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INSTALAÇÕES
ELEVATÓRIAS
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Elaboração
Pedro Colen Neto.
Unidade Operacional
Apresentação
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Curso Técnico de Mecânica
Instalações Elevatórias e Fundamentos de Bombas
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1. Introdução ao Tema
A função principal desta apostila é fornecer uma ferramenta técnica e
prática de fácil consulta aos estudantes do curso técnico em mecânica,
iniciantes ao tema.
Não é objetivo deste breve manual substituir os bons trabalhos
bibliográficos existentes sobre o assunto.
Recomendações bibliográficas serão citadas no final deste texto.
A questão fundamental em nosso tema é a determinação dos
equipamentos necessários para energização de fluidos para elevação
dos mesmos de um reservatório em um ponto baixo para um ponto
mais alto.
Conceitos básicos de Física e Matemática serão necessários para o bom
desenvolvimento deste estudo.
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Da figura:
1 – Casa das Bombas: edificações próprias destinadas a abrigar o
conjunto motor-bomba.
M: Motor de acionamento (órgão encarregado do acionamento da
bomba, podendo ser) comumente aparece como um motor elétrico ou
um motor de combustão interna (a gasolina ou diesel).
Os principais fatores que provocam, na maioria dos casos, uma
tendência para o uso dos motores elétricos são:
− A vida mais longa
− A maior segurança e comodidade operacional (não provocam
poluição local)
− Custo de manutenção mais baixo.
B: Bomba
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3. Escolha da Bomba
ESCOLHA DA BOMBA
CATÁLOGO DE ABRICANTES
ESCOLHA DA BOMBA
DADOS PARA
MANOMÉTRICA
ALTURA
VAZÃO
(TUBOS E ACESSÓRIOS)
PRINCIPAL
PERDA DE CARGA
CÁLCULO
DIÂMETRO DAS
TUBULAÇÕES
CÁLCULO
INICIAL
DADOS DE
ENTRE OS RESERVATÓRIOS
ENTRADA
DIFERENÇA DE PRESSÃO
MATERIAL DA
TUBULAÇÃO
DESNÍVEL
VAZÃO
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3.1. Vazão
É definida como a quantidade de fluído que passa pela a bomba por
unidade de tempo.
A vazão a ser recalcada por uma bomba em uma instalação elevatória
dependerá basicamente do consumo diário da instalação (Jornada de
trabalho) e do número de bombas em operação (caso das instalações
com bombas associadas em paralelo).
A partir de tabelas como a mostrada abaixo, pode-se estabelecer uma
estimativa do nível de consumo em função da atividade e/ou tipo de
construção:
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4⋅Q
D=
π⋅v
Velocidades econômicas
Para uso prático, as velocidades de escoamento mais econômicas são:
Velocidade de Sucção ≤ 1,5 m/s (limite 2,0 m/s)
Velocidade de Recalque ≤ 2,5 m/s (limite 3,0 m/s)
Logo:
4⋅Q 4⋅Q
Ds = ; Dr =
π ⋅ vs π ⋅ vr
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onde:
D: diâmetro [m].
K: 0,9 - Coeficiente de custo de investimento x custo operacional.
Usualmente aplica-se um valor entre 0,8 e 1,0.
Q: vazão [m3/s].
A Fórmula de Bresse calcula o diâmetro da tubulação de recalque,
sendo que, na prática, para a tubulação de sucção adota-se um
diâmetro comercial imediatamente superior.
Fórmula da ABNT
D = 0,586 ⋅ T 1 / 4 ⋅ Q ;
onde:
D: diâmetro [m].
T: jornada de trabalho [h].
Q: vazão [m3/s].
Não coincidindo o diâmetro calculado com um diâmetro comercial, é
procedimento usual admitir o diâmetro comercial imediatamente
superior para a linha de sucção e o comercial inferior para a linha de
recalque.
A fórmula da ABNT é usual quando o funcionamento é intermitente.
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H0
ps
onde:
Hman: altura manométrica [mca*].
H0 : desnível geométrico [mca*].
pr : pressão no reservatório de recalque [kg/m2].
ps : pressão no reservatório de sucção [kg/m2].
γ : peso específico do fluido [kg/m3].
∆H: perda de carga nas tubulações e acessórios [mca].
Quando ambos os reservatórios são abertos e sujeitos, portanto, à
pressão atmosférica (pr = ps = patm).
Isso simplificará a equação anterior:
Hman = H0 + ∆H
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onde:
L : comprimento equivalente
(comp. da tubulação + comp. Equiv. dos acessórios) [km]
J : perda de carga unitária [mca/km]
Neste método calcula-se a perda de carga para a linha de sucção (∆Hs) e
para a linha de recalque (∆Hr).
Logo a perda de carga total do sistema (∆H), será:
∆H = ∆H s + ∆Hr
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Canalização de PVC
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Onde:
∆H: perda de carga [mca].
L : comprimento do tubo [m].
D: diâmetro do tubo [m].
f : coeficiente de atrito.
g : aceleração da gravidade [m/s2].
v : velocidade média de escoamento [m/s].
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onde:
ε ou k : rugosidade absoluta [mm]
D : diâmetro da tubulação [mm]
RUGOSIDADE ABSOLUTA
MATERIAL ε ou k [mm]
Fefu novo 0,26 a 1,00
Aço galvanizado 0,15
Aço comercial 0,046
Cobre ou vidro 0,0015
Aço laminado novo 0,0015
FeFu asfaltado 0,12 a 0,26
Aço asfaltado 0,04
Aço soldado liso 0,10
Aço rebitado 0,04
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onde:
∆HL: perda de carga localizada nos acessórios [mca].
K: característica do acessório
v: velocidade de escoamento [m/s]
g: aceleração da gravidade [m/s2]
Abaixo uma tabela com os valores de ‘K’ em função dos acessórios:
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M
V 2
y
1
onde:
2 2
p v p v
( 2 + 2 ) = E2 e ( 1 + 1 ) = E1
γ 2 γ 2
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Somando os termos:
p 2 p atm p atm p1 p p
M+V = − + − = 2 − 1
γ γ γ γ γ γ
A
M
h
2
y
Se h = y:
Hman = M
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Onde:
Hth: energia cedida em todos os kg de fluido que atravessa a
bomba [mca].
Hman: altura manométrica desenvolvida pela bomba [mca].
∆H1→2: perda de carga interna ao rotor [mca].
É definido que:
H man
ηH = ;
H th
Substituindo os termos teremos:
∆H 1→2
ηH = 1−
H th
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Nm = NB ⋅ MS ;
Onde:
Nm: potência do motor [CV];
NB: potência da bomba [CV];
MS: margem de segurança.
NB [CV] MS
NB ≤ 2 1,50
2 < NB ≤ 5 1,30
5 < NB ≤ 10 1,20
10 < NB ≤ 20 1,15
NB > 20 1,10
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Exercício Resolvido
Uma indústria necessita de uma bomba para água com uma vazão horária de
36 m3. A altura estática de sucção da bomba é de 3 m e a de recalque e de
10m, conforme esquema abaixo.
a) Determinar o diâmetro econômico das tubulações.
b) Escolher a bomba capaz de executar este serviço.
c) Determinar a potência do motor de acionamento, admitindo para a
bomba escolhida um rendimento de 65%.
Ls=7 m
10 m
13 m
Lr=20 m
Material: FeFu pichado novo
νH2O=10-6 m2/s
H0=13 mca
3m
a) Determinação de Ds e Dr
D = K⋅ Q K = 0,90
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Dados de entrada:
Vazão em litros por segundo [l/s] ∴
Q = 0,01 ⋅ m3 s = 0,01 ⋅ 1000 ⋅ dm 3 / s ∴ Q = 10 ⋅ l / s
Do ábaco, teremos:
Sucção: Recalque:
Ds = 100 mm Dr = 75 mm
vs = 1,3 m/s vr = 2,3 m/s
J/K = 32,5 m/km J/K = 130 m/km
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J = J / K (c =100) ⋅ K (c =?)
sabe-se que J/K = 32,5 m/km, este valor é para o valor de C=100, porém na
tabela de valores de ‘C’, tem-se o valor de C= 118 para FeFu pichado novo
com diâmetro até 100 mm.
O valor de K não é encontrado diretamente na tabela, pois não se tem este
valor para C = 118. Logo, encontra-se este valor por interpolação:
K (C =118) − 0,038 118 − 110
= ∴ K (C =118) = 0,578
0,713 − 0,038 120 − 110
J = J / K (c =100) ⋅ K (c =118)
J = 32,5 ⋅ 0,578 = 18,785 ⋅ m/km
Finalmente, tem-se:
∆Hs = 18,785 ⋅ 32,1 × 10 −3
∆Hs = 0,603 ⋅ mca
Observação: não pode se esquecer que o fator J/K tem a unidade m/km, logo
o valor de Ls terá de ser necessariamente em km
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sabe-se que J/K = 130 m/km, este valor é para o valor de C=100, porém na
tabela de valores de ‘C’, tem-se o valor de C= 118 para FeFu pichado novo
com diâmetro até 100 mm.
O valor de K é o mesmo para a sucção, logo: K (C =118) = 0,578
J = J / K (c =100) ⋅ K (c =118)
J = 130 ⋅ 0,578 = 75,14 ⋅ m/km
Finalmente, tem-se:
∆Hr = 75,14 ⋅ 31,1 × 10 −3
∆Hr = 2,34 ⋅ mca
Observação: não pode se esquecer que o fator J/K tem a unidade m/km, logo
o valor de Lr terá de ser necessariamente em km.
A perda de carga total do sistema será:
∆H = ∆Hs + ∆Hr = 0,603 + 2,34
∆H = 2,94 ⋅ mca
Finalmente temos a altura manométrica
Hman = H0 + ∆H
Hman = 13 + 2,94
Hman = 15,94 ⋅ mca
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a) As tubulações (FeFu)
b) Escolher a bomba
c) Potência do motor
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Referências Bibliográficas
CARVALHO, D. F. INSTALAÇÕES ELEVATÓRIAS. BOMBAS. Belo
Horizonte - MG: FUMARC, 1979.
SCHNEIDER, Indústria. Manual Técnico. ed. Joinville – SC
JABORANDY, Sérgio. Curso de Bombas Hidráulicas.
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