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TEORIA ORGANÍSMICA - GOLDSTEIN

Precursor

► SMUTS – 1926 – EVOLUÇÃO E HOLISMO

► HOLISMO
- GREGO – HOLOS – TOTAL –
COMPLETO - UNIFICAÇÃO
Descartes – séc. XVII
Divisão do indivíduo em duas
entidades separadas, mas
inter-relacionadas:
corpo e mente
Kurt Goldstein (1878 – 1965):

- Neurologista;
- Psiquiatra;
- Cientista e professor;
- 1939 – O organismo;
► Estudioso de neurologia, desenvolveu trabalhos
com soldados que sofreram lesões cerebrais
durante a I Guerra Mundial.
► Inicialmente seus estudos procuraram estabelecer
a relação entre áreas as cerebrais afetadas e suas
respectivas seqüelas.
► Posteriormente passou a estudar como os
soldados se adaptavam as seqüelas e como se
estabilizavam.
► Em síntese: como o organismo (enfoque
que não admite a cisão corpo / mente)
consegue se auto regular.
► Elaborou uma teoria global do organismo
em suas relações com o meio, negou a
dicotomia entre o biológico e o psíquico
assim como entre o normal e o patológico.
Contribuições relevantes da Teoria
Organismica
► Conclui que um sintoma não podia ser
compreendido a partir apenas de uma lesão
orgânica mas sim a partir da consideração
do organismo como um todo.
► O organismo e uma só unidade: o que
ocorre em uma parte afeta o todo.
PENSAMENTO DE GOLDSTEIN
►A partir do seu nascimento, o individuo
começa o constante aprendizado que vai
permitir a ele fazer o movimento de
continuamente de auto regular, a medida
em que vai se apropriando dos
conhecimentos de si próprio e do mundo,
buscando assim seu equilíbrio, que nesta
visão, e sinônimo de saúde.
Saúde

► Saúde não e concebida como algo estático,


mas como algo dinâmico, sendo a constante
busca de equilíbrio do organismo
perturbada tanto por fatores externos
quanto internos do organismo.
► Com maturação, experiência e
aprendizagem, o organismo desenvolve
comportamentos que o ajudam a manter o
equilíbrio e o tornam menos suscetível aos
desequilíbrios.
► No momento em que o organismo perder a
sua capacidade de manter o equilíbrio,
morrera.
► Nasua relação com o meio, o organismo
tanto pode satisfazer suas necessidades e
conquistar sua auto realização e auto
regulação, quanto pode frustrar este
processo de auto realização e provocar
neles desequilíbrios a serem restabelecidos.
A organização e o dado primeiro, que se dá numa
configuração figura fundo.

As leis decorrentes deste princípio permitem


apreender a relação dialética vital do organismo-
meio e os processos de adaptação do organismo.
Princípio
►A pessoa é una, integrada. A organização é
natural. A desorganização é patológica.

►O organismo é um sistema organizado.

►A utilização dos princípios da Psicologia da


Gestalt como percepção e aprendizagem
ajudam na compreensão do organismo
total.
Princípios de credibilidade no
ser humano.

►O homem possui um impulso dominante de


auto-regulação (atualizar suas
potencialidades, pelo qual é permanentemente
motivado).

► O homem tem dentro dele as potencialidades


que regulam seu próprio crescimento, mas
recebe influências de crescimento do meio
exterior que seleciona e utiliza.
► Pode-se aprender mais em um estudo
compreensivo da pessoa do que em uma
investigação exclusiva de uma função
psicológica isolada e abstrata de muitos
indivíduos. (pesquisa qualitativa ao invés de
pesquisa quantitativa) PROPOE O MÉTODO
HOLÍSTICO
Método: Abordagem Holística
Organismica
►O organismo não e apenas o cérebro, reage como
um todo.
► Em The Organism ...tivemos que descobrir como
avaliar nossas observações e seus significados
para o organismo total, para assim entendermos a
estrutura e existência da pessoa
individual.(Goldstein em Lilienthal, 2004 p. )
► ...a aplicação dos métodos naturais e resultados
da ciência natural pode obstruir a interpretação
adequada da vida. (ibidem)
Método Holístico: desdobramentos

►O comportamento concreto quase sempre


aparece concomitantemente com o
comportamento abstrato,e pode mesmo
depender deste ultimo, ser iniciado por ele.
► O comportamento normal depende das duas
formas de comportamento combinadas em
uma unidade.
Método Holístico: desdobramentos

► Deixa a neuropsiquiatria tradicional


localizacionista e procura alcançar novos
insight para a natureza humana alcançados
pelo seu conceito modificado deatitudes
concretas e abstratas.
Desdobramentos
► esfera da imediaticidade (befindlichkeit) que não
pode ser atingida pelo procedimento discursivo ou
qualquer tipo de síntese e oferece subsidio para
que se desenvolva posteriormente o conceito de
awareness
► Introduz a idéia de que os comportamentos
humanos são também determinados por aquilo
que estão passando em tal momento da vida, de
uma perspectiva pessoal, subjetiva. Aproxima-se
assim da compreensão fenomenológica.
Desdobramentos
► Pesquisarão

► Psiconeuroimunologia

► Viver a angustia da incerteza.

► Conviver com as incertezas do pós modernismo.


Tolerar a incerteza sem perder nossa existência.
Constantes ao organismo (inatas)
► Agentes seletivos do comportamento:
► Limiares sensoriais.
► Realizações motoras
► Características intelectuais.
► Fatores emocionais

► Quesão moldados e modelados pela


experiência, treino. A marca da cultura.
Classes de comportamento
► Realizações: atividades voluntárias e
conscientemente experimentadas.
► Atitudes: os sentimentos o humor e outras
experiências internas.
► Os processos: funções orgânicas que só
podem ser experimentadas indiretamente.
Comportamento
► Concreto:reagir a estímulos de maneira
bastante automática e direta.

► Abstrato:consiste na ação do organismo


sobre o estímulo.
 Duas dimensões do organismo:

 Sistemas internos – de compensação


fisiológica visando restabelecer o equilíbrio
(homeostase).

 Sistema de contatos – sensoriais e


motores pelos quais o organismo obtém do
meio o que precisa para atender suas
necessidades vitais.
Em circunstâncias adversas, o
organismo desenvolve mecanismos
adaptativos que podem ser mais
funcionais, ou menos.

Um sintoma é, antes de mais nada,


uma forma de ajustamento
CONCEITOS DA PSICOLOGIA DA GESTALT:

Figura / Fundo

Todo / Parte / Articulação


A FIGURA EMERGE DO FUNDO (ORIGEM E
EXPLICAÇÃO)

Figura natural – relação natural entre figura com a


totalidade do organismo, comportamento ordenado
flexível apropriado.

Figura não natural – isolada do organismo total.


Fundo também uma parte isolada do organismo
(tarefa imposta, comportamento rígido mecânico).
Qualquer forma impositiva / violenta
descaracteriza a ordenação interna (na prática
clínica, acompanhar o ritimo do cliente).

Intervenção Inadequada / Cliente numa figura


não natural.
Equilíbrio (organismo /meio ambiente)

Ajudar o cliente a descobrir o que ele precisa.

Revelar o que está com ele, o que ele já


possui.
Apropriar-se de si mesmo.
Três conceitos dinâmicos:
1 Equalização e centragem do organismo: Processo
de redistribuição de energia pelo organismo que o
leva a um estado de tensão normal.
•Quanto mais centrado, maior a capacidade do
cliente lidar com o ambiente e realizar-se.
• Distribuição de energia (não significa ausência de
tensão). Usar-se melhor e de uma forma mais
criativa
2 - Auto realização (Lei Universal mas que varia de
pessoa para pessoa) para ele é o motivo único do
organismo. O princípio orgânico pelo qual o
organismo se desenvolve plenamente.
•Tendência criativa da natureza humana.
► Neurótico dificuldade com suas
necessidades. Portanto, dificuldade com a
auto realização (artista fracassado, Perls).
► Trabalho com Gestalts inacabadas - terapia
– crescimento – auto realização.
3- Pôr-se de acordo com o meio ambiente. O que
alguns chamam de adequação do organísmo
compondo-se com o ambiente e a partir daí, em
um seguendo momento, sobreposição aos
problemas que surgem a partir do contato com o
mundo.
► Acordo do organismo com o meio –
mudanças do organismo determinadas pelo
meio externo – requerem um tempo para
equalização. Processar as transformações e
retornar ao equilíbrio (limites da realidade).
Organismo são
► “éaquele no qual a tendência à auto-
realização atua a partir do interior do
indivíduo – sobreponde-se aos problemas
que surgem na luta com o mundo – não
como produto da ansiedade, mas sim pelo
prazer da conquista”
Indivíduo normal – a tendência a auto
realização atua a partir do interior do indivíduo.
Voltar-se para si mesmo, sentir o organismo é a
forma de medir nossa relação com o mundo
exterior.

Para Goldstein, um sintoma é também uma


forma de ajustamento feito pela pessoa doente.
Para Goldstein a relação organismo / meio
também é uma relação dialética - Eu não posso
compreender o corpo sem compreender o meio.

Só aquilo que cresce pode se conservar, e só


pode se conservar aquilo que cresce.
Goldstein encarna a consciência no corpo.

O que ela chama de psique é uma forma de


estruturação do organismo.
Conselhos de Goldstein
► Ao observar, não de nenhuma preferência especial
a qualquer aspecto especifico dos fenômenos.
Fique aberto e tão leve quanto possível nas
impressões.
► Tome grande cuidado descrevendo
compreensivelmente os fenômenos, o que ajuda a
evitar julgamentos indevidos.
► Considere todo fenômeno como um todo com
referencia ao organismo com a situação na qual
acontece.
Para Perls - O psíquico é a própria dinâmica do
corpo e não uma segunda coisa (natureza)

O psíquico é a forma como meu organismo se


organiza no meio.
O psíquico é a funcionalidade do próprio
corpo a forma como o corpo se organiza
no tempo.

O psíquico é a dinâmica do organismo /


meio. Logo a patologia Psíquica (Neurose)
é também física.
A capacidade de aprender a usar
símbolos agindo em imagem - Nível do
Pensar
PENSAR:
- Sonhar
- Imaginar
- Teorizar Fantasia - “Fantástico”
- Antecipar
Atividade Mental como atividade que a pessoa
total exerce num nível energético inferior
(menor) que das atividades físicas.

Assim Pensamentos e Ação são feitos da


mesma Matéria portanto podemos traduzir e
transpor de um nível para o outro
FAZER DE CONTA - ENSAIAR

IMAGINAR - REPRESENTAR - FAZER - LEVA A INTEGRAÇÃO

INTEGRAR - PENSAMENTOS - SENTIMENTOS E AÇÕES


Referências Bibliográficas
► HALL, C. S. E LINDZEY, G. Teorias da
personalidade. São Paulo: EPU, 1984
► LILIENTHAL, L.A. Educação: uma
possibilidade de atenção em ação. Tese de
Doutorado, Cap.3: São Paulo, 2004.
► Ribeiro, J. P. Gestalt terapia: Refazendo um
caminho. São Paulo: Summus Editorial,
1985.

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