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EQUAÇÃO APLICADA ACIDENTE DE TRÂNSITO

1 Fórmulas para Atrito


Coeficiente de atrito (µ) - Valores práticos aproximado para automóveis durante a frenagem

Condições do Tipos do Pavimento


tempo Asfalto Paralelepípedos Barro Pedra
Rugoso Liso Áspero Liso Concreto mole Areia grossa
Seco
0,8 0,5 0,7 0,6 0,7 ......... 0,55
Molhado
0,7 0,4 0,5 0,3 0,4 0,1 0,40
Obs: em pista com aclive ou declive deve-se soma ou diminuir o µ com a tangente do ângulo.

Coeficiente de atrito (µ) - Valores práticos aproximado situações especiais

Situação Coeficiente de atrito


Caminhonete deslizando sobre sua lateral sobre concreto 0,3-0,4
Veículo de passageiros deslizando sobre seu teto sobre concreto 0,3
Veículo de passageiros deslizando sobre seu teto sobre asfalto rugoso 0,4
Veículo de passageiros deslizando sobre seu teto sobre cascalho 0,5-0,7
Veículo de passageiros deslizando sobre seu teto sobre grama seca 0,5
Superfície metálica (larga e ampla) deslizando sobre asfalto 0,4
Superfície metálica (larga e ampla) deslizando sobre terra batida seca 0,2
Superfície metálica (larga e ampla) deslizando sobre superfície metálica 0,6
Veículo com veículo (abalroamento) 0,55
Freio motor com macha pesada (Baixa) 0,1
Freio motor com macha leve (Alta) 0,1-0,2
Resistência ao rolamento com pneus calibragem normal 0,01
Resistência ao rolamento com pneus calibragem parcial 0,013
Resistência ao rolamento com pneu secos (furado) 0.017
Motocicleta deslizando sobre sua lateral no asfalto 0,55-0,7
Corpo humano deslizando 1,1
Corpo humano rolando 0,8

Força de atrito

Fa = µ . N ou Fa = µ . m . g
Fa: Força de atrito
µ: Coeficiente de atrito
m: Massa
g: Gravidade
Cálculo de ângulo

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2 Fórmulas para velocidade em colisão ou choque

Vt2 = Va2 + Vd2 + Vr2

Vt = Velocidade total
Vd = Velocidade de danos
Va = Velocidade arrastamento ou frenagem (ante de colisão)
Vr = Velocidade residual (após a colisão)

Velocidade de arrastamento e residual

V = 15,9 √ µ . d
V: Velocidade

µ: coeficiente de atrito
d: Distancia de frenagem ou residual

Obs: V em Km/h e d em metros

Distância de frenagem média

dfm = d . (nº de rodas bloqueadas)


I – Para os quatro pneumáticos bloqueados:
(nº de rodagem)

Va = 15,9 √ µ . dfm ; para obter seu valor

Velocidade de danos

1.0 – Entortar a pára-choque na ponta.......... 50 Km/h


2.0 – Entortar pára-choque no centro........... 15/20 Km/h
3.0 – Entortar pára-choque na saia............... 15/20 Km/h
4.0 – Desfazer (quebrar) pára-lama.............. 05/10 Km/h
5.0 – Desfazer (rasgar) pára-lama................ 10 Km/h
6.0 – Desfazer (arrancar) pára-lama............. 15 Km/h
7.0 – Afundar grade e radiador..................... 30/35 Km/h
8.0 – Afundar grade e colméia...................... 40/45 Km/h
9.0 – Arrancar suspensão.............................. 40/45 Km/h
10.0 – Arrancar roda diretriz........................... 40/45 Km/h
11.0 – Arrancar roda motriz............................ 50/60 Km/h
12.0 – partir longarina..................................... 50/60 Km/h
13.0 – Arrancar motor dos calços................... 60/70 Km/

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Velocidade no instante de colisão ou choque (Frenagem)

Vic = √ Vt - 2µ .g. df

Vic: Velocidade no instante da colisão


Vt: Velocidade Total
µ: Coeficiente de atrito
df: Distância de frenagem
g: Gravidade

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Quantidade de movimento (Q)

Q=V.m

Q = quantidade de movimento (Kg.m/s)


V = velocidade
m = pesso do veículo

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Estimativas de velocidades:

Considerando a intensidade da colisão e tudo o que foi examinado, os peritos


passam a estimar as velocidades em que os veículos envolvidos estavam animados
no momento imediatamente anterior à colisão, baseados no Princípio Físico da
Conservação da Quantidade de Movimento, onde são utilizados como variáveis de
cálculo as massas dos veículos, os ângulos das trajetórias dos veículos
anteriormente e posteriormente ao acidente e os deslocamentos dos mesmos após
a colisão, sendo adotado o seguinte:
Coeficiente de atrito de rolamento do V-1 sobre o pavimento (µ) = 0,1
Coeficiente de atrito de arrastamento tombado do V-2 sobre o pavimento (µ) = 0,2
Massa do V-1 com o condutor (m1) = 937 + 70 = 1007 Kg
Massa do V-2 com o condutor (m2) = 1060 + 70 = 1130 Kg
Ângulo de entrada do V-1 (a1) = 0 grau (alinhado com a sua direção de
deslocamento)
Ângulo de entrada do V-2 (a2) = 90 graus (perpendicular à direção do V-1)
Ângulo de saída do V-1 (b1) = 45 graus (desvio após colisão, em relação à
trajetória original)
Ângulo de saída do V-2 (b2) = 45 graus (desvio após colisão, em relação à
trajetória original)
Deslocamento do V-1 após a colisão (d1) = 10 metros (aproximadamente)
Deslocamento do V-2 após a colisão (d2) = 88 metros (medido)

As velocidades dos veículos após colidirem (u1 e u2) foram calculadas pela
expressão
u = √(2 x µ x 9,8 x d)
resultando u1 (velocidade do V-1 após a colisão) = 4,4 m/s ou 15,9 Km/h
u2 (velocidade do V-2 após a colisão, transferida do V-1) = 18,6 m/s ou
66,9 Km/h

Finalmente, as velocidades anteriormente ao acidente:


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Velocidade inicial do V-1
V1 = (u1 x sen (a2 - b1) + (m2 / m1) x u2 x sen (a2 – b2)) / sen (a2 – a1)

V1 = 24,0 m/s ou 86,3 Km/h

Velocidade inicial do V-2


V2 = ((m1 / m2) x u1 x sen (b1 – a1) + u2 x sen (b2 – a1)) / sen ( a2 – a1)

V2 = 2,8 m/s ou 10,0 Km/h

Os peritos consideraram os deslocamentos dos veículos após a colisão pelas


marcas deixadas pelo V-2 sobre a pista, assumindo como sendo os deslocamentos
aproximados dos centros de massa dos veículos, e consideraram que o V-1 se
deslocou em rolamento livre sem frenagem por cerca de 10 metros, em razão de
que o veículo não foi encontrado em sua posição final de repouso, o que é uma
estimativa conservadora pois qualquer deslocamento superior a este aumentará o
resultado do cálculo de velocidade anterior à colisão. Exemplificando: Se o
deslocamento considerado fosse zero, ou seja, se toda a energia cinética do V-1
fosse transferida para o V-2, a velocidade inicial obtida seria de 75 Km/h. Se o
deslocamento adotado fosse 50 metros, a velocidade obtida seria 100 Km/h.
Finalmente o modelo considerou que o V-2 se deslocou tombado, apoiado
lateralmente, por todo o trecho compreendido entre o sítio da colisão e sua
posição final de repouso. Portanto, os resultados obtidos estimam
conservadoramente as velocidades efetivamente desenvolvidas pelos veículos no
acidente, sobretudo do veículo V-1, por ter sido o principal elemento fornecedor
da energia cinética total do sistema (colisão do V-1 contra o V-2), porém são
aproximações razoáveis para dar idéia da dinâmica do acidente.

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Energia dos veículos numa colisão

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3 Fórmula para velocidade critica em curvas

Raio da curvatura

Velocidade critica em curvas

F: força centrifuga
µ: coeficiente de atrito
m: massa
g: gravidade
r: Raio da cruva
V: Velocidade crítica de curva

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4 Fórmulas para velocidade de atropelamento

Tempo de frenagem
tf = Vt - Vic / µ . g

Vic: Velocidade no instante da colisão


Vt: Velocidade Total
k: Coeficiente de atrito
tf: tempo de frenagem
g: Gravidade

Tempo base em atropelamento

tb = x / Vp

tb : Tempo base
x: Distancia em metros percorridos pelo pedestre
Vp: Velocidade do pedestre

Tempo de reação
tr = tb - tf

Ponto de Percepção Possível

PPP = Vt . tr + ( V2 / 2. g. µ)

V: Velocidade total
tr: tempo de reação
g: Gravidade
µ: Coeficiente de atrito

Ponto de Não Escapada

PNEC = Vp . tp + ( V2 / 2. g. µ) e PNEv = Vt . tp + ( V2 / 2. g . µ)

Vp: Velocidade de placa


Vt: Velocidade total
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tr: tempo de percepção
g: Gravidade
µ: Coeficiente de atrito

Velocidade de projeção de pedreste

Vi = [(2µ .g. d) / (1 + µ2)]1/2

Vi: Velocidade de impacto


µ: Coeficiente de atrito
d: Distância de projeção
g: Gravidade

5 Formula para velocidade de salto e velocidade de voo

Vs = 7,97 . d / √ h + (d . e)

Vs: Velocidade de salto


d: distância horizontal do centro da massa do ponto de partida ao ponto de impacto
h: Altura ou distância vertical do centro da massa do ponto de partida ao ponto de impacto
e: ângulo de salto (sendo positivo para aclive e negativo para declive)

Vv = 11,27 . d / √ d + h

Vs: Velocidade de voo


d: distância horizontal do centro da massa do ponto de partida ao ponto de impacto
h: Altura ou distância vertical do centro da massa do ponto de partida ao ponto de impacto

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6 Procedimento para cálculos de atropelamento

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7 Procedimento de calculo de velocidade em colisão

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1. Cálculo da velocidade residual (após a colisão) e a velocidade de frenagem (se houver)
dos veículos V1 e V2

V = 15,9 √k . d

2. Cálculo da quantidade de movimento final (pós-colisão) dos veículos V1 e V2.

Q1 = V . m e Q2 = V . m

3. Cálculo do componente horizontal do vetor de quantidade de movimento dos veículos


V1 e V2.

Q1x = Q1 . Cos α1 e Q2x = Q2 . Cos α2

4. Cálculo do componente vertical do vetor de quantidade de movimento dos veículos V1


e V2.

Q1y = Q1 . Cos α1 e Q2y = Q2 . Cos α2

5. Cálculo do componente horizontal do vetor de quantidade de movimento dos veículos


V1 e V2.

Qfx = [(Q1x)2 + (Q2x)2 + 2 . Q1x . Q2x]1/2

6. Cálculo do componente horizontal do vetor de quantidade de movimento dos veículos


V1 e V2.

Qfy = [(Q1y)2 + (Q2y)2 + 2 . Q1y . Q2y]1/2

7. determinar então a velocidade no instante da colisão para ambos os veículos.

V1ic = Qfx / m e V2ic = Qfy / m

8. Determinar a velocidade no inicio da frenagem sem de cada veículo ante de colisão

Obs.: df é a distância de frenagem

9. Determinar a velocidade de dano de cada veículo.

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Obs.: O Ef e Vf nessa tabela são referente a energia residual e velocidade residual, pois
é determinada após a colisão.

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