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As virtudes

As Virtudes Teologais têm como origem, motivo e objeto imediato o próprio Deus. São
assim o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades humanas.
Fundamentam e animam o agir moral do cristão, vivificando as virtudes humanas.

O primeiro e maior de todos os mandamentos é o da caridade para com Deus. "Mestre,


qual é o principal mandamento da lei? Respondeu Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de
todo o teu coração de toda tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o
primeiro mandamento" (Mat. 22, 36-38). Para que o homem ame o Senhor acima de
tudo, é necessário viver as virtudes teologais – da fé, da esperança e da caridade.

A Fé

A fé é a virtude sobrenatural pela qual cremos ser verdadeiro tudo o que Deus revelou,
pela autoridade do próprio Deus que revela. A fé é requisito fundamental para alcançar
a salvação, portanto é absolutamente necessária para se alcançar a vida eterna, a união
íntima com Deus. “A fé age pelo amor” (Gál. 5,6).

Desta forma, devemos procurar conhecê-la, confessá-la, alimentá-la pela oração, pelos
sacramentos, pela leitura da Palavra e pela formação religiosa, preservá-la de perigos
como a influência de falsas doutrinas.

A Esperança

É baseada na bondade e no poder infinito de Deus; na fidelidade divina às suas


promessas. Por ela nós desejamos e aguardamos de Deus a vida eterna O desespero e a
presunção são pecados contra a esperança.

O primeiro consiste em julgar que Deus já não perdoará os pecados nem dará a graça e
os meios necessários para se alcançar a salvação. É o exemplo de Caim e de Judas. O
segundo é um excesso de confiança que se faz esperar a vida eterna sem usar os meios
prescritos por Deus, como a graça e as boas obras.

A Caridade
É a virtude sobrenatural pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a nós mesmos.

Ela é “o caminho mais excelente de todos”. Há para isso três razões: a primeira razão
encontra-se na bondade intrínseca nela e por ser a que mais diretamente nos une a Deus.
A segunda está no fato de que dirige e ordena para Deus todas as outras virtudes, as
quais, sem ela, estariam como que mortas e informes. E a terceira, é que não acaba com
o fim da vida terrena, visto que o amor não passa, não tem fim, pois constitui o
conteúdo essencial da vida eterna.

Amamos a Deus por causa da Sua perfeição infinita e de sua bondade. Deus é o próprio
amor. Por isso, quando amamos alguém na caridade, esse amor nos foi dado por Deus.
É na intimidade da oração, no silêncio interior, que podemos descobrir este caminho
luminoso e pleno.

As virtudes cardeais

Estudamos como a Fé, a Esperança e a Caridade, as virtudes teologais, nos tornam


capazes de conhecer e amar a Deus. Elas são virtudes inteiramente voltadas para Deus.
Mas existem muitas virtudes que não são voltadas diretamente para Deus, mas sim para
o nosso comportamento. Por isso, indiretamente, elas nos levam a Deus. São as virtudes
morais. Quatro delas são mais importantes do que as outras porque regulam a atividade
de todas as demais, as virtudes cardeais, a Prudência, a Justiça, a Força e a
Temperança.

A PRUDÊNCIA é a virtude que dispõe a razão prática para discernir, em qualquer


circunstância, o nosso verdadeiro bem e para escolher os justos meios de o atingir.

A JUSTIÇA é a virtude moral que consiste na constante e firme vontade de dar a Deus e
ao próximo o que lhes é devido.

A FORTALEZA é a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza e a


constância na prossecução do bem. Torna firme a decisão de resistir às tentações e de
superar os obstáculos na vida moral.
A TEMPERANÇA é a virtude moral que modera a atração dos prazeres e proporciona o
equilíbrio no uso dos bens criados. Assegura o domínio da vontade sobre os instintos e
mantém os desejos nos limites da honestidade.

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