx + B' e~kx , (8.40)
sen kb = O,
Sendo
n1T
kb = n1T or k = -, n = 1, 2, .... (8.43)
b
As funções
.
un(x,y) n1TX
= Xn(x) Yn(Y) = En senh -- n n y
sen --, n = 1, 2, ... , (846)
.
b b
u(x,y) "00
= L un(x,y) = "hs;
L
00
sen n1TX
-b- sen n1TY
-b-' (8.47)
n=l n=l
Aplicando a condição de contôrno de (8.32); temos:
00
u(d,y) = o, = L
"
z; senh b
n1Td
sen b
n1Ty
n=l
00
=
L
n=l
c sen--
n
n1Ty
b'
0< y < b, (~.48)
onde
A Eq. (8.48) é uma série de Fourier de senos e os coeficientes Cn podem ser deter-
minados como [veja (2.51)]
Cn = -
21b Uo sen --
n ny
dy =
2U
_o (1 - cos 1m) =
{4U o
n1T
, n=1,3,···
b o b n1T
O, n = 2, 4,
Contudo,
8.2 VIBRAÇÃO 189
e, portanto,
E n = 4_U.::,0 n = 1, 3, 5, ... , (8.49)
ne senh (
n d)'
17
-b-
4Uo ~
00
.!
senh-- (n b x)17
sen n 17 y , (8.50)
u(x,y) =-
17 L n
n = ímpar senh -b-
(n17d) b
8.2 Vi bração
(8.51) y
7'
'ÔI
ôu(x,y, I) I =g
()x,y, (8.54)
rn
I
, t=O
onde f(x, y) "e g(x, y) são, respectivamente, os deslocamentos iniciais dados e a velo-
cidade inicial da membrana.
;Y"(x) Y(y) T(t) + X(x) Y"(y) T(t) -71 X(x) Y(y) T"(t) = 0, (8.56)
ou
X"(x) 2
Y" (y)
X(x) = _k _ Y(y) . (8.59)
X"(x) Y"(y) 2
X(x) = - k2 - -Y(y) = - kx•
nn:
ou ky = b' n = 1,2, .... (8.67)
mnx
Xm(X) = Em sen -- , m = 1,2, "',
a
mttx miy
= (Gmn cos kmnct + Hmn sen kmnct) sen -a- sen -b-' (8.69)
onde m = 1, 2, 3, ... , n = 1, 2, 3, ... , e com kmn dado por (8. 68), são as solu-
ções da equação da onda (8.51). Estas são nulas no contôrno da membrana re-
tangular da Fig. 8.4. Devemos agora calcular as constantes arbitrárias Gmn e Hmn.
Para a obtenção das soluções que satisfaçam também às condições iniciais
(8.53) e (8.54), procedemos de modo semelhante ao utilizado no Probl. (8.1)
Consideremos as seguintes séries duplas
I: I: umn(X, y, t)
cc cc
u(x, y, t) =
m=l n=l
nny
~];1 t;1
cc cc
(8.72)
m=1
mn:x
, (8.73)
192· APLICAÇOES A PROBLEMAS COM VALORES DE CONTORNO CAPo 8
Para y fixo, (8.73) é a série de Fourier de senos de f(x, y), e é considerada como
função de x. Segue, de (2.52), que os coeficientes do desenvolvimento são dados
por
Jm(y) =-
2 Ja f(x, y) sen --
mttx
dx. (8.74)
a o a
onde m = 1, 2, 3; . . . , n = 1, 2, 3, .. - .
Para determinar Hmn de (8.70), diferenciamos (8.70) têrmo a têrmo em relação
a t, e usando (8.54),
- õu
õt
I tsO
=g(x,y)
mrcx nrcy
=L L n.; ckmnsen -- a
00 00
4 b Ja mnx nny
He« =
aCmn
bk
J o o
g(x, y) sen -a- sen -b- dx dy, (8.78)
u (x, y, t) = ° para x = 0, x = a, y = 0, e y = h,
u(x,y,O) = xy(x -a)(y - b),
au
at I -°
1=0 - •
"
u(x,y, t) = L... ~L... (Gmn cos kmnct + Hmn sen kmnct) sen -a-
mrrxnrry
sen -h-o
m=1 n=1
Fazendo t = O, vem:
00 00
Gmn = -4
ab
i ia O
b
O
u(x,y, O) sen m17X
-_.
a
n n y dx dy
sen --
b
= -
ab
41 o
a
x(x - a) sen --
m17X
a
dx lb
o
y(y - b) sen n-- n
b
y dy
64a2 b2 _ ,
--- se. m e n sao ímpares
= 17
6
mn 3 3
'
{
° em caso contrário.
Desde que õulõt It = o = o e conforme (8.78), Hmn = O, a solução final é
u(x,y, t)
64a2 b2
= ---
[00 [00
. --
1
cos kmnct sen --
m 17 x
sen --
n 17 y
(8.79)
6
17 . m3 n3 a b '
m =ímpar n = ímpar
éru(x,t) + 1.- 2
J u(x,t) = O, (8.80)
J x" c 2
J t2
onde c2 = EI/(pA), E = módulo de elasticidade de Young, I = momento de inér-
cia da seção transversal, p = densidade, A = área da seção transversal. Ache a
solução de (8.80) que satisfaça às seguintes condições:
~:~ j
x=O
= ~:~ I x=!
= O, (8.82)
Ju I = O. (8.84)
Jt t=o
B sen kl + D senh kl = O,
B sen kl - D senh kl = O,
e, por conseguinte,
B sen kl = O, D senhkl = O.
isto é,
n17
kl = n17 or k = -, n = 1, 2, .... (8.95)
1
n17x
X.,(x) = Bn sen --, n = 1,2, .... (8.96)
1
Mas, desde que
TJ(O) = k2c F = O.
Logo F = 0, e as correspondentes soluções Tn(t) tomam-se
(8.97)
Portanto, as funções
2
n 17X n 2 17 ct
un(x, t) = Xn(x) Tn(t) = bn sen -1- cos -1-2 _., (8.98)
L
00
u (x, t) = un(x, t)
n=1
00
n 17 x n2 172 ct
=
L
n=1
b sen --
n i
cos ---o
[2
(8.99)
'\' n17X
u(x,O)=x(l-x)= L bnsen -i-' (8.100)
n=1
bn = -
2 fi x (l - x) sen --
n17X
dx
i o i
para n ímpar
(8.101)
para n par.
A solução final é, portanto,
2 2
8i2 I n 17 x n 17 ct
u(x, t) = -3
17 L
n=impar
-
n3
sen --
i
cos ---o2
i
(8.102)
1 a u(x,
2
t) = O
[8.1]
c2 at 2
'
e as condições iniciais
T'(O) = kcD = O.
Então D = O, e
u (x, t; k) = (F cos kx + G sen kx) cos kct (8.107)
é uma solução de (8.1) que satisfaz (8.104).
Qualquer série de funções (8.107), que se acha na forma habitual, quando
tomamos k como múltiplo de um número fixo, nos levaria a uma função perió-
dica em x quando t = O. Entretanto, visto que em (8.103) f(x) não é considerada
periódica, é normal empregarmos a inte~al de Fourier no caso presente, em lugar
da série de Fourier.
Como em (8.107) F e G são arbitrárias, podemos considerá-Ias como funções
de k e escrever F = F(k) e G = G (k). Como a equação da onda (8.1) é linear e
homogênea, a função
u (x , t) = 1 00
u (x, t; k) dk = L'" [F (k) cos kx + G (k) sen kx] cos kct dk (8.108)
f(t) = ; 1 [J_: 00
f (x) = ; 1 [i:
00
= ; 1 [1:
00
= ; 1 00
Se fizermos
F(k) =; 11 00
_00 f(y) cos ky dy , G (k)
1
= ;
(00
100 f(y) sen ky dy ,
f(x) = i oo
[F(k) cos kx + G(k) sen kx] dk. (8.112)
u(x, t) = ; i [i: oo
f(y) cos k(x - y) cos kct dY] dk. (8.114)
8.2 VIBRAÇAO 197
+ ~ ; 1 [I:
00
então,
u (x, t) = j=-I [U (s , t)] = .L
2 TT
1_00
00
Suporemos que a solução u(x, t) e õuix, t)/ox sejam pequenas para I x I grande e
tendam a zero quando x ~ + co ,
Seja
au(x, t)
Ux (x, t ) = r
dx
Ut(x,t)= au(x,t).
at
198 APLICAÇOES A PROBLEMAS COM VALORES DE CONTORNO CAPo 8
= js
r: e-jsx du (x, t)
L:
(x=-oo)
jsx
=js e- U(X,t)I_: -js(-js) u(x,t) e-jsx dx
=-S2U(S,t) (8.121)
J2
1
(00 .
= Jt2 u(x,t)e-JSXdx
_00
= J'"
_00
f(x) e-Jsx dx
= F (s), (8.125)
A partir de (8.125) e (8.126), A(s) e B(s) de (8.124) podem ser agora calculadas; por-
tanto,
F(s) = U(s, O) = A(s) + B(s), 0= Ut(s, O) = jsc [A(s) - B(s)].
8.3 CONDUÇÃO DE CALOR 199
1 1
u(x, t) = 1- 1
[U(s, t)] = ~ 1- [F(s) eisct] + ~ 1- [F(s) e-isct], (8.128)
1 1
u(x,t) = - f(x-t'ct)+ - f(x-ct)
2 2
que é exatamente o resultado obtido em (8.116).
(8.132)
I
temperatura zero. Se a temperatura inicial da barra fõr
1
para O<x<2:1
f(x) = x
1
l-x para 2:1 < x < I,
onde x é a distância medida a partir de uma das extremidades, ache a distribuição
da temperatura depois de um tempo t.
Solução: Visto que a temperatura u(x, t) depende somente de x e de t, a equação
do calor (8.131) torna-se a chamada equação do calor unidimensional
02U(X, t) __ 1_ ~(x, t) _ O
(8.133)
ox2 . c2 õt -.
200 APLICAÇOES A PROBLEMAS COM VALORES DE CONTORNO
As condições de côntomo
e a condição inicial é
u(x, O)
u(O,
= f(x) =
t) = O,
I x
u(/, t) = O,
1
l-x para 2 1< x < I.
X"(x)T(t) - ~ X(x)T'(t)· = O.
c
Dividindo por X(x)T(t)e separando as variáveis, resulta:
(8.138)
X"(x) = K = k2
X(x) ,
então
X"(x)- k2X(x) = 0,
Entâo,
- 1m;
kl = me ou k = T' n = 1,2, ,-, , . (8.144)
- nnx
X1o(X) = B; sen --/-, n = 1, 2, .... (8.145)
(8.146)
onde
-1 =cnn
I\.n /'
Portanto, as funções
" nnx
u,.(x, t) = Xn(t)Tn(t) = bne-'nl sen -/-, n = 1,2, . ', . , (8.147)
onde b; = BnCn, são as soluções da equação do calor (8.133), que satisfazem (8.134).
Para achar uma solução que satisfaça também à condição inicial (8.135), con-
sideremos a série
L: u,.(x, I)
ao
u(x, t) =
10_1
(8.148)
Portanto, para que (8.148) satisfaça (8.135), os coeficientes b« devem ser- escolhidos
tais que (8.149) se torne a série de Fourier de 'senos de f(x), isto é,
b; =
2 fi
I -o f(x)
mtx
sen -/- dx
para n par
Portanto, a solução é
u(x I) = ~
, n2
[sen nx
l
e-(Cr/l)·,_l.-sen
9
3nx
l
e-(3C"I!)'t + ' ,,]-. (8.151)
Observamos que a solução u(x, I) de (8.151) torna-se pequena depois de longo pe-
ríodo de tempo, isto é, tende para zero quando 1 --+ ,a> •
202 APLICAÇOES A PROBLEMAS COM VALORES DE CONTORNO CAPo8
02U(X, t) ou(x, t) =O
[8.133]
ox2 -7 ot
e a condição inicial é
u(x, O) = f(x) para - <Xl< X < co , (8.152)
-
Procedendo como no Probl. 8.10, substituímos
u(x, t) = X(x)T(t)
. em (8.133). Isto nos dá as duas equações diferenciais ordinárias
X" (x) + k X(x) 2 = O, (8.153)
T'(t) + c2k2T(t) = O. (8.154)
As soluções gerais de (8.153) e de (8.154) são
X(x) = A cos kx + B sen kx,
T(t) = C e-c'le"!.
Portanto,
u(x, t; k) = X(x)T(t) = (D cos kx + E sen kx) e-c'Ie'1 (8.155)
é uma solução de (8.133), onde D e E são constantes arbitrárias. Visto que em
(8.138) f(x) é, em geral, não periódica, adotando um argumento semelhante ao do
caso da vibração de uma corda infinita (Probl. 8.8), podemos considerar D e E
como funções de k. Então a função
Mas, se
D(k) =n
1 I'"
_",f(Y) cos ky dy,
E(k) =n
1 I'"
_",f(y) sen ky dy,
(8.160)
a> e-' B Vi
cos 2bs ds=--e -b'
. {8.161)
I 02-
Mediante a introdução de uma nova variável de integração k, fazendo s = ck VI
e escolhendo
x-y
b = 2cvt '
a fórmula (8.161) toma-se
I a>
o
e-c'k;'t cos k(x _ y) dk = vii
2cVt
e-(z-1/l'/(4<?tl. (8.162)
L:
Em virtude de (8.121), a transformada de Fourier de uzix. t) é
00 . a
s: [ut(x, t)] =
1_00 ut(x, t) e-/sx dx
.
= -
at
U (s, t)
A solução de (8.169) é
2 2t
U(s,t)=U(s,O)e-CS• (8.170)
= L: f (x) e-
isx
dx
= i: f(y) e-
jsy
dy. (8.171)
U (s, t) =e-C 2
S
2
t .
1 _00
00
f(y) e-jSY
•
dy. (8.172)
A solução u(x, t) pode ser obtida, então, tomando a transformada inversa de Fou-
rier de (8.172), isto é,
u(x, t) = -
1 {OO U (s, t) .e isx ds
217 _00
(8.173)
(8.174)
(8.175)
Agora,
oo
= e-<x-y>2/<4c2t>f exp (X - Y + jcsYT)2 âs .
-00 2 cYT
Introduzindo uma nova variável de integração por meio de
x-y . Ji .
~ +JCSyt =JW,
2cyt
8.4 TEORIA DO POTENCIAL 205
vem:
(8.176)
em virtude de (8.175).
Substituindo (8.176) em (8.174), obtemos, finalmente,
u(x, t) = __ 1_1
2cyTit
00
_00
l(y) 2
e-(x-y)2/(4c t) dy (8.177)
onde
G(x .- y, t) 1 f _e
= -2n '" _[JS.(x-v )"-c. 1
ds = I e- ()'/( ')
t x~ 4c t (8.179)
_ 2cV1ti
é chamada função de Green da equação do calor (8.133) num intervalo infinito.
Solução: Existem vários modos de resolver êste problema, mas neste caso empre-
garemos o método das imagens.
Como a temperatura em x = O se mantém em O, estendamos a (unção inicial
f(x), x > O dada, de modo a ser uma função ímpar para - <x < Êste 00' 00.
= __ 1_1
2cyTit o
00
(8.183)
x
Fig. 8.5 Coordenadas cilíndricas. Em coordenadas esféricas (r, (}, 4», como se indica .na Fig. 8.6,
z '\J2U = _1_
2r
~
õr
(r2 ~)
õr
+ _1_
sen ()
~(sen
o(}
(} O.U.)
o()
+ _1_
sen 2 ()
02U
04>2
(8.184)
z e as condições de contôrno
U (O, y, z) = U (a, y, z) = U (x, 0, z) = U (x, b, z) = U (x, y, O) = 0, (8.186)
X(x) =A cos k x +B
ç sen k ;.x, (8.195)
X(O) = A = O,
or k =
nrr n = 1, 2 , .... (8.199)
y s '
Além disto,
Z (O) = E = O.
Se escrevermos, ainda,
a2 b
ou
m2 n2
-2 +-2 (8.200)
a b'
obteremos as soluções
m rr x
X(x) = Xm(x) = Bm sen --, m = 1,2, ... ,
a
nrry
Y(y) = Yn(Y) = Dn sen --, n = 1,2, ... ,
b
Z(z) = Zmn(z) = Fmn senh kmnz.
mrrx nrry
= bmn sen -- sen -- senh kmnz, (8.201)
a b
onde m = 1,2, ... , n = 1,2, ... , com kmn definido por (8.200), são as soluções
de (8.185) que satisfazem à condição de contôrno (8.186).
208 APLICAÇ,OES A PROBLEMAS COM VALORES DE CONTORNO CAPo 8
u(x,y,z) = LL umn(x,y,z)
m=l n=l
00 00
Se fizermos
(8.203)
Cmn = -4
ab
ibl B
f(x, y) m17X sen n17y
sen --
a
-- dx dy.
b
(8.205)
o o
Com êstes valôres de Cmn, as soluções (8.202) tornam-se, com a notação de (8.203)
(8.206)
PROBLEMA 8.15 Resolva de nôvo o Probl. 8.14, quando f(x,y) = Us, uma cons-
tante.
Solução: De (8.205) temos:
Cmfl = -4
ab
iib
o o
B
Uo -- x sen n--n y dx dy
sen m17
a b
4U o
= __
. ab
lB o
m17X dx
sen --
a
lb o
tt n y dy
sen --
b.
íJ2 u _ ~ au = o. [8.131]
c2 at
----~ __~ __~~~ __-L--~~x
No estado permanente, a temperatura u é independente do tempo e, por conseguin-
te, õujõt = 0, e u satisfaz à equação de Laplace, isto é,
.
Visto que neste problema o espaço em que há escoamento do calor é de duas di-
Fig. 8.8 Chapa semicircular do Probl. 8. 16 .
2
'\Fu(r,cjJ) = a2u5r,cjJ) +.! au(r,cjJ) + ! a u(r,cjJ) = O. (8.208)
dr2 r ar ~r2 acjJ2
u(a,cjJ)=Uo, (8.209)
u(r, O) = 0, (8.210)
I
o método de, separação das variáveis sugere supor uma solução de (8.208) da for-
ma
u(r,cjJ) = R (r) <I> (cjJ). (8.212)
ou
r2R"(r)<I>(cjJ) + rR'(r)<I>(cjJ) + R (r) <I>"(cjJ) = O. (8.213)
Então,
R'(r) = dR = dR ds = .! dR,
dr ds dr r ds
1 d2R 1 dR
R"(r) = -
r2 ds2 -? ds'
e (8.215) reduz-se a
Desde que resulta uma solução trivial se B = O, devemos ter sen kn = O, de onde:
k17 =n17 ou k = n, n = 1, 2, ....
Achamos então, as soluções
<P(</» = <Pn(</» = Bn sen n d», n = 1,2, .... (8.219)
Em (8.218), vemos que, quando r -~ O, o têrmo r-k -~ uma vez que k = n > O. (x),
L L
00
De (8.209),
L
00
4U
__ o para n = 1,3, ..
= n 17
~
~n -para -ri =~,
8.4 TEORIA DO POTENCIAL 211
Então,
b - 4Uo n = 1, 3, ....
n - rrnan'
u (c, (M
4U
= -;;
o ~ ~.
1
;
(c)n -;; sen n d». (8.224)
n=lmpar
Supondo que u(x, y) e ux(x, y) se anulem para x ~ + 00, obtemos a equação para
Fig. 8.9 Semiplano do Probl. 8. 17.
U(s, y) como [Ver (8.121)].
De (8.231) vem:
-isx' ,] -I 1Y
[J
OO , S
u(x,y) =S=-l[U(S,y)] = ~
217
1 00
U(s,y) eJsx ds
i:
_00
=
1
2 17 e
Jsx
[i: I(x') e-
JSX
' dX'] e-\S\Y ds. (8.234)
(8.235)
Então,
00
= eJs(x-X')+sy 10 + eJs(X-x')-sy 1
j(x - x") + y _00 j(x .: x") - y o
1 1
j (x - x") + y j (x - x") - y
2y
(8.236)
u(x,y)=-
y
17
i_00
oo
I (x") dx'
,
(x - X )2 + y2
,y>O. (8.237)
172a(l-a)n=tn2
t..L sen (n 17a) sen (n 17X) cos (n 17Ct) .
1 1 1
Fig. 8.10 Corda elástica do Probl. 8. 18
Resp.: Ip
.. 2
t
n=t2l
2 2 2
n 17 c A~ sen 2(n17ct),
l
onde An = 2kZ
172a(l-a)
2
..L sen(n17a)
n2 1
.
8.5 PROBLEMAS SUPLEMENTARES 213
com au
- (O, t) = O, -
Ju
(TT, t) = O, e u(x, O) = sen x .
ax Jx
00 _4n2c2t
Resp.: u(x,t)=l-i[ 1 e cos2nx.
TT . TT n=1 (4n2 -1)
Resp.: u ( x, y ) = L b n senh[nTT(b-y)/a]
.~
sen (nTTx).
-- r on der
n= 1 senh (nTTb/ a) a
b n =~ ia f(X)sen(n;x) dx.
O
Resp.: u ( x, y ) = -
4a2 [00 (1 - cos nu)
e
-n7Ty/a
sen (nrrx)
--
3 3
TT n a
"=1
PROBLEMA 8.25 Resolva
2
a u
2 +1 a u +.1 a u = o para r < 1, O <if> < TT,
ar 2
r a r r aif> 2
2
L
00
a2
u + .1 a
u + 1 u
2
i = o para r < 1, O < eP< !I. ,
ar2 r ar r2 aeP 2
1 /n-l sen(2n-l)eP.
TT n=1 (2n - 1/
PROBLEMA 8.27 Ache a distribuição de temperaturas u(x, t) para uma barra
infinita. A distribuição inicial de temperaturas é
f(x)
= { 0r para x <O
para x > O,
onde T é uma constante (Cf., Probl. 8.11).
e.-ç dsç.
2 VTT o
oo J"" _(x_ç)2j4(t_T)
Resp.: u(x, t) =
2VTT
lr-
J -00 -00
e ~
t-c
H(t - c) f(ç, c)dçdc, where
I para A> O
H (A) =
{
O para A < O.
PROBLEMA 8.29 Empregando a transformada de Fourier, resolva
iu
-- - -au = O, para x > O, t > O,
ax2 at
Resp.:
u( x, t) -- _x___
2 V TT
fI g(c)
(t _ c)3/2
. e _x
2
j[4(I_T)] d C.
o
CAPíTULO
APLICAÇÕES DIVERSAS DA
TRANSFORMADA DE
FOURIER*
9
9.1 Transformada de Fourier tia Difração e Formação de
Imagens
Faremos também a suposição de que f(x) seja uma função real, isto é, que não
seja constatada nenhuma mudança de fase introduzida pelo anteparo.
. (9.1),
onde'
2n
k = -X- sen O. (9.2)
(9.3)
ortanto, o espectro dedifração da tela, definido como a razão entre a onda resul-
.ante na direção O e a onda incidente, pode ser escrito como
* Não temos a pretensão de que cada seção dêste capítulo seja completa nem auto-sufi-
ciente na apresentação dos respectivos tópicos,
216 APLICAÇOES DIVERSAS DA TRANSFORMADA DE FOURIER CAPo 9
I
onde
. 2n O
k = Tsen .
f(x) =
·2n
~I cc
-O>
F(k) eikx dk. (9.5)
!
e a tela seja inteiramente opaca em qualquer ponto. Ache a distribuição das in-
tensidades da luz difratada na direção e.
J J I J
Solução: De acôrdo com as hipóteses do problema, a característica de transmissão
______ x : f(x) está indicada na Fig. 9.2(b), e é dada por
a !!
2 2
f(x) = ApB(X), (9.6)
onde Pa(X) é definido por
I
1,lxl<2"a
f(x)
Pa(x) = 1
{ 0, I x I> 2" a.
Então, do resultado (4.45) do Probl. 4.10 vem:
sen2 (17a ~n e)
I = (Aa)2 (9.8)
(17a ~n eJ
onde a é alargura da fenda e À, o comprimento de onda da luz.
PROBLEMA 9.3 Ache a distribuição das intensidades produzida por uma grade
de difração que consiste em N aberturas de largura a e espaçamento d [Fig. 9.3(a)].
Solução: No caso ~ uma única fenda, como indica a Fig. 9.2(b), a característica
de transmissão f(x) corresponde a um pulso de largur-a a. No caso de uma grade
de N fendas de largura a e espaçamento d, a característica de transmissão f(x) cor-
responde a um trem finito de pulsos, veja a Fig. 9.3(b).
9.1 T~ANSFORMADA DE FOURIER NA DIFRAÇAO E FORMAÇAO DE IMAGENS 217
t
I
I • x
t(",) (a)
AI
t
A·--------
a
____ ~ L_~I__ L_ ~X
-2d -d o d 2d o d
(b) (c)
Fig. 9.3 Grade de difração do Probl. 9. ~. (b) Transmissão característica de N fendas. (c) Pulso
único que ocorre em x = d.
. (ka)
sen -
F (k) = Aa 2 k =~ sen e. (9.9)
o (k a) , À
2
Então, a transformada de Fourier de um pulso que ocorra em x = d, como mostra
a Fig. 9.3(c), é determinada por intermédio do teorema do deslocamento (4.73)
como sendo
(9.10)
(1 - ei(n+1)kd) (1 _ e~ikd)]
= -1 + 2Re [
(1 - e1kd) (1 _ e-1kd)
1 _ e-1kd + einkd _ eJ(n+l)kd].
= -1 + 2Re [
2(1 - cos kd)
218 APLICAÇOES DIVERSAS DA TRANSFORMADA DE FOURIER CAPo 9
1 1
2 sen ... (2n + 1) kd sen - kd
2 2
2 sen- ~ kd
2
1
sen- Nkd
2 (9.12}
sen ~ kd
2
Portanto,
sen (~Nkd)
(9.13)
sen (~kd) .
2n
onde k = T sen O.
PROBLEMA 9.4 Mostre que a variação da intensidade de luz não é afetada pelo
deslocamento da grade.
Solução: Façamos um deslocamento da grade ao longo do eixo dos x, de uma
distância Xo; então, f(x - xo) representa a mudança da característica de transmissão.
Então, conforme o teorema do deslocamento (4.73), o espectro de difração torna-se
F (k) e -lk Xo • (9.15)
Uma imagem pode ser perfeitamente descrita pela distribuição das intensidades
de iluminação l(xrY). Suponhamos' que E(x, y) seja a imagem de uma fonte pon-
tual e O(x, y) represente a distribuição 'de objetos. De fato, desde que o objeto seja
incoerente, a distribuição de intensidades da imagem pode ser obtida". tomando
a soma das intensidades individuais produzidas devidas a cada imagem dos vários
pontos do objeto.
Desta forma, a distribuição de imagens I(x, y) é obtida da distribuição de ob-
jetes O(x, y) pela convolução com a distribuição ponto-imagem E(x, y), isto é,
I(x, y) = f., f ., O(X', y') E(x -' x', y - y') dx' dy' (9.17)
A Eq. (9.17) define a integral da convolução de duas funções a das dimensões O(x, y)
e E(x, y).
1
f(x, y) = (211;)2 f'"_'" f'"_",F(u, v) eiCuX+VY) du dv, (9.20) ,
f(x, y) = -.-1
2TT
1 _00
00
.G(u, y)
.
eJux du. (9.22)
F(u, v) = 1 _00
00
G(u, y) = -
1 {oo F(u, v) eJvy. dv. (9.24)
2TT _00
f(~ y)
I
= --o
(2 1
TT)2 11 _00
00
.
_00
00
F(u v)
, -
eJ(ux+vy) du -dv:
220 APLlCAÇOES DIVERSAS DA TRANSFORMADA DE FOURIER CAPo 9
L: i:
Fourier de O(x, y), Iix, y) e E(x, y), isto é,
vy
D(u, v) = O(x,y) e-J(ux+ ) dx dy , (9.25)
I (x y) = -- 1
, ~17Y
Joo
_00
Loo 'I'
_00
(u v)
,
y
eJ(ux+v ) du dv
,
(9.29)
E(x,y)
_
= --- 1
(271')2
1 foo
_00
00
_00
leU, v) y
eJ(ux+v ) du dv. (9.30)
,
E(x - x , y - y ) = ---
1 {OO foo leU, v) e
J [u(x-x')+v(y-y')]
du dv. (9.31)
(217)2 _00 _00
I (x, y) = _1_1 1
(217)2 _00
00
_00
00
com E(x - x', y - y') dado por (9.31). Alterando a ordem de integração em (9.32),
resulta:
l(x y) = _1_1 00
L
(00 {leu, v) ej(ux+vy)
i:
, (217)2
. _00_00
x [i: O(x',y') Y
e-J(UX'+V ') dX'dy 'l} du dv. (9.33)
_
I (x y) =
'
_1_1 1
(217)2
00
_00 _00
00
D(u, v) leU, v) y
eJ(ux+v ) du dv.
-
(9.34)
f(x
"
y z} = _I_J '" f '" f '"
(21r)3 _ Q) _ c:o ..:..- Q)
F('u v w)
"
ei(""+l>lI+wt) du dv dw
•
(9.37)
Um tratamento mais amplo dêste tópico está fora do escopo dêste livro.
Uma variável aleatória X que assuma valôres reais entre - co e oo pode ser
caracterizada por uma função de distribuição de probabilidades P(x). A função
distribuição de probabilidades P(x) é definida como
Desta relação e do fato de ser sempre a probabilidade de qualquer evento não ne-
gativa, temos:
A Eq. (9.41) indica que P(x) é uma função monótona não decrescente.
i: p(x) dx = 1, (9.46)
2
Pt tx , < X < x2) = [X p(x) dx. (9.47)
JXl
Solução: . Da definição (9.39) e do fato de que P(x) para todo X é monótona não
decrescente, temos:
p(x) > O.
Integrando (9.39) de - OJ a x, vem:
(X [X dP(x)
Loo p(x) dx = Loo ~ dx = P(x) -P(-oo).
l~ p(x) dx = P(x).
De (9.45) decorre:
X2 jXl = [X
2
P(x2) - P(xl) =
l_00
p(x) dx -
_00
p(x) dx
Xl
p(x) dx. (9.48)
PROBLEMA 9.8 Supondo como certo que a variável aletória X assuma o valor
xo, então,
P(x) = O para X < Xo, P(x) = I para X > Xo.
Para qualquer função real g(x), g(X) é uma variável aleatória e a expectativa
matemática de g(X) é definida por
Uma expectativa gerada por certa função g(x) chamamos, muitas vêzes, parâ-
metro estatístico. A seguir, definiremos os parâmetros mais comuns:
= i: 2
x p(x) dx - 2X i: xp(x) dx + (X)2 i: p(x) dx
224 APLICAÇÓES DIVERSAS DA TRANSFORMADA DE FOURIER CAP. 9
Então,
var (X) = (X2) - 2 XX + (X)2 = (1'2) _ (X)2. (9.59)
Se n fôr ímpar, então o integrando xnp(x) será uma função ímpar de x. Por con-
seguinte de (2.14) deduzimos:
p(x) = -21
11:
I'"
_ '"
.
l/J(w) e-i= dco, {9.63)
i:
Outra solução: Substituindo (9.62) no segundo membro de (9.63), vem:
L i: cf>(úJ) e-
JWx
dúJ= L e-
JWx
[1: e
JwÀ
p(À) - dos. (9.64)
9.2 TRANSFORMADA DE FOURIER NA TEORIA DAS PROBABILIDADES 225
2
1
77 i: <p(w)e-fúJXdw=i:p(A) [L i: efúJ("--Xldw]d.\. (9.65)
-
277
1 foo e
fúJ("--xl dW=UI\-X.
s;:,(' )
(9.66)
_00
PROBLEMA 9.13 Mostre que as' derivadas da função' característica de uma va-
riável aleatória X estão relacionadas com seus momentos
d"ljJ(w) t ..
.J" . =J"m" . (9.67)
. uw 14-0
=
J
_00
OO
p(x)
[jWX
1+ -1 + ... +
(jWX)"]
n! + ... dx.
. (jw)"
= 1 +Jwm1 + ... + -- m" + .... (9.69)
n! ,
Portanto,
Até aqui, temos lidado com uma só variável aleatória. Vamos agora estender
êstes conceitos a duas variáveis aleatórias ..
226 APLICAÇOES DIVERSAS DA TRANSFORMADA DE FOURIER CAP.9
i:1:
Solução: De acôrdo .com (9.73) e (9.74),
(9.80)
(9.81)
Solução: Visto que em razão de (9.80), constatamos que cjJ(Wl, (2) é a transformada
de FouriG a duas dimensões de p(x, y), aplicando a fórmula (9.20), da transforma-
da inversa de Fourier dupla com o sinal trocado, obtemos (9.81).
Portanto,
PROBLEMA 9.19 Mostre que, se cjJ (Wl, (2) = cjJ (Wl) cjJ (W2), então as variáveis
aleatórias X e Y são independentes.
= p(x)p(y),
z =x + Y, (9.84)
onde X e Y são variáveis aleatórias independentes
Seja
CPx(úJ) E [ejWX],
=
cPy(úJ) = E [ejWY],
cPz(úJ) = E [ejWz].
Então,
= i:
-=Px(x) *p/y)
I = lT7lf
1 f"
'~", tP(t) ,
dt, (9.88)
Anàlogamente, definimos
(9.90)
(9.91)
(9.92)
Solução: Visto que 1 F(w) 12 é par com relação a w, o integrando de (9.91) é uma
função ímpar em w. Portanto, em vista de (2.14),
. L: 2
wIF(w)1 dw=O,
(9.93)
((t)
1
00 A2
t A2 e-2t/T dt cialmente decrescente.
t = _0=--- = __ 4 = _T (9.94)
i 00
A
2 2t T
e- / dt
AT
2
2 2
~~ t)2 = _1_,
A2T
1 00
(t _ T)2 A
2
2 e-2 tfT dt = ~
T
{OO
Jo
(t _ T\
2)
~-2 tfT dt
-- 2 °
,
= ~(P_~
T 4 4
+ Tl)
8
T2 (9.95)
4
Então,
1 (9.96)
l1t =- T.
2
230 APLlCAÇOES DIVERSAS DA TRANSFORMADA DE FOURIER CAPo 9
PROBLEMA 9.23 Mostre que a largura da banda espectral Ó,w de um sinal r(t)
definida por (9.93) será finita somente se a seguinte integral fôr finita, isto é,
= IjwF (w)l2,
temos:
(9.98)
i: 1:
Portanto, de acôrdo com o teorema de Parseval (4.136)
w2 1 F(w) 2
1 dw = L: /jw F(w) 1
2
dw = 27T [f'(t)F dto (9.99)
1: w2IF(w)12dw=finita, (9.100)
lim w2 IF(w)
w ...• ec
I = O.
2 (9.101)
27T O 27T
d d
(b )
9.3 O PRINCiPIO DA INCERTEZA NA ANÁLISE DE FOURIER 231
IF(w)\ =Ad
sen (T) (9.103)
(~d)
i:
Pelo teorema de Parseval (4.136),
II F 11
2
= L:\ F(w) 1
2
dos = 2TT [2(t) dt = 2'YT A
2
d. (9.104)
De (9.93), vem:
_ 1 Joo A2d2w2
sen ' (Wd)
_
2 de:
- 2TT Ad 2
_00 (~dJ
.
= TT d
2 (OO
L sen 2
(Wd)
2 dco
_00
\ 1
ÁtÁro ~ 2"' (9.106)
m (x) = f"" li (O + x g (t)F dt = J-oo [2(t) dt + 2x Joo [(t) e (t) dt + x2 Joo g2(t) dt.
_00 _00 _00 _00
232 APLICAÇOES DIVERSAS DA TRANSFORMADA DE FOURIER . CAPo 9
Façamos:
De (9.109) segue que seu discriminante b2 - 4 ac não deve ser positivo, isto é,
1
2
.b -4ac$0 ou ac2:-4 b",
'1: I F(w) 1
2
do: = 2rr L: f2(t) dt , (9.110)
isto é,
(9.111)
i:
De acôrdo com (9.99),
L: w
2
1 F(w) 1
2
dco = 2rr [f'(t)~2 dto [9.99]
L:
Aplicando o teorema da desigualdade de Schwartz (9.107), vem:
1
=-. (9.116)
4
Então,
1
I'lt 6.w ~ -~
2
1 00
3
t e-
2at
dt
o
I
L oo
2
t e-
2at
dt (o)
3 1 )
2 a 4 a3 3
(9.119) l/a
1 2a
(4a3)
Então, de (9.89),
~iy = --1
_1_
1
o
00
(t - -
3. ):1
2a
at2 2
e-
2at
.
dt
-------L- __
-a o
'--_----L-
(b)
a
w
4a
1 3 Fig. 9.6 (a) Função f (t) do ProbL 9.26
=-- (9.120) (b) Espectró da função f (t ) da Fig. 9.6 (a).
1 16a3
4a
Portanto,
I'lt = -.
y3 (9.121)
2a
A largura da banda espectral flw de fel) pode ser achada como: por (9.93),
(6.W)2 = _1_
2
fOO w21 F (w) 12 dw.
11 F 11 _00
(6.6))2 = 1
2
2 TT {oo [f'{t)F dt
2 TT 11 f 11 _00
tJ.w = a. (9.124)
Portanto,
ó.t tJ.w = li a = y3 > 1.. (9.125)
2a 2 2
F(W)
f( t)
o ------------~--------~--------~--------~w
o
(a) (b)
Fig. 9.7 (a) Funçãa de Gauss. (b) Espectro da funçãa de Gauss da Fig. 9.7 (a).
,-, .•..
_
- e
-w2!(4a) {OO e-{ra [t+JW!(2a )]}2 dt
. (9.127)
-co
ya-[ t + (2 a) jW] = y,
Y L,
dy = .
V :;
~a'
(9.128)
+'
~ ~,{;' -Ó,
~' ..
9.3 O PRINCiPIO DA INCERTEZA NA ANÁLISE DE FOURIER 23S
Portanto,
Assim, exceto quanto ao fator V2n:, a função e-t'/2 é sua própria transformada de
Fourier.
Visto que e-at' é par, de acôrdo com (9.88), o centro de gravidade t desta for-
ma de onda é zero.
Então, de (9.89), temos:
(9.131)
(9.132)
(9.133)
(M?
,
= 2(2a)
1 lFa 2a __ 1_ (9.134)
~ 2(2a)
V2a
Anàlogamente, de (9.93) e (9.l29) resulta:
1: w2 e-
w2
/(2a) dw
1: e-
w2
/(2a) do:
1 -
- (2a) y2a17
2
,,/2 a 17
1 (9.135)
= - (2 a)
2
aplicando (9.132) e (9.l33).
236 APLICAÇOES DIVERSAS DA TRANSFORMADA DE FOURIER CAPo 9
Então,
1 1 1 1
(L'1 t)2 (L'1W)2= - -- - (2a) =- (9.136)
2 (2a) 2 4'
No Probl. 9.23, discutimos a condição necessária para que /(i) tenha uma lar-
gura da banda espectral finita definida por (9.93). Com uma definição da largura
de banda espectral, diferente de (9.93), podemos estabelecer a relação geral entre
a duração do sinal e sua largura de banda espectral. O exemplo seguinte ilustra
êste caso.
PROBLEMA 9.28 Considere o pulso retangular dado no Probl. 9.24. Mostre que
o produto da largura da banda espectral pela duração do pulso é uma constante
com uma seleção "apropriada" do valor da -largura da banda.
L'1t=d,
e a largura da banda espectral Llw como domínio de freqüência para o primeiro
. zero de I F(w) I (dentro dêste domínio se inclui a maior parte da energia do pulso),
277
L'1w=-. (9.138)
d
Observamos, então, que
277
L'1 t L'1w = d - = 277 ~~.139)
d '
ou que o produto da largura da banda pela duração do pulso é uma constante.
PROBLEMA 9.29 Se 1(1) fôr uma função arbitrária e F(w) sua transformada de
Fourier, prove a seguinte identidade:
(9.140)
onde wo = 2nJT.
Solução: Seja
00
00
= L f(t-nT)
n=_OO
00
= L f(t+nT) (9.142)
n::;;::.-OO
E
n=_oo
f(t+nT)=f(t)*ÔT(t). (9.143)
217
Wo =-.
T
n=_oo
n=_oo
(9.144)
n=_oo
f
n=_oo
f(t+nT)=2; t
n=_oo
1
F(nwo)1- [ô(w-nwo)] =-
1
T
n=-OO
A fórmula do somatôrio de Poisson afirma que, se f(/) fôr uma função arbitrá-
ria e F(ro) fõr sua transformada de Fourier, então
~ 1 ~
J~.,f(nT) = T ,,~~
F(nroo), (9.145)
f:
n=-oo
f(nT) =~ f:
n=-oo
F(nwo)·
2a
a2 + (2nn)2 ' a > O. · (9.146)
Solução: Seja
Então,
1 1
=--+--
a-jw a+jw
2a
(9.147)
2a
n=_oo n=_oo
a
'Ir n=-co
t e-a(t+n)2 = 1+2 t e-,,2ri.2fa cos 27rnt. (9.149)
n=l
Solução: Seja
L L
00 00
n = _00 n=-oo
9.5 CAUSALIDADE E A TRANSFORMADA DE HILBERT 239
(9.150)
n=-oo n=-oo
ou
n=-OO n=-oo
-I
= 1+ [ e-7T2n2/8 ei27Tnt + [ e-7T2n2/8ei27Tnt
n=-oo n=l
n=1
= 1+ 2 [ e-7T2n2/8 cos 2 n nt •
n =1
e assim,
f(-t)=O para t>O. (9.152)
=-- 21""
rr o
X(w)senwtdw (9.155)
para t> o.
PROBLEMA 9.34 Seja F(w) = R(w) + jX(w) a transformada de Fourier de uma
função causalf(t). Mostre que as funções R(w) e X(w) não são independentes entre
si, mas que uma delas pode ser determinada unicamente em têrmos da outra.
240 APLICAÇÕES DIVERSAS DA TRANSFORMADA DE FOURIER CAPo 9
R (w) = LX) I (t) cos cot dt = JX) I (t) cos cot dt , (9.156)
_00 o
x (w) = -5 00
_00
I(t) sen cot dt = -1 o
00
R (w) = - -
2 {oo {oo X (y)sen yt cos cot dy dto (9.158)
1T o o
X (w) = - -
2 {oo {oo R (y) cos yt sen cot dy dto (9.159)
1T o o
(9.160)
a> f2(t) dt
. 2 Ia>
= -- R2(m) dco. (9.161)
Io n o
(9.162)
1 foo
5
00
1: i:
Portanto, de (9.162) e (9.163), vem:
Desde que
1 F(w) 12 = R\w) + X2(W),
9.5 CAUSALIDADE E A TRANSFORMADA DE HILBERT 241
=- 25
7T
00
o
R\w)dw (9.165)
PROBLEMA 9.37 Se a função causal f(t) não possui impulsos na origem, mostre
então que se F(w) = 5[f(t)] = R(w) + jX(w), R(w) e X(w) satisfazem às seguintes
equações:
R(w) = J.. fa> X(y) dy, (9.167)
. 1t _a> w-y
Solução: Seja
f (t) = f pCt) + f i(t),
onde fr,(t) e fi(t) são as componentes par e ímpar de f(t), respectivamente. Visto
que f(t) é causal,
f(t) = O para t < O.
J[fp(t)] = R(w),
J[fi(t)] =jX(w),
J[sgn t] = _2_.
(jw)
Portanto, pelo teorema da convolução em freq üência (4.125).
1
=- X (w) *-1
17 W
1
X (w) =- - R (w) * -1 = - -
1JOOR(v)
-'- dy.
17 W 17 -""w-y
Solução: Seja
H (w) = R (w) + j X (w).
X (w) =- -
1 {OO 17 o (y)
-- dy = -
Joo o(y) --
1
dy = --
1
(9.171)
17 -"" w-y _00 w-y w
mediante (2:67).
9.6 CÁLCULO DE ALGUMAS INTEGRAIS 243
Então,
-00 a +x
2 2
' J_oo 1 + x2
Solução: Seja
(9.173)
i: I F(w) 1
2
dw = 217 L: e(t) dto (9.174)
1""
f
:-00
oo dw
a2 +.w2
= 217 foo
_00
f2(t) dt = 217
o
e-2at dt
2at
= 2 17e- l""
_ 2a o =:;.17
Desta forma,
[
dx
a2 + x2 =
1""
-00
dw
a2 + w2 =:;.
17 (9.175)
Fazendo a = 1, temos:
""
J dx
-- -17 (9.176)
1 + x2 - •
-""
244 APLICAÇ,OES DIVERSAS DA TRANSFORMADA DE FOURIER CAPo
Solução: Seja g{
ell
f(t) =! e-altl. efi
2
Então, de acôrdo com (9.147), vem:
F(w)=S:U(t)]= a
a2 + w2
Aplicando então o teorema de Parseval (4.136), resulta:
Portanto,
1: I F (w) 1
2
dw = 217 i: f\t) dto
~~[e;:'I' e~~:1:] +
17
(9.177)
2a
Assim,
(9.178)
Fazendo a = 1,
(9.179)
PROBLEMA 9.44 Suponha que a função teste <jJ(x, y) seja contínua e idêntica-
mente nula fora de alguma região finita, e que a função delta bidimensional seja
definida como uma função simbólica pela relação
Jj
-00
8(x, y) cp;(x, y) dxdy = c/J(O,O).
ff
00
L lal fel (x, y) + a2 fe2 (x, y)} = alL Itel (x, y)} + a2 L{fe2 (X, y)}.
.
PROBLEMA 9.46 Se 5'[h(x, y)] = H(u, v), 5'[fe(X, y)] = Fe(u, v), e 5'[f,.(x, y)] =
= Fr(x, y), mostre que
[Sugestão: Se Y = g(X), então ifJy(w) = Joo eiWB(x) pz(x) dx. Com uma mudança
de variável y = g(x), -00
2
_Y /2B0- {
Resp.: P (y) = e u(y), onde u(y) = 01para y > 00.
Y aV21Tay para y <
PROBLEMA 9.55 Mostre que m(t) e m(t) do Probl. 6.51 se relacionam por
m(e)
m (t) ={OO
J
OO
m(e) de e m(t)=- -- de.
-00
t- e -00
t - e-
PROBLEMA 9.56 Se uma função real m(t) tiver uma transformada de Hilbert
m(t), mostre que a transformada de Hilbert de m(t) é - m(t), isto é, ;'(t) = - m(t).
A ,
CONVERGENCIA DA SERIE DE
FOURIER E FENOMENO
A
A
DE GIBB
21 ao + ,(;1
'"
(a,. cos nwof + b.; sen nwot), (A. 1)
onde wo = 2n/T, e a; e b.; são os coeficientes de Fourier de fel), converge para fel).
1 k
Sk (t) = 2 ao + [ (an cos nwot + bn sen nwot), (A.2)
n =1
an 21
= -
T
T2
/
-T/2
l(t) cos (nwot) dt, (A.3)
bn = - 21
T
T2
/
-T/2
l(t) sen (nwot) dt, (A.4)
2 jT/2
s, (t)= T l(x) Dk [wo(x - t)] dx , (A.S)
-T/2
(A.6)
'248 CONVERG~NCIA DA SÉRIE DE FOURIER E FENOMENO DE GIBB AP. A
= -
2 {T 21
f(x) [cos (nwox) cos (nwo t) + sen (nwox) sen (nwo t)] dx
,
T -T12
2 jTI2 (Ao7)
= - f (x) cos [nwo(x - t)] dx,
T -T12
Então, 1
L
k
= T1 lT I2
f(x) dx + L T2 [T
k 12
f(x) cos [nwo (x - t)] dx
-T12 rt w L -T12
(A.9)
A.! CONVERGIlNCIA DA S~RIE DE FOURIER 249
Portanto,
(A.10)
onde
-T/2
f(t+À)
sen
2 sen( ~
+
2
(,)oÀ)
d X, (A. 11)
(A. 12)
(A. 13)
Então,
PROBLEMA A.3 Seja fel) uma função periódica de período T e também absolu-
tamente integrável em um período. Mostre que em cada ponto de continuidade
onde existe a derivada, a série de Fourier de fel) converge para o valor fel), isto é,
sen [( k + ~) woA]
2 jT/2
lim Sk(t) = lim - f(t + A) d ); (A.15)
k-->OO k-->OO T
-T/2
2 sen (~ woA)
De (A.13), temos:
L,
T /2 sen [ ( k + ~) woA]
2 oon(1 w.A)
dA -L::: [1 +~ cos nw.A] d );
T
(A.16)
2
em virtude de (1.l9a). Então,
~
f' sen [(k + 1) w.A] d ); = 1 (A.17)
-T /2 2 sen (~ woA)
para qualquer k.
De (A.I7), decorre:
2 sen( ~ woA)
iirn
sen
--
e = 1.
e-->o e
A.l CONVERG~NCIA DA SÉRIE DE FOURIER 251
Dêstes resultados, e visto que f(t) é absolutamente integrável, a função g(t) definida
em (A.20) é absolutamente integrável. Então, do resultado (1.79) do Probl. 1.19,
decorre:
T2
lim Sk(t)-f(t)=lim
k ...•OO k ...•OO
..?.J
T
/ g(À)scn ~(k+-2I)úJoÀ]dÀ=O, (A.2I)
-T/2
SPIl [( k + ~) úJoÀ]
2 fT/2
+ À) dÀ
G
lim Sk(t) = lim - f(t
k ...•OO k ...•OO T
-T/2 2 seu úJoÀ)
= lim
k -e OO T
-2 1 -T/2
0
f(t + À)
sen [(k + ~) úJoÀ]
2 sen (~ úJoÀ)
dÀ
+ lim
k ...•OO
- 21
T
T2
o
/ f(t+À)
sen [( k + ~ ) úJoÀ]
d s: (A.23)
2 sen (~ úJoÀ)
Dêste modo,
f(t + À) - f(t+)
À> 0,
A
2 sen
é também limitada. Como no caso em que f(t) é contínua, concluímos que a fun-
ção g(X) é/absolutamente integrável em [O, T/2]. Então, de (1.79) -vern:
lim
je-eoc
= O. (A.28)
Portanto,
lT/2
sen
~( 1) woÀ ]
k + -
1
lim
k-+oo
~
T
o
f(t + À)
2 sen
(12 WoÀ)2 d ); = - f(t+).
2
(A. 29)
Anàlogamente,
woA]
lim
k-+oo
-2
T I-T/2O
f(t + À)
sen [( k + ~)
2 sen (~ woA)
1
dA=-f(t-).
2
(A.30)
.- -171
I
10
I
171
I
b7T • t
-ri _.-
I I I I
PROBLEMA A.5 Consideremos a onda quadrada de amplitude unitária e perío- I I I
do 2n (Fig. A.l), isto é, I I ! I
-l -l7<t<O
f (t) =
{ 1 O<t<l7
Fig. A.! Onda quadrada do Probl. A.5
Discuta a soma de um número finito de têrmos da série de Fourier.
f (t)
Si (t) = i sen t
17
(a) (b)
f(~
S3 (t) = -4 ( sen t
17.
+ -1 sen -t
335
+ -1 sen
t)
(e)
Fig. A.2 As três primeiras somas finitas da série de Fourier da onda quadrada da Fig. A. 1
Sk(t) = -
217
1 1 17
_
1
dy", (A.33)
-I
E isto porque
dy' = =dx",
Desde que
sen [~ (-y')] =- sen a y'J .
1 -I
17-1 + 11
17+1
= 11 +
-I
J17-1
I
+ 117+1
17 1
-+ 1'1
17-1
= 11
-I
+1
17 1
-
17+1
,
Sk(t) = - 11
217
-I
1
dy+ - 1
217
i17-
17+1
1
dy. (A.34)
y=o
Sk(t) = _1 11 dy > !
_sen~[(k----:---+---:-~)--=-Y] l' (A.3S)
2 17 -I sen (~ y) 17 o
lim sen e = 1,
e·->o e
podemos substituir sen 1/2 y, par 1/2 y e obter:
(A.36)
2
Sk(t) = -
I(k+1/2)1 sen
--
ç: 2
d ç: = - Si (A.37)
17
0
ç: 17
Pelo gráfico de Si(y) (Fig. 6.18) e da Fig. A.2 observamos que em t=O o valor
de Sk(t) é zero. Depois ela cresce ràpidamente quando t cresce, excede o valor 1
e oscila em tôrno da reta f(t) = 1 com amplitude decrescente. Quando o número
de têrmos cresce, a curva resultante oscila com freqüência crescente e amplitude de-
crescente. Em ambos os lados da descontinuidade, cada curva cresce. Embora a
amplitude do pico diminua quando k cresce, existe um limite mínimo de 9 % de
crescimento mesmo quando k -7 00
APÊNDICE
1 fUI +joo
f(t) = .c-I [F(s)] = -. F(s) est ds, (B.3)
, 2TrJ u, - j 00
f (t) = u (t) = {
1, t > ° (B.4)
0, t < O·
Solução: Utilizando (B.l),
1
00
1
F (s) = f [u (t)] = e-sI
00
dt = _ -1 e-si 1 (8.5)
o s o s
= al~[fl(t)] + a2~[f2(t)]
= aI Fl(S) + a2 F2(s).
1 . I . I
cos cot = ,- (eJw + e-JW ).
2
s: [df(t)]
dt
=1""o df e-Sldt,
dt
s: [=:]=SF(S)-f(O). (8.12)
então,
J:, [ ~] = sF(s) - f(O -). (B.14)
.Na prática esta é uma forma bastante conveniente em muitos problemas onde são
conhecidas as condições iniciais em t = O -, ao passo que devemos deduzir as con-
dições em t = 0+.
Se, porém, escolhermos O + como o limite inferior da integral de definição
para a transformada de Laplace, isto é,
então
J:, [ ~ ] = sF(s) - f(O +). (B.l6)
s: [o (t)] s: = td:;t)]
= s ~ [u (t)] - u (O)
1
=s - - u (O)
s
= 1 - u (O). (8.18)
Note que na definição de u(t) em (B.4), u(O) não está definida. Se usarmos (B.16),
então,
~ [o (t)] = 1 - u (O+) = 1 - 1 = O, (B.19)
enquanto que, se usarmos (B.14), obtemos:
~ [o (t)] = 1 - u (0-) = 1 - O = 1. (B.20)
Como no caso da transformada de Fourier, vemos a conveniência de ter
~ [o (t)] = 1. (8.21)
J~ I(T) dT.
Solução: Seja
d~;t) = I (t),
1 1
G(s) = - F(s) + - g(O-). (B.24)
s s
(
2. [L"" f(T) dT
) 1
= -; F (s)
1
+ -;
JO-
-00 I (T) d T. (B.25)
L-
-.e [ft .:
cc f(t)
~ __ dt
] = ~I F(s). (B.26)
Para certas f(t), as fórmulas podem ser as mesmas. Isto é ilustrado nos exemplos
seguintes:
mostre que,
(8.31)
= JO
_00
I (t) e-jWt dt + 1 o
00
I (t) e-jwt dt
= i oo
~[t(t)] =f [/(t)]s;jw'
PROBLEMA
onde a > O.
B.9
I (t) = r
Aplique (B.31) para achar a transformada de Fourier de
0,
' t>
t < 0,
°
Solução: Como I(t) = O para t < O e para r:J. > 0,
t" I I(t) I dt
Jo
= 1o
00
e-eM dt = _1..
a
e-eu 1
00
o
= 1.. <
a
00,
1
f[t(t)] = --o
s+a
Então, mediante (B.31),
~[/(t)] = _1_1
s + a S=]úJ
. jw +
1
a
(8.33)
i OO
lu (t) I dt = 1 00
1 dt = 00,
a condição (B.30) não é satisfeita. Por conseguinte, não podemos aplicar (B.31).
De fato, dos resultados dos Probls. B.I e 5.9, temos:
1
f [u (t)] = - e ~[u(t)] = 7TÔ(W) + ~.
s jw
PROBLEMA B.ll Se
Se foo
_00
I f (t) I dt < 00, então existe 1 o
00
Se f(t) fôr par, isto é, se f(- t) = f(t), então, trocando as variáveis de inte-
gração, vem:
(B.37)
J _00
o f (t) e-iw1 dt = 1 o
00
f (- T) eiW1 d t:
=- 1 00
f (T) e-(-i(u)'C dT
= -f [f(t)]S,._iw' (B.38)
Substituindo (B.37) e (B.38) em (B.36), vem:
, .
PROBLEMA B.12 Mostre que uma f(l) definida para valôres negativos de t nãoi
.
pode ser representada de modo único por uma transformada de Laplace inversa .
Solução: Visto' que a transformada de Laplace é definida somente para t >' O (esta
é comumente chamada de transformá~a de Laplace unilateral), existirão várias fun~1
ções tendo a mesma forma de onda para t > O, diferindo na região t< 0, mas
correspondem à mesma transformada de Laplace. Por isso, não pode existir uma '
transformada de Laplace inversa que representej'u) de modo único nestas circuns-
tâncias (t < O}. _ . . .
"
. .. ,
c
FORMA 1: Trigonométrica
L
00
FORMA 2: Trigonométrica
00
f(t)= c, + L Cn cos(nCtJot-On).
n:1
L
00
f(t)= CneinWot.
n:-oo
Para n =F 0,
Cn = 1 (an - jbn),
Para n = 0,
AP~NDICE
... T/2
ímpar I(t) = -l(-r) I(t) = L bn sen nlú. t bn=~J I(t)sen(nlú.t)dt
n=1
•
...
I(t) = L (82n_1 eos (2n - l)lú.t
b2n-1
- I}
= A-fT/2
T.
l(t) ros «2n-l)lú.tldt
sen
...
Quadro de
onda par
I(t) '" l(-t)
l(r) = -/(t +
e
f)
I(t) =
L:
n=l
8:i;,_1 cos (2n -l)lúot 82n_1 =~ J
o
T/4
I(t) cos (2n -l)lúotl dt
PROPRIEDADES DA TRANS-
FORMADA DE FOURIER E
As funções são periódicas com período T, a > 0, e b, to, e (00 =:= 2n/T são cons-
tantes reais com n = 1, 2, ..
f(t) F (w)
f(at)
f(-t) F (-w)
R(w)
f'(t) jwF(w)
J-O<'
t
f(x)dx ~
Jw
F (w) + 17 o
F (O) (w)
(_jt)n f(t)
t, (t) f2 (t) -L
2TT
F, (w) * F2 (w)= -Ll2TT -00
OO
F, (y)F2 (w - y) dy
1
[co + a
2a
te-at u(t)
1
(jw + a)2
n-l
t e-atu(t) 1
(n - 1)~ (jw + a)"
oU) 1
O (t - to)
ô '(t) Jw
o(n) (r ) (jw)n
u (t) TTO(W) + 1-
jw
TTO(W) + -L e-:-júJlo
jw
1 2TTO(W)
2TTj O '(w)
2TTr o(n) (w)
AP!tNDICE E 267
l(t) F(w)
2 TTO(w - wo)
t u (t)
1 TTj-2TTj u(w)
t
( . )"-1
1 -JW (TTj-2TTjU(W)]
t" (n -1) 1
2
sgn t
jw
ec
L
00
°T(t)=
L
n=-oo
o(t -TlT) woo(,Jo {w) = Wo
n=-oo
o(w - nwo)
Other properties:
f
-00
00 J
t(x) G (x) dx = 00
-<>O
F (x) e (x) dx.