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mais frequentes
sobre pesos, dimensões
e excesso de carga
Por Neuto Gonçalves dos Reis1
Pergunta pg
1. É permitido incorporar a tolerância legal de pesagem aos limites de 5
peso?
6
2. Pode-se multar a tolerância?
7
3. Existe tolerância na verificação de peso por meio de nota fiscal,
conhecimento ou manifesto?
8
4. A verificação de peso por meio de nota fiscal poderá ser feita a
qualquer tempo e em qualquer local?
8
5. Quais são as penalidades aplicáveis às infrações por excesso de
peso?
6. Como calcular as penalidades para as infrações por excesso de 9
peso?
10
7. Por que multar o excesso de peso bruto?
11
8. Por que multar o excesso de peso por eixo?
12
9. Quais são as tolerâncias de pesagem para peso bruto e peso por
eixo?
13
10. Existe tolerância para transbordo? Que mercadorias podem ser
dispensadas do transbordo?
14
11. Quem é o embarcador, para efeito de multa por excesso de peso?
12. Quem é o transportador, para efeito de multa de excesso do peso. 14
13. Quem paga multa por excesso de peso por eixo? 15
27
31. Quais são as restrições exigências para circulação mediante AET?
32. Qual o comportamento das CVCs em relação ao aspecto de danos 27
aos pavimentos e pontes?
28
33. Qual o comportamento das CVCs em relação aos aspectos de
estabilidade?
28
34. Qual o comportamento das CVCs em relação aos aspectos de
manobrabilidade?
28
35. Qual o comportamento das CVCs em relação aos aspectos de
ultrapassagem, frenagem e tráfego noturno?
36 Quais as diferenças de funcionamento entre suspensão pneumática 29
e suspensão a mola?
29
37 – Quais as vantagens e benefícios da suspensão pneumática para o
frotista?
30
38 – Quais os obstáculos à introdução da suspensão pneumática no
Brasil?
30
39 – Quais as vantagens da suspensão pneumática para o pavimento?
40 – Por que a fiscalização não COMPENSA o excesso de um eixo
com a sobra de outro eixo?
31
40 – Por que a fiscalização não COMPENSA o excesso de um eixo
com a sobra de outro eixo?
31
41 – Qual o impacto do excesso de peso sobre os fretes, os custos e a
segurança?
Apresentação
O AUTOR
1. É permitido incorporar a tolerância legal de pesagem aos limites de peso?
8,0
6,6
6,0
4,5
4,0
3,2
2,3
2,0 1,7 1,3
1,0 0,8 0,6
0,5
0,0
,0
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,0
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10
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15
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17
18
19
20
9. Quais são as tolerâncias de pesagem para peso bruto e peso por eixo?
A Resolução não faz menção ao eixo tandem de 6 pneus e 13,5t, muito usado em
ônibus. No entanto, como o caput do artigo fixa o percentual em 5%, subentende-
se que o limite, para esta configuração seja de 675 kg.
Isso significa que, atualmente, não haverá transbordo se os excessos por eixo
não ultrapassagem 12,5% (7,5% + 5%). A partir de julho de 2009, este percentual
cairá para 10% (5% + 5%).
Sistemática semelhante era adotada pelo antigo Código Nacional de Trânsito, mas
não foi incluída no atual CTB, que deixou o assunto para a alçada do CONTRAN.
Segundo o artigo 8o da Resolução CONTRAN no 258/07, a critério do agente,
observadas as condições de segurança, poderá ser dispensado o remanejamento
ou transbordo de produtos perigosos, produtos perecíveis, cargas vivas e
passageiros
Esta redação é ligeiramente diferente da encontrada no parágrafo 5o do artigo 270
do CTB:
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata, quando se tratar de
veículo de transporte coletivo transportando passageiros ou veículo
transportando produto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de
segurança para circulação em via pública.
A principal diferença está na inclusão das cargas vivas. As demais diferenças são
mais de forma do que de conteúdo.
Salvo exceção prevista no CTB, esta multa é paga pelo transportador. Diz o
parágrafo 5o do artigo 257 do CTB que o transportador é o responsável pela
infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos.
A única exceção é a prevista no parágrafo 4o do mesmo artigo: o embarcador é
responsável quando simultaneamente for o único remetente da carga e o peso
declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior àquele.
Portanto, é recomendável cuidar sempre muito bem da correta distribuição da
carga. O quadro abaixo define as responsabilidades:
O Anexo I do CTB define PBT - Peso Bruto Total como o peso máximo que o
veículo transmite ao pavimento, constituído pela soma da tara mais a lotação.
Já o PBTC representa o peso máximo transmitido ao pavimento por uma
combinação de veículos de carga. É, portanto,uma soma de PBTs de veículos.
Por sua vez, a CMT (Capacidade Máxima de Tração) é o máximo peso que a
unidade de tração é capaz de tracionar. Indicado pelo fabricante, baseia-se em
condições sobre limitações de geração e multiplicação de momento de força e
resistência dos elementos que compõem a transmissão.
Enquanto a CMT é um valor fixo, definido pelo fabricante, o PBT e o PBTC são
variáveis com o número de eixos e com a configuração do veículo, pois ambos
resultarão da soma dos pesos por eixo e dos limites de peso bruto estabelecidos
pelas Resoluções CONTRAN 210/06 e 211/06 de pela Portaria DENATRAN no
93/08.
De acordo com o artigo 100 do CTB, nenhum veículo pode transitar com PBT ou
PBTC superior à sua CMT.
17. O veículo pode ser multado se o seu PBT ou PBTC ultrapassar a CMT?
18. Meu bitrem, para 57 t e sete eixos, foi multado porque estava com 62t de
peso bruto. No entanto, o certificado do cavalo diz que ele pode tracionar 70
t. Isso é motivo par anular a multa?
Não. Mesmo depois de computada a tolerância, o veículo ultrapassou o limite de
peso bruto total combinado, de 57 t, que corresponde à soma dos limites de peso
por eixo. Para poder aproveitar integralmente sua capacidade máxima de tração
(70 t), este veículo precisaria ter mais eixos.
19. É legal a multa progressiva aplicada por alguns órgãos de trânsito antes
da Resolução 258/06?
O artigo 231 do CTB, que é de 1998, estabeleceu que a multa por excesso de
carga seria progressiva e variaria de 5 a 50 UFIR por 200 kg ou fração,
dependendo do excesso constatado. Quando maior o excesso, maior seria este
multiplicador. O artigo 323 do CTB deu competência ao CONTRAN para
regulamentar, em 180 dias, a metodologia de pesagem e fixas percentuais de
tolerância. Enquanto isso, não fosse feito, prevaleceria a multa fixa de 20 UFIR por
ou fração.
A regulamentação só feita no final de 2007, por meio da Resolução 258/07. Alguns
órgãos de trânsito, como a ANTT e o DER de São Paulo, passaram aplicar a multa
progressiva antes de Resolução 258. A legalidade destas autuações é, no mínimo,
discutível. O artigo 323 do CTB suspendeu a vigência da multa progressiva até a
regulamentação deste artigo.
Há quem entenda, no entanto, que, como o CONTRAN não baixou o regulamento
no prazo estabelecido, a multa progressiva entrou automaticamente em vigor. O
argumento não se sustenta, pois este dispositivo não era auto-aplicável, pois
dependia expressamente de regulamento.
Houve Resoluções anteriores à 258, como a 102, 104 e 114. No entanto, o artigo
1o da Resolução 104, deixava claro que ela não constituía a metodologia de
aferição exigida pelo artigo 323 do CTB.
Há quem entenda que, mesmo provisórias, estas Resoluções supriram a
necessidade de uma nova metodologia de pesagem, exigida pelo CTB.
Em São Paulo, o CETRAN entendeu que as multas progressivas anteriores à
Resolução 258 foram ilegais.
No Paraná, uma juíza federal de primeira instância deu ganho de causa à União
em setembro de 2008, em ação movida pelo sindicato local de empresas de
transporte contra a multa progressiva, sob o argumento de que o modo de pesar o
veículo já existia, e estava previsto na Resolução 12/98 e que a provisoriedade da
metodologia, que se extrai do art. 1º da Resolução 104/99, não retira a sua
natureza de método de aferição. Aguarda-se decisão das instâncias superiores.
Como os tanques não podem trafegar completamente cheios (é preciso deixar um volume
para expansão), a mercadoria balança durante a pesagem, aumentando a probabilidade
de erro, especialmente quando veículo acelera ou desacelera quando passa pela balança.
No momento, tanto as balanças estáticas (pesagem com veículo parado) quando
dinâmicas (pesagem com veículo em movimento) não são apropriadas para pesar carga
líquida e gasosa.
De acordo com o Ofício no722/DIMEL, de 25 de agosto de 2008, encaminhado pelo
INMETRO à coordenação da JARI do DER SP; e com o Ofício Circular no 18, de 29 de
maio de 2008, encaminhado pela DIMEL aos IPEM, as balanças dinâmicas não
constituem instrumento apropriado para pesagem de carga líquida a granel.
No caso das balanças estáticas, a Portaria INMETRO no 236/94 não permite verificação
de peso por eixo quando produto a ser pesado é um líquido. Por sua vez, a Ata no 733/96
do CONTRAN determinou a suspensão da pesagem por eixo em balanças estáticas, de
veículos carregados com granéis líquidos.
Diante disso, alguns órgãos de trânsito suspenderam a pesagem de carga líquida.
O INMETRO está fazendo testes para restabelecer esta pesagem.
PBTC = 6 + 17+ 17 + 17 = 57 t
17 t
6t
17 t
17t
17 t
PBTC = 6 + 10 + 17 +10 = 43 t
Dimensão m
Largura máxma 2,60
Altura máxima 4,40
Comprimento máximo para veículo simples 14,00
Comprimento máximo para cavalo mais semirreboque 18,60
Comprimento máximo para caminhão mais reboque 19,80
Comprimento mínimo para CVC acima de duas unidades 25,00
Comprimento Maximo CVC acima de 57 t 30,00
Comprimento mínimo para cavalo mais semirreboque transitar 16,00
com mais de 45 t
Comprimento mínimo para caminhão mais regoque trasitar com 17,50
mais de 45 t
Balanço traseiro máximo: 60% da dIstância entre eixos ou 3,50