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A Figura 1 mostra o arranjo básico de um sistema de geração solar fotovoltaico de pequeno porte
interligado na rede de distribuição de energia elétrica.
Os sistemas fotovoltaicos estão diretamente expostos a surtos provocados por descargas atmosféricas
ou por chaveamento nas linhas de energia. Estes surtos podem reduzir a vida útil, ou até mesmo danificar
os módulos fotovoltaicos e os inversores, situações que certamente terão impacto nos custos de
manutenção e consequente aumento do tempo de amortização.
Como solução, faz-se necessária a utilização de protetores contra surtos elétricos (DPS) apropriados para
mitigação desses riscos de queima e danos, protegendo, assim, o investimento realizado no sistema
fotovoltaico.
Do ponto de vista da suportabilidade dos equipamentos instalados nas linhas de corrente contínua, os
DPSs devem possuir nível de proteção inferior à suportabilidade dos equipamentos.
A Tabela 1 mostra os valores de suportabilidade a tensões impulsivas para equipamentos que compõem
o sistema de geração fotovoltaica, em que Uoc maxrepresenta a máxima tensão do sistema fotovoltaico
em corrente contínua e Uw representa a suportabilidade dos equipamentos a sobretensões impulsivas.
A localização e o tipo dos DPS, no caso de indução provocada por descargas atmosféricas próximas,
devem ser conforme mostra a Figura 2.
Figura 2 – Diagrama esquemático da localização dos DPS.
O DPS 2, mostrado na Figura 2, não será necessário se a distância entre o quadro de destruição de
circuitos e o inversor for menor do que 10 m. O DPS 4 não será necessário se a distância entre o inversor
e o painel fotovoltaico for menor do que 10 m, conforme mostra a Figura 3. As distâncias L1 e L2 devem
ter comprimento menor que 0,5 m.
Duas situações serão analisadas, arranjos onde o SPDA é isolado do sistema fotovoltaica e arranjos onde
o SPDA é interligado no sistema fotovoltaico.
Instalação de painéis fotovoltaicos em edificação com SPDA externo isolado do sistema fotovoltaico
O DPS 2 não será necessário se o inversor estiver localizado junto ao quadro de distribuição de circuitos,
conectado à mesma barra de terra do quadro, com comprimento de cabo menor que 0,5 m e o DPS 1 for
classe I/II, com nível de proteção adequado para proteção do inversor.
Instalação de painéis fotovoltaicos em estrutura com SPDA externo conectado aos painéis fotovoltaicos
Em que:
I1..I2: corrente de descarga na linha de corrente contínua drenada pelos DPS – 1,2;
I4…I7: corrente de descarga drenada pelo DPS instalados nas linhas de energia em corrente alternada.
A Tabela 2 exibe os valores mínimos para corrente nominal – In e corrente de impulso – Iimp para DPS
tipo limitador de tensão a serem instalados nas linhas de corrente contínua. O número de descidas da
edificação influenciará na parcela da corrente que será desviada via condutores do sistema de geração
fotovoltaica.
Como os condutores estarão em paralelo com os condutores de aterramento, os DPS devem ser classe I,
conforme mostra a Figura 8.
O DPS 2 não será necessário se o inversor estiver localizado junto ao quadro de distribuição de circuitos,
conectado à mesma barra de terra do quadro, com comprimento de cabo menor que 0,5 m e o DPS 1 for
classe I/II, com nível de proteção adequado para proteção do inversor.
Uma planta de geração fotovoltaica é caracterizada por múltiplos aterramentos e malhas (mesh),
reduzindo os valores da corrente de descarga a serem drenados pelos DPS em corrente contínua.
A Figura 9 mostra, de forma simplificada, uma planta de geração com vários painéis interligados.
A Tabela 3 mostra valores mínimos para corrente nominal – In e corrente de impulso – Iimp, tanto para
DPS tipo limitador de tensão, quanto para tipo comutador de tensão a serem instalados nas linhas de
corrente contínua.
Tipos de conexões
Sistemas isolados
Figura 11 – Exemplo de produto com circuito preparado para conexão tipo estrela – VCL SP 1000 VDC.
A conexão em delta, detalhada na Figura 12, representa a conexão clássica utilizada para proteção em
modo comum, ou seja, entre linha e terra e modo transversal, entre linhas. Os DPS 1, DPS 2 e DPS 3 devem
ser iguais no que se refere à tensão nominal e à capacidade de corrente nominal. O DPS 1, conectado em
modo transversal, deve possuir tensão nominal superior à tensão máxima do sistema – Uoc max entre o
polo positivo e negativo.
Figura 12 – Conexão em delta.
Na conexão em modo comum detalhada na Figura 13, deve ser levada em consideração a suportabilidade
dos equipamentos às sobretensões (ver Tabela 1), uma vez que a tensão residual a ser estabelecida entre
os polos positivo e negativo, quando da operação dos DPS, será a soma das tensões residuais dos DPS 1
e DPS 2.
Sistemas aterrados
Em sistema com um dos polos aterrados, deve ser previsto um DPS entre o polo positivo e negativo, DPS
1 e outro, entre polo aterrado e a barra de aterramento da instalação, DPS 2, conforme detalhado na Figura
14. O DPS 2 poderá ser suprimido se a conexão do DPS 1 for executada na mesma barra de aterramento
do polo, ou se a distância (L) for inferior a 1 m. O DPS 1, conectado em modo transversal, deve possuir
tensão nominal superior à tensão máxima do sistema – Uoc max entre o polo positivo e negativo. O DPS 2,
quando necessário, poderá ter tensão nominal inferior à tensão entre os polos positivo e negativo.
*Wagner Barbosa é engenheiro eletricista com MBA em Gestão de Empresas e Negócios. É diretor técnico
industrial na Clamper Indústria e Comércio, empresa especialista em dispositivos de proteção contra
descargas atmosféricas. É membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (CB3/Cobei) e membro do
Conselho Diretor da P&D Brasil, Associação de empresas de base tecnológica nacional.
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Comentários
Uma Resposta
Hugo disse:
28 de novembro de 2017 às 09:41
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