Na última aula...

✓ O que são bordaduras?

➢ Áreas que servem para isolar sua área útil (onde serão feitas as avaliações)

✓ O que são fatores quantitativos e qualitativos?

➢ Quantitativos: aqueles classificados em escala numérica (doses, épocas...)
➢ Qualitativos: aqueles divididos em categorias (produtos, cultivares...)

✓ O que são tratamentos?

➢ São os níveis testados do fator (5 doses, 6 cultivares, 4 populações...)

✓ O que são variáveis?

➢ São as características avaliadas no experimento (PMG, POP, PROD...)

✓ Qual a função das repetições?

➢ Aumentar o número de estimativas obtidas → diminuindo o erro
 Tipos de delineamento

Prof. Msc. Gabriel Bressiani Melo

 Lógica experimental
A lógica experimental é manter condições idênticas para todas as
parcelas e variar apenas uma condição, sendo esta, seu tratamento.

Dessa forma, é possível concluir que tudo o que variar de uma parcela pra
outra é em decorrência do tratamento aplicado, já que o restante é igual
para todo mundo.
Ex.: Um experimento cujo fator
são doses de um adubo foliar Blocos 1 2 3 4 5 6
T1 T2 T3 T4 T5 T6
T2 T3 T4 T5 T6 T7
As parcelas terão: T3 T4 T5 T6 T7 T8
- Mesmo tamanho T4 T5 T6 T7 T8 T1
- Mesma população T5 T6 T7 T8 T1 T2
T6 T7 T8 T1 T2 T3
- Mesma adubação no solo
T7 T8 T1 T2 T3 T4
- Mesma cultivar 5 linhas T8 T1 T2 T3 T4 T5
- Mesma característica de solo
- Mesma data de plantio 6 metros
- Mesmo manejo fitossanitário
- Adubação foliar diferente
 Princípios da experimentação
▪ Repetição: fazer cópias dos tratamentos a fim de propiciar a obtenção de
uma estimativa do erro experimental

▪ Casualização: distribuição dos tratamentos de forma aleatória, de forma a

não induzir o favorecimento de nenhum deles

▪ Controle local: dividir um ambiente heterogêneo em subambientes

homogêneos, reduzindo o efeito do erro experimental

Utilizando esses três métodos, você minimiza ao máximo a interferência

externa sobre suas parcelas. Assim, você garante que o que ocorrer de
diferente entre elas, será em decorrência do seu tratamento.
 Tipos de delineamento
Inteiramente Casualizados
O delineamento é o arranjo das parcelas, ou seja, a forma como elas serão
distribuídas na área experimental. T1 T7 T6 T2

T3 T5 T3 T1

A escolha de cada delineamento depende das características do T7 T5 T4 T4

experimento e do local de condução T7 T2 T4 T8

T2 T2 T1 T8

Cada delineamento tem suas peculiaridades, e a escolha de cada um vai T8 T8 T7 T6

interferir na futura análise estatística T3 T4 T5 T6

T5 T6 T3 T1

Fator 1
Parcelas Sub-divididas Blocos Casualizados
Fator 2
Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4 Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4
Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 T1 T2 T3 T4
Nível 1 Nível 1 Nível 1 Nível 1
Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4 T2 T3 T4 T5

Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 T3 T4 T5 T6

Nível 2 Nível 2 Nível 2 Nível 2
Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4 T4 T5 T6 T7

Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 T5 T6 T7 T8

Nível 3 Nível 3 Nível 3 Nível 3
Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4
T6 T7 T8 T1

Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2 T7 T8 T1 T2

Nível 4 Nível 4 Nível 4 Nível 4
Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4 Nível 3 Nível 4
T8 T1 T2 T3
 Delineamento inteiramente casualizado (DIC)

Utilizado em condições experimentais mais homogêneas

T1 T7 T6 T2
✓ É o mais simples de todos
T3 T5 T3 T1

✓ Utiliza somente a casualização e repetição T7 T5 T4 T4

✓ Os tratamentos são distribuídos de forma aleatória T7 T2 T4 T8

T2 T2 T1 T8
✓ Mais utilizado em casa de vegetação, laboratório, viveiros, etc. T8 T8 T7 T6
(condições mais controladas)
T3 T4 T5 T6

✓ Análise estatística é mais simples T5 T6 T3 T1

✓ Tem menor estimativa da variação do erro experimental (pois não

tem controle local)
 Delineamento em blocos casualizados (DBC)

Utilizado em condições experimentais heterogêneas (variabilidade) Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4

T1 T2 T3 T4
Parcelas distribuídas aleatoriamente dentro dos blocos, de forma T2 T3 T4 T5
que cada bloco contenha todos os tratamentos
T3 T4 T5 T6

Neste delineamento ocorre o controle local (blocos) T4 T5 T6 T7

T5 T6 T7 T8
Finalidades:
T6 T7 T8 T1

✓ Criar ambientes mais homogêneos dentro da área experimental T7 T8 T1 T2

(uniformidade dentro de cada bloco) T8 T1 T2 T3

✓ Diminuir os efeitos da variação ambiental sobre os tratamentos Ambientes mais homogêneos

✓ Reduzir o erro experimental, reduzindo interferências externas

sobre os tratamentos

Obs.: Para garantir a homogeneidade dentro dos blocos, não se deve trabalhar com muitos tratamentos (limitação)!!
 Delineamento em blocos casualizados (DBC)

Bloco pode assumir diferentes desenhos

Para escolher o desenho é preciso levar em consideração a uniformidade da área, ou seja,

garantir que o bloco inteiro fique em uma área uniforme

Entretanto, quanto mais desuniforme é seu desenho, maior é a desuniformidade

(heterogeneidade) dentro do seu blobo
 Delineamento em parcelas sub-divididas
Utilizados somente em experimentos fatoriais (fator 1 x fator 2 ...)

Reduz o tamanho da área experimental necessária

Utilizado quando for impossível trabalhar com uma área experimental grande, ou, quando é impossível
cazualisar todo o experimento, ou seja, pelo menos um fator não pode ser controlado (ou sua mudança
é inviável) Ex.: pivô, tratamento de sementes (plantio mecanizado), diferentes cultivares (plantio
mecanizado), etc.
Fator 1
Fator 2
Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4
Nível 1 Nível 2 Nível 2 Nível 3 Nível 3 Nível 4 Nível 4 Nível 1
Nível 1 Nível 1 Nível 1 Nível 1
Nível 3 Nível 4 Nível 1 Nível 4 Nível 2 Nível 1 Nível 3 Nível 2

Nível 1 Nível 2 Nível 2 Nível 3 Nível 3 Nível 4 Nível 4 Nível 1

Nível 2 Nível 2 Nível 2 Nível 2
Nível 3 Nível 4 Nível 1 Nível 4 Nível 2 Nível 1 Nível 3 Nível 2

Nível 1 Nível 2 Nível 2 Nível 3 Nível 3 Nível 4 Nível 4 Nível 1

Nível 3 Nível 3 Nível 3 Nível 3
Nível 3 Nível 4 Nível 1 Nível 4 Nível 2 Nível 1 Nível 3 Nível 2

Nível 1 Nível 2 Nível 2 Nível 3 Nível 3 Nível 4 Nível 4 Nível 1

Nível 4 Nível 4 Nível 4 Nível 4
Nível 3 Nível 4 Nível 1 Nível 4 Nível 2 Nível 1 Nível 3 Nível 2
 Delineamento em parcelas sub-divididas
Exemplos:

TS
Doses de N foliar
Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4
0,5 kg ha-1 1,0 kg ha-1 1,0 kg ha-1 1,5 kg ha-1 1,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 2,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1
Fungicida Fungicida Fungicida Fungicida
1,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 1,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1 1,5 kg ha-1 1,0 kg ha-1

0,5 kg ha-1 1,0 kg ha-1 1,0 kg ha-1 1,5 kg ha-1 1,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 2,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1
Inseticida Inseticida Inseticida Inseticida
1,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 1,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1 1,5 kg ha-1 1,0 kg ha-1

0,5 kg ha-1 1,0 kg ha-1 1,0 kg ha-1 1,5 kg ha-1 1,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 2,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1
Nematicida Nematicida Nematicida Nematicida
1,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 1,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1 1,5 kg ha-1 1,0 kg ha-1

0,5 kg ha-1 1,0 kg ha-1 1,0 kg ha-1 1,5 kg ha-1 1,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 2,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1
Inoculante Inoculante Inoculante Inoculante
1,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1 2,0 kg ha-1 1,0 kg ha-1 0,5 kg ha-1 1,5 kg ha-1 1,0 kg ha-1

É inviável plantar parcela por parcela (gastaria muito mais tempo, ficaria impreciso, faria muita
compactação por conta das manobras), portanto, planta-se cada tratamento de sementes em faixa, e as
doses de N são casualizadas dentro das parcelas do TS.
 Resumindo
✓ A lógica experimental é manter condições idênticas para todas as parcelas,
variando apenas uma, o seu tratamento

✓ Repetição, casualização e controle local são os princípios que garantem o

mínimo de interferências externas

✓ DIC: delineamento inteiramente casualizado, onde todas as parcelas são

dispostas de forma aleatória na área experimental

✓ DBC: delineamento em blocos casualizados, onde as parcelas são

casualizadas dentro dos blocos na área experimental

✓ Parcelas sub-divididas: utilizada para experimentos fatoriais, onde há

casualização de um fator dentro de outro, que se mantém fixo