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Marcelino António

Trabalho Individual de Metodologias de Investigação Cientifica

Universidade Rovuma
Nampula
2020

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Marcelino António

Motivação para o estudo

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Metodologia de Investigação Cientifica,
1°Ano, no curso de Licenciatura em Ensino
Básico, leccionada por: MA. Laurentino
Tarcísio

Universidade Rovuma

Nampula

2020

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Índice
Introdução....................................................................................................................................4

Motivação para o estudo..............................................................................................................5

Motivação para aprender..............................................................................................................5

Motivação intrínseca/integrativa e extrínseca/instrumental.........................................................6

Influência da motivação no processo de ensino-aprendizagem...................................................7

Métodos de motivação utilizados.................................................................................................8

Pontos positivos e negativos da metodologia utilizada no processo de motivação dos alunos...8

Conclusão...................................................................................................................................10

Referências Bibliográficas.........................................................................................................11

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Introdução

O trabalho em referência é um resumo ou síntese do Tema previamente referenciado ou seja


descrição sobre Motivação para o estudo. De forma prévia, sintética e sumária, aqui procura-se
versar desses aspectos em referência e que pelo elevado teor dos pontos podemos considerar
como não sendo um trabalho finalizado o que remete a consulta de outras referências
bibliográficas para mais aprofundamento a volta do tema. Apesar de tudo espero ter alcançado o
essencial versando sobre o assuno, desta feita, convido e desejo ao alocutário para que tenha uma
leitura minuciosa.

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Motivação para o estudo

A motivação é o conjunto de mecanismos biológicos e psicológicos que possibilitam o


desencadear da acção, da orientação, para uma meta ou, ao contrário, para se afastar dela e,
enfim, da intensidade e da persistência: quanto mais motivada a pessoa está, mais persistente e
maior é a actividade”. (Lieury & Fenouillet, 2000, p. 9).
No campo educacional, os estudos com base nessa teoria têm buscado compreender como os
estudantes pensam em si próprios, nas suas tarefas e no seu desempenho (Darnon, Harackiewicz,
Butera, Mugny, & Quiamzade, 2007.

Gouveia, Diniz, Gouveia, & Cavalcante, 2008; entre outros). Esses pesquisadores consideram
que o tipo de orientação de meta predominante no estudante interfere na maneira como ele trata
as tarefas escolares.

Motivação para aprender

A motivação, ao lado disso, se insere no estudo, porque influencia o envolvimento ou a


persistência nas tarefas de aprendizagem. E uma das teorias sobre motivação que se apresentam
na literatura é a Teoria da Autodeterminação, em que Deci e Ryan (1985), primeiramente
diferenciavam a motivação humana em intrínseca, o prazer da prática da actividade em si é a
motivação e extrínseca, a consequência é determinante para a motivação do comportamento.
Continuando em suas pesquisas empíricas, Deci e Ryan (1985; 1991) perceberam a possibilidade
de se distinguirem diversos estilos de regulação do comportamento humano, podendo a própria
motivação extrínseca ser, até certo ponto, auto determinada, ou seja, variar em função do nível
de autodeterminação ou autonomia, superando, portanto, a dicotomia. Internalização das
regulações externas parecem ser as palavras-chave, pois indicam que quanto mais intensa for a
autodeterminação do comportamento, maior a qualidade da motivação.

A Teoria da Autodeterminação, apresenta uma continuação de autodeterminação (Reeve, Deci,


& Ryan, 2004) com seis estilos de motivação, que variam qualitativamente, dependendo do grau
da internalização das regulações externas do comportamento. Inicia-se com o nível de
desmotivação, caracterizado pela ausência de intenção, da motivação ou do pensamento
proactivo. Os estilos de motivação extrínseca seguem à desmotivação, sendo eles por regulação
externa, o comportamento é controlado por recompensas ou ameaças, aparece como o primeiro

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nível da internalização; identificada, o comportamento é motivado pela satisfação que os
resultados produzem; e integrada, estilo comprometido com a vontade.

Naturalmente, então, conclui-se que o aluno competente precisa necessariamente estar motivado
intrinsecamente, ou seja, ter o prazer pela actividade em si, sendo auto determinado e autónomo,
ou ao menos que esteja perto disto, sendo motivado por uma regulação externa identificada, que
traga satisfação a ele pelos resultados que produz (Reeve, Deci & Ryan, 2004). Mostra-se assim
uma convergência entre as duas escalas.

Motivação intrínseca/integrativa e extrínseca/instrumental

A motivação para a aprendizagem pode ter como origem o interesse, gosto e curiosidade naturais
do aprendente pela língua estrangeira: a possibilidade de comunicar com os falantes devido à
empatia pela língua e cultura; a vontade em aprender pelo desafio em si mesmo, descurando
factores ou recompensas exteriores. A propósito deste tipo de motivação, intrínseca, Deci e Ryan
referem:

A motivação intrínseca é considerada como o género de motivação mais natural, uma vez que vai
de encontro, Contrariamente à motivação intrínseca, a motivação extrínseca é caracterizada
como um tipo de motivação que se rege por razões de foro exterior. A acção é guiada não pelo
interesse genuíno do aprendente, mas por motivos que se prendem com a obtenção de resultados
que a aprendizagem da língua estrangeira permite. Estes dois tipos de motivação, embora
considerados frequentemente como antagónicos, contribuem para a aprendizagem da língua
estrangeira, na medida em que se constituem como um par complementar.

No entanto, a motivação intrínseca é a mais valorizada e igualmente a mais difícil de alcançar,


por se revestir como uma forma pura de motivação. As razões que condicionam a acção do
aprendente podem ter simultaneamente características da motivação intrínseca e extrínseca,
sendo que a aprendizagem, desta forma, é movida quer por factores de ordem integrativa quer de
ordem instrumental. Os primeiros constituem a motivação integrativa (intrínseca) e os segundos
a motivação instrumental (extrínseca).

Esta é considerada como um meio para se atingir um fim. O aprendente pode ter como razões
para a sua aprendizagem a possibilidade de alcançar melhores notas, querer agradar os pais e

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professores ou a intenção de investir no seu futuro, numa carreira profissional aos interesses
genuínos dos aprendentes.

Segundo Gardner e Lambert (1972), pioneiros nos estudos sobre a motivação para a
aprendizagem de uma língua estrangeira, a motivação de ordem integrativa é a orientação
privilegiada que deve encaminhar os aprendentes aquando da sua aprendizagem. Quando a
motivação tem uma orientação instrumental, a aprendizagem é concebida como um meio para
chegar a um fim. Ambas as orientações, integrativa e instrumental, e tipos de motivação,
intrínseco e extrínseco, podem estar presentes no aprendente, conferindo sucesso nas suas
aprendizagens.

Segundo a professora os principais componentes para a motivação no ensinoaprendizagem são “a


interação do cognitivo, do afetivo, do educativo e do instrutivo”. Suas principais ações utilizadas
para motivar seus alunos são: “passar sentimento de controle e segurança, definição de objetivos,
passeios educativos, recompensas, responsabilidades, trabalho em grupo, reflexões, conhecer o
interesse dos alunos, determinar metas alcançáveis, feedback e oportunidades de evoluir”. A
professora acredita que “professores e pais devem estar animados e entusiasmados em relação ao
ensino-aprendizagem”, pois, “como para aprender precisa de acção, o resultado da acção com
motivação será aprendizagem”. Ela ressalta que com o fracasso do aluno procura “motivar ainda
mais para que continuem sempre obtendo sucesso”, e com o fracasso procura “mostrar o
caminho para o sucesso”.

As acções que ela acredita que deveriam ser implantadas para motivar seus alunos seriam:
“manter motivação, demonstrar afeto, interagir, evitar rótulos, passar segurança, avaliar sempre,
recompensar, enfim investir na relação professor aluno e ensino-aprendizagem”.

Influência da motivação no processo no Estudo

É possível perceber que importância da motivação na vida acadêmica do aluno. Definem a


motivação como responsável por direcionar seus alunos. Ressaltam que, esta é primordial para o
processo de aprendizagem, determina a motivação capaz de despertar, no aluno, prazer em
aprender. Ainda alega que a motivação é capaz de definir a aprendizagem para o aluno. Diante
disso é possível notar que os alunos são motivados e suas educadoras têm em mente a
importância desta para o processo de estudo, o que resulta em melhores resultados.

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Métodos de motivação utilizados

Percebe-se que as professoras utilizam métodos diferentes para motivar seus alunos. Isso se
justifica pelo fato de cada uma ter um pensamento diferente em relação à motivação. Mesmo que
estes pensamentos sejam similares possui diferenças como dar autonomia para o aluno ou estar
sempre presente em suas actividades. As professoras trabalham com a mesma metodologia
quando se trata do fracasso e o sucesso do aluno. Uma vez que o aluno tem bons resultados são
incentivados e elogiados, isso está relacionado com a motivação intrínseca, uma vez que quando
elogiado adquire interesse em determinada tarefa, por outro lado, isso faz com que a motivação
seja desfocada de outras matérias e permaneça naquela que o aluno teve o melhor desempenho.

Nas técnicas motivacionais utilizadas, percebe-se a predominância da motivação extrínseca. A


mesma busca sempre passar o sentimento de confiança para os alunos, mas também ressalta
definir metas e objectivos, recompensas, responsabilidades, trabalho em equipe, reflexões e
feedback. Mesmo assim fornece passeios educativos e busca conhecer os interesses dos alunos.
Percebe-se que mesmo sendo uma forma mais rigorosa de trabalhar, ela busca fazer isto de
maneira consciente, uma vez que sabe que se preocupa com os interesses dos alunos O fato de os
alunos desta turma terem uma idade mais avançada, reflecte no aumento das suas
responsabilidades, que também são necessárias para a preparação do mesmo para o mercado de
trabalho.

Pontos positivos e negativos da metodologia utilizada no processo de motivação

É possível perceber que os docentes têm conhecimento da importância da motivação, assim


como adoptam técnicas para despertá-la em seus alunos. Algumas percebem que ainda existem
alunos desmotivados em suas turmas, por isso é necessário identificar o motivo. É importante
ressaltar a necessidade de ter uma sincronia entre alunos, professores, escola e ambiente familiar,
pois são inúmeras variáveis que, encontradas nestes ambientes, determinam o sucesso no
processo de ensino-aprendizagem. Percebe-se que os docentes utilizam como técnicas
motivacionais: correlação com o real, sucesso inicial, reconhecimento da utilidade da matéria,
conhecimento preciso dos objectivos de cada aula, personalidade do professor, sucesso e
interesse para os alunos. Estas técnicas foram citadas pelas professoras, mas não necessariamente
utilizadas por todas.

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A utilização de técnicas de motivação extrínseca utilizadas é um ponto positivo para seus alunos,
uma vez que, futuramente, estes terão que lidar diariamente com obrigações, metas e objectivos..
Pois a motivação de um aluno é modelada durante todo o processo de ensino-aprendizagem, que
se inicia desde os primeiros anos na academia até sua última formação. Outro ponto importante é
o facto de muitos alunos não terem seu apoio familiar.

De acordo com Maslow a pessoa só estará motivada a medida que satisfazer todas suas
necessidades anteriores, sequenciando-se por: fisiológicas, segurança, sociais, auto-estima e auto
realização. Compreende-se que a escola esteja no topo da pirâmide, como necessidades de auto
realização, ou seja, conhecimento e aperfeiçoamento, por isso existe a grande dificuldade de
sucesso dentro deste processo. Portanto, sugere-se que a escola tenha um contacto mais próximo
com os estudantes, pois desta maneira será possível analisar os motivos que os levam ao fracasso
no processo de ensino-aprendizagem. Ter mais interacção aumenta a dinâmica entre suas
técnicas utilizadas. Mas nada disso seria válido sem o apoio familiar, por isso nota-se uma
grande necessidade da família estar mais presente na trajectória académica do aluno. Percebe-se
que a motivação está presente na vida académica destes alunos. Existe conhecimento apurado da
importância da mesma, e buscam métodos para facilitar a interacção do aluno com a matéria e
utilizam técnicas voltadas tanto à motivação extrínseca como intrínseca.

Contudo, compreende-se que estas técnicas nem sempre são eficientes com todos os alunos, pois
identificam estudantes desmotivados em suas turmas. Nota-se a desmotivação dos alunos
acontece por factores externos, pois como ressalta as professoras muitos destes não possuem
estrutura familiar.

Maslow mostra esta necessidade, uma vez que a auto realização (conhecimento e
aperfeiçoamento) é a ultima na escala hierárquica, dependendo de alimentação, repouso, sexo,
abrigo, protecção, aceitação, amizade, afecto, aprovação, respeito e prestígio, para se tornar uma
necessidade. Caso o aluno não perceba o aprendizado como uma necessidade dificilmente as
técnicas, seja de motivação intrínseca ou extrínseca, surtirão efeito.

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Conclusão

Conclui-se que a motivação não depende apenas de métodos e técnicas motivacionais utilizadas
dentro do estudo. É importante que os docentes tenham, além do apoio da escola, uma dinâmica
de trabalho para sempre garantir o progresso do estudante. A utilização de técnicas de motivação
extrínseca utilizadas é um ponto positivo para os estudantes, uma vez que, futuramente, estes
terão que lidar diariamente com obrigações, metas e objectivos. A aproximação com o ambiente
familiar se torna primordial dentro deste processo, surgindo como factor determinante de
motivação e sucesso no Estudo.

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Referências Bibliográficas

GUIMARÃES, S., BZUNECK, J., & Joly, M. (2010). Escala de Motivação Acadêmica (EMA).
Manuscrito não publicado.

KAUARK, Fabiana; MUNIZ, Iana. Motivação no ensino e na aprendizagem: competências e


criatividade na prática pedagógica.2 ed. Rio de Janeiro:Wak,2011.

LIMA, Sandra Vaz. A importância da motivação no processo de aprendizagem. 2016.

MANZINI, Carla Helena G. Motivação no contexto escolar e desempenho académico. 2016.

AZEVEDO, Â., & FARIA, L. (2006). Motivação, Sucesso e Transição para o Ensino Superior.
Psicologia, 20(2), 69–93

BORUCHOVITCH, E. (2008). A motivação para aprender de estudantes em cursos de


formação de professores. Educação, 31(1), 30–38

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