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1 – Detectores de Partı́culas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1 Introdução aos Detectores de Partı́culas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Visão Geral de um Detector . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.3 Interação de partı́culas com a matéria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3.1 Ionização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3.2 Excitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3.2.1 Espalhamento Rutherford . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3.2.2 Variáveis de Mandelstam . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.2.3 Equação de Bethe-Bloch . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1
1 Detectores de Partı́culas
Revisando
Revisando
Capı́tulo 1. Detectores de Partı́culas 2
1.3.1 Ionização
γ = ∆E = Ecinética (1.3)
Esse processo libera fótons de baixa energia, que são úteis para os detectores. A
energia cinética máxima transferı́vel para um elétron depende da massa m0 e do momento da
partı́cula incidente. O momento da partı́cula incidente, é dado por:
p0 = γβm0 c, (1.4)
2me c2 β 2 γ 2
Emax = me me 2 (1.5)
1 + 2γ m0
+ (m 0
)
A energia total da partı́cula incidente pode ser escrita como:
E = (γ − 1)m0 c2 + m0 c2 = γm0 c2
Capı́tulo 1. Detectores de Partı́culas 3
me me
= 2E 2 2 1
2γ (1.7)
m0 m0 c
Supondo baixa energia, e que a partı́cula incidente tem massa muito maior que a do
elétron (m0 me ), a equação 1.5 pode ser escrita como:
A energia transferida para o elétron, pode ser maior que a energia de ionização do
átomo, criando assim elétrons livres e ı́ons positivos. Esses processos são aproximadamente
colisões elásticas. Podemos entender a perca de energia por ionização partindo da fórmula do
espalhamento Rutherford.
1.3.2 Excitação
Podemos usar a regra de ouro de Fermi, para calcular a taxa de transição do estado
do sistema, antes e depois da colisão:
2
wf i = 2π|hf |H 0 |ii| ρ(E), (1.9)
onde H 0 é hamiltoniana para a perturbação que causa transição de um estado inicial i para um
estado final f , e ρ(E) é a densidade de estados.
Tomando um volume unitário, podemos usar ondas planas para escrever o estado i e
f da partı́cula incidente como:
• ψi = exp(ik~i~r)
• ψf = exp(ik~f ~r)
Temos: Z
hf |H |ii = exp (ik~i~r)V (r)exp (−k~f ~r) d3~r
0
(1.10)
Z
0 ~ ~
hf |H |ii = e(i~r)(ki −kf ) V (r)d3~r (1.11)
Z1 Z2 α
V (r) = , (1.12)
r
onde α=e2 /(4π0 ) é a constante de estrutura fina.
Substituindo 1.12 em 1.11, e usando ~q = ~ki − ~kf :
Z
0 exp (i~q~r) 3
hf |H |ii = Z1 Z2 α d ~r (1.13)
r
Capı́tulo 1. Detectores de Partı́culas 4
Usando coordenadas polares esféricas tomando z como eixo de maneira que ~q·~r=qrcos(θ):
Z ∞ Z π Z 2π
0
hf |H |ii = Z1 Z2 α eiqr cos θ rsen(θ) dφ dθ dr (1.14)
0 0 0
Z ∞ Z π
0
hf |H |ii = 2πZ1 Z2 α eiqr cos θ rsen(θ) dθ dr (1.15)
0 0
Fazendo a mudança de variável: u = cos θ:
Z ∞ Z 1
0
hf |H |ii = 2πZ1 Z2 α eiqru r du dr (1.16)
0 −1
Z ∞
0 α
hf |H |ii = 2πZ1 Z2 (eiqr − e−iqr ) dr (1.17)
iq 0
α ∞ iqr
Z
−r
0
hf |H |ii = 2πZ1 Z2 (e − e−iqr ) e a dr (1.18)
iq 0
α ∞ r(iq− 1 )
Z
0 −r(iq+ a1 )
hf |H |ii = 2πZ1 Z2 (e a − e ) dr (1.19)
iq 0
Temos:
0 α 1 1
hf |H |ii = 2πZ1 Z2 1 − 1 (1.20)
iq ( a − iq) ( a + iq)
Para voltar ao potencial original faremos a → ∞, obtendo a matriz de elementos:
4πZ1 Z2 α
hf |H 0 |ii = (1.21)
q2
A densidade de estados, é dada pelo número de estados por unidade de energia[BARR;
DEVENISH; WEIDBERG,pg 33]:
dNf
ρ(E) = (1.22)
dEf
Capı́tulo 1. Detectores de Partı́culas 5
d3 p~f d3 p~f
dNf = = (1.25)
d3 p~ (2π)3
Expressando d3 p~f em cordenadas esféricas d3 p~f = pf 2 dp1 sin(θ)dθdφ = pf 2 dpf dΩ:
pf 2 dpf dΩ
dNf = (1.26)
(2π)3
Substituindo 1.26 em 1.22:
1 pf 2 dpf dΩ
ρ(E) = (1.27)
dEf (2π)3
dpf pf 2 dΩ
ρ(E) = (1.28)
dEf (2π)3
Substituindo 1.28 e 1.21 em 1.8, temos:
4(Z1 Z2 α)2 pf 2
dσ
vi dΩ = dΩ (1.32)
dΩ q4 vf
4(Z1 Z2 α)2 pf 2
dσ
= (1.33)
dΩ q4 (vf vi )
Considerando a massa do núcleo muito maior que a massa da partı́cula incidente, não
há recuo no momento da colisão, ou seja vf = vi :
4(Z1 Z2 α)2 pf 2
dσ
= (1.34)
dΩ q4 vf 2
pf
Usando a relação Ef
= vf , podemos reescrever a seção diferencial de choque:
4(Z1 Z2 α)2 Ef 2
dσ
= (1.35)
dΩ q4
dσ z 2 α2
= 8π , (1.36)
dQ2 (me βQ2 )2
onde β é a velocidade da partı́cula incidente, e z a carga de elétrons da partı́cula alvo.
O próximo passo é reescrever a seção diferencial de choque em termos da energia
cinética do elétron, resultante do espalhamento.
1 + 2 → 3 + 4, (1.37)
ou seja, o estado inicial é formado pelas partı́culas 1 e 2 , que após a interação, formam um
estado final 3 e 4.
A relação entre massa e quadrimomento, é dada por:
pi 2 = mi 2 (i = 1,...,4) (1.38)
Capı́tulo 1. Detectores de Partı́culas 7
p 1 + p2 = p3 + p4 (1.39)
p2 p1 + p2 2 = p3 p2 + p4 p 2 (1.40)
p 2 p1 = p3 p2 (1.41)
p2 2 = p 4 2 = m e 2 (1.44)
Q2 = 2me 2 − 2p2 p4
Usando T4 = E4 − me :
Q2 = 2me Te (1.48)
Capı́tulo 1. Detectores de Partı́culas 9
dσ 2πz 2 α2
= 2 2 2 (1.49)
dTe me β Te
A taxa de colisão por unidade de comprimento em um volume unitário, é dada por:
Z
dσ
Nσ = N dTe , (1.50)
dTe
onde N é o número de átomos por unidade de volume.
Estamos interessados na perda de energia de uma partı́cula incidente carregada, por
unidade de comprimento dE/dx. Ao entrar em contato com o material do detector, à partı́cula
incidente colidirá com N átomos de número atômico Z, a energia perdida a cada colisão é
Te Z. Podendo expressar dE/dx = N σTe Z :
Professor em relação a quantidade de energia perdida a cada colisão (Te Z), não ficou
muito claro o por que do Z.
Z Tmax
dE dσ
= N ZTe dTe (1.51)
dx Tmim dTe
Tmax
2πz 2 α2
Z
dE dT
= NZ ,
dx me β 2 Tmim dTe
onde Tmim está relacionado com a energia de ionização I, e da equação 4.8 para
c = 1, Tmax ≈ 2me β 2 γ 2 , temos:
2πz 2 α2 N Z 2me β 2 γ 2
dE
= ln (1.52)
dx me β 2 I
Professor, para finalizar essa parte falta apenas reescrever a equação considerando os
efeitos relativı́sticos, e adicionar os gráficos. Estou pensando em começar a segunda seção já
nos efeitos elétromagnéticos e por hora pular o espalhamento múltiplo, caso termine todos os
tópicos antes do prazo volto e adiciono o espalhamento múltiplo, o que acha?
10
Referências
AHMAD, A. Decay rates and cross section. In: . National Centre for Physics: [s.n.]. p. 39.
Citado na página 5.
BARR, G.; DEVENISH, R.; WEIDBERG, R. W. . T. Particle physics in the lhc era. In: .
Department of Physics, University of Oxford: [s.n.]. p. 403. Citado na página 4.
SHWARTZ, B. Particle detectors. In: . Faculty of Education, University of Cambridge 184 Hills
Road, Cambridge: [s.n.]. p. 677. Citado na página 2.