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PROJETO ALQUIMIA

O PODER DOS SÍMBOLOS

5ª PARTE

SÃO PAULO
2018
1ª EDIÇÃO

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PROJETO ALQUIMIA

O PODER DOS SÍMBOLOS


5ª PARTE

O Poder dos Símbolos


A verdade sobre a natureza codificada nos
símbolos

Símbolo
O Símbolo não é a energia!
O Símbolo representa a energia!
A energia está dentro de nós
É uma dádiva de Deus...
E cabe a cada um de nós
Usarmos dela com sabedoria.
O Símbolo demonstra
O acesso e utilização da energia
De forma velada e secreta.
Somente aos que tem a devida cautela
E vontade de conhecimento
Será-lhes revelado o mistério
Por trás dos Símbolos!

Projeto Alquimia

SÃO PAULO
2018
1ª EDIÇÃO

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INDICE

O TEMPO ........................................................................................................................... 04
O que estão falando sobre o tempo ......................................................................... 06
Teoria das cordas .................................................................................................... 08
Einstein e o sonho da unificação da Dimensão Circular ......................................... 10
Propriedades básicas ............................................................................................... 11
As dimensões extras ................................................................................................ 12
Problemas ................................................................................................................ 13
O que é a Teoria das Cordas? .................................................................................. 15
Quantas dimensões existem? Explicando a Teoria das Cordas ............................... 17
Para melhor entendimento, apresentamos esta analogia ........................................ 17
Princípio Holográfico .............................................................................................. 19
O NÚMERO 7 .................................................................................................................... 20
Diversas Vertentes .................................................................................................. 21
O Significado do número Sete ................................................................................ 25
Biblia ....................................................................................................................... 33
ॐ OM ................................................................................................................................. 36
Introdução ............................................................................................................... 36
Entenda o Símbolo .................................................................................................. 36
Mantra da paz universal - OM SHANTI OM ......................................................... 40
Vocalização ............................................................................................................. 41
Vibração .................................................................................................................. 42
SAMSARA ......................................................................................................................... 43
Samsara no Vedantismo .......................................................................................... 43
Samsara no Budismo Tibetano ................................................................................ 44
Samsara como metáfora psicológica ....................................................................... 44
Roda do Samsara ..................................................................................................... 44
Descrião da Samsara ............................................................................................... 45
A ilusão da vida e a roda do Samsara ..................................................................... 46
Textos Diversos ...................................................................................................... 48
SHAOLIN E OS 5 ELEMENTOS ...................................................................................... 50
Lei que rege as polaridades yin e yang ................................................................... 50
Shaolin ..................................................................................................................... 50
História .................................................................................................................... 50
Monges do mosteiro Shaolin .................................................................................. 51
As Dez Normas Budistas ........................................................................................ 52
Teoria dos 5 ............................................................................................................. 54
Cinco Elementos e Artes Marciais .......................................................................... 57
BIBLIOGRAFIA ONLINE ................................................................................................. 59

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O TEMPO

Vamos apresentar aqui três hipóteses cabíveis para o “tempo”

Vejam bem, não temos a pretensão de expor nada em definitivo, nada de grandioso,
são apenas especulações

Não temos conhecimentos de física ou matemática para embasarmos e confirmarmos


as ideias aqui expostas. No entanto, como a mente é imaginativa, nos dá a liberdade de
propormos tais modelos

1-Modelo do Infinito Contínuo:


Nele o início é o fim e vice-versa

2-Modelo do infinito retroativo


Nele o homem prevendo o fim inevitável do universo em que vive, encontra meios
de voltar no tempo e através de engenharia genética recria toda a vida na Terra, do zero
Devido a técnicas de longevidade vive muitos séculos e torna-se na visão de suas crias como
um deus

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3-Modelo do infinito sequencial


Nele o tempo simplesmente flui, sem início e sem fim
O ser humano é criado em uma determinada marca da linha do tempo e segue seu progresso.
Tanto pode deixar de existir em dado tempo, como pode evoluir e seguir sua jornada pelo
espaço infinito

A existência do Deus Pai, pode existir em qualquer uma das hipóteses, visto que, Ele
mesmo disse: “Eu Sou, o princípio e o fim”, e também o conhecimento de sua existência
antes da criação dos tempos, pois Deus é atemporal

Refletindo neta linha de pensamento, podemos estabelecer que: o corpo físico fica
preso em um destes três modelos, nos dois primeiros retornando sempre ao mesmo corpo em
um looping eterno, até completar sua evolução espiritual e ser removido do ciclo. No último
modelo, retornando ao mundo ou não, em vários possíveis corpos até atingir sua evolução.

Os espíritos que atingem sua ascensão, irão para o paraíso, nirvana, ou qualquer dos
mundos espirituais, paralelos ao mundo material, saindo assim deste circulo continuo do
tempo

Talvez o nosso mundo material seja finito e possamos um dia quiçá, chegar as bordas
ou limites dele, para concluirmos nossa pequenez e sabermos definitivamente que estamos
presos aqui e daqui devemos sair, da melhor forma possível e mais evoluídos
Texto: Antonio M. S.
Gráficos: Flávia Stem

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O que estão falando sobre o tempo

Referencial
Como as coordenadas x, y, z de um ponto dependem dos eixos utilizados para o
localizar, também as distâncias e intervalos temporais, invariantes na física Newtoniana,
dependem do referencial no qual se situa cada observador, na física relativista. Ver
contracção do comprimento e dilatação do tempo. Esta é a ideia base da Teoria da
Relatividade Restrita.

A relatividade geral, por seu lado, parte do princípio de que o espaço-tempo não pode
ser um fundo fixo, mas, sim, uma rede de relações em evolução.

Um "intervalo de espaço-tempo" entre dois acontecimentos é a quantidade


(invariante consoante o referencial) análoga à distância no espaço euclidiano. O intervalo de
espaço-tempo s numa curva é definido por:

{\displaystyle ds^{2}=c^{2}dt^{2}-dx^{2}-dy^{2}-dz^{2}} ds^2 = c^2dt^2 - dx^2 - dy^2


- dz^2
onde c é a velocidade da luz. Uma suposição básica da relatividade é que transformações nas
coordenadas, como as transformações de Lorentz mantêm os intervalos invariantes.

Os intervalos espaço-tempo, concebidos numa variedade (termo matemático),


definem uma métrica pseudo-euclidiana chamada de métrica de Lorentz. Esta métrica é
similar à das distâncias no espaço euclidiano. Contudo, note-se que enquanto que as
distâncias são sempre positivas, os intervalos espaço-tempo podem ser positivos, nulos ou
negativos. Os acontecimentos com um intervalo de espaço-tempo zero são apenas separados
pela propagação de um cones de luz|sinal luminoso. Os acontecimentos com um intervalo
de espaço-tempo positivo situam-se no seu futuro ou passado recíproco, sendo o valor do
intervalo definido pelo tempo próprio medido por um observador viajando entre eles. O
espaço-tempo, vista à luz desta métrica pseudo-euclidiana, constitui uma variedade pseudo-
riemanniana.

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Um dos mais simples e interessantes exemplos de espaço-tempo é R4 com o intervalo


espaço-tempo já definido atrás. Este, é conhecido como espaço de Minkowski, sendo o
modelo usual da Teoria da Relatividade Restrita. Em contraste, a Relatividade Geral propõe
que a variedade subjacente não deverá ser plana em presença da gravidade, pelo que se utiliza
preferencialmente o espaço-tempo em vez do espaço de Minkowski.

Restringindo-nos à física newtoniana, os acontecimentos aparecem como um único


espaço-tempo. Nesse caso referimo-nos à relatividade de Galileu, sendo o sistema de
coordenadas relacionado com as transformações de Galileu. Contudo, como as distâncias
espaciais são consideradas independentemente das distâncias temporais, tal espaço-tempo
poderá ser decomposto arbitrariamente, o que não poderá acontecer à luz da relatividade
geral.

Alguns fatos gerais sobre o espaço-tempo


Uma variedade compacta pode tornar-se num espaço-tempo se e só se a característica
de Euler for 0. Qualquer variedade de 4 dimensões não compacta pode tornar-se um espaço-
tempo.

Muitas variedades espaço-temporais tem interpretações que podem parecer bizarras


ou desconfortáveis para muitos físicos. Por exemplo, um espaço-tempo compacto tem curvas
de tempo fechadas, loops, que viola a noção de causalidade tão cara aos físicos. Por essa
razão, os físicos matemáticos levam em consideração apenas um subconjunto de todos os
espaço-tempo possíveis. Uma forma de fazer isto é estudar "soluções realísticas" das
equações da Relatividade Geral. Outro é adicionar alguma restrição física "razoável", mas
ainda assim geometricamente genérica, e em seguida tentar provar coisas interessantes sobre
o espaço-tempo resultante. A última abordagem tem levado a resultados importantes,
notavelmente os teoremas de singularidade de Penrose-Hawking.

Em física matemática é comum restringir a variedade a variedades conexas de


Hausdorff. Um espaço-tempo Hausdorff é sempre paracompacto.

Será o espaço-tempo quantizado?


A pesquisa científica atual centra-se na natureza do espaço-tempo ao nível da escala
de Planck. A gravidade quântica em loop, a teoria das cordas e a termodinâmica dos buracos
negros predizem um espaço-tempo quantizado sempre com a mesma ordem de grandeza. A
gravidade quântica em loop chega mesmo a fazer previsões precisas sobre a geometria do
espaço-tempo à escala de Planck.

Buracos Negros: Podem ser corpos que se afastam da terra a velocidades superiores
à da luz. Nós os veriamos como círculos negros, pois a luz que escapa deles ou não chegou
à terra ainda ou estaria chegando a uma freqüência muito baixa. Porém podemos usar estes
astros para captar sinais que viajam a velocidades superiores à da Luz.

Curvatura do Espaço: Não existe. O espaço é plano. A curvatura da luz, esta sim
existe e se dá por que a luz emanada por uma estrela se alastra na forma de inúmeras esferas
consecutivas. Originalmente a distância entre as esferas é sempre a mesma, porém quando
as esferas chocam-se com um grande astro arredondado, como o Sol, elas se deformam e na
área próxima às laterais do astro há uma compressão entre as esferas, causando a curvatura

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observada. Na verdade, como tudo o que ocorre com a luz este é mais um fenômeno ótico
exatamente como a refração.

Buraco de Minhoca: Trata-se de uma abstração teórica fantástica e muito


interessante. Na verdade ele é possível, mas apenas para se observar o futuro ou o passado,
e nunca para realmente se viajar no tempo. Ao se atravessar um buraco de minhoca, o
observador veria, por exemplo, o futuro, devido à sua grande velocidade de deslocamento,
mas ao sair do buraco o sinal voltaria à sua velocidade normal e o observador voltaria ao seu
tempo original.

Gravidade: Não é uma força em si, mas apenas resultado da curvatura, ou difração
do sinal Temporal. Sua natureza é a mesma da força centrífuga (e/ou centrípeta). Para se
controlar a gravidade, basta que se conheça o funcionamento do sinal Temporal (Tempo).

Na questão do espaço infinito, podemos até supor e fazermos a seguinte pergunta:


Será mesmo ele infinito?
Ou em algum ponto podemos nos esbarrar com o que podemos chamar de as paredes
de nosso mundo, assim como quem chega ao limite de sua casa, ou será ele curvo como a
Terra, que ao chegarmos em um determinado ponto, na verdade estamos de novo no ínicio
de tudo.

E se nos depararmos nesta suposta parede, e ela nos oferecer uma porta para uma
outra dimensão ou mundo paralelo?

Vejamos a seguir a fantástica teoria das cordas!

Teoria das cordas

A teoria das cordas é um modelo físico-matemático onde os blocos fundamentais são


objetos extensos unidimensionais, semelhantes a uma corda, e não pontos sem dimensão
(partículas), que são a base da física tradicional. Por essa razão, as teorias baseadas na teoria
das cordas podem evitar os problemas associados à presença de partículas pontuais (entenda-
se de dimensão zero) em uma teoria física tradicional,sem necessidade de outros objetos que
não propriamente cordas - incluindo pontos, membranas e outros objetos de dimensões mais
altas.

O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir
a ser uma teoria de tudo. Ela é uma possível solução do problema da gravitação quântica e,
adicionalmente à gravitação, talvez possa naturalmente descrever as interações similares ao
eletromagnetismo e outras forças da natureza. As teorias das supercordas incluem os
férmions, os blocos de construção da matéria. Não se sabe ainda se a teoria das cordas é
capaz de descrever o universo como a precisa coleção de forças e matéria que nós
observamos, nem quanta liberdade para escolha destes detalhes a teoria irá permitir.
Nenhuma teoria das cordas fez alguma nova predição que possa ser experimentalmente
testada.

Trabalhos na teoria das cordas têm levado a avanços na matemática, principalmente


em geometria algébrica. A teoria das cordas tem também levado a novas descobertas na

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teoria da supersimetria que poderão ser testadas experimentalmente pelo Grande Colisor de
Hádrons. Os novos princípios matemáticos utilizados nesta teoria permitem aos físicos
afirmar que o nosso universo possui 11 dimensões: 3 espaciais (altura, largura e
comprimento), 1 temporal (tempo) e 7 dimensões recurvadas (sendo a estas atribuídas outras
propriedades como massa e carga elétrica, por exemplo), o que explicaria as características
das forças fundamentais da natureza.1

O estudo da chamada teoria das cordas foi iniciado na década de 60 e teve a


participação de vários físicos para sua elaboração. Essa teoria propõe unificar toda a física e
unir a Teoria da relatividade e a Teoria Quântica numa única estrutura matemática. Embora
não esteja totalmente consolidada, a teoria mostra sinais promissores de sua plausibilidade.

Níveis de Ampliação: 1.Nível Macroscópico - Matéria; 2.Nível Molecular; 3.Nível


Atômico - Prótons, nêutrons, e elétrons; 4.Nível Subatômico - Elétron; 5.Nível Subatômico
- Quarks; 6.Nível das Cordas.

Depois de dividir o átomo em prótons, nêutrons e elétrons, os cientistas ainda


puderam dividir os prótons e nêutrons em quarks, dos quais existem seis categorias
diferentes, das quais apenas três existem atualmente, e que, combinadas, formam todos os
tipos de partículas do Universo até hoje previstos. Tal divisão pode repetir-se ad infinitum,
pois, ao chegar na última partícula (aquela que, supostamente, seria a indivisível), como
saber que ela não seria, também, divisível? (O próprio átomo e, depois, prótons e nêutrons
eram considerados indivisíveis até serem efetivamente divididos em partículas menores. O
elétron, assim como outros léptons, contudo, até o nível de energia das experiências atuais,
parece ser sem estrutura nos moldes do modelo padrão).

O que alguns físicos viram como uma possível solução para este problema foi a
criação de uma teoria, ainda não conclusiva, que diz que as partículas primordiais são
formadas por energia (não necessariamente um tipo específico de energia, como a elétrica
ou nuclear) que, vibrando em diferentes frequências, formaria diferentes partículas. De
acordo com a teoria, todas aquelas partículas que considerávamos como elementares, como
os quarks e os elétrons, são na realidade filamentos unidimensionais vibrantes, a que os
físicos deram o nome de cordas. Ao vibrarem as cordas originam as partículas subatômicas
juntamente com as suas propriedades. Para cada partícula subatómica do universo, existe um
padrão de vibração particular das cordas.

A analogia da teoria consiste em comparar esta energia vibrante com as cordas. As


de um violão, por exemplo, ao serem pressionadas em determinado ponto e feitas vibrar
produzem diferentes sons, dependendo da posição onde são pressionadas pelo dedo. O
mesmo ocorre com qualquer tipo de corda. Da mesma forma, as diferentes vibrações
energéticas poderiam produzir diferentes partículas (da mesma forma que uma corda pode
produzir diferentes sons sem que sejam necessárias diferentes cordas, uma para cada som).

1
A ausência de dados observacionais impede que a "teoria das cordas" seja dita uma "teoria científica", pelo menos na acepção
moderna; ao rigor do termo, portanto. Entretanto a história nos mostra que nem sempre os fatos que levam à proposição ou
evolução de uma teoria precedem as ideias que ela encerrara ou encerrará quando corroborada. A saber, os mais importantes fatos
que corroboram as propostas da relatividade de Einstein foram obtidos posteriormente à divulgação de suas ideias, sendo a
elaboração destas impelidas em verdade por inconsistências entre duas teorias já consolidadas à época, a mecânica clássica e
o eletromagnetismo. Entretanto a ressalva é implacável: sem fatos que corroborem as ideias propostas, a "teoria" não pode ser dita
uma teoria científica. Tão pouco pode ter-se por certo que nosso universo possui realmente 11 dimensões apenas porque a "teoria
das cordas" aponta para tal. Verificáveis até o momento há apenas quatro dimensões, as quatro que compõem o espaço-tempo da
relatividade

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Einstein e o sonho da unificação da Dimensão Circular

Depois de formular a teoria da relatividade geral, Einstein dedicou praticamente suas


últimas três décadas de vida à tentativa de unificar, numa só teoria, a força eletromagnética
e a força gravitacional. Uma proposta a que Einstein se dedicou foi a idealizada,
independentemente, pelo físico alemão Theodor Kaluza e o sueco Oskar Klein. Nela, além
das três dimensões usuais de altura, largura e comprimento, o espaço teria uma dimensão a
mais. Mas, diferentemente das três dimensões em que vivemos, cujos tamanhos são infinitos,
a dimensão extra da teoria de Kaluza e Klein teria a forma de um círculo com raio muito
pequeno. Partículas andando no sentido horário do círculo teriam carga elétrica
negativa(como o elétron), enquanto aquelas se movimentando no sentido anti-horário seriam
positivas (como o pósitron). Partículas paradas em relação a essa quarta dimensão espacial
teriam carga elétrica zero (como o neutrino).

Embora a teoria de Kaluza e Klein unificasse a força gravitacional com a força


eletromagnética, ela ainda era inconsistente com a mecânica quântica. Essa inconsistência
só seria resolvida 50 anos mais tarde, com o surgimento de uma nova teoria na qual o
conceito de partícula como um ponto sem dimensão seria substituído pelo de objetos
unidimensionais. Alguns anos depois uma nova teoria foi criada com o mesmo objetivo, a
teoria do Tudo que busca unificar todos os campos da física quântica, a relatividade de
Einstein (que explica que o espaço-tempo se ajusta à velocidade da luz), e o
eletromagnetismo com a força da gravidade .

Gabriele Veneziano, em 1968, tentando descobrir o sentido de algumas propriedades


da força nuclear forte, percebeu que uma fórmula do matemático Leonhard Euler podia
descrever todas as propriedades das partículas que possuem interação forte[1]. Com essa
descoberta, uma grande quantidade de pesquisas em relação à aplicação da função beta de
Euler às partículas de interação forte foram feitas. Contudo, ninguém sabia o motivo da
fórmula funcionar. Em 1970, Yoichiro Nambu e Holger Nielsen mostraram que se as
partículas elementares fossem formadas de minúsculas cordas vibrantes e unidimensionais,
suas interações poderiam ser descritas exatamente pela função de Euler.

A teoria das cordas foi originalmente inventada para explicar as peculiaridades do


comportamento do hádron. Em experimentos em aceleradores de partículas, os físicos
observaram que o momento angular de um hádron é exatamente proporcional ao quadrado
de sua energia. Nenhum modelo simples dos hádrons foi capaz de explicar este tipo de
relação. Um dos modelos rejeitados tenta explicar os hádrons como conjuntos de partículas
menores mantidas juntas através de forças similares à força elástica. A fim de considerar
estas "trajetórias de Regge" os físicos voltaram-se para um modelo onde cada hádron era de
fato uma corda rotatória, movendo-se de acordo com a teoria da relatividade especial de
Einstein. Isto levou ao desenvolvimento da teoria bosônica das cordas, que ainda é,
geralmente, a primeira versão a ser ensinada aos estudantes. A necessidade original de uma
teoria viável para os hádrons foi completamente preenchida pela cromodinâmica quântica, a
teoria dos quarks e suas interações. Tem-se a esperança agora que a teoria das cordas ou
algumas de suas descendentes irão prover uma compreensão mais fundamental dos quarks
em si.

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Em termos da teoria de perturbação de acoplamento fraco parece haver apenas cinco


consistentes teorias das supercordas conhecidas como: Tipo I, Tipo IIA, Tipo IIB, Tipo
Heterótica SO(32) e Heterótica E8×E8.

A teoria bosônica das cordas é formulada em termos da ação Nambu-Goto, uma


quantidade matemática que pode ser usada para predizer como as cordas se movem através
do espaço e do tempo. Pela aplicação das ideias da mecânica quântica às ações Nambu-Goto
--- um procedimento conhecido como quantização --- pode-se deduzir que cada corda pode
vibrar em muitos diferentes modos, e que cada estado vibracional representa uma partícula
diferente. A massa da partícula e a maneira que ela pode interagir são determinadas pela
forma de vibração da corda --- em essência, pela "nota" que a corda produz. A escala de
notas, cada uma correspondente a um diferente tipo de partícula, é denominada o "espectro"
da teoria.

Estes modelos iniciais incluem cordas abertas, que têm duas pontas distintas, e cordas
fechadas, onde as pontas são juntas de forma a fazer uma volta completa. Os dois tipos de
corda diferem ligeiramente no comportamento, apresentando dois espectros. Nem todas as
teorias de cordas modernas usam estes dois tipos; algumas incorporam somente a variedade
fechada.

Entretanto, a teoria bosônica tem problemas. Mais importante, como o nome implica,
o espectro de partículas contém somente bósons, partículas como o fóton, que obedecem
regras particulares de comportamento. Ainda que os bósons sejam um ingrediente crítico do
universo, eles não são o únicos constituintes. Investigações de como uma teoria poderia
incluir férmions em seu espectro levaram à supersimetria, uma relação matemática entre os
bósons e férmions, que agora forma uma área independente de estudo. As teorias de cordas
que incluem vibrações de férmions são agora conhecidas como teorias das supercordas.
Vários tipos diferentes de supercordas têm sido descritos.

Nos anos 90, Edward Witten e outros encontraram fortes evidências de que as
diferentes teorias de supercordas eram limites diferentes de uma teoria desconhecida em 11
dimensões, chamada de Teoria-M. Esta descoberta foi a espoleta da segunda revolução das
supercordas. Vários significados para a letra "M" têm sido propostos; físicos jocosamente
afirmam que o verdadeiro significado só será revelado quando a teoria final for
compreendida.

Muitos dos desenvolvimentos recentes nestes campos relacionam-se às D-branas,


objetos que os físicos descobriram que também devem ser incluídos em qualquer teoria de
cordas abertas.

Propriedades básicas

O termo "teoria das cordas" pode referir-se tanto à teoria bosônica das cordas, com
26 dimensões, como à teoria das supercordas, descoberta pela adição da supersimetria, com
suas 10 dimensões. Atualmente, o termo "teoria das cordas" usualmente refere-se à variante
supersimétrica, enquanto as anteriores são designadas pelo nome completo "teoria bosônica
das cordas'.

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Enquanto a compreensão de detalhes das teorias das cordas e supercordas requer uma
considerável sofisticação matemática, algumas propriedades qualitativas das cordas
quânticas podem ser compreendidas de forma intuitiva. Por exemplo, cordas quânticas têm
tensão, da mesma forma que um barbante. Esta tensão é considerada um parâmetro
fundamental da teoria e está intimamente relacionada ao seu tamanho. Considere uma corda
em loop fechado, abandonada para se mover através do espaço sem forças externas. Esta
tensão tenderá a contraí-la cada vez mais para um loop menor. A intuição clássica sugere
que ela deva encolher até um simples ponto, mas isto violaria o Princípio da incerteza de
Heisenberg. O tamanho característico do loop da corda é um equilíbrio entre a força de
tensão, atuando para reduzi-lo, e o princípio da incerteza, que procura mantê-lo aberto.
Consequentemente, o tamanho mínimo de uma corda deve estar relacionado com a tensão
que ela sofre.

As dimensões extras

Um aspecto intrigante da teoria das cordas é que ela prediz o número de dimensões
que o universo deve possuir. Nada na teoria de Maxwell do eletromagnetismo ou na Teoria
da Relatividade de Einstein faz qualquer tipo de predição a este respeito. Estas teorias
requerem que o físico insira o número de dimensões "na mão". A primeira pessoa a adicionar
uma quinta dimensão na teoria da relatividade foi o matemático alemão Theodor Kaluza em
1919. A razão para que a quinta dimensão não seja observável (sua compactação) foi
sugerida pelo físico sueco Oskar Klein em 1926.

Ao invés disto, a teoria das cordas permite calcular o número de dimensões espaço-
temporais a partir de seus princípios fundamentais. Tecnicamente, isto acontece porque a
invariância de Lorentz só pode ser satisfeita em um certo número de dimensões. Isto é,
grosso modo, como dizer que se nós medíssemos a distância entre dois pontos, então
girássemos nosso observador para um novo ângulo e a medíssemos novamente, a distância
observada somente permaneceria a mesma se o universo tivesse um número particular de
dimensões.

O único problema é que quando este cálculo é feito, o número de dimensões do


universo não é quatro como esperado (três eixos espaciais e um no tempo), mas vinte e seis.
Mais precisamente, a teoria bosônica das cordas tem 26 dimensões, enquanto a teoria das
supercordas e a Teoria-M envolvem em torno de 10 ou 11 dimensões. Na teoria de Rambu,
as 26 dimensões vêm da equação:

{\displaystyle [1-(D-2)/24]=0} [1-(D-2)/24]=0

Contudo, este modelo parece contradizer fenômenos observados. Físicos usualmente


resolvem este problema de duas formas diferentes. A primeira é a compactação das
dimensões extras, i.e., as 6 ou 7 dimensões extras são tão pequenas que não são detectadas
em nossos experimentos. Obtém-se a solução de modelos hexadimensionais espaços Calabi-
Yau. Em 7 dimensões, elas são chamadas distribuições G2. Essencialmente estas dimensões
extras estão "compactadas" pelo seu enrolamento sobre elas mesmas.

Uma analogia padrão para isto é considerar um espaço multidimensional como uma
mangueira de jardim. Se se observar a mangueira de uma distância considerável, ela aparenta

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ter somente uma dimensão, o comprimento. Isso é semelhante às quatro dimensões


macroscópicas com as quais estamos acostumados a lidar em nosso dia a dia. Se, no entanto,
nos aproximarmos o suficiente da mangueira, descobrimos que ela contém uma segunda
dimensão, sua circunferência. Esta "dimensão extra" é somente visível dentro de uma área
relativamente próxima da mangueira, justo como as dimensões extras do espaço Calabi-Yau
são visíveis a distâncias extremamente pequenas e, portanto não são facilmente detetáveis.

Certamente, cada mangueira de jardim existe nas 3 dimensões espaciais, mas por
propósito de analogia, pode-se negligenciar a espessura e considerar somente a noção de
superfície da mangueira. Um ponto na superfície da mangueira pode ser especificado por
dois números, uma distância ao longo da circunferência, tal como um ponto da superfície da
Terra pode ser especificado pela latitude e longitude. Em ambos os casos, diz-se que o objeto
tem duas dimensões espaciais. Como a Terra, mangueiras de jardim possuem um interior,
uma região que requer uma dimensão extra. No entanto, diferentemente da Terra, um espaço
de Calabi-Yau não tem interior.

Outras possibilidades é que nós estejamos presos em subespaço com 3+1 dimensões
de um universo com mais dimensões, onde o "3+1" faz-nos lembrar que o tempo é um tipo
diferente de dimensão espacial. Como isso envolve objetos chamados D-branas, esta teoria
é conhecida como mundo de brana.

Em ambos os casos, a gravidade atuando nas dimensões ocultas produz as outras


forças não-gravitacionais tais como o eletromagnetismo. Em princípio, portanto, é possível
deduzir a natureza destas dimensões extras pela necessidade de consistência com o modelo
padrão, mas esta não é ainda uma possibilidade prática.

Problemas

A teoria das cordas permanece não verificada. Nenhuma versão da teoria das cordas
fez ainda uma predição diferente de alguma feita por outras teorias; ao menos, nenhuma que
pudesse ser verificada por um experimento atualmente realizável. Neste sentido, a teoria das
cordas está em "estado larval": ela possui muitos aspetos de interesse matemático, e isto
ainda deve se tornar de suprema importância para nossa compreensão do universo, mas isto
ainda vai requerer mais desenvolvimentos para ser aceito ou negado. Uma vez que a teoria
das cordas não possa ser testada em um futuro próximo, alguns cientistas têm se perguntado
se ela merece mesmo ser chamada de uma teoria científica: ela não é ainda um teoria
rejeitável ou falseável no sentido dado por Popper.

Isto não significa que ela seja a única teoria corrente que começou a ser desenvolvida
que oferece estas dificuldades. Muitos novos desenvolvimentos podem passar através de um
estágio de incerteza antes de se tornarem conclusivamente aprovados ou rejeitados. Como
assinalado por Richard Feynman em The Character of Physical Law, o teste chave da teoria
científica é se suas consequências concordam com as medições que obtivemos do
experimento. Isto significa que não importa quem inventou a teoria, "qual é o seu nome", ou
mesmo qual apelo estético a teoria venha ter. "Se ela não está de acordo como os
experimentos, ela está errada." (Certamente, haveria outras possibilidades: alguma coisa
pode estar errada com os experimentos, ou talvez tenha se cometido um erro ao prever as
consequências da teoria. Todas estas possibilidades devem ser verificadas, o que pode tomar

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um tempo considerável). Estes desenvolvimentos podem se dar na teoria em si, tais como
novos métodos de realizar os cálculos e produzir previsões, ou devem ocorrer nos
experimentos em si, que passam a exibir quantidades antes imensuráveis.

A humanidade não tem atualmente tecnologia para observar as cordas (que se


acredita terem aproximadamente o Comprimento de Planck, em torno de 10−35 m). Em
algum momento poderemos ser capazes de observar as cordas de uma forma significativa,
ou ao menos obter uma percepção mais substancial pela observação de fenômenos
cosmológicos que elucidem a física das cordas.

No início dos anos 2000, teóricos da teoria das cordas retomaram seu interesse em
um velho conceito, a corda cósmica. Originalmente discutida nos anos 1980, cordas
cósmicas são objetos diferentes em relação às entidades da teoria das supercordas. Por vários
anos, cordas cósmicas eram um modelo popular para explicar vários fenômenos
cosmológicos, tais como o caminho que foi seguido para a formação das galáxias no início
do universo. Apesar disso, novos experimentos — em particular medições detalhadas da
radiação cósmica de fundo em micro-ondas — falharam em apoiar as predições do modelo
da corda cósmica e ela saiu de moda. Se tais objetos existiram, eles devem ser raros e bem
esparsos. Vários anos mais tarde, foi apontado que a expansão do universo poderia ter
esticado a corda fundamental (do mesmo tipo considerado pela teoria das supercordas) até
que ela atingisse o tamanho intergaláctico. Tal corda esticada pode exibir muitas
propriedades da variação da velha corda "cósmica", tornando os velhos cálculos úteis
novamente. Além disto, as teorias modernas das supercordas oferecem outros objetos que
poderiam ter uma razoável semelhança com cordas cósmicas, tais como D-branas
unidimensionais altamente alongadas (conhecidas como "D-cordas"). Como o teórico Tom
Kibble comenta, "cosmologistas da teoria das cordas têm descoberto cordas cósmicas
observando em todos os lugares escondidos". Velhas propostas para detecção de cordas
cósmicas podem agora ser usadas para investigar a teoria das supercordas. Por exemplo,
astrônomos têm também detetado uns poucos casos do que podem ser lentes gravitacionais
induzidas por cordas.

Super-cordas, D-cordas ou outros tipos de corda esticadas na escala intergaláctica


devem irradiar ondas gravitacionais, que podem ser presumivelmente detetadas usando
experimentos como o LIGO. Elas também devem causar ligeiras irregularidades na radiação
de micro-ondas de fundo, muito sutis para terem sido detetadas ainda, mas na esfera das
possíveis observações no futuro.

Embora intrigantes, estes propósitos cosmológicos falham em um sentido: testar uma


teoria requer que o teste seja capaz de derrubar (ou provar falsa) uma teoria. Por exemplo,
se a observação do Sol durante um eclipse não tivesse mostrado que a gravidade é capaz de
desviar a luz, teria sido provado que a teoria da relatividade geral de Einstein era falsa
(eliminando, é claro, a chance de erro experimental). Não encontrar cordas cósmicas não
demonstraria que a teoria das cordas é fundamentalmente errada — meramente que a ideia
particular de uma corda altamente esticada atuando "cosmicamente" é um erro. Enquanto
muitas medições podem, em princípio, ser feitas para sugerir que a teoria das cordas está no
caminho certo, os cientistas ainda não divisaram um "teste" confiável.

Em um nível mais matemático, outro problema é que, como a teoria quântica de


campos, muito da teoria das cordas é ainda somente formulado através da técnica da

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perturbação (isto é, como uma série de aproximações ao invés de uma solução exata).
Embora técnicas não-perturbativas tenham tido um progresso considerável — incluindo
definições de conjeturas completas envolvendo tempo-espaço satisfazendo princípios
assintóticos — a definição de uma teoria não-perturbativa completa é uma lacuna a ser
preenchida.'

O século XX foi extremamente marcante para o desenvolvimento da ciência e para a


compreensão sobre a composição do universo. Isso ocorreu graças ao desenvolvimento das
teorias mais completas já criadas para descrever a estrutura do universo: A relatividade geral,
de Albert Einstein, e a Física Quântica.

Apesar do sucesso dessas teorias, elas deixaram algumas questões em aberto.


Primeiramente, a Relatividade Geral não consegue explicar a teoria do Big Bang nem o
comportamento dos buracos negros. Em segundo lugar, a Física Quântica não oferece uma
explicação satisfatória para a gravitação.

A teoria das cordas foi desenvolvida na tentativa de unificar essas duas principais
teorias da Física Moderna. Ela começou a ser desenvolvida em 1919, por Theodor Kaluza,
e continua evoluindo. A última inovação foi proposta por Edward Witten entre 1994 e 1997.

O que é a Teoria das Cordas?

Se você observar um deserto, em certa altura, o que você verá será um espaço
contínuo cuja cor dependerá da coloração da areia que o compõe. Mas se você chegar perto
desse deserto, verá que ele é formado por minúsculos grãos de areia. Esses grãos, por sua
vez, são constituídos por partículas ainda menores que são invisíveis a olho nu: os átomos.
Estes têm sua estrutura formada por elétrons, prótons e nêutrons. Os prótons e nêutrons
formam-se de partículas elementares chamadas de quarks. É até esse ponto que vai a Física
convencional. A teoria das cordas vai um pouco mais além.

De acordo com a teoria das cordas, os quarks são formados por pequenos filamentos
de energia semelhantes a pequenas cordas vibrantes, daí o nome dado à teoria. Essas cordas
estariam vibrando em diferentes padrões, com frequências distintas, produzindo as diferentes
partículas que compõem o nosso mundo. Observe o esquema da figura a seguir:

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A figura mostra que se a matéria for descomposta em suas menores partes, veremos
que ela é constituída por pequenas cordas

A figura mostra que se a matéria for descomposta em suas menores partes, veremos
que ela é constituída por pequenas cordas

Para facilitar a compreensão, podemos fazer uma analogia entre essas cordas e as
cordas de um violão: da mesma forma que as diferentes vibrações das cordas de violão
produzem sons diferentes, as vibrações desses pequenos filamentos de energia produzem
partículas diferentes.

Ao afirmar que tudo que forma o universo é constituído de uma única forma, a teoria
das cordas consegue unificar todas as teorias da Física. Já que todas as partículas que formam
a matéria são formadas por apenas uma entidade, todas elas podem ser explicadas por apenas
uma teoria. É por isso que a teoria das cordas também pode ser chamada de teoria de todas
as coisas (Theory of Everything - TOE).

A principal consequência da teoria das cordas está na sua demonstração matemática:


ela não funciona em um universo com três dimensões espaciais, mas, sim, em um com dez
dimensões de espaço e uma de tempo! Isso quer dizer que, se a teoria for comprovada,
existem sete dimensões espaciais que não conseguimos perceber e que vão além da altura,
comprimento e largura. Isso representa uma nova visão do universo bem diferente do que já
conhecemos.

Apesar de todos os avanços já apresentados, a teoria das cordas é, ainda, apenas uma
ideia e não pode ser demonstrada experimentalmente. Espera-se que, com o avanço das
pesquisas em torno dos aceleradores de partículas, seja possível comprová-la nos próximos
anos.
Por Mariane Mendes
Graduada em Física

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Quantas dimensões existem? Explicando a Teoria das Cordas

A Teoria das Cordas propõe que os constituintes fundamentais do universo são


"cordas" unidimensionais em vez de partículas pontuais. O que percebemos como partículas
são realmente vibrações em laços de corda, cada um com sua própria frequência
característica. A teoria das cordas surgiu como uma tentativa de descrever as interações de
partículas como prótons. Desde então, desenvolveu-se em algo muito mais ambicioso: uma
abordagem para a construção de uma teoria unificada completa de todas as partículas e forças
fundamentais.

As tentativas anteriores de unificar a física tiveram problemas incorporando a


gravidade com as outras forças. A teoria das cordas não só abrange a gravidade, mas exige.
A teoria das cordas também exige seis ou sete dimensões extras do espaço e que contém
formas de ligação de grandes dimensões extras para os pequenas. O estudo da teoria das
cordas também levou ao conceito de supersimetria, que seria o dobro do número de
partículas elementares. Os praticantes estão otimistas de que a teoria das cordas,
eventualmente, fazem previsões que podem ser testadas experimentalmente. A teoria das
cordas já teve um grande impacto sobre a matemática pura, cosmologia (estudo do universo)
, e da forma como os físicos de partículas interpretam experimentos, sugerindo novas
abordagens e possibilidades para explorar.

Para melhor entendimento, apresentamos esta analogia:

Imagine que uma corda de violão sendo afinada esticando-a sob uma certa tensão em
toda a guitarra. Dependendo de como esta corda for tocada e de quanto de tensão é aplicada,
diferentes notas musicais serão criadas pela corda. De modo semelhante, na teoria das
cordas, as partículas elementares que observamos nos aceleradores de partículas poderiam
são as "notas musicais" ou modos de excitação das cordas elementares. Na teoria das cordas,
como tocar guitarra, a sequência de caracteres deve ser esticada sob uma tensão, a fim de
tornar-se animada. No entanto, as cordas da teoria das cordas estão flutuando no espaço-
tempo, elas não estão amarrados a uma guitarra. No entanto, eles têm tensão. A tensão das
cordas na teoria das cordas é denotada pela quantidade 1/(2 p a'), onde o a é pronunciado
"prime alfa" e é igual ao quadrado da escala de comprimento da corda.

Desde os anos 1930, quando foram propostas a teoria da Relatividade Geral e a


Mecânica Quântica, ficou claro que as duas teorias não eram compatíveis entre si, já que a
gravitação descrita pela teoria da Relatividade Geral é determinística e contínua,
propriedades não aceitáveis pela Mecânica Quântica. Portanto desde o início do século XX,
busca-se uma nova teoria que unifique estas teorias, formando uma Teoria de Tudo.

Em 1919, o matemático alemão-polonês Theodor Franz Edward Kaluza (1885-1945)


propôs que o Universo poderia ter mais do que 4 dimensões, dando início à popular 5a
dimensão. Em 1926 o matemático sueco Oskar Klein (1894-1977) propôs que o tecido do
nosso Universo poderia ter dimensões estendidas e enroladas (dobradas sobre si mesmo).

Adicionando uma dimensão extra à Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein,


Kaluza mostrou que as equações extra eram similares às de James Clerk Maxwell (1831-
1879), unificando a teoria gravitacional de Einstein com a teoria do eletromagnetismo de

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Maxwell, mas mais tarde as constantes de acoplamento entre as teorias entraram em conflito
com as observações experimentais.

Em 1968 Gabriele Veneziano, atualmente no CERN, descobriu que as funções $\beta$ de


Leonhard Euler (1707-1783) descreviam várias propriedades da interação forte.

Em 1970, o japonês Yoichiro Nambu (1921-), da Universidade de Chicago, o


dinamarquês Holger Bech Nielsen, do Niels Bohr Institute e Holger NielsenLeonard
Susskind, da Universidade de Stanford, Leonard Susskind propuseram que cordas uni-
dimensionais em vibração podiam ser descritas pelas funções $\beta$ de Euler, dando início
à teoria de cordas.

Em 1974, John H. Schwarz (1941-), do Caltech e Joël Scherk (-1980), da Ecole


Normale Superior, mostraram que as partículas mensageiras de spin 2 existentes na teoria
de cordas tinhas as propriedades do gráviton - o quantum da gravitação, demonstrando que
a teoria de cordas descrevia não somente a interação forte, mas também a força gravitacional,
sem introduzir infinitos.

A teoria das cordas cósmicas -- superstrings -- na forma atual, foi proposta em 1984
por Michael B. Green, do Queen Mary College, em Londres, e por John H. Schwarz,
unificando a teoria de cordas com a supersimetria. Ela leva a um espectro de excitação com
um número idêntico de férmions e bósons, e resolvendo o conflito quântico da teoria de
cordas, pois mostrava que as anomalias anteriores se cancelavam. Nesta teoria, padrões
vibracionais distintos de uma mesma corda fundamental (um loop), com comprimento de
Planck (10-33 cm), dão origem a diferentes massas e diferentes cargas de força. Para que as
anomalias sejam canceladas, a teoria requer a existência de 9 dimensões espaciais e uma
dimensão temporal, com um total de 10 dimensões. As outras dimensões estão enroladas
sobre si mesmo, com distâncias menores que o comprimento de Planck, e portanto não
podem ser detectadas.

Cada ponto do espaço tem estas dimensões extras, mas tão enroladas que não podem
ser detectadas diretamente. Se as dimensões extras são associadas a espaços compactados -
- para cada ponto do espaço-tempo quadri-dimensional -- seu tamanho reduzido é compatível
com as observações.

Na teoria atual, as dimensões extras se compactaram 10-43 segundos após a formação


do Universo atual.

Michael James Duff (1949-), da Texas A&M University, Chris M. Hull e Paul K.
Townsend, ambos da Universidade de Cambridge, calculam que a teoria precisa de 11
dimensões, e não somente 10. Se uma das dimensões enroladas é de fato uma outra dimensão
temporal, e não somente espacial, uma viagem no tempo pode ser possível.

As dimensões extras não estão enroladas de maneira aleatória, mas em formas de


Calabi-Yau, de Eugenio Calabi, da Universidade da Pennsylvania, e do chinês Shing-Tung
Yau (1949-), da Universidade de Harvard, de acordo com o inglês-americano Philip
Candelas (1951-), da Universidade do Texas em Austin, Gary T. Horowitz, da Universidade
da Califórnia Santa Barbara, Andrew Strominger, de Harvard, e do americano Edward
Witten (1951-), de Princeton.

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A grande vantagem da teoria de cordas é que as interação não ocorrem em pontos


unidimensionais, mas sim em regiões muito pequenas.

Princípio Holográfico

Enquanto a Teoria da Relatividade Geral de Einstein prevê que a informação se perde


dentro de um buraco negro, a Teoria de Cordas prevê que a informação não se perde, pois
as cordas são infitas, deixando a informação no horizonte do buraco negro.

O princípio holográfico é uma hipótese baseada em teorias da gravidade quântica,


proposta por Gerard 't Hooft (1993, Dimensional Reduction in Quantum Gravity, pp. 10026,
arXiv:gr-qc/9310026) e aperfeiçoada e interpretada através da Teoria de Cordas por Leonard
Susskind [1995, The World as a Hologram, Journal of Mathematical Physics, 36 (11), 6377],
afirmando que toda a informação contida num volume de espaço pode ser representada pela
informação que reside na fronteira daquela região, já que a teoria de cordas admite uma
descrição em dimensão mais baixa em que a gravidade aparece de uma forma holográfica
[Charles Thorn; Raphael Bousso, 2002, The holographic principle, Reviews of Modern
Physics, 74 (3), 825].

Este princípio foi inspirado pela determinação por Stephen Hawking de que a
máxima entropia de qualquer região é proporcional ao raio ao quadrado (área), e não ao cubo
(volume). Desta maneira, a informação sobre os objetos que entram em um buraco negro
está contida nas flutuações superficiais do horizonte de evento, resolvendo o paradoxo da
informação em um buraco negro, no âmbito da Teoria de Cordas.

Acredita-se que na próxima década, os aceleradores de partículas estarão


encontrando evidências de supersimetria de alta energia. Se estas evidências forem
confirmadas, será um passo convincente para que a teoria das cordas se torne um bom
modelo matemático para a Natureza nas escalas subatômicas.

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O NÚMERO 7

Curiosidades sobre o número:


• 7 maravilhas do mundo
• 7 sábios da Grécia
• 7 anões da Branca de Neve
• 7 dias para a criação do Mundo
• 7 dias da semana
• 7 quedas a caminho do Gólgota
• 7 Divindades que comandam a Natureza
• 7 cabeças da Hidra de Lerna
• O Candelabro de 7 braços
• Os 7 castiçais de ouro
• As fases dos 7 Anos
• As 7 lâmpadas de fogo
• O livro dos 7 Selos
• As 7 notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si
• Os 7 palmos das sepulturas
• As 7 Idades Do Homem
• Os 7 Planetas Sagrados
• As 7 vacas, 7 espigas do sonho do Faraó, desvendado por José do Egito
• As 7 Taças (cheias de pragas) Apocalipse XVI
• Os 7 contra Tebas
• As 7 Trombetas do Apocalipse
• Os 7 candeeiros da Seicho-no-ie (ensinamento pensamento positivo - originario do
Japão)
• As 7 linhas de orixá da Umbanda (elemento religioso afro-brasileiro)
• As 7 Virtudes Cardeais da Ordem Demolay
• Pular 7 ondas logo após o reveillon
• 7 foi o numero de palavras da ultima frase de Jesus na cruz "pai em tuas mãos entrego
meu espirito"

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• 7 linhas de Umbanda ou Sete Orixás , isto é, dizemos sete Orixás são manifestadores
de sete vibrações.
• 7 chakras magnos (centros de energia do ser humano)
• 7 degraus que separam o ser humano da consciência humana.
• A pirâmide vista de cima tem quatro lados, vista de lado tem um perfil de 3 dos
(triangular). 3+4= 7
• A trindade espiritual, mais os elementos da terra (terra, agua, fogo e ar) somados dá
7
• 7 dimensões astrais, 7 dimensões do plano mental.
• 7 corpos do ser humano: Físico, etérico, astral, mental, causal, búdico, atmico.
• A Guerra dos Sete Anos
• 7 cores do arco-íris.

Diversas Vertentes

Religião

Os 7 Pecados Capitais:
a) Vaidade
b) Avareza
c) Ira
d) Preguiça
e) Luxúria
f) Inveja
g) Gula

Os 7 desastres do apocalipse:
As 7 Virtudes Cardinais:
a) Castidade
b) Generosidade
c) Temperança
d) Diligência
e) Paciência
f) Caridade
g) Humildade

Os 7 Sacramentos:
a) Batismo
b) Confirmação
c) Eucaristia
d) Sacerdócio
e) Penitência
f) Extrema-unção
g) Matrimônio

As 7 Igrejas da antiguidade:
a) Tiatira
b) Éfeso

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c) Esmirna
d) Laodicéia
e) Filadélfia
f) Pérgamo
g) Sardes

7 são as dores de Nossa Senhora:


a) A perda do menino Jesus no Templo
b) A fuga para o Egito
c) O encontro com Jesus na rua da amargura
d) A Crucificação de Nosso Senhor Jesus Cristo
e) A morte de Jesus Cristo
f) O Filho morto é colocado em seus braços
g) O sepultamento de Jesus

Os 7 livros do Antigo testamento


Livro de Jó
Livro dos Salmos
Livro dos Provérbios
Livro do Eclesiastes
Cântico dos Cânticos
Livro da Sabedoria
Livro do Eclesiástico (Sirac)

O número 7 (sete), é cabalístico na Umbanda, porque:


7 são as Nações que praticam a Umbanda
7 são as Linhas de cada Nação
7 são os Orixás que comandam estas Linhas
7 são as Posições Fundamentais e Liturgias na Umbanda
7 são as rogatórias do Pai Nosso
7 cidades sagradas da Índia
7 são as Posições Secundárias e Ritualísticas na Umbanda

Astronomia

Os 7 astros sagrados:
a) Sol
b) Lua
c) Mercúrio
d) Vênus
e) Marte
f) Júpiter
g) Saturno

As Constelações de 7 Estrelas:
a) Alcione
b) Caleano

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c) Asterope
d) Merope
e) Tayegeta
f) Eletra
g) Maya

Tycho Brahe, conseguiu marcar as posições de 777 estrelas no firmamento

Arte

Manifesto das Sete Artes:


a) Música
b) Pintura
c) Escultura
d) Arquitetura
e) Literatura
f) Coreografia
g) Cinema

Física

7 Cores refratadas pelo Prisma:


a) Vermelho
b) Laranja
c) Amarelo
d) Verde
e) Ciano
f) Azul
g) Violeta

Esoterismo

Os 7 Planos da Evolução:
a) Plano dos Espíritos Virginais, do Criador
b) Plano do Espírito Divino
c) Plano do Espírito
d) Plano da Vida
e) Plano do Pensamento
f) Plano do Desejo
g) Plano do Mundo Básico

Os 7 Elementais:
a) Arcanjos
b) Anjos
c) Devas
d) Silfos

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e) Gnomos
f) Salamandras
g) Ondinas

Os 7 Grandes princípios Herméticos


7 signos são representados por animais
7 são os Chacras entéricos
7 são os Plexos na matéria

Teosofia

Os sete raios de luz ou mestres ascencionados da sociedade secreta Grande


Fraternidade Branca
El Morya -- Primeiro Raio, cor azul-celeste
Lanto -- Segundo Raio, cor amarelo-ouro
Paulo Veneziano -- Terceiro Raio, cor rosa
Seraphis Bey -- Quarto Raio, cor branca
Hilarion -- Quinto Raio, cor verde
Nada -- Sexto Raio, cor púrpura-dourado
Saint Germain -- Sétimo Raio, cor violeta
A mônada ou Atman é o 7º princípio na Sete princípios do homem (teosofia), o mais
elevado princípio do ser humano.

Os 7 períodos:
a) Período de Saturno
b) Período Solar
c) Período Lunar
d) Período Terrestre
e) Período de Júpiter
f) Período de Vênus
g) Período de Vulcano

As 7 revoluções de cada período


As 7 regiões do mundo de desejos
As 7 regiões do mundo do pensamento

Filosofia

Os 7 Sábios da Grécia:
a) Thales de Mileto
b) Bias
c) Cleopulo
d) Mison
e) Quilon
f) Pitaco
g) Sólon

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Os 7 Princípios da Moral Pitagórica:


a) Retidão de propósitos
b) Tolerância na opinião
c) Inteligência para discernir
d) Clemência para julgar
e) Ser verdadeiro em Palavras e Atos
f) Simpatia
g) Equilíbrio

As 7 Virtudes Humanas:
a) Esperança
b) Fortaleza
c) Prudência
d) Amor
e) Justiça
f) Temperança
g) Fé

Os Deuses do Olimpo tinham 7 formas:


a) Forças Espirituais
b) Forças Cósmicas
c) Deuses
d) Corpos Celestes
e) Poderes Psíquicos
f) Reis Divinos
g) Heróis e Homens Terrestres

Os ítens universais ontológicos propostos pelos empíricos neo-materialistas são 7.

O Significado do número Sete

O número SETE é com certeza o mais presente em toda


filosofia e literatura sagrada desde os tempos imemoriais até
os nossos dias. O número SETE é sagrado, perfeito e
poderoso, afirmou Pitágoras, matemático e Pai da
Numerologia. É também considerado um número mágico. É
um número místico por excelência. Indica o processo de
passagem do conhecido para o desconhecido. O SETE é uma
combinação do TRÊS com o QUATRO; O TRÊS,
representado por um triângulo, é o Espírito; o QUATRO,
representado por um quadrado, é a Matéria. O SETE podemos
dizer que é Espírito na Terra, apoiado nos quatro Elementos,
ou a Matéria “iluminada pelo Espírito”. É a Alma servida pela Natureza.

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O número QUATRO que simboliza a Terra,


associado ao TRÊS, que simboliza o Céu, permite inferir
que o SETE representa uma Totalidade em Movimento ou
um Dinamismo Total, isto é, a Totalidade do Universo em
Movimento.

O SETE é o número da Transformação, é a primeira


manifestação do homem para conhecer as coisas do
espírito, as coisas de Deus, a Criação. Ele é o número da
Perfeição Divina, pois no sétimo dia Deus descansou de
todas as suas obras. Ao lado do TRÊS, é o mais importante
dos números sagrados na tradição das antigas culturas
orientais.

Entre os judeus a concepção oriental do SETE se manifesta no Candelabro de sete


braços (MENORAH), que representa tanto a divisão em Quatro partes da órbita da Lua, que
dura 4 vezes 7, quanto os sete planetas.

Na Europa Medieval dava-se muita importância aos grupos de sete:


Havia SETE dons do Espírito Santo, representados na arte gótica em forma de
Pomba;
SETE eram as virtudes;
SETE eram as artes;
SETE as ciências;
SETE eram os sacramentos;
SETE pecados capitais; e
SETE pedidos expressos no Pai Nosso.

Na Antiga China o SETE deveria ser associado, enquanto número ímpar, ao princípio
masculino do Yang (cf. yin-yang), mas exprimia a ordenação dos anos de vida da mulher,
que hoje se sabe estão presentes de forma similar também na vida do homem. A repetição
por sete dias também era importante no culto dos mortos: a cada sete dias depois do
falecimento, até o 49o.dia eram organizados festejos e sacrifícios em memória do morto. No
sétimo dia do sétimo mês ocorria uma grande festa para as jovens mulheres e as moças.

Podemos citar ainda várias outras “coincidências” (?) em relação ao SETE: São 7 as
notas musicais, foram 7 as pragas do Egito, são 7 os Arcanjos, são 7 as obras de misericórdia.
7 são os níveis de densidade da matéria que nos envolve. O arco-íris tem 7 cores. Nossas
células todas mudam de 7 em 7 anos. Temos 7 glândulas endócrinas. São sete os nossos
chacras. Os 7 dias da semana também marcam profundamente nossos ritmos.

Ciclos de Vida de sete em sete anos

A cada sete anos encerramos um ciclo de vida e entramos noutro. Todas as grandes
mudanças ocorrem entre o final de um ciclo e o início de outro.

Até os 7 anos a criança é INOCENTE.

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A partir daí, até os 14 anos, ela aprende a ser esperta, a fazer jogos, a usar máscaras.
Aos 14 anos desabrocha a sexualidade e ela se interessa pelo outro. Uma nova visão de vida
surge e ela começa a sonhar e a fantasiar.

Com 21 anos surge a necessidade de ser poderoso: ter mais dinheiro, tornar-se
famoso, conquistar prestígio.

Aos 28 anos ela começa a se assentar, a pensar em segurança, conforto, conta


bancária.

Chegando aos 35 anos novamente uma mudança começa a acontecer. Surgem


considerações sobre o significado da vida, da morte e entra o medo. É também a idade onde
algumas doenças começam a se manifestar.

Com 42 anos uma pessoa começa a ficar religiosa. Agora, a morte e o significado da
vida, não são mais só assuntos intelectuais e ela começa a ser dar conta que se quiser
realmente quisermos fazer algo, é bom começar logo. Com 42 anos a pessoa precisa de
alguma religião, assim como aos 14 ela necessitava um relacionamento sexual.

Ao chegar aos 49 anos ela se assenta em relação à religião. Ela já encontrou algumas
respostas que vão além do mundo material e objetivo. Com 56, se as coisas ocorrerem
naturalmente e a pessoa seguir seu ritmo, ela começa a ter alguns vislumbres do divino.

Com 63 anos, se tudo continuar seu curso natural, ela terá seu primeiro “satori” –
compreensão, iluminação. E se isto acontecer nessa idade, ela poderá ter uma morte bonita,
pois ela será uma porta para o divino.

A cada sete anos o corpo chega a um ponto aonde o velho vai e o novo se assenta e
há um período transitório. Nesse período TRANSITÓRIO, tudo é LÍQUIDO.
Se você quiser que alguma nova dimensão penetre em sua vida, este é o momento
preciso! Quando as coisas são líquidas, a transformação é fácil.

Dentro dos grandes ciclos do mundo, nós estamos vivendo esse período
TRANSITÓRIO, onde tudo é LÍQUIDO. Velhos códigos e mandamentos tornaram-se
inúteis e novos padrões ainda não estão assentados.

Este é, portanto, um período onde grandes mudanças podem ocorrer, novos rumos
podem ser tomados e toda a humanidade está se dando conta disso.

Mistérios do número Sete

No momento em que Planeta completa o seu sétimo aniversário, não poderiamos


deixar de nos perguntar o significado numerológico desse acontecimento. Para isso,
resolvemos fazer uma especulação filosófica geral em torno do sete. Esse número apresenta-
se como sendo, místico, misterioso, aritmeticamente “esquisito” e, principalmente, como
sendo o número da Criação. Ao identificá-lo com a soma de 3 (Trindade Divina) mais 4 (os
quatro elementos do número físico), o sete surge como a união do homem com Deus.

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Antonio Zago

O sete é o número místico por excelência. Ele goza de uma série de privilégios, não
apenas entre os ocultistas como também em todas as religiões e seitas, das mais primitivas
as mais modernas.

Não bastasse ser o número da Criação — 3 (o céu) + 4 (a terra) = 7 — , é também o


número que indica a relação viva entre o divino e o humano. Isso está mais ou menos
implícito na estrela de Salomão, onde dois triângulos se cruzam: um ascendente e outro
descendente. As seis pontas, mais o ponto central, somam o sete místico, simbolizando a
união do céu e da terra, do Bem e do Mal, do divino e do humano.

Os sete selos de São João: simbologia numerológica do Apocalipse.

Todos os livros sagrados estão cheios de exemplos da excelência do número sete.


Mas a Bíblia, pela proximidade com a nossa cultura, é o livro que mais tem atraído a nossa
atenção. Contam-se ás centenas os exemplos da força e do poder do número sete na nossa
Bíblia.

No livro da Gênesis, por exemplo, vamos encontrar o sete como o número da Criação.
No primeiro dia Deus criou a luz, separando-a das trevas; no segundo dia Deus criou a
abóbada celeste, separando as águas de cima das águas de baixo; no terceiro, criou a terra
firme, separando-a das águas, e espalhou nela a vegetação; no quarto, criou o Sol, a Lua e as
estrelas; no quinto dia criou os peixes, os monstros marinhos e os pássaros; no sexto, criou
os animais, os répteis e o homem; e, no sétimo dia, Ele descansou.

“Assim foram acabados o céu e a terra e todos os seus ornatos. E Deus acabou no
sétimo dia a obra que tinha feito; e descansou no sétimo dia de toda a obra que tinha feito. E
abençoou o dia sétimo, e o santificou, porque nele tinha cessado de todo a sua obra, que tinha
criado e feito”. Gênesis, 2, 1-3.

Assim, desde a criação do mundo, um tempo foi imprimido ao ritmo universal


quando Deus decidiu que a semana teria sete dias e não cinco ou dez. Como disse Ray
Bradbury, “Os sete dias estão inscritos em nosso sangue em letras de fogo. . .“. Ao mesmo
tempo, Deus dedicou o sétimo dia ao descanso. O sétimo dia é sagrado.

O padre-nosso cristão e a simbologia do Sete

No próprio cristianismo vamos encontrar o sete na base da sua principal oração. O


padre-nosso inicia com uma invocação e termina com uma dedicatória. Entre o princípio e
o fim vamos encontrar sete petições:
1- Santificado seja o Vosso nome;
2 - Venha a nós o Vosso reino;
3 - Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu;
4 - O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
5 - Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores;
6 - Não nos deixeis cair em tentação;
7 - Livrai-nos do mal.

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Como vemos, das sete petições presentes no padre-nosso as três primeiras são
dirigidas a Deus e as quatro seguintes ao homem. Isso nos remete a um outro mistério que
cerca o número sete enquanto número da Criação. O sete é a junção do 3 (divino) e do 4
(físico e humano).

Anteriormente, no Livro da Gênesis, víramos que Deus, ao criar o mundo, dedicou


os três primeiros dias à criação dos “campos” onde as criaturas agiriam nos quatro dias
restantes.

Essa divisão é válida e pode ser observada na maioria dos exemplos onde o sete servir
de base. Nas sete virtudes, três são sobrenaturais (fé, esperança, caridade) e quatro são
cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança). Os sete pecados capitais se dividem em
três que pertencem ao espírito (soberba, ira, inveja) e quatro que pertencem ao corpo
(luxúria, gula, avareza e preguiça). Dos sete sacramentos da igreja católica, três se referem
a vida espiritual (batismo, confirmação, eucaristia) e os quatro restantes referem-se á vida
mundana (penitência, ordem, matrimônio, extrema-unção). Portanto, para entendermos
totalmente o significado do número sete, temos que analisar anteriormente os números 3 e
4, ou seja, o ternário e o quaternário.

A Trindade Divina é uma parte do sete

Na Grécia antiga, entre os pitagóricos, o 3 era considerado o número perfeito por ter
princípio, meio e fim. Por essa razão, o 3 era considerado o símbolo do divino.

O círculo da eternidade, com os triângulos superior (Deus) e inferior (homem)


tendendo para direções opostas, uma vez que estão em luta constante. Resolvido este
impasse, o homem reconhecerá que o seu Eu, seu Centro (ponto central), é o mesmo que o
de Deus.

Os gregos tinham ainda três destinos, três fúrias e três graças. Os deuses eram sempre
representados com um triplo instrumento de poder: o tridente de Netuno, o raio triplo de
Júpiter. Os antigos imaginavam o mundo composto de três partes: céu, terra e subsolo.
Assim, o homem tinha que ser dividido em três partes, a saber: corpo, alma e mente. A mente
se subdivide em consciente, subconsciente e superconsciente (ego, superego e id).

Porém, o uso mais claro do poder divino do número três é a descrição que
normalmente se faz da divindade como sendo trina. No dogma cristão esse aspecto aparece
quando se afirma que Deus é Um na essência mas possui três aspectos distintos, ou seja, Pai,
Filho e Espírito Santo. Entre os nórdicos a divindade também possuía o seu aspecto triplo:
Har, Janfar, Thridi.

Entre os babilônicos; Anu era o deus-chefe da trindade composta ainda pon Enlil e
Ea. Entre os egípcios, a trindade divina seguia o protótipo de uma outra espécie: pai-mãe-
filho, ou seja, Osiris, Isis e Hórus. Entre os etruscos, Tina, Cupra e Menrva apareciam sempre
juntas e representavam o fogo, a fertilidade e a sabedoria.

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Jachin e Boaz, os dois legendários pilares do Templo de Salomão. Entre ambos, os


sete pilares do tabernáculo, representando os sete planetas da astrologia tradicional (gravura
rosacruz).

Quanto aos hindus, todos sabem que eles adoravam separadamente as três divindades
distintas: Brahma, Siva e Vishnu. Porém, a primeira lição ensinada aos discípulos na
iniciação aos mistérios profundos era de que esta separação é ilusória, sendo que os três
representam aspectos do Uno.

Três é, portanto, o número das forças da Criação. Essas forças são representadas por
dois pólos que se opõem e um terceiro fator de interação e equilíbrio. Nesse sentido, o
símbolo real da divindade é o triângulo eqüilátero. Ora, colocando-se um triângulo com um
dos vértices voltado para cima (símbolo do superior) sobre um triângulo com um dos vértices
voltado para baixo (símbolo do inferior), teremos a estrela de Davi. Colocando-se um ponto
no centro dessa estrela (ou um círculo á sua volta) teremos novamente o número sete,
simbolizando aqui o encontro do homem com Deus.

Vejamos agora o significado do número 4, ou seja, do quaternário.

Desde a mais remota antigüidade o quatro sempre foi considerado o número do


mundo físico. A primeira e mais racional das explicações para esse fenômeno diz que o
mundo físico é composto por quatro elementos: terra, ar, água e fogo. A outra explicação é
que o quatro estaria relacionado aos quatro pontos cardeais. Vale mesmo a pena perguntar
por que quatro pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) e não três ou seis. Acredita-se ainda
que este conceito seria derivado da simetria do corpo humano.

Um número “esquisito” até para os matemáticos


Os exemplos tirados da Bíblia confirmam a idéia do quatro relacionado ao mundo
físico. O rio que sai do Paraíso se divide em quatro outros rios. O Altar dos Sacrifícios tem
quatro pontas, dirigidas aos quatro pontos cardeais. Os quatro animais que sustentam o Trono
da Revelação referem-se aos quatro elementos.

No Novo Testamento vamos encontrar o quatro de uma forma bastante dramática: os


soldados romanos dividem em quatro partes as roupas de Jesus crucificado.

Esta separação das vestes do Doce Rabi da Galiléia simboliza a dissolução do seu
corpo material e o seu regresso aos quatro elementos de que era composto.

Entre os maias, o quatro também aparece ligado ao mundo material: eles tinham
quatro deuses, sendo que cada um suportava um dos quatro cantos da Terna — Cauac (sul),
Mulac (norte), Kan (este) e Ix (oeste).

Não podemos nos esquecer que são quatro as estações do ano (primavera, verão,
outono, inverno); são quatro as fases da Lua (crescente, minguante, nova e cheia); são quatro
as partes do dia (madrugada, manhã, tarde e noite); tudo isso equivale as quatro fases da vida
do homem (nascimento, crescimento, maturidade e morte).

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Em sua autobiografia, intitulada Memórias, Sonhos e Reflexões, o grande psicólogo


suíço Carl Gustav Jung refere-se a idéia da quaternidade: “A quaternidade é um arquétipo
de ocorrência quase universal. Constitui a base lógica para qualquer raciocínio completo. Se
alguém desejar transmitir esse raciocínio, ele deverá ter esse aspecto quaternário. Por
exemplo, se quisermos descrever o horizonte como um todo, refenir-nos-emos aos quatro
quartos do céu. Há sempre quatro elementos, quatro qualidades principais, quatro cores,
quatro castas, quatro formas de desenvolvimento espiritual, etc. Do mesmo modo, existem
quatro aspectos de orientação psicológica. Para nos orientarmos, temos de possuir uma
função que nos garanta que qualquer coisa está ali (sensação); uma segunda função que
estabeleça o que é (pensamento); uma terceira função que estabeleça se serve ou não, se
aceitamos ou não (sentimento); e uma quarta função que nos indique de onde uma coisa veio
e para onde vai (intuição). Sempre que as coisas se passem desta maneira, nada mais há a
dizer... A perfeição ideal é o círculo ou esfera, mas a sua divisão natural mínima é uma
quaternidade”.

O quadrado e a cruz são os dois símbolos universais do quaternário. A cruz, ao


contrário do que muita gente pensa, é um símbolo que foi englobado pelo cristianismo, mas
que o antecede em milhares de anos. Os escandinavos já colocavam cruzes sobre os túmulos
dos seus mortos muitos anos antes do aparecimento do cristianismo. Para os egípcios a cruz
simbolizava a vida, e entre os astecas, antes de qualquer contato com os cristãos, a cruz já
era um símbolo sagrado.

Mas enfim, seja qual for a sua forma, o número quatro se relaciona sempre ao mundo
físico (ou terrestre) em oposição ao número três, que se refere ao divino (espiritual). Assim
sendo, o número sete (3 + 4) é, sem dúvida alguma, o número da Criação.

Os sete chacras, segundo a tradição da hatha-ioga. O iogue busca atingir cada um dos
chacras, até chegar ao sétimo - a perfeição.

Mas, além de ser um número sagrado, o sete é também um número aritmeticamente


“esquisito”. Desmond Varley, em seu livro Sete, o Número da Criação, diz: “Se pedirmos a
uma dúzia de pessoas que nos digam rapidamente um número ao acaso, de um a dez, pelo
menos oito delas nos responderão, invariavelmente, sete”. Por outro lado, as crianças
parecem apresentar uma dificuldade especial em aprender a tabuada do sete. E mesmo os
adultos costumam tropeçar na resposta quando lhes é perguntado quanto são oito vezes sete.

O uso do sete nas pirâmides do Egito

O sete é o único número simples para o qual não existe regra fácil se quisermos saber
se ele é fator de um determinado número. O sete é um número primo e o único a não ser
aritmeticamente nem múltiplo nem divisor de um outro número entre 1 e 10. 0 sete é, sem
dúvida alguma, um número diferente. Parece que o seu segredo é propriedade dos deuses.

No caso da matemática, os números podem ser manipulados racionalmente. Mas o


mistério aparece quando nos referimos aos conjuntos estelares que sempre serviram de
orientação aos homens. A constelação mais importante do Equador é Órion; a mais brilhante
do Círculo Polar Ártico é a Ursa Maior; e, para o grupo circumpolar sul, é o nosso Cruzeiro
do Sul. Pois bem, essas três constelações são formadas por sete estrelas visíveis a olho nú a

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qualquer hora da noite em seus hemisférios (a do Equador é visível ao norte e ao sul), desde
que haja condições para tal. No entanto — e aí o mistério ganha proporções — como explicar
a plêiade das Sete Irmãs, quando na verdade apenas seis estrelas são visíveis a olho nú?
Somente uma tradição oculta poderia ter designado a sétima estrela (invisível) para os que
não possuíam os sofisticados aparelhos da astronomia moderna.

Outro exemplo do sete “oculto” vamos encontrar nas pirâmides do Egito. Desmond
Varley, no seu livro anteriormente citado, pergunta-se: “Podemos ser positivos ao afirmar
que os construtores das pirâmides do antigo Egito viram a pirâmide como um símbolo do
Sol, mas será que eles também a relacionaram com o septenário, como nós o fazemos?”.

“A semana da Criação”, segundo Desmond Varley, autor de Sete, o Número da


Criação. Os sete pilares Sabedoria, citados no Velho Testamento. Varley sugere que eles
significam uma lista de virtudes. O candelabro de sete braços, um dos mais importantes
objetos do culto judáico. A ramificação do meio seria o próprio homem, o centro da Criação.

A resposta pode ser encontrada na grande pirâmide de Quéops, não apenas pelo seu
significado esotérico mas também pelo fato de ser a mais pesquisada e estudada. Em
primeiro lugar, a pirâmide (não apenas a de Quéops, mas todas) está relacionada ao sete em
sua construção aparente, ou seja, sua base é quadrada (quatro) e seu perfil é triangular (três),
cujas figuras projetadas formam o sete. Por outro lado, a grande pirâmide de Quéops possui
três câmaras escondidas em seu interior: a do rei, na parte mais alta da pirâmide,
simbolizando o mundo superior (o céu); a câmara da rainha, ao nivel do solo, simbolizando
o mundo terrestre (físico); e, finalmente, uma terceira câmara, situada bern abaixo do nível
do solo, simbolizando o mundo subterrâneo (inferior). Portanto temos, claramente, o número
três.

As câmaras acima descritas estão ligadas ao corredor da entrada por um sistema de


corredores que — qual o rio que corria do Paraíso — divide-se em quatro em um
determinado ponto. Três câmaras e quatro corredores: temos novamente o número Sete.

Os sete degraus da Consciência: estágios que o homem deve percorrer até chegar a
identificação com a Consciência Divina.

Símbolo da medicina e os chacras da ioga

Ainda entre as culturas antigas, vamos encontrar o sete simbolizado no caduceu,


símbolo ainda usado pela medicina e que foi descoberto na forma utilizada ainda hoje em
uma taça suméria datada de 2600 anos antes de Cristo.

O caduceu consiste em duas serpentes iguais, enroscadas em um bastão, sendo que o


seu significado original era, sem dúvida alguma, triplo. Pode ter sido o símbolo do Bem e
do Mal (as duas serpentes) que se reconciliam em um terceiro elemento (o bastão), visto por
muitos como o símbolo da eternidade. Na versão original sumeriana as serpentes se cruzam
sete vezes, incluindo-se as pontas das caudas e as duas cabeças que apenas se tocam.

Sabendo-se que os sumérios tiveram um contato muito grande com a civilização


hindu, alguns autores acreditam que o caduceu dos sumérios também se referia aos sete

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chacras, centros ou gánglios que podem ser despertados pelos que praticam ioga, quando
conseguem ver o kundalini, a feroz força da serpente que, segundo a hatha-ioga, encontra-
se enroscada na base da espinha.

O despertar do sétimo chacra equivale, para o iogue, a entrada no sétimo paraíso


maometano. Existe uma simetria entre esses dois símboIos. Mas o que nos interessa no caso
é a relação entre o caduceu sumério e a ioga hindu: o fato de os iogues referirem-se ao
kundalini como a força da serpente faz do caduceu a representação ideal do despertar dessa
força.

Os sete dias da semana do candelabro judaico

Entre os judeus, o sete adquire uma importância muito especial, não apenas para os
cabalistas (a cabala é a doutrina secreta do judaísmo), mas mesmo entre os membros da
religião oficial. O sete está presente em um dos principais objetos do culto, ou seja, a
menorah, o candelabro de sete braços. E o sete aqui possui uma função bern definida.
Acendem-se as sete velas do Candelabro antes da oração do Shabat, isto é, quando tem início
o descanso do sábado, o dia sagrado. A luz da vela simboliza a consciência individual, em
oposição a luz do sol (o Shabat tem início quando surge a primeira estrela no céu da sexta-
feira), que é o símbolo da consciência universal. Assim, o candelabro de sete braços refere-
se não apenas aos sete dias da Criação (incluindo-se evidentemente o Shabat, dia do
descanso), mas também ao impacto que as leis divinas causaram sobre os homens. Sete são
os planetas da antigüidade. Assim, a luz da vela do braço central simboliza o repouso com
relação às seis luzes “planetárias” e significa a consciência que o povo judeu tem acerca de
Deus: “Estai quietos e ficai sabendo que Eu sou Deus”. Esta ordem é a razão de ser do
descanso sabático.

Por outro lado, é muito interessante o simbolismo numérico das seis luzes exteriores.
Essa disposição mostra que os defeitos dos três princípios da criação se encontram
polarizados no homem, uma vez que cada par de luzes ocupa extremos opostos dos três
ramos semicirculares. Isto significa que o princípio de exteriorização pode manifestar-se
como sociabilidade de um lado e como agressividade do outro. Os princípios de
reconciliação estão no único lugar onde a polarização não aparece, ou seja, no centro. Mas
o centro é o próprio homem.

Assim, no simbolismo do candelabro de sete braços, o homem aparece como o centro


da Criação e sua parte mais importante, capaz de dominar e de conciliar o todo. Dessa
maneira, o homem estaria destinado a desempenhar perante a natureza o mesmo papel que
Deus representa diante do universo.

Biblia

O número sete, na Bíblia, representa a perfeição e a totalidade, vejamos:


Deus fez o Mundo em 7 dias…
E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia
de toda a sua obra que tinha feito. Gênesis 2.2

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O Senhor, porém, lhe disse: Portanto quem matar a Caim, sete vezes sobre ele cairá
a
vingança. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o
encontrasse. Gênesis 4.15

Os 7 anos de fartura e miséria sobre o Egito…


Eis aí vêm sete anos de grande abundância por toda a terra do Egito.
Seguir-se-ão sete anos de fome, e toda aquela abundância será esquecida na terra do
Egito, e a fome consumirá a terra; Génesis 41.29-30

E subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel, e viram o
Deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como uma obra de pedra de safira e como o
parecer do céu na sua claridade. Porém ele não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos
filhos de Israel; mas viram a Deus, e comeram, e beberam.

Então, disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; e dar-te-ei tábuas
de pedra, e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinares. E levantou-se
Moisés com Josué, seu servidor; e subiu Moisés o monte de Deus. E disse aos anciãos:
Esperai-nos aqui, até que tornemos a vós; e eis que Arão e Hur ficam convosco; quem tiver
algum negócio se chegará a eles.

E, subindo Moisés o monte, a nuvem cobriu o monte. E habitava a glória do Senhor


sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e, ao sétimo dia, chamou o Senhor a
Moisés do meio da nuvem. E o aspecto da glória do Senhor era como um fogo consumidor
no cume do monte aos olhos dos filhos de Israel. E Moisés entrou no meio da nuvem, depois
que subiu o monte; e Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta noites. Êxodo 24

Sete dias os vestirá aquele que de seus filhos for sacerdote em seu lugar, quando
entrar na tenda da revelação para ministrar no lugar santo. Exôdo 29.30

O segundo boi, de 7 anos, que Deus pediu a Gideão…


Naquela mesma noite, lhe disse o SENHOR: Toma um boi que pertence a teu pai, a
saber, o segundo boi de sete anos, e derriba o altar de Baal que é de teu pai, e corta o poste-
ídolo que está junto ao altar. Juízes 6. 25

O profeta Elias fez 7 orações para que chovesse…


À sétima vez disse: Eis que se levanta do mar uma nuvem pequena como a palma da
mão do homem. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para
que a chuva não te detenha…Dentro em pouco, os céus se enegreceram, com nuvens e vento,
e caiu grande chuva. 1 Reis 18. 44-45

O profeta Eliseu pediu para Namaã mergulhar 7 vezes no Rio Jordão…


Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão,
e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo. 2 Reis 5 - 10

São 7 as manifestações do Espírito de Deus…


Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de
entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor
do SENHOR. Isaías 11.2

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O Candelabro de Ouro tem 7 hastes…


E eis um candelabro todo de ouro e um vaso de azeite em cima com as suas sete
lâmpadas e sete tubos, um para cada uma das lâmpadas que estão em cima do candelabro.
Zacarias 4.2

As muralhas de Jericó foram rodeadas por sete dias…


Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias. Hebreus 11.30

O interessante também, é que em Mateus cap 23, o Salvador (Jesus) disse 7 VEZES
a palavra "hipócrita" se referindo aos fariseus.

As 7 Igrejas…
Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete
candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as
sete igrejas. Apocalipse 1.20

E mais: Jesus voltará ao Som da Sétima Trombeta. Apocalipse 11.15 a 18. 1 CO


15.51 e 52.

Os 7 Anjos…
Ouvi, vinda do santuário, uma grande voz, dizendo aos sete anjos. Apocalipse 16. 1

As 7 Taças…
Ide e derramai pela terra as sete taças da cólera de Deus. Apocalipse 16.1

A semana tem 7 dias, o que tem um significado muito importante, pois quando se
chega ao sétimo dia, voltamos ao primeiro e todas as vezes que o sete se “manifesta” indica
o fim de um tempo e o início de outro. É como o virar de uma página. Por isso os 7 MONTES,
para pôr fim ao sofrimento e começar uma nova vida, pois, até então, temos visto coisas
maravilhosas, mas queremos mais, queremos 7 vezes mais.

7 Moisés deixou 5 livros e a lei se resume em 2 testamentos


7 anos gastos na construção do Templo de Salomão
7 casais de cada espécie de animal postos na Arca de Noé
No 7º mês a Arca de Noé repousa no Monte Ararat
Seth (7) era o nome do irmão de Osíris (Egito Antigo)
São 7 os altares, 7 os bezerros e 7 os [carneiro]
7 foram as Chagas de Cristo
7 foram as Horas de agonia do Mestre Jesus

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ॐ OM

Introdução

ॐ Essa sílaba única, Om, vem dos Vedas.


Como uma palavra sânscrita, significa avati
raksati – aquilo que lhe protege, lhe abençoa.

É considerado o som mais próximo da palavra


divina, e a origem de todas as demais. Segundo
o Mandukya Upanishad, OM é aquele que
existiu e existirá sempre.

A sílaba OM é considerada por várias escolas,


mestres e tradições o som primordial do
Universo.

Assim, pode-se afirmar que OM é o princípio, meio e fim. É a totalidade. É chamado


na Índia por mátriká mantra, o som matriz matriarcal que tudo originou. Nos Vedas, é
definido como “aquele que tudo inclui, a origem e o fim do Universo”.

Portanto, Nele o universo se cria, se conserva e se dissolve. É o som-semente que


desenvolve o centro de força da “Terceira Visão”, responsável pela intuição, meditação e
pelos fenômenos da telepatia e clarividência.

Entenda o Símbolo

É o primeiro dos símbolos sagrados na Índia que possui a força de ser a descrição
visual do som cósmico, do qual toda a matéria e o espaço são originados. No seu som
monossilábico, contém Brahman ou o universo inteiro em sua energia. O universo inteiro
significa não somente o universo físico, mas também a experiência dele.

Deste modo, o OM é fundamental na cultura Hindu, e seu símbolo é a primeira figura


que toda a criança deve desenhar no início de sua educação.

Ele é, também, a primeira evocação que é cantada para evocar os deuses numa
oração. Seu motivo pode ser visto em pórticos, portões, templos, livros em geral, textos
religiosos, em berços de recém nascidos e em roupas cerimoniais, numa grande variedade
de cores e com muitos tipos de enfeites.

Podemos vê-lo como um equivalente à luz branca, em que nele pode ser encontrado
todas as cores do arco-íris. Na tradição Hindu Om é a palavra de afirmação solene e
respeitoso acordo .

OM é a contração da palavra SOHAM e é, assim, o Som Primordial, o sopro vital, o


som de vida. Ele equilibra o Ser dando-lhe todo o seu poder estabelecendo a harmonia entre
os diversos veículos do homem integral nas suas três divisões fundamentais (corpo, mente e
espírito).

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Por outro lado, sendo o som mais puro que existe, ele regenera o homem a todos os
níveis e situa-o no plano divino. OM é, por excelência, o som universal de meditação, aquele
que dá progressivamente acesso às mais altas realizações espirituais.

Dentro do símbolo há os cinco


elementos do Universo – terra, fogo, ar, água
e éter. Confome o mestre hindu
Pranavopanishad, o A é nirman (criação de
tudo), é Brahma, o criador e a Terra. U é shiti
(conservação do Universo), é Vishnu, o
preservador. O espaço M é Pralaya
(transformação do Universo), é Shiva, o
destruidor e a iluminação. Observe que na
existência tudo é regido por estas três
energias: criação, preservação e destruição.

Avati Raksati - aquilo que lhe protege,


lhe abençoa. Como se dá essa proteção? É um
mantra e é um nome do Senhor.

O nome do Senhor lhe protege através da repetição do próprio nome. Pelo nome você
reconhece o Senhor. E, portanto, é reconhecimento em forma de oração.

Uma compreensão profunda sobre este símbolo místico revela que é composto de
três sílabas combinada em uma, não como uma mistura física mas como uma combinação
química.

Na verdade em Sânscrito a vogal 'o' é constitucionalmente um ditongo composto de


a + u; por isso OM é representativamente escrito como AUM.

Apropriadamente, o símbolo do AUM consiste de três curvas (curvas 1, 2 e 3), um


semicírculo (curva 4) e um ponto.

A curva maior 1 simboliza o estado de vigília, neste estado a consciência é voltada


para o interior através dos portões dos sentidos.

O tamanho grande significa que este é o estado mais comum ('maioria') da


consciência humana.

A curva de cima 2 mostra o estado de sono profundo ou estado de inconsciência.

Este é um estado onde quem dorme não deseja nada nem passa por nenhum sonho.

A curva do meio 3 (que se localiza entre o sono profundo e o estado de vigília)


significa o estado de sonho.

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Neste estado a consciência do indivíduo é voltado para o interior e o sonhador


contempla uma visão encantadora do mundo atrás das pálpebras dos olhos.

Estes são os três estados da consciência de um individuo, já que o pensamento místico


Indiano acredita que a realidade manifestada inteira se origina desta consciência, portanto
estas três curvas representam o fenômeno físico .

O ponto (4) significa o quarto estado da consciência, conhecido em Sânscrito como


turiya.

Neste estado a consciência não parece nem extrínseca nem intrínseca, nem os dois
juntos.

Significa o voltar para a quietude de toda existência relativa e diferenciada. Este


estado quieto total, pacífico e bem-aventurado é o alvo absoluto de toda atividade espiritual.

Este estado Absoluto (não-relativo) ilumina os outros três estados.

Finalmente, o semi círculo simboliza Maya e separa o ponto das outras três curvas.
Deste modo, é a ilusão de maya que nos previne da realização dos mais altos estados de bem-
aventurança. O semi-círculo é aberto no topo e não toca o ponto. Isto significa que este
estado mais alto não é afetado por maya.

Maya só afeta o fenômeno manifestado.

Este efeito é quem previne o investigador de alcançar seu alvo final, a realização do
Um, do onisciente, do não-manifesto, do princípio Absoluto.

Desta maneira, a forma de OM representa tanto o não-manifesto e o manifesto, o


númeno e o fenômeno.

Sendo um mantra, ele é repetido, e, portanto, torna-se uma prece. O Senhor é o


protetor e o provedor; aquele que abençoa é o Senhor; o Senhor é na forma de bênção.

Repetido Om, você invoca o Senhor naquela forma específica. Então, dessa maneira,
Om lhe protege. Portanto, ele é fiel a seu nome. É o Senhor que lhe protege, e não o som.

O Senhor é Um e não-dual. Isso é o que dizem os Vedas. O que existia antes, o que
existirá depois e o que existe agora.

Tudo isso, sarvam, é realmente Om. Tudo o que existe é Om. Tudo o que existiu é
Om, e também tudo o que existirá depois, no futuro. Passado, presente e futuro, incluindo o
tempo e tudo o que existe no tempo - tudo isso é Om. Aquele Om é Brahman.

Portanto, o Senhor é não-dual, e esse não-dual é Um. A sílaba é também uma e não-
dual, significando que tudo está dentro dela. E tudo está dentro de Om.

Como um som sagrado também, a pronúncia das três sílabas AUM é aberto para uma
rica análise lógica.

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O (A) simboliza o estado de vigília, e assim, o estado de sonho (simbolizado por U),
situa-se entre o estado de vigília (A) e o estado de sono profundo (M). Na verdade um sonho
nada mais é do que um componente da consciência da vida em vigília formada pela
inconsciência do sono.

A é um mátra, U é outro e M mais outro. Brahman é sarvam (tudo) e também está na


forma de três. Brahman em estado causal, como súkshma prapañcha, o mundo sutil, e o
sthúla, o mundo físico. O corpo físico é chamado de sthúla, assim como o universo físico.

Dentro desse corpo físico existe outro mundo. É o mundo do nosso prana que mantém
este corpo vivo e inclui a mente e os sentidos. É sutil, pois está dentro desse corpo físico,
não visível, mas sua presença não se perde. Portanto, o que mantém esse corpo vivo, sem o
qual estaria morto, isso é súkhma.

Quando sthúla e súkshma estão juntos, então existe vida. Quando súkshma não está
presente, esse corpo físico fica inerte.

Dessa maneira, temos o Senhor nos três níveis: no nível físico, sutil e causal. Na
nossa vida diária também temos três estados distintos de experiência: o acordado, o sonho e
o sono profundo.

No sono profundo o indivíduo está na forma causal. No sonho você se identifica com
o súkshma (sutil), sua própria mente. A mente está acordada e existe uma experiência de
sonho e um mundo de sonho.

E você ainda identifica-se com o corpo físico e tem então o estado acordado. Então
temos três estados de experiência e três mundos. Isso constitui o indivíduo enquanto ser
acordado e todo o mundo físico, o ser que sonha e todas as experiências sutis e o causal, no
sono profundo. São três e completam tudo o que existe a nível individual e total.

Além da natureza tríplice do OM como um som sagrado está a quarta dimensão


invisível que não pode ser distinguida pelos nossos restritos órgãos dos sentidos como nas
observações materiais.

Esta quarta dimensão é indescritível, silêncio total que segue a elocução do OM.

Uma quietude de todas as manifestações diferenciadas, ou seja, um estado pacífico ,


bem-aventurado e não-dual. Na verdade este é o estado simbolizado pelo ponto na
iconografia tradicional do AUM.

Geralmente, cantamos Om no início e no final de qualquer coisa. Om representa um


início auspicioso.

O simbolismo tríplice do OM é compreensível para a maioria de nós humanos


'ordinários', percebidos tanto no nível intuitivo quanto objetivo. Isto é responsável pela
popularidade e aceitação geral.

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Por este símbolo se estender sobre o espectro inteiro do universo manisfestado, faz
com que seja uma fonte verdadeira de espiritualidade.

De acordo as ciências espirituais Indianas, Deus primeiro criou o som e destas


frequências sonoras veio o mundo do fenômeno.

Nossa existência total é constituída destes sons primordiais, que dão origem aos
mantras quando organizados por um desejo de se comunicar, manifestar, invocar ou
materializar.

É dito que a própria matéria se originou do som e o OM é o mais sagrado de todos


eles.

O OM (ॐ) é o ponto de ligação de um ponto qualquer com todo o resto universo,


isto é, não só representa esse momento de paz como também representa o silêncio que une
dois mundos diferentes.

É a sílaba que precede o universo e da qual os deuses foram criados. É a sílaba "raiz"
(mula mantra), a vibração cósmica que mantém unidos os átomos do mundo e dos céus.

Mantra da paz universal - OM SHANTI OM

Como muitos outros mantras, este começa com a palavra "Om". Considera-se que
Om é o som original, o som do Universo de que todos os sons vêm.

A segunda parte do mantra, Shanti , significa "Paz", tão simples. É um belo


significado e também um som bonito . Isso é interpretado como a paz no corpo, fala e mente
(todo o nosso ser) ou como um desejo de paz individual , coletiva e universal.

Deva Premal - Om Namo Bhagavate

OM NAMO BHAGAVATE (do sânscrito): é um dos mantras de evocação de


Krishna.
OM é a vibração interdimensional que interpenetra a tudo e a todos.
NAMO: Saudação ou reverência ao poder divino.
BHAGAVATE: Respeito ao Senhor.

Quando alguém faz esse mantra completo, evoca Krishna como homem que também
viveu aqui na Terra e sabe das dificuldades enfrentadas por todos.

O Om ou Aum (ॐ) é o mantra mais importante do hinduísmo e outras religiões. Diz-


se que ele contém o conhecimento dos Vedas e é considerado o corpo sonoro do Absoluto,
Shabda Brahman. O Om é o som do universo e a semente que "fecunda" os outros mantras.

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Om, aquele imutável (akshara), é tudo o que existe. O que foi, o que é e o que será,
tudo é realmente a sílaba Om; e tudo o que não está submetido ao tempo triplo é também,
realmente, a sílaba Om. (Mandukya Upanishad)

"O pranava - o mantra Om significa padme hum - é a jóia principal entre os outros
mantras; o pranava é a ponte para atingir os outros mantras; todos os mantras recebem seu
poder do pranava; a natureza do pranava é o Shabda Brahman (o Absoluto). Escutar o mantra
Om é como escutar o próprio Brahman, o Ser. Pronunciar o mantra Om é como transportar-
se à residência do Brahman. A visão do mantra Om é como a visão da própria forma. A
contemplação do mantra Om é como atingir a forma de Brahman" Mantra Yoga Samhitá,

Na Índia, o mantra Om está em todas partes. Hindus de todas as etnias, castas e idades
conhecem perfeitamente o seu significado. Ele ecoa desde a noite das idades em todos os
templos e comunidades ao longo do subcontinente.

Vocalização

Como fazer a vocalização correta sem nunca haver escutado este mantra da boca de
alguém que sabe? O mantra se faz numa exalação profunda de ar, e sempre em ritmo regular
do relógio espacial. Após a exalação vem uma inspiração nasa fogo prolongada. Não pode
haver tremor na voz ao repetir o mantra. A nota musical em que se emite o som não interessa
em absoluto. É aquela que resultar mais natural para você. Quando houver mais pessoas
junto, todos devem tentar afinar-se.

O Om começa com a boca aberta, emitindo um som mais parecido com um a,


mantendo a língua colada no fundo da boca e a garganta relaxada. O som nasce no centro do
crânio, se projeta para frente e vibra na garganta e no peito. Após alguns segundos de
vocalização, a língua deve recolher-se para trás. Assim, aquele som similar ao a, se
transforma numa espécie de o aberto, que vai fechando progressivamente.

No final, sem fechar a boca, a língua bloqueia a passagem de ar pela garganta e o


som se transforma em um m, que em verdade não é exatamente um m, mas uma nasalização.
Esta nasalização se chama anunásika em sânscrito, que significa literalmente com o nariz, e
deriva da palavra násika, nariz. Mais claro, impossível. Em verdade, o mantra poderia grafar-
se Aoõ. Neste ponto, o ar sai pelas narinas e o som vibra com mais intensidade no crânio.
Aconselhamos que você treine colocando uma mão no peito e a outra na testa para perceber
como a vibração vai subindo conforme o mantra evolui.

Porém, se você prestar atenção à vibração que acontece durante a vocalização,


perceberá que ao emitir a letra o inicial (que começa como um a, não esqueça), a nasalização
do m já está contida nela. Ou seja, é um som que se faz com o nariz, e não uma letra m. Ao
perseverar na vocalização, você sentirá nitidamente que a vibração se origina no centro da
cabeça e vai expandindo até abranger o tórax e o resto do corpo. resumindo, o Om começa
com a boca aberta e termina com ela entreaberta.

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Vibração

Om é a vibração primordial, o som do qual emana o Universo, a substância essencial


que constitui todos os outros mantras, sendo o mais poderoso de todos eles. Ele é o gérmen,
a raiz de todos os sons da natureza.

"Com Om vamos até o fim o silêncio de Brahman (o Absoluto). O fim é imortalidade,


união e paz. Tal como uma aranha alcança a liberdade do espaço por meio de seu fio, assim
também o homem em contemplação alcança a liberdade por meio do Om."

Essa técnica é uma das mais antigas e eficazes que existem no Yoga. Estimula o ájña
chakra, na região do intercílio, sede de manas, o pensamento, e buddhi, a intuição ou
consciência superior. Existem sete formas diferentes de vocalizar o Om. Aqui veremos
especificamente a sua utilização como dháraní, suporte para concentração.

Além desses bíja mantras principais, aparece ainda sobre as pétalas de cada chakra
uma série de fonemas do alfabeto sânscrito são os bíjas menores, que representam as
manifestações sonoras do tipo de energia de cada chakra. Desta forma, cada sílaba de cada
mantra estimula uma pétala definida de um chakra particular. Este é o motivo pelo qual o
sânscrito é considerado língua sagrada na Índia seu potencial vibratório produz efeitos em
todos os níveis.

Em uma interpretação mais profunda da concepção mística do AUM, citada no


Upanishad AUM é um arco, a flecha o eu , e Brahman (Realidade Absoluta) é o alvo.

Outro texto antigo compara AUM com uma flecha, colocada em cima do arco do
corpo humano (respiração), que depois de penetrar as trevas da ignorância encontra a sua
marca, ou seja, o domínio iluminado do Verdadeiro Conhecimento. Assim como uma aranha
que sobe em sua teia e ganha a liberdade, assim também é a subida do yogue em direção a
libertação através da sílaba OM.

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SAMSARA

Samsara (sânscrito-devanagari: संसार: , perambulação)


pode ser descrito como o fluxo incessante de
renascimentos através dos mundos.

Na maioria das tradições filosóficas da Índia,


incluindo o Hinduísmo, o Budismo e o Jainismo,
o ciclo de morte e renascimento é encarado
como um fato natural. Esses sistemas diferem,
entretanto, na terminologia com que descrevem o
processo e na forma como o interpretam. A
maioria das tradições observa o Samsara de forma
negativa, uma condição a ser superada. Por exemplo,
na escola Advaita de Vedanta hindu, o Samsara é visto
como a ignorância do verdadeiro eu, Brahman, e sua alma é
levada a crer na realidade do mundo temporal e fenomenal.

Já algumas adaptações dessas tradições identificam o Samsara (ou sa sâra, lit. "seu
caminho") como uma simples metáfora.

Samsara no Vedantismo

No Vedanta, o samsara tem o mesmo significado em diversas escolas, designando o


ciclo da transmigração do atma em mundos materiais. Shankara, considerado o fundador das
escolas modernas de vedanta, definia o samsara como sendo o caminho atemporal realizado
pelo atma em avidya ou ignorância. Uma vez que vidya é alcançada através de jñana o
conceito dual e egocêntrico de aham e mamata se esvai, o ciclo se extingue e o atma se funde
no Brahman alcançando moksha.

Shankara argumentava que o karma-vamsana, ou o desejo de realizar atividades


materiais do ego iludido é simplesmente devido à sua ignorância em ver-se diferente e com
a identidade distinta do Brahman, com a destruição do sentimento de aham, o atma vê que
ele também é o Brahman (aham brahmansmi; lit. “eu sou brahman”) e o samsara deixa de
ter fundamento.

No vedanta e na maioria das diversas tradições hindus que se fundamentam no


Vedanta, o ciclo de transmigração da alma, ou samsara, não é feito exclusivamente do
passado para o presente, numa temporalidade linear como a concebida pela cosmologia
Ocidental. O ciclo pode se deslocar para qualquer posição no espiral do tempo e, de acordo
com as diferentes inferências feitas pelos sábios, em quaisquer Brahmandas, ou universos
da criação material, e em quaisquer tipos de corpos, entre as 8,4 milhões de espécies
transmigráveis, podendo haver evolução ontogênica ou filogência, nos dois sentidos:
elevação e degradação; de semideus a larva, de planta a ser humano e vice-versa. De fato, as
possibilidades de transmigração são infinitas.

Alguns smritis tais como o Garuda Purana, o Padma Purana, o Vixnu-smriti, o Manu-
samhita, o Vixnu-dharma-shastra e inúmeros outros textos clássicos do hinduísmo, podem

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ser considerados cânones da transmigração da alma, explicando em que situações a alma


transmigra de onde para onde e por que.

Samsara no Budismo Tibetano

É a perpétua repetição do nascimento e morte, desde o passado até o presente e o


futuro, através dos seis ilusórios reinos: Inferno, dos Fantasmas Famintos, dos Animais,
Asura ou Demônios Belicosos, Ser humano, dos Deuses e da Bem-Aventurança. A menos
que se adquira a perfeita sabedoria ou seja iluminado, não se poderá escapar desta roda da
transmigração, ou Roda da Samsara. Aqueles que estão livres desta roda de transmigração
são considerados lamas, iluminados (ou budas, em sânscrito).

Samsara como metáfora psicológica

À parte da cosmologia e mitologia tradicional de renascimento do corpo físico no


budismo também pode-se compreender este ensinamento como o ciclo de morte e
renascimento da consciência de uma mesma pessoa. Momentos de distração, anseios e
emoções destrutivas são momentos em que a consciência morre para despertar em seguida
em momentos de atenção, compreensão e lucidez. Nesta visão os agregados impuros,
skandhas, são levados a diante para o momento seguinte em que a consciência toma uma
nova forma.

A meditação budista ensina que por meio de cuidadosa observação da mente é


possível ver a consciência como sendo uma sequência de momentos conscientes ao invés de
um contínuo de autoconsciência. Cada momento é a experiência de um estado mental
específico: um pensamento, uma memória, uma sensação, uma percepção. Um estado mental
nasce, existe e, sendo impermanente, cessa dando lugar ao próximo estado mental que surgir.
Assim a consciência de um ser senciente pode ser entendida como uma série contínua de
nascimentos e mortes destes estados mentais. Neste contexto o renascimento é simplesmente
a persistência deste processo.

Esta explicação do renascimento como um ciclo de consciência é consistente com os


demais conceitos budistas, como anicca (impermanência), dukkha (insatisfatoriedade),
anatta (ausência de identidade) e é possível entender o conceito de karma como um elo de
causa e consequências destes estados mentais.

Roda do Samsara

A roda do Samsara engloba seis caminhos diferentes, definidos a partir do karma.


Porém, por mais que se alcance uma existência abençoada, o sofrimento ainda é inevitável:
mesmo os seres mais iluminados ainda estão sujeitos aos males do mundo, e à reencarnação.
Apenas a iluminação quebra o ciclo.

Deva: primeiro caminho divino, às vezes referidos como existências semelhantes aos
Deuses, Devas são o estágio mais sublime do Samsara, reservado aos de karma positivo.
Mesmo com poderes e conhecimentos divinos, ainda estão sujeitos à reencarnação e males
dos seres humanos, como orgulho, luxúria, ira, e etc. Um dos dois caminhos divinos,
representando o lado positivo.

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Asura: o segundo caminho divino, representa o extremo oposto de um Deva, o lado


ruim. Pessoas que eram ciumentas, furiosas e sanguinárias tendem a renascer como Asuras,
o caminho demoníaco. Assim como os Devas, têm habilidades extraordinárias e também
estão sujeitos ao karma e à reencarnação.

Manusya: os seres humanos. Baseia-se no orgulho, paixão, desejo e dúvida, e é tido


como o caminho mais propício para alcançar o nirvana, já que podem obter as informações
necessárias para tal, sem que os fortes desejos carnais e obsessões dos caminhos elevados
interfiram nesse processo.

Animal: crê-se que existem pessoas que renascem como animais, devido ao estado
de ignorância, domínio do instinto, sobrevivência do mais apto e servidão aos humanos que
essas pessoas se encontravam em suas vidas anteriores.

Preta: o caminho dos fantasmas famintos. Caminho baseado na forte possessividade


e desejo em vidas anteriores, são criaturas humanoides, pálidas e magras, justamente por
estarem sempre famintos e sedentos, porém são incapazes de saciar a perpétua fome e sede
que sentem.

Naraka: o mais próximo do Inferno do Budismo. Todos que são mandados para o
caminho Naraka só ficam lá até equilibrarem seu karma, podendo assim renascer (o que
mostra que o Naraka não mantém ninguém preso eternamente). São Oito Narakas Gelados
e Oito Narakas Quentes, e cada um deles é um estágio para o equilíbrio do karma.

Descrião da Samsara

Samsara é uma palavra sânscrita que vem da combinação de Samsa (ilusão) e Ra


(movimento). É a ilusão em movimento, representada de forma cíclica. Tem também o
sentido de "perambulação". Muitas pessoas pensam que esse é o nome Budista para o lugar
em que vivemos no momento - o lugar que abandonamos quando vamos para nibbana
(nirvana). Mas nos textos Budistas mais antigos samsara é a resposta, não para a pergunta
"Onde nós estamos?", mas para a pergunta "O que estamos fazendo?" Ao invés de um lugar,
é um processo: a tendência de ficar criando mundos e depois se mudando para dentro deles.
À medida que um mundo se desintegra, você cria um outro e lá se instala. Ao mesmo tempo,
você dá de cara com outras pessoas que também estão criando os seus próprios mundos.

O jogo e a criatividade desse processo pode algumas vezes ser prazeroso. Na verdade,
isso seria perfeitamente inócuo se não causasse tanto sofrimento. Os mundos que criamos
insistem em desmoronar e nos matar. Mudar para um novo mundo requer esforço: não
somente as dores e riscos do nascimento, mas também os severos golpes - mentais e físicos
- que resultam ao passar da infância para a maioridade repetidas vezes. O Buda certa vez
perguntou aos seus monges, "O que vocês acham que é maior: a água nos grandes oceanos
ou as lágrimas que vocês derramaram nessa perambulação?" A resposta dele: as lágrimas.
Pense nisso na próxima vez que estiver mirando o oceano ou brincando nas suas ondas.

Além de criar sofrimento para nós mesmos, os mundos que criamos se alimentam
dos mundos dos outros, da mesma forma como o deles se alimenta do nosso. Em alguns
casos essa alimentação pode ser prazerosa e benéfica para ambos, mas mesmo nesse caso
essa situação terá um fim. De modo mais típico, ela irá causar dano a pelo menos uma das

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partes na relação, com freqüência a ambas. Quando você pensa em todo o sofrimento
incorrido para manter apenas uma pessoa vestida, alimentada, abrigada e saudável - o
sofrimento tanto daqueles que têm que pagar por essas necessidades, bem como daqueles
que labutam ou morrem na sua produção - você verá o quão explorador pode ser mesmo o
mais rudimentar processo de construção de mundos.

É por isso que o Buda tentou encontrar o caminho para parar essa 'samsarização'. E
uma vez que ele o encontrou, ele encorajou outros a segui-lo também. Porque a
'samsarização' é algo que cada um de nós faz e cada um tem que parar isso por si mesmo. Se
samsara fosse um lugar, poderia parecer egoísta que uma pessoa buscasse a escapatória,
deixando os outros para trás. Mas quando você compreende que é um processo, não há de
modo algum nada de egoísta em dar-lhe um fim. É o mesmo que abandonar um vício ou um
hábito abusivo. Quando você aprende as habilidades necessárias para parar de criar os seus
próprios mundos de sofrimento, você poderá compartir essas habilidades com os outros para
que eles possam parar de criar os deles. Ao mesmo tempo, você nunca mais terá que se
alimentar dos mundos dos outros, portanto, você estará reduzindo o fardo deles também.

É verdade que o Buda comparava a prática de parar o samsara ao ato de ir de um


lugar ao outro: desta margem de um rio para a outra margem. Mas os trechos nos quais ele
faz essa comparação, com freqüência concluem com um paradoxo: a outra margem não
possui um "aqui," nem um "ali," nem um "no meio". Sob essa perspectiva, é óbvio que os
parâmetros de tempo e espaço do samsara não se referem ao contexto preexistente no qual
perambulamos. Eles são os resultados da nossa perambulação.

Para alguém viciado em construir mundos, a ausência de parâmetros conhecidos soa


perturbadora. Mas se você estiver cansado de criar sofrimento incessante e desnecessário,
talvez queira tentar algo novo. Afinal, você vai sempre poder recomeçar a construir se a falta
de "aqui" ou "ali" resultar maçante. Mas dentre aqueles que aprenderam como romper esse
hábito, ninguém se sentiu mais tentado a 'samsarizar' outra vez.
Por Thanissaro Bhikkhu

A ilusão da vida e a roda do Samsara

O conceito de samsara, a eterna roda da vida e da morte como descrita pelos


hinduístas e budistas chegou a nós, ocidentais com toda força na segunda metade do século
20. Mas, a rigor, esse pensamento já havia estado entre nós quando foram difundidos os
arcanos do Tarot, especialmente com a carta A Roda da Fortuna. A carta, no Tarot de
Marselha, um dos mais conhecidos, mostra uma roda onde giram três criaturas. Duas estão
juntas à roda e, quando uma sobe, a outra desce. A terceira está numa plataforma e usa uma
coroa e uma espada que, apesar disso, só demonstram “o fenômeno passageiro do domínio.”

O samsara, no orientalismo, é o fluxo incessante dos renascimentos através dos


mundos. Assume conotação negativa, como uma condição a ser superada. Relaciona-se,
portanto, com a ideia de reencarnação. Mas é necessário mesmo acreditar na reencarnação
para analisar ou vivenciar a superação do samsara?

Não se pode separar a doutrina da reencarnação da lei do karma; isso é verdadeiro.


O budismo detalha os chamados elos de originação dependente, conhecidos como nidanas,
que relacionam-se com as causas e efeitos, envolvendo desejos, consciência, hábitos e

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tendências. Para os hindus também essa ligação entre reencarnação e karma é fundamental.
Sendo o esquecimento das vidas explicada pelo fato de que a mente consciente se rege pelas
tendências resultantes da memória e não pela própria memória.

Mas a ideia de evolucionismo, de que cada reencarnação próxima poderia ser melhor
do que a anterior só foi incluída no pensamento espiritualista através da codificação da
doutrina espírita de Allan Kardec no final do século XIX. A concepção evolucionista não
existia na Antiguidade oriental.

A roda do samsara equivale a uma seqüência infinita de causa e efeito, na qual somos
o sonho de alguém enquanto sonhamos um outro. Não há um eu permanente, todos os “eus”
são transitórios que subsistem e sobrevivem num outro eu, tão ilusório quanto o primeiro.
Alguém viu alguma semelhança com os enredos de filmes hollywodianos como A Origem
ou Matrix?

Entendida como metáfora psicológica, a roda do samsara pode significar a seqüência


de despertares de consciência que um indivíduo tem ao longo da vida. Morrendo (deixando-
se submergir na inconsciência) e renascendo (tendo consciência plena da sua vida).

O psicanalista C. G. Jung em seu primeiro trabalho, tentou mostrar que “os espíritos”
que uma médium incorporava eram diferentes facetas da personalidade da mesma e, assim,
eram manifestações do inconsciente pessoal dela. Não quero com isso, criar um conflito
com o espiritismo nem com seus adeptos, muitos deles, meus amigos. Apenas desejo chegar
ao ponto de que não é preciso ser espírita (ou budista, ou jainista, ou hinduísta) para pôr em
prática o conceito da roda de samsara. Existe a possibilidade de que uma memória coletiva
seja transmitida geneticamente, o que nos levaria a pensar e sentir como se a memória de
outra pessoa fosse uma outra existência nossa no passado e, às vezes, até no futuro, como
certas viagens astrais demonstram com experimentos xamânicos, por exemplo.

Longe de esgotar o assunto, pretendo, tão somente, trazê-lo de volta à baila para que
possa ser amplamente discutido. A roda do samsara, a ilusão da vida, das muitas vidas numa
só vida pode e deve ser pesquisada e analisada nos diversos aspectos que compõe a nossa
realidade. Ou a ilusão de realidade. Afinal, segundo Parmênides, podemos dizer que os
pensamentos são coisas. E se isso é verdade, as coisas são pensamentos. A física no fundo
é uma psicologia porque descreve uma realidade que é, antes de tudo, mental e psíquica. O
experimentador fazendo parte do sistema experimental como na física quântica. Resta viver
a ilusão ou superá-la se formos capazes. Paz e luz.
Mauricio Duarte

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Textos Diversos

Confira abaixo excelentes textos do Zen


Budismo, que trazem uma explicação direta do que
seriam os conceitos de Samsara e Nirvana,
respectivamente os reinos da ilusão sujeita à
interpretação do ego e da realidade:

“O Samsara não é um lugar – por exemplo, o


nosso mundo. É uma maneira de ser prisioneiro das
próprias percepções. Há quem diga que, se traçarmos no
chão um círculo ao redor de um peru, o animal pensará
que está preso e se deixará morrer de fome, sem jamais
tentar atravessar o círculo.

Embora todos os seres possuam dentro de si a luminosidade da consciência sutil, a


felicidade inefável de que falam os místicos e aqueles que viveram experiências de quase
morte, não a reconhecem.

Divorciadas dessa profunda luminosidade, nossas percepções adquirem uma


“opacidade” que nos mantém no engano. Embora sejam círculos de giz à nossa volta,
pensamos que se tratam de barreiras reais, ficamos prisioneiros delas e os esforços
desastrados que fazemos para nos libertarmos geralmente só pioram a situação. Na tradição
budista, a esta percepção deformada do mundo dá-se no nome de ignorância e diz-se que é
a raiz do Samsara.”
Tsering Paldrön, em “A Arte da Vida”

“Nirvana quer dizer “sem fogo”. “Fogo extinto” ou, “sem vento das paixões”.
Nirvana é a mesma coisa que Samsara. Samsara é Nirvana. É o mundo da perambulação,
onde andamos de lugar pra lugar, procurando a felicidade ou satisfação. Nós procuramos,
andando sem fim, procurando e trocando. Uma casa nova, um carro novo, entre outras
coisas… Procurando, procurando, sempre trocando, isso é Samsara. É o mundo rodando e
você procurando a solução e satisfação de problemas sempre novos. Vão sempre surgir,
porque é característica desse mundo mutante. O que faz essas sensações todas, são o “vento
das paixões”. E nós somos como folhas tocadas pelo vento das paixões. NIR é uma partícula
negativa e VANA é o fogo das paixões. Então podemos traduzir como “Fogo extinto, ou
sem ventos”, e, na analogia que estou fazendo, não tem vento para empurrar a folha de lado
pra lado. Não tenho paixões mundanas, então de repente surge uma grande calma, porque
não importa. Atrasou, atrasou, perdeu o avião, perdeu o avião, tem comida tem, não tem
comida, não tem. Perdi tudo que tinha, perdi tudo que tinha. Ganhei bastante, ganhei
bastante. As paixões não estão empurrando, então o mesmo lugar que é Samsara, é Nirvana.
O que mudou é a maneira de ver. Você tira os seus olhos, que vêm o Samsara, e troca pelos
olhos de Buda, olha com uma mente iluminada e aí aquilo que era Samsara, virou Nirvana.
Então Samsara não é um lugar. E Nirvana também não. Não dá pra “ir” para o Nirvana. Você
muda a si mesmo e aí, este lugar torna-se Nirvana.”
Monge Genshô, em “Sutra do Coração da Sabedoria”

“Espiritualmente falando, a existência humana é dividida em dez mundos. Os


primeiros seis mundos são retratados como sendo partes de uma roda que gira

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perpetuamente; os últimos quatro são vistos como platôs de uma alta montanha. Os seis
mundos pertencem ao Samsara, o reino da ilusão, no qual a realidade é distorcida pela
intervenção do ego. Os quatro mundos pertencem ao Nirvana, o reino da pura consciência
no qual, em graus ascendentes, a realidade é experimentada diretamente sem as
interpretações do ego. O objetivo da meditação é chegar ao topo dessa montanha, ou seja,
experimentar a vida espontaneamente, sem a submissão de toda informação que nos chega
às explicações e determinações do ego.
Por ser tão importante entender exatamente o que significam esses dois termos,
Samsara e Nirvana, ou Forma e Vazio, como eles são frequentemente chamados, nós vamos
ilustrar a distinção entre eles.
Imaginemos uma sala na casa da senhora Jane Doe. Nesse quarto há um ser humano
sentado em um sofá de veludo azul.
Do lado oposto ao do sofá há duas cadeiras de seda clara. Nas extremidades do sofá há mesas,
sobre as quais há abajures com grandes venezianas franzidas. No chão há um tapete circular
rosa e creme e nas paredes há várias pinturas a óleo com a assinatura de Jane Doe. As janelas
estão abertas e uma forte brisa faz as cortinas esvoaçarem dentro do quarto. Do lado de fora,
um galho de árvore bate ritmadamente contra uma das abas da janela. Um relógio na parede
soa as onze horas.
Essa descrição das coisas exatamente como elas são é a realidade do Nirvana ou do
Vazio.
Agora, imaginemos essa mesma sala como visto através dos olhos da pessoa que está
sentada no sofá. Vamos supor que essa pessoa é Louisa Doe, a sobrinha da senhora Jane
Doe, que aceitou um convite para o chá. Enquanto a tia está ocupada na cozinha, a sobrinha
olha ao redor do aposento e diz para si mesma: “Essas pinturas são horríveis. Não me espanta
que a pobre mulher nunca tenha se casado. E aqueles abajures… que lástima! Mas o sofá é
de primeira categoria. Ela deve ter pago uma fortuna nele. Eu me lembro de tê-lo visto há
alguns anos atrás e ele ainda parece o mesmo. Tão macio.. É uma pena que eu não esteja
com Duncan Phyfe. Meu Deus, ela precisa reformar aquelas cadeiras! Os braços estão sem
dúvida encardidos. Mas esse tapete.. eu aposto que é um legítimo oriental. Sim… isso deve
ter sido um dos que ela comprou no Cairo. Aquela brisa me traz lembranças. Será que deixei
as janelas do carro abertas? Seria melhor se ela podasse aquele galho ou algum dia ainda vai
acabar quebrando esse vidro. Onze horas! Ah, aquele é o velho relógio Hamilton que papai
diz que por direito é dele. Eu espero que possa sair daqui ao meio dia. Me pergunto se ela
planeja deixar este lugar para mim.”
Ming Zhen Shakya em “O Sétimo Mundo do Budismo Chan”

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SHAOLIN E OS 5 ELEMENTOS

O Yin e o Yang são considerados como


fundamentais na cultura tradicional chinesa, isso
porque representam as duas polaridades presentes
em qualquer manifestação da vida.

Esta visão da vida como a manifestação da


relação entre duas polaridades é muito
considerada entre os povos da Antiguidade, em
várias partes do Planeta Terra.

Tal visão se baseia na experimentação direta em


cima dos fenômenos naturais, e pressupõem que para haver qualquer formação e
transformação no campo dos fenômenos naturais se deve haver uma interação constante
entre duas polaridades, que apesar de serem originalmente distintas, complementam-se no
ato da interação.

Lei que rege as polaridades yin e yang

De acordo com essa lei, os fenômenos só podem se manifestar mediante a relação


entre ambas as polaridades, e por isso, nem todo Yin é absolutamente Yin e nem todo Yang
é absolutamente Yang.

Quando uma polaridade chega ao seu extremo, transforma-se no outro extremo, ou


seja, o Yang em seu extremo transforma-se em Yin e vice-versa.

Outra questão importante é que a lei das polaridades não funcionaria apenas com
duas polaridades opostas, mas necessita de um terceiro elemento, capaz de integrar as duas
polaridades Yin e Yang. Por isso, é importante percebermos na anatomia humana, certos
locais onde as estruturas se integram, tornando possível a harmonia dos movimentos.

Shaolin

O Templo Shaolin é um famoso mosteiro budista localizado na vertente ocidental do


monte Song (Sung Chan), na província de Henan, na República Popular da China. Nele,
viveu, no século VI, o 28º patriarca budista (e primeiro patriarca zen-budista), Bodhidharma.
No templo, Bodhidharma criou o estilo chan (zen) do budismo, bem como o estilo shaolin
de kung fu.

História

O templo Shaolin foi construído em 495 pelo imperador Xiaowen da dinastia Wei do
Norte (386-557) para abrigar o mestre indiano Batuo (Buddhabhadra), que veio a ser o
primeiro abade do mosteiro. Nesta época, muitas pessoas se converteram ao budismo, não
tanto pela religião em si, mas mais para fugir das obrigações para com o imperador, pois as

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leis da época permitiam, aos convertidos, seguir apenas a Buda e à espiritualidade. Já


existiam traços de marcialidade entre os monges budistas. Esses traços se tornaram fato em
520 com a chegada do monge indiano Bodhidharma, também conhecido como Ta Mo, em
chinês, e Daruma Taishi, em japonês. Bodidarma passou nove anos meditando na caverna
do pico Wuru, atrás do mosteiro. Visando a fortalecer os monges, que estavam debilitados
devido às longas horas meditando, Bodidarma lhes ensinou exercícios que se tornariam a
arte marcial do kung fu shaolin. Bodidarma também lhes ensinou técnicas de meditação que
viriam a constituir a escola chan de budismo.

Foram criados cinco templos, sendo um (o original) em Honan e um em Quanzhou


(Chuan Chow), em Fukien. Quanto aos outros três, ainda existem dúvidas sobre suas reais
localizações, entre Wotang, Oweishan, Kwantung, Ngor Mee, Wu Tang e Kwang. No tempo
Shaolin, foram criados os estilos de kung fu do tigre, do grou, do leopardo, da serpente e do
dragão.

Os treinamentos no templo eram bem severos, com várias horas de meditação e


treinamentos de luta, o que tornava, os monges, armas com total domínio da mente e do
corpo. Tudo começava com crianças entre sete e doze anos esperando por dias na frente do
portão do templo. As que ficavam, então, depois de entrar, passavam por vários testes de
comportamento, paciência e humildade.

Após longos anos e testes, para que o monge pudesse sair do templo, ele deveria
passar por três provas. A primeira era uma prova oral sobre história, filosofia e técnica
marcial. Aprovado nessa prova, ele passava à segunda prova, que era lutar contra mestres
dos cinco estilos de Shaolin: primeiro um a um, depois contra todos juntos. Não precisava
vencê-los, mas apenas provar que tinha uma qualidade técnica que lhe permitiria se defender
sozinho fora do templo. A terceira e última prova era o corredor da morte, onde sua perícia
marcial, concentração e percepção eram postas à prova. Ao passar pelo corredor, tinha de
enfrentar 108 bonecos dispostos à esquerda e à direita. Os bonecos eram acionados cada vez
que o lutador pisava no chão. Ao chegar ao final, para abrir a porta, tinha que erguer uma
urna com brasas dentro e os cinco animais dos estilos de Shaolin desenhados na sua lateral.
O levantamento da urna acionava o mecanismo de abertura da porta, permitindo que o monge
saísse do templo. Ao levantar a urna, o monge deveria, primeiro, retirar a camisa, pois ela
pegaria fogo facilmente. Em seguida, deveria escolher os desenhos dos dois animais que
representavam os estilos de Shaolin que ele havia aprendido (cada monge só aprendia dois
estilos de Shaolin, pois se considerava que, se ele soubesse os cinco estilos, poderia se tornar
um inimigo muito perigoso, caso viesse a trair o templo) e segurar a urna apoiando os braços
nesses dois animais, o que faria com que esses desenhos ficassem impressos em sua pele
pelo resto da vida.

Monges do mosteiro Shaolin

A época de ouro do mosteiro foi durante a dinastia Tang (618-907). No início do


século VII, um grupo formado por treze monges do mosteiro salvou o futuro imperador da
dinastia Tang, Li Shimin. Em recompensa, quando este alcançou o poder, efetuou generosas
doações ao mosteiro.

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Em 1733, os Manchus, que já haviam invadido a China e tentado invadir o templo


anteriormente, conseguiram subornar um monge e este traidor envenenou a água e incendiou
o templo, dando a oportunidade para os Manchus de destruírem o templo. Deste episódio,
apenas sobreviveram cinco mestres e quinze discípulos, que se espalharam e começaram a
treinar secretamente pessoas escolhidas na multidão.

Ao longo da história, o mosteiro passou por sucessivas destruições e reconstruções.


Ele funciona até hoje. Hoje, a China é repleta de fatos históricos que mostram a influência
dos monges Shaolin nas artes marciais, no uso de ferramentas de trabalho como armas
brancas, em terapias e em movimentos religiosos e políticos.

As Dez Normas Budistas

O monge Kwok Yuen criou um código filosófico com as seguintes normas:

1 - Treinar ininterruptamente
2 - Usar suas técnicas somente para a defesa pessoal
3 - Respeitar os superiores
4 - Ser honesto e sempre demonstrar cordialidade
5 - Evitar demonstrações de lutas
6 - Nunca ser agressivo ou demonstrar maneiras rudes
7 - Jamais comer carne ou provar bebidas alcoólicas
8 - Conter seus impulsos sexuais
9 - Jamais ensinar técnicas às pessoas que não são budistas
10 - Evitar a cobiça e a agressividade

1 - Treinar ininterruptamente
O treinamento marcial é eterno para o praticante. Treinando sempre, deve buscar o
máximo de concentração e precisão, como se cada golpe ou exercício fosse o último a ser
dado em sua vida. Por isso, o treinamento é a base da evolução marcial, favorecendo não
apenas o desenvolvimento físico e técnico, mas também o condicionamento mental e
espiritual do praticante de Kung Fu.

2 – Usar suas técnicas somente para a defesa pessoal


Todos aqueles que praticam e, principalmente, ensinam artes marciais, deve ter como
princípio básico a não-violência. Seus conhecimentos marciais devem ser usados apenas em
último caso para defesa pessoal, quando todos os recursos pacíficos estiverem esgotados.
Deve-se evitar o exibicionismo, como sendo algo inútil e nocivo. A ideia é ter consciência
da própria força, sem necessidade de prová-la a alguém. Deve-se seguir o que ensina o antigo
provérbio: “Forte realmente é aquele que vence sem lutar, mesmo possuindo o poder de
vencer lutando”.

3 – Respeitar os superiores
A importância do respeito aos superiores está bem ilustrada no relato sobre o processo de
seleção, admissão e treinamento das crianças no ingresso no templo Shaolin. Seja mestre ou
discípulo, o simples fato de ter mais tempo de treino na prática do kung fu fará da pessoa
alguém a ser respeitada por todos os mais novos. Assim, é preservada a hierarquia centrada

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no respeito aos mais velhos. Segundo a filosofia marcial dos Shaolins, o idoso é sinônimo
de sabedoria e, por isso, deve ser sempre respeitado.

4 – Ser honesto e sempre demonstrar cordialidade


A amizade e o respeito para com seus semelhantes são de muita importância para
quem pratica o Kung Fu. O praticante deve ter respeito e consideração por todos os seres
vivos do planeta – desde os homens até os animais mais inferiores. É dever do praticante
respeitar também todos aqueles que têm menos tempo de treinamento.

5 – Evitar demonstrações de lutas


É de importância vital evitar desafios e lutas fúteis, que sirvam apenas ao
exibicionismo egoísta e orgulhoso.

6 – Nunca ser agressivo ou demonstrar maneiras rudes


Acima de sua condição física, o homem é um ser moral e social. Por isso, os
praticantes de Kung Fu precisam ter consciência de que, quando o praticamos, a
sociabilidade e as boas maneiras devem estar sempre presentes. Isso quer dizer, também, que
se deve manter afastado de fofocas, de comentários e de pensamentos negativos, preferindo
os pensamentos e atos que elevem e proporcionem felicidade a todos.

7 – Jamais comer carne ou provar bebidas alcoólicas


As proibições à ingestão de carne e de bebidas alcoólicas têm origem nas
fundamentações religiosas budistas existentes no Templo Shaolin. Não devemos nos
esquecer de que estas regras foram feitas para os monges budistas. Entre eles, era
estritamente proibido o uso de álcool e de carne. A alimentação deveria observar o princípio
budista de jamais matar – o que inclui os animais de cuja a carne se pode alimentar. E o
álcool era considerado prejudicial porque impede o domínio da mente e o leva a uma
dependência viciosa.

8 – Conter seus impulsos sexuais


É preciso lembrar que as normas foram feitas para os monges budistas. Neste caso,
em especial, eles não tinham atividades sexuais devido aos votos religiosos. Atualmente,
lembra a necessidade de se tomar cuidado com os excessos sexuais, que podem ser fontes
de muitos problemas.

9 – Jamais ensinar técnicas às pessoas que não são budistas


Esta regra também se aplicava aos monges do mosteiro Shaolin. Partiam do princípio
de que ensinar artes marciais para qualquer um era perigoso, visto que muitos iriam somente
se interessar pelo aspecto externo da marcialidade. E, assim, fariam uso indevido dos golpes,
muitos deles mortais. Essa questão ainda inspira cuidados na atualidade. A facilidade de
acesso aos ensinamentos do Kung Fu trouxe consequências positivas e negativas que devem
ser ponderadas.

10 – Evitar a cobiça e a agressividade


A humildade é a base da essência do Kung Fu. Um verdadeiro praticante não se
ofende com as críticas, nem se envaidece com elogios.
Tudo isso é passageiro. O equilíbrio está em seguir “pensando como um sábio e
agindo como homem humilde”.

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Teoria dos 5

O uso e a correta aplicação da teoria dos 5 animais do kung fu nos jogos de luta
facilitaria e muito o equilíbrio dos jogos de luta.

A base dessa teoria é que não existe forma de luta superior às outras. Nessa teoria a
estratégia de combate é dividida em 5 categorias diferentes onde os nomes de um animal
especifico são utilizados como metáfora. Na teoria os estilos funcionam como os elementos
de um Jokenpo, porém aqui temos 5 elementos. Abaixo segue uma breve explicação de cada
animal e suas estratégias utilizadas em combate, para maiores detalhes sobre a teoria sugiro
uma busca na internet em sites de artes marciais.

Dragão
Elemento: Fogo
Vantagem contra: Tigre
Desvantagem contra: Leopardo

Sua estratégia é sair do caminho da linha de ataque do adversário. Deixando uma


abertura de propósito e se movendo apenas o suficiente para parecer estar fora ao alcance de
seu atacante dando a ele a ilusão de que ele terá alguma vantagem se continuar seu ataque.

O dragão vence o tigre usando sua força contra ele mesmo, mas perde para o leopardo
pela ausência de ataques arriscados que o sustentam.

Tigre
Elemento: Metal
Vantagem contra: Garça
Desvantagem contra: Dragão

A estratégia do tigre é o uso súbito de um ataque extremamente forte porém muito


arriscado. O objetivo é causar o máximo de dano a cada ataque desferido. O tigre derrota a
garça causando grandes danos a garça enquanto ela tenta manter a distância, mas é derrotado
pelas artimanhas do dragão.

Garça
Elemento: Madeira
Vantagem contra: Cobra
Desvantagem contra: Tigre

Sua estratégia é manter ou aumentar a distância entre si mesma e o adversário, pois


se ele não te encosta, ele não pode feri-lo. Usando socos e chutes para manter a distancia e
usando golpes curtos e fortes de perto para evitar ser agarrado pelo adversário enquanto
consegue espaço para escapar.

A garça derrota a cobra ficando fora do alcance de suas presas e fugindo quando
tentam lhe agarrar. A tendência da garça de manter distância é o que a torna vulnerável a
estratégia do tigre.

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Cobra
Elemento: Terra
Vantagem contra: Leopardo
Desvantagem contra: Garça

A cobra pode ser tanto ofensiva quanto defensiva, e utiliza tanto ataques quanto
agarrões. Ao invés de utilizar força bruta em seus ataques a cobra foca seu ataque numa área
vital do oponente, sendo sempre um ataque onde um membro se move em linha reta enquanto
o corpo continua no mesmo lugar. Isso permite a cobra ser direta e rápida limitando sua
vulnerabilidade ao contra ataque.

A cobra derrota o leopardo dando um ataque fatal antes de tomar muito dano, ou
através de agarrões tirando a mobilidade do leopardo. A cobra perde para a garça por não
conseguir chegar perto para aplicar suas técnicas.

Leopardo
Elemento: Água
Vantagem contra: Dragão
Desvantagem contra: Cobra
O leopardo usa a velocidade e a angulação para acertar o oponente com ataques
múltiplos que parecem acertar ao mesmo tempo, ou no mínimo uma enxurrada de golpes
rápidos incessantes.

O leopardo aumenta aparentemente sua velocidade quando ataca de ângulos


inesperados. O resultado é que como o oponente não pode se defender de tudo de uma vez
ele acaba paralisado sem fazer nada. Por questões defensivas o leopardo se move
continuamente sem ficar muito tempo no mesmo lugar, usando a mobilidade tanto para se
esquivar como para preparar a próxima leva de ataques.

Na verdade a defesa do leopardo é um subproduto de seus ataques incessantes, como


o que se ouve no ditado a melhor defesa é o ataque.

Por não se arriscar em seus ataques o leopardo leva vantagem sobre o dragão, sua
dependência de múltiplos ataques e movimento constante o deixa vulnerável aos ataques
vitais e agarrões da cobra.

A tabela abaixo mostra quem iria ganhar quantas lutas em uma melhor de 10 sendo
os 2 adversários desafiantes de alto nível e de habilidades equivalentes lutando um contra o
outro utilizando cada uma das estratégias dos 5 animais do Kung Fu.

Por exemplo; o Dragão ganharia 6 lutas em uma melhor de 10 contra o Tigre.

Para visualizar a tabela veja: http://www.capcom-un...s-de-luta?sdb=1

X DRAGÃO TIGRE GARÇA COBRA LEOPARDO TOTAL


DRAGÃO 5 6 5 5 4 25
TIGRE 4 5 6 5 5 25
GARÇA 5 4 5 6 5 25
COBRA 5 5 4 5 6 25

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LEOPARDO 6 5 5 4 5 25

A tabela acima mostra que todos os estilos tem 3 lutas equilibradas, uma luta difícil
e uma luta tranquila. Lembrando que uma luta 6/4 é possível de ser ganha com o preparo
necessário. A ideia é que em jogos de luta para manter o equilíbrio, o numero de personagens
fosse sempre múltiplo de 5 e que esses personagens fossem distribuídos igualmente em cada
categoria.

Por exemplo, um jogo com 16 personagens mesmo tendo poucas match-ups para
decorar acabaria por ter alguns personagens dominantes não necessariamente por serem
excelentes, mas por possuírem poucas lutas ruins comparados aos outros. Isso devido ao
simples fato de 16 não ser múltiplo de 5!!! Mesmo que se façam patchs para nerfar o suposto
top tier e a única coisa que acontecerá é o surgimento de um novo personagem top-tier em
um jogo ainda desequilibrado.

Outro exemplo, mesmo um jogo com 35 personagens selecionáveis (onde o


equilíbrio seria atingido quando todos os personagens tivessem 7 lutas difíceis, 7 lutas fáceis
e 21 lutas equilibradas) ainda pode ser desequilibrado se houver 8 ou mais personagens
utilizando a mesma estratégia de combate, pois 35 dividido por 5 (que são as estratégias de
combate descritas nesse texto) é 7!! E nesse caso não há patch ou mecânica de jogo que de
jeito de consertar isso. O rebalanceamento mais uma vez apenas mudaria o posicionamento
dos personagens na tier list e ainda existiriam personagens dominantes no jogo.

E por fim mesmo que o jogo tenha o número de personagens selecionáveis múltiplo
de 5 e estes estejam distribuídos igualmente nas 5 categorias de estratégia de combate, os
desenvolvedores devem estar atentos para que a mecânica de jogo adotada não favoreça uma
estratégia de combate (entre as 5 aqui descritas) pois isso acarretaria desequilíbrio entre os
personagens.

Os personagens dentro de uma categoria poderiam ser agrupados juntos na tela de


seleção para facilitar a visualização do seu estilo. Outro ponto também é que caso queiram
uma diferenciação dos personagens agrupados sobre o msm estilo estes poderiam ter alguma
característica mínima de um outro animal. Ex: Um personagem do estilo Tigre poderia ter
uma característica do estilo do Leopardo ou um personagem do estilo Garça poderia ter uma
característica do estilo Dragão. Isso é mais pra haver uma diferenciação entre os personagens
de uma mesma categoria assim como nas artes marciais existem estilos que adaptam certas
características de certos animais.

Um exemplo disso na arte marcial seria o kenpo americano que tem a estratégia do
leopardo como primária e algumas pitadas da estratégia da cobra ou o aikidô que usa a
estratégia do dragão e alguns elementos da cobra.

Supondo que na categoria Dragão em um jogo houvessem 4 personagens estes


poderiam ser:

- um personagem 100% dragão


- uma personagem 70% dragão 30%cobra
- uma personagem 70% dragão 30% garça
- uma personagem 70% dragão 30% tigre

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Ressaltando que este exemplo foi feito sem pensar muito, é prudente que o
desenvolvedor faça as adaptações de forma que mantenha o equilíbrio do jogo. Seria ótimo
para qualquer player poder escolher o personagem que quiser e estar ciente que tem chances
em uma competição séria.
Rodrigo Carioca

Cinco Elementos e Artes Marciais

Na natureza, nada é estático: tudo segue em constante mutação interagindo entre si.
Isso é percebido nos ciclos climáticos e sazonais, em cada traço de um indivíduo ou
fenômeno no Universo. Para haver equilíbrio, o ciclo natural é inteligente e ordenado, tendo
em cada estágio algumas propriedades e funções específicas. Os antigos chineses
observaram a natureza e, a fim de aplicar o mesmo princípio para a harmonia do homem,
estudaram os fenômenos classificando-os em cinco fases, ou cinco elementos. Os cinco
elementos também são chamados de cinco movimentos, pois mais do que elementos físicos,
eles representam fases do fluxo da natureza. Por exemplo, o elemento Fogo representa o
verão, tem característica de calor e segue após a primavera. No homem, o Fogo é a alegria;
em seus órgãos, o coração e assim por diante.

A seqüência dos cinco elementos segue uma ordem chamada ciclo de geração
(sheng): madeira, fogo, terra, metal e água. Cada elemento gera e alimenta o seguinte,
representando a mãe que nutre o filho. Para não haver o crescimento exagerado de um
elemento, existe também o ciclo de controle (kè), no qual um elemento domina o elemento
que segue após o elemento filho, ou seja, o elemento neto. Assim, madeira controla terra,
fogo controla metal, terra controla água, metal controla madeira e água controla fogo. Assim,
o ciclo flui em harmonia.

A seqüência dos cinco elementos segue uma ordem chamada ciclo de geração
(sheng): madeira, fogo, terra, metal e água. Cada elemento gera e alimenta o seguinte,
representando a mãe que nutre o filho. Para não haver o crescimento exagerado de um
elemento, existe também o ciclo de controle (kè), no qual um elemento domina o elemento
que segue após o elemento filho, ou seja, o elemento neto. Assim, madeira controla terra,
fogo controla metal, terra controla água, metal controla madeira e água controla fogo. Assim,
o ciclo flui em harmonia.

Madeira: Representa o nascimento. Da mesma forma que uma semente brota e


expande-se com seus galhos e folhas em muitas direções revelando o seu potencial, Madeira
é um elemento de expansão e expressão da capacidade de um indivíduo. Conforme o
indivíduo reconhece suas características pessoais, percebendo um limite entre o “eu” e o
meio, surge a noção do ego e o impulso para exprimi-lo, enfrentando condições adversas e
fortalecendo-se.

Representa a primavera e o vento, que segue sua direção livremente. É ligada à


criatividade, à liberdade e, se bloqueada, a energia de Madeira sobe como um vendaval e
gera a emoção da raiva e frustração. Mantida em equilíbrio como uma brisa suave, o
indivíduo expressa-se com calma, pois tendo uma visão correta de si mesmo, com seus
potenciais e limites, enxerga a direção a seguir e mede a proporção dos seus atos. Madeira,
portanto, gera o dom do planejamento.

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Fogo: Representa a elevação. Após os ramos da árvore (potenciais de um fenômeno


ou indivíduo) terem seguido sua direção natural, esse é o momento de sua elevação. O Fogo
é o mais imaterial dos elementos e promove a sublimação da energia para o auge. De
característica clara e luzente, revela o consciente humano e a sensibilidade.

Representa o verão e eleva-se como as chamas de uma fogueira. Se perder o controle,


ocorre um fogaréu; nas pessoas, ocorre a alegria excessiva e mania. O Fogo em equilíbrio
proporciona o contentamento e o amor.

Terra: Representa a transformação. A energia sublime está pronta para a nova etapa.
Do estágio sutil e etéreo, o elemento Terra fornece as propriedades densas e materiais para
a sua reversão. A Terra é sempre relacionada à mãe, que fornece ao filho nutrição e
estabilidade. Com uma base firme e estável, o indivíduo sente-se confiante para a sua
transformação psíquica.

Representa o intervalo entre as estações e, como a umidade, promove o movimento


lento, estabilizando a rapidez do Fogo. Se excessiva, a força estabilizadora da Terra impede
a energia de fluir e manifesta-se como estagnação, pensamento obsessivo e preocupação. O
equilíbrio fornece a capacidade de tolerância, a estabilidade, a nutrição física e emocional.

Metal: Representa a colheita e a introversão. Transformada em uma forma mais


palpável pela Terra, a tendência agora é ao agrupamento. O que possui características afins
entre si é vinculado física ou energeticamente e o que não interessa é excluído. É um
mecanismo que pode tornar-se condicionado e instintivo.

Representa o outono e a secura, já que o Metal “enxuga” o que não lhe é puro e
permanece somente com o que lhe interessa. Com essa tendência excessiva, o indivíduo pode
excluir aspectos benéficos a si mesmo e assim, experimenta o sentimento de tristeza e
abandono. Além disso, nem sempre recebemos só o que queremos e também perdemos o
que gostamos, o que faz com que a pessoa em desequilíbrio caia na melancolia, fique
pesarosa e apegada ao passado. Por outro lado, o equilíbrio faz a pessoa compreender o fluxo
natural de entrar e deixar sair, como o ar que respiramos, purificando-se mental e
espiritualmente.

Água: Representa o repouso. A energia recolhida do Metal agora é armazenada na


sua forma fluída, como o metal ou gelo derretido em água. Em seu fluxo contínuo, a água
descende e busca a profundidade, onde encontra paz e segurança. No nível mais profundo
do ser humano, há um contato maior com os sentimentos e portanto, com o inconsciente.

Representa o inverno e o frio, que gera contração. Após o repouso, a energia fortifica-
se e flui para manifestar a força de vontade e a determinação. Havendo repouso excessivo, a
Água forma um alagamento e sem perspectiva de terra firme, o indivíduo sofre com medo
ou pânico.

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BIBLIOGRAFIA ONLINE

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_cordas
http://brasilescola.uol.com.br/fisica/teoria-das-cordas.htm
http://www.misteriosdouniverso.net/2015/01/quantas-dimensoes-existem-explicando.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o-tempo
http://www.jeffersondemello.com.br/teoria3/teoria3.shtml
http://averdadeestampada.blogspot.com.br/2011/09/misterios-do-numero-7.html
http://www.numberseven.com.br/restaurante/numero/
http://www.fronteirasul.org.br/sete.htm
http://muitoalem2013.blogspot.com.br/2014/07/o-significado-do-om.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Om
http://queilarte.blogspot.com.br/2009/09/o-significado-do-simbolo-om.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Samsara
https://pt.wikipedia.org/wiki/Samsara_(budismo)
http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2006/03/samsara.html
http://www.divulgaescritor.com/products/a-ilusao-da-vida-e-a-roda-do-samsara-por-
mauricio-duarte/
http://despertarcoletivo.com/o-significado-de-samsara-e-nirvana/
http://wushen.com.br/yin-yang/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Shaolin
https://counterhit.com.br/forum/topic/3353-aplicacao-da-teoria-dos-5-animais-do-kung-fu-
no-equilibrio-de-jogos-de-luta/
http://uniaofhp.com.br/estudo/cinco-elementos-e-artes-marcias/

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