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CIÊNCIAS DOS

MATERIAIS
Professor Leandro Cardoso da Silva
3 ESTRUTURA CRISTALINA

Apresentação

Neste bloco vamos compreender, através da estrutura cristalina, como se dá a


construção da estrutura dos materiais.

Você verá que certas propriedades que determinam a utilização e escolha de materiais
para determinadas aplicações, como deformação plástica e deformação elástica, são
constituídas a partir da estrutura destes materiais.

Bons estudos!

3.1 Estrutura Cristalina: Conceitos Fundamentais, Polimorfismo e Alotropia

Uma parte importante do desenvolvimento industrial está relacionada ao


desenvolvimento dos materiais, e só conseguimos compreender sua forma interativa
quando conhecemos a relação entre os átomos ou íons presentes em seus arranjos.

A classificação dos materiais sólidos parte da regularidade de como os arranjos atômicos


estão relacionados a outros arranjos atômicos. Esta relação citada pode ser definida por
grandes distâncias atômicas, em que a ordem de relação e a posição dos arranjos
atômicos determinarão os tipos de material que chamamos de material cristalino.

Muitos materiais formam suas estruturas cristalinas após o processo de solidificação. A


estrutura cristalina pode ser definida como a forma em que os átomos, íons e moléculas
estão arranjados no espaço. Podemos afirmar que todos os metais, alguns cerâmicos e
alguns polímeros formam estruturas cristalinas sob condição de solidificação normal.

Sob esta condição de análise, podemos classificar as estruturas cristalinas de quatro


maneiras:

 Estrutura Cristalina Cúbica de Faces Centradas (CFC)

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 Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrado (CCC)
 Estrutura Cristalina Célula Cúbica Simples (CS)
 Estrutura Cristalina Hexagonal Compacta (HC)

3.1.1 Estrutura Cristalina Cúbica de Faces Centradas

A Estrutura Cristalina Cúbica de Faces Centradas, também conhecida pelas suas inicias -
CFC, tem a sua geometria em formato de cubo e seus átomos ficam localizados nos
vértices e no centro das faces do cubo.

A seguir, temos a figura que ilustra essa estrutura. É importante olharmos para esta
figura como se todas as faces do cubo fossem rígidas e construídas com vidro
transparente; isso certamente facilitará a identificação e localização dos átomos na
Estrutura Cristalina Cúbica de Face Centrada.

Figura 3.1: Estrutura Cristalina Cúbica de Face Centrada (CFC)

Para calcularmos o número de átomos:

𝑁𝑓 𝑁𝑣 6 8
𝑁 = 𝑁𝑖 + + = 1+ + =𝟒
2 8 2 8

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Onde:
Ni = Número de átomos no interior da célula
Nf = Número de átomos nas faces da célula
Nv = Número de átomos nos vértices da célula

Para definirmos o comprimento da aresta do cubo a, utilizamos a seguinte fórmula:

𝑎 = 2. 𝑅. √2
Onde:
a = Comprimento da aresta
R = Raio atômico

Cálculo do volume da célula unitária CFC:


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𝑉𝑐 = 𝑎³ = (2. 𝑅. √2) = 𝟏𝟔. 𝑹³. √𝟐
Onde:
a = Comprimento da aresta
R = raio atômico

Figura 3.2: Demonstração do Raio Atômico e do Comprimento de Aresta para Estrutura


Cristalina CFC
Fonte: (CALLISTER et al., 2018)

O Fator de Empacotamento define o espaço ocupado pelos átomos em uma estrutura


cristalina. A fórmula utilizada para calcular o nível de ocupação é:

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Fator de Empacotamento Atômico:

4
𝑉𝑒 4. 3 . 𝜋. 𝑅³
𝐹𝐸𝐴 = = = 𝟎, 𝟕𝟒
𝑉𝑐 16. 𝑅³. √2

Onde:

R = raio atômico
4
Ve = Volume do átomo (𝑁(𝑛° 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠). 3 . 𝜋. 𝑅³)

Vc = Volume total da célula unitária

3.1.2 Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrado

A Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrado, também conhecida pelas suas iniciais -
CCC, assemelha-se em sua estrutura com a Estrutura Cristalina CFC, por ter átomos em
todos os vértices do cubo, com a diferença de ter um único átomo localizado no centro
do cubo. Conforme figura a seguir é possível notar a distribuição dos átomos para a
Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrado.

Figura 3.3: Para a Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrado: (a) representação da célula
unitária por meio de esferas rígidas, (b) célula unitária segundo esferas reduzidas e (c) agregado
de muitos átomos
Fonte: (CALLISTER et al., 2018)

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Para calcularmos o número de átomos:

𝑁𝑓 𝑁𝑣 8
𝑁 = 𝑁𝑖 + + = 1+0+ =𝟐
2 8 8

Onde:

Ni = Número de átomos no interior da célula

Nf = Número de átomos nas faces da célula

Nv = Número de átomos nos vértices da célula

Para definirmos o comprimento da aresta do cubo, utilizamos a seguinte formula:

4. 𝑅
𝑎=
√3

Onde:

a = Comprimento da aresta
R = Raio atômico

Cálculo do volume da célula unitária CCC:

4. 𝑅 𝟔𝟒. 𝑹³
𝑉𝑐 = 𝑎³ = ( )³ =
√3 𝟑. √𝟑

Onde:

a = Comprimento da aresta
R = Raio atômico

Fator de Empacotamento Atômico:

4
𝑉𝑒 2. 3 . 𝜋. 𝑅³
𝐹𝐸𝐴 = = = 𝟎, 𝟔𝟖
𝑉𝑐 64. 𝑅³
3. √3

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Onde:

R = Raio atômico
4
Ve = Volume do átomo (𝑁(𝑛° 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠). 3 . 𝜋. 𝑅³).

Vc = Volume total da célula unitária.

3.1.3 Estrutura Cristalina Célula Cúbica Simples

A Célula Cúbica Simples é formada por quatro átomos distribuídos nas arestas dos
vértices do cubo.

Figura 3.4: Exemplo de formação geométrica da célula unitária


Fonte: (CALLISTER et al., 2018)

Para calcularmos o número de átomos:

𝑁𝑓 𝑁𝑣 8
𝑁 = 𝑁𝑖 + + = 0+0+ =𝟏
2 8 8

Onde:

Ni = Número de átomos no interior da célula


Nf = Número de átomos nas faces da célula
Nv = Número de átomos nos vértices da célula

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Para definirmos o comprimento da aresta do cubo, utilizamos a seguinte fórmula:

𝑎 = 2. 𝑅

Onde:

a = Comprimento da aresta
R = Raio atômico

Cálculo do volume da célula unitária CS:

𝑉𝑐 = 𝑎³ = (2. 𝑅)³ = 𝟖. 𝑹³

Onde:

a = Comprimento da aresta
R = Raio atômico

Fator de Empacotamento Atômico:

4
𝑉𝑒 1. 3 . 𝜋. 𝑅³
𝐹𝐸𝐴 = = = 𝟎, 𝟓𝟐
𝑉𝑐 8. 𝑅³

Onde:

R = Raio atômico
4
Ve = Volume do átomo (𝑁(𝑛° 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠). 3 . 𝜋. 𝑅³)

Vc = Volume total da célula unitária

3.1.4 Estrutura Cristalina Hexagonal Compacta

A Estrutura Cristalina Hexagonal Compacta, também conhecida por Estrutura Cristalina


HC, tem sua geometria diferente das demais estruturas cristalinas. A simetria cúbica não
é regra para todos os materiais, logo, existem materiais que, em sua estrutura cristalina,
possuem a geometria de um hexágono. Suas características de aproximação e formação
são similares a outras estruturas cristalinas, com a particularidade de compor seis

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átomos na parte superior e inferior, tendo um átomo central em cada uma de suas faces.
A figura a seguir ilustra a sua forma geométrica e a distribuição dos átomos.

Figura 3.5: Para a estrutura cristalina hexagonal compacta: (a) célula unitária com esferas
reduzidas (a e c representam os comprimentos das arestas menor e maior, respectivamente) e
(b) agregado de muitos átomos
Fonte: (CALLISTER et al., 2018)

A estrutura HC tem em sua formação dois hexágonos sobrepostos e, em seu plano


intermediário, existem três átomos; em seus vértices, existem seis átomos e um no
centro.

Para calcularmos o número de átomos:

𝑁𝑓 𝑁𝑣 2 12
𝑁 = 𝑁𝑖 + + = 3+ + =𝟔
2 6 2 6

Onde:

Ni = Número de átomos no interior da célula


Nf = Número de átomos nas faces da célula
Nv = Número de átomos nos vértices da célula

Cálculo do volume da célula unitária HC:

𝑉𝑐 = 𝑎³ = 𝟐𝟒. 𝑹³. √𝟐

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Onde:

a = Comprimento da aresta
R = Raio atômico

Fator de Empacotamento Atômico:

4
𝑉𝑒 6. 3 . 𝜋. 𝑅³
𝐹𝐸𝐴 = = = 𝟎, 𝟕𝟒
𝑉𝑐 24. 𝑅³. √2

Onde:

R = Raio atômico
4
Ve = Volume do átomo (𝑁(𝑛° 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠). 3 . 𝜋. 𝑅³)

Vc = Volume total da célula unitária

Saiba mais

Neste vídeo veremos a demonstração do cálculo do Fator de Empacotamento Atômico


para as respectivas estruturas citadas neste bloco. Bons estudos!

Fator de Empacotamento Atômico – FEA. Disponível:


<https://www.youtube.com/watch?v=uZemT4YWo48>. Acesso em: 21 mar. 2019.

3.1.5 Cálculos da Massa Específica

A massa especifica é a razão entre a massa de uma de uma substância e o volume por
ela ocupado.

Definindo a razão entre a massa e o volume de uma substância, podemos afirmar que,
após o conhecimento sobre estruturas cristalinas, é possível calcular a sua massa
especifica teórica. A seguir é demonstrada a fórmula que compreende este cálculo:

𝑛. 𝐴
𝜌=
𝑉𝑐. 𝑁𝑎
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Onde:

N = Número de átomos associados a cada célula unitária

A = Peso atômico

Vc = Volume da célula unitária

Na = Número de Avogadro (6,022x1023 átomos/mol)

3.1.6 Poliformismo e Alotropia

O poliformismo nada mais é do que a existência de mais de um tipo de estrutura


cristalina presente nos metais e ametais.

Figura 3.6: Microestrutura do ferro


Fonte: (LIVRED.INFO, 2017)

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Podemos afirmar, por exemplo, que o Ferro (Fe), entre aproximadamente 273°C e
912°C, possui Estrutura Cristalina CCC; entre aproximadamente 912°C e 1394°C, possui
Estrutura Cristalina CFC e, entre 1394°C e 1539°C, ele volta a ter Estrutura Cristalina CCC.

Esta presença de mais de uma estrutura cristalina geralmente é provocada pela


aplicação de temperatura nos materiais sólidos, o que altera suas propriedades, formas
e até mesmo características mecânicas de interesse para uma determinada aplicação.
Quando temos a incidência de temperatura para propiciar estas modificações,
chamamos de Alotropia.

Figura 3.7: Transformação do estanho Branco em Estanho Cinza através do processo de


resfriamento
Fonte: (adaptado de CALLISTER et al., 2018)

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Saiba Mais

Este vídeo trará uma revisão sobre Estruturas Cristalinas CFC, CCC, CS e HC, com
exemplos ilustrados pelo autor. Bons estudos!

Células unitárias cúbicas CCC, CFC e CS, dedução de arestas e N° de coordenação.


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2s_TjH1teOI>. Acesso em: 21
mar. 2019.

3.2 Pontos, Direções e Planos Cristalográficos

Assim como em desenhos técnicos, plantas baixas e especificações de máquinas, nos


materiais cristalinos também precisamos especificar pontos para determinar posições.
No plano cristalográfico precisamos identificar os pontos para determinar suas
respectivas localizações e direções.

Todas as localizações são orientadas pelos eixos x, y e z, conforme figura a seguir.

Figura 3.8: Definição dos eixos x, y e z

Para melhor compreender sobre Coordenadas dos Pontos, Direções Cristalográficas e


Planos Cristalográficos recomendamos a leitura das páginas 58 a 71 da obra abaixo. Para
conseguir visualizar as figuras empregadas durante a leitura, as formas cúbicas estarão
representadas nas direções x, y e z do plano cartesiano.

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CALLISTER Jr., W. D.; RETHWISCH, D. G. Ciência e engenharia de materiais: uma
introdução. Rio de Janeiro: LTC, 2018. p. 58-71. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521632375/cfi/6/28!/4/206/
2/4@0:0>. Acesso em: 21 mar. 2019.

Saiba Mais

Neste vídeo teremos a visão detalhada e bem explicada sobre Pontos, Direções e Planos
Cristalográficos, baseados na teoria clássica apresentada nos livros de ciências dos
materiais.

Pontos, Direções e Planos Cristalográficos. Disponível:


<https://www.youtube.com/watch?v=uQF6gJoGA0U>. Acesso em: 21 mar. 2019.

3.2.1 Coordenada dos Pontos

De acordo com Callister (2018), algumas vezes é necessário especificar uma posição na
rede cristalina dentro de uma célula unitária. Isso é possível usando três índices de
coordenadas de pontos: q, r e s. Esses índices são múltiplos fracionários dos
comprimentos da aresta da célula unitária a, b e c, isto é, q é algum comprimento
fracionário de a ao longo do eixo x, r é algum comprimento fracionário de b ao longo do
eixo y e, de maneira semelhante, para s; ou:

 qa = Posição na rede cristalina em referência ao eixo x


 rb = Posição na rede cristalina em referência ao eixo y
 sc = Posição na rede cristalina em referência ao eixo z

Para que possamos entender melhor, a figura a seguir demonstra a célula unitária com
o sistema de coordenadas x, y e z, demonstrando o sistema de coordenadas localizado
no vértice da célula unitária, partindo do ponto P.

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Figura 3.9: Maneira segundo a qual são determinadas as coordenadas q, r e s do ponto P no
interior da célula unitária. A coordenada q (que é uma fração) corresponde à distância qa ao
longo do eixo x, para a qual a é o comprimento da aresta da célula unitária. As respectivas
coordenadas r e s para os eixos y e z são determinadas de maneira semelhante.
Fonte: (CALLISTER et al., 2018)

Saiba Mais

Para fecharmos o entendimento sobre coordenadas, este vídeo apresenta de maneira


detalhada e exemplificada como devemos representar as coordenadas nos planos
cristalográficos.

Posições cristalográficas. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=PDHk2yJfILs>. Acesso em: 21 mar. 2019.

3.3 Densidades Linear e Planar: Estruturas Compactas

Anteriormente foram discutidas as direções nos planos cristalográficos que, de maneira


relacionada, possuem equivalência direcional para determinados materiais. Esta relação
para alguns materiais pode ser definida como densidade linear, por possuírem direções
idênticas e equivalentes.

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A densidade linear pode ser definida pelo número de átomos por unidade de
comprimento, levando em conta o vetor direção para uma determinada direção
cristalográfica.

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜


𝐷𝐿 =
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜

Não muito diferente, a densidade planar é definida pelo número de átomos por unidade
de área que estão centrados sobre um plano cristalográfico particular.

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜


𝐷𝑃 =
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜

Para maior entendimento do tema, recomendamos os seguintes vídeos, que explicam


de maneira detalhada e exemplificada a teoria sobre as densidades em estruturas
compactas:

Densidade Linear. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=aqh5jPFftEg>.


Acesso em: 21 mar. 2019.

Densidade Planar. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=a7ZolRlVrH4>.


Acesso em: 21 mar. 2019.

Conclusão

Este bloco demonstra a importância do entendimento sobre a estrutura cristalina dos


materiais. É comum ouvimos dizer que “determinado material é mais duro, mais frágil
ou mais resistente”. Estas propriedades estão relacionadas com a estrutura cristalina
dos materiais e podemos compreender, através da teoria apresentada, como estão
relacionadas atomicamente.

Aprofundamos um pouco mais e vimos que o poliformismo e a alotropia começam a nos


dar o entendimento sobre o processo de transformação dos materiais na vida real.

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Podemos perceber que, através da aplicação de temperatura, temos diferentes
estruturas cristalinas, que resultam em diferentes propriedades dos materiais.

Ao imergirmos no mundo das estruturas partimos das coordenadas nos planos para
aprendermos a dimensionar a posição dos átomos de acordo com a estrutura cristalina
a ser dimensionada.

Referências Bibliográficas

CALLISTER Jr., W. D.; RETHWISCH, D. G. Ciência e engenharia de materiais: uma


introdução. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

LIVRED.INFO. Estruturas Cristalinas, 2017. Disponível em: <http://livred.info/estruturas-


cristalinas.html?page=7>. Acesso em: 21 mar. 2019.

SHACKELFORD, J. F. Ciências dos materiais. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

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