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Marcos
ISBN: 978-65-993398-6-8
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Apresentação
Prefácio
Introdução
1. Questões Introdutórias
2. O Batismo de Jesus (1.9-11)
3. A Escolha dos Doze (3.13-19)
4. A Família de Jesus (3.31-35)
5. O Maior no Reino de Deus (9.33-37)
6. A Entrada em Jerusalém (11.1-11)
7. A Figueira Estéril (11.12-14,20-26)
8. A Purificação do Templo (11.15-19)
9. A Ceia do Senhor (14.22-26)
Conclusão
Referências
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Apresentação
Fee concorda com esta ideia. Parafraseando Marshall McLuhan, diz que
“a própria parábola é a mensagem”.[15] Assim, ela é contada para dirigir-se
aos ouvintes e cativá-los, a fim de fazê-los parar e pensar acerca das suas
próprias ações, ou de levá-los a dar alguma resposta.[16]
Mas também existem inúmeras ocasiões nos Evangelhos onde o ensino
de Jesus foi mediado através de ações, que chamaremos aqui de ações
parabólicas. Nestas ocasiões, a ação de Jesus não foi simples ilustração para
auxiliar a expressão verbal, mas o ensino, que era não verbal, estava contido
na própria ação. A ação de Jesus, nestes casos, era geralmente
cuidadosamente planejada. Algum comentário verbal ou explicação podia vir
a seguir, mas a própria ação era parabólica e significava o ensino pretendido.
[17] Quanto a estas ações, Fohrer afirma que na área da literatura elas
encontram seu paralelo não na alegoria, mas na parábola.[18]
Wegner também afirma que “as ações parabólicas não são parábolas
narradas, e, sim, veiculadas através de certas ações. Trata-se de ações por
meio das quais se procura transmitir uma determinada mensagem. Algumas
ações parabólicas vêm acompanhadas da respectiva interpretação, outras
necessitam ser decifradas”.[19]
Quando Stählin afirma que as ações de caráter parabólico e as parábolas
pertencem à mesma família, explica que “elas têm em comum que, com uma
ilustração, uma verdade é apresentada, e que escondem uma ou mais
realidades ou verdades e, ao mesmo tempo, as tornam manifestas”. Também,
a ação parabólica reforça algo, que preliminarmente é visto, dando mais
ênfase, mais especificidade, do que se fosse falado/pregado sem ilustração.
[20]
Ballarini considera que as ações parabólicas “exprimem uma
determinada realidade ou verdade com extrema evidência, bastando poucas
palavras, as quais ordinariamente acompanham a ação, para nos dar o seu
significado”.[21] Percebemos, entretanto, que as palavras são, em alguns
casos, quase desnecessárias, pois a própria ação parabólica fala por si.
Fohrer discute a questão, afirmando que os atos parabólicos não podem
ser vistos apenas como media predicandi (meios de proclamação), mas que
eles se colocam ao lado da palavra falada e constituem eles mesmos uma
predicatio (proclamação).[22] Declara ainda que os atos parabólicos cumprem
a sua finalidade mesmo quando seu sentido permanece desconhecido dos
atingidos. Isto indica que se trata de um processo que não consiste apenas de
proclamação ou de ação interior, mas sim que se acredita que ele tem uma
poderosa força de atuação: a vontade e a palavra de Javé.[23]
A ação parabólica tem as mesmas propriedades que a palavra profética,
ou seja as que o mundo bíblico reconhecia à Palavra. Este mundo era sensível
de modo particular ao aspectos dinâmico da palavra. Por serem discursos em
ato, palavra em ação, as ações parabólicas eram mais aptas para significar a
eficácia para a qual tendia a palavra do profeta. Assim, o mistério de Deus
não é simples palavra; ele é também, e principalmente, realidade. A ação
parabólica já era alguma coisa desta realidade.[24]
Martínez é da opinião de que o profeta deixava de ser simplesmente
proclamador da palavra para converter-se em ator. Assim, ele não se limitava
apenas a falar ou a ter uma visão, mas devia atuar, e sua atuação principal era
assimilar pessoalmente a Palavra de Deus.[25] J. Jeremias atribui este mesmo
conceito para Jesus:
As ações parabólicas de Jesus são pregação. Jesus não só pregou a mensagem das
parábolas, mas também as viveu e as corporificou em sua pessoa. Jesus não só fala a mensagem
do reino de Deus, ele a é ao mesmo tempo.[26]
Sem sombra de dúvida, a grande maioria dos ensinos dos profetas, assim
como do Senhor Jesus e dos apóstolos do Novo Testamento, aconteceu por
meio da palavra falada. Entretanto, um número considerável de ações pode
ser listado entre aquelas que foram intencionalmente utilizadas para
transmitir algum ensino específico.
Jesus poderia ter se dado por satisfeito com o falar figurativamente; por
que, então, também fazer uso de ações parabólicas? Como resposta, deve-se
citar preliminarmente que Jesus agia assim por tradição, usando referências e
exemplos de atos e pronunciamentos dos profetas do Antigo Testamento e
também dos sacerdotes israelitas. Especialmente nos profetas maiores,
podemos observar atitudes parabólicas muito curiosas.[30]
Georg Fohrer alista, por exemplo, alguns gestos da vida cotidiana que
foram utilizados pelos profetas ou pelo povo: uso do calçado (Êx 3.5; Dt
25.9.s; Js 5.15; 2Sm 15.30; Sl 60.10; 24.7), do juramento e do voto (Gn
14.23; 24.2; 47.29), do direito (Dt 25.11s), do simbolismo do sal (Jz 9.45), do
relacionamento mútuo (Gn 30.3; Ez 16.8; Rt 3.9), colocar o pé sobre os
inimigos (Js 10.24; Is 51.23; Sl 110.1), sacudir a poeira (4Ed 1.8; Mt 10.14),
despejar água (1Sm 7.6); ainda outros textos também podem ser relacionados
e conferidos: Neemias 5.12s; 1 Samuel 11.6ss; 13.27s; 20.20ss,35ss.[31] Além
destes atos, não necessariamente proféticos, da vida cotidiana dos israelitas,
podem ser alistados inúmeros outros, como veremos a seguir.
No Antigo Testamento, entre os profetas escritores temos uma longa
lista de ações parabólicas proféticas. Além disto, os livros históricos trazem
algumas situações que, de acordo com vários autores, podem ser classificadas
como tais.
Em 1Rs 11.30-32, podemos ver que o profeta Aias de Silo anunciou a
Jeroboão a divisão e a separação dos dois reinos, por meio do ato de rasgar o
seu manto em pedaços. Brandindo “chifres de ferro”, Sedecias, filho de
Canaana, anunciou a Acab que ele “exterminaria” os arameus, conforme 1Rs
22.11. Já um profeta anônimo montou uma cena para mostrar a Acab a falta
que ele havia cometido, ao deixar livre o rei Ben-Hadade após o Senhor tê-lo
entregue em suas mãos (1Rs 20.35-43).[32]
Ballarini alista também o chamado de Eliseu (1Rs 19.19-21) como uma
ação simbólica/parabólica,[33] na qual Elias lança o seu manto sobre Eliseu e,
posteriormente, este imola a sua junta de bois e coze-a com o seu arado.
Fohrer refere-se à profecia final de Eliseu, quando o rei Jeoás o visita e este é
orientado a lançar uma flecha ao oriente e depois contra a terra, também
como uma ação simbólica/parabólica profética.[34]
Em Isaías podemos ver várias parábolas dramatizadas. Martinez afirma
que este profeta, seguindo a palavra de Deus, andou nu e descalço por três
anos, como sinal e presságio sobre o Egito e a Etiópia, cujos cativos seriam
deportados pelo rei da Assíria em condições idênticas (Is 20.2).[35] Em Isaías,
também, podem ser considerados como atos parabólicos os relatos em que o
profeta deve levar o seu filho, cujo nome era “Um Resto Volverá”, para ser
apresentado diante do Rei Acaz (Is 7.3). Mais adiante, Isaías recebe a ordem
de escrever, diante de testemunhas, o nome “Rápido-Despojo-Presa-Segura”
sobre uma ardósia grande. O mesmo texto afirma ainda que o profeta Isaías
deveria nomear o seu filho com esta expressão (Is 8.1-4).[36]
Em Jeremias podem ser observadas as ações parabólicas do vaso do
oleiro (Jr 18.1-6); a compra e o uso de um cinto de linho (Jr 13.1-11); a
aquisição, exposição diante do povo e quebra de um vaso de barro (Jr 19.1-
10); a construção, autoimposição e distribuição dos canzis (Jr 27.1-3) e a
colocação de grandes pedras cobertas de barro à porta do palácio do Faraó em
Tafnes (43.8-13).[37] Jeremias também não podia fazer algumas coisas, o que
pode ser considerado igualmente como ação parabólica: deveria permanecer
sem se casar (Jr 16.1-4), não poderia entrar em casa enlutada nem participar
de qualquer lamentação (Jr 16.5-7) ou entrar numa casa em festa (Jr 16.8-9).
[38] Além destes, a quebra dos canzis de Jeremias pelo profeta Hananias (Jr
28.10-11), a compra do campo de Hananeel, primo de Jeremias (Jr 32.1,7-15)
e o livro que Seraías deveria atar numa pedra e lançar no rio Eufrates (Jr
51.59-64) também são ações parabólicas.[39]
Ezequiel deveria preparar a sua bagagem para o exílio e sair à vista de
todo o povo, abrindo um buraco na parede de sua casa e saindo por ali com o
rosto coberto, levando a bagagem nos ombros, simbolizando que estava indo
para o exílio (Ez 12.1-11).[40] Ezequiel também ficou trancado em sua casa,
mudo e atado (Ez 3.24-27), imitou o cerco da cidade (Ez 4.1-3), deitou-se de
um lado e de outro, representando o estado de prostração ao qual seriam
reduzidos os dois reinos (Ez 4.4-17), com os fios de sua barba e de seus
cabelos cortados sugeriu o destino trágico do povo (Ez 5.1-3), comeu um
alimento de miséria mostrando assim a sorte reservada aos exilados (Ez
12.17-20), recusou-se a cumprir os ritos de luto quando da morte súbita de
sua mulher (Ez 24.15-17) e, finalmente, unindo em suas mãos dois bastões,
indicou a união futura dos dois reinos (Ez 37.15-28). Todas estas
representações são consideradas por Monloubou como atos
simbólicos/parabólicos.[41]
Talvez uma das ações simbólicas/parabólicas mais impressionantes seja
a do profeta Oseias, quando este casou com uma mulher adúltera. Embora
haja uma discussão sobre a historicidade do texto, os autores a consideram
como uma ação simbólica/parabólica.[42] Finalmente, a última dramatização
encontrada no Antigo Testamento é registrada em Zacarias, na qual o profeta
deveria fazer uma coroa e colocá-la sobre a cabeça de Zorobabel (Zc 6.9-15).
[43]
No Novo Testamento, podemos ver em alguns momentos a tradição das
ações parabólicas; embora não sejam em tão grande número, são sempre
significativas. Por exemplo, Monloubou considera que a veste e o alimento
de João Batista apoiavam o seu apelo profético à penitência (Mc 1.6).[44]
No livro de Atos dos Apóstolos, lembrando os moldes dos profetas do
Antigo Testamento, encontramos a maneira sugestiva do profeta Ágabo
prever o que aconteceria com o apóstolo Paulo em Jerusalém (At 21.11).
Boor afirma que
Assim como também fizeram os antigos profetas (cf. Is 20.23; Jr 13.1-11; 19.10s), Ágabo
demonstra sua profecia através de uma ação simbólica. Com o “cinto” dele, i. é, com um pano
comprido que é atado à cintura como um cinto, ele “amarra as suas próprias mãos e pés” [NVI].
“Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus em Jerusalém farão ao dono deste cinto e o
entregarão nas mãos dos gentios”.[45]
Wilhelm Egger pretende auxiliar neste assunto quando trata das funções
e finalidades de um texto dentro do capítulo chamado “Análise Pragmática”,
em seu livro Metodologia do Novo Testamento. Ele afirma que
A teoria pragmática do texto considera a extensão de um texto como um “agir mediante o
escrever”, porquanto o texto pretende ou é capaz de incidir de modo eficaz sobre a relação entre
autor e leitor e sobre o contexto situacional.[133]
ἐγένετο ἐκ τῶν οὐρανῶν א2 A B L (W τοῦ οὐρανοῦ) D f 1 f 13 157 180 205 579 597 700
892 1006 1010 1071 1241 1243 1292 (1342) 1424 1505 2427 Byz [E F H R S] Lect (l 127 l
1841/2 τοῦ οὐρανοῦ) it(a), aur, (b), (c), (f), l vg syrp, h, pal mss copsa, bo arm(mss) eth (geo2)
slav Diatessaron Jerome //
ἐκ τῶν οὐρανῶν ἠκούσθη Θ 28 565 vgms syrpal ms geo1 //
ἐκ τῶν οὐρανῶν א² D itd, ff2, t [171]
Sua origem é o primeiro choque. Ele não veio da região central do judaísmo, a Judeia,
menos ainda da cidade santa com seu templo... Ele veio de um povoado afastado, Nazaré, que só
podia ser encontrado com ajuda: da Galileia.[176]
Após a descida da pomba, vem então a voz do céu: “Tu és o meu Filho
amado; em ti me agrado” (v. 11). No momento, Jesus foi aclamado por uma
voz dos céus como o Filho de Deus[248] e o Messias escolhido. A frase é uma
conjunção de duas passagens do Antigo Testamento: Salmo 2.7 e Isaías 42.1.
Para Ladd, “o significado da cena é o ato de eleição da parte de Deus, a saber,
a eleição do Filho, que inclui Sua missão e Sua nomeação para o ofício real
do Messias”.[249] Entendemos, entretanto, que este não é o momento da
eleição em si, mas uma confirmação da mesma, que já aconteceu antes da
fundação do mundo (cf. Jo 17.24; 1Pe 1.20; Ap 13.8; etc).
O filho é chamado de ἀγαπητός (“amado”). Esta palavra é usada pela
Septuaginta para traduzir jechied. Este vocábulo significa, na verdade, mais
do que “amado”, ou seja, “o mais amado, privilegiado, escolhido” (cf. Gn
22.2,12,16; cf. Is 42.1s). Trata-se, portanto, de um filho em sentido exclusivo,
privilegiado em sentido incomparável. Para Pohl, este sentido especial pode
ser visto também na parábola dos Lavradores (Mc 12.1-12), onde o Filho
também recebe o adjetivo ἀγαπητός (v. 6).[250]
Para Guelich, a voz dos céus aparentemente dá um duplo sinal. Ela
começa com a designação messiânica real do filho, de acordo com Salmo 2.7
e conclui com o tema do servo de Isaías 42.1. Parece que Marcos faz, neste
prólogo, um alinhamento de temas de Isaías: a voz do profeta introduz João
(1.2-8) como o precursor prometido, e introduz Jesus como aquele que traz a
era da salvação por estar equipado com o Espírito (1.9-11).[251]
De acordo com Marcos, embora Jesus tenha sido batizado na presença
de muitas pessoas, parece que “somente Deus o Pai, o Filho e o Espírito
Santo eram conhecedores do que realmente ocorreu naquela ocasião”.[252]
Mas no evangelho de João lemos que João Batista também testemunhou este
fato.
δώδεκα, οὕς καί ἀποστόλους ὠνόμασεν, ἵνα ὦσιν μετ´ αὐτοῦ (see Lk 6.13) אB (C*
transpose δώδεκα after ὠνόμασεν) Θ f 13 (28 ὦσιν περὶ αὐτόν) syrhmg copsamss, bo //
δώδεκα ἵνα ὦσιν μετ´ αὐτοῦ A C2 (D ἵνα ὦσιν δώδεκα) L f 1 33 157 180 205 565 579 597
(700 ὦσιν περὶ αὐτόν) 892 1006 1010 1071 1241 1243 1292 1342 1424 1505 2427 Byz [E F G H
P S] Lect (l 68 l 76 l 673 l 813 l 1223 δέκα) itb, e, f, q (ita, aur, c, d, ff2, i, l, r1, t vg Augustine
ἵνα ὦσιν δώδεκα) syrs, p, h copsams arm geo2 slav //
δώδεκα μαθητὰς ἵνα ὦσιν μετ´ αὐτοῦ οὕς καί ἀποστόλους ὠνόμασεν, W (D μετ´ αὐτοῦ
δώδεκα but omit μαθητὰς) geo1
καί ἐποίησεν τοὺς δώδεκα καί אB C* Δ 565 579 (1342 omit τοὺς) copsams //
καί A C2 D L Θ f 1 28 33 157 180 205 597 700 892 1006 1010 1071 1241 1243 1292 1424
1505 2427 Byz [E F G H P S] Lect itaur, b, d, f, ff2, i, l, q, r1, t vg syrs, p, h copbo arm geo slav
Augustine //
πρώτον Σίμωνα καί f 13 copsamss //
καί περιάγοντας κηρύσσειν τὸ εὐαγγέλιον. καί W ita, c, e vgmss
καί Θαδδαῖον (see Mt 10.3) אA B C L Δc (Δ* Ταδδαῖον) (Θ omit καί) f 1 f 13 28 33 157
180 205 565 579 700 892 1006 1010 1071 1241 1243 1292 1342 1424 1505 2427 Byz [E F G H
S] Lect itaur, c, f, l vg syrs, p, h copsa, bo arm eth geo slav Origengr, lat //
καί Λεββαῖον Δ ita, b, d, ff2, i, q, r1 //
omit W ite
Nas listas da geração dos filhos (Gn 29 e 30) e da bênção de Jacó (Gn
49) aparecem exatamente os mesmos 12 nomes. Já na lista de Números 13,
onde são citados os espias que foram enviados com a missão de
reconhecimento de Canaã, falta o nome de Levi e aparece o nome de Efraim.
O nome de Manassés aparece junto com o de seu pai José (“...da tribo de
José, isto é, da tribo de Manassés...” [Nm 13.11]).
Na lista da bênção de Moisés (Dt 33), faltam os nomes de Isaacar e
Simeão e aparecem novamente os nomes de Levi e José. Chama a atenção
que o fato do nome de José ser mencionado, mesmo sendo citados os nomes
de seus dois filhos, Efraim e Manassés.
Na lista de Josué 13 a 21, que trata da divisão da terra prometida, faltam
os nomes de Levi e José, e neste lugar aparecem os nomes dos filhos de José,
Efraim e Manassés. Em Ezequiel 48, sobre a divisão futura das terras, a lista
das doze tribos apresenta os nomes de Efraim e Manassés (filhos de José), e
exclui os nomes de Levi e José.
Finalmente, na lista dos cento e quarenta e quatro mil selados, de
Apocalipse 7, reaparecem os nomes de Levi e José e são excluídos os nomes
de Dã e Efraim. Chama a atenção que o nome de Efraim é excluído, enquanto
o de seu irmão Manassés aparece, ao lado do nome de seu pai José.
É interessante notar a insistência na manutenção do número 12 para as
tribos de Israel nestes textos analisados, mesmo que em pouquíssimas vezes
haja concordância nos nomes citados das doze tribos. A impressão que fica é
que não importa quem sejam, mas que é necessário um número determinado.
Além disso, a ordem em que os nomes aparecem nos referidos textos bíblicos
também é bastante diversificada, o que corrobora o fato de que não são nem
os nomes e nem a sequência o fator mais importante e, sim, a necessidade do
número doze ser mantido.
Schmitz lembra que as doze tribos de Israel eram responsáveis pela
manutenção e conservação do santuário, sendo que alternavam-se entre elas
mensalmente. É interessante perceber que mesmo quando as doze tribos já
não existiam mais, e mesmo após a destruição do templo, “o povo de Deus no
AT continuava a se entender como sendo as doze tribos do povo de Israel (cf.
Gn 49; Js 19.1-22.21; 2 Cr 6.60-80; cf At 7.8)”.[293] Também os textos de
Esdras 6.17 e 8.35 e de Ezequiel 47.13 referem-se às doze tribos quando estas
já não existiam mais em sua totalidade. O fato de serem mencionadas dá a
entender a necessidade da importância do número doze para o povo de Israel,
independente da existência de fato das referidas tribos.
Assim, segundo Bortolini, “doze é número simbólico que significa
totalidade”.[294] Schmitz concorda com a ideia e afirma que “o número ‘doze’
nas Sagradas Escrituras denota primariamente o povo de Deus na sua
totalidade”.[295] Rengstorf, em seu artigo sobre o número doze no
Theologisches Wörterbuch zum Neuen Testament, partindo do uso do termo
δώδεκα no Apocalipse, também afirma que doze é o número típico da
totalidade do povo teocrático, do povo da possessão.[296]
Retornando à analise do texto, Gundry afirma que o tempo presente
histórico de ἀναβαίνει (subir) e de προσκαλεῖται (chamar para si) enfatizam a
posição e o exercício de autoridade de Jesus (comparado ao chamado de
Deus para Moisés subir ao Monte Sinai).[297] Gundry ainda mostra um
quiasmo que pode ser visto na perícope de Marcos. Ele destaca o propósito
de Jesus de multiplicar esta sua autoridade por meio da escolha dos doze. Nos
versos 13 e 14 podemos perceber que:
Criar um grupo como este era um risco muito grande. Mas, como
afirmou Pohl, “em Cristo não há nem galileu nem judeiano, nem conservador
nem progressista, nem pescador nem cobrador nem zelote. Foi feito algo
novo!”[303]
A escolha deste grupo, pela vontade soberana do Senhor, é sublinhada
pela expressão “e chamou os que ele mesmo quis”. Isso pode ser comparado
à afirmação de Jesus em João 15.16: “Não fostes vós que me escolhestes a
mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros”. Naquela época os rabinos
conseguiam alunos que quando jovens tomavam a decisão de seguir algum
mestre. Mas com Jesus é diferente: ele pode até recusar uma solicitação como
esta, como, de fato, faz em Marcos 5.19. No caso de Jesus, é Ele que chama a
Si os que ele mesmo quer.[304]
Esta soberania de Jesus é ainda mais destacada quando vemos entre os
nomes escolhidos o de Judas, que acabou sendo o próprio traidor de Jesus.
Por um lado, poderíamos supor que Jesus nem sequer sabia de quem se
tratava e que seria o Seu traidor. Por outro lado, há aqueles que até negam a
historicidade de Judas. Collins debate esta questão e afirma que a
historicidade dos doze não depende da historicidade de Judas e de sua
participação neste círculo. Afirma ainda que o fato de Judas ser o único que
provém da Judeia também é pode ser suspeito, e que a sua origem pode ter
sido explorada fazendo dele um representante simbólico “dos judeus”.[305]
Pela vasta atestação nos Evangelhos e em Atos não precisamos supor
que a historicidade de Judas seja pouco provável ou até que seja uma
invenção da igreja primitiva. Não haveria razões para a igreja inseri-lo no
grupo restrito dos Doze, pois esta inserção não seria necessária para que ele
fosse o traidor.
A descrição de Judas é curta (“aquele que o traiu”), mas marcante. Nas
24 menções de Judas no Novo Testamento, 22 tratam dele como aquele que
traiu Jesus. “Como um dos doze, Judas foi incluído quando Jesus chamou
aqueles que ele queria (3.13)”.[306]
Para que estes Doze foram chamados? Os versículos 13 a 15 apresentam
pelo menos três motivos para os quais os Doze foram escolhidos por Jesus:
a) Para ficar com Jesus: antes de “fazer” qualquer coisa, eles precisam
“estar” com Jesus. O verso 13 afirma que Ele os chamou para “si mesmo” e
eles “foram para junto dele”. O verso 14 também deixa claro que Ele os
escolheu para que “estivessem com Ele”. Bortolini lembra que era necessário
“criar uma comunhão estreita e forte. É aquilo que chamamos de
espiritualidade. A comunhão e identificação com Jesus devem ser profundas,
vivas e sentidas”.[307] Segundo Mulholland, “Ele não os chama para
ocuparem um cargo ou tomarem parte em uma instituição; Ele os chama para
Si mesmo”.[308]
b) Para pregar: depois de criarem esta intimidade com Jesus,
assimilando o Seu caráter, Ele também os designou para pregar. Mateos e
Camacho lembram que eles foram encarregados de uma missão universal:
“em contraste com o sentido de privilégio e o etnocentrismo do antigo, o
novo Israel deve pôr-se a serviço da humanidade”.[309] “Recebedores
precisam tornar-se doadores. Discípulos precisam tornar-se apóstolos”.[310]
Em contraste também com a comunidade de Qumran, que permanecia isolada
no deserto, e com os fariseus, que ficavam separados das impurezas das
pessoas comuns, os Doze foram chamados de entre a multidão, mas foram
enviados de volta para a multidão.[311]
c) Para exercerem autoridade para expulsar demônios: em Marcos a
conexão entre pregar e expulsar demônios aparece várias vezes (1.22-27;
1.39; 3.7-12; 6.7-12; 9.14-29; etc). Os Doze foram designados também para
ter autoridade para expulsar demônios. Hendriksen lembra que receber a
autoridade implica ter “o direito e o poder” de expulsar os demônios.[312]
Mas, como afirma Mulholland, a autoridade que é colocada à disposição
daqueles que estivessem com Jesus “nunca se torna uma possessão deles;
permanece sempre autoridade delegada”.[313] No capítulo 6 de Marcos,
vemos o cumprimento dessa missão dada por Jesus, quando lemos que “eles
saíram e pregaram ao povo que se arrependesse. Expulsavam muitos
demônios e ungiam muitos doentes com óleo, e os curavam” (v. 12-13).
A família até poderia ter suas razões em estar preocupada com a situação
de Jesus. De acordo com Marcos, Jesus já havia tido confrontos com os
mestres da Lei (na cura de um paralítico, quando declarou o perdão dos seus
pecados – Mc 2.5-12), com os fariseus (quando estava na casa de Levi,
comendo com publicanos e pecadores – Mc 2.15-17), com fariseus e
herodianos (quando restaurou a mão atrofiada de um homem num dia de
sábado – Mc 3.1-6) e novamente com os mestres da Lei (vindos de
Jerusalém, que diziam inclusive que Ele tinha demônio – Mc 3.22-30).[342]
Dentro deste contexto, Gundry, lançando mão do contexto imediato de
Marcos 3.20-21, afirma que existe um paralelo entre a família de Jesus e os
escribas vindos de Jerusalém. Enquanto a família afirma que ele “está fora de
si” (v. 21), os escribas de Jerusalém afirmam que “ele está com um espírito
impuro” (v. 30).[343]
A situação parece não estar muito tranquila para Jesus. Os conceitos a
Seu respeito estão ligeiramente distorcidos e nem os seus próprios familiares
o compreendem. Como Jesus reagirá a esta interpelação da sua família? Que
resposta dará ao pedido deles? Ou ainda, terá ele uma resposta diretamente
para eles?
σου καὶ αἱ ἀδελφαὶ σου A D 180 700 1006 1010 1243 l 184 l 292 l 514 (l 1552) Byzpt [E F
H] ita, b, c, d, f, ff2, q syrhmg slavmss //
σου (see Mt 12.47; Lk 8.20) אB C L W Δ Θ f 1 f 13 28 33 157 205 565 597 892 1071
1241 1292 1342 1424 1505 Byzpt [G S] Lect itaur, e, l, r1 vg syrs, p, h copsa, bo arm eth geo
slavmss [346]
Esta discussão entre os discípulos sobre quem era o maior entre eles,
torna-se ainda mais intrigante dado o fato de que momentos antes (de acordo
com a perícope anterior) eles ouviram sobre a morte e ressurreição do Rei do
Reino, e, embora não tivessem entendido o que Jesus queria dizer, tiveram
receio de perguntar para ele.[437] Quem faz a pergunta agora é Jesus. Ele quer
saber qual o assunto da discussão deles durante o caminho. Mulholland
afirma que “embora nada respondam, Jesus sabe que discutiam sobre qual
deles era o maior (v. 34). Ele não permite que o silêncio encerre a questão”. E
continua:
Pacientemente, Jesus reúne os doze e começa a reeducá-los. Ele vai à raiz da discussão: o
desejo de ser o primeiro. No mundo, quem está em posição superior é servido pelos demais. Mas
não é assim no Reino de Deus. O primeiro lugar estabelece uma posição da qual se serve os
outros. Os doze, porém, não estão praticando o ensino de Jesus.[438]
Em Israel, ter filhos, especialmente ter muitos filhos,[451] era uma honra
desejada, fazendo-se inclusive votos para tal por ocasião do casamento.
Quando Rebeca deixou sua família, foi abençoada assim: “Que você cresça,
nossa irmã, até ser milhares de milhares; e que a sua descendência conquiste
as cidades dos seus inimigos” (Gn 24.60). Por outro lado, a esterilidade era
considerada uma provação (Gn 16.2), um castigo da mão de Deus (Gn
20.18), uma vergonha, chegando ao ponto de mulheres adotarem os filhos de
seu marido com uma escrava (Gn 16.2; 30.3-9).[452]
Coleman afirma que a culpa pelo fato de um casal não ter filhos era
normalmente atribuída à mulher. Ele complementa:
Além de desejar muito ter filhos, os casais só se davam por satisfeitos quando conseguiam
pelo menos um filho do sexo masculino. Assim sendo, era inevitável que as meninas se
sentissem menos queridas que os meninos. Aliás, havia até uma oração que os judeus
costumavam recitar da qual constava uma frase de agradecimento a Deus por não ter nascido
mulher.[453]
Coleman lembra que nem todo mundo gostava de ter crianças ao seu
redor. É o que demonstra a atitude dos discípulos de Jesus ao procurar afastá-
las dele (Lc 18.15-17). Não obstante, Jesus acolheu-as e apresentou-as como
exemplo da verdadeira fé.[468]
Mas será que esta busca por poder era de todo ruim ou totalmente
estranha ao meio em que viviam? Segundo Anderson, questões de hierarquia
e precedência em honra nas sinagogas ou nos tribunais, ou ainda em
refeições, não eram incomuns nos dias de Jesus, e os rabis disputavam sobre
quem seria o maior na era futura.[476] Quando projetados contra este pano de
fundo judaico, do qual todos provinham, os discípulos, ao lutarem por
alguma posição hierárquica, “não estavam apresentando um senso primitivo
de importância, mas estavam sendo espirituais no sentido judaico”.[477]
Citando Schlatter, Pohl ainda afirma:
Em qualquer ocasião, seja na reunião de adoração, na administração do direito, na refeição
conjunta, em qualquer relação se levantava sempre a pergunta de quem seria o maior, e a
medição da honra que lhe caberia tornava-se um negócio trabalhado constantemente e
considerado altamente importante.[478]
É neste contexto que a discussão dos discípulos deve ser analisada. Não
podemos ignorar que a questão do valor, da dignidade e da honra também
tem um aspecto bíblico legítimo.[479] Aqui Jesus não rejeita simplesmente a
pergunta por grandeza, mas a direciona para o conceito correto.[480] O
problema não era o fato de procurarem grandeza; o problema era o tipo de
grandeza que eles estavam procurando.
Por isso, Jesus precisa aprofundar a discussão e esclarecer algumas
coisas. “No mundo, quem está em posição superior é servido pelos demais.
Mas não é assim no reino de Deus. O primeiro lugar estabelece uma posição
da qual se serve os outros”.[481] Mas estariam os discípulos preparados para
compreender este conceito? De que forma esta nova verdade sobre
discipulado poderia ser apreendida por eles? Alguma coisa que os impactasse
profundamente sobre este assunto precisava ser feita.
O verso seguinte afirma então: “E assentando-se, chamou os doze e
disse-lhes...”. Marcos apresenta neste momento uma solenidade incomum,
descrevendo a iniciativa de Jesus em três diferentes movimentos: sentar,
chamar e dizer. “Sentar é próprio do professor (4.1; 13.3), chamar é próprio
do rei soberano (cf. 3.13; 7.14). Além disso, em vez de simplesmente ‘os
discípulos’, ele fala oficialmente dos ‘doze’”.[482]
A lição é muito clara e direta: “Se alguém quer ser o mais importante,
será o menor de todos e servo de todos”. Parece que não há como não
compreender. Mas, como nem sempre os discípulos entendiam as lições
objetivamente, Jesus os auxilia com uma parábola dramatizada, um exemplo
claro do que Ele estava querendo transmitir a eles. Jesus toma, então, uma
criança e a coloca no meio deles para uma rápida lição.
Embora na maior parte do Antigo Testamento uma criança fosse
considerada como um presente precioso e fosse recebida como bênção de
Deus (como por exemplo em Sl 127.3-5), no judaísmo posterior este conceito
não era mais exatamente o mesmo:
As crianças fora da idade escolar e da possibilidade de educação eram tidas como sem
importância. Até poderem estudar a Torá, eram desejadas como descendência, mas pouco
prezadas em sua personalidade. É típico o resumo: “surdos-mudos, débeis mentais e menores de
idade”, ou seja, seres que não têm o controle completo sobre suas faculdades mentais. Muito
raramente um professor da lei perdia seu tempo com crianças. [...] A infância era uma coisa que
acima de tudo tinha de passar, até que raiasse a “idade dos mandamentos”. Com 12 anos as
meninas e com 13 os meninos eram comprometidos plenamente com a Torá. Só a partir de então
podiam conquistar a sua parte no futuro mundo de Deus.[483]
Álvarez complementa infomando que este período da vida de uma
pessoa é conhecido pelo termo “infância”. Este termo latino (in-fancia)
significa “ausência de voz”, incapacidade de falar. Ou seja, para uma criança
resta apenas o seguinte: “as ordens se acatam, não se discutem.”[484]
O termo grego παιδίον não especifica se era uma menina ou um menino.
Segundo Bortolini, a palavra pode indicar também “uma criança trabalhadora
e não remunerada, que presta serviço gratuitamente, desprovida de toda
pretensão de se promover e de buscar poder.”[485]
É neste contexto que a criança é apresentada aos discípulos, para servir
de meio de ensino para eles. Weber lembra ainda que tanto no mundo greco-
romano como no mundo judaico, o ensino sempre era unidirecional: do
adulto para a criança. Ele continua o seu raciocínio:
Compreendendo criança como matéria-prima que tinha de ser moldada para se tornar um
ser humano integral ou concebendo-a como um membro pequeno e imaturo do povo da aliança,
que tinha de ser disciplinado pelo conhecimento e temor ao Senhor: em ambos os casos a criança
era um receptor passivo e tinha importância apenas na medida que representava um aprendiz em
potencial.[486]
Sobre este último aspecto, Álvarez lembra ainda que temos que tomar o
cuidado para não confundir serviço com escravidão. Para ele, “o delírio de
grandeza é tão corrosivo como a mentalidade de escravo”.[507] Nem uma e
nem outra está correta.
Joel Marcus traz à lembrança um outro episódio acontecido também em
Cafarnaum, provavelmente nesta mesma casa, se é que podemos pressupor
que esta seja a casa de Pedro. Se for, foi ali que Jesus curou a sogra de Pedro,
e esta imediatamente começou a servi-los (διηκόνει αὐτοῖς – Mc 1.29-31).
Este ato altruísta de diaconia oferece um contraponto irônico e pouco
lisonjeiro diante das tendências de autoengrandecimento de Pedro e dos
outros discípulos, as quais serão combatidas direta e adequadamente pelo
apelo de Jesus para tornarem-se διάκονος.[508]
Embora o evangelista João não relate o episódio com a criança colocada
ao centro, ele relata um outro fato que transmite, também através de uma
ação parabólica, praticamente a mesma lição que os discípulos tiveram em
Cafarnaum. No evangelho de João a lição fica por conta do momento em que
Jesus lava os pés dos seus doze orgulhosos discípulos (Jo 13.1-17). Ali a
sentença declarativa de Jesus é igualmente direta: “Eu lhes dei o exemplo,
para que vocês façam o mesmo” (v. 15).
Em Marcos, Jesus já havia predito o seu sofrimento e sua morte em duas
ocasiões anteriores (8.31 e 9.31). E é com este pano de fundo que a lição
sobre a grandeza é ensinada para os discípulos. Além disso, quando Jesus
havia designado e comissionado os Doze (3.13-19 e 6.7-13), foi-lhes dada
autoridade para proclamar as boas novas do Reino de Deus, para curar
doentes e até para expulsar demônios. Havia uma clara atmosfera de triunfo
sobre sua missão e sobre suas atividades. Mas com o anúncio da paixão de
Cristo, tudo estava mudando. Agora ser o primeiro ou o maior não tem mais
nada a ver com poder para curar ou exorcizar; tem a ver sim com serviço e
humildade. Mas assim como Jesus havia sido um modelo para eles na
autoridade para curar e expulsar demônios, também será o modelo no serviço
e na humildade.[509]
6. A Entrada em Jerusalém (11.1-11)
A entrada de Jesus em Jerusalém parece ter sido cuidadosamente
planejada pelo Mestre, para transmitir aos expectadores uma mensagem
específica referente à Sua missão neste mundo. Esta mensagem parece
confrontar diretamente a concepção judaica corrente, e, por isso, Jesus a
transmite não verbalmente, mas através de um gesto que aqui denominamos
como “ação parabólica”.
αὐτόν ἀποστέλλει πάλιν ( אB 2427 ἀποστέλλει πάλιν αὐτόν) (C*vid αὐτόν πάλιν
ἀποστέλλει) D L (D omit αὐτόν) (Θ πάλιν ἀποστέλλει αὐτόν) 579 892 1241 Lect (itd eth
Origen1/4 ἀποστελεῖ) (slav) Origen1/4 //
αὐτόν ἀποστέλλει A C2 f 13 28 157 565 1010 1071 1243 1342 1424 1505 Byz [E F H S] (l
1841/2 αὐτούς ἀποστέλλει) l 524 l 547 l 950 itaur, b, (c), k, (l) vgmss syrs, p, h, pal (geo)
Origen1/4 //
αὐτόν ἀποστέλεῖ G W Ψ f 1 180 205 597 700 (1006 ἀποστέλεῖ αὐτόν) 1292 lAD it(a), f,
(ff2), i, (q) vg (arm) Origen1/4
Lenski lembra ainda que, pelo texto de Mateus, sabemos que duas
multidões estavam presentes no momento da entrada em Jerusalém: a que
saiu da cidade e a que acompanhava Jesus quando este se dirigia a Jerusalém.
Lembra ainda que, pelo evangelho de João, sabemos que o entusiasmo do
povo aumentou muito depois da ressurreição de Lázaro em Betânia, e que
dali ele partiu em direção a Jerusalém.[520]
Nos dias de Jesus, havia ideias muito variadas entre os judeus que
chegavam a ser até radicalmente diferentes com respeito ao Messias do fim
dos tempos. Portanto, não existia um conceito único e definido acerca do
mesmo. Normalmente, fala-se do Messias Judaico como se fosse uma figura
bem conhecida e claramente definida para todos. É provável que a esperança
de todos se concentrasse num Redentor que apresentasse traços nacionalistas.
Assim, a partir deste enfoque comum a todos, podiam apresentar-se as
compreensões mais diversas.[535]
No Antigo Testamento, várias pessoas foram ungidas com óleo, e assim
separadas para desempenhar alguma função divinamente ordenada na
teocracia. Sacerdotes (Lv 4.3; 6.22), reis (1 Sm 24.10; 2 Sm 19.21; 23.1; Lm
4.20) e profetas (1 Rs 19.16) eram ungidos indicando uma designação divina
para a função teocrática em questão, passando a fazer parte de um círculo
especial de servos de Deus. Outras vezes, Deus refere-se a certas pessoas
como “seu ungido” por estarem cumprindo o Seu propósito, mesmo que não
tivessem sido ungidas literalmente com o óleo da consagração. Assim, Ciro é
chamado de “ungido” (Is 45.1), bem como os patriarcas (Sl 105.15).[536]
Quando se fala de esperança messiânica no Antigo Testamento, ela é
normalmente associada ao rei em Jerusalém por ser ele a principal pessoa
ungida em Israel.[537] Rengstorf afirma que a memória sempre mais vívida do
período magnífico e bem-sucedido do reinado de Davi em Jerusalém exerceu
grande influência sobre o desenvolvimento da ideia do messias como uma
figura histórica.[538]
Profecias, como a de 2 Samuel 7.12s, prometem que o reino de Davi
permaneceria para sempre, e quando as circunstâncias históricas pareciam
negar o cumprimento desta profecia, o seu cumprimento foi esperado na
pessoa de um Filho de Davi maior do que um simples rei local.[539] Isaías
também anuncia que um rei da linhagem de Davi, dotado de um poder
sobrenatural, iria “ferir a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos
seus lábios matar o ímpio” (Is 11.4).
Zacarias descreve este rei como alguém que assegura a vitória e ganha a
paz para os filhos de Jerusalém. Ele entrará em Jerusalém em triunfo e vitória
sobre um jumento, banirá a guerra, trará paz às nações e governará sobre toda
a terra (Zc 9.9-10). O fato de ele entrar sobre um asno (jumento), em lugar de
um cavalo ou carruagem (Jr 22.4), sugere que ele conseguirá esta vitória e
retornará a Jerusalém em paz.[540]
Vários outros textos do Antigo Testamento como, por exemplo, Salmo
89.3s, Jeremias 23.5s e 30.8s, Ezequiel 34.23-24 e 37.21s e Amós 9.11s
também demonstram esta expectativa messiânica da restauração de Israel por
meio de um ungido do Senhor.
No período intertestamentário esta expectativa pode ser vista em textos
como os “Salmos de Salomão”. Ladd afirma que estes Salmos de Salomão
foram produzidos por um autor desconhecido que foi aceito no círculo dos
fariseus pouco depois do tempo em que Pompeo colocou a Palestina sob o
controle de Roma, no ano 63 a.C. Este judeu devoto ora pela vinda do Reino
de Deus por meio do rei prometido, o Filho de Davi.[541]
Thielman afirma que
Por volta do século I a.C., essas ideias haviam se tornado uma crença firme, pelo menos
entre alguns judeus, na vinda do rei que seria chamado “o filho de Davi” e “o Senhor Messias”
(Salmos de Salomão 17.21,32). ... o rei seria a resposta à profecia de 2 Samuel 7.12,16: Deus
suscitaria um “fruto” (lit. na LXX, sperma, “semente”) a Davi que estabeleceria seu trono para
sempre (Salmos de Salomão 17.4). O Messias viria a uma nação previamente purificada de seus
pecados (Salmos de Salomão 18.5) e, quando chegasse, purgaria Jerusalém e toda a terra dos
gentios opressores (Salmos de Salomão 17.22-25) e de qualquer israelita ímpio (Salmos de
Salomão 17.26-27,32). Aqui também o Messias davídico é o pastor do povo de Deus.[542]
George Ladd esclarece que esta é uma oração pelo cumprimento das
profecias do Antigo Testamento referentes ao rei davídico esperado. O reino
desejado é político e terreno na sua forma, embora uma nota religiosa
também seja ouvida.[544]
Segundo Cullmann, no Apocalipse de Esdras, o caráter político do reino
messiânico também aparece plenamente, pois “o messias-rei aniquila os
pecadores e concede sua graça aos bons que esperam, então, o fim dos
tempos”. Da mesma forma é retratado no Apocalipse de Baruque. Afirma
ainda que nos textos de Qumran, no Documento de Damasco e nos
Testamentos dos Doze Patriarcas, as concepções judaicas do messias-rei
político se associam a outras ideias sobre o Redentor esperado, com traços de
sumo sacerdote.[545]
Embora esta expectativa messiânica no judaísmo tenha suas variações,
Cullmann resume alguns pontos essenciais da seguinte maneira:
O Messias cumpre sua missão em um plano puramente terreno.
Segundo a opinião atestada pelos Salmos de Salomão, ele inaugura o fim dos tempos;
segundo a opinião mais recente, um período intermediário. Porém, em todo caso, o eon em que
aparece não é mais o “século presente”. Do ponto de vista temporal, o Messias se distingue, pois,
do profeta escatológico.
A obra do Messias é a de um rei político de Israel, seja seu caráter pacífico ou guerreiro.
O Messias judaico é da casa de Davi. É por isso que leva também o título de “Filho de
Davi”.[546]
Ela faz parte das “parábolas reais”, gestos parabólicos que não só
ilustram uma ideia, mas predizem, introduzem e anunciam praticamente um
evento. Muitas vezes são profecias de desgraças e de juízos, não simples
oráculos sobre o futuro, mas criações prefigurativas do que há de vir.[579]
Schmid acrescenta que este ato de Jesus se interpreta, em geral,
“simbolicamente como uma parábola em ação”. Compreendida assim, tem
muitos paralelos em ações simbólicas dos profetas do AT e convém
perfeitamente com a situação em que se desenvolve. Israel (ou Jerusalém) é a
figueira plantada por Deus, que oculta sob a enganosa folhagem de seus atos
de piedade externa, sua verdadeira esterilidade religiosa.[580]
É necessário lembrar ainda que muitos profetas do Antigo Testamento
recorreram ao gesto de maldição de árvores e frutos como símbolos do juízo
pronunciado contra Israel. Como exemplo podemos citar os textos de
Jeremias 8.13; Oséias 9.10,16-17; Ezequiel 17.24; etc.[581]
ἔχετε A B C L W Δ Ψ f 1 33* 157 180 205 579 597 892 1006 1010 1241 1243 1292 1342
1424 1505 2427 Byz [E G H N Σ] Lect itaur, c, f, ff2, k, l, q vg syrp, h, palmss copsa, bo eth slav
//
εἰ ἔχετε אD Θ 0233vid f 13 28 33c 565 700 107 ita, b, d, i, r1 syrs, palmss arm geo1
omit verse 26 אB L W D Y 157 205 565 597 700 892 1342 2427 itk, l syrs, pal copsa, bopt
arm geo
include verse 26: εἰ δὲ ὑμεῖς οὐκ ἀφίετε, οὐδὲ ὁ πατὴρ ὑμῶν ὁ ἐν τοῖς οὐρανος ἀφήσει τὰ
παραπτώματα ὑμῶν (with minor variants: see Mt 6.15) A C D Q 0233 f 1 f 13 28 33 180 579
1006 1010 1071 1241 1243 1292 1424 1505 Byz [E F G H N S] Lect ita, aur, b, c, f, ff2, i, q, r1
vg syrp, h copbopt eth slav Cyprian Speculum
Isto deixa claro que quando o Senhor Jesus deixa a estrada para ir à
figueira e procurar nela algum taqsh, para saciar um pouco de sua fome, e
não os encontra, que isto implica que não haveria figos quando chegasse o
tempo da safra principal. Mesmo com a exuberância da folhagem, a figueira
era infrutífera e não prometia nada para aquela frutificação.
Depois que Israel se organizou em nação, tornou-se necessário um santuário central como
ponto de reunião para todo o povo, como símbolo de sua unidade em torno da adoração de seu
Deus. Essa necessidade foi suprida pelo tabernáculo durante as peregrinações pelo deserto, e foi
suprida pelo reconhecimento dado a determinados santuários durante o período dos juízes (por
exemplo, Siquém, Js 8.3ss; 24.1ss; e Silo, 1 Sm 1.3).[681]
Este primeiro templo foi atacado por diversas vezes. Finalmente, foi
destruído por Nabucodonosor, rei da Babilônia, em 587-586 a.C. (2 Rs 25.8-
17; Jr 52.12-23).
Os que foram exilados por Nabucodonosor foram reanimados (Sl 137)
com a visão concedida a Ezequiel de um novo templo (Ez 40-43; em cerca de
571 a.C.). São dados muito mais detalhes acerca deste Templo Ideal de
Ezequiel do que a respeito da estrutura construída por Salomão, embora
aquele nunca tivesse sido construído. A visão de Ezequiel apresenta uma
descrição da área circunvizinha, que falta no relato do primeiro templo. Em
termos de dimensões, este templo era pouco diferente em relação ao templo
de Salomão.[685]
O segundo templo, também chamado de Templo de Zorobabel, foi
construído pelos exilados que retornaram a Jerusalém levando consigo muitos
utensílios que haviam sido saqueados (Ed 1; 3.1ss). Este segundo templo era
menor que o de Salomão, mas preservava alguns detalhes do primeiro
templo. A arca da aliança havia desaparecido e nunca mais foi substituída;
apenas um candelabro de sete braços se encontrava no santo lugar (cf. 1
Macabeus 1.21ss; 4.49ss). Este templo foi profanado por Antíoco Epifâneo, e
purificado, posteriormente, pelos Macabeus. Estes fortificaram o templo a
ponto de resistirem por alguns meses ao cerco movido por Pompeu em 63
a.C. Este segundo templo durou aproximadamente 500 anos.[686]
Numa tentativa de conciliar os judeus com seu rei idumeu, o Templo de
Herodes foi começado em 19 a.C. A estrutura principal foi acabada em dez
anos, mas o trabalho continuou até 64 d.C. (cf. Jo 2.20), pouco antes da sua
destruição na Guerra dos Judeus em 70 d.C.[687]
Herodes duplicou o tamanho do monte do Templo, cortando um alto
rochedo no noroeste e apoiando-o com muros e contrafortes subterrâneos no
sudoeste. As muralhas em torno do monte apoiando a área do templo cercam
35 acres.[688] Randall Cook informa que só a preparação da plataforma sobre
a qual o templo foi construído levou 8 anos. Segundo ele, a muralha de
retenção (com cerca de 450 x 300 m) foi construída ao redor do monte Moriá,
criando uma área nivelada de 132.000 metros quadrados.[689]
No começo da construção foram contratados 10.000 operários leigos e
1.000 sacerdotes transformados em artesãos. Foram contratados canteiros,
carpinteiros e artífices em ouro, prata e bronze. Para se construir os edifícios
sagrados, que não poderiam ser feitos por leigos, foi preciso formar
sacerdotes, ensinando-os a talhar e lapidar pedras, bem como o ofício da
carpintaria.[690]
Champlin informa que o Templo de Herodes foi o terceiro templo, tendo
essencialmente substituído o segundo templo sem derrubá-lo. Ele continua:
Um templo de Deus não poderia ser derrubado, mas poderia ser substituído, se tal
substituição fosse feita por meio de adição ou alteração. Herodes, o Grande, tinha um ego
enorme e não havia como deixar o Segundo Templo humilde como era. De fato, ele ultrapassou
a glória até mesmo do Templo de Salomão.[691]
Sendo:
A = Átrio dos Gentios;
B = Átrio das Mulheres;
C = Átrio dos Israelitas;
D = Átrio dos Sacerdotes;
E = Pórtico;
F = Lugar Santo;
G = Santo dos Santos.
O Átrio dos Gentios era separado dos outros por uma divisória ou cerca
(o “soreg”) de 1,5 m de altura, com inscrições em grego e latim, proibindo,
sob pena de morte, a passagem de não judeus[694] (cf. Ef 2.14; At 21.18). Era
nesse pátio exterior que os vendedores de animais e cambistas dedicavam-se
ao seu comércio (Mc 11.15-17).[695]
O Átrio das Mulheres ficava um pouco mais próximo do santuário do
que o átrio dos gentios. Este pátio era posto à disposição das mulheres
israelitas.[696] Cook lembra que, pelo fato de se chamar átrio das mulheres,
não se deve entender que ali só entravam mulheres. Pelo contrário, todos os
judeus podiam entrar, mas as mulheres não podiam ultrapassar este átrio.[697]
Este era o primeiro átrio do lado de dentro do templo, e continha as caixas
para as dádivas que serviam para financiar as despesas com o culto
(conforme Mc 12.41-44).[698] O portão principal para o Pátio das Mulheres
era a Porta Formosa, que dava com a sua frente para o leste (At 3.2).[699]
O Átrio dos Israelitas era reservado para os judeus do sexo masculino.
Os homens subiam uma escada, passando pela Porta de Nicanor, e entravam
num pequeno pátio, de onde podiam observar o Átrio dos Sacerdotes. Cook
afirma que era ali que os homens levavam seus sacrifícios e aguardavam a
sua vez.[700] Este pátio era uma faixa longa e estreita de cerca de 4,5 x 60 m,
que podia ficar desagradavelmente apinhado durante as grandes celebrações;
seu único propósito era separar os homens das mulheres durante os cultos,
marcando assim a superioridade masculina nas questões religiosas.[701]
O Átrio dos Sacerdotes era onde ficava o altar dos holocaustos e onde
os sacerdotes e levitas exerciam seu ministério. Esse átrio representava ainda
um outro nível de acesso a Deus, embora ainda não o mais elevado.[702]
O templo propriamente dito (o “Hechal”) tinha uma escada de 15
degraus subindo ao Pórtico de Entrada (o “ulam”) com duas colunas nos
lados, uma chamada “Jaquim” (Ele estabelecerá) e a outra “Boaz” (Ele virá
em poder). O portão tinha vinte metros de altura e dez de largura.[703]
Os sacerdotes entravam no Lugar Santo para oferecer os sacrifícios
diários. Ali achavam-se a mesa para os pães da proposição, o altar para o
incenso, bem como o candelabro de 7 braços, que ficava aceso durante o dia,
em vista da ausência de janelas no local. O Lugar Santo era separado do
Santo dos Santos por um véu.[704]
O recinto interior, o Santo dos Santos, era vazio. A arca da Aliança, que
ficava ali nos tempos de Salomão, desapareceu quando o exército babilônico
de Nabucodonosor incendiou o primeiro templo. Quando Pompeu, o general
romano, invadiu o lugar sagrado, ficou surpreso ao encontrá-lo vazio e
exclamou: “Não há Deus ali!”.[705]
Neste recinto, somente o sumo sacerdote podia entrar uma vez por ano,
apenas. Teoricamente, deveria aspergir com sangue a tampa da arca.
Entretanto, esta havia desaparecido há muito tempo.[706]
Para todo israelita, o templo era a “casa” de Deus, a sede da presença
divina. Já Salomão havia dito que construíra para Yahweh “uma morada, uma
residência onde ele habitaria para sempre” (1 Rs 8.13). Essa fé na presença de
Yahweh em seu Templo é a razão do culto que é ali celebrado, bem como das
iniciativas dos fiéis. A certeza da presença de Yahweh no Templo é
frequentemente expressada nos Salmos, cujas ligações com o culto e o
Templo são evidentes (Sl 27.4; 42.5; 76.3; 84; 122.1-4; 132.13-14; 134; etc.).
[707]
8.3 Análise do Texto da Purificação do Templo
Como Jesus pôde se impor sozinho desta maneira numa enorme “feira”
como esta? Parece que a única explicação possível é que a ação de Jesus
precisa ser vista como uma dramatização da sua mensagem, no estilo dos
profetas do Antigo Testamento. Na verdade, Jesus apresenta uma parábola
dramatizada, ou seja, uma ação parabólica. De acordo com os critérios
literários de uma ação parabólica,[718] podemos fazer as seguintes
observações relativas à perícope que está sendo analisada:
a) Estilo: esta ação parabólica também apresenta uma mescla de
narrativa e diálogo. Há um relato inicial, apresentando a situação e, em
seguida, uma interação entre os personagens apresentados. Isto pode ser visto
nesta perícope da seguinte forma: a narrativa aparece nos versos 15, 16 e 18,
enquanto o diálogo aparece no verso 17.
b) Pessoa gramatical: a partir desta divisão em narrativa e diálogo,
percebemos que, na ação parabólica, a terceira pessoa é predominante na
narrativa, e a interação entre primeira e segunda pessoa é apresentada no
diálogo. Na parte narrativa, em apenas 5 versículos aparece 5 vezes o
pronome pessoal de terceira pessoa αὐτός, e 16 vezes os verbos estão em
terceira pessoa. Já na parte do diálogo, os pronomes e verbos aparecem na
primeira e segunda pessoas.
c) Tempo verbal: Na parte narrativa da ação parabólica, como se devia
esperar, os tempos aparecem principalmente no passado, com certa ênfase
para o tempo aoristo (7 vezes na perícope).
d) Tipos de frase: como é característico das ações parabólicas, podem
ocorrer dois tipos de frase: aqui aparecem tanto a pergunta retórica (Não
está escrito que a minha casa será chamada casa de oração para todas as
nações? – Mc 11.17a), quanto a sentença declarativa (Mas vós tendes feito
dela um covil de ladrões! – Mc 11.17b).
e) Semântica: nesta ação parabólica também podemos perceber a
presença de verbos que denotam movimento, especialmente na parte
narrativa, como por exemplo ἔρχομαι, εἰσέρχομαι, ἐκβάλλω, καταστρέφω,
διαφέρω, ἐκπορεύομαι, entre outros. A conjunção kai/ também é muito
frequente na parte narrativa das ações parabólicas, aparecendo 12 vezes na
perícope da Purificação do Templo (em apenas 5 versículos). Esta conjunção
ajuda na estrutura interna da narrativa da ação e na sua ideia de movimento.
f) Metaníveis: de acordo com Stählin, as ações parabólicas têm uma
dupla ou tripla função. Esta pertence à essência da ação parabólica. É
justamente este o ponto central da questão em estudo, ou seja, a descoberta
do significado especial do texto.
Buchanan explica a purificação do templo em termos de uma ação
simbólica.[719] Joel Marcus concorda que a ação seja simbólica e afirma que
Jesus primeiramente profetizou a destruição do templo em palavras
simbólicas (na maldição da figueira - v. 14), que foi percebida pelos seus
discípulos, mas que agora, diante dos olhos deles, ele dramatiza a mesma
mensagem em uma “demonstração parabólica” semelhante aos estranhos
sinais simbólicos dos profetas do Antigo Testamento.[720]
Concordamos com Marcus sobre a perícope ser uma ação parabólica e
que relaciona-se com a destruição do templo, discordando apenas da
comparação que o autor faz com o episódio anterior (significado da maldição
da figueira). De acordo com Anderson, a maldição da figueira é uma imagem
do julgamento de Deus sobre Israel, enquanto a expulsão dos mercadores é
um sinal do julgamento divino sobre o templo em particular.[721]
Assim, pelas suas ações, Jesus declarou simbolicamente que o Templo
deixou de funcionar do modo como Deus pretendia. Desta forma, Jesus passa
a ensinar, dizendo: “Não está escrito que a minha casa será chamada casa de
oração para todas as nações? Mas vós tendes feito dela um covil de ladrões”
(v. 17). Podemos ver que “a primeira afirmação é uma promessa para a
condição do templo como Deus o queria, a segunda, uma denúncia da
condição em que Israel o deixara”.[722]
Ao citar Isaías 56.7, Jesus declara que a casa do Senhor é a sua casa, o
que indica a sua união com o Pai. Assim, ele convida pessoalmente todas as
nações para vir a ele. Metaforicamente Mulholland afirma que o próprio
Jesus é o templo, onde todos os homens e mulheres de todos os grupos
étnicos encontram-se com Deus. A aliança de Deus com Abraão tinha a
intenção de abençoar todas as nações, embora seus descendentes pareciam ter
se esquecido disso. Jesus renova o propósito original estabelecendo a casa de
oração para todas as nações. A este respeito, Mulholland arremata: “contrário
às expectativas de muitos de que o Messias purificaria Jerusalém dos gentios,
Jesus queria purificá-la para os gentios”.[723]
Com a segunda citação, Jesus se aproxima muito de Jeremias, o único
profeta que se levantou no templo:
Nas duas situações a audiência é o povo (Jr 7.2; 26.2,7; e Mc 11.15), segue uma reação
ameaçadora das autoridades (Jr 26.7s; e Mc 11.18), a série de esforços de Deus lhes é
apresentada (Jr 7.25; 26.5; e Mc 12.2,4,5), e condenam-se os sacrifícios meramente exteriores (Jr
7.22 e Mc 12.33). O ponto alto da acusação é a palavra do esconderijo de ladrões em Jr 7.11:
Vós, porém, a tendes transformado em covil de salteadores, ou seja, vocês usam o templo
como esconderijo, como os ladrões a caverna em que se sentem seguros.[724]
τῆς διαθήκης (see Mt 26.28) אB C D2 L Θ Ψ 565 2427 itk copsamss, bopt geo1 //
τὸ τῆς διαθήκης D* W itd //
τῆς καινῆς διαθήκης E 157 579 828 892 1006 ita, aur, c, f, l, q vg syrs, p, h copsamss, bopt
arm eth geo2 //
τὸ τῆς καινῆς διαθήκης A D f 1 f 13 28 180 205 597 700 1010 1071 1241 1243 1292 1342
1424 1505 Byz [F H P Σ] Lect itb, i, r1 slav //
omit itff2
οὐκέτι οὐ μὴ πίω A B Δ f 1 f 13 28 157 180 205 579 597 700 1006 1010 1071 1241 1243
1292 1424 1505 2427 Byz [E F H Σ] Lect itaur, b, ff2, i, l, q vg syrs, p, h copsa geo slav //
οὐ μὴ πίω (see Mt 26.29) אC L W Ψ 892 1342 l 211 l 387 l 950 itc,k copbo eth Jerome //
οὐ μὴ προσθῶ πεῖν D (565 οὐκέτι οὐ προσθῶ πιεῖν) ita, d, f arm //
οὐκέτι οὐ μὴ προσθῶμεν πιεῖν Θ
Alguma coisa precisava ser feita para corrigir estes equívocos. Como se
havia tornado especialista em aproveitar as oportunidades, Jesus usou o
momento da ceia, um dos últimos que teve junto aos seus discípulos, para
tentar esclarecê-los sobre o que estava por acontecer naquelas próximas
horas.
Mulholland chamou o que aconteceu nesta ceia de Páscoa de “parábola
dramatizada”.[803] Para Pohl, o episódio é uma “ação simbólica”.[804]
Gallardo a denomina como uma “dupla ação profética do tipo simbólico”.[805]
Gould também fala do “uso simbólico” deste fato.[806] Além disso da opinião
destes autores, podemos ainda identificar os seguintes elementos
característicos de uma ação simbólica:
a) Estilo: esta ação parabólica também apresenta uma mescla de
narrativa e diálogo. Há um relato inicial, apresentando a situação, e uma
interação entre os personagens apresentados. A narrativa encontra-se nos
versos 22a, 23, 24a e 26. O diálogo encontra-se nos versos 22b, 24b e 25.
b) Pessoa gramatical: a partir desta divisão em narrativa e diálogo,
percebemos que na ação parabólica a terceira pessoa é predominante na
narrativa, e a interação entre primeira e segunda pessoa é apresentada no
diálogo. Embora isto seja um tanto óbvio, é um aspecto característico da ação
parabólica. Na parte narrativa da perícope, em apenas 4 versículos aparece 5
vezes o pronome pessoal de terceira pessoa αὐτός e 9 vezes os verbos estão
em terceira pessoa. Já no diálogo, os pronomes de primeira e segunda pessoa
aparecem 2 vezes, e 4 vezes os verbos estão em primeira e segunda pessoa.
c) Tempo verbal: Na parte narrativa da ação parabólica, como se devia
esperar, aparecem tempos no passado; mas chama a atenção a quantidade de
verbos no tempo aoristo: dos 13 verbos narrativos da perícope, 12 estão no
tempo verbal aoristo. Na parte dos diálogos o tempo presente é
predominante: 5 dos 7 verbos nesta parte estão no presente.
d) Tipos de frase: são características das ações parabólicas as
perguntas retóricas e/ou as sentenças declarativas. Nesta perícope
aparecem pelo menos duas sentenças declarativas: “isto é o meu corpo” (v.
22) e “isto é o meu sangue da aliança” (v. 24). A declaração “nunca jamais
beberei do fruto da videira até aquele dia quando eu beberei o mesmo, novo,
no Reino de Deus” (v. 25) também pode ser classificada como tal.
e) Semântica: a semântica é relativa a cada relato de ação parabólica,
mas podemos perceber a presença de verbos que denotam movimento,
especialmente na parte narrativa, como por exemplo ἐξέρχομαι, πίνω,
λαμβάνω, ἐκχέω. A conjunção καί também é muito frequente na parte
narrativa das ações parabólicas. Enquanto no diálogo ela está ausente, na
parte narrativa ela aparece 7 vezes, auxiliando na estrutura interna da
narrativa da ação e dando a ideia de movimento.
f) Metaníveis: as ações parabólicas têm uma dupla ou tripla função. É
este o ponto central da questão em estudo, ou seja, descobrir o significado
especial do texto. Quanto a este episódio, podemos questionar: Qual o
significado desta ação? O que Jesus quis ensinar com ela?
As sentenças declarativas de Jesus (“isto é o meu corpo” e “isto é o meu
sangue”) direcionam para o centro da perícope que é o estabelecimento de
uma nova aliança. Conforme o quiasmo apresentado acima (item 9.1.2), o
relato converge para este centro:
O que é uma aliança? Mazzarolo informa que nos códigos legais antigos
existiam dois tipos diferentes de contrato (testamento ou aliança). Um
contrato podia ser:[807]
a) Unilateral: partiria de uma proposta de alguém superior, um senhor
ou um nobre, feita a um vassalo ou empregado. A unilateralidade
significava que o maior impõe as condições e o menor ficava com a
parte das obrigações.
b) Bilateral: para muitos, seria a única forma de uma aliança ser válida.
Na bilateralidade as condições são iguais para ambos os lados.
Pressupõe parceiros com condições iguais para assumir
compromissos, e as mesmas condições de conhecimento, consciência,
liberdade e responsabilidade.
Na sequência, o autor afirma que uma “compreensão maior permitirá
atribuir o verdadeiro sentido a esta Ceia (do Senhor), não como um jantar
memorativo, mas como um jantar protocolar, onde foi celebrado e selado um
pacto entre os dois parceiros: Jesus de um lado e os discípulos de outro”.[808]
Parece estar claro que a ocasião significou este protocolo de uma aliança que
estava sendo firmada, como o próprio Jesus afirma (v. 24). Mas Schniewind é
da opinião de que, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, “o termo
aliança nunca tem o sentido de que dois parceiros de direitos iguais façam
uma aliança, mas que Deus estabelece uma ordem que vigora entre ele e os
homens”.[809]
Uma aliança de Deus com pessoas sempre é baseada na sua
misericórdia, pois os seres humanos só podem ter comunhão com Deus
quando Ele o deseja. Deus deseja isto, e o faz “às suas custas e expensas”.
[810] Israel muitas vezes não creu em Deus. Queria ter o seu próprio poder e a
sua própria justiça (Rm 10.3). De certa forma, cancelaram a aliança que havia
sido feita. Mas Deus não responde com o cancelamento da sua parte da
aliança. Pelo contrário, já nos textos do profeta Jeremias aparece a promessa
de uma “nova aliança” (31.33-34). A ideia de uma “nova” aliança não
significa que Deus iria começar novamente a antiga aliança, mas que Deus
teria uma iniciativa criativa incomparavelmente diferente que transformaria
Israel totalmente.[811]
Gundry observa que no texto de Marcos não consta a expressão “nova”
(conforme visto na crítica textual - item 9.1.3) que, aparece em Lucas (22.20)
e no relato de Paulo (1Co 11.25). Este autor argumenta que Marcos não quer
enfatizar tanto a “nova aliança”, mas sim o “sangue” de Jesus que foi o preço
desta nova aliança.[812]
Jesus sabe, entretanto, que este sangue que derramaria pouco tempo
depois de firmar esta aliança, por meio de Sua morte, não significaria o fim.
A sua ausência seria apenas “até aquele dia” (v. 25), expressão que assegura a
sua vitória triunfante.[813] Chama a atenção a firmeza com que Jesus prediz a
sua morte. Essa participação de falecimento, porém, não tem tons de luto,
mas antes uma palavra de triunfo sobre a esperança futura. Assim, o “cálice
da morte” (v. 24) é contrastado claramente com o “cálice da glória futura” (v.
25).[814]
Beber o novo vinho no Reino de Deus é um símbolo da união gloriosa e
das celebrações sem fim que aguardam os filhos de Deus, em companhia do
seu redentor.[815] O final do relato informa que antes de saírem para o Monte
das Oliveiras ainda cantaram um hino. A maioria dos comentaristas associa
este hino ao Hallel (Sl 113-118), no qual são entoadas orações de gratidão, às
quais os participantes respondem com um “aleluia” a cada verso (num total
de 123 vezes).[816] Parece que o ambiente não é de funeral (que se
aproximava), mas do início do reinado de Deus (que ultrapassava aquele
momento).
Conclusão
As parábolas, tanto relatadas como dramatizadas, foram um recurso
largamente utilizado pelos profetas e, especialmente, pelo Senhor Jesus
Cristo. A semelhança entre as parábolas relatadas e as ações parabólicas fica
evidente, podendo ser estudadas de forma paralela, relacionando diversos
aspectos entre as mesmas.
Assim como a parábola relatada não é simplesmente uma ilustração de
uma verdade, mas é a própria mensagem proferida, também a ação parabólica
vem a ser a própria mensagem do profeta ou de Cristo. Portanto, não é apenas
um meio de proclamação, mas a própria proclamação.
No Antigo Testamento, percebemos que os profetas utilizaram
frequentemente este recurso, podendo ser alistadas mais de trinta situações
que podem ser identificadas como ações parabólicas. No Novo Testamento,
João Batista e o profeta Ágabo podem ser relacionados entre os que
utilizaram este método, mas com certeza Jesus lançou mão deste recurso com
mais frequência e também com maior habilidade.
O propósito das ações parabólicas está intimamente ligado ao das
parábolas relatadas. Jesus afirma que para alguns é dado conhecer o mistério
do Reino de Deus (Mc 4.11). Assim, as parábolas servem para esclarecer e
revelar. Por outro lado, quando o coração das pessoas está endurecido e
incrédulo, as mesmas parábolas servem para ocultar e obscurecer a
mensagem. Isto serve também para as ações parabólicas. Além disto, elas
servem como meio didático, para reforçar e sublinhar a palavra do profeta.
Diversas características podem ser identificadas nas ações parabólicas.
Eram utilizados costumes ou atividades do cotidiano, um pouco de suspense
e questões de conflito ou contraste, mas, principalmente, estava presente a
evocação de uma resposta por parte das pessoas que viam e ouviam a ação
parabólica.
Analisando a forma do relato das ações parabólicas, podemos perceber
que uma mescla de narrativa e diálogo está presente no estilo do gênero. Na
parte narrativa predominam a terceira pessoa gramatical e verbos no passado,
especialmente no tempo aoristo. Na parte de diálogo, predomina a interação
entre a primeira e segunda pessoa gramatical e os verbos no tempo presente e
futuro.
Percebemos também que uma pergunta retórica e/ou uma sentença
declarativa fazem parte do relato da ação e ajudam na interpretação da
mesma. Quanto à semântica, a ação parabólica é relativa, mas geralmente
vem acompanhada de verbos que expressam movimento. Finalmente, é
peculiar a presença de metaníveis no texto, tendo um duplo ou até triplo
significado.
Para se verificar a historicidade de uma ação parabólica, devemos
utilizar os critérios gerais de análise histórica. Desta forma, devem ser
observados os seguintes itens: a antiguidade das fontes, a atestação múltipla,
a descontinuidade, a continuidade, a explicação necessária e o estilo de Jesus.
Para interpretar uma parábola, também há alguns passos a serem
seguidos. É essencial a busca sincera pela verdade, a consideração do
contexto onde a parábola está inserida, um estudo do fundo cultural e dos
costumes utilizados, uma exegese a partir dos textos originais, a
determinação do significado dos símbolos presentes na mesma, uma relação
com a teologia bíblica como um todo, e a capacidade do intérprete de
atualizar o significado dos princípios que estão por trás da parábola. No caso
das ações parabólicas do Antigo Testamento, muitas são interpretadas no
próprio texto: nas realizadas por Jesus, sempre está presente o elemento da
necessidade de reflexão e resposta por parte do ouvinte/assistente. Assim, a
interpretação não está necessariamente presente no texto.
Nos evangelhos encontramos muitas ações de Jesus que podem ser
identificadas como ações parabólicas. Em Marcos, conforme delimitação
feita para esta pesquisa, podemos encontrar pelo menos oito delas. Isso não
significa que não possam existir outras, mas estas que foram examinadas são
as ações parabólicas mais evidentes.
A perícope do batismo de Jesus (Mc 1.9-11) pode ser considerada como
uma destas ações parabólicas em Marcos. Fica evidente que Jesus não
necessitava do batismo de João, de acordo com o significado original que este
tinha (arrependimento para remissão de pecados). Nem João queria fazê-lo,
por reconhecer que Jesus não tinha pecados. O que Jesus demonstra então ao
ser batizado é que ele se identifica com os pecadores, os quais eram o
objetivo da sua missão ao vir a este mundo. As confirmações, por meio da
descida do Espírito Santo em forma de pomba e da voz do céu atestando a
filiação divina, mostram que aquele foi o momento do início oficial do
cumprimento da missão do Messias. Pode ser visto como uma espécie de rito
de iniciação ao ministério messiânico.
A escolha dos doze discípulos (Mc 3.13-19) também se constitui numa
ação de gênero parabólico. Jesus tinha muitos seguidores que o
acompanhavam, mesmo que com razões diversas. Ao decidir escolher um
grupo específico, com o qual andaria de forma muito mais próxima,
preparando-os para a continuidade do movimento que estava iniciando, Jesus
propositalmente escolhe um número determinado, com o qual pretende
transmitir uma mensagem bem clara. Ele poderia ter escolhido outro número
qualquer, mais ou menos do que doze, cuja quantidade poderia ser suficiente
para o trabalho que estaria por vir. Entretanto, com o número doze ele
pretende transmitir a ideia de que um novo povo estava se formando. Assim
como na eleição do povo de Israel Deus escolheu doze tribos para cumprir
sua missão no mundo, Jesus escolhe agora outros doze com a finalidade de
cumprirem o que Israel não fez.
Na ação parabólica envolvendo a família de Jesus (Mc 3.31-35)
podemos perceber que Ele pretende ensinar algo muito especial aos seus
seguidores. De forma alguma Jesus está rejeitando a família natural ou
transmitindo a ideia de que os laços de sangue não são importantes. O que
Jesus pretende mostrar é que um novo relacionamento surge no contexto do
Reino de Deus tornando-se maior do que o anterior. Nesta perspectiva, a
regra é bastante simples: “família são aqueles que fazem a vontade de Deus”.
Esta é a verdadeira família dentro do ensino do Reino de Deus.
Outro ensino novo de Jesus mais adiante pode ser visto na perícope que
trata do “maior no Reino de Deus” (Mc 9.33-37). O contexto mostra que na
perspectiva de Jesus não há espaço para qualquer pretensão de primazia sobre
os demais. Ser grande significa justamente renunciar a grandeza, enquanto
ambição da forma como queriam os discípulos. Ser grande significa ser o
último e servo de todos. Nada como uma criança – humilde e considerada
praticamente sem valor de acordo com o contexto da época – sendo colocada
no centro para transmitir de forma impactante que o conceito de grandeza
daqueles que disputavam a primazia não correspondia ao que Jesus pretendia
para eles.
Na chegada em Jerusalém, restavam apenas poucos dias para Jesus. A
concentração de ações parabólicas nesta última semana de vida mostra que
nenhuma oportunidade poderia ser desperdiçada. Jesus aproveita inclusive
sua “entrada em Jerusalém” (11.1-11). Enquanto descia o Monte das
Oliveiras, foi aclamado como um rei que veio conquistar a cidade santa.
Entretanto, contrariando a expectativa que o povo tinha (inclusive seus
discípulos), sua conquista não seria política nem militar. Sua missão não era
libertar os judeus do domínio romano, mas da opressão espiritual. Enquanto
generais conquistavam cidades pela força, invadindo-as com seus cavalos de
guerra (brancos ou pretos), Jesus entra em Jerusalém humilde e montado num
jumentinho. O impacto da ação parabólica de Jesus, ao ser compreendido,
não deixaria dúvidas de que tipo de missão ele tinha naquela cidade.
No percurso da chegada a Jerusalém acontece outro episódio que
podemos identificar como ação parabólica. A maldição da figueira que foi
encontrada sem frutos (11.12-14,20-26) demonstra que a expectativa que o
Senhor tinha em relação ao podo de Israel foi frustrada. Nem um fruto sequer
foi encontrado e a sentença “ninguém jamais coma fruto de ti” é taxativa e
parabólica. O problema não era apenas de necessidade pessoal de alimento.
Isto poderia ser encontrado em outro lugar. A questão era que a vida religiosa
de Israel encontrava-se estéril. Apesar da folhagem exuberante, isto era
apenas aparência, pois frutos não foram encontrados. A figueira que foi
encontrada seca no dia seguinte demonstra que Israel não estava cumprindo a
vontade de Deus.
Jesus chegou então ao templo com os seus discípulos. Ali encontrou
uma situação ainda mais precária: o local que deveria ser uma “casa de
oração para todos os povos” havia se transformado num “covil de
salteadores”. A decepção do Mestre é tamanha que num ato de impulso Ele
expulsa compradores e vendedores e derruba mesas dos cambistas. A
purificação do templo (11.15-19) é uma rejeição aos líderes do povo judaico,
detentores do poder no templo e que comandavam/permitiam aquele
comércio, enquanto não sobrava espaço para os que quisessem adorar a Deus
na Sua própria casa.
Finalmente, a ação parabólica da instituição da “ceia do Senhor” (14.22-
26) é um desfecho perfeito para o programa didático do Mestre. Se durante o
ministério de Jesus os discípulos não haviam compreendido que o caminho
da cruz era necessário para o cumprimento da missão do Messias, o quebrar
do pão e o oferecer do cálice transmitiu simbólica e claramente este ensino. O
pano de fundo da ceia pascal foi propício para a ação parabólica de Jesus e
esta deu um novo significado para aquele momento. Com o pão/corpo partido
e o cálice/sangue derramado, uma nova aliança estava sendo estabelecida a
partir da missão cumprida de Jesus por meio de sua morte na cruz.
Para concluirmos, queremos ainda propor uma estruturação em forma de
quiasmo destas ações parabólicas identificadas no evangelho de Marcos. No
entrelaçamento das perícopes podemos observar:
O batismo (A) anuncia a missão de Jesus e o identifica com os
pecadores pelos quais Jesus veio ao mundo (1.9-11). A ceia do Senhor (A’)
prefigura a morte e o cumprimento desta missão, estabelecendo a nova
aliança do Reino (14.22-26).
A escolha dos doze (B) demonstra um grupo específico que é escolhido
para juntar-se à missão do Reino (3.13-19). A purificação do templo (B’)
demonstra a rejeição de um grupo específico (líderes) que deveria ter se
engajado nos propósitos do Reino (11.15-19).
A ação envolvendo a família de Jesus (C) demonstra que os membros da
verdadeira família de Deus são aqueles que cumprem a Sua vontade (3.31-
35). A maldição da figueira (C’) demonstra o que acontece com aqueles que
rejeitam a vontade de Deus (11.12-14,20-26).
O episódio da pergunta dos discípulos sobre quem é o maior (D)
apresenta o modelo de servo como a verdadeira grandeza (9.33-37). A
entrada em Jerusalém (D’) mostra Jesus como exemplo de um verdadeiro
servo em toda a Sua grandeza (11.1-11).
As ações parabólicas mostraram-se não apenas como método didático de
Jesus, mas como um fantástico meio de proclamação do Reino de Deus. As
ações deste gênero não serviam apenas para ilustrar uma mensagem, mas
eram elas mesmas, na atuação sublime de Jesus, a própria mensagem.
Referências
ALAND, K. et. al. (Ed.). The Greek New Testament. 4.ed. Stuttgart:
United Bible Societies, 1994.
DRANE, John. Jesus: sua vida e seu evangelho para o homem de hoje.
Tradução de Alexandre Macintyre. 2.ed. São Paulo: Paulinas, 1982. 212 p.
FEE, Gordon D.; STUART, Douglas. Entendes o que lês? São Paulo:
Vida Nova, 1984. 330 p.
GERO, Stephen. The spirit as a dove at the baptism of Jesus. In: Novum
Testamentum: an international quarterly for New Testament and related
studies, Leiden, vol. 18, n° 1, 1976, p. 17-35.
LUZ, Waldyr Carvalho. Manual de língua grega. São Paulo: CEP, 1991.
3 vol.
[1] STÄHLIN, G. Die Gleichnishandlungen Jesu. In: KOSMOS und Ekklesia: Festchrift fuer
Wilhelm Staehlin zu seinem siebzigsten Geburtstag. 24/09/1953. Tradução de Heinz Dietrich
Wendland. Kassel: Johannes Stauda Verlag, 1953.
[2] Cf. KUNZ, Claiton André. Método histórico-gramatical. In: Via teológica, Curitiba, Vol. 16, N
°. 2, 2008, p. 23-53.
[3] ALAND, K. et. al. (Ed.). The Greek New Testament. 4.ed. Stuttgart: United Bible Societies,
1994.
[4] STÄHLIN, 1953, p. 10.
[5] KRÜGER, René; CROATTO, J. Severino. Metodos exegeticos. Buenos Aires: Publicaciones
Educab, 1993. p. 130-132.
[6] Sugere-se a leitura de KUNZ, Claiton André. As parabolas de Jesus e seu ensino sobre o
Reino de Deus. Curitiba: ADSantos, 2014. 232 p.
[7] THAYER, Joseph Henry. Greek-english lexicon of the New Testament. Grand Rapids,
Michigan: Zondervan, 1974. p. 479.
[8] HOOVER, R. L. Os evangelhos: o que Jesus fez e ensinou. 2.ed. Campinas: EETAD, 1988.
p. 34.
[9] PEISKER, C. H. Parábolas. In: COENEN, Lothar; BROWN, Colin (Edit). Dicionário
internacional de teologia do Novo Testamento. Tradução de Gordon Chown. São Paulo: Vida
Nova, 2000. p. 1570.
[10] MARTÍNEZ, José M. Hermeneutica biblica. Terrassa (Barcelona): CLIE, 1984. p. 451.
[11] ZUCK, Roy B. A interpretação bíblica: meios de descobrir a verdade da Bíblia. Tradução
de César Bueno Vieira. São Paulo: Vida Nova, 1994. p. 225. Manson dá também a seguinte
definição: “A parábola é um quadro em palavras de algum trecho da experiência humana,
concreto ou imaginado. Mas, além disso, o quadro retrata ou um tipo ético para a nossa
admiração ou reprovação, ou algum princípio da maneira de Deus dirigir o mundo, ou ainda
ambas as coisas. A parábola espelha a compreensão e a experiência religiosa do seu criador...
Na sua operação real, pois, toda verdadeira parábola é um apelo a uma vida melhor e a uma
confiança mais profunda em Deus, cujos pormenores não são senão o lado divino e o lado
humano da verdadeira religião, o verso e o reverso da mesma medalha”. (Citado por
ZABATIERO, J. P. T. Parábolas. In: COENEN, Lothar; BROWN, Colin (Edits). Dicionário
internacional de teologia do Novo Testamento. Tradução de Gordon Chown. São Paulo: Vida
Nova, 2000. p. 452).
[12] KONINGS, Johan. Jesus nos evangelhos sinópticos. Petrópolis: Vozes, 1977. p. 30.
[13] MANSON. Teaching. In: BAILEY, Kenneth. As parábolas de Lucas. Tradução de Adiel
Almeida de Oliveira. 3.ed. São Paulo: Vida Nova, 1995. p. 13.
[14] BAILEY, Kenneth. As parábolas de Lucas. Tradução de Adiel Almeida de Oliveira. 3.ed.
São Paulo: Vida Nova, 1995. p. 13-14.
[15] FEE, Gordon D.; STUART, Douglas. Entendes o que lês? São Paulo: Vida Nova, 1984. p.
125.
[16] Interessante notar que o vocábulo português “palavra” provém deste mesmo termo grego
parabolê. Nascentes afirma que, como tal, “palavra” é uma comparação sob a qual se oculta
uma verdade importante (NASCENTES, A. Dicionário etimológico da língua portuguesa.
Rio de Janeiro: [s.n.], 1955. p. 374).
[17] STEIN, Robert H. The method and message of Jesus’ teachings. Philadelphia: Westminster,
1978. p. 25.
[18] FOHRER, Georg. O gênero dos relatos sobre atos simbólicos dos profetas. In:
PROFETISMO: coletânea de estudos. São Leopoldo: Sinodal, 1985. p. 85.
[19] WEGNER, Uwe. Exegese do Novo Testamento: manual de metodologia. São Leopoldo e
São Paulo: Sinodal e Paulus, 1998. p. 211.
[20] STÄHLIN, 1953, p. 10.
[21] BALLARINI, Teodorico; BRESSAN, Gino. O profetismo bíblico: uma introdução ao
profetismo e profetas em geral. Tradução de Oswaldo Antônio Furlan. Petrópolis: Vozes,
1978. p. 53.
[22] FOHRER, 1985, p. 64.
[23] FOHRER, 1985, p. 81. Faibarn afirma que ao adotar este método, a sabedoria divina
escolheu dentre vários meios os que se adaptavam de modo eficiente para assegurar aos
homens o significado da vontade de Deus (FAIBARN, Patrick. La profecía, su naturaleza,
función e interpretación. Tradução de Xavier Vila. Barcelona: CLIE, 1985. p. 366).
[24] MONLOUBOU, Louis. Os profetas do Antigo Testamento. Tradução de Benoni Lemos. São
Paulo: Paulinas, 1986. p. 39.
[25] MARTÍNEZ, 1984, p. 185.
[26] JEREMIAS, Joachim. As parábolas de Jesus. Tradução de João Rezende Costa. São Paulo:
Paulinas, 1970. p. 228.
[27] STÄHLIN, 1953, p. 16.
[28] BAUDLER, Georg. A figura de Jesus nas parábolas. Tradução de João Resende Costa.
Aparecida: Santuário, 1990. p. 283.
[29] STÄHLIN, 1953, p. 16.
[30] STÄHLIN, 1953, p. 15.
[31] FOHRER, 1985, p. 63.
[32] MONLOUBOU, 1986, p. 37. Sobre a última destas três ações parabólicas, o presente autor
desenvolve um estudo em forma de estrutura quiástica, com o subtítulo “A parábola do
profeta ferido” (KUNZ, Claiton André. Interpretação de parábolas. In: Vox Scripturae, São
Bento do Sul, Vol. 12, Nº 1, 2004. p. 3-24).
[33] BALLARINI, 1978, p. 53.
[34] FOHRER, Georg. Die symbolischen Handlungen der Propheten. Zurich: Zwingli-Verlag,
1953. p. 20-21.
[35] MARTINEZ, 1984, p. 186.
[36] FOHRER, 1985, p. 68.
[37] MARTINEZ, 1984, p. 186.
[38] FOHRER, 1985, p. 69-70.
[39] FOHRER, 1953, p. 31-34.
[40] FAIBARN, 1985, p. 369.
[41] MONLOUBOU, 1986, p. 38.
[42] LETE, Gregorio del Olmo. La vocación del lider en el antiguo Israel. Salamanca:
Universidad Pontificia, 1973. p. 216-227.
[43] FOHRER, 1953, p. 47-48.
[44] MONLOUBOU, 1986, p. 38.
[45] BOOR, Werner de. Atos dos Apóstolos. Tradução de Werner Fuchs. Curitiba: Esperança,
2003. p. 305.
[46] SCHOLZ, V. Um método de estudar as parábolas. In: Revista simpósio, São Paulo, vol. 7,
ano XXI, n° 33, ASTE, dez/1999, p. 81.
[47] JEREMIAS, 1970, p. 227-228.
[48] STEIN, 1978, p. 25-27.
[49] STÄHLIN, 1953, p. 10-11.
[50] STÄHLIN, 1953, p. 21.
[51] ANTONIAZZI, Alberto. O segredo que poucos alcançam. In: ESTUDOS BÍBLICOS. Ele
caminha a vossa frente. Petrópolis, São Bernardo do Campo e São Leopoldo: Vozes,
Metodista e Sinodal, 1989. p. 39. Antoniazzi continua sua explicação, afirmando que a
parábola: “1) desvenda algo do futuro (o Reino!) que ainda não percebíamos; 2) a partir daí,
obriga-nos a rever o passado, a romper com os velhos esquemas; 3) a parábola, enfim, leva a
uma decisão no presente: acolher Jesus e sua Palavra, ou recusá-lo e persegui-lo” (p. 40).
[52] Pohl afirma que não se trata de pessoas presentes aleatoriamente, mas de um círculo íntimo
de seus seguidores. A pergunta dos discípulos não se refere especificamente à parábola do
semeador, mas a toda uma série de “comparações”, na verdade à maneira em si da pregação
de Jesus (POHL, Adolf. Evangelho de Marcos. Tradução de Hans Udo Fuchs. Curitiba:
Esperança, 1998. p. 153-155).
[53] BORNKAMM, Gunther. Jesus de Nazaré. Tradução de José dos Santos Gonçalves.
Petrópolis: Vozes, 1976. p. 66.
[54] POHL, 1998, p. 157.
[55] RIENECKER, Fritz; ROGERS, Cleon. Chave linguística do Novo Testamento grego.
Tradução de Gordon Chown e Júlio P. T. Zabatiero. São Paulo: Vida Nova, 1988. p. 72.
Corrobora também o verbo δέδοται, que está no tempo perfeito e na voz passiva, sendo
corretamente traduzido por “vos é dado” o mistério. Pohl afirma, ainda, que apesar disto, eles
precisam continuar recebendo (v. 25); a entrega total já está prevista, mas ainda não realizada
(POHL, 1998, p. 157).
[56] Pohl descreve “os de fora” da seguinte maneira: “São como pessoas que contemplam os
vitrais maravilhosos de uma igreja apenas da rua e, por isso mesmo, não os acham
interessantes, porque não veem a luz passando por eles. Assim é a incompreensão da multidão
aqui. Ela acolheu os preconceitos dos seus líderes em vez de passar a seguir a Jesus. Agora
era testemunha ocular e auricular de Jesus, como os discípulos, mas só de fora e, por isso,
cega e surda” (POHL, 1998, p. 157).
[57] POHL, 1998, p. 158.
[58] Um paralelo em Ap 22.11 pode esclarecer esta atitude. Encontra-se ali uma exortação de
continuar fazendo injustiça e sendo imundo. Mas o sentido é: Se alguém está disposto a não
se deixar advertir, então continue em frente! Torne-se totalmente o que é e assuste-se consigo
mesmo, para sua salvação (POHL, 1998, p. 158).
[59] Isto está de acordo com João 3.3, que diz: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus”.
[60] ZUCK, 1994, p. 229.
[61] WALLACE, D. H. Interpretación de parabolas. In: TURNBULL, Rodolfo G. (Edit).
Hermeneutica: diccionario de teologia pratica. Tradução de Norberto Wolf. Buenos Aires:
Escaton, 1976. p. 25.
[62] STÄHLIN, 1953, p. 14.
[63] STÄHLIN, 1953, p. 14.
[64] BALLARINI; BRESSAN, 1978, p. 54.
[65] MONLOUBOU, 1986, p. 38.
[66] FOHRER, 1985, p. 62.
[67] FOHRER, 1953, p. 66-68.
[68] STÄHLIN, 1953, p. 16.
[69] FOHRER, 1985, p. 64.
[70] STEIN, 1978, p. 25.
[71] STÄHLIN, 1953, p. 21.
[72] TASKER, R. V. G. Parábolas. In: DOUGLAS, J. D. (Edit.) O novo dicionário da Bíblia.
Tradução de João Bentes. 2.ed. São Paulo: Vida Nova, 1995. p. 1201. A parábola nem sempre
lança mão de histórias verídicas, mas admite a probabilidade, ensinando mediante ocorrências
imaginárias, mas que jamais fogem à realidade das coisas (CHAMPLIN, Russell Norman.
Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. 5.ed. São Paulo: Hagnos, 2001. Vol. 5, p. 57).
[73] ZUCK, 1994, p. 231.
[74] ZUCK, 1994, p. 231-232.
[75] ZUCK, 1994, p. 233.
[76] KISTEMAKER, Simon J. As parábolas de Jesus. Tradução de Eunice Pereira Souza. São
Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1992. p. 18. Funk faz uma extensa descrição dos tipos de
relação que pode haver entre os elementos da tríade, num capítulo intitulado “Participant and
plot in the narrative parables of Jesus” (FUNK, Robert W. Parables and presence: forms of
the New Testament tradition. Philadelphia: Fortress Press, 1982. p. 35-54).
[77] SCHOLZ, 1999, p. 83.
[78] DUPONT, Jacques. Por que parábolas? Tradução do Mosteiro da Virgem. Petrópolis:
Vozes, 1980. p. 39.
[79] KISTEMAKER, 1992, p. 18.
[80] ZUCK, 1994, p. 235.
[81] FEE; STUART, 1984, p. 127.
[82] GILHUIS, Pedro. Como interpretar a Bíblia. 2.ed. Brasília: Cristã Unida, 1980. p. 260-261.
[83] KISTEMAKER, S. J. Parábolas de Jesus. In: ELWELL, Walter A. (Edit). Enciclopédia
histórico-teológica da igreja cristã. Tradução de Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova,
1990. Vol. 3, p. 96.
[84] KISTEMAKER, 1992, p. 17.
[85] MARTINEZ, 1984, p. 185.
[86] BALLARINI; BRESSAN, 1978, p. 53.
[87] FOHRER, 1985, p. 83-84.
[88] FOHRER, 1985, p. 84.
[89] FOHRER, 1985, p. 84-85.
[90] STÄHLIN, 1953, p. 18.
[91] STÄHLIN, 1953, p. 19.
[92] FOHRER, 1953, p. 77.
[93] BALLARINI; BRESSAN, 1978, p. 54.
[94] KRÜGER; CROATTO, 1993, p. 115.
[95] ZIMMERMANN, Heinrich. Los métodos histórico-criticos en el Nuevo Testamento.
Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1969. p. 140.
[96] ZIMMERMANN, 1969, p. 141.
[97] KRÜGER; CROATTO, 1993, p. 120.
[98] ZIMMERMANN, 1969, p. 146-147.
[99] WEGNER, 2001, p. 183.
[100] SILVA, Cássio Murilo Dias da. Metodologia de exegese bíblica. São Paulo: Paulinas,
2000. p. 213.
[101] EGGER, Wilhelm. Metodologia do Novo Testamento. 3.ed. Tradução de Johan Konings e
Inês Borges. Belo Horizonte: Loyola, 1993. p. 145.
[102] EGGER, 1993, p. 147.
[103] Apud EGGER, 1993, p. 148.
[104] BERGER, Klaus. As formas literárias do Novo Testamento. Tradução de Fredericus
Antonius Stein. Belo Horizonte: Loyola, 1984. p. 22-25.
[105] O mesmo pode ser visto nos relatos dos outros evangelhos: Mateus (narrativa – Mt
21.12,14,15,17; diálogo – Mt 21.13,16) e Lucas (narrativa – Lc 19.45; diálogo – Lc. 19.46).
[106] No relato de Mateus percebe-se a mesma estrutura: narrativa – Mt 21.18-20a; diálogo – Mt
21.20b-22.
[107] STÄHLIN, 1953, p. 18.
[108] ZUURMOND, Rochus. Procurais o Jesus histórico? São Paulo: Loyola, 1998. p. 43.
[109] LÉON-DUFOUR, Xavier. Os evangelhos e a história de Jesus. São Paulo: Paulinas, 1972.
p. 29.
[110] ZUURMOND, 1998, p. 44-45.
[111] VERMÉS, Geza. Jesus, o judeu. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Loyola,
1990. p. 16.
[112] BEA, Agostinho. A historicidade dos evangelhos. São Paulo: Paulinas, 1967. p. 34-38.
[113] EGGER, 1993, p. 191.
[114] EGGER, 1993, p. 192.
[115] LAMBIASI, F. Autenticidade histórica dos evangelhos: estudo de criteriologia. São Paulo:
Paulinas, 1978. p. 141.
[116] LAMBIASI, 1978, p. 141.
[117] EGGER, 1993, p. 194.
[118] EGGER, 1993, p. 194.
[119] LAMBIASI, 1978, p. 154-155.
[120] Apud LAMBIASI, 1978, p. 156.
[121] EGGER, 1993, p. 195.
[122] LAMBIASI, 1978, p. 165-166.
[123] EGGER, 1993, p. 195.
[124] LAMBIASI, 1978, p. 166-169.
[125] Apud LAMBIASI, 1978, p. 192.
[126] EGGER, 1993, p. 195-196.
[127] WEGNER, 2001, p. 237.
[128] LOHFINK, 1978, p. 36.
[129] PALAVRA de Deus, palavra da gente: as formas literárias na Bíblia. Org. Maria Paula
Rodrigues. São Paulo: Paulus, 2004. p. 18-19.
[130] LOHFINK, Gerhard. Agora entendo a Bíblia: para você entender a crítica das formas.
2.ed. São Paulo: Paulinas, 1978. p. 36.
[131] LOHFINK, 1978, p. 37-38.
[132] PALAVRA de Deus, palavra da gente, 2004, p. 21.
[133] EGGER, 2001, p. 132.
[134] EGGER, 2001, p. 133.
[135] Apud EGGER, 1993, p. 137-138.
[136] WEGNER, 2001, p. 175.
[137] EGGER, 1993, p. 138. Uwe Wegner faz um exercício sobre esta questão em sua obra
Exegese do Novo Testamento (p. 222-224).
[138] CAMARGO, Sátilas do Amaral. Ensinos de Jesus através de suas parábolas. 2.ed. São
Paulo: Imprensa Metodista, 1970. p. 19.
[139] NEAL, Charles L. Parabolas del evangelio. Buenos Aires: CBP, 1972. p. 10.
[140] STADELMANN, H. Schriftgemä☐ predigen: Plädoyer und Anleitung fur die
Auslegungspredigt. 2.ed. Wuppertal. Zurich: Brockhaus, 1991. p. 127-128.
[141] GILHUIS, 1980, p. 252.
[142] FEE; STUART, 1984, p. 127.
[143] DUPONT, 1980, p. 8-9.
[144] DRANE, John. Jesus: sua vida e seu evangelho para o homem de hoje. Tradução de
Alexandre Macintyre. 2.ed. São Paulo: Paulinas, 1982. p. 125.
[145] BAILEY, 1995, p. 16.
[146] KISTEMAKER, 1992, p. 24.
[147] MARTÍNEZ, 1984, p. 458.
[148] BAILEY, 1995, p. 17,19.
[149] BAILEY, 1995, p. 20.
[150] JEREMIAS, Joachim. Rediscovering the parables: a landmark work in New Testament
interpretation. New York: SCM, 1966. p. 17-18.
[151] ALMEIDA, Antônio. Hermenêutica bíblica. São Paulo: Presbiteriana, 1979. p. 76.
[152] KONINGS, 1977, p. 30.
[153] BAILEY, 1995, p. 26.
[154] ALMEIDA, 1979, p. 76.
[155] GUTBROD, Karl. Ein Weg zu den Gleichnissen Jesu. Stuttgart: Calwer Verlag, 1967. p.
29.
[156] KISTEMAKER, 1992, p. 25.
[157] FEE; STUART, 1984, p. 133.
[158] STÄHLIN, 1953, p. 18.
[159] MARTÍNEZ, 1984, p. 182.
[160] FOHRER, 1985, p. 80-81.
[161] BORTOLINI, José. O evangelho de Marcos: para uma catequese com adultos. São Paulo:
Paulus, 2003. p. 26.
[162] COLLINS, Adela Yarbro. Mark: a critical and historical commentary on the Bible.
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[163] ANDERSON, Hugh. The gospel of Mark. Grand Rapids: Eerdmans; London: Marshall,
Morgan & Scoth, 1994. p. 75.
[164] POHL, 1998, p. 56.
[165] CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo.
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[166] MATEOS, Juan; CAMACHO, Fernando. Marcos: texto e comentário. São Paulo: Paulus,
1998. p. 83.
[167] SCHNIEWIND, Julius. O evangelho segundo Marcos. Tradução de Ilson Kayser. São
Bento do Sul: União Cristã, 1989. p. 27.
[168] MULHOLLAND, Dewey M. Marcos: introdução e comentário. Tradução de Maria Judith
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[169] GUELICH, Robert A. Mark 1:1 – 8:26. Nashville: Thomas Nelson, 1989. p. 30.
[170] SILVA, 2000, p. 74.
[171] ALAND, 1994, p. 118.
[172] ALAND, K. et. al. (Ed.). The Greek New Testament. 4.ed. Stuttgart: United Bible
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[173] LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento. Tradução de Darci Dusilek e Jussara
Marindir Pinto Simões Árias. São Paulo: Exodus, 1997. p. 33-35.
[174] MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 83.
[175] FRANCE, R. T. The gospel of Mark: a commentary on the Greek text. Grand Rapids:
Eerdmans, 2002. p. 75.
[176] POHL, 1998, p. 55.
[177] BORTOLINI, 2003, p. 25.
[178] GOULD, Ezra P. A critical and exegetical commentary on the gospel according to St.
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[179] HENDRIKSEN, William. New Testament commentary: the gospel of Mark. Edinburgh:
Banner of Truth Trust, 1976. p. 42.
[180] ANDERSON, 1994, p. 76.
[181] POHL, 1998, p. 56.
[182] GUELICH, 1989, p. 30-31.
[183] YAMAUCHI, Edwin. ( ָטֵהרtāhēr). In: HARRIS, R. L. et. al. (Orgs). Dicionário
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[184] CHAMPLIN, 2001, vol. 5, p. 509.
[185] BEASLEY-MURRAY, G. R. Batismo. In: COENEN, Lothar; BROWN, Colin (Edit.).
Dicionário internacional de teologia do Novo Testamento. Tradução de Gordon Chown. São
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[186] BEASLEY-MURRAY, 2000, p. 181.
[187] WEGNER, Uwe. Batismo. In: BORTOLETO FILHO, Fernando. (Org.). Dicionário
brasileiro de teologia. São Paulo: ASTE, 2008. p. 84.
[188] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 460-461.
[189] HODGE, Charles. Teologia sistemática. Tradução de Valter Martins. São Paulo: Hagnos,
2001. p. 1410-1411.
[190] HODGE, 2001, p. 1410.
[191] GRUDEM, Wayne. Teologia sistemática. Tradução de Norio Yamakami, Lucy
Yamakami, Luiz Sayão e Eduardo Ferreira. São Paulo: Vida Nova, 1999. p. 816.
[192] CHAMPLIN, 2001, vol. 5, p. 509.
[193] CHAMPLIN, 2001, vol. 5, p. 509.
[194] BEASLEY-MURRAY, 2000, p.182.
[195] WEGNER, 2008, p. 84.
[196] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 457.
[197] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 463.
[198] JEREMIAS, Joaquim. Jerusalém no tempo de Jesus: pesquisas de história econômico-
social no período neotestamentário. Tradução de M. Cecília de M. Duprat. 3.ed. São Paulo:
Paulus, 1983. p. 423-428.
[199] JEREMIAS, 1983, p. 442-445.
[200] BROMILEY, G. W. Batismo. In: ELWELL, Walter, A. (Edit). Enciclopédia histórico-
teológica da igreja cristã. Tradução de Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova, 1993. Vol.1,
p. 153.
[201] VAUX, R. de. Instituições de Israel no Antigo Testamento. Tradução de Daniel de
Oliveira. São Paulo: Teológica, 2003. p. 499.
[202] VAUX, 2003, p. 498-501.
[203] PACKER, James I.; TENNEY, Merrill C.; WHITE, William. Vida cotidiana nos tempos
bíblicos. Tradução de Luiz Aparecido Caruso. Miami: Vida, 1984. p. 168.
[204] DANIEL-ROPS, Henry. A vida diária nos tempos de Jesus. Tradução de Neyd Siqueira.
2.ed. São Paulo: Vida Nova, 1997. p. 196.
[205] DANIEL-ROPS, 1997, p. 196.
[206] DANIEL-ROPS, 1997, p. 208-209.
[207] BEASLEY-MURRAY, 2000, p. 182.
[208] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 457.
[209] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 463.
[210] STRONG, Augustus Hopkins. Teologia sistemática. Tradução de Augusto Victorino. São
Paulo: Hagnos, 2003. p. 699-700.
[211] BEASLEY-MURRAY, 2000, p. 182-184.
[212] WEGNER, 2008, p. 84.
[213] WEGNER, 2008, p. 84.
[214] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 456-457.
[215] BROMILEY, 1993, vol. 1, p. 148.
[216] CHAMPLIN, 2001, vol.1, p. 459-560.
[217] GRUDEM, 1999, p. 815-816.
[218] BROMILEY, 1993, vol. 1, p. 149.
[219] GRUDEM, 1999, p. 815.
[220] YOUNGBLOOD, Ronald F. (Edit.). Dicionário ilustrado da Bíblia. Tradução de Lucília
Marques Pereira da Silva, Sônia Freire Lula Almeida, Bruno G. Destefani, Hander Heim,
Marisa de Siqueira Lopes e Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova, 2004. p. 181
[221] GRUDEM, 1999, p. 816.
[222] BROMILEY, 1993, vol. 1, p. 148.
[223] BULTMANN, Rudolf. The history of the synoptic tradition. New York: Harper and Row,
1963. p. 247-248.
[224] SCHWEIZER, Eduard. The Good news according to Mark. Atlanta: John Konx Press,
c1970. p. 37.
[225] ANDERSON, 1994, p. 74-75.
[226] MULHOLLAND, [199-], p. 34.
[227] SCHWEIZER, 1994, p. 39. Schweizer informa ainda que nada é dito sobre a idade,
aparência ou status familiar de Jesus. É especialmente surpreendente o fato de que eram muito
raros os casos de homens solteiros naqueles dias (p. 39).
[228] SANKEY, P. J. Promise and fulfilment: reader-response to Mark 1.1-15. In: Journal for
the study of the New Testament. England, vol. 17, n° 58, p. 11.
[229] GUELICH, 1989, p. 31.
[230] MARCUS, Joel. Jesus´ baptismal vision. In: New Testament studies. Cambridge, vol. 41,
1995, p. 513.
[231] POHL, 1998, p. 56.
[232] FRANCE, 2002, p. 75.
[233] GUELICH, 1989, p. 31.
[234] ROBERTSON, Archibald Thomas. Imágenes verbales en el Nuevo Testamento: Mateo y
Marcos. Terrassa (Barcelona): CLIE, 1988. Vol. 1, p. 266.
[235] RIENECKER; ROGERS, 1988, p. 66. Gould informa ainda que o “particípio presente
denota uma ação em progresso, e não uma ação completada” (GOULD, 1969, p. 11).
[236] STORNIOLO, Ivo. Batismo de Jesus: Deus mostra a missão de Jesus. In: Vida pastoral,
São Paulo, vol./n°. 120, 1985, p. 43.
[237] POHL, 1998, p. 56.
[238] POHL, 1998, p. 55.
[239] SCHNIEWIND, 1989, p. 28.
[240] MARCUS, 2000, p. 159. Sugerimos ainda a leitura do artigo Jesus´ baptismal vision, de
Joel Marcus, no qual ele relaciona a visão de Jesus no batismo com a visão de Satanás caindo
do céu como relâmpago, em Lucas 10.18 (In: New Testament studies. Cambridge, vol. 41,
1995, p. 512-521).
[241] SCHWEIZER, 1992, p. 49.
[242] MULHOLLAND, [199-], p. 34.
[243] Stephen Gero fez uma análise da questão da descida do Espírito em forma de “pomba”,
afirmando que o redator do evangelho de Marcos possa ter tido como uma de suas fontes a
24ª Ode de Salomão, que diz: “A pomba voou sobre a cabeça de nosso Senhor o Messias…”
(GERO, Stephen. The spirit as a dove at the baptism of Jesus. In: Novum Testamentum: an
international quarterly for New Testament and related studies, Leiden, vol. 18, n° 1, 1976, p.
17-35).
[244] POHL, 1998, p. 57.
[245] CARSON, D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento.
Tradução de Márcio Loureiro Redondo. São Paulo: Vida Nova, 1997. p. 503.
[246] POHL, 1998, p. 57.
[247] COLLINS, 2007, p. 148-149. Original: “It may endow a man with extraordinary physical
strength (Judg 14:6,19); it may induce ecstasy (Num 11:25; 1 Sam 10:6,10); it may transport
a person miraculously from one place to another (1 Kgs 18:12; 2 Kgs 2:16; Ezek 3:12,14;
8:3; 11:1,14; 43:5); or it may endow the charisma of leadership (Judg 3:10; 1 Sam 16:13).
The Spirit of God is associated also with the charisma of the prophet (Mic 3:8; Neh 9:30) and
with the qualities of the ideal king (Isa 11:1-9, esp. v. 2). The narrative context of Mark,
however, points to Isa 61:1-2 as an important precedent for Mark 1:10 and suggests an
intertextual relationship”.
[248] Sobre a expressão “Filho de Deus”, sugerimos a leitura de três obras importantes que
reservam capítulos específicos sobre o tema, que não pode ser aqui aprofundado por razões de
tempo e espaço: a) O capítulo 2, “Jesus, o Filho de Deus”, da parte 4 de CULLMANN, Oscar.
Cristologia do Novo Testamento. Tradução de Daniel de Oliveira e Daniel Costa. São Paulo:
Custom, 2002. p. 353-398. b) O capítulo 12, “Kyrios e Filho de Deus”, de BULTMANN,
Rudolf. Teologia do Novo Testamento. Tradução de Ilson Kayser. São Paulo: Teológica,
2004. p. 170-182. c) O capítulo 12, “O Filho de Deus” de LADD, George. Teologia do Novo
Testamento. Tradução de Darci Dusilek e Jussara Marindir Pinto Simões Árias. São Paulo:
Exodus, 1997. p. 151-162.
[249] LADD, 1997, p. 155.
[250] POHL, 1998, p. 58.
[251] GUELICH, 1989, p. 35-36.
[252] MULHOLLAND, [199-], p. 36.
[253] FRANCE, 2002, p. 75.
[254] GALLARDO, Carlos Bravo. Galileia ano 30: para ler o Evangelho de Marcos. Tradução
de Roberto Tápia Vidal. São Paulo: Paulinas, 1996. p. 15.
[255] ANDERSON, 1994, p. 78.
[256] SANKEY, 1995, p. 12.
[257] BORTOLINI, José. Batismo de Jesus: batismo e missão. In: Vida pastoral, São Paulo,
vol./n°. 162, 1992, p. 38.
[258] MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 83-84.
[259] BORTOLINI, 2003, p. 26.
[260] GOULD, 1969, p. 12.
[261] POHL, 1998, p. 59.
[262] MULHOLLAND, [199-], p. 35. Collins concorda que estes dois textos do Antigo
Testamento interpretam Jesus como o Messias e como o Servo do Senhor (COLLINS, 2007,
p. 150.)
[263] SANKEY, 1995, p. 12.
[264] CULLMANN, Oscar. Cristologia do Novo Testamento. Tradução de Daniel de Oliveira e
Daniel Costa. São Paulo: Custom, 2002. p. 94-95.
[265] CULLMANN, 2002, p. 94-95.
[266] FRANCE, 2002, p. 76.
[267] HENDRIKSEN, 1976, p. 122.
[268] MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 117.
[269] MULHOLLAND, [199-], p. 70.
[270] BRUCE, A. B. The training of the twelve. Grand Rapids: Kregel Publications, 1974. p. 29.
[271] ROBERTSON, 1988, p. 288.
[272] FRANCE, 2002, p. 159.
[273] GALLARDO, 1996, p. 44.
[274] CHAMPLIN, 2002, vol. 1, p. 681.
[275] ALAND, 1994, p. 128.
[276] ANDERSON, 1994, p. 115-116.
[277] MAUERHOFER, Erich. Uma introdução aos escritos do Novo Testamento. Tradução de
Werner Fuchs. São Paulo: Vida, 2010. p. 118-121.
[278] CALLE, Francisco de la. Teologia de Marcos. Tradução de José Raimundo Vidigal. 2.ed.
São Paulo: Paulinas, 1984. p. 35.
[279] SCHWEIZER, c1970, p. 81.
[280] BORTOLINI, 2003, p. 70.
[281] GOULD, 1969, p. 59.
[282] ROBERTSON, 1988, vol. 1, p. 288.
[283] ANDERSON, 1994, p. 116.
[284] GUELICH, 1989, p. 156.
[285] POHL, 1998, p. 133.
[286] LURKER, Manfred. Dicionário de figuras e símbolos bíblicos. Tradução de João Resende
Costa. São Paulo: Paulus, 1993. p. 82.
[287] CHAMPLIN, 2001, vol. 2, p. 230-231.
[288] CHEN, Christian. Os números na Bíblia: Moisés, os números e nós. 3.ed. Belo Horizonte:
Tesouro Aberto, 2001. p. 119-121.
[289] Cf. ZUCK, 1994, p. 197-214.
[290] CHAMPLIN, 2001, vol. 2, p. 231.
[291] CHAMPLIN, 2001, vol. 4, p. 549.
[292] LURKER, 1993, p. 82.
[293] SCHMITZ, E. D. δώδεκα. In: COENEN, Lothar; BROWN, Colin (Org.). Dicionário
internacional de teologia do Novo Testamento. Tradução de Gordon Chown. 2.ed. São Paulo:
Vida Nova, 2000. p. 1419.
[294] BORTOLINI, 2003, p. 72.
[295] SCHMITZ, 2000, p. 1419.
[296] RENGSTORF, R. F. δώδεκα. In: KITTEL, Gerhard (Org.). Theologisches Wörterbuch
zum Neuen Testament. Stuttgart: Kohlhammer, 1979. Vol. 2, p. 323.
[297] GUNDRY, Robert H. Mark: a commentary on his apology for the cross. Grand Rapids:
Eerdmans, 1992. p. 163.
[298] BORTOLINI, 2003, p. 72.
[299] POHL, 1998, p. 134. Em Marcos 1.17, após o “siga-me” da convocação de Jesus a Simão
Pedro e André, já havia sido usado o verbo poie/w, quando Jesus afirmou que “faria” deles
pescadores de homens.
[300] GOULD, 1969, p. 56.
[301] ANDERSON, 1994, p. 116.
[302] BORTOLINI, 2003, p. 73. Para mais observações sobre os nomes da escolha dos doze,
podemos citar o artigo de A. T. Robertson, em sua Harmonia dos Evangelhos (ROBERTSON,
A. T. Uma armonia de los cuatro Evangelios. 12.ed. El Paso: CBP, 1995. p. 224-227)
[303] POHL, 1998, p. 137. France afirma que o fato dos Doze serem todos homens é atribuído
muito mais à situação social daquela época do que a motivos teológicos (FRANCE, 2002, p.
158).
[304] POHL, 1998, p. 133-134.
[305] COLLINS, 2007, p. 224.
[306] MULHOLLAND, [199-], p. 71.
[307] BORTOLINI, 2003, p. 72.
[308] MULHOLLAND, [199-], p. 70.
[309] MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 118.
[310] HENDRIKSEN, 1976, p. 123.
[311] MULHOLLAND, [199-], p. 70.
[312] HENDRIKSEN, 1976, p. 124.
[313] MULHOLLAND, [199-], p. 70.
[314] POHL, 1998, p. 134.
[315] GALLARDO, 1996. p. 44.
[316] Cf. KUNZ, Claiton André. Ações parabólicas: uma análise do ensino de Jesus através de
suas ações. São Leopoldo: EST; Sinodal, 2007. p. 35-40.
[317] ÁLVAREZ, Eliseo Pérez. Marcos. Minneapolis: Augsburg Fortress, 2007. p. 34.
[318] CHAMPLIN, 2001, p. 230.
[319] LURKER, 1993, p. 83.
[320] SCHMITZ In: COENEN, 2000, p. 1419-1420.
[321] SCHMITZ In: COENEN, 2000, p. 1420.
[322] RENGSTORF In: KITTEL, 1979, vol. 2, p. 326.
[323] SCHNIEWIND, 1989, p. 55-56.
[324] POHL, 1998, p. 134.
[325] HENDRIKSEN, 1976, p. 124.
[326] ANDERSON, 1994, p. 116.
[327] ÁLVAREZ, 2007, p. 34.
[328] BULTMANN, 1963, p. 345-346.
[329] SCHMITHALS, Walter. The office of apostle in the early church. Nashville: Abingdon
Press, 1969. p. 69.
[330] RIGAUX, Béda. Die “Zwölf” in Geschichte und Kerygma. In: RISTOW, Helmut;
MATTHIAE, Karl. Der Historische Jesus und der kerygmatische Christus: Beitraege zum
Christusverstaendnis in Forschung und Verkuendigung. Berlin: Evangelische Verlagsanstalt,
1960. p. 470-471.
[331] MARCUS, 2000, p. 262-263.
[332] ANDERSON, 1994, p. 119.
[333] COLLINS, 2007, p. 216.
[334] SCHWEIZER, c1970, p. 81.
[335] GUELICH, 1989, p. 165.
[336] Posteriormente serão discutidos os argumentos sobre a questão da existência ou não de
irmãos e irmãs de Jesus.
[337] MALDONADO, Jorge. Até nas melhores famílias: a família de Jesus e outras famílias da
Bíblia parecidas com as nossas. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 14.
[338] RIENECKER, 1988, p. 72.
[339] FOULKES, Ricardo. A família de Jesus. Revista de interpretação bíblica latino-
americana, Quito, ano 27, n° 2, p. 60, 1997.
[340] ROBERTSON, 1988, p. 292.
[341] GALLARDO, 1996, p. 44-45.
[342] MORACHO, Félix. A família e Jesus de Nazaré. São Paulo: Paulus, 1994. p. 26. Para
Álvarez, a família poderia ter “interiorizado a distorção da imagem pública de Jesus, fabricada
pela propaganda oficial de Jerusalém” (ÁLVAREZ, 2007, p. 68).
[343] GUNDRY, 1992, p. 177. Gould concorda que existe um paralelo entre as duas perícopes e
que a relação lógica pode ser vista na linguagem dos dois grupos (GOULD, 1969, p. 60). Pohl
reconhece a semelhança entre as falas dos dois grupos, entretanto afirma que a equiparação
está na incredulidade e não na inimizade com Jesus (POHL, 1998, p. 138).
[344] Na soma, os termos “mãe”, “irmãos” e “irmãs” aparecem 12 vezes nestes 5 versículos.
[345] SILVA, 2000, p. 73.
[346] ALAND, 1994, p. 130.
[347] Neste versículo, o aparato crítico não apresenta nenhuma variante, ou seja, todos os
manuscritos confirmam a informação da existência de irmãs de Jesus.
[348] ALAND, 1994, p. 130.
[349] POHL, 1998, p. 138.
[350] POHL, 1998, p. 138.
[351] GUELICH, 1989, p. 171.
[352] BULTMANN, 1963, p. 29-30.
[353] COLLINS, 2007, p. 235.
[354] PAINTER, John. When is a house not home? Disciples and family in Mark 3.13-35. New
Testament Studies, Cambridge, vol. 45, p. 498-513, 1999. A ideia da Painter será exposta
detalhadamente mais adiante.
[355] GOLDBERG, Louis. ( ַבּיִתbayît). In: HARRIS, R. Laird; ARCHER Jr, Gleason L.;
WALTKE, Bruce K. Dicionário internacional de teologia do Antigo Testamento. São Paulo:
Vida Nova, 1998. p. 175-176.
[356] VAUX, 2003, p. 43.
[357] AUSTEL, Hermann J. ( ִמְשָׁפָּחהmishpāhâ). In: HARRIS, et.al., 1998, p. 1601-1602.
[358] VAUX, 2003, p. 43.
[359] PACKER; et. al., 1984, p.17.
[360] GOWER, Ralph. Usos e costumes dos tempos bíblicos. Tradução de Neyd Siqueira. Rio de
Janeiro: CPAD, 2002. p. 57.
[361] YOUNGBLOOD, 2004, p. 547.
[362] THIEL, Winfried. A sociedade de Israel na época pré-estatal. Tradução de Ilson Kayser e
Annemarie Höhn. São Leopoldo: Sinodal; São Paulo: Paulinas, 1993. p. 9.
[363] CHAMPLIN, 2001, vol. 2, p. 681.
[364] GOETZMANN J. Oîkos. In: COENEN, Lothar; BROWN, Colin (edits). Dicionário
internacional de teologia do Novo Testamento. Tradução de Gordon Chown. São Paulo: Vida
Nova, 2000. p. 285-286.
[365] CHAMPLIN, 2001, vol. 2. p. 680.
[366] COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Tradução de Myriam
Talitha Lins. Venda Nova: Betânia, 1991. p. 30.
[367] COLEMAN, 1991, p. 30.
[368] VAUX, 2003, p. 40.
[369] VAUX, 2003, p. 41-42.
[370] DANIEL-ROPS, 1997, p. 89
[371] VAUX, 2003, p. 42.
[372] PACKER; et. al., 1984, p. 16-17.
[373] GOWER, 2002, p. 57.
[374] COLEMAN, 1991, p. 31.
[375] COLEMAN, 1991, p. 31.
[376] COLEMAN, 1991, p. 31-34.
[377] RAMOS, Frederico Pastor. A família na Bíblia. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 24.
[378] THIEL, 1993, p.10.
[379] COLEMAN, 1991, p. 35-36.
[380] COLEMAN, 1991, p. 33-34.
[381] RAMOS, 1999, p. 25.
[382] COLEMAN, 1991, p. 37-39.
[383] DANIEL-ROPS, 1997, p. 81.
[384] VAUX, 2003, p. 44-45.
[385] RAMOS, 1999, p. 36.
[386] RAMOS, 1999, p. 13.
[387] BELL Jr, Albert A. Explorando o mundo do Novo Testamento: um guia mostrando o
mundo dos dias de Jesus e dos primeiros cristãos. Tradução de João A. de Souza Filho. Belo
Horizonte: Atos, 2001. p. 203-205.
[388] RAMOS, 1999, p. 13.
[389] DANIEL-ROPS, 1997, p. 87.
[390] CHAMPLIN, 2001, vol. 2, p. 681.
[391] RAMOS, 1999, p. 37-38.
[392] PACKER; et. al., 1984, p. 7-8.
[393] FOULKES, 1997, p. 63-64.
[394] ÁLVAREZ, 2007, p. 38-39.
[395] FOULKES, 1997, p. 63.
[396] FOULKES, 1997, p. 63.
[397] ANDERSON, 1994, p. 214
[398] MARCUS, 2000, p. 277.
[399] FRANCE, 2002, p. 179
[400] Sugerimos a leitura do seguinte artigo sobre este tema, mostrando alguns dos argumentos a
favor da não existência de irmãos de Jesus: TERRA, João Evangelista Martins. Os irmãos de
Jesus. Revista de cultura bíblica, Vol./N°. 17/65, p. 86-89, 1993.
[401] MARCUS, 2000, p. 276.
[402] MARCUS, 2000, p. 276.
[403] CHAMPLIN, 2002, vol. 1, p. 396.
[404] HENDRIKSEN, 1976, p. 140.
[405] FOULKES, 1997, p. 62.
[406] GUNDRY, 1992, p. 177.
[407] MARCUS, 2000, p. 285.
[408] POHL, 1998, p. 145-146.
[409] POHL, 1998, p. 147.
[410] POHL, 1998, p. 146.
[411] HENDRIKSEN, 1976, p. 141.
[412] SCHNIEWIND, 1989, p. 62.
[413] PAINTER, 1999, p. 503.
[414] PAINTER, 1999, p. 498-513.
[415] POHL, 1998, p. 147.
[416] MARCUS, 2000, p. 286.
[417] GUELICH, 1989, p. 182.
[418] HENDRIKSEN, 1976, p. 141.
[419] STÄHLIN, 1953, p. 18.
[420] CHAMPLIN, 2002, vol. 1, p. 685.
[421] BORTOLINI, 2003, p. 81. Mateos e Camacho também concordam que a verdadeira união
com Jesus “não se faz pela comunidade de sangue ou raça, mas pelo comum interesse pelo
bem da humanidade” (MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 125).
[422] MULHOLLAND, [199-], p. 76.
[423] SCHWEIZER, c1970, p. 87.
[424] HENDRIKSEN, 1976, p. 142.
[425] FRANCE, 2002, p. 180.
[426] SCHNIEWIND, 1989, p. 63.
[427] GUELICH, 1989, p. 183.
[428] ANDERSON, 1994, p. 125.
[429] HENDRIKSEN, 1976, p. 143.
[430] FRANCE, 2002, p. 178.
[431] MULHOLLAND, [199-], p. 76.
[432] GUELICH, 1989, p. 184.
[433] POHL, 1998, p. 148.
[434] ROBERTSON, 1988, vol. 1, p. 351.
[435] FRANCE, 2002, p. 373.
[436] GALLARDO, 1996, p. 100.
[437] EVANS, 2000, p. 60.
[438] MULHOLLAND, [199-], p. 149-150.
[439] SILVA, 2000, p. 73.
[440] ALAND, 1994, p. 156.
[441] ALAND, 1994, p. 156.
[442] POHL, 1998, p. 281.
[443] FRANCE, 2002, p. 373.
[444] EVANS, 2000, p. 60.
[445] Como por exemplo: TENNEY, Merril C. O Novo Testamento: sua origem e análise.
Tradução de Antônio Fernandes. 3.ed. São Paulo: Vida Nova, 1995. p. 169-170.
[446] BORTOLINI, 2003, p. 180.
[447] SCHWEIZER, c1970, p. 192.
[448] Cf. HENDRIKSEN, 1976, p. 355.
[449] Collins afirma sobre este texto de Marcos que “depois de questionar os discípulos, Jesus
‘descobriu’ que eles estavam discutindo no caminho sobre qual deles era o maior”
(COLLINS, 2007, p. 444). Obviamente ele tem em mente os contextos literários dos outros
evangelistas.
[450] Cf. HENDRIKSEN, 1976, p. 356.
[451] Os pais acreditavam que continuavam vivendo por meio dos filhos. Por isso, quanto mais
filhos melhor (GOWER, 2002, p. 61).
[452] VAUX, 2003, p. 64.
[453] COLEMAN, 1991, p. 35.
[454] WHITEHOUSE, Owen C. Costumes orientais: antiguidades bíblicas. Tradução de Jorge
Goulart. [S.l.]: União Cultural, 1950. p. 19.
[455] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 962.
[456] DANIEL-ROPS, 1997, p. 78. Douglas lembra que para os filhos a mãe era tão digna de
honra quanto o pai. Isto era demonstrado pelo quinto mandamento: “Honra teu pai e tua mãe,
a fim de que tenhas vida longa na terra que o SENHOR, o teu Deus, te dá” (Êx 20.12)
(DOUGLAS, J. D. (Edit.) O novo dicionário da Bíblia. Tradução de João Bentes. 2.ed. São
Paulo: Vida Nova, 1995. p. 600).
[457] TENNEY, 1995, p. 79-81.
[458] VAUX, 2003, p. 73.
[459] Apud DANIEL-ROPS, 1997, p. 80.
[460] DANIEL-ROPS, 1997, p. 80.
[461] GOWER, 2002, p. 63.
[462] DANIEL-ROPS, 1997, p. 80.
[463] DANIEL-ROPS, 1997, p. 80.
[464] WHITEHOUSE, 1950, p. 21-22.
[465] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 962.
[466] COLEMAN, 1991, p. 37.
[467] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 962.
[468] COLEMAN, 1991, p. 37.
[469] FRANCE, 2002, p. 373. France afirma ainda que há uma incongruência quase cômica na
figura destes homens adultos agindo como meninos de escola profundamente culpados diante
do seu mestre; uma imagem que é ainda mais agravada quando Jesus passa a usar uma criança
como exemplo para eles (p. 373).
[470] POHL, 1998, p. 282.
[471] POHL, 1998, p. 281.
[472] POHL, 1998, p. 281.
[473] ÁLVAREZ, 2007, p. 83.
[474] MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 232.
[475] POHL, 1998, p. 282.
[476] ANDERSON, 1994, p. 233.
[477] POHL, 1998, p. 281.
[478] Apud POHL, 1998, p. 281.
[479] Pohl afirma neste ponto que “Deus criou o ser humano para a glória. Paulo fala da glória
que deveríamos ter diante de Deus (Rm 3.23; cf Jo 12.43). A proteção da honra da pessoa está
prevista nos Dez Mandamentos... Toda criação geme por glória (Rm 8.18ss)” (POHL, 1998,
p. 281).
[480] POHL, 1998, p. 281.
[481] MULHOLLAND, [199-], p. 150.
[482] POHL, 1998, p. 282.
[483] POHL, 1998, p. 282.
[484] ÁLVAREZ, 2007, p. 84.
[485] BORTOLINI, 2003, p. 182.
[486] WEBER, Hans-Ruedi. Jesus e as crianças: subsídios bíblicos para o estudo e a pregação.
São Leopoldo: Sinodal, 1986. p. 42.
[487] WEBER, 1986, p. 42.
[488] MARCUS, 2009, p. 681-682.
[489] ANDERSON, 1994, p. 234.
[490] OSTMEYER, Karl-Heinrich. Jesu annahme der Kinder. In: Novum Testamentum: an
international quarterly for New Testament and related studies, Leiden, vol. 46, n° 1, 2004, p.
8.
[491] EVANS, Craig A. Mark 8:27 – 16:20. Nashville: Thomas Nelson, 2000. p. 62.
[492] WEBER, 1986, p. 29-31.
[493] BLACK, Matthew. An Aramaic approach to the Gospels and Acts. 2.ed. Oxford: Claredon
Press, 1957. p. 264.
[494] WEBER, 1986, p. 35.
[495] WEBER, 1986, p. 44.
[496] MARCUS, 2009, p. 681.
[497] POHL, 1998, p. 283.
[498] ROBERTSON, 1988, vol. 1, p. 352.
[499] MULHOLLAND, [199-], p. 150.
[500] CHAMPLIN, 2002, vol. 1, p. 739.
[501] KUNZ, 2007, p. 35-40.
[502] EVANS, 2000, p. 61.
[503] SCHNIEWIND, 1989, p. 135.
[504] MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 233.
[505] GUNDRY, 1992, p. 509.
[506] POHL, 1998, p. 283.
[507] ÁLVAREZ, 2007, p. 84.
[508] MARCUS, 2009, p. 667.
[509] EVANS, 2000, p. 62.
[510] ÁLVAREZ, 2007, p. 99.
[511] BORTOLINI, 2003, p. 209.
[512] ÁLVAREZ, 2007, p. 100.
[513] MATEOS, Juan; CAMACHO, F. Marcos: texto e comentário. Tradução de José
Raimundo Vidigal. São Paulo: Paulus, 1998. p. 258.
[514] GNILKA, Joachim. El evangelio segun San Marcos. Salamanca: Sígueme, 1986. p. 134.
Enquanto alguns autores argumentam pela ausência de unidade da perícope, Smith defende
que o texto compreende uma unidade, inclusive a parte final sobre o Filho de Davi, visto por
alguns como material redacional. Cf. SMITH, Stephen H. The literary structure of Mark 11.1
– 12.40. In: Novum Testamentum: an international quarterly for New Testament and related
studies, Leiden, vol. 31, n° 2, 1989, p. 104-124.
[515] Cf. SILVA, 2000, p. 70-75.
[516] De acordo com Paroschi, os editores normalmente dão preferência à variante em
desacordo, pois os escribas tinham a tendência de harmonizar os textos discordantes.
(PAROSCHI, Wilson. Crítica textual do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1993. p.
153.)
[517] ALAND, 1994, p. 164-165.
[518] CHAMPLIN, 2002, vol. 1, p. 755.
[519] CHAMPLIN, 2002, vol. 1, p. 755.
[520] LENSKI, R. C. H. La interpretación de El Evangelio segund San Marcos. México:
Publicaciones El Escudo, 1962. p. 409.
[521] POHL, 1998, p. 320.
[522] MULHOLLAND, 1999, p. 170.
[523] TRENCHARD, Ernesto. Exposicion del evangelio segun San Marcos. Madrid: Literatura
Bíblica, 1971. 137.
[524] POHL, 1998, p. 320.
[525] GOWER, 2002, p. 235-236.
[526] GOWER, 2002, p. 236.
[527] LURKER, 1993, p. 125.
[528] KONINGS, 1977, p. 48.
[529] SCHWEIZER, c1970, p. 227.
[530] ANDERSON, 1994, p. 261.
[531] POHL, 1998, p. 321.
[532] GUNDRY, 1992, p. 623.
[533] MULHOLLAND, [199-], p. 171.
[534] POHL, 1998, p. 321.
[535] CULLMANN, 2002, p. 149.
[536] LADD, 1997, p. 128.
[537] SMITH, Ralph L. Teologia do Antigo Testamento: história, método e mensagem. Tradução
de Hans Udo Fuchs e Lucy Yamakami. São Paulo: Vida Nova, 2001. p. 392.
[538] RENGSTORF, K. H. Χριστός In: COENEN, Lothar; BROWN, Colin (Org). Dicionário
Internacional de Teologia do Novo Testamento. Tradução de Gordon Chown. São Paulo:
Vida Nova, 2000. p. 1080.
[539] LADD, 1997, p. 128-129.
[540] LADD, 1997, p. 129.
[541] LADD, 1997, p. 129.
[542] THIELMAN, Frank. Teologia do Novo Testamento: uma abordagem canônica e sintética.
Tradução de Rogério Portela e Helena Aranha. São Paulo: Shedd, 2007. p. 72-73.
[543] Apud CULLMANN, 2002, p. 149.
[544] LADD, 1997, p. 129.
[545] CULLMANN, 2002, p. 155.
[546] CULLMANN, 2002, p. 155-156.
[547] LADD, 1997, p. 130.
[548] LADD, 1997, p. 131.
[549] HUNTER, A. M. El evangelio según san Marcos: introducción y comentario. Buenos
Aires: La Aurora; México: Casa Unida de Publicaciones, 1960. p. 135.
[550] POHL, 1998, p. 322.
[551] COLLINS, 2007, p. 518.
[552] CHAMPLIN, 2001, p. 668.
[553] TRENCHARD, 1971, 140.
[554] POHL, 1998, p. 322-323.
[555] TAYLOR, Vincent. Evangelio segun San Marcos. Madrid: Cristandad, 1980. p. 541.
[556] FRANCE, 2002, p. 429.
[557] POHL, 1998, p. 322.
[558] SCHNIEWIND, 1989, p. 161.
[559] MULHOLLAND, [199-], p. 172.
[560] MULHOLLAND, [199-], p. 172.
[561] Cf. KUNZ, 2007, p. 35-40.
[562] Mateos e Camacho informam que a expressão “que ninguém jamais montou” significa que
nunca existiu antes em Israel um líder que cumprisse essa profecia (MATEOS; CAMACHO,
1998, p. 259). Sobre a mesma expressão, Álvarez é da opinião de que significa que tem um
valor cultual, um animal santo e separado para este propósito litúrgico, conforme Números
19.2 (ÁLVAREZ, 2007, p. 100).
[563] STÄHLIN, 1953, p. 18.
[564] MARCUS, 2009, p. 778.
[565] Sobre a expressão “Filho de Davi” sugerimos a leitura de SMITH, Stephen H. The
function of the son of David tradition in Mark´s gospel. In: New Testament Studies,
Cambridge, vol. 42, 1996, p. 523-539.
[566] EVANS, 2000, p. 147.
[567] EVANS, 2000, p. 147.
[568] Além de não haver outro fato semelhante nos Evangelhos, também não existe nenhum
relato rabínico paralelo para este acontecimento (LACHS, Samuel Tobias. A rabbinic
commentary on the New Testament: the gospels of Mathew, Mark and Luke. Heboken:
KTVA; New York: ADL, 1987. p. 349).
[569] Apud MOUNCE, Robert H. Mateus. Tradução de Osvaldo Ramos. São Paulo: Vida, 1996.
p. 209.
[570] RAMOS, Felipe F. El primer evangelio: Marcos, heraldo da buena noticia. Salamanca:
Universidade Pontifícia de Salamanca, 1991. p. 185.
[571] MOUNCE, 1996, p. 209.
[572] ROBINSON, Theodore H. The gospel of Matthew. New York: Harper and Brothers, [19--].
p. 174.
[573] HUNTER, 1960, p. 137.
[574] RIENECKER, Fritz. Das Evangelium des Markus. 3. ed. Wuppertal: Verlag R. Brockhaus,
1967. p. 201.
[575] RIENECKER, Fritz. Evangelho de Mateus. Tradução de Werner Fuchs. Curitiba:
Esperança, 1998. p. 353.
[576] SCHMID, Josef. Das evangelium nach Markus. 4.ed. Regensburg: Verlag Friedrich Pustet,
1958. p. 223.
[577] MOUNCE, 1996, p. 209.
[578] CIVIT, Isidro Goma. El evangelio segun san Mateo. Barcelona: Facultad de Teologia de
Barcelona, 1980. Vol. 2, p. 342.
[579] SCHNACKENBURG, Rudolf. O evangelho segundo Marcos. Petrópolis: Vozes, 1971-
1974. Vol. 2, p. 130.
[580] SCHMID, 1958, p. 221.
[581] RAMOS, 1991, p. 185.
[582] Cf. SILVA, 2000, p. 67-77.
[583] SILVA, 2000, p. 73.
[584] ALAND, 1994, p. 167.
[585] ALAND, 1994, p. 166-167.
[586] ALEXANDER, H. E. O evangelho segundo Marcos: ou “o filho do homem que não veio
para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos”. São Paulo:
Casa da Bíblia, 1953. p. 101.
[587] ALEXANDER, 1953, p. 101. Alexander é da opinião de que, nestas três visitas a
Jerusalém, Jesus cumpre três atos de julgamento: 1) O julgamento simbólico da nação judaica
representada pela figueira estéril; 2) O julgamento da religião do templo, expulsando os
aproveitadores; e, 3) O julgamento dos chefes religiosos do povo cuja hipocrisia é desvendada
(p. 101).
[588] ALEXANDER, H. E. O evangelho segundo Mateus: ou grande rejeição e suas
consequências. São Paulo: Casa da Bíblia, 1953. p. 120.
[589] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 515.
[590] JEREMIAS, 1983, p. 65.
[591] CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p. 523.
[592] BORTOLINI, 2003, p. 213.
[593] POHL, 1998, p. 326. Gundry confirma que não era costume alimentar-se muito cedo e que
a primeira refeição era tomada no meio da manhã (GUNDRY, 1992, p. 637).
[594] EDERSHEIM, Alfred. La vida y los tiempos de Jesus el Messias. Tomo I e II. Tradução de
Xavier Vila. Barcelona: CLIE, 1988. Vol. 2, p. 323.
[595] GALLARDO, 1996, p. 129.
[596] TROADEC, H. Evangelhos segundo S. Mateus. Lisboa: Livraria Sampedro, 1968. p. 176.
[597] BATTAGLIA, Oscar. et. al. Comentário ao evangelho de São Marcos. Petrópolis: Vozes,
1978. p. 106.
[598] EDERSHEIM, 1988, vol. 2, p. 324-325.
[599] BORTOLINI, 2003, p. 213.
[600] Cf. DAVIES, W. D. A critical and exegetical commentary on the gospel according to saint
Matthew. Edinburgh: T. & T. Clark, 1988-1997. p. 147.
[601] TROADEC, 1968, p. 176.
[602] DANIEL-ROPS, 1997, p. 22.
[603] YOUNGBLOOD, R. F. ְתֵּאׇנהIn: HARRIS, R. L. et. al. (Orgs). Dicionário internacional
de teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo, Luiz A. T. Sayão e
Carlos Osvaldo Pinto. São Paulo: Vida Nova, 1998. p. 1627.
[604] CHAMPLIN, 2001, vol. 2, p. 726.
[605] AUSTEL, H. J. ׅשׁ ְקׇמהIn: HARRIS, R. L. et. al. (Orgs). Dicionário internacional de
teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo, Luiz A. T. Sayão e
Carlos Osvaldo Pinto. São Paulo: Vida Nova, 1998. p. 1614. Coleman informa que o
sicômoro é da mesma família da figueira, mas é considerada uma árvore inferior, e seu figo
não é tão bom quanto o da figueira (COLEMAN, 1991, p. 198).
[606] HAMILTON, V. ַפׇּגהIn: HARRIS, R. L. et. al. (Orgs). Dicionário internacional de
teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo, Luiz A. T. Sayão e
Carlos Osvaldo Pinto. São Paulo: Vida Nova, 1998. p. 1198.
[607] CHAMPLIN, 2001, vol. 2, p. 726.
[608] MOTYER, J. A. Fruto. In: COENEN, L.; BROWN C. (Orgs). Dicionário internacional de
teologia do Novo Testamento. Tradução de Gordon Chown. 2. ed. São Paulo: Vida Nova,
2000. p. 890.
[609] CHAMPLIN, 2001, p. 726.
[610] WHITEHOUSE, Owen C. Costumes orientais: antiguidades bíblicas. Tradução de Jorge
Goulart. [S.l.]: União Cultural, 1950. p. 94.
[611] CHAMPLIN, 2001, vol. 2, p. 726.
[612] DOUGLAS, J. D. Figo, Figueira. In: DOUGLAS, J. D. (Org.) O novo dicionário da
Bíblia. Tradução de João Bentes. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 1995. p. 618.
[613] COLEMAN, 1991, p. 47.
[614] DOUGLAS, 1995, p. 618.
[615] GOWER, 2002. p. 119.
[616] POHL, 1998, p. 326.
[617] WHITEHOUSE, 1950, p. 95.
[618] DOUGLAS, 1995, p. 618.
[619] POHL, 1998, p. 326.
[620] MOUNCE, 1996, p. 209.
[621] BRUCE, F. F. Merece confiança o Novo Testamento? Tradução de Waldir Carvalho Luz.
2.ed. São Paulo: Vida Nova, 1997. p. 95-96.
[622] LURKER, 1993, p. 101.
[623] COLEMAN, 1991, p. 197-198.
[624] GOWER, 2002, p. 118.
[625] CHAMPLIN, 2001, vol. 2, p. 726.
[626] MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 263.
[627] ALEXANDER, 1953b, p. 120. Boyer afirma também que “a figueira viçosa, mas sem
figos, é notável emblema de Israel...” (BOYER, Orlando. Marcos, o evangelho do Servo do
Senhor. Rio de Janeiro: Livros Evangélicos, [19--]. p. 157).
[628] BORTOLINI, 2003, p. 213. Petersen concorda que neste texto de Marcos, o qual mostra
uma figueira em lugar privilegiado, tão abundante de promessas mas infrutífera, “Jesus viu
uma personificação de Israel” (PETERSEN, H. R. Estudo sobre Marcos. Rio de Janeiro: Casa
Publicadora Batista, 1962. p.111).
[629] EDERSHEIM, 1988, vol. 2, p. 324.
[630] MULHOLLAND, [199-], p. 174.
[631] Apud MYERS, Ched. O evangelho de São Marcos. São Paulo: Paulinas, 1992. p. 357-358.
[632] MOTYER, 2000, p. 890.
[633] BRUCE, 1997, p. 96.
[634] SCHNACKENBURG, 1971-1974, vol. 2, p. 131.
[635] PATTE, Daniel. The gospel according to Matthew: a structural commentary on Matthew’s
fait. Philadelphia: Fortress, 1987. p. 292.
[636] CIVIT, 1980, p. 347. Cranfield também trata o acontecimento como uma “parábola
encenada” (Apud MOTYER, 2000, p. 891).
[637] DAVIES, 1988-1997, p. 148.
[638] RIENECKER, 1998, p. 353. Troadec é da mesma opinião: “Jesus ao maldizer a figueira
realiza um gesto profético” (TROADEC, 1968, p. 176).
[639] ANDERSON, 1994, p. 263.
[640] BÖTTRICH, Christfried. Jesus und der Feigenbaum. Novum Testamentum, Leiden, vol.
39, n° 4, 1997, p. 333-335.
[641] Cf. KUNZ, 2007, p. 35-40.
[642] SCHNACKENBURG, 1971-1974, vol. 2, p. 132.
[643] MULHOLLAND, [199-], p. 173-174.
[644] ROBERTSON, 1988, vol. 1, p. 179.
[645] WALKER, Peter W. L. Jesus and the Holy City: New Testament perspectives on
Jerusalem. Grand Rapids: Eerdmans, 1996. p. 5.
[646] SMITH, Robert H. Matthew. Minneapolis: Augsburg Publishing House, 1989. p. 249.
[647] PETERSEN, 1962, p. 111.
[648] MOTYER, 2000, p. 891. Zahn é da opinião de que a figueira é símbolo, não de Israel, mas
de Jerusalém (ZAHN, Theodor. Einleitung in das Neue Testament. Leipzig: Deichert’sche
Verlagsbuchhandlung, [19--]. p. 616).
[649] POHL, 1998, p. 327.
[650] BRUCE, 1997, p. 96.
[651] BOYER, Orlando. Marcos, o evangelho do Servo do Senhor. Rio de Janeiro: Livros
Evangélicos, [19--]. p. 157.
[652] CIVIT, 1980, p. 346.
[653] MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 263.
[654] Em Mateus, que relata o episódio como acontecendo num só dia, vê-se a indagação:
“Como a figueira secou tão depressa?” Tasker, ao comentar esta indagação, afirma que Jesus
lhes explica que no mundo sobrenatural os processos comuns do tempo muitas vezes são
irrelevantes. O próprio discípulo dotado do poder sobrenatural da fé pode conseguir
resultados que, sem a fé e a oração, estariam completamente fora do seu alcance (TASKER,
R. V. G. Mateus: introdução e comentário. Tradução de Odair Olivetti. São Paulo: Vida
Nova, 1991. p. 160).
[655] ALEXANDER, 1953a, p.103.
[656] EDERSHEIM, 1988¸ vol. 2, p. 325.
[657] BATTAGLIA, 1978, p. 108.
[658] SCHNACKENBURG, 1971-1974, vol. 2, p. 133.
[659] CHOURAQUI, André. Marcos: o evangelho segundo Marcos. São Paulo: Imago, 1996. p.
174.
[660] BORTOLINI, 2003, p. 214-215.
[661] BOYER, [19--], p. 158.
[662] RYLE, J. C. Meditações no evangelho de Mateus. 2. ed. São José dos Campos: Fiel, 2002.
p. 178.
[663] RYLE, 2002, p. 179.
[664] ÁLVAREZ, 2007, p. 103.
[665] COLLINS, 2007, p. 529.
[666] ÁLVAREZ, 2007, p. 104.
[667] BORTOLINI, 2003, p. 212-213.
[668] MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 264.
[669] MARCUS, 2009, p. 782.
[670] GALLARDO, 1996, p. 130.
[671] EVANS, 2000, p. 164.
[672] Cf. SILVA, 2000, p. 73.
[673] De acordo com France, variações entre singular e plural de verbos de movimento que
ligam perícopes têm sido percebidas como uma característica do estilo de Marcos. Segundo
ele, aqui ambas as leituras são fortemente apoiadas, mas o plural parece ser a mais natural
uma vez que segue um plural no v. 20; o singular poderia ser explicado pelo fato de que nos
versos 15-19 o foco seria todo em Jesus (FRANCE, 2002, p. 435).
[674] ALAND, 1994, p. 166.
[675] MULHOLLAND, [199-], p. 170.
[676] MULHOLLAND, [199-], p. 170.
[677] VOLKMANN, Martin. Jesus e o templo. São Leopoldo: Sinodal e Paulinas, 1992. p. 32-
33.
[678] VOLKMANN, 1992, p. 32.
[679] LURKER, 1993, p. 233.
[680] WILLIAMS, Derek (Edit). Dicionário bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2000. p.
358.
[681] MCKELVEY, R. J. Templo. In: DOUGLAS, J. D. (Edit.) O novo dicionário da Bíblia.
Tradução de João Bentes. 2.ed. São Paulo: Vida Nova, 1995. p. 1569.
[682] CHAMPLIN, 2001, vol. 6, p. 339.
[683] CHAMPLIN, 2001, vol. 6, p. 340.
[684] BROWN, C. Templo. In: COENEN, Lothar; BROWN, Colin (Edit.). Dicionário
internacional de teologia do Novo Testamento. Tradução de Gordon Chown. São Paulo: Vida
Nova, 2000. p. 2441.
[685] MCKELVEY In: DOUGLAS, 1995, p. 1572.
[686] WILLIAMS, 2000, p. 359.
[687] BROWN, C. Templo. In: COENEN, 2000, p. 2442.
[688] STAMBAUGH, J. E.; BALCH, D. L. O Novo Testamento em seu ambiente social, p. 86.
[689] COOK, Randall. Jerusalém nos dias de Jesus. São Paulo: Vida Nova, 1992. p. 15. O autor
afirma ainda que as pedras desta muralha pesavam em média 70 toneladas, sendo que uma das
pedras encontradas media 12 x 3 x 4 m, pesando 1800 toneladas (p. 16).
[690] JEREMIAS, 1983, p. 35-36.
[691] CHAMPLIN, 2001, vol. 6, p. 341.
[692] MCKELVEY In: DOUGLAS, 1995, p. 1573.
[693] HÉRING, J. Templo. In: ALLMEN, J.-J. (Edit). ALLMEN, Jean-Jacques von (Edit).
Vocabulario bíblico. 3.ed. Tradução de Afonso Zimmermann. São Paulo: ASTE, 2001. p.
567.
[694] COOK, 1992, p. 24.
[695] HÉRING, 2001, p. 567.
[696] CHAMPLIN, 2001, vol. 6, p. 338.
[697] COOK, 1992, p. 24.
[698] MCKELVEY In: DOUGLAS, 1995, p. 1574.
[699] GOWER, 2002, p. 351.
[700] COOK, 1992, p. 27.
[701] DANIEL-ROPS, 1997, p. 236.
[702] CHAMPLIN, 2001, vol. 6, p. 338.
[703] COOK, 1992, p. 27.
[704] HÉRING, 2001, p. 568.
[705] MILLARD, Alan. Descobertas dos tempos bíblicos: tesouros arqueológicos irradiam luz
sobre a Bíblia. São Paulo: Vida, 1999. p. 247.
[706] HÉRING, 2001, p. 568.
[707] VAUX, 2003, p. 364.
[708] MYERS, 1992, p. 360.
[709] VOLKMANN, 1992, p. 55-57.
[710] VOLKMANN, 1992, p. 58.
[711] LOCKMANN, Paulo. A crítica de Jesus. Revista de Interpretação Bíblica Latino-
Americana, Vol./No. 10, p. 72-78, 1991, p. 74.
[712] VOLKMANN, Martin. Jesus 'destruiu' o templo: a igreja o recostruiu? In: Estudos
Teológicos, Vol./No. 30/3, 1990, p. 247.
[713] VOLKMANN, 1992, p. 63ss.
[714] SCHNACKENBURG, 1971-1974, 135.
[715] Apud POHL, 1998, p. 328.
[716] SCHNACKENBURG, 1971-1974, 137.
[717] MATEOS; CAMACHO, 1998, p. 264.
[718] Cf. KUNZ, 2007, p. 35-40.
[719] BUCHANAN, George Wesley. Symbolic money-changers in the temple. New Testament
studies, Cambridge, vol. 37, 1991, p. 289.
[720] MARCUS, 2009, p. 790. O mesmo autor complementa: “Possivelmente seu gesto contra
os mercadores foi um ato simbólico e profético acompanhado por um aviso sobre o juízo
iminente de Deus sobre o templo” (p. 790).
[721] ANDERSON, 1994, p. 266.
[722] POHL, 1998, p. 329.
[723] MULHOLLAND, [199-], p. 175.
[724] POHL, 1998, p. 329.
[725] VOLKMANN, 1990, p. 247.
[726] POHL, 1998, p. 329.
[727] VOLKMANN, 1990, p. 250.
[728] VOLKMANN, 1990, p. 250. Pacheco elabora uma análise do texto da purificação do
templo, defendendo que com esta ação Jesus se torna réu de morte (PACHECO, Arturo
Moscoso. Jesus es condenado a muerte en ocasion de la asi llamada purificacion del templo.
Revista ITER, Vol./No. 10/2 , 1999, p. 167-185).
[729] EVANS, 2000, p. 182.
[730] SCHWEIZER, c1970, p. 233.
[731] Apud MARCUS, 2009, p. 791.
[732] ÁLVAREZ, 2007, p. 105.
[733] PÉRTILE, Nédio. A última Ceia de Jesus: apontamentos de ordem antropológica. Cadernos
da ESTEF, Vol./N°. 20, 1998, p. 70. Nesta mesma perspectiva, Iersel apresenta um interessante
paralelo que pode ser visto entre o relato da ceia (14.22) e os relatos da primeira (6.41) e
segunda (8.6) multiplicação de pães. Parece que Marcos apresenta propositalmente esta relação
entre a ceia e a comensalidade de Jesus. O paralelo entre os termos utilizados deixa isto
evidente:
- Mc 14.22: καὶ... λαβὼν... εὐλογήσας ἔκλασεν καὶ ἔδωκεν αὐτοῖς
- Mc 6.41: καὶ λαβὼν... εὐλογήσεν καὶ κατέκλασεν... καὶ ἐδίδου τοῖς μαθηταῖς... αὐτοῖς
- Mc 8.6: καὶ... λαβὼν... εὐχαριστήσς ἔκλασεν καὶ ἐδίδου τοῖς μαθηταῖς... τῷ ὄχλῳ
(IERSEL, B. van. Die wunderbare Speisung und das Abendmahl in der synoptischen
Tradition. In: Novum Testamentum: an international quarterly for New Testament and related
studies, Leiden, vol. 7, n° 3, 1964, p. 179).