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sistema de decisões públicas que visa a ações ou omissões, preventivas ou corretivas, destinadas a
manter ou modificar a realidade de um ou vários setores da vida social, por meio da definição de
objetivos e estratégias de atuação e da alocação dos recursos necessários para atingir os objetivos
estabelecidos (SARAIVA, 2006, p. 29).
MATERIAL COMPLEMENTAR 1
Texto de Maria das Graças Rua
Isso nos leva a uma importante constatação: todo projeto social, todo
programa ou mesmo toda política pública tem um modelo causal,
uma teoria, geralmente implícita, sobre o problema e sua solução.
Todo projeto tem em si uma hipótese ou conjunto de hipóteses
vinculadas que orientam a intervenção. Uma certa concepção sobre
um problema, suas causas e conseqüências, justificam a escolha de
determinadas estratégias de ação.
Por exemplo, no caso dos idosos. Qual o problema que justifica a existência de
um projeto ou programa ou política pública dirigida a esse público? Supondo
que se queira desenvolver um programa para redução da vulnerabilidade da
pessoa idosa, o que se entende por vulnerabilidade? Quais as dimensões da
vulnerabilidade? Quais as causas dessas vulnerabilidades? E o que se pode
fazer para superá-las ou amenizar seus efeitos em determinada população?
O enfoque avaliativo pode auxiliar na proposição desse projeto. Mas desde já,
é importante observar o seguinte: a vulnerabilidade social vivencidada por
esses idosos, conforme descirto na situação acima, enquadra a percepção do
problema a ser enfrentado e, como consequência, enquadra tambem as
possiveis linhas de intervenção nesse problema, isto é, a solução dele.
Voltemos a discussão sobre o modelo causal dos projetos.
Geralmente, os critérios de escolha e os pressupostos “teóricos” não
são explicitados, o que fragiliza o planejamento das ações e
compromete os resultados: se não se tem clareza suficiente do
problema, de suas causas e conseqüências, ou dos meios a serem
viabilizados para sua superação, os projetos encontram-se em uma
situação de grande incerteza e risco, comprometendo a eficácia nos
resultados e a eficiência no uso dos recursos, e, no final das contas,
não contribuindo para reverter a situação que deu origem ao projeto.
Monitorar e avaliar são, portanto, práticas centrais quando se busca o compromisso com a
eficiência dos gastos públicos e com a efetividade das ações desenvolvidas.
Duração 07min07seg
Acesso https://youtu.be/nhxtuRIGRaM
Duração 06min08seg
Acesso https://youtu.be/vz3AEl_l8Ds
O fato é que quando se fala de objetivos deve-se ter claro que isso
constitui uma declaração de intenção, uma alteração desejada, um
cenário futuro. O que está, de fato, sob a governabilidade ou sob a
responsabilidade direta da gerência dos gerentes e técnicos de linha
é a produção dos componentes que o projeto entrega, a partir da
mobilização de atividades e insumos diversos. Frequentemente, a
literatura utiliza o termo resultados (outputs) ou produtos, para
identificar tais bens e serviços (PFEIFFER, 2000). De toda forma, tais
resultados referem-se ao que deve ser produzido ou ofertado, como
obras, serviços, estudos e capacitação, que são produzidos pelo
executor com orçamento previsto. Cada um dos componentes deve
ser necessário (senão estariam sendo desperdiçados recursos) e todos
juntos devem ser suficientes para alcançar o propósito (senão a
estratégia não é efetiva para equacionar o problema).
Hierarquia de objetivos
Interno ao âmbito Externo ao âmbito
da gerência da gerência
HIPÓTESE
Objetivo Objetivo
específico geral
ou
central
Avaliação de
processos
Problema
Monitoramento Avaliação de
resultados
Expediente
Texto Carla Bronzo Ladeira e Marcos Arcanjo Assis
Edição Max Melquíades da Silva
Projeto gráfico NEaD FJP
O conteúdo textual desta cartilha é de inteira responsabilidade de sua autora, e não reflete
necessariamente a opinião da Fundação João Pinheiro e da SEDPAC-MG.