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Usinagem
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
APRESENTAÇÃO
O Capítulo 4 realiza uma análise das ferramentas manuais empregadas para as operações de
serramento.
ÍNDICE
CAPÍTULO 2: ROSCAMENTO____________________________________________________ 8
RESUMO __________________________________________________________________________ 8
1.0 - INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 8
2.0 – MACHOS PARA MÁQUINAS ____________________________________________________ 9
3.0 – MACHOS MANUAIS___________________________________________________________ 10
3.0 - DESANDADORES _____________________________________________________________ 11
5.0 – PRECAUÇÕES NO MANUSEIO DE MACHOS ____________________________________ 12
6.0 – COSSINETES _________________________________________________________________ 13
7.0 – TARRAXAS___________________________________________________________________ 14
8.0 - ROSQUEADEIRAS_____________________________________________________________ 14
9.0 – PROCEDIMENTOS PARA A UTILIZAÇÃO DE TARRAXAS MANUAIS______________ 15
10.0 – PRECAUÇÕES NO MANUSEIO DE TARRAXAS _________________________________ 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS __________________________________________________ 16
CAPÍTULO 6: LIXAMENTO_____________________________________________________ 33
RESUMO _________________________________________________________________________ 33
1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________ 33
2.0 – LIXAS _______________________________________________________________________ 33
2.1 – Grãos Abrasivos ______________________________________________________________________ 33
2.2 – Camada Abrasiva _____________________________________________________________________ 34
2.3 - Granulometria ________________________________________________________________________ 34
2.4 – Tipos de Costados ____________________________________________________________________ 34
2.5 – Tipos de Formatos ____________________________________________________________________ 34
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
superfície da peça. Para tanto a peça gira lentamente e a fim de melhorar seu manuseio ou aparência. Para isso
a ferramenta se desloca com movimento alternativo de são empregadas ferramentas chamadas rolos ou
pequena amplitude e freqüência relativamente grande. carretilhas, colocadas em cartilhadoras. É geralmente
uma operação realizada no torno, no caso de peças
Lapidação cilíndricas, ou na fresadora, no caso de peças com
Processo por abrasão executado com abrasivo outras geometrias.
aplicado por porta-ferramenta adequado, com objetivo
de se obter dimensões especificadas da peça.
3.0 - AJUSTAGEM
Espelhamento
Processo por abrasão no qual é dado o Analisando-se qualquer processo de
acabamento final da peça por meio de abrasivos, fabricação de uma peça ou elementos de um conjunto
associados a um porta-ferramenta específico para cada (máquina), verifica-se que é impossível separar em
tipo de operação, com o fim de se obter uma superfície tópicos a aplicação da metrologia, limagem, furação,
especular. desenho, matemática e outras atividades relacionadas.
Observa-se que, durante tal processo, em
Polimento geral, é necessário efetuar vários ajustes, os quais, não
Processo por abrasão no qual a ferramenta é necessariamente, são realizados ao seu final, podendo
constituída por um disco ou conglomerado de discos ocorrer no início e também durante as suas várias
revestidos de substâncias abrasivas. etapas.
A ajustagem pode ser considerada como um
Lixamento processo simples de usinagem, pois consiste em retirar
Processo por abrasão executado por abrasivo parte de material e utilizar alguns instrumentos de
aderido a uma tela e movimentado com pressão contra medição, além de empregar ferramentas comuns em
a peça. oficinas, tais como limas, formões, traçadores, réguas,
esquadros e serras.
Jateamento Observe-se que o termo ajustagem possui um
Processo por abrasão no qual as peças são sentido muito vasto, visto que toda operação de
submetidas a um jato abrasivo, para serem rebarbadas, desgaste possui três objetivos:
asperizadas ou receberem um acabamento.
a) chegar a uma medida, respeitando-se
a faixa de erros (tolerância) do
Afiação
projeto, a qual está relacionada com a
Processo por abrasão, no qual é dado o
funcionalidade da peça;
acabamento das superfícies da cunha cortante da
b) provocar uma forma de perfil, dentro
ferramenta, com o fim de habilitá-la desempenhar sua
ou fora de um eixo de simetria;
função. Desta forma, são obtidos os ângulos finais da
c) provocar na superfície, um
ferramenta.
determinado grau de rugosidade
(acabamento), relacionada com a
Denteamento
condição de trabalho que será sujeita
Processo destinado à obtenção de elementos
a peça.
denteados. Pode ser conseguido basicamente de duas
maneiras: formação e geração. Naturalmente, um determinado trabalho pode
A formação emprega uma ferramenta que ser melhor executado empregando-se a ferramenta
transmite a forma do seu perfil à peça com os apropriada, pois, assim, há uma maior rapidez,
movimentos normais de corte e avanço. economia nas despesas e custo de produção e,
A geração emprega uma ferramenta de perfil conseqüentemente, maior margem de lucro.
determinado, que com os movimentos normais de As operações de ajustagem mais comuns (e
corte, associados aos característicos de geração, produz que serão abordadas nos próximos capítulos) são o
um perfil desejado na peça. roscamento, a furação, o serramento, a limagem e o
lixamento.
Recartilhado
É uma operação que não é bem caracterizada
como sendo usinagem, tendo mais características de 4.0 – TORNO DE BANCADA OU MORSA
um processo de conformação, pois se executada
corretamente não deve retirar material da peça. Para executar determinadas operações de
Consiste em cobrir a superfície das peças com ajustagem é fundamental que a peça a ser trabalhada
desenhos especiais, com o objetivo de fazê-las rugosas, esteja presa fixamente a uma bancada, por exemplo.
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Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 3
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
Largura da mandíbula
Número
em polegadas em mm
2 2 a 2.75 50 a 70
3 3 a 3.5 76 a 90
4 4 a 4.5 101 a 116
5 5 a 5.25 127 a 132
Figura 6 – Torno de bancada com base giratória 6 6 152 a 155
8 8 195 a 203
4.2 – Tamanho
Tabela 2 - Tamanho dos tornos de bancada.
Os tamanhos dos tornos de bancada são 4.3 – Tornos Portáteis
definidos em função da largura da mandíbula,
recebendo uma numeração entre 1 e 8. Para serviços leves podem ser utilizados os
A padronização americana utiliza os seguintes tornos de bancada portáteis com base fixa ou móvel,
valores da largura das mandíbulas: 2”, 2.5”, 3”, 3.5”, como os ilustrado nas figuras 8 e 9.
4”, 4.5”, 5”, 6” e 8”. Desta forma, a citada numeração
utilizada nos tornos de bancada brasileiros,
corresponde aproximadamente esta largura em
polegadas, mas é variável entre os fabricantes, como
mostra a tabela 1.
Figura 7 – Dimensões das mandíbulas Figura 8 – Torno de bancada móvel com base fixa.
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Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 5
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
f) Colocar as peças de tal maneira que, ao se i) Deve-se cuidar para não ferir os mordentes
trabalhar, os mordentes não sejam limados ou com ferramentas cortantes, porque isto
afetados de qualquer outro modo; causará a perda do fio da ferramenta e as
danificariam;
g) Quando for necessário prender peças
delicadas, cujas superfícies podem se j) A altura do torno ao chão deve ser
danificar pela pressão dos mordentes de aço, é proporcional ao da pessoa que trabalha com
conveniente empregar uma proteção de chapa ele. De acordo com [1], verificou-se que o se
de cobre, chumbo ou outro metal macio, consegue um melhor rendimento quando o
madeira ou, ainda, de couro; torno de bancada se apresenta a uma altura de
aproximadamente 60% da estatura. Esta altura
pode contudo ser variada, sendo aumentada
quando o torno é empregado para serviços
finos e reduzida quando para trabalhos
pesados. A variação da altura do torno de
bancada deverá ser feita por meio de calços e
não obrigando o usuário a trabalhar sobre
estrados.
Figura 12 – Protetor.
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Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 7
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
CAPÍTULO 2: ROSCAMENTO
b) Ajustável.
3.0 - DESANDADORES
6.0 – COSSINETES
Figura 22 – Cossinetes.
7.0 – TARRAXAS
8.0 - ROSQUEADEIRAS
Figura 32 – Cossinetes.
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Capítulo 2: Abertura de Roscas - 16
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
RESUMO
1.0 - INTRODUÇÃO
A diferença principal entre ambos, entretanto, Além disto, tem-se os alargadores de lâminas
é o comprimento do chanfro de corte, como ilustra a removíveis, empregados, manualmente ou não, na
figura 5. calibração de furos cilíndricos. Ele pode ser ajustado
rapidamente com grande precisão, pois as lâminas
deslizam no fundo das ranhuras, as quais são
inclinadas. A sua grande vantagem, naturalmente, são
estas, pois facilitam sua substituição em caso de quebra
ou desgaste.
Figura 5 – Chanfros de corte - Alargador manual. Figura 8 – Alargadores com lâminas removíveis.
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Capítulo 3: Alargamento de Furos - 18
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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Capítulo 3: Alargamento de Furos - 19
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
CAPÍTULO 4: SERRAMENTO
RESUMO
a) Arco ajustável.
1.0 - INTRODUÇÃO
d) Cabo vazado.
2.0 – TIPOS DE SERRAS
Figura 7 – Trabalho de corte com lâmina de 24 dentes Figura 9 – Posicionamento dos dentes da serra.
por polegada – Exemplo.
Para iniciar o trabalho, uma das mãos deve
A figura 8, por sua vez, exemplifica a segurar o cabo da serra, enquanto a outra, o extremo
aplicação de uma lâmina de serra com 32 dentes por oposto do arco e, além disto, a peça que se corta deve
polegada em uma barra de aço. estar firmemente presa ao torno de bancada.
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Capítulo 4: Serramento - 22
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
procedimentos básicos para a conservação e uso destas d) Evitar cortes muito rápidos e erráticos;
ferramentas, ou seja: e) A peça deve ser presa firmemente em um
a) Sempre manter a lâmina com tensão torno de bancada, por exemplo. Em caso
adequada para evitar a ruptura ou afrouxá-la. contrário, é provável que a lâmina torça,
Após as primeiras vezes que empregá-las, quebre ou os dentes sejam avariados;
tencioná-las novamente. Não exceder oito
voltas na borboleta de aperto. É interessante f) A limpeza dos dentes após o uso resulta em
que, na realidade, a lâmina seja uma vida útil maior da lâmina;
destensionada após o uso. g) A lubrificação da lâmina melhora e facilita o
b) Ao serrar, exercer pressão suficiente no corte de metais, reduzindo o seu desgaste e
arco, de forma a sentir o corte da lâmina, eliminando o calor gerado pela fricção. O
pois se a lâmina apenas deslizar sobre a aço fundido não necessita de lubrificação,
peça, irá mascar os dentes. Se, por outro pois em sua composição entram partículas
lado, for aplicada uma pressão excessiva, livres de grafite. Outros metais ferrosos,
ocorrerá uma deformação dos dentes; porém, devem ser lubrificados durante o
c) Mudar a lâmina se alguns dentes estiverem corte. Para os não-ferrosos, a parafina age
ou forem quebrados. como um bom lubrificante.
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Capítulo 4: Serramento - 25
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
CAPÍTULO 5: LIMAGEM
1.0 - INTRODUÇÃO
3.0 – CLASSIFICAÇÃO DAS LIMAS Também são comuns outras limas semelhantes
às chatas, ou seja:
As limas são classificadas em função de sua
forma e quantidade de dentes do picado. a) Limas paralelas, as quais não são afiladas,
Dependendo da espessura dos dentes (ou seja, paralelas na largura e espessura se desejado,
da quantidade de dentes por polegada) tem-se, corte duplo nas faces e um canto sem corte
conforme o padrão americano, as limas bastarda, (liso);
bastardinha e murça. A figura 5 ilustra, enquanto a b) Lima pilar, a qual é semelhante à paralela,
figura 6 apresenta um detalhe do picado de uma lima porém mais estreita e mais grossa;
bastarda. c) Lima paralela para torno, com feitio igual ao
das paralelas, mas sem corte nos cantos.
Possui faces com corte simples ou duplo,
ângulo normal ou comprido.
a) Lima paralela.
b) Lima pilar.
a) Grosa.
Figura 6 – Detalhe do picado de lima bastarda.
Quanto à forma, as mais usuais são as
mostradas na figura 7.
a) Chata.
Por outro lado, a limagem de bordas estreitas A operação de retirada do cabo é efetuada
de peças deve ser efetuada diagonalmente a elas. colocando-se a lima entre as garras de um torno de
Observe-se que, se tal operação for realizada em linha bancada quando ela é pequena, ou, então, colocando-a
reta, os dentes da lima serão muito pressionados, horizontalmente sobre uma mesa ou bigorna e dando
aumentando o risco de quebrá-los. um golpe rápido e seco contra o bordo com o cabo.
Outra forma de se retirar o cabo de uma lima
consiste em bater com um martelo nas bordas do cabo.
d) Quando se executa a limagem, o picado da h) Não utilizar limas de picado fino para limar
lima e a superfície em que se trabalha não peças em bruto, pois os seus dentes facilmente
devem ser tocados com as mãos, pois isto fará se danificariam;
com que a lima resvale sobre o material i) Manter sempre as limas bem ordenadas e
perdendo a sua capacidade de corte; classificadas no armário ou caixa da bancada
e) Não utilizar as limas como alavanca ou para de trabalho.
bater sobre objetos duros, pois elas são de aço j) Caso haja um pedaço de limalha que não se
temperado e, portanto, frágeis; consiga retirar com a carda, pode-se fazê-la
f) Não limar objetos temperados com as limas, saltar com uma pequena chapa de latão afiada;
pois seus dentes serão danificados; k) Ao utilizar uma lima nova, atentar para a
g) Utilizar um só lado da lima até que ele se pressão aplicada, pois o excesso poderá
esgote e, apenas após isto, usar o outro lado; quebrar os dentes.
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Capítulo 5: Limagem - 32
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
CAPÍTULO 6: LIXAMENTO
superiores em uma grande gama de aços-carbono, ligas Portanto a granulação define a gradação de
aeroespaciais, ligas à base de níquel, madeiras duras, uma lixa e, em sendo assim, tem-se que:
aglomerados, compensados e alguns aços inoxidáveis. “Quanto menor for o número, mais grossa será a lixa e,
Óxido de Alumínio Zirconado no sentido contrário, quanto maior ele for, mais fina
Este grão tem como característica principal será a lixa”.
um grande poder de auto afiação, o que confere vida
longa em operações onde se deseja grande remoção de 2.4 – Tipos de Costados
material. Portanto, o óxido de alumínio zirconado é
recomendado em operações de desbaste pesado em Os costados podem ser:
metais e madeiras, porque ao fraturar-se este grão
produz novas pontas abrasivas e cortantes. Costado de Papel
As lixas com costado de papel leve possuem
2.2 – Camada Abrasiva gramatura que variam entre 70 e 150 g/m2. A principal
característica é sua flexibilidade. É utilizado em folhas
Em certas aplicações de abrasivos revestidos é de lixas para operações manuais e lixadeiras portáteis,
conveniente um certo espaçamento entre os grãos, o a seco ou refrigeradas.
que evitará a retenção de cavacos provenientes da peça Já as lixas com costado de papel pesado
reduzindo assim a possibilidade de um excessivo possuem gramatura que variam entre 180 e 280 g/m2.
empastamento da lixa. Existem casos onde, em função Sua resistência mecânica é muito superior a do papel
dos espaçamentos a camada de abrasivo recobre apenas leve. São destinados para a fabricação de lixas
50% da área total da lixa. utilizadas em operações mecanizadas leves de
As lixas são, geralmente, fabricadas em dois desbaste, semi-acabamento e acabamento. São
tipos de densidade superficial de grãos abrasivos, a aplicadas em lixas nos formatos de cintas ou fitas.
saber: Combinação
Camada Aberta Este tipo de costado é obtido a partir de pano e
Significa uma menor quantidade de grãos por papel ligados entre si por um adesivo de grande
unidade de área. É indicada para evitar empastamento resistência. Utilizado nas indústrias madereiras
em operações onde é gerada muita poeira. Madeira, pesadas, para assoalhos e em lixadeiras de cilindros no
metais moles e fibra de vidro são exemplos de formato de folhas grandes.
materiais típicos que requerem lixas com camada
Costado de Tecido
aberta.
O costado de pano é empregado em lixas para
Camada Fechada operações manuais e mecânicas, inclusive aquelas que
Significa uma maior quantidade de grãos por necessitam de grandes esforços. Os costados de pano
unidade de área. É indicada para operações de recebem tratamentos de acordo com o tipo de lixa a
acabamento e para lixas de grãos finos, oferecendo que se destinam.
uniformidade no acabamento. Os tecidos comumente usados são: Lonita,
Jeans, Drill, Cetim e Poliester.
2.3 - Granulometria
Costado de Fibra
Provavelmente a propriedade mais importante O costado de fibra (fibra de algodão + papel) é
das lixas é a granulometria, a qual determina numérica o que apresenta a mais alta resistência mecânica, sendo
e inversamente o tamanho do grão. Desta maneira, sua aplicação mais usual em discos para lixadeiras
quanto maior a numeração, tanto menor será o tamanho portáteis.
do grão.
Utiliza-se, geralmente, a seguinte relação entre 2.5 – Tipos de Formatos
aplicação e granulometrias:
Os formatos de abrasivos revestidos podem
a) Desbaste Pesado - Grãos: 16, 24, 30, ser:
36, 40 e 50;
b) Desbaste Leve - Grãos: 60, 80 e 100; Folha
c) Semi Acabamento - Grãos: 120, 150 e Para trabalhos manuais e com máquinas
180; portáteis, as folhas de lixa são indicadas para operações
d) Acabamento - Grãos: 220, 240, 280 e de desbaste e acabamento de superfícies, remoção de
320; excesso de material, camadas oxidadas, acabamento
e) Polimento - Grãos: 360, 400, 500, 600, pré-pintura, etc. em metais e madeiras com vernizes,
800, 1200, 1500 e 2000. seladoras, massas e tintas.
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Capítulo 6: Lixamento - 34
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
sendo de fácil ajuste manual e indicada para desbaste, Lixadeira oscilante ou orbital
acabamento e polimento de diversos materiais. A lixadeira orbital ou oscilante é aplicada para
lixar e dar acabamento em pequenas superfícies ou em
espaços reduzidos, com facilidade de operação pois
pode ser operada com apenas uma das mãos, e, sistema
rápido e fácil de troca de lixas através de grampo. A
sua base efetua movimentos elípticos quase
imperceptíveis, sendo o resultado um acabamento fino.
Lixadeira excêntrica
A lixadeira excêntrica permite, devido à sua
Figura 6 – Roda. base maleável, o lixamento de superfícies não planas.
3.0 - LIXADEIRAS
A lixadeira é um tipo de ferramenta que
utiliza um formato qualquer de lixa, sendo o seu
acionamento elétrico ou a ar comprimido.
As principais lixadeiras portáteis são:
Lixadeira de disco
A lixadeira de disco é aplicada no lixamento
de materiais diversos com alta produção.
Lixadeira de cinta
A lixadeira de cinta retira grandes quantidades
de material e, por isso, é aplicável em trabalhos mais
Figura 7 – Lixadeira de disco. pesados, como decapagens, por exemplo.
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Capítulo 6: Lixamento - 36
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
Em seguida, a folha da lixa deve ser Desta forma, é conveniente enrolar a lixa em
subdividida até que se obtenham vários pedaços iguais, um pequeno suporte para se obter uma superfície plana
como ilustra a figura 13. Existem suportes feitos de cortiça, plástico ou
borracha.
Costado de pano
As lixas com costado de pano adaptam-se,
devido à sua maleabilidade e robustez, aos trabalhos
com formas arredondadas tanto em madeira com
também aos metais ferrosos ou não ferrosos.
5.0 - SEGURANÇA
Este capítulo se dedica à descrição dos Tanto nas operações de curvamento quanto
processos manuais de dobramento e curvamento de nas de dobramento, o esforço de flexão é feito com
chapas e tubos. intensidade, de modo que provoca uma deformação
plástica no material, ou seja, permanente, mudando a
1.0 - INTRODUÇÃO forma de uma superfície plana para duas superfícies
concorrentes, em ângulo.
Na mecânica, as palavras dobrar e curvar não Desta forma, as dimensões internas e externas
são empregadas como sinônimos, aplicando-se à se tornam diferentes, pois uma sofre um esforço de
operações distintas. compressão e a outra de alongamento. No entanto, há
O dobramento é a operação que é feita pela uma região que não sofre deformação durante os
aplicação de dobra ao material. A dobra é a parte do processos, a qual é denominada de linha neutra.
material plano que é flexionada sobre uma base de
apoio.
3.0 - DOBRAMENTO
Para tubos leves, existem muitos outros Para tubos de aço, inox, alumínio e cobre, com
modelos de curvadores como ilustrado nas figuras a diâmetros de 15 a 54 mm e espessura de parede até 2
seguir. mm, pode-se empregar o curvador da figura 16.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Capítulo 7: Dobramento e Curvamento - 44
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
3.0 - MONTAGEM
e) Verificar se nos diferentes elementos
mecânicos há pontos de referência. Se
3.1 – Objetivos da Montagem houver, efetuar a montagem segundo as
referências existentes;
A montagem tem por objetivo maior a f) Evitar a penetração de impurezas nos
construção de um todo, constituído por uma série de conjuntos montados, protegendo-os
elementos que são fabricados separadamente. adequadamente;
Esses elementos devem ser colocados em uma g) Fazer testes de funcionamento dos
seqüência correta, isto é, montados segundo normas elementos, conforme a montagem for
preestabelecidas, para que o todo seja alcançado e sendo realizada, para comprovar o
venha a funcionar adequadamente. Em manutenção funcionamento perfeito das partes. Por
mecânica, esse todo é representado pelos conjuntos exemplo, verificar se as engrenagens
mecânicos que darão origem às máquinas e estão se acoplando sem dificuldade.
equipamentos. Por meio de testes de funcionamento
A montagem de conjuntos mecânicos exige a dos elementos, é possível verificar se
aplicação de uma série de técnicas e cuidados por parte há folgas e se os elementos estão
do mecânico de manutenção. Além disso, o mecânico dimensionalmente adequados e
de manutenção deverá seguir, caso existam, as colocados nas posições corretas;
especificações dos fabricantes dos componentes a h) Lubrificar as peças que se movimentam
serem utilizados na montagem dos conjuntos para evitar desgastes precoces causados
mecânicos. pelo atrito dos elementos mecânicos.
Outro cuidado que o mecânico de manutenção
deve ter, quando se trata da montagem de conjuntos
mecânicos, é controlar a qualidade das peças a serem 3.3 - Métodos para Realização da Montagem
utilizadas, sejam elas novas ou recondicionadas. Nesse
aspecto, o controle de qualidade envolve a conferência Nos setores de manutenção mecânica das
da peça e suas dimensões. indústrias, basicamente são aplicados dois métodos
para se fazer a montagem de conjuntos mecânicos: a
Sem controle dimensional ou sem conferência montagem peça a peça e a montagem em série.
para saber se a peça é realmente a desejada e se ela não
apresenta erros de construção, haverá riscos para o
conjunto a ser montado. De fato, se uma peça 3.3.1 - Montagem peça a peça
dimensionalmente defeituosa ou com falhas de
construção for colocada em um conjunto mecânico, A montagem peça a peça é efetuada sobre
poderá produzir outras falhas e danos em outros bancadas.
componentes.
Como exemplo, a figura 1 mostra a seqüência
de operações a serem realizadas para a montagem de
3.2 - Recomendações Para a Montagem
uma bomba de engrenagens.
Como todas as peças já estão ajustadas, a
a) Verificar se todos os elementos a serem atividade de montagem propriamente dita se limita a
montados encontram-se perfeitamente uni-las ordenadamente. Um controle de funcionamento
limpos, bem como o ferramental; indicará se será preciso fazer correções.
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Capítulo 8: Montagem e Desmontagem - 48
CM 101 – NOÇÕES DE USINAGEM
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Capítulo 8: Montagem e Desmontagem - 49