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Negroponte Vida Digital PDF
Negroponte Vida Digital PDF
São Paulo :
Companhia das Letras, 1995.
Outro aspecto destacado pelo autor diz respeito à lógica de pensar do modelo
econômico capitalista, que tem impedido, em alguns aspectos, o avanço da tecnologia.
Ainda na última parte, Negroponte dedica um capítulo para discutir a educação, que,
segundo a mesma lógica analógica, aposta num formato em que todos precisam
aprender as mesmas coisas. Discorrendo rapidamente sobre a proposta de Papert, aponta
que a nova lógica de pensamento que se apresenta requer que a educação se volte mais
para a valorização das diferenças, da criatividade, e do desenvolvimento da autonomia
frente a construção do conhecimento.
A vida digital
Introdução
Ao longo da introdução o autor apresenta dados sobre a expansão dos computadores e
demais suportes eletrônicos que permitem a digitalização das informações, sendo que a
primeira versão da obra data do ano de 1995. Aponta, também, um cenário para o início
do “novo milênio”, no que tange as formas de armazenamento e transmissão de
informação e de relacionamento social, provocando a leitura da obra.
“A informática não tem mais nada a ver com computadores. Tem a ver com a vida das
pessoas.” (Negroponte, 2002, p. 12)
“A multimídia interativa deixa muito pouco espaço para a imaginação. Tal e qual um
filme de Hollywood, a narrativa multimídia inclui representações tão específicas que
deixa cada vez menos espaço para a fantasia. A palavra escrita, ao contrário, estimula a
formação de imagens e evoca metáforas cujo significado depende sobretudo do leitor.
Quando lemos um romance, muito da cor, do som e do movimento provém de nós
mesmos. Eu acredito que esse mesmo tipo de expansão pessoal faz-se necessário para
sentir e compreender o significado da “vida digital” para cada um de nós”. (Negroponte,
2002, p. 13)
BIT
Canal de
transmissão.
Largura de
banda
Quantidade de
BITS
transmitidos
por segundo.
Maior Compressão
qualidade de dados
final
4 sinais
digitais x 1
sinal
analógico
Do pingo à chuvarada
“Largura de banda é a capacidade de enviar informação por um determinado canal.”
(Negroponte, 2002, p. 27)
Condutores de bits
Mais é menos
Transportando bits
Propõe que se repense a forma de cobrar pelo “transporte de bits”. Em vez de pagar pela
banda, que no posicionamento do autor, deveria ser gratuito, pagar-se-ia pelo tipo de
conteúdo da transmissão. Ex.: filme, monitoramento médico. Pelo valor dos dados
transmitidos.
Parte 2 – Interface
A interface multimodo
“A ‘facilidade de uso’ tem constituído uma meta tão obrigatória que, às vezes, nos
esquecemos de que muitas pessoas simplesmente não querem usar a máquina: querem
que ela desempenhe uma tarefa.” (Negroponte, 2002, p. 100)
O autor considera que a tela sensível ao toque pode e deve ser estudada enquanto uma
forma de comunicação com a máquina.
- Elementos paraverbais
Um dos problemas do reconhecimento por voz está nos elementos paraverbais, próprios
de cada ser humano.
O autor afirma que um dos limites para a miniaturização dos recursos tecnológicos é a
capacidade humana em lidar com os mesmos. Acredita também que no futuro a
interface gráfica será dispensável.
“O canal de voz carrega não apenas o sinal, mas também todas as características que o
acompanham, conferindo-lhe os traços da compreensão, da intencionalidade, da
compaixão ou do perdão. Dizemos que alguém ‘soa’ honesto, que um argumento ‘soa’
suspeito ou que algo não ‘soa’ próprio de fulano de tal. Embutido no som, encontram-se
informações acerta dos sentimentos.” (Negroponte, 2002, p. 143)
“Os agentes de interface precisam aprender a evoluir ao longo do tempo, como nossos
amigos e assistentes humanos.” (Negroponte, 2002, p. 149)
Negrfoponte afirma que a transmissão em tempo real não será a tônica da vida digital,
possibilitando maior personalização do acesso à informação e ao entretenimento.
“Esse novo veículo quase dialógico é, de fato, muito diferente de escrever cartas. É
muito mais que um correio rápido, Com o correr do tempo, as pessoas encontrarão
diferentes estilos na sua utilização.” (Negroponte, 2002, p. 082)
- Netiqueta
“O e-mail é um estilo de vida que causa grande impacto na maneira como trabalhamos e
pensamos. Uma consequência bastante específica disso é a mudança no ritmo do
trabalho e do lazer.”
Neste capítulo o autor tece uma crítica ao sistema formal de educação, que procura
unificar as aprendizagens de grupos de pessoas.
“Talvez nossa sociedade tenha muito menos crianças incapazes de aprender e muito
mais ambientes incapazes de ensinar do que hoje percebemos.” (Negroponte, 2002, p.
189)
O autor acredita que o computador pode contribuir para mudar esta realidade
educacional. Para tanto, destaca a proposta de Papert, na década de 1960).
“Na década de 1960, grande parte dos pioneiros no emprego dos computadores na
educação defendia o infeliz binômio exercício/prática, utilizando computadores para,
numa base de um para um e em seu próprio ritmo, ensinar com maior eficácia os
malditos fatos de sempre às crianças. Hoje, com a coqueluche da multimídia, temos
fanáticos do binômio exercício/prática que pensam que podem colonizar a energia de
um videogame para esguichar ainda mais informação na cabeça das crianças, com uma
maior – como dizem – produtividade.
Em 11 de abril de 1970, Papert comandou um simpósio no MIT intitulado “Ensinando
crianças a pensar”, na qual propunha a utilização dos computadores como mecanismos
que as crianças ensinariam e, ensinando, aprenderiam.” (Negroponte, 2002, p. 189)