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SENAI – CFP “ALVIMAR CARNEIRO DE REZENDE”

INSTALAÇÕES
ELEVATÓRIAS

SENAI-CFP “Alvimar Carneiro de Rezende”


Via Sócrates Marianni Bittencourt, 711 – CINCO.
CONTAGEM – MG – Cep. 32010-010
Tel. 31-3352-2384 – E-mail: cfp-acr@fiemg.com.br
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade

Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI e


Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leão dos Santos

Gerente de Educação e Tecnologia


Edmar Fernando de Alcântara

Elaboração
Pedro Colen Neto.

Unidade Operacional

Centro de Formação Profissional “Alvimar Carneiro de Rezende”


Sumário

1. INTRODUÇÃO AO TEMA ....................................................................................................5

2. INSTALAÇÃO DE BOMBEAMENTO TÍPICA. ................................................................6

NOTAÇÃO BÁSICA EMPREGADA: .............................................................................................9

3. ESCOLHA DA BOMBA ........................................................................................................10

3.1. VAZÃO ..............................................................................................................................11


3.2. ALTURA MANOMÉTRICA .....................................................................................................15
3.2.1. PERDA DE CARGA..........................................................................................................16
3.3. MEDIÇÃO DIRETA DA ALTURA MANOMÉTRICA ....................................................................26
3.4. RENDIMENTOS A SEREM CONSIDERADOS ...........................................................................28
3.5. POTÊNCIA NECESSÁRIA AO ACIONAMENTO DAS BOMBAS....................................................30
3.7. SELEÇÃO DAS BOMBAS ......................................................................................................31
EXERCÍCIO RESOLVIDO ..................................................................................................................34
EXERCÍCIOS PROPOSTOS (RESOLVA-OS PELO MÉTODO DE HAZEN-WILLIAMS) ..............................40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................................43


Instalações Elevatórias e Fundamentos de Bombas
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Apresentação

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada


sociedade do conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em


todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente
envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe


disso, e, consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a
égide do conceito da competência: “formar o profissional com
responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na
resolução de problemas, com conhecimentos técnicos
aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada”.

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área


tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante
atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo
bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial
de informações – internet – é tão importante quanto zelar pela
produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas


oficinas e laboratórios do SENAI, fazem com que as informações,
contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em
múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a


sua curiosidade, responder às suas demandas de informações e
construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes para
sua formação continuada!

Gerência de Educação e Tecnologia

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Curso Técnico de Mecânica
Instalações Elevatórias e Fundamentos de Bombas
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1. Introdução ao Tema
A função principal desta apostila é fornecer uma ferramenta técnica e
prática de fácil consulta aos estudantes do curso técnico em mecânica,
iniciantes ao tema.
Não é objetivo deste breve manual substituir os bons trabalhos
bibliográficos existentes sobre o assunto.
Recomendações bibliográficas serão citadas no final deste texto.
A questão fundamental em nosso tema é a determinação dos
equipamentos necessários para energização de fluidos para elevação
dos mesmos de um reservatório em um ponto baixo para um ponto
mais alto.
Conceitos básicos de Física e Matemática serão necessários para o bom
desenvolvimento deste estudo.

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2. Instalação de bombeamento típica.


Nosso estudo iniciará entendendo o que é uma estação de
bombeamento típica. Sua função principal é fornecer energia a um
fluido para que este consiga alcançar locais impossíveis devido à
gravidade.
Estas instalações podem apresentar em sua forma variações diversas.
Abaixo, um esquema de uma instalação de bombeamento.

Da figura:
1 – Casa das Bombas: edificações próprias destinadas a abrigar o
conjunto motor-bomba.
M: Motor de acionamento (órgão encarregado do acionamento da
bomba, podendo ser) comumente aparece como um motor elétrico ou
um motor de combustão interna (a gasolina ou diesel).
Os principais fatores que provocam, na maioria dos casos, uma
tendência para o uso dos motores elétricos são:
− A vida mais longa
− A maior segurança e comodidade operacional (não provocam
poluição local)
− Custo de manutenção mais baixo.
B: Bomba

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2 - Poço, manancial ou reservatório de sucção.


3 - Linha de sucção
VPC: Válvula de pé com crivo
CL: Curva longa de 900
RE: Redução excêntrica
4 - Linha de recalque
VR: Válvula de retenção R: Registro
C: Curvas ou joelhos (ou cotovelos)
5 - Reservatório de recalque
Descrição de cada órgão:
− Válvula de pé com crivo (VPC): instalada junto ao pé da
tubulação de sucção, é uma válvula unidirecional que só permite a
passagem do fluido no sentido ascendente e que, com o
desligamento do motor de acionamento, mantém a carcaça da
bomba e a tubulação de sucção cheia do fluido recalcado,
impedindo o seu retorno ao reservatório de sucção.
A válvula de pé com crivo mantém a bomba escorvada (carcaça
da bomba e tubulação de sucção cheia de fluido); impedindo
também a sucção de partículas sólidas.

− Redução excêntrica (RE): Redução que liga o final da tubulação


de sucção à boca de entrada da bomba, de diâmetro,
normalmente, menor. Com a excentricidade visa-se evitar a
formação de bolsas de ar, à entrada da bomba, o que estrangula
a secção de entrada e dificulta o funcionamento normal da
bomba. São dispensáveis em instalações com linhas de sucção de
pequeno diâmetro, normalmente, em instalações com diâmetro
de sucção superiores a 4".

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− Bomba (B): órgão encarregado de succionar o fluido do


reservatório de sucção e energizando-o através de seu rotor para
o reservatório de recalque.
Adiante haverá um tópico exclusivo sobre o tema.
− Válvula de retenção (VR): Válvula de sentido único colocada na
tubulação de recalque para evitar o golpe de aríete. Utilizar uma
válvula de retenção a cada 20 mca de Hman.

− Registro de recalque (R): controla a vazão recalcada. Deve vir


logo após a válvula de retenção e tem tipos diferentes. O registro
de gaveta é dos mais comuns.

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NOTAÇÃO BÁSICA EMPREGADA:


Com a finalidade de haver uma normalização geral, é sugerida a
seguinte notação:
Q: vazão recalcada [m3/s].
q: recirculação e vazamentos [m3/s].
Hman: altura manométrica da instalação, desenvolvida pela bomba [mca].
Ho: desnível entre o nível do fluido no reservatório de sucção ao reservatório de
recalque [mca].
∆H: perda de carga total da instalação [mca].
∆HS: perda de carga na linha de sucção [mca].
∆HL: perda de carga na linha de recalque [mca].
∆Hc: perda de carga contínua [mca].
∆Hl: perda de carga localizada no acessório [mca].
∆HL: perda de carga localizada total [mca].
∆H1→2: perda de carga interna ao rotor [mca].
∆HB: perda de carga da bomba [mca]. ∆HB
Hth: altura teórica (energia cedida a cada kg de fluido que atravessa a bomba) [mca].
Pr: pressão do reservatório de recalque [kgf/m2; mca].
Ps: pressão do reservatório de sucção [kgf/m2; mca].
D: diâmetro econômico [m; pol.; mm].
Ds: diâmetro da linha de sucção [m; pol.; mm].
Dr: diâmetro da linha de recalque [m; pol.; mm].
η : rendimento total da bomba [%].
ηH: rendimento hidráulico da bomba [%].
ηv: rendimento volumétrico da bomba [%].
ηm: rendimento mecânico da bomba [%].
NB: potência necessária ao acionamento da bomba [CV].
N: potência instalada do motor de acionamento [CV].
∆N: parcela da potência dissipada em atrito [CV].
A: área da secção transversal de uma tubulação [m2].
v: velocidade média de escoamento em uma tubulação [m/s]
vs: velocidade média da linha de sucção [m/s]
vr: velocidade média da linha de recalque [m/s]
Re: número de Reynolds.
ν : viscosidade cinemática, em [m2/s].

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3. Escolha da Bomba

A especificação de uma bomba em uma instalação de bombeamento é


função do conhecimento de duas grandezas:
- Vazão a ser recalcada (Q).
- Altura manométrica da instalação (Hman).
Isso se dá pelos catálogos técnicos de fabricantes de bombas, trazerem
estas grandezas como base para escolha das bombas.
Abaixo é apresentado um diagrama da seqüência de cálculos para
determinação de uma bomba.

ESCOLHA DA BOMBA
CATÁLOGO DE ABRICANTES

ESCOLHA DA BOMBA
DADOS PARA
MANOMÉTRICA
ALTURA
VAZÃO

(TUBOS E ACESSÓRIOS)

PRINCIPAL
PERDA DE CARGA

CÁLCULO
DIÂMETRO DAS
TUBULAÇÕES

CÁLCULO
INICIAL
DADOS DE
ENTRE OS RESERVATÓRIOS

ENTRADA
DIFERENÇA DE PRESSÃO
MATERIAL DA
TUBULAÇÃO

DESNÍVEL
VAZÃO

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3.1. Vazão
É definida como a quantidade de fluído que passa pela a bomba por
unidade de tempo.
A vazão a ser recalcada por uma bomba em uma instalação elevatória
dependerá basicamente do consumo diário da instalação (Jornada de
trabalho) e do número de bombas em operação (caso das instalações
com bombas associadas em paralelo).
A partir de tabelas como a mostrada abaixo, pode-se estabelecer uma
estimativa do nível de consumo em função da atividade e/ou tipo de
construção:

ESTIMATIVA DE CONSUMO PREDIAL


CONSUMO
PRÉDIO
(litros/dia)
Alojamentos provisórios. 80 por pessoa
Casas populares 120 por pessoa
Residências 150 por pessoa
Apartamentos 200 por pessoa
Hotéis (sem cozinha e sem lavanderia) 120 por pessoa
Hospitais 250 por pessoa
Escolas - internatos 150 por pessoa
Escolas - externatos 50 por pessoa
Quartéis 150 por pessoa
Edifícios públicos ou comerciais 50 por pessoa
Escritórios 50 por pessoa
Cinemas e Teatros 2 por lugar
Templos 2 por lugar
Restaurantes e similares 25 por refeição
Garagens 50 por automóvel
30 por kg de
Lavanderia
roupa
Mercados 5 por m2 de área
Fábricas em geral (uso pessoal) 70 por operário
Postos de serviço p/automóvel 150 por veículo
Jardins 1,5 por m2
Orfanatos, Asilo e Berçário. 150 por pessoa

Diâmetros das tubulações.


O cálculo dos diâmetros tem com base a Equação da Continuidade,
dada por:
Q = v ⋅ A,
onde:
Q: vazão [m3/s]
v: velocidade de escoamento [m/s]
A: área da seção transversal do tubo [m2]

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Sabe-se que a área de uma seção transversal é dada por:


π ⋅ D2
A = ;
4
onde:
A: área da seção transversal do tubo [m2]
D: diâmetro do tubo [m]
Logo:
π ⋅ D2 π ⋅ D2 Q
Q = v⋅A = v⋅ ∴ =
4 4 v

4⋅Q
D=
π⋅v
Velocidades econômicas
Para uso prático, as velocidades de escoamento mais econômicas são:
Velocidade de Sucção ≤ 1,5 m/s (limite 2,0 m/s)
Velocidade de Recalque ≤ 2,5 m/s (limite 3,0 m/s)
Logo:
4⋅Q 4⋅Q
Ds = ; Dr =
π ⋅ vs π ⋅ vr

Um estudo econômico é necessário para determinação do diâmetro da


tubulação:
• Quanto maior o diâmetro da instalação, maior será o investimento
(o valor dos tubos é diretamente proporcional ao seu peso).
• Quanto maior o diâmetro da instalação, menor será o custo de
operação, pois há uma diminuição a velocidade de escoamento e
da perda de carga. Em efeito “cascata”, a altura manométrica da
também diminuirá.
O que se procura é um ponto de equilíbrio entre o investimento e o
custo de operação como mostra a figura abaixo:

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Cálculo dos Diâmetros das tubulações


Fórmula de Bresse
D=K⋅ Q;

onde:
D: diâmetro [m].
K: 0,9 - Coeficiente de custo de investimento x custo operacional.
Usualmente aplica-se um valor entre 0,8 e 1,0.
Q: vazão [m3/s].
A Fórmula de Bresse calcula o diâmetro da tubulação de recalque,
sendo que, na prática, para a tubulação de sucção adota-se um
diâmetro comercial imediatamente superior.

Fórmula da ABNT
D = 0,586 ⋅ T 1 / 4 ⋅ Q ;

onde:
D: diâmetro [m].
T: jornada de trabalho [h].
Q: vazão [m3/s].
Não coincidindo o diâmetro calculado com um diâmetro comercial, é
procedimento usual admitir o diâmetro comercial imediatamente
superior para a linha de sucção e o comercial inferior para a linha de
recalque.
A fórmula da ABNT é usual quando o funcionamento é intermitente.

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Sua aplicação fica facilitada usando-se o diagrama abaixo:

Diâmetros da tubulação de uma elevatória com funcionamento


intermitente segundo ABNT.

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3.2. Altura Manométrica


Altura total exigida pelo sistema, a qual a bomba deverá ceder energia
suficiente ao fluído para que o mesmo vença o desnível da instalação.
Levam-se em consideração os desníveis geométricos de sucção e
recalque e a resistência natural que as tubulações e acessórios
oferecem ao escoamento dos fluidos (perda de carga).
Matematicamente, escreve-se:
pr − p s
Hman = H0 + + ∆H ;
γ
pr
∆H
Hman

H0

ps

onde:
Hman: altura manométrica [mca*].
H0 : desnível geométrico [mca*].
pr : pressão no reservatório de recalque [kg/m2].
ps : pressão no reservatório de sucção [kg/m2].
γ : peso específico do fluido [kg/m3].
∆H: perda de carga nas tubulações e acessórios [mca].
Quando ambos os reservatórios são abertos e sujeitos, portanto, à
pressão atmosférica (pr = ps = patm).
Isso simplificará a equação anterior:
Hman = H0 + ∆H

* 1 kgf/cm2 é a pressão exercida por uma coluna de água de 10 metros


de altura. Pode-se então afirmar que: 1 kgf/cm2 ≈ 10 mca = 98,1 kPa

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3.2.1. Perda de Carga


A perda de carga na instalação consiste na resistência oferecida pelas
tubulações e acessórios ao escoamento do fluido.
Dividi-se a perda de carga em dois tipos:
Contínua: perda de carga nos trechos retos de canalizações.
É mensurada, através de coeficientes, um valor percentual sobre
o comprimento total da tubulação, em função do diâmetro interno
da tubulação e da vazão desejada.
Localizada ou acidental: perda de carga nos acessórios das
tubulações.
Influem de uma forma direta na perda de carga:
o Do fluido:
 propriedades
 a natureza do regime de escoamento (Laminar ou
turbulento).
o Dos acessórios:
 O estado superficial da parede e, portanto, o material
de que é feito o tubo.
o Da tubulação:
 propriedades
 o material
 o estado superficial (rugosidade).
 O processo de fabricação do tubo (sem costura
oferece menos resistência do que o com costura).
 Existência de revestimentos especiais: são
empregados visando eliminar ou minorar o efeito da
corrosão.
 O estado de conservação das paredes.
 A idade da tubulação.

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Cálculo da Perda de Carga pelo Método do


“Comprimento Equivalente”
Ábaco de Hazen-Williams
É um método simples cuja utilização requer o conhecimento de dois
parâmetros entre três:
 Vazão [l/s];
 Diâmetro [mm];
 v [m/s].
Ou seja, tendo a vazão e o diâmetro, obtém-se J/K e v.
O fator J/K [m/km] é o valor procurado para obter a perda de carga
∆H, pelas equações:
∆H = J ⋅ L
J = J / K (c =100) ⋅ K (c =?)

onde:
L : comprimento equivalente
(comp. da tubulação + comp. Equiv. dos acessórios) [km]
J : perda de carga unitária [mca/km]
Neste método calcula-se a perda de carga para a linha de sucção (∆Hs) e
para a linha de recalque (∆Hr).
Logo a perda de carga total do sistema (∆H), será:
∆H = ∆H s + ∆Hr

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Abaixo o Ábaco de Hazen-Williams.

Observação importante sobre este ábaco é que ele foi desenvolvido


para C = 100, onde o fator K = 1,00.
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Para outros materiais deve-se consultar a tabela abaixo:

Para a determinação do comprimento equivalente por acessório,


utilizam-se tabelas para cada tipo de material da tubulação
existente.
O comprimento equivalente de uma linha será a soma da linha reta
com os comprimentos equivalente por acessório conforme tabelas a
seguir.

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Tabelas de determinação de comprimento equivalente por


acessório
Canalização de Ferro Fundido (FeFu) e aço

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Canalização de PVC

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Cálculo da Perda de Carga pelo Método conjugado da Fórmula


de Darcy-Weissbach com o Ábaco de Moody
Segundo Darcy-Weissbach:
L v2
∆H = f ⋅ ⋅ ;
D 2⋅g

Onde:
∆H: perda de carga [mca].
L : comprimento do tubo [m].
D: diâmetro do tubo [m].
f : coeficiente de atrito.
g : aceleração da gravidade [m/s2].
v : velocidade média de escoamento [m/s].

Coeficiente de atrito (f)


O escoamento será:
Laminar Re < 2.000
Turbulento Re > 4.000
onde:
v ⋅D
Re =
ν
Re = No de Reynolds;
v = Velocidade média de escoamento [m/s].
D = Diâmetro da Tubulação [m].
ν = Viscosidade cinemática do líquido [m2 /s].
Para a água doce, ao nível do mar e a temperatura de 25oC,
ν = 0,000001007 m²/s ≅ 10-6 m²/s;

Se o escoamento é laminar (Re < 2.000), tem-se


64
f =
Re

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Se o escoamento é turbulento (Re > 4.000), tem-se:


f será encontrado no ábaco de Moody. Os dados necessários para
encontrar seu valor serão:
ε ⋅ ou ⋅ k ;
D D

onde:
ε ou k : rugosidade absoluta [mm]
D : diâmetro da tubulação [mm]

RUGOSIDADE ABSOLUTA
MATERIAL ε ou k [mm]
Fefu novo 0,26 a 1,00
Aço galvanizado 0,15
Aço comercial 0,046
Cobre ou vidro 0,0015
Aço laminado novo 0,0015
FeFu asfaltado 0,12 a 0,26
Aço asfaltado 0,04
Aço soldado liso 0,10
Aço rebitado 0,04

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Com os valores de ε D ou k D e Re; consegue-se o f pelo Ábaco de


Moody:

Entre 2.000 e 4.000, o regime de escoamento é considerado crítico.


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Na prática, o regime de escoamento da água em tubulações é sempre


turbulento.
Perda de Carga Localizada
Método Direto
v2
∆HL = ΣK ⋅ ;
2⋅g

onde:
∆HL: perda de carga localizada nos acessórios [mca].
K: característica do acessório
v: velocidade de escoamento [m/s]
g: aceleração da gravidade [m/s2]
Abaixo uma tabela com os valores de ‘K’ em função dos acessórios:

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3.3. Medição direta da Altura Manométrica


É possível obter a altura manométrica através de dispositivos de
medição de pressão na própria instalação.
Estes instrumentos são: vacuômetro e manômetro.

M
V 2

y
1

A figura acima mostra a bomba com sucção positiva, ou seja, a bomba


está instalada acima do reservatório de sucção, logo se tem:
Vacuômetro (V) – Instrumento que mede a pressão relativa negativa
do sistema. É colocado logo antes da bomba.
Manômetro (M) – Instrumento que mede a pressão relativa positiva
do sistema. É colocado logo após a bomba.
y – desnível entre o vacuômetro e o manômetro.
Este cálculo é baseado na equação de Bernoulli:
2 2
∆p (v 2 + v 1 )
+ + g ⋅ ∆y = 0
γ 2

Considerando o sistema analisado:


2 2
p2 v p v
Hman = ( + 2 ) − ( 1 + 1 ) + ∆y
γ 2 γ 2

onde:
2 2
p v p v
( 2 + 2 ) = E2 e ( 1 + 1 ) = E1
γ 2 γ 2

As pressões medidas lidas nos acessórios são determinadas pelas


equações:
p 2 p atm p p
M= − e V = atm − 1
γ γ γ γ

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Somando os termos:
p 2 p atm p atm p1 p p
M+V = − + − = 2 − 1
γ γ γ γ γ γ

considerando as velocidades v2 ≅ v1, o fator v 2 2 2 e v 1 2 2 se anularão,


encontrando:
p 2 p1
Hman = − +y
γ γ

Lembrando que: M = p2 γ e V = − p1 γ , logo:


Hman = M + V + y

Para um sistema montado com sucção negativa, ou seja, a bomba


instalada abaixo no nível de água do reservatório de sucção (é comum
esta montagem ser chamada “afogada”).

A
M
h

2
y

O equilíbrio entre o ponto A e o ponto 1, tem-se:


2 2
pA v p v
+ A +h = 1 + 1 ;
γ 2⋅g γ 2⋅g
pA p p p
Mas, = atm = 0 (pressão efetiva); 1 = h e 2 = M ;
γ γ γ γ

considerando as velocidades v2 ≅ v1, o fator v 2 2 2 e v 1 2 2 se anularão,


encontrando:
Hman = M − (h − y) , ou Hman = M − (h − y)

Se h = y:
Hman = M

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3.4. Rendimentos a serem considerados


Pode-se definir rendimento como a razão entre o medido (ou real) e o
ideal. É um número que indica a porcentagem realmente aproveitada. A
perda se dá devido a atrito, limitações do sistema etc.
No caso das instalações elevatórias têm-se os rendimentos ligados à
bomba.
η = ηH ⋅ η V ⋅ ηm
Onde:
η : rendimento total da bomba [%].
ηH: rendimento hidráulico da bomba [%].
ηv: rendimento volumétrico da bomba [%].
ηm: rendimento mecânico da bomba [%].

3.4.1. Rendimento Hidráulico


O acabamento superficial entre o rotor e a carcaça da bomba gera uma
perda de energia, medida por este rendimento.
Temos:
Hth = Hman + ∆H1 → 2 ;

Onde:
Hth: energia cedida em todos os kg de fluido que atravessa a
bomba [mca].
Hman: altura manométrica desenvolvida pela bomba [mca].
∆H1→2: perda de carga interna ao rotor [mca].

É definido que:
H man
ηH = ;
H th
Substituindo os termos teremos:
∆H 1→2
ηH = 1−
H th

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3.4.2. Rendimento Volumétrico


A recirculação e vazamentos no estojo de gaxetas da bomba geram
uma perda de energia, medida por este rendimento.
Q
ηV =
Q+q
Onde:
ηv: rendimento volumétrico da bomba [%].
Q: vazão recalcada [m3/s].
q: recirculação e vazamentos [m3/s].
Para valores médios, tem-se:
Tipo da bomba Faixa de valores de ηv
Baixa pressão
(93 – 98) %
(Hman<15 mca)
Média pressão
(88 – 93) %
(15 mca ≤ Hman ≤ 50 mca)
Alta pressão
(83 – 88) %
(Hman>50 mca)

3.4.3. Rendimento Mecânico


A perda por atrito no bombeamento é medida por este rendimento.
N − ∆N ∆N
ηm = ∴ ηm = 1 −
N N
Onde:
ηm: rendimento mecânico da bomba [%].
N: potência instalada do motor de acionamento [CV].
∆N: parcela da potência dissipada em atrito [CV].

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3.5. Potência Necessária ao acionamento das bombas


γ ⋅ Q ⋅ Hman
NB = ;
η
Onde:
NB: potência necessária ao acionamento da bomba [kgf.mca/s].
γ: peso específico do fluido [kgf/m3]
Q: vazão recalcada [m3/s].
Hman: altura manométrica desenvolvida pela bomba [mca].
η : rendimento total da bomba [%].

Para converter em CV, dividi-se a equação por 75, logo:


γ ⋅ Q ⋅ Hman
NB =
75 ⋅ η
3.6. Potência Instalada
Da potência necessária ao acionamento da bomba (NB), tem-se o valor
da potência de instalação do motor (amiúde elétrico).
A potência do motor será determinada por:

Nm = NB ⋅ MS ;
Onde:
Nm: potência do motor [CV];
NB: potência da bomba [CV];
MS: margem de segurança.
NB [CV] MS
NB ≤ 2 1,50
2 < NB ≤ 5 1,30
5 < NB ≤ 10 1,20
10 < NB ≤ 20 1,15
NB > 20 1,10

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3.7. Seleção das bombas


Conhecida a vazão e a altura manométrica, determina-se qual bomba
utilizar de acordo a cada fabricante.
Uma observação a ser feita é da atenção às unidades utilizadas. Amiúde
Hman é dada em mca, porém a vazão pode ser encontrada em l/s; m3/h;
m3/s etc.

Abaixo gráficos de seleção de bombas, segundo fabricantes:

Gráfico de Seleção Geral

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Gráfico de Seleção Série Alfa

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Gráfico de Seleção Série Beta

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Exercício Resolvido
Uma indústria necessita de uma bomba para água com uma vazão horária de
36 m3. A altura estática de sucção da bomba é de 3 m e a de recalque e de
10m, conforme esquema abaixo.
a) Determinar o diâmetro econômico das tubulações.
b) Escolher a bomba capaz de executar este serviço.
c) Determinar a potência do motor de acionamento, admitindo para a
bomba escolhida um rendimento de 65%.

Ls=7 m
10 m
13 m

Lr=20 m
Material: FeFu pichado novo
νH2O=10-6 m2/s
H0=13 mca
3m

a) Determinação de Ds e Dr

D = K⋅ Q K = 0,90

transformação da unidade da vazão:


Q=36 m3/h,
temos que: 1 h = 3600 s; logo:
m3 m3
Q = 36 = 36 ⋅ ∴ Q = 0,01 ⋅ m 3 s
h 3600 ⋅ s

D = 0,90 ⋅ 0,010 ∴ D = 0,90 ⋅ 0,1 = 0,09 ⋅ m


D = 90 ⋅ mm

Pela tabela de FeFu, temos:


Ds = 100 mm e
Dr = 75 mm

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b) Escolher a bomba capaz de executar este serviço.


Para determinar a bomba é necessário saber a vazão (que é um dado do
problema) e a perda de carga.
Lembrando que:
pr − p s
Hman = H0 + + ∆H
γ
Sabe-se o desnível - H0 = 13 m – como também que pr = ps = patm,
logo o fator pr − p s γ = 0 . Logo o que falta é a perda de carga

Este exemplo será resolvido pelo Método de Hazen-Williams

Dados de entrada:
Vazão em litros por segundo [l/s] ∴
Q = 0,01 ⋅ m3 s = 0,01 ⋅ 1000 ⋅ dm 3 / s ∴ Q = 10 ⋅ l / s

Diâmetros em milímetros [mm]


Ds = 100 mm e
Dr = 75 mm

Do ábaco, teremos:
Sucção: Recalque:
Ds = 100 mm Dr = 75 mm
vs = 1,3 m/s vr = 2,3 m/s
J/K = 32,5 m/km J/K = 130 m/km

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Cálculo da Perda de Carga na Sucção:


Pelo método de cálculo através do Ábaco de Hazen-Williams, temos a equação
para perda de carga:
∆Hs = J ⋅ L s

onde: J = J / K (c =100) ⋅ K (c =?)

Ls = comprimento equivalente (comp. da tubulação + comp.


Equiv. dos acessórios)
Comprimento
Equivalente [m]
Comprimento da tubulação 7,0
Válvula de pé com crivo 23,0
Cotovelo 900 (raio longo) 2,1
Σ (Ls) 32,1

J = J / K (c =100) ⋅ K (c =?)

sabe-se que J/K = 32,5 m/km, este valor é para o valor de C=100, porém na
tabela de valores de ‘C’, tem-se o valor de C= 118 para FeFu pichado novo
com diâmetro até 100 mm.
O valor de K não é encontrado diretamente na tabela, pois não se tem este
valor para C = 118. Logo, encontra-se este valor por interpolação:
K (C =118) − 0,038 118 − 110
= ∴ K (C =118) = 0,578
0,713 − 0,038 120 − 110
J = J / K (c =100) ⋅ K (c =118)
J = 32,5 ⋅ 0,578 = 18,785 ⋅ m/km
Finalmente, tem-se:
∆Hs = 18,785 ⋅ 32,1 × 10 −3
∆Hs = 0,603 ⋅ mca
Observação: não pode se esquecer que o fator J/K tem a unidade m/km, logo
o valor de Ls terá de ser necessariamente em km

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Cálculo da Perda de Carga no Recalque:


Pelo método de cálculo através do Ábaco de Hazen-Williams, temos a equação
para perda de carga:
∆Hr = J ⋅ Lr

onde: J = J / K (c =100) ⋅ K (c =?)

Lr = comprimento equivalente (comp. da tubulação + comp.


Equiv. dos acessórios)
Comprimento
Equivalente [m]
Comprimento da tubulação 20,0
Válvula de retenção 6,3
Registro gaveta aberto 0,5
Cotovelo 900 (raio longo) 2,1
Saída de canalização 2,2
Σ (Lr) 31,1
J = J / K (c =100) ⋅ K (c =?)

sabe-se que J/K = 130 m/km, este valor é para o valor de C=100, porém na
tabela de valores de ‘C’, tem-se o valor de C= 118 para FeFu pichado novo
com diâmetro até 100 mm.
O valor de K é o mesmo para a sucção, logo: K (C =118) = 0,578

J = J / K (c =100) ⋅ K (c =118)
J = 130 ⋅ 0,578 = 75,14 ⋅ m/km
Finalmente, tem-se:
∆Hr = 75,14 ⋅ 31,1 × 10 −3
∆Hr = 2,34 ⋅ mca
Observação: não pode se esquecer que o fator J/K tem a unidade m/km, logo
o valor de Lr terá de ser necessariamente em km.
A perda de carga total do sistema será:
∆H = ∆Hs + ∆Hr = 0,603 + 2,34
∆H = 2,94 ⋅ mca
Finalmente temos a altura manométrica
Hman = H0 + ∆H
Hman = 13 + 2,94
Hman = 15,94 ⋅ mca

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Para Hman = 15,56 mca e Q = 10 l/s = 600 l/s,


Tem-se: Do Gráfico de Seleção Geral a possibilidade de ser uma bomba Alfa
ou Beta.
Do Gráfico de Seleção Série Alfa (Bomba Albrizzi), tem-se:
Série: 7-241
Do Gráfico de Seleção Série Beta (Bomba Albrizzi), tem-se:
Série: 9-314

C) Determinar a potência do motor de acionamento, admitindo para a bomba


escolhida um rendimento de 65%.
Cálculo da potência do motor
Nm = NB ⋅ MS
Cálculo da potência da bomba
γ ⋅ Q ⋅ Hman 10 3 ⋅ 0,01 ⋅ 16
NB = =
75 ⋅ η 75 ⋅ 0,65
NB = 3,3 ⋅ CV
Determinação de MS:
Para NB ≅ 3,20 CV, tem-se: MS = 1,30
Logo:
Nm = NB ⋅ MS
Nm = 3,30 ⋅ 1,30
Nm = 4,29 ⋅ CV ≅ 5,00 ⋅ CV
Para fins práticos, deve-se consultar tabela de fabricante de motor para
determinar qual sua real potência, arredonda-se para cima este valor.

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Exercícios Propostos (Resolva-os pelo Método de Hazen-


Williams)
1. Em uma pequena cidade temos a configuração de uma
instalação elevatória conforme desenho abaixo

Escolha a bomba necessária para o sistema com os dados:


• Habitantes: 500
• Cota diária por habitante: 250 litros
• H0 = 20 m
• Tubulação de PVC
• Ds =75 mm (2 ½”) e Dr = 60 mm (2”)
• Jornada de trabalho = 8 horas.

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2. Dimensionar para o sistema abaixo, para Q = 100 l/s:

a) As tubulações (FeFu)
b) Escolher a bomba
c) Potência do motor

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3. Dimensionar um sistema de elevação para abastecer uma


comunidade, com as seguintes características:
• População: 1500 habitantes
• Matadouros: 3 (10 cabeças/dia.matadouro)
• Hospitais: 1 com 50 leitos
• Fábricas: 3 com 100 operários cada
• Jardins: 6.000 m2
• Desnível geográfico: 30 m
• Tubulação: aço galvanizado
• Dados da sucção: • Dados do recalque:
o Ls = 10 m o Lr = 400 m
o 1 VPC o 1 RG
o 1 curva longa 90º o 1 VR
o 4 curvas 90º
o 4 curvas 45º

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Referências Bibliográficas
CARVALHO, D. F. INSTALAÇÕES ELEVATÓRIAS. BOMBAS. Belo
Horizonte - MG: FUMARC, 1979.
SCHNEIDER, Indústria. Manual Técnico. ed. Joinville – SC
JABORANDY, Sérgio. Curso de Bombas Hidráulicas.

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