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Índice

Pag.

1. Introdução ................................................................................................................................ 2

2. Definição afogamento e epidemiologia ................................................................................... 3

3. Fisiopatologia do afogamento ................................................................................................. 4

4. Cadeia de sobrevivência do afogamento ................................................................................. 4

5. Primeiros socorros nas escolas e comunidades ....................................................................... 7

5.1. Métodos de ventilação dentro da água ................................................................................. 8

5.1.1. Sem equipamento ............................................................................................................. 8

5.1.2. Com equipamento ............................................................................................................ 9

5.1.3. Técnica para resgate e imobilização da coluna cervical sem equipamento ..................... 9

5.1.4. O transporte – a transição da água para areia ................................................................. 10

6. Suporte básico de vida no seco - areia ou piscina ................................................................. 11

7. Conclusão .............................................................................................................................. 15

8. Referências bibliográficas ..................................................................................................... 16

9. Anexos ................................................................................................................................... 17

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1. Introdução

O presenta trabalho de pesquisa da disciplina de Metodologia de Ensino de Educação Física,


que se assenta no tema Afogamentos” primeiros socorros “. Actualmente, o número de óbitos
por afogamento em todos países supera os 6.500 casos por ano, isto sem falar nos acidentes não
fatais que chegam a mais de 100.000. Nossas crianças, infelizmente, são as maiores vítimas
dessa situação, pois tem entre 1 e 9 anos de idade, o afogamento como segunda causa de morte.
Esses dados demonstram a ocorrência de uma catástrofe anual que necessita ser interrompida.

É a aspiração de líquido causado por submersão ou imersão. O termo aspiração refere-se à


entrada de líquido nas vias aéreas (traqueia, brônquios ou pulmões), e não deve ser confundido
com “engolir água”.

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2. Definição afogamento e epidemiologia

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define afogamento como a aspiração de líquido não
corporal causado por submersão2 ou imersão3. Esse novo conceito foi discutido e apresentado
durante o Congresso Mundial Sobre Afogamento (The World Congress on Drowing – WCOD)
realizado em Amsterdão, Holanda, em 2002. Desde então, alguns termos confusos e obsoletos
foram eliminados, como “quase afogamento”, “afogamento seco”, “afogamento primário e
secundário” e “afogamento activo ou passivo”.

A definição de resgate é quando a pessoa é retirada da água, sem sinais de aspiração de líquido;
ou seja, não há evidência de insuficiência respiratória, sendo considerado, portanto, um caso de
resgate na água, e não um afogamento.

Se não existem chances de iniciar a reanimação porque a pessoa está submersa por tempo maior
que uma hora ou existem sinais evidentes de morte (rigidez cadavérica, presença de livores ou
decomposição corporal), utilizamos a expressão “já cadáver por afogamento”.

Quando houve aspiração de líquido, a pessoa foi salva e o processo de afogamento


interrompido, trata-se de um caso de afogamento não fatal; se o indivíduo morre como resultado
do afogamento, estamos diante de um caso de afogamento fatal.

Em meninos de 5 a 14 anos de idade, o afogamento aparece como a principal causa de morte no


mundo. Nos Estados Unidos, esse trauma representa a segunda causa de morte na faixa etária de
1 a 4 anos de idade.

O maior número de afogamentos com morte ocorre em água doce (mais de 70%), e não na orla.
A submersão em piscinas é mais frequente em crianças, especialmente nos menores de 10 anos e
principalmente em casa ou em seu entorno. Esses afogamentos em água doce ocorrem, na
maioria das vezes, em piscinas, lagos ornamentais, valas, poços, caixas de água sem tampa,
pequenos riachos, banheiras, baldes e tanques; fato intimamente relacionado à falta de supervisão
dos pais ou responsáveis.

Ressalta-se que para cada pessoa que morre afogada, outros quatro casos não fatais são
internados em serviços de emergências.

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3. Fisiopatologia do afogamento

Uma pessoa que está se afogando não consegue prender a respiração e manter a cabeça fora da
água por muito tempo. Ao ser forçada a respirar, determinada quantidade de água é aspirada para
as vias aéreas, e a tosse ocorrerá instantaneamente, como resposta reflexa, numa tentativa de
proteger o organismo. A laringe pode sofrer espasmo (laringoespasmo), embora seja um evento
raro (menos de 2%), e logo essa sensação de sufocamento é aliviada pela hipóxia cerebral. Se
não houver o resgate, maior quantidade de água continuará a ser aspirada, levando rapidamente o
indivíduo à inconsciência e apneia. A taquicardia dará sequência à bradicardia, actividade
eléctrica sem pulso (AESP) e, finalmente, à perda completa do ritmo cardíaco e da actividade
eléctrica (assistolia).

O afogamento em águas geladas poderá retardar todo esse processo em até uma hora, mas isso é
uma situação rara. Embora todo afogado desenvolva certo grau de hipotermia (mesmo afogando
em águas tropicais), o melhor prognóstico está relacionado ao afogamento em águas muito frias,
devido à diminuição do metabolismo, redução do consumo de oxigénio e actividade eléctrica
cerebral. Isso permite maiores tempos de submersão sem sequelas. Há relatos de casos de
sobrevivência sem danos neurológicos em vítimas que ficaram submersas por mais de uma hora,
mas esses casos raros envolvem tipicamente crianças em águas geladas. O maior Registro de
recuperação completa após submersão nestas condições climáticas foi de 66 minutos.

4. Cadeia de sobrevivência do afogamento

A cadeia ou corrente de sobrevivência do afogamento inclui desde medidas de prevenção e


educação da população até a internação em unidade de emergência hospitalar. Embora exista
ênfase no tratamento, Szpilman (2005) ressalta que a prevenção continua sendo a melhor
intervenção e a de menor custo, evitando aproximadamente 85% dos casos de afogamento.

Entretanto, se a prevenção houver falhado, reconhecer imediatamente quem está se afogando e


emitir o alarme pedindo socorro são passos fundamentais para a sobrevivência, uma vez que
tempo representa cérebro e chances de recuperação com uma rápida e adequada intervenção.

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Figura 1 – Cadeia de sobrevivência do afogamento. Fonte: Autorizada por David Szpilman

Entretanto, se a prevenção houver falhado, reconhecer imediatamente quem está se afogando e


emitir o alarme pedindo socorro são passos fundamentais para a sobrevivência, uma vez que
tempo representa cérebro e chances de recuperação com uma rápida e adequada intervenção.

Deve-se acionar o SAMU (192) ou o Corpo de Bombeiros (193) e fornecer todas as


informações do incidente, como o local de ocorrência, o que aconteceu, número de pessoas
envolvidas, o que foi ou será feito para auxiliar o resgate, dentre outras referências solicitadas.

O suporte ventilatório deverá ser instituído sempre que houver sinais de insuficiência
respiratória grave ou apneia.

O Suporte Básico de Vida (SBV) deverá ser feito até que ocorra o retorno da circulação
espontânea, a exaustão do socorrista ou a chegada do Suporte Avançado de Vida (SAV),
assumindo os procedimentos de reanimação. Dessa forma, todas as etapas básicas e avançadas
do atendimento deverão ser feitas, de preferência, no local do incidente.

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Figura 2 – Suporte Avançado de Vida (SAV) na areia. Fonte: Autorizada por David Szpilman.
Disponível em: www.sobrasa.org.

Atenção: Trate sempre a hipotermia. Não pare a RCP até que a temperatura corporal seja maior
que 34ºC. O suporte avançado (ACLS) será interrompido quando a vítima estiver reaquecida
acima de 34ºC e mantiver um traçado de assistolia por mais de 20 minutos. Isso explica a
conhecida expressão de que “o afogado não está realmente morto até estar quente e morto”. Ao
promover o reaquecimento do afogado, após a RCP bem-sucedida, esteja atento para evitar a
hipertermia (> 37ºC), que, nesses casos, poderá aumentar a lesão cerebral.

GRAU SINAIS E SINTOMAS PROCEDIMENTOS

Resgate Ausculta pulmonar normal, sem tosse, 1. Avaliar e liberar para casa do próprio local. Não há necessidade
espuma na boca e/ou nariz, dificuldade de encaminhar para o hospital e atendimento médico.
respiratória, parada respiratória ou PCR.

1. Tranquilizar, aquecer e promover medidas de conforto ao


1 Ausculta pulmonar normal, com tosse (sem banhista.
espuma na boca ou nariz). 2. Não há necessidade de ofertar O2 ou encaminhar ao hospital.

1. Ofertar O2 por cateter nasal (5 L/min).


2 Ausculta pulmonar com estertores de 2. Aquecer, tranquilizar e promover repouso.

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intensidade leve a moderada (presença de 3. Colocar o afogado em posição lateral de segurança (sob o lado
pouca quantidade de espuma na boca e/ou direito).
nariz). 4. Observação hospitalar por 6 a 24 horas. (Solicitar radiografia de
tórax e gasometria arterial).
1. Ofertar O2 por máscara facial ou TOT a 15 L/min no local do
incidente.
Edema agudo de pulmão (muita espuma na 2. Posição lateral de segurança (lado direito).
boca e/ou nariz). Não apresenta 3. Internação hospitalar (UTI).
hipotensão/choque (pulso radial palpável). - Assistência respiratória (TOT + ventilação mecânica com 5 a 10
3 cm H2O de PEEP. O uso precoce do PEEP e por 48h encurta o
tempo de hospitalização).
- Sedação por 48 h (se em ventilação mecânica) – drogas de acção
rápida como midazolam (pode associar relaxantes musculares, se
necessário).
- Corrigir a acidose metabólica
- Solicitar radiografia de tórax, gasometria arterial, electrólitos,
ureia, creatinina, glicose, EAS e, se houver alteração do nível de
consciência, TC de crânio.
1. Observar atentamente a respiração (pode haver parada
Edema agudo de pulmão (muita espuma na respiratória).
boca e/ou nariz). Apresenta 2. Seguir o tratamento para o grau 3 e associar a infusão venosa de
hipotensão/choque (sem pulso radial). cristalóides por acesso venoso periférico para restabelecer a pressão
4 Respiração está presente. arterial (infundir cristalóides independente do tipo de água que
ocorreu o afogamento). Restringir a reposição hídrica orientada
pelo débito urinário de 0,5 a 1 ml/kg/h e parâmetros
hemodinâmicas.
3. Internação hospitalar urgente (UTI).
1. Usualmente reverte com até 10 ventilações artificiais (boca a
Parada respiratória isolada com pulso boca ou boca-máscara). Não realizar compressões torácicas.
5 carotídeo presente (ou sinais de circulação). 2. Continuar a ventilação artificial (12/min) com 15 L de O 2 a até
retorno espontâneo da respiração.
2. Após retorno da respiração espontânea – tratar como grau 4.
1. Reanimação cardiopulmonar
Parada cardiorrespiratória (PCR). - Monitorizar (ECG) para desfibrilação. Inserir um TOT se possível
6 e acessar via venosa periférica para início de adrenalina IV a 0,01
mg/kg após 3 min e 0,1 mg/kg a cada 3 min de PCR.
2. Após sucesso da RCP – tratar como grau 4.
PCR com tempo de submersão maior que 1
Já hora ou sinais óbvios de morte (rigidez 1. Não iniciar a RCP.
cadáver cadavérica, decomposição corporal e/ou 2. Accionar o Instituto Médico Legal (IML).
presença de livores).

Quadro 1. Classificação e tratamento do afogado. Entre parênteses indica-se a forma de


reconhecimento da classificação sem estetoscópio ou esfigmomanômetro.

5. Primeiros socorros nas escolas e comunidades

Resgate: Vítima resgatada viva da água que não apresenta tosse ou espuma na boca e/ou nariz -
pode ser liberada no local do acidente sem necessitar de atendimento médico após avaliação do
socorrista, quando consciente. Todos os casos podem apresentar hipotermia, náuseas, vómitos,
distensão abdominal, tremores, cefaleia (dor de cabeça), mal-estar, cansaço, dores musculares,
dor no tórax, diarreia e outros sintomas inespecíficos. Grande parte destes sintomas é decorrente

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do esforço físico realizado dentro da água sob stress emocional do medo, durante a tentativa de
se salvar do afogamento.
Afogamento: pessoa resgatada da água que apresenta evidências de aspiração de líquido:
tosse, ou espuma na boca ou nariz - deve ter sua gravidade avaliada no local do incidente,
receber tratamento adequado e accionar se necessário uma equipe médica (suporte avançado de
vida).

O passo-a-passo no afogamento (cadeia de sobrevivência)

5.1.Métodos de ventilação dentro da água


5.1.1. Sem equipamento

Só é recomendável com dois guarda-vidas ou com um guarda-vidas em água rasa (figura).

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5.1.2. Com equipamento

Pode ser realizado com apenas um guarda-vidas. O tipo de material deve ser escolhido conforme
o local do resgate (veja figura com o pranchão). O material de flutuação deve ser utilizado no
tórax superior, promovendo uma espontânea hiperextensão do pescoço e a abertura das vias
aéreas.

Nota: Casos de ventilação dentro da água não são possíveis de serem realizados com barreira de
protecção (máscara), por impossibilidade técnica, sendo aconselhável a realização do boca-a-
boca. O risco de adquirir doenças, como a AIDS nesta situação é uma realidade, embora não
exista nenhum caso descrito na literatura em todo mundo até hoje. É recomendável que todos os
profissionais de saúde sejam vacinados para hepatite B.

5.1.3. Técnica para resgate e imobilização da coluna cervical sem equipamento

“Técnica GMAR” (figura) - Com a vítima voltada com a face para água – emborcada - coloque
suas duas mãos por baixo das axilas e prossiga até que elas alcancem a face na altura das orelhas.
Fixe bem suas mãos na cabeça da vítima e levante a vítima de encontro ao seu tórax procurando
manter a cabeça e o pescoço alinhados. Procure posicionar a vítima de forma que sua face fique
fora da água e mantenha a vítima contrária as ondas que possam vir, virando se necessário a cada
onda. Transporte á vítima arrastando as pernas e o quadril dentro da água até a areia. Ao chegar

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na areia, posicione a vítima paralela a água com o seu lado direito voltado para o mar. Mantendo
a coluna cervical e torácica recta coloque a vítima sentada. O socorrista deve estar por trás da
vítima mantendo a coluna cervical e torácica alinhadas. Retire a mão esquerda da face da vítima
e apoie por trás da cabeça/pescoço (nuca) de forma que o cotovelo se apoie no dorso. Desloque-
se lateralmente de forma que suas costas se voltem para o mar. Retire então a mão direita e apoie
no queixo e tórax alinhando os dois. Desta forma deite então a vítima como um só bloco na areia.

5.1.4. O transporte – a transição da água para areia

O transporte ideal da água para a areia é a técnica Australiana. Este tipo de transporte reduz a
incidência de vómitos e permite manter as vias aéreas permeáveis durante todo o transporte.

 Coloque seu braço esquerdo por sob a axila esquerda da vítima e trave o braço esquerdo.

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 O braço direito do socorrista por sob a axila direita da vítima segurando o queixo de
forma a abrir as vias aéreas, desobstruindo-as, permitindo a ventilação durante o
transporte.

Em casos suspeitos de trauma cervical, utilize sempre que possível à imobilização da coluna
cervical durante o transporte até a areia ou a borda da piscina. Quando possível utilize uma
prancha de imobilização e colar cervical, ou improvise com prancha de surf.

6. Suporte básico de vida no seco - areia ou piscina

1o - Ao chegar na areia, ou na borda da piscina coloque o afogado em posição paralela a água, de


forma que o socorrista fique com suas costas voltada para o mar, e a vítima com a cabeça do seu
lado esquerdo.

 A cabeça e o tronco devem ficar na mesma linha horizontal.


 A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois esta tentativa
prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente, além de facilitar a
ocorrência de vómitos.
 Cheque a resposta da vítima perguntando, “Você está me ouvindo?”

2o - Se houver resposta da vítima ela está viva, e indica ser um caso de resgate ou grau 1, 2, 3, ou
4. Coloque em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para o grau de
afogamento (veja na tabela 2). Avalie então se há necessidade de chamar o socorro avançado
(ambulância) e aguarde o socorro chegar.

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Se não houver resposta da vítima (inconsciente) – Ligue ou peça a alguém para chamar a
ambulância ou o guarda-vidas, e;

3o - Abra as vias aéreas, colocando dois dedos da mão direita no queixo e a mão esquerda na
testa, e estenda o pescoço;

4o - Cheque se existe respiração - ver, ouvir e sentir - ouça e sinta a respiração e veja se o tórax se
movimenta (figura) - Se houver respiração é um caso de resgate, ou grau 1, 2, 3, ou 4. Coloque
em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para grau (veja na tabela 2).

5o - Se não houver respiração – inicie a ventilação boca-a-boca - Obstrua o nariz utilizando a


mão (esquerda) da testa, e com os dois dedos da outra mão (direita) abra a boca e realize 5
ventilações boca-a-boca iniciais observando um intervalo entre cada uma que possibilite a
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elevação do tórax, e logo em seguida o seu esvaziamento. É recomendável a utilização de
barreira de protecção (máscara), e:

6o - Palpe o pulso arterial carotídeo ou cheque sinais de circulação (movimentos ou reacção à


ventilação) - Coloque os dedos (indicador e médio) da mão direita no “pomo-de-adão” e
escorregue perpendicularmente até uma pequena cavidade para checar a existência ou não do
pulso arterial carotídeo ou simplesmente observe movimentos na vítima ou reacção a ventilação
feita.

7o – Se houver pulso, é uma parada respiratória isolada - grau 5, mantenha somente a ventilação
com 12 vezes por minuto até o retorno espontâneo da respiração.

Se não houver pulso ou sinais de circulação, retire os dois dedos do queixo e passe-os pelo
abdómen localizando o encontro das duas últimas costelas, marque dois dedos (figura), retire a
mão da testa e coloque-a no tórax e a outra por sobre a primeira e inicie 30 compressões cardíaca
externa em caso de 1 socorrista ou 15 compressões em caso de dois socorristas para casos de
afogamento.

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A velocidade destas compressões deve ser de 100 vezes em 60 segundos. Em crianças de 1 a 9
anos utilize apenas uma mão para as compressões. Mantenha alternando 2 ventilações e 30
compressões ou 2x15 com dois socorristas (RCP em afogamento com dois socorristas), e não
pare até que:

a. Haja resposta e retorne a respiração e os batimentos cardíacos. Coloque então a vítima de


lado (figura) e aguarde o socorro médico solicitado;

b. Você entregue o afogado a uma equipe médica; ou


c. Você fique exausto.

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7. Conclusão

O afogamento é um trauma responsável por grande número de mortes e atendimentos


hospitalares em todo o mundo; situação trágica e potencialmente devastadora, especialmente
quando acontece em um momento de lazer, envolvendo crianças, pais, família e amigos. Além de
ceifar vidas, diminui anos de produtividade e acarreta elevados custos ao sistema de saúde, seja
no atendimento pré-hospitalar ou intra-hospitalar.

É urgente que não somente os profissionais de saúde, mas toda a sociedade actue activamente
no combate a esse tipo de trauma, uma vez que é muito mais lógico e barato investir em
educação e prevenção do que reabilitação.

Fica evidente a necessidade de ensinar natação para adultos e crianças, assim como noções
básicas que minimizem ou, melhor ainda, eliminem os riscos de afogamentos, seja em praias,
rios, lagos, piscinas e outros meios.

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8. Referências bibliográficas

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Concepts. N Engl J Med 2012;366:2102-10

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and adults; Critical Care Clinics; volume 13, number 3, july 1997, P477-502.

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9. Anexos

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