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RITUALISTICA

O Templo

De forma profana entende-se por templo : “do Latim Templu., qualquer lugar
ou edifício erigido em honra de uma divindade; edifício público destinado ao
culto religioso; igreja; sala em que se celebram as sessões da maçonaria;
nome de uma ordem militar e religiosa; fig., lugar misterioso e respeitável.”

Contudo para nós iniciados “Templo” não se refere apenas a um lugar físico
delimitado da matéria, mas a sua conjunção com a egrégora universal. Não
pode apenas um edifício ser ornado e nomeado templo sem que a devida
consagração, participação e zelo de IIr.·. façam-se presentes. No inicio os
maçons operativos se reuniam em assembléias denominadas “Oficinas”, com o
passar do tempo e tornando-se a maçonaria especulativa começou-se a
empregar o termo “Loja”. A loja deriva da expressão usada para definir a lona
cinza a qual os artífices se reuniam no canteiro de obras, em tempos
ancestrais, o alojamento de obreiros. Podemos ainda tomar como interpretação
de loja o termo sânscrito “Loga”, que denomina mundo. Podemos ainda
encontrar a definição de templo no latim “Fanum” que significa sagrado, desta
palavra também se origina a denominação dos não iniciados “Profanum” ou
“profanos” os que não tiveram a iluminação.

Os templos na antiguidade tinham o formato de um quadrado comumente


divido em duas partes, um lugar onde se manifestava a presença do sagrado e
onde se admitia apenas sacerdotes e a sala de estudos onde eram
congregados todos os iniciados.

A Sala dos Passos Perdidos

A Harmonia que deve reinar no átrio serve como filtro para barrar, antes da
reunião da Loja, as más influências recebidas do mundo exterior, pois no dia-a-
dia de cada um, a ansiedade e os problemas comuns do cotidiano geram
preocupações, às vezes excessivas, e estas desarmonizam a Loja, gerando
conflitos e contendas desnecessários. Por essas causas deve reinar silêncio
absoluto no átrio.

O átrio é uma sala conveniente contígua à loja, (entre a Sala dos Passos
Perdidos e à Loja), e por esse motivo é também evidente que devemos manter
postura adequada na Sala dos Passos Perdidos para desse modo não quebrar
a harmonia dos irmãos que já estiverem preparando-se, em silêncio, no átrio.
Os cumprimentos entre irmãos, indispensáveis em qualquer ocasião e que
devem ser sempre afetuosos e fraternos, podem ser feitos com modos
discretos em tom baixo, para não distrair a atenção dos irmãos que no átrio, se
dedicam ao estudo de suas lições e se preparam para a reunião ritualística que
acontecerá em seguida, no interior do Templo.

O Átrio

O Templo é precedido de um vestíbulo, denominado átrio, guarnecido com a


mobília que o espaço permitir, tendo pelo menos uma mesa e uma cadeira.
Sobre a mesa coloca-se um livro de registro destinado a receber as assinaturas
dos membros da Loja, e outro livro em que devem assinar os visitantes. No
Átrio deve ser observado silêncio absoluto. A queima de incensos e a execução
de boa música, instrumental de preferência, ajuda na harmonização, quando
executada com som adequado ao ambiente.

Considerando-se o átrio como sala de aprimoramento, onde são instruídos os


iniciados, e tendo o Segundo Vigilante como seu instrutor, atribui-se ao mesmo
algumas prerrogativas. Dentre estas prerrogativas está o de atribuir e definir a
pauta de instrução conforme as necessidades e observações, bem como o de
definir os trabalhos a serem realizados pelos iniciados. Outra atribuição
importante é o de ritualística, o mesmo deve zelar e orientar a boa observação
e prática e estudo do ritual.

Cabe ao Mestre de Cerimônias (ou ao Arquiteto se a loja nomear algum irmão


para essa função), verificar antes da abertura dos trabalhos, se o recinto do
Templo está devidamente composto, para o Ritual que será realizado. O M∴ de
Harm∴ deve selecionar, as músicas adequadas para serem executadas
durante a sessão.

No Átrio deve existir um quadro, com os colares e as jóias dos respectivos


cargos, para que o M.∴de CCer∴ proceda a composição da Loja. Antes da
formação do cortejo para se adentrar ao Templo, todos os IIr∴ deverão estar
devidamente paramentados, e as Dignidades e Oficiais, revestidos com suas
insígnias.

Jóias Móveis

As Dignidades e OOfic∴das LLoj∴ MMaç∴ SSimb∴levam ao pescoço um colar


de seda azul, de cujo vértice inferior vai pendente a jóia distintiva do cargo que
exerce. Estas jóias são de prata, recebendo o nome de móveis, porque passam
de uns IIr∴ a outros, quando variam os cargos para os que são escolhidos, e
são as seguintes: 1. V∴M∴: um esquadro. 2. 1º Vig∴: um nível. 3. 2º Vig∴: um
prumo. 4. Orad∴: um livro aberto sobre um triângulo eqüilátero ou um
pergaminho. 5. Secr∴ duas plumas cruzadas em sinal de multiplicação. 6.
Tes∴: uma chave ou duas chaves cruzadas em sinal de multiplicação. 7.
Hosp∴: uma bolsa. 8. 1º Diac∴: dois pombos trazendo em seu bico um ramo de
oliveira. 9. 2º Diac∴: um pombo trazendo em seu bico um ramo de oliveira. 10.
M∴CC∴: uma régua. 11. Exp∴: uma espada com a ponta para baixo. 12. G∴T∴:
duas espadas com a ponta para baixo. 13. Mestre de Harmonia: uma lira. • A
Jóia do Past Master é um esquadro com o diagrama de 47º. • O Secr∴exerce
em conjunto a função de G∴S∴(Guarda dos Selos), em alguns ritos o G∴S∴ é
um cargo específico, intitulado de Chanceler.

Dos trajes

• Para todas as sessões ritualísticas o traje obrigatório é o Balandrau. • O


Balandrau utilizado em todos os graus simbólicos é de cor preta com capuz. •
Somente o Mestre Maçom usará o capuz para cobrir a cabeça. • Em Sessões
Magnas abertas ao público (sessões brancas) o traje obrigatório é o terno
preto. • Em todas as sessões é obrigatório o uso de luvas brancas.

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A Prece no Átrio

O Orador tem por função o conhecimento ritualístico, para tanto cabe o mesmo
guardar, explicitar e observar a liturgia ritualística. Em alguns ritos o mesmo é
conhecido como Capelão, mas sua função é idêntica. O Orador também zela
pela harmonia nas dependências do templo.

O M∴ de CCer∴, após distribuir as insígnias e certificar-se de que nenhum


irmão traz consigo celular ligado ou objetos que possam atrapalhar o
andamento da sessão, posiciona-se em frente a porta da loja e forma o cortejo
para dar entrada aos IIr∴, respeitando a hierarquia de graus e cargos
maçônicos do simbolismo.

1. Aprendizes. 2. Companheiros. 3. MM∴ sem cargos. 4. M∴ de Har∴, Exp∴, 2º


Diac∴,1º Diac∴, Hosp∴, Tes∴, Secr∴, Orad∴, 2º Vig∴, 1º Vig∴ 5. MM∴II∴ sem
cargos 6. V∴M∴ 7. G∴T∴

Autoridades maçônicas, pertencentes ao Quadro, em Sessão Ordinária,


entrarão junto com os MM∴II∴. Nas demais sessões, sua entrada dar-se-á
segundo o Protocolo. Nessa oportunidade, se a autoridade houver por bem
dispensar as formalidades a que tem direito, comunicará ao M∴ de CCer∴ e
entrará junto com o cortejo, com o Ven∴Mestre e OOfic∴da Loj∴ Maç∴.

Os IIr∴ visitantes, poderão entrar em família quando apresentado por um Ir∴


MM∴ do Quadro ou a critério do Ven∴ Mestre.

• O irmão Orador faz a prece em voz alta e com pronúncia acentuada,


preferencialmente após respiração profunda, com os olhos fechados em
momento de profundo silêncio:

“Meus Irmãos, antes de ingressarmos neste Augusto Santuário Maçônico,


devemos meditar, preparando-nos para ao mesmo tempo ingressar no Templo
de Dentro, mergulhando em um oceano de tranqüilidade, deixando os
pensamentos comuns, os dissabores, as angústias e os problemas do
cotidiano, para trás.”
“Nosso escopo é completar a edificação do Templo da Virtude, embelezando-o
com os nossos propósitos de aperfeiçoamento.”

“A união é a força e nesse momento vamos somar com quem estiver ao lado
as vibrações benéficas, visando encontrar após o umbral desta porta, a força e
paz que tanto necessitamos”.

“Invoquemos ao Grande Arquiteto do Universo para que nos ilumine nessa


sessão. Que Assim Seja!”

• Todos: Que Assim Seja!

• M∴ ∴∴ ∴CC∴ ∴∴ ∴– com seu bastão apontado ao piso, dá as pancadas do


Grau:

• Com uma vela em sua mão, acende-a e diz:

M∴ ∴∴ ∴CC∴ ∴∴ ∴– Acendo a Luz visível como símbolo da Luz invisível*. • O


M ∴ CC ∴ entrega a chama acesa ao Orad ∴

* A Luz Divina que procede do Alto, e a Chama de nossas tradições acendida


na antiguidade e transmitida até nós de geração em geração, são
representadas nesta Chama Sagrada.

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Ao chamado do M∴ de CCer∴, os IIr∴ adentram no templo, pelo Norte indo
todos ocupar seus respectivos lugares, tanto no Ocidente como no Oriente,
permanecendo em pé, em silêncio e sem o Sinal de Ordem, enquanto o M∴ de
CCer∴entre colunas anunciará a entrada do V∴M∴

O M∴ de CCer∴, após conduzir o Ven∴ Mestre, posiciona-se ao centro da loja e


diz: “Vm.: a loja está devidamente composta com todos os cargos à sua
disposição.”

• O cargo de M∴ de CCer∴, é um dos cargos mais importantes de uma Loja


Maçônica. Além das atribuições que lhe são competentes e previstas na
legislação, ele deverá ser um “exímio” executor da Ritualística do Grau em que
estiver trabalhando. É indispensável que este Oficial tenha o mais completo
domínio do Cerimonial Maçônico em todas as Sessões, quer seja
Administrativas, Magnas ou Públicas.

• Durante o cortejo de entrada dos IIr∴, o M∴ de Harm∴, executará música


apropriada e adequada para o tipo de Sessão que será realizada.

ABERTURA RITUALÍSTICA

O Ven∴Mestre executa conforme ritual.

A CERIMÔNIA DE INCENSAÇÃO
Algumas Lojas realizam a cerimônia de incensação antes da abertura
ritualística. Nesse caso geralmente o V∴M∴prepara toda a incensação auxiliado
ou não por demais IIr∴
• Cabe a loja decidir cumprir o ritual de incensação conforme determina o
manual, ou poderá fazer conforme melhor prática, porém em todas as sessões
a incensação do Templo é obrigatória.

ENTRADA DE VISITANTES

Depois da Abertura Ritualística, após passar pelo telhamento, exibir


documentação maçônica atualizada, acompanhada da identidade civil profana
e dar prova de sua regularidade, serão recebidos neste período, com as
formalidades prescritas no Ritual.

Quando o Ir∴visitante for conhecido de Obr∴ MM∴ do Quadro que por


ele se responsabilizar ou já tenha visitado a Loja, pode o Ven∴ Mestre
conceder permissão para sua entrada, juntamente com o cortejo ritualístico, em
família. Os visitantes portadores de representação especial ou títulos
de autoridade, bem como as autoridades Maçônicas, serão recebidos conforme
o Protocolo de Recepção.

TEMPO DE ESTUDOS

É o período destinado para apresentação de peças de arquitetura sobre


temas maçônicos ou de interesse geral, tais como: história, filosofia, legislação,
simbologia, instrução do grau, ritualística, científico ou artístico.

Após a exposição do tema, deve-se sempre que possível, colocar a palavra


nas Colunas para perguntas e debates. O Tempo de Estudos não pode ser
suprimido, sob nenhum pretexto ou argumentos de atraso ou adiantar da
Sessão, esquecimento entre outros, como alias, nenhum trecho do ritual.

9 Nunca é demais frisar que não deverão ser abordados temas proibidos por
nossas leis, como o políticopartidário e religioso-sectário.

BOLSA DAS PROPOSIÇÕES - SACO DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES

O M∴CCer∴ após se posicionar entre CCol∴ e portando a Bolsa das Prop∴


com ambas as mãos, à altura da cintura, do lado esquerdo do corpo, inicia o
giro que deverá ser executado com toda formalidade.

A CIRCULAÇÃO DA BOLSA
A circulação em Loja aberta, trata-se de uma prática que impõe ordem e
disciplina aos trabalhos. É feita sem o Sinal de Ordem no sentido
destrocêntrico, da esquerda para a direita, ou seja, no sentido horário, tendo
como referência o Painel do Grau que está localizado ao centro do Ocidente. O
giro neste sentido, representa o caminho aparente do Sol em redor da Terra.

No Oriente não existe padronização na circulação, podendo o Irmão circulante


se deslocar livremente, sem necessidade de fazer a saudação ao Venerável.

Tanto a circulação do Sac∴ de PProp∴ e IInfor∴ e do Tr∴ de Benef∴, é feita


com toda formalidade que exige a ritualística, obedecendo a seguinte ordem:
Ven∴ Mestre, (Grão Mestre - se estiver presente), 1º Vig∴, 2º Vig∴; Secr∴,
Orad∴, Autoridades Maçônicas no Oriente, MI∴ e MM∴ que ocupam o Or∴,
MM∴que ocupam a coluna do Sul, MM∴que ocupam a coluna do Norte,
CComp∴, AApr∴ e, antes de encerrar a coleta e se colocar entre CCol∴, o
M∴CCer∴coloca sua proposta ou óbolo, ajudado pelo Ir∴ 2º Diácono.

Ao comando do Ven∴Mestre, dirige-se ao Oriente, chegando ao Altar pelo lado


Norte onde deposita todo o conteúdo da bolsa, tomando o cuidado de exibir ao
Ven∴ Mestre, Orad∴ e Secr∴, que presenciam sua conferência, que nada foi
esquecido no seu interior.

Quando da entrada e saída do Oriente, a saudação é feita somente ao Ven∴, e


neste caso, fará uma parada rápida e formal, dirigindo o olhar ao Venerável,
em movimento ou inclinação com a cabeça, pescoço ou tronco.

PALAVRA A BEM DA ORDEM E DO QUADRO

Os VVig∴ concedem a palavra diretamente ao Ir∴ que dela queira fazer uso,
em suas CCol∴. No Oriente a palavra é solicitada diretamente através do
Ven∴Mestre.

Para fazer uso da palavra o Ir∴ deverá levantar o braço, aguardando


autorização do Vig∴. Uma vez concedida, se colocará em pé e à ordem,
iniciando a saudação às Luzes e autoridades do simbolismo presentes,
respeitando a hierarquia dos cargos e empregando corretamente o tratamento
previsto. Poderá o Ven∴ Mestre, por sua liberalidade e após o término das
saudações, dispensar o Ir∴do Sinal. Neste caso, deverá o Ir∴ manter uma
postura correta, como cruzar as mãos para trás ou sobre o avental. Ao final da
exposição, faz o Sin∴ Gut∴ e senta-se.

O Ir∴ deve procurar, ao fazer uso da palavra, ser breve e objetivo,


evitando ser repetitivo e prolixo. Deve-se utilizar da palavra, quando se tem
algo novo à acrescentar ao que já foi dito. Ao final da exposição, faz o Sin∴
Gut∴ e senta-se. Saudar e agradecer a presença dos visitantes é de
competência do Orador.

Nenhum Ir∴ poderá fazer uso da palavra sem autorização. No caso da


necessidade de se manifestar após a circulação da palavra, para acrescentar
algo importante e relevante ao assunto em pauta, o Ir∴ solicitará a palavra ao
Vig∴ de sua Col∴, este comunicará ao Ven∴ Mestre, que poderá ou não
autorizar o retorno da palavra a Col∴. Se autorizada, a palavra retornará
ritualisticamente e com todas as formalidades necessárias à sua circulação.
Não existe autorização para o Ir∴ mudar de Col∴ ou se deslocar até o Or∴, a
fim de fazer novamente uso da palavra.

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O Ven∴Mestre pode cassar a palavra do Ir∴, se entender que o assunto está


sendo abordado em momento inoportuno ou de forma inadequada. Se persistir
em falar, tumultuando assim o transcorrer da Sessão, o Ven∴ Mestre, se não
for possível manter a ordem, poderá suspender os trabalhos sem as
formalidades do ritual, não podendo os trabalhos assim suspensos
prosseguirem na mesma data.

* É uma prática já consagrada e justificável, (pois estão sempre manuseando


livros e papéis), permanecerem sentados em seus lugares o Orador e
Secretário ao fazerem uso da palavra durante a sessão.

Obs.: Esse período de uso da palavra não é para apresentação de propostas e


muito menos para discussão e votação delas. É apenas um espaço para a
apresentação de assuntos maçônicos, ou gerais, que possam ser de interesse
da Loja e/ou da Ordem.
BOLSA DE BENEFICÊNCIA - TRONCO DE BENEFICÊNCIA OU
SOLIDARIEDADE

O Hosp∴ após se posicionar entre CCol∴ e portando a Bolsa de


Beneficência com ambas as mãos, à altura da cintura, do lado esquerdo do
corpo, inicia sua circulação de modo idêntico ao da Bolsa das Prop∴, com
todas as formalidades ritualísticas.

Após o giro, o Hosp∴aguarda ordens entre CCol∴ se dirigindo a seguir, até a


mesa do Ir∴Tesoureiro. O relatório da quantidade arrecadada de metal profano
é conferido pelo Ir.: Tesoureiro que informará em seguida, quando solicitado
pelo Ven∴Mestre e o Ir.: Secr∴ fará as devidas anotações para que conste em
Ata.

As arrecadações são depositadas na conta da loja, e ficará à disposição da


Hospitalaria, que deverá ser destinado exclusivamente às obras de
beneficência da Loja, sendo vedado seu destino para atender pedidos de
construção e reformas do Templo.

Não existe o procedimento de deixar o conteúdo do Tronco sob malhete para


ser conferido na próxima sessão, em respeito aos visitantes, autoridades, etc.
Em toda e qualquer reunião, ele corre somente entre os Maçons e é conferido
na mesma sessão e após a devida conferência todos presentes podem tomar
conhecimento do valor arrecadado.

CADEIA DE UNIÃO

Para a formação da Cadeia de União, todos os IIr∴ ficam em pé no Ocid∴,


formando um círculo ou uma oval. Cada Ir∴ cruza o antebraço direito sobre o
esquerdo, dando as mãos aos IIr∴ que estão a seu lado. O Ven∴ Mestre ocupa
o lado mais oriental da Cadeia, sendo ladeado pelo Orador à sua esquerda e
pelo Secr∴ à sua direita. O M∴ de CCer∴ ocupará o lado mais ocidental, de
frente para o Ven∴ Mestre, tendo à sua esquerda o 1º Vig∴ e à sua direita o 2º
Vig∴. Os demais Mestres comporão a Cadeia indistintamente; os CComp∴
ficarão ao Sul e os AApr∴ ao Norte.
Se a Cadeia de União se forma para a comunicação da Pal∴Sem∴, o
Ven∴Mestre diz ao ouv∴ dir∴ do Orador a Pal∴Sem∴, e no ouv∴ esq∴ do Secr∴.

A palavra seguirá de ambos os lados até o M∴ de CCer∴, que após recebê-la,


verifica se ambas as palavras que recebeu do lado esq∴ e ao ouv∴ dir∴ são
idênticas. Se ambas as palavras forem iguais, o M∴ de CCer∴ diz: “A palavra
está JP∴”. • Se houver divergência na transmissão da Pal∴ Sem∴, repete-se
novamente todo o procedimento.

• Se a Cadeia de União se forma em pról de algum irmão ou familiares (motivo


de doenças, auxilio espiritual ou pedidos relevantes), o Ven∴ Mestre informa o
motivo, (geralmente o Orador ou mesmo o Ven∴ Mestre) conduz uma prece e a
cadeia é desfeita.

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SAÍDA DOS IRMÃOS VISITANTES

O V∴M∴ solicita ao Orador (ou ele mesmo pode assim proceder), para dirigir
algumas palavras de união e fraternidade maçônica aos IIr∴ VVis∴ e lhes
agradecer pela ajuda e presença nos trabalhos da loja maçônica, após solicita
ao Ir∴ M∴ CC∴, para lhes acompanhar à saída do Templo.

Quando o Ir∴visitante for conhecido de Obr∴ MM∴ do Quadro que por


ele se responsabilizar ou já tenha visitado a Loja, pode o Ven∴ Mestre
conceder permissão para sua saída, juntamente com o cortejo ritualístico, em
família.

DESPACHO DO MATERIAL DE SECRETARIA, ASSUNTOS GERAIS E


ASSUNTOS DE FAMÍLIA
É um período destinado, exclusivamente, à discussão e votação de propostas.
Os assuntos devem ser preparados previamente, com antecedência, pelo
Secr∴, e se possível com as propostas que já tenham obtido parecer da
Comissão competente. Outros assuntos poderão ser incluídos na pauta,
independentemente dos pareceres regimentais, porém com a aquiescência da
Oratória.

Após a discussão de qualquer assunto, é indispensável a conclusão do


Orador, do ponto de vista estritamente legal, não lhe competindo dar opinião,
favorável ou contrária, em relação a qualquer proposta. Se legal, será votada
pelos IIr∴ presentes, que se manifestam pelo sinal de costume. Se ilegal
(inconstitucional, anti-regulamentar, ou anti-regimental) o Orador dará como
encerrada qualquer discussão.

Nos assuntos submetidos à votação, o M∴ de CCer∴, ficando em pé à Ordem,


confere os votantes e conta o número de votos nas CCol∴ e no Or∴, dando
conta ao Ven∴ Mestre se a proposta foi, ou não, aprovada.

Para aprovação ou reprovação em qualquer votação, basta a manifestação da


metade mais um dos votos válidos presentes. Os IIr∴ manifestam seu voto
através do sinal de costume: braço direito para a frente, com a palma da mão
voltada para baixo. Existido emendas de caráter legal, haverá necessidade do
parecer da Oratória, somente sobre a legalidade das mesmas. As emendas
aprovadas serão consignadas na ata do dia.

• É nesse momento de Assuntos de Família, que o Ir.: Secr∴pode também


fazer uma rápida explanação do conteúdo arrecadado no giro da Bolsa das
Proposições.

RELATÓRIO DA BOLSA DE BENEFICÊNCIA

O Ir.: Tesoureiro informará o valor arrecadado na sessão e o total em depósito


na conta da loja e, o Ir.: Secr∴ fará as devidas anotações para que conste em
Ata.

LEITURA DA ATA
A Ata (ou Balaústre) será lida, discutida e aprovada por todos os presentes, na
mesma sessão. Não é permitido deixar a leitura para a próxima sessão. A
Maçonaria determina, conforme lição de Aprendiz, para guardarmos segredo
de tudo que tenha passado, ou venha a ser relato dentro de uma loja, à todo
irmão que nela não tenha estado presente. Portanto nada do que aconteceu na
reunião pode ser revelado a nenhum irmão ausente.

Caso ocorram emendas, estas serão submetidas à votação, sempre na mesma


sessão. As emendas aprovadas serão consignadas na ata do dia.

Após sua aprovação, o M∴ de CCer∴ colhe as assinaturas do Ven∴ Mestre e


Orador, retornando a mesma ao Secretário.

AS CONCLUSÕES DO ORADOR

12 Quando solicitado pelo Ven∴Mestre, o Ir.: Orador faz as conclusões da


Sessão sob o ponto de vista legal, reportando de forma sucinta o que ocorreu,
evitando fazer comentários pessoais, dando ao final de sua fala, a Sessão
como “Justa e Perfeita”, voltando assim a palavra ao Ven∴ Mestre para o
encerramento ritualístico.

ENCERRAMENTO Estando presente o Grão-Mestre, neste momento poderá


novamente, se desejar, fazer o uso da palavra; passando-se, imediatamente
após, ao encerramento ritualístico.

A saída dos IIr∴, ocorrerá em ordem inversa ao da entrada e conforme


determina o ritual.

Por último deve sair o GT∴, após apagar as luzes e fechar o Templo.
OS OFICIAIS

O Poder Simbólico que governa a Loj∴ Maç∴e se constitui com um mínimo de


7(sete) oficiais. Estes cargos são os seguintes: 1. VENERÁVEL MESTRE (V∴
∴∴ ∴M∴ ∴∴ ∴): preside os trabalhos, senta-se no Or∴ representando a Alma e o
Mundo Moral. 2. PRIMEIRO VIGILANTE (1º Vig∴ ∴∴ ∴): dirige a Col∴do Meio-
dia, senta-se no ângulo do Noroeste, representa o Espírito e o Mundo
Intelectual. SEGUNDO VIGILANTE (2º Vig∴ ∴∴ ∴): dirige a Col∴ do N∴, senta-
se no ângulo do Sudoeste e representa o Corpo e o Mundo Material. 3.
ORADOR (Orad∴ ∴∴ ∴): é o guardião e intérprete do Direito Maçônico, senta-se
no Or∴, à esquerda do V∴M∴ e representa a Consciência. 4. SECRETÁRIO
(Sec∴ ∴∴ ∴): redige as atas, custodia os selos e os arquivos, emite certificações
e se encarrega da gestão administrativa da Loj∴ Maç∴. Senta-se no Or∴ à
direita do V∴M∴ e representa a Memória. 5. TESOUREIRO (Tes∴ ∴∴ ∴):
custodia, administra e contabiliza o capital da Loj∴ Maç∴, cobra as cotas
estabelecidas a seus membros e redige os orçamentos e informações do
tesouro; senta-se à esquerda do Orad∴, no topo da Col∴ do Meio-dia e
representa a Contingência. 6. HOSPITALEIRO (Hosp∴ ∴∴ ∴): Recolhe os
donativos da Bolsa de Beneficência, visita os IIr∴ doentes ou necessitados e
ajuda-os tão generosamente quanto estiver em seu poder. Representa a
Graça. É responsável pelo Livro de Presença dos Obreiros. Senta-se à direita
do Secr∴, no topo da Col∴ do Norte. 7. MESTRE DE CERIMÔNIAS (M∴ ∴∴
∴CC∴ ∴∴ ∴): encarrega-se das formas, da etiqueta, da solenidade e das
proclamações nas cerimônias; senta-se na coluna do S∴, em frente ao SV∴, e
representa as Emoções. 8. EXPERTO (Exp∴ ∴∴ ∴): Dirige os recipiendários nas
cerimônias de iniciação e vela pela boa execução do Ritual, que deve conhecer
perfeitamente, ele é encarregado da averiguação dos IIr∴ Vis∴. Representa o
Fundamento. 9. GUARDA DO TEMPLO (G∴ ∴∴ ∴T∴ ∴∴ ∴): custodia a porta do
Templo, abrindo-a somente ao que seja reconhecido como autêntico e bom
maçom. Representa o Escudo Anímico e a Saúde. 10. PRIMEIRO DIÁCONO
(1º Diác∴ ∴∴ ∴): leva as ordens do VM.’. ao Ir∴1º Vig∴, e aos oficiais dignitários.
Representa a boa Saúde do Corpo, da alma e do espírito. 11. SEGUNDO
DIÁCONO (2º Diác∴ ∴∴ ∴): leva as ordens do Ir∴1º Vig∴ao Ir∴2º Vig∴ e aos
oficiais dignitários. Representa a boa Saúde do Corpo, da alma e do espírito; a
dedicação, a pureza, a lealdade. • O(s) cargo(s) de Arquiteto e Mestre de
Harmonia pode ser executado por algum Oficial; porém nada impede que um
irmão Mestre Maçom o exerça, com a escolha e autorização do Vm∴

13 • A jóia do Arquiteto é a trolha e do Mestre de Harmonia uma lira. • O


Arquiteto é o zelador do Templo, cuida do estoque e substituição das velas,
incensos e boa conservação dos rituais e também da biblioteca, exercendo
também a função de bibliotecário. • O arquiteto toma assento junto aos demais
MM∴, no ocidente.

PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES SOBRE A DISCIPLINA MAÇÔNICA

• Os IIr∴devem tratar-se com a maior estima e consideração, tanto nos TTrab∴


da Loja,. como fora deles. • Os encarregados de dirigir os TTrab∴ devem evitar
discussões para que a harmonia e a fraternidade reinem nas Lojas. • É
imperativo que os QQ∴ IIr∴ , não ocorram aos tribunais profanos em suas
discussões, senão depois de haver esgotado os meios MMaç∴. • Os QQ∴ IIr∴
devem comparecer às reuniões em Traje de Ordem, e em Traje de Rigor aos
atos solenes da Ordem. • No interior do Templo não é permitido atender
telefone celular, fumar, ingerir bebidas alcoólicas ou alimentos. • Antes das
sessões (em períodos de até três horas antes do seu início), não é permitido
ingerir bebidas alcoólicas e não é permitido fumar nas proximidades do
Templo. • Quando os QQ∴ IIr∴ querem fazer uso da palavra devem pedí-la
dando uma palmada na parte superior da mão esquerda, chamando a atenção
do Vig∴ de sua Col∴ com o braço direito horizontalmente estendido. • Os QQ∴
IIr∴ devem esperar que os VVig∴ o anunciem e o V∴ M∴ os conceda a palavra,
fazendo uso da mesma com as formalidades de ordem. • É incorreto circular
em Loja, estando à Ordem. O Sinal de Ordem só se realiza ao estar de pé, e
parado. • Quando o Ir∴ estiver circulando e portando espada, deve tomar a
mesma, com a mão esquerda, à altura da cintura, e apoiar a Lâmina ao ombro
esquerdo. Se estiver portando algum instrumento de trabalho, deve portar a
espada presa à cintura.
.

INSTRUÇÕES DO PRIMEIRO GRAU

1. ONDE FOSTES PRIMEIRAMENTE PREPARADO PARA SERDES FEITO


MAÇOM? No meu coração.

2. E EM SEGUIDA? Numa sala conveniente, contígua à Loja.


3. DESCREVEI A MANEIRA PELA QUAL FOSTES PREPARADO. Fui
despojado de mmet. e vendaram-me os oo.; parte de meu corpo foram d-sn-d-
d-s, meu p.e.foi calç. de chin. e um l. de c-rd- colocado em volta do meu p-sc-
ç-.

4. ONDE FOSTES FEITO MAÇON? No seio de uma Loja Regular, Justa e


Perfeita.

5. E QUANDO? Quando o sol estava no seu meridiano.

6. NESTE PAÍS, AS LOJAS DA FRANCO-MAÇONARIA REUNEM-SE


GERALMENTE À NOITE. QUE EXPLICAÇÃO PODEIS DAR A ISSO QUE, À
PRIMEIRA VISTA, PARECE UM PARADOXO?

14 Girando constantemente a Terra em seu eixo, em sua órbita em torno do


Sol e estando a FrancoMaçonaria espalhada sobre a sua superfície, segue-se,
necessariamente, que o Sol está sempre em seu meridiano com respeito à
Franco-Maçonaria Universal.

7. O QUE É A FRANCO-MAÇONARIA UNIVERSAL? É um sistema peculiar de


moralidade, velado em alegorias e ilustrado por símbolos.

8. INDICAI OS GRANDES PRINCÍPIOS EM QUE SE BASEIA A ORDEM.


Liberdade, Igualdade e Fraternidade subdivididas em Amor, Caridade e
Verdade.

9. QUAIS SÃO AS PESSOAS DIGNAS E APTAS A SEREM FEITAS


MAÇONS? Pessoas honradas e livres, de maior idade, bom senso e rigorosa
moral.

10. COMO SABEIS QUE SOIS MAÇOM? Pela regularidade de minha iniciação,
repetidas provas e aprovações e a boa vontade em submeter-me, em qualquer
tempo, a uma exame, se a ele for regularmente convidado.
11. COMO PROVAIS AOS OUTROS SERDES MAÇOM? Por SS., TT., PP., e
os Perfeitos Passos da minha esquadria.

12. EM QUE TERRENO REPOUSA A LOJA? Em terreno sagrado.

13. QUAL A POSIÇÃO EXATA PARA SE CONSTRUIR UM TEMPLO? Do


Oriente ao Ocidente.

14. POR QUE RAZÃO UMA LOJA MAÇÔNICA ESTÁ SITUADA DO ORIENTE
AO OCIDENTE? A Primeira é porque a luz do Sol vem do Oriente para o
Ocidente. A Segunda razão é porque as luzes do evangelho da civilização
vieram do Oriente espalhando-se no Ocidente. A terceira é referente à Tenda
ou Tabernáculo que Moisés erigiu no ermo, por ordem Divina, e que estava
orientado na direção Oriente ao Ocidente.

15. EM QUE SE APOIA NOSSA LOJA? Em três colunas: Sabedoria, Força e


Beleza.

16. O QUE REPRESENTA ESTAS COLUNAS? Sabedoria - para idear Força -


para sustentar Beleza - para adornar A Coluna da Sabedoria representa o
Venerável Mestre da Loja, no Oriente. A Coluna da Força representa o Primeiro
Vigilante, no Ocidente. A Coluna da Beleza representa o Segundo Vigilante, no
Sul.

17. POR QUE O V. MESTRE DA LOJA É REPRESENTADO PELA COLUNA


DA SABEDORIA? Porque dirige os Obreiros que compõem a Loja.

18. POR QUE O PRIMEIRO VIGILANTE É REPRESENTADO PELA COLUNA.


DA FORÇA? Porque paga aos Obreiros o salário, que é a força e a
manutenção da existência.

19. POR QUE O SEGUNDO VIGILANTE É REPRESENTADO PELA COLUNA


DA BELEZA? Porque faz repousar os Obreiros, fiscalizando-os no trabalho.
20. POR QUE A LOJA É SUSTENTADA POR ESSAS TRÊS COLUNAS.?
Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento de tudo; sem elas,
nada é perfeito e durável.

21. POR QUE SÃO ASSIM CHAMADAS TAIS COLUNAS?

15 O Universo é o Templo de Deus, essas ccol. simbolizam a Sabedoria do G.


A. D. U. como pilares de sua majestosa obra.

22. A QUE ORDENS ARQUITETÔNICAS PERTENCEM AS TRÊS COLUNAS?


Jônica O Venerável Mestre da Loja; Dórica O Primeiro Vigilante Vigilante;
Coríntia O Segundo Vigilante

TELHAMENTO DO RITO YORK - EMULAÇÃO

Rogo ao Ir. que se aproxime como Maçom. dá o p.p.

Que é isto? O pr. p. reg. na F. Mac.

Trazeis mais alguma coisa? Trago (dá o Sn. e o desc.)

Que é isto? O Sn. de um Ap. de Construtor.

A que alude ele? À tradiç. penalidade do meu jr. e significa que, como homem
honrado e como maçom, preferirei ter m. g. c. de o.a o. a indev. rev. os ss. que
me forem confiados.

Tendes alguma coisa a comunicar? Tenho (dá o T. no examinador).


Que é isto? O T. ou Sn. de um Ap. de Construtor

Que exige ele? Uma Pal.

Daí-me essa Pal. Na minha iniciação ensinaram-me a ser cauteloso; eu a


soletrarei ou a dividirei convosco.

Como quiserdes, e começai (é feito o exame).

De onde se deriva esta Pal.? Da col. e do pórt. ou entr. do T. do R. S., assim


chamada em recordação de ..., o bis. de D., um P. e R. em I.

Qual o significado desta Pal.? Em F ...

TELHAMENTO DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

SOIS MAC.? M. Ilr. C. T. M. Rr. - ( M.I.C.T.M.R.’. )

QUE IDADE TENDES?

16
T. A...

DE ONDE VINDES? De uma Loja de São J. Justa, Perf. e Reg.

*Nosso Rito: Venho do fundo do Oriente de Memphis.

QUE TRAZEIS? Amiz., p. e v. de prosp. a todos os Ilr.


NADA MAIS TRAZEIS? O Ven. M. de m. Loja vos s. por t. v. t.

QUE SE FAZ EM V. LOJ.? Levanta-se tt. às vvirt. e cav.-se mmasm. aos vv.

QUE VINDES AQUI FAZER? Vencer minhas pp., submeter mm. vont. e fazer
nn. pprogr. na F. M. estreit. os llac. de frat. que nos u. como vverd. Ilr.

QUE DESEJAIS? Um lug. ent. vós. - Este vos é concedido meu Ir.

QUAL A ALTURA DE VOSSA LOJA? Do s. ao inf.

A LARGURA? Do N. ao S.

QUAL O TAMANHO? Do Univ.

QUAL O FORMATO? De um par. ou quadr.

QUAL A PROFUNDIDADE? Da superf. ao c. da T.

QUAL O COMPRIMENTO? Do Or. ao Oc.

LIÇÕES AO APRENDIZ MAÇOM

PORQUE INGRESSAIS NA FRANCO-MAÇONARIA? Porque fui honrado por


um convite de um amigo. Hoje encontro-me iniciado dentro dos mistérios da
Ordem O meu desejo único é o de instruir-me dentro da disciplina litúrgica
maçônica. Quando estiver de posse dos privilégios por mim adquiridos, os
usarei em benefício dos meus semelhantes. ANTES DE VOSSA ADMISSÃO
NA SUBLIME ORDEM, UM SAGRADO COMPROMISSO VOS FOI
SOLICITADO. POR QUÊ? Porque só a pessoas dignas e livres se concede tal
direito. Um escravo ou indigno não tem tal felicidade.
NA PRESENÇA DE QUEM FOI FEITO O VOSSO COMPROMISSO?

17 Na presença de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, perante uma digna


Loja Regular de Maçons Livres e Aceitos, que estavam regularmente reunidos.

O QUE VOS EXIGE A ORDEM MAÇÔNICA EM TROCA DE VOSSA


INICIAÇÃO? Segredo absoluto de tudo que eu possa ou venha, futuramente,
merecer saber, como sejam: das provas da minha inic., dos SSn., TT. e PPal. e
tudo que tenha passado, ou venha a ser relatado dentro de uma Loja. É
também vedado fazer saber o que se passou nas sessões a todo Irmão que
nela não tenha estado presente.

HOUVE INCOMPATIBILIDADE COM OS VOSSOS DEVERES CIVIS,


RELIGIOSOS OU MESMO MORAIS, EM VOSSO SAGRADO
COMPROMISSO? Não, porque o mesmo foi feito dentro do mais puro princípio
da virtude e da razão.

A QUEM DEVEIS, SOMENTE, COMUNICAR OS VOSSOS SEGREDOS?


Somente a nossos Irmãos, quando para isso recebamos incumbência de
nossos Mestres em Loja aberta, ou quando eu venha merecer ocupar cargos
que desempenhem tais funções litúrgicas. Aos demais Irmãos torna-se
desnecessário, pois os mesmos têm por obrigação conhecê-los de acordo com
o aproveitamento de cada um.

QUANDO OS VOSSOS OO. EST. VEND. QUAL O PRINC. DESEJO QUE


PALPITAVA EM VOSSO CORAÇÃO? Que me fosse conced. a luz material,
porque a Verdadeira Luz está muito distante da compreensão de um neófito.

O QUE JULGAS SER A FRANCO-MAÇONARIA? Entendo que é uma


sociedade civil, legalmente registrada e reconhecida pelas leis do país e
demais nações do Universo. Funciona dentro do mais puro sigilo tudo que nela
é tratado. Adota a trilogia Liberdade, Iqualdade, Fraternidade. Aceita novos
adeptos desde que sejam livres e de bons costumes e que, depois de iniciados,
tornam-se Irmãos da Fraternidade Universal que chegamos a conhecer pela
denominação de Franco-Maçom.
QUAIS SÃO AS GRANDES LUZES DA FRANCO-MAÇONARIA? A principal é
o Livro das Sagradas Escrituras, que serve para guiar a nossa fé. O Esquadro,
que ensina a regular as nossas ações. O Compasso, que determina os limites
a que devemos chegar perante a humanidade, e particularmente, aos nossos
Irmãos da Franco-Maçonaria.

QUAIS SÃO AS LUZES MENORES DA FRANCO-MAÇONARIA? O Venerável


Mestre da Loja que está colocado no Oriente e da lá governa os Trabalhos. O
Sol, orientando o dia. A Lua, guia da noite.

QUANT. PPERIG. HOUVER. EM V. INIC.? Três. O primeiro porque o Ir.’. que


segurava uma esp.’. contra o meu p... não recuaria quando da minha entr. na
porta do tempo, se fosse eu precipitado, pois ele cump. com o seu d..r;

O segundo refere-se ao l.ç. de c..d. que encontrava-se em meu p....ço., de tal


forma aj..t..o, que seria eu mesmo o caus...r de minha m...e, pois caso
houvesse tentado recu..r ou av..çar, teria sido f.t.l.

O terceiro, porém, há de me acomp....r por toda a minha exist....a: será o


castigo se eu vier a ter a infelicidade, de indev., rev...r os ss. de meu
compromisso de Aprendiz Maçom.

OS GRAUS DA FRANCO-MAÇONARIA SÃO COMUNICADOS


INDISTINTAMENTE? Não. Existem diversos graus com Sinais e Palavras
peculiares a cada um, os quais servem para nós, Irmãos, nos reconhecermos
uns aos outros. Em minha iniciação fui informado que devo aderir às regras
internas da Ordem, nunca tentando extorquir ou, de outro modo, indevidamente
obter os segredos de um grau superior.

18

COMO DEVE RECEBER O MAÇOM OS SINAIS, TOQUES E PALAVRAS DA


FRANCO-MAÇONARIA? Deve receber de pé e firme, copo reto, os pés em
forma de Esquadro. O corpo representa o emblema do espírito. Os pés
demonstram a retidão das nossas ações.
O MAÇON DEVE DAR OS SSn. OU TT. TODAS AS VEZES QUE
CUMPRIMENTAR OUTRO IRMÃO? Não. Os SSn. e TT. só são dados em
ocasiões extremamente necessárias, ou seja, quando o Ir. precisa ser
identificado a fim de pedir ou oferecer ajuda a outro Ir. Tratando-se de Irmão da
mesma Oficina ou Oriente, torna-se desnecessário aplicar os Sinas e Toques,
o excesso de cumprimentos poderá trazer do mundo profano a curiosidade de
elementos estranhos aos nossos mistérios.

O QUE EXIGE O Sn.? Um T., e este uma Palavra.

COMO É DADA A PALAVRA? De uma maneira singular, com toda cautela, foi
isso que me ensinaram em minha iniciação. Nunca dando-a por extenso, e sim
por letras ou sílabas.

QUAL É A PALAVRA? A Pal. é B _ _ _ .

QUANTOS SÃO OS INSTRUMENTOS DE UM APRENDIZ DE


CONSTRUTOR? Três, a saber: a régua de 24 polegadas, o malho comum e o
cinzel.

PARA QUE SERVEM TAIS INSTRUMENTOS? A régua de 24 polegadas mede


o nosso trabalho diário, representa as 24 (vinte e quatro) horas do dia, parte a
ser usada no trabalho, parte no descanso, parte para servir ao vosso
semelhante e parte no aperfeiçoamento espiritual.

O malho comum empregamos no desbaste das saliências e arestas inúteis da


pedra bruta, representa a força da consciência que deve controlar todos os
pensamentos vãos e inconvenientes que possam advir durante quaisquer
períodos, de modo que nossas palavras e ações possam ascender impolutas
ao G.A.D.U.’.

O cinzel serve para polir e preparar a pedra, tornando-a pronta para ser
manejada por operário mais destro, o cinzel chama nossa atenção para as
vantagens da educação, por cujos meios, apenas, nos tornamos dignos
membros da sociedade regularmente organizada.
A MAÇONARIA SEMPRE FOI CONSTITUÍDA DE TODAS AS CLASSES
SOCIAIS? Não. Antes, em datas primordiais, era composta apenas de
operários de diversas artes; no entanto, devido a sua força e valor, os reis,
monarcas e nobres decidiram cooperar em sua grandeza, trocando o cetro pela
trolha, e em comum trabalhavam em nossas oficinas, em verdadeira igualdade
fraterna.

PRELEÇÃO DO GRAU DE APRENDIZ

V.M∴ ∴∴ ∴ Meus IIr∴, de acordo com os preceitos que nos regem, vamos
proceder à preleção do grau, destinada, especialmente, aos nossos IIr∴
AApr∴e recordar nossos conhecimentos.

19

Do mesmo modo que os antigos sábios egípcios, para subtrair seus segredos e
mistérios aos olhos dos profanos, ministravam seu ensino por meio de
símbolos, a Maçonaria, continuando a tradição egípcia, encerra seus
ensinamentos e filosofia em símbolos, pelos quais oculta suas verdades ao
mundo profano, só as revelando àqueles que ingressam em seus Templos.

Sendo o 1º grau o alicerce da filosofia simbólica, resumindo ele toda a Moral


maçônica de aperfeiçoamento humano, compete ao Ap∴ Maç∴ o trabalho de
desbastar a P∴ B∴, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e paixões, para poder
concorrer à construção moral da Humanidade, o que é a verdadeira obra da
Maçonaria.

As instruções aos Aprendizes durante seu período de interstício no grau, são


de responsabilidade do 2º(Segundo) Vigilante. Cabe a ele orientar
permanentemente os novos iniciados, quanto a sua postura em Loja, aos
procedimentos ritualísticos e litúrgicos e a filosofia do grau.

É importante ressaltar que a responsabilidade pelas instruções nos


graus simbólicos, estão de acordo com a hierarquia dos cargos em Loja, ou
seja: o Venerável, primeiro dirigente na hierarquia da Loja, é responsável pelas
instruções aos Mestres Maçons (Grau 03 ); o 1º (Primeiro) Vigilante, segundo
dirigente na hierarquia da Loja, é responsável pelas instruções aos
Companheiros Maçons (Grau 02) e o 2º (Segundo) Vigilante, terceiro dirigente
na hierarquia da Loja, é responsável pelas instruções aos Aprendizes Maçons
(Grau 01).

Nesta primeira instrução faremos um breve estudo interpretativo sobre o valor


iniciático dos símbolos e alegorias do primeiro grau maçônico e a mística
doutrina neles contida.

A INSTRUÇÃO SIMBÓLICA Sendo a Maçonaria, em sua verdadeira essência


tradicional e universal, uma Escola Iniciática, ou seja, uma Academia destinada
à Aprendizagem, ao Exercício e ao Magistério da Verdade e da Virtude, é
natural que esta instrução deva ser esperada por parte do menos adiantados e
deva ser ministrada por aqueles que se sentem capacitados. Esta comunhão
espiritual de estudos e aspirações é a razão pela qual existem as Lojas e
outros agrupamentos maçônicos. A instrução deve ser dada como se dá a
palavra: “ao ouvido”, ou em secreto entendimento e “letra por letra”, ou seja,
partindo dos primeiros elementos e com a ativa cooperação do discípulo, cujo
progresso não depende do que receber, mas daquilo que encontrar por si
mesmo, com seus próprios esforços, pelo uso que fizer da primeira instrução
recebida como meio e instrumento para descobrir a Verdade. Após uma
primeira compreensão elementar dos princípios ou rudimentos da Verdade, que
representam a opinião e o resultado do esforço pessoal do Instrutor (a primeira
letra da palavra da Sabedoria), deve seguir um período silencioso de estudo e
reflexão individual, no qual o discípulo aprende a pensar por si mesmo,
avançando com seus próprios esforços pelo Caminho que lhe foi indicado.
Este estudo e esta reflexão encontram seu amadurecimento no descobrimento
da segunda letra, que é a que o discípulo deve dar ao Instrutor, em resposta à
primeira, com o objetivo de que seja julgado digno e capacitado para receber
da boca de um Mestre a terceira, que é uma sílaba completa.

A CÂMARA DE REFLEXÕES A Câmara de Reflexões não representa


unicamente a preparação preliminar do candidato para sua recepção, mas
também é, principalmente, o ponto crítico, a crise interior, onde começa o
renascimento que conduz à verdadeira iniciação, à realização progressiva, ao
mesmo tempo especulativa e operativa, de nosso ser e da Realidade Espiritual
que nos anima, simbolizada pelas Viagens. A Câmara de Reflexões, com seu
isolamento e suas paredes negras, representa um período de escuridão e de
amadurecimento silencioso da alma, por meio da meditação e concentração
em si mesmo, que prepara o verdadeiro progresso efetivo e consciente, que
depois será manifestado à luz do dia. Ao entrar nessa câmara, o candidato tem
que se despojar de todos os metais que leva consigo: deve parar de quantificar
sua confiança nos valores puramente exteriores do mundo, para poder
encontrar em si mesmo, realizar e tornar efetivos os valores verdadeiros, que
são os morais e os espirituais.

20 Isto não quer dizer que ele deve se despojar em absoluto de tudo o que
possui e adquiriu como resultado de seus esforços, mas que unicamente deve
parar de dar a essas coisas a importância primária que pode fazer de si um
escravo ou servidor das mesmas, e pôr sempre em primeiro lugar, acima de
toda consideração material ou utilitária, a fidelidade aos Princípios e às razões
espirituais. Trata-se, conseqüente e essencialmente, do despojo de todo apego
às considerações e laços exteriores, com o objetivo de que possamos enlaçar-
nos com nossa íntima realidade interior e abrir-nos para a sua expressão
sempre mais livre, plena e perfeita.

O GRÃO DE TRIGO A Câmara de Reflexões constitui a Prova da Terra – a


primeira das quatro provas simbólicas dos elementos – e, por sua analogia,
leva-nos aos Antigos Mistérios de Elêusis, nos quais o iniciado estava
simbolizado no grão de trigo jogado e sepultado no solo, para germinar e abrir,
com seu próprio esforço, um caminho para a luz. A semente, para poder
germinar e fazer nascer a planta, deve ser colocada no solo, no qual morre
como semente, ou seja, há o despojamento de uma forma imperfeita e a
superação de um estado de imperfeição, que foram no passado o degrau
indispensável de nossos progressos, mas que na atualidade se transformaram
em uma limitação. Essa imperfeição ou limitação que deve ser superada – os
limites estreitos, nos quais se acham encerrados nosso pensamento e nosso
ser espiritual pelos erros e falsas crenças assimiladas na educação durante a
vida profana – é o que simboliza a casca da semente, produzida por ela como
proteção necessária no período de seu crescimento e é inteiramente análoga à
casca mental de nosso próprio caráter e personalidade.

A DUALIDADE DA MANIFESTAÇÃO Embora tudo seja uno em essência, tudo


se manifesta e aparece como dois. A Unidade e a Dualidade estão assim
intimamente entrelaçadas, indicando a primeira o Reino do Absoluto e a
segunda, sua expressão aparente e relativa.

AS DUAS COLUNAS As duas colunas que se encontram no Ocidente à


entrada do Templo da Sabedoria são o símbolo do aspecto dual de toda a
nossa experiência no mundo objetivo, ou reino dos sentidos.

O TEMPLO O Templo é o lugar onde se desenvolvem os trabalhos maçônicos


e se reúne a Loja, manifestação do Logos, ou Palavra, que vive em cada um de
seus membros e encontra em seu conjunto uma expressão harmônica e
completa. Etimologicamente a palavra “templo” se relaciona com o sânscrito
tamas, “escuridão”, de onde vem também o latino tenebræ, “trevas”. Significa,
portanto, lugar escuro, e, conseqüentemente, “oculto”. Isto nos diz que todos os
templos deveriam ser, em princípio, antes de tudo, lugares de recolhimento e
silêncio; sempre caracterizados interiormente por essa escuridão mais ou
menos completa, que favorece a concentração do pensamento e sua elevação
até o que há de menos conhecido e misterioso. O Templo Maçônico é um
quadrilátero estendido. Sua longitude vai do Oriente ao Ocidente, ou seja, “na
direção da luz”. Sua largura vai do Norte ao Sul (desde a potencialidade latente
até a plenitude do manifestado), e sua altura vai do Zênite ao Nadir. Isto quer
dizer que praticamente não possui limites e alcança todo o Universo, no qual se
estende a atividade do Princípio Construtivo, que sempre trabalha na direção
da luz, como pode ser observado em toda a natureza. Todos os templos
antigos, as catedrais, conventos e mesquitas, qualquer que fosse o uso a que
estavam destinados, apresentavam esta característica comum de estarem bem
orientados, ou seja, voltados para o Oriente, o qual coincide com o Leste,
muitas vezes com uma exatidão assombrosa.

21

AS TRÊS LUZES Três grandes colunas sustentam o Templo Maçônico: a


Sabedoria, a Força e a Beleza. Estas três colunas representam o V∴M∴, o 1º
Vig∴ e o 2º Vig∴, que se sentam respectivamente no Oriente, no Sudeste e no
Noroeste. O Delta luminoso, com o olho divino no centro, brilha no Oriente
acima do assento do V∴M∴ representando a Verdadeira Luz. Aos seus lados
aparecem o Sol e a Lua, as duas luminárias visíveis, manifestação direta e
reflexa dessa Luz Invisível, que iluminam a nossa terra e que simbolicamente
representam a Luz Intelectual e a Luz Material.
O PAVIMENTO MOSAICO Nas laterais da porta, que se encontra no Ocidente,
estão situadas duas colunas, J∴ e B∴, emblemas dos princípios e dos pares
opostos que dominam o mundo visível. A atividade combinada desses dois
princípios aparece manifestamente no Pavimento Mosaico em quadros brancos
e negros que se estende até o Oriente em forma de quadrilátero. O Pavimento
Mosaico é um bonito emblema da multiplicidade oriunda da dualidade,
constituída pelos pares dos opostos que se encontram constantemente uns
próximos aos outros. Sobre esses opostos, que se encontram sobre todos os
caminhos e em todas as etapas de nossa existência, o iniciado que provou da
Taça da Amargura deve marchar com ânimo sereno e equilibrado, sem deixar
se exaltar pelas condições favoráveis, nem se reprimir pelas aparências
desfavoráveis. O Pavimento Mosaico, com seus quadrados brancos e pretos,
nos mostra que, apesar de diversidade, do antagonismo de todas as cousas da
Natureza, em tudo reside a mais perfeita harmonia. Isso nos serve de lição
para que não olhemos as diversidades de cores e de raças, o antagonismo das
religiões e dos princípios, que regem os diferentes povos, senão e apenas
como uma exterioridade de manifestação, pois toda a Humanidade foi criada
para viver na mais perfeita harmonia, na mais perfeita e íntima Fraternidade.

A Orla Denteada em seu redor, enfim, mostra-nos o princípio da atração


universal, simbolizado no Amor. Representa, com seus múltiplos dentes, os
planetas que gravitam em torno do Sol; os povos reunidos em torno de um
chefe; os filhos reunidos em volta dos pais, enfim, os Maçons unidos e reunidos
no seio da Loja, cujos ensinamentos e cuja Moral aprendem, para espalhá-los
aos quatro ventos do Orbe.

APLICAÇÃO MORAL E OPERATIVA Da doutrina simbólica dos Graus de


Aprendiz

O TRABALHO DO APRENDIZ Desbastar a pedra bruta, aproximando-a a uma


forma em relação com seu destino: eis aqui a tarefa ou trabalho simbólico ao
qual tem de se dedicar todo Aprendiz para chegar a ser um Obreiro da
Inteligência criadora do Universo. Neste trabalho simbólico, o Aprendiz é ao
mesmo tempo obreiro, matéria prima e instrumento. O trabalho mesmo
consiste em despojar a pedra de suas asperezas, pondo primeiramente em
evidência as faces ocultas no estado de rudeza da pedra; depois, deve retificar
essas faces, alisá-las e retirar-lhes todas as protuberâncias que a deixam
distante de uma forma harmoniosa. É importante notar que não se trata de
fazer que a pedra tome a forma de um determinado modelo exterior, ainda que
isto possa servir de incentivo e inspiração, mas o modelo ou perfeição ideal
deve ser buscado dentro da mesma pedra, de cujo foro íntimo tem de ser
manifestada ou extraída a forma própria que pertence idealmente a cada
pedra. Ou seja, saindo da metáfora, trata-se de reconhecer e manifestar a
perfeição inata do ser Íntimo, da Idéia Divina que reside em cada um de nós,
cuja expressão relativa e progressiva é o objetivo constante da existência.
2º VIG∴ ∴∴ ∴ Meus IIr∴, o Painel da Loja que vedes representa o caminho que
deveis trilhar, para atingirdes, pelo trabalho e pela observação, o domínio de
vós mesmos. Vosso único desejo deve resumir-se em progredir na Grande
Obra que empreendestes ao entrardes neste Templo. Quando, no término do
trabalho de

22 aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar das asperezas dessa


massa informe a que chamamos P∴ B∴, houverdes conseguido pela fé e pelo
esforço, transformá-la em Pedra Polida, apta à construção do edifício, podeis
descansar o maço e o cinzel, para empunhardes outros utensílios, subindo a
escala hierárquica maçônica. A Pedra Bruta é o símbolo do homem que deixa
os prazeres mundanos para ir em busca de algo superior. Desbastar essa
pedra é polir nosso templo interior, para que ele fique em condições de
absorver ensinamentos. Somos pedra bruta porque não moldamos nossa
imagem à semelhança do Grande Arquiteto do Universo. Necessitamos então
dos ensinamentos do grau para ajustarmos nosso equilíbrio. Lapidando essa
pedra, a transformamos em Pedra Cúbica que é o símbolo do homem que está
pronto para fazer parte da construção do Grande Templo da Virtude, o Grande
Templo da Humanidade. Representa o Maçom à procura de algo superior, da
Tríade Divina.

1º VIG ∴ ∴∴ ∴ Simples, mas muito simbólica, é esta instrução. No Painel da


Loja se condensam todos os símbolos que deveis conhecer e, se bem os
interpretardes, fáceis e muito claras ser-vos-ão as instruções subseqüentes.

A forma da Loja é a de um quadrilongo; seu comprimento é do Oriente ao


Ocidente; sua largura, do Norte ao Sul; sua profundidade, da superfície ao
centro da Terra, e sua altura, da Terra ao Céu. Essa tão vasta extensão da
Loja simboliza a universalidade da nossa Instituição e mostra que a caridade
do Maçom não tem limites, a não ser os ditados pela prudência.

Orienta-se a Loja do Oriente ao Ocidente, porque, como todos os lugares do


Culto Divino e Templos antigos, as Lojas Maçônicas assim deve estar e
porque: 1º - o Sol, que é a maior Glória do Senhor, nasce no Oriente e se
oculta no Ocidente; 2º - a civilização e a ciência vieram do Oriente, espalhando
suas benéficas influências para o Ocidente; 3º - a doutrina do Amor e da
Fraternidade e o exemplo do cumprimento da Lei vieram, também, do Oriente
para o Ocidente, trazidos pelo Divino Mestre.

A primeira notícia que temos de um local destinado exclusivamente ao Culto


Divino é a do Tabernáculo, erguido, no deserto, por Moisés, para receber a
Arca da Aliança e as Tábuas da Lei. Esse Tabernáculo, cuja orientação era
Leste para Oeste, serviu de modelo para a planta e posição do Templo de
Salomão, cuja construção, por seu esplendor, riqueza e majestade, foi
considerada a maior maravilha da época. Eis porque as Lojas Maçônicas,
representando simbolicamente o Templo de Salomão, são orientadas do
Oriente para o Ocidente.

ORADOR∴ ∴∴ ∴ Sustentam nossa Loja três Colunas, denominadas: Sabedoria,


Força e Beleza. A Sabedoria deve nos orientar no caminho da vida; a Força,
nos animar e sustentar em todas as dificuldades e a Beleza, adornar todas as
nossas ações, nosso caráter e nosso espírito.

O Universo é o Templo da Divindade, a quem servimos; a Sabedoria, a Força e


a Beleza estão em volta de seu Trono, como pilares de suas Obras. E sua
Sabedoria é infinita; sua Força onipotente e a sua Beleza manifestam-se em
toda a Natureza.

Essas três colunas representam também: Salomão, pela Sabedoria em


construir, completar e dedicar o Templo de Jerusalém ao serviço de Deus;
Hiram, rei de Tiro, pela Força que deu aos trabalhos do Templo, fornecendo
homens e materiais, e Hiram Abif, por seu primoroso trabalho em adorná-lo,
dando-lhe Beleza sem par, até hoje nunca atingida. A essas Colunas foram
dadas três ordens de Arquitetura: a Jônica, para representar a Sabedoria; a
Dórica, significando a Força e a Coríntia, simbolizando a Beleza.

Todo esse simbolismo nos indica que, na Obra Fundamental de nossa


construção moral, devemos trazer para a superfície, para a Luz, todas as
possibilidades das potências individuais, despojando-nos das ilusões da
personalidade. E, nesse trabalho, só podemos ser Sábios se possuirmos
Força, porque a Sabedoria exige sacrifícios que só podem ser realizados pela
Força; mas ser Sábio com Força, sem ter Beleza, é triste, porque é a Beleza
que abre o mundo inteiro à nossa sensibilidade.

O teto das Lojas Maçônicas representa a Abóbada Celeste de variadas cores.


O caminho para atingir essa Abóbada, isto é, o Céu, o Infinito, é representado
pela escada, conhecida como Escada de Jacó, nome que, como fiel guardiã
das antigas tradições, a Maçonaria conserva. Composto de muitos degraus,
cada um deles representa uma das Virtudes exigidas ao Maçom para caminhar
em busca da perfeição moral.

23

Sabedoria, Força e Beleza, nada mais são que a velha Trilogia que ornava os
antigos Templos iniciáticos: Fé, Esperança e Caridade, virtudes morais que
devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser humano, principalmente do
Maçom, que não se esquecerá, jamais, de depositar Fé no G∴ A∴ D∴ U∴,
Esperança, no aperfeiçoamento moral e Caridade para com os seus
semelhantes. A Fé é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará
a termo; a Esperança é a Força do espírito, amparando-o e animando-o nas
dificuldades encontradas no caminho da Vida, e a Caridade é a beleza que
adorna o espírito e o coração bem formado, fazendo com que neles se
abriguem os mais puros sentimentos humanos.

V.M∴ ∴∴ ∴ O interior de uma Loja Maçônica contém: Ornamentos, Paramentos


e Jóias. Os Ornamentos são: o Pavimento Mosaico, a Estrela Flamejante e a
Orla Denteada citados anteriormente. O Paramento da Loja é constituído pelo
Livro da Lei, Compasso e Esquadro.

O Livro da Lei representa o Código de Moral, que cada um de nós respeita e


segue; a filosofia que cada qual adota e, enfim, a Fé, que nos governa e anima.
O Compasso e o Esquadro, que só se mostram unidos em Loja, representam a
medida justa que deve presidir a todas as nossas ações, que não podem
afastar-se da Justiça nem da retidão que regem todos os atos do Maçom. As
pontas do Compasso, ocultas sob a do Esquadro, significam que o Apr∴,
trabalhando somente na P∴ B∴, não pode fazer uso daquele, enquanto sua
obra não estiver perfeitamente acabada, polida e esquadrejada.

As Jóias da Loja são três móveis e três fixas. As móveis são: o Esquadro, o
Nível e o Prumo, assim chamadas porque são transferidas a cada mandato aos
novos Veneráveis e Vigilantes, com a passagem da Administração. As fixas
são a Prancheta da Loja, a P∴ B∴ e a P∴ P∴ A Prancheta da Loja serve para o
Mestre desenhar e traçar, o que, simbolicamente, exprime que o Mestre guia
os AApr∴, no trabalho indicado por ela, traçando o caminho que eles devem
seguir para o aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos trabalhos da
Arte Real. Chamam-se fixas estas jóias porque permanecem imóveis em Loja
como um Código de Moral, aberto à compreensão de todos os Maçons.

VM.: Ir.: S.V.: tendes o uso da palavra para informações adicionais ao novo
irmão aprendiz.

• S.V.: Executa, se necessário com o auxilio do M.CC.:

• Postura em loja • Sinais, toques e palavras do grau. • Ritualística do giro da


Bolsa das Proposições e da Bolsa de Beneficência. • Informações básicas
sobre entrada no templo: Com Pé Esquerdo. • Tradicionais modos de
reconhecimentos entre os maçons (palavras, frases, trânsito, assinatura, etc).

O TRABALHO DO APRENDIZ Desbastar a pedra bruta, aproximando-a a uma


forma em relação com seu destino: eis aqui a tarefa ou trabalho simbólico ao
qual tem de se dedicar todo Aprendiz para chegar a ser um Obreiro da
Inteligência criadora do Universo. Neste trabalho simbólico, o Aprendiz é ao
mesmo tempo obreiro, matéria prima e instrumento.

AS FERRAMENTAS E A OBRA Este trabalho da pedra, que também


historicamente é o primeiro trabalho humano, precisa para sua perfeição, de
três instrumentos característicos que são o Maço, o Cinzel e a Régua de 24
Polegadas. A Régua nos permite comprovar a retidão, ou a falta desta. Assim,
nossos esforços para realizar o ideal ao que propusemos podem ser
constantemente comprovados e retificados durante as 24 horas do dia. O maço
e o cinzel representam os esforços que, por meio da Vontade e da Inteligência,
precisamos fazer para que nos aproximemos da realização efetiva de nossos
Ideais. Estas duas ferramentas devem ser usadas em conjunto, pois assim
como o maço empregado sem o auxílio do cinzel (que concentra e dirige a
força daquele em harmonia com os propósitos da obra) pode facilmente
destruir a pedra em
24 vez de moldá-la à forma ideal para seu destino, assim também é a Vontade
que não é acompanhada do claro discernimento da Verdade, e nunca pode
manifestar seus efeitos mais sutis, benéficos e duradouros.

O TOQUE O toque, que se dá com uma pressão quase invisível, tem um


sentido profundo, pois significa a capacidade de reconhecer a qualidade real
que se esconde debaixo da aparência exterior de uma pessoa. Enquanto o
homem profano baseia seus conceitos e suas apreciações em considerações
puramente exteriores, o iniciado se esforça em vê-los todos à luz real e os julga
de uma maneira bem distinta: cada golpe é um esforço para penetrar debaixo
da pedra, ou seja, debaixo da ilusão da aparência, até encontrar o Ser Real e a
origem das atitudes humanas. A PALAVRA A Palavra Sagrada do Aprendiz é
a terceira pessoa do verbo hebraico KUN, que significa “estar firme, fundar,
estabelecer”. Esta palavra pode ser traduzida em “ele estabelece
(estabelecerá, fundará, confirmará)”, denotando a Fé em uma realidade ou
Poder Superior. Muitos têm recorrido ao poder desta palavra nos momentos
difíceis, já que não exige nem roga, mas tão somente expressa um estado de
absoluta confiança. Usada como mantra, pode ser vibrada no interior mediante
duas sílabas, mas nunca deve ser pronunciada inteira, somente soletrada ao
ouvido. De qualquer forma, para que esta palavra chegue a ser
verdadeiramente operativa e fecunda na Fé do Aprendiz, deve estabelecer-se
interiormente uma condição absoluta de firmeza sem que exista nenhuma
sombra de dúvida ou vacilo, pois somente com esta condição se podem
produzir os resultados milagrosos que lhe são atribuídos.

OS TRÊS DEVERES A busca da Verdade nos conduzirá naturalmente a


reconhecer os três deveres: 1º - com o Princípio de Vida; 2º conosco mesmos,
como expressão individualizada e pessoal de tal Princípio; e 3º - com a
humanidade, na qual devemos reconhecer os nossos irmãos. Seu dever com o
Princípio de Vida, está implícito na busca da Verdade, que conduz a ver sua
exata relação com este Princípio e a reconhecê-lo como Realidade e Essência
Verdadeira do todo. Mas o maçom não pode se limitar a reconhecer a Grande
Realidade do Universo como um Princípio Abstrato; ele está convocado a fazer
deste reconhecimento um uso construtivo e prático na vida diária. Nosso dever
conosco mesmo é um trabalho pessoal e de livre pensamento. Entregarmos-
nos às atividades proveitosas para a mente e benéficas para o espírito, ou aos
vícios e rotinas que nos convertem em escravos da fatalidade, é um problema
que devemos resolver por nós mesmos. Ninguém pode nos conceder a
proibição nem o consentimento. Nosso dever ou relação com a humanidade se
realiza espontaneamente quando o iniciado reconhece um irmão em cada
homem, e reconhece em cada ser vivente uma expressão do mesmo Princípio
da Vida que sente em si mesmo. Em outras palavras, trata-se de pôr em
prática os dois aspectos do mandamento ou Regra Áurea Maçônica: Não faças
ao outro o que não gostarias que te fizessem, e faz ao próximo o que desejas
para ti mesmo.

O SILÊNCIO E A DISCRIÇÃO A disciplina do silêncio é um dos ensinamentos


fundamentais da Maçonaria. Quem fala muito, pensa pouco, ligeira e
superficialmente, e a Maçonaria quer que seus adeptos tornem-se mais
pensadores que faladores. Além disso, se o maçom não adquirir na Ordem
outra coisa que não a virtude de não dizer coisas desnecessárias, não terá
desperdiçado seu tempo de trabalho especulativo. Não se chega à Verdade
com muitas palavras nem discursos, mas com o estudo, a reflexão e a
meditação silenciosa. Conseqüentemente, aprender a calar é aprender a
pensar e meditar. Por esta razão, a disciplina do silêncio tinha uma importância
tão grande na escola pitagórica, onde não era permitido que nenhum dos
discípulos falasse, sob nenhum pretexto, antes que tivesse transcorrido os três
anos de seu noviciado, período que corresponde exatamente ao da
aprendizagem maçônica. Saber calar não é menos importante que saber falar.

25 No silêncio as idéias se amadurecem e se esclarecem, e a Verdade aparece


como a Verdadeira Palavra que é comunicada no segredo da alma a cada ser.
A arte do Silêncio é, portanto, uma arte complexa; não consiste unicamente no
mutismo covarde, mas se completa com o silêncio interior do pensamento.
Quando saibamos calar o pensamento, será quando a Verdade poderá
intimamente se revelar e se manifestar em nossa consciência. Para podermos
realizar esta disciplina do silêncio, também temos de compreender o significado
e o alcance do segredo maçônico. O maçom deve calar-se diante das
mentalidades superficiais ou profanas sobre tudo aquilo que somente os que
foram iniciados em sua compreensão possam entender e apreciar. Como
sempre fizeram os iniciados, os maçons devem suportar estoicamente e deixar
sem contestações as acusações e calúnias das quais forem objetos, esperando
com tranqüila segurança que a verdade triunfe e se revele por si mesma, pela
própria força inerente a ela, como sempre inevitavelmente tem que acontecer.
Do mesmo modo, é dever do maçom cuidar de que seja observado o segredo
também sobre as partes do ritual que possam ter chegado a conhecimento do
público, abstendo-se igualmente tanto de negar quanto de confirmar a
autenticidade das pretendidas revelações que se encontram nas obras que
tratam de nossa Instituição e que, muitas vezes, só transmitem uma apática
ignorância além de mera superficialidade. A discrição do maçom que entende
os segredos da Arte deve ser exercitada também com seus irmãos de outros
ritos, ou de grau inferior, ou com aqueles que ainda não possuem uma
suficiente maturidade de espírito, que é condição necessária para que eles
possam fazer um uso proveitoso de suas palavras.
VEN∴ ∴∴ ∴– Ir.: 2º Vigilante; O que é a Maçonaria?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – É uma crença que ensinou o primeiro homem a render
homenagem à Divindade.
VEN∴ ∴∴ ∴– Sois Maçom?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – MM. II. C. T. M. RR.
VEN∴ ∴∴ ∴– O que é um Maçom?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Um homem livre e de bons costumes, amigo tanto do pobre
como do rico, se estes forem virtuosos.
VEN∴ ∴∴ ∴– O que entendeis por livre de bons costumes?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Livre dos preconceitos e erros, dos vícios e paixões que
embrutecem o homem e que fazem dele um escravo da fatalidade. De bons
costumes, por ter orientado sua vida até o mais justo, até o mais elevado e
ideal.
VEN∴ ∴∴ ∴– O que é requerido aos que desejam ser Maçons?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Primeiramente, pureza de coração; em segundo lugar,
submissão absoluta às formalidades da Cerimônia de Iniciação.
VEN∴ ∴∴ ∴– Ir.: 1º Vigilante; Qual é a base da Maçonaria?
1º VIG∴ ∴∴ ∴ – A Franco-maçonaria apresenta a carreira mais nobre àquele
que anseia aprender, e reunifica as duas qualidades que levam a humanidade
para mais perto da Divindade: o Culto da Verdade e a Prática da Caridade.
Como escola de Sabedoria, a Maçonaria floresce pelos seus exemplos, e a
Sagrada União que seus membros praticam reduz as fronteiras que separam
as nações. Toda Virtude é sua província, cada nobre e generosa ação encontra
um eco em seus Templos. Nossa Instituição tem como base as leis da
natureza, estas leis impõem os limites, como um Compasso, às leis dos
homens e dos Estados. A Maçonaria estuda ambas as leis e as põe em
equilíbrio, conseqüentemente tende à perfeição da legislação, das artes e das
ciências, abraçando todas elas em seu seio. Aqui se aprende a Arte da
Oratória, a falar no momento oportuno, a se expressar com sabedoria e a
rebater com argumento. Aprende-se a dar de bom grado, a mandar sem dureza
e a ajoelhar-se sem servidão. Dessa forma, o desconhecido encontrará um
irmão; o necessitado, um amigo; e o vencido encontrará salvadores. Por tudo
isso, os “Landmarks” definem a Maçonaria como a Institui
26 ção orgânica da Moral. Uma Escola de Mistérios, que instrui, por meio dos
símbolos, inspirando a virtude e respeitando a forma na qual cada irmão rende
homenagem ao G∴A∴D∴U∴.
VEN∴ ∴∴ ∴– Qual é a vossa idade como Aprendiz?
1º VIG∴ ∴∴ ∴ – T... anos, que era o tempo que os iniciados do Egito passavam
em seu noviciado e, ao cumpri-lo, eram iniciados no primeiro grau.
VEN∴ ∴∴ ∴ Ir∴ 1º Vig∴ que há de comum entre nós?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Uma verdade, Ven∴ Mestre.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que verdade, meu Ir∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - A existência de um Gr∴ Arq∴, Criador do Universo, de tudo que


existiu, existe e existirá.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Como sabeis isso, meu Ir∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque, além dos órgãos do nosso ser material, o ente Supr∴
nos dotou de inteligência, que nos faz discernir o Bem do Mal.

VEN∴ ∴∴ ∴ - A inteligência é suficiente para discernir o Bem do Mal?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Sim, Ven∴ Mestre, quando dirigida por uma sã Moral.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Onde encontraremos os ensinamentos dessa moral?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Na Maç∴, Ven∴ Mestre, porque aqui se ensina a Moral mais


pura e mais propícia à formação do caráter do homem, quer considerado sob o
ponto de vista social, quer sob o individual.

VEN∴ ∴∴ ∴ Ir∴ 2º Vig∴, em que se baseia a Moral ensinada pela Maçonaria?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - No amor ao próximo, Ven∴ Mestre.


VEN∴ ∴∴ ∴ - Esta, porém, não deve ser a base de todos os princípios de
qualquer ensinamento moral?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Sem dúvida, Ven∴ Mestre, mas a Moral Maçônica é o sistema


mais apropriado para o seu ensino e aplicação.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Em que consiste este sistema?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Em mistérios e alegorias.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Quais são esses mistérios?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Não me é permitido revelá-los, Ven∴ Mestre, interrogai-me e


chegareis a descobri-los e a compreendê-los.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que vos exigiram para serdes Maçom?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Ser livre e de bons costumes.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Como livre? Admitis, por ventura, que o homem possa viver na
escravidão?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Não, Ven∴ Mestre. Todo homem é livre; porém, está preso a
entraves sociais, que o privem, momentaneamente de parte de sua liberdade e,
o que é pior, o torna escravo de suas próprias paixões e de seus

27 preconceitos. É precisamente desse jugo que se deve libertar aquele que


aspira pertencer à nossa Ordem. Assim, o homem que voluntariamente abdica
de sua liberdade, deve ser excluído de nossos Mistérios, porque, não sendo
senhor de sua individualidade, não pode contrair nenhum compromisso sério.
VEN∴ ∴∴ ∴ Ir∴ 1º Vig∴, como fostes recebido Maçom?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Nem nú nem vestido, Ven∴ Mestre. Despojaram-me de todos


os metais e vendaram-me os olhos, a fim de que ficasse privado da vista.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que significa isto, meu Ir∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Várias são as significações, Ven∴ Mestre. A privação dos metais


faz lembrar o homem antes da civilização, em seu estado natural, quando
desconhecia as vaidades e o orgulho; a obscuridade, em que me achava
imerso, figurava o homem primitivo na ignorância de todas as coisas.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Quais as deduções morais que tirais dessa alegoria?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - A abdicação das vaidades profanas e a necessidade


imprescindível de instrução, que é o alicerce da Moral Humana.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que significam as purificações em vossa iniciação, Ir.: 2º Vig.:?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Que, para estar em condições de receber a Luz da Verdade,


necessário se torna ao homem desvencilhar-se de todos os preconceitos
sociais ou de má educação e entregar-se com ardor à procura da Sabedoria.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Como vos ligastes à Ordem Maçônica?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Pôr um Juramento e uma Consagração.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que prometestes, meu Ir∴?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Guardar fielmente os segredos que me fossem confiados; amar,


proteger e socorrer meus IIr∴, sempre que tivessem justa necessidade.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Estais arrependido de terdes contraído esta obrigação?


2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Absolutamente Não, Ven∴ Mestre. Estou pronto a renová-la, se
preciso for, perante esta Aug∴ Assembléia.

VEN∴ ∴∴ ∴ Quais são, Ir∴ 1º Vig∴, os indícios pelos quais se reconhecem os


Maçons?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Além dos atos que praticam, revelando o influxo da Moral


ensinada em nossos Templos, eles se reconhecem pelo S∴, pela P∴ e pelo T∴.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Qual é o S∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - * ( Levanta-se e Faz o S∴e senta-se ) - Ei-lo, Ven∴ Mestre.

VEN∴ ∴∴ ∴ Qual é a P∴, Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- Não sei lê-la nem pronunciá-la, Ven∴ Mestre, por isso, não vo-la
posso dar S∴S∴

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que só se dá a P∴ S∴?

28
2º VIG∴ ∴∴ ∴- Porque ela caracteriza o primeiro grau de iniciação, que é o
emblema do homem e da sociedade na fase da ignorância, quando o estudo e
as artes, pôr deficiência das faculdades intelectuais, ainda não lhe são
conhecidos. Assim, o Apr∴ recebe primeiro para dar depois.

VEN∴ ∴∴ ∴ Dai ao Ir∴ Exp∴ a P∴ S∴ e o T∴, para que ele transmita ao irmão
aprendiz.
• Ir.: Exp.: levanta-se, dirige-se ao Ir.: 2º VIG.: e recebe a P.: e o T.: que leva ao
aprendiz.

• *Pausa até o cumprimento da ordem, após Ir.: Exp.:, senta-se.

VEN∴ ∴∴ ∴ Dissestes que quando fostes recebido, estáveis nem nú nem


vestido, Ir∴ 1º Vig∴, e agora estais vestido?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Estou vestido com este avental. • *(Levanta-se, mostra o avental


e senta-se).

VEN∴ ∴∴ ∴ Ir∴ 2º Vig∴, sois obrigado a trazer sempre, em Loja, o avental?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Sim, como todos os IIr∴, Ven∴ Mestre.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque ele nos lembra que o homem nasceu para o trabalho e
que todo Maçom deve trabalhar incessantemente para a descoberta da
Verdade e para o aperfeiçoamento da Humanidade.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Onde trabalhamos, meu Ir∴?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Em uma Loja, Ven∴Mestre.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Como é constituída nossa Loja?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- Tem a forma de um quadrilongo, estendendo-se do Or∴ ao Oc∴,


com a largura do N∴ ao S∴; sua altura é da Terra ao Céu, sendo sua
profundidade da superfície ao centro da Terra.

VEN∴ ∴∴ ∴ Ir∴ 2º Vig∴, que pilares apóiam a nossa loja?


2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Ven∴ Mestre, apóia-se por três fortes pilares.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Quais são eles?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Sabedoria, Força e Beleza.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Como são representados, em nossa Loja, esses pilares?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Por três grandes Luzes, Ven∴ Mestre.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Onde são colocadas essas Luzes?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Uma no Or∴, outra ao Norte e a terceira ao Sul.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que o Sol e a Lua foram colocados em nossos Templos?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque os dois astros representam a luz ativa e a luz reflexa ou


passiva, ou a Sabedoria e seus efeitos.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que se faz em nossa Loja, Ir.: 1º Vig.: ?

29

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Levantam-se Templos à Virtude e cavam-se masmorras ao


vicio.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Em que espaço de tempo se executam os trabalhos dos AApr∴


MM∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Do meio-dia à meia-noite, Ven∴ Mestre.


VEN∴ ∴∴ ∴ - Que vindes fazer aqui?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos


progressos na Maçonaria.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que trazeis para a vossa Loja?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Amor, Paz e Harmonia para a prosperidade de todos os meus


IIr∴.

VM.: Ir.: S.V.: tendes o uso da palavra para informações adicionais ao novo
irmão aprendiz.

2º VIG ∴ ∴∴ ∴ Ir.: Mestre de Cerimônias, ajudai-me a demonstrar aos irmãos


aprendizes os passos de entrada em loja.

• Executa.

TOLERÂNCIA

A Felicidade e a Liberdade começam com a clara compreensão de um


princípio: algumas coisas estão sob nosso controle e outras não estão. Só
depois de aceitar essa regra fundamental e aprender a distinguir entre o que
podemos e o que não podemos controlar, a tranqüilidade interior e a eficácia
exterior se tornam possíveis.

Sob nosso controle estão nossas opiniões, aspirações, desejos e as coisas que
causam repulsa ou desagradam. Essas áreas são justificadamente da nossa
conta porque estão sujeitas à nossa influência direta. Temos sempre a
possibilidade de escolha quando se trata do conteúdo e da natureza de nossa
vida interior.
Fora de nosso controle, entretanto, estão as coisas como o tipo de corpo que
temos, se nascemos ricos ou se tiramos a sorte grande e enriquecemos de
repente, a maneira como somos vistos pelos outros ou qual é a nossa posição
na sociedade. Devemos lembrar que essas coisas são externas e, portanto,
não dependem de nós. Tentar controlar ou mudar o que não podemos só
resulta em aflição, angústia e sofrimento.

Lembre-se: as coisas sob nosso poder estão naturalmente à disposição, livres


de qualquer restrição ou impedimento. As que não estão, porém, são frágeis,
sujeitas a dependência ou determinadas pelos caprichos ou ações dos outros.
Lembre-se também do seguinte: Se você achar que tem o domínio total sobre
as coisas que estão naturalmente fora do seu controle, ou se tentar assumir as
questões de outros como se fossem suas; a busca será distorcida e você se
tornará uma pessoa frustrada, ansiosa e com tendência para criticar os outros.

Nossos desejos e aversões são déspotas impacientes. Exigem satisfação


imediata. Os desejos ordenam que nos apressemos para obter o que
queremos e as aversões insistem que evitemos aquilo que causa repulsa.
Todas as vezes que não conseguimos o que queremos, ficamos desapontados.
E nos angustiamos quando recebemos o que não desejamos.

Se, portanto, você procurar evitar apenas as coisas indesejáveis e contrárias


ao bem-estar natural que estão sob seu controle, não estará sujeito ao que de
fato não deseja. Entretanto, se tentar evitar coisas inevitáveis como doenças,
morte ou infortúnios, sobre as quais você não tem nenhum controle verdadeiro,
causará sofrimentos a si mesmo e aos que estão à sua volta.

Desejos e aversões, apesar de poderosos, não passam de hábitos. E podemos


treinar para ter costumes melhores. Reprima o hábito de sentir aversão por
tudo àquilo que está fora de seu controle e, em vez disso, se

30 concentre em combater as coisas ao seu alcance e que não são boas para
você. Faça o possível para ser dono de seus desejos. Porque, se deseja algo
que está fora de seu controle, sem dúvida o resultado será uma decepção.
Enquanto isso, você poderá estar negligenciando as coisas que estão sob seu
controle e que valem a pena desejar. É claro que existem ocasiões em que, por
questões práticas, você precisa correr atrás de alguma coisa e deixar outra de
lado, mas faça isso com graça, finura e flexibilidade.
Quando algo acontece, a única coisa que está em seu poder é a atitude com
relação ao fato. Suas alternativas são: a aceitação ou o ressentimento. O que
realmente nos assusta e desanima não são os acontecimentos externos em si,
mas a maneira como pensamos a seu respeito. Não são as coisas que nos
perturbam, mas a forma como interpretamos seu significado.

HARMONIZAÇÃO

Não tente fazer suas próprias regras. Comporte-se, em todas as questões,


grandes e públicas, pequenas e domésticas, de acordo com as leis da
natureza. Harmonizar sua vontade com a natureza demonstra ter bomsenso e
sabedoria. O que fazemos é menos importante do que a maneira como
realizamos. Quando compreendemos esse princípio e vivemos de acordo com
ele, embora as dificuldades continuem a surgir “já que fazem parte da vida”,
ainda assim será possível se ter paz interior.

Se o seu objetivo é viver de acordo com esses princípios, lembre-se de que


não será fácil: você deverá abrir mão inteiramente de algumas coisas e adiar
durante certo tempo outras.

VEN∴ ∴∴ ∴ – Ir.: 2º Vigilante; Quais foram as formalidades para vossa


iniciação?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Primeiramente fui apresentado à loja por um amigo a quem
tenho desde então por padrinho e irmão. Após agendada a data de minha
recepção, de livre e espontânea vontade apresentei-me; fui conduzido por
homens desconhecidos pelo interior da terra até uma câmara subterrânea,
onde fui deixado a sós.
VEN∴ ∴∴ ∴ – O que representava este lugar secreto?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – O seio da terra e o lugar da Morte, para ensinar-me que tudo o
que dela sai, a ela deve retornar, que o homem deve estar pronto para
encontrar-se com o Juiz Supremo. Que o profano que deseja tornar-se um
Maçom tem de morrer para o Vício, para que possa renascer na Virtude.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Com que propósito fostes ali encerrado?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Para isolar-me do mundo exterior e dos sentimentos profanos,
condição indispensável para a “Concentração” ou “Reflexão Íntima”, com as
quais nasce o pensamento independente e livre.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Por que tínheis os olhos vendados? Por que vos privaram dos
metais? Por que a desnudez? Por que se pendurava em vós uma corda?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Tinha meus olhos vendados para recordar-me das nuvens da
ignorância na qual vive todo homem que nunca viu a Luz. Sobre os metais,
sendo o emblema do vício, fui informado de que teria de abandoná-los para
tornar-me um Maçom. A desnudez superior significa o oferecimento do c. à
Maç. A do j. significa a humildade, dobrando-o diante do Eterno, jamais diante
dos homens. A do p. significa que o lugar para onde me conduziam era
Sagrado. A corda era o símbolo dos vícios dos quais eu tinha de me libertar, tal
como fiz em minhas purificações.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Que fizestes depois, nesse estado?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Fizeram-me percorrer uma longa e dolorosa viagem.
VEN∴ ∴∴ ∴ – O que significava essa viagem?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Além de seu significado atual, também o de me purificar e me
preparar para receber os importantes segredos. Tem também um significado
moral e representa a tentação das paixões e a imperícia da juventude,

31 que são obstáculos à perfeita moral do homem. Além disso, possui um


significado misterioso e representa a natureza por si mesma, a qual deu aos
homens sábios dos tempos antigos a chave de seu conhecimento.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Que vos aconteceu depois?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Um irmão me ofereceu uma bebida que de doce tornou-se
amarga, emblema do sofrimento e do desgosto que o homem encontra nesta
vida, e que o sábio suporta sem reclamar; depois disso, ele me convidou a
continuar em meu caminho.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Que outros obstáculos encontrastes?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Diversos, que representam todas as vicissitudes da vida
humana, desde o nascimento até a morte, e a coragem necessária para
superá-las.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Que fizestes depois disso?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Meu guia permitiu que eu continuasse minha viagem e me
encontrei diante da porta de um templo.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Que encontrastes ali?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Um irmão que me parou, e depois se assegurou de que eu
havia passado pelos elementos e explicaram-me sobre as obrigações que teria
de prestar. Antes, porém, bati na porta do Templo por diversas vezes.
VEN∴ ∴∴ ∴ – O que significam estas pancadas?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Procurai e encontrareis (um guia), Batei e ser-vos abrirá (as
portas do Templo), Pedi e recebereis (a Luz).
VEN∴ ∴∴ ∴ – Que aconteceu depois?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – O V∴M∴ me fez um número de perguntas que a todas respondi;
após isso, com a aprovação de todos os irmãos, fui conduzido até o altar para
que pudesse prestar minha obrigação.
VEN∴ ∴∴ ∴ – O que o V∴M∴ fez então?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Ele me concedeu a Luz.
VEN∴ ∴∴ ∴ – O que vistes nesse momento?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – As Três Grandes Luzes da Maçonaria: o Sol, a Lua e o V∴M∴
da Loj∴.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Que relação existe entre estas duas grandes Luzes e o V∴M∴?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Tal como o Sol governa o dia e a Lua reina durante a noite,
assim o V∴M∴ governa a Loj∴ para iluminá-la com sua luz e sabedoria. O Sol
ilumina o Mundo e nós devemos imitar esta benéfica estrela. A Lua suaviza a
escuridão que as sombras da noite dispersam sobre a Terra, mostra que não
existe nenhuma escuridão suficientemente densa para esconder um crime aos
olhos do G∴A∴D∴U∴.
VEN∴ ∴∴ ∴ – O que vistes depois disso?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Objetos preciosos, emblemas de nossos deveres.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Que objetos são esses?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Espadas que foram à mim apontadas, para lembrar-nos do
castigo reservado aos que perjuram.
VEN∴ ∴∴ ∴ – O que entendeis por castigo reservado aos que perjuram?

32
2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Que eles devem morrer para a Maçonaria, ou seja, que depois
de terem sido legalmente julgados pelo comitê encarregado das demissões,
seus nomes sejam cortados do Livro de Arquitetura e queimados nos Templos
e as cinzas jogadas ao vento, de forma que sua memória, sepultada pelo seu
crime, seja rechaçada por todos e ignorada pelo homens de boa vontade e
pelos maçons de todo o mundo.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Ir∴ 1º Vig∴, entre mim e vós existe alguma cousa?
1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Sim, Ven∴ Mestre, um culto.
VEN∴ ∴∴ ∴ - Que culto é esse?

1º Vig∴ ∴∴ ∴ - Um segredo.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que segredo é esse?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - A Maçonaria.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que é a Maçonaria.

1º VIG∴ ∴∴ ∴- Uma associação íntima de homens escolhidos, cuja doutrina tem


pôr base o G∴ A∴ D∴ U∴, que é Deus; como regra, a Lei Natural; pôr causa, a
Verdade, a Liberdade e a Lei Moral; pôr princípio, a Igualdade, a Fraternidade e
a Caridade; pôr frutos, a Virtude, a Sociabilidade e o Progresso; pôr fim, a
Felicidade dos Povos, que, incessantemente, ela procura reunir sob sua
bandeira de paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver
o gênero humano.

VEN∴ ∴∴ ∴ Sois Maçom, Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - MM∴ IIr∴ C∴ T∴ M∴ R∴.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Quais são os deveres do Maçom?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Honrar e venerar o G∴A∴D∴U∴, a quem agradece, sempre, as


boas ações que pratica para com o próximo e os bens que lhe couberem em
partilha; tratar todos os homens, sem distinção de classe e de raça, como seus
iguais e irmãos; combater a ambição, o orgulho, o erro e os preconceitos; lutar
contra a ignorância, a mentira, o fanatismo e a superstição, que são os grandes
flagelos da humanidade, que entravam o progresso; praticar a Justiça, como
verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de todos, e a Tolerância,
que deixa a cada um o direito de escolher e seguir sua religião e suas opiniões;
deplorar os que erram, esforçando-se, porém, para reconduzi-los ao verdadeiro
caminho; enfim, ir em socorro dos infortunados e dos aflitos. O Maçom
cumprirá todos estes deveres, porque tem a Fé que lhe dá coragem; a
Perseverança, que vence os obstáculos e o Devotamento, em que o leva a
fazer o Bem mesmo com risco da própria vida e sem esperar outra recompensa
que a tranqüilidade de consciência e a satisfação do dever cumprido.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Como podereis vos fazer reconhecer Maçom?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Por SS∴ TT∴ e PP∴, Pelo Esq∴, Niv∴ e Perpendic∴.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que significa o S∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - A honra de saber guardar o segredo, preferindo ter a G∴ C∴ a


revelar nossos Mistérios. Significa, também, que o braço direito, é o símbolo da
força, da Ordem, suas Doutrinas e Princípios. Os pés em esquadria ou a Ord∴
representam o cruzamento de duas perpendiculares, único caso em que forma
quatro ângulos retos e iguais, significando a Retidão do Caminho a seguir e a
Igualdade, um dos princípios fundamentais da nossa Ordem.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que significa a P∴?

33
1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Força e Apoio.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que o Ap∴ Maç∴ não tem P∴ de P∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque ainda não está em condições de passar para o estudo


do Cosmos e da Obra da Vida.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que quisestes ser Maçom?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque, sendo livre e de bons costumes e estando nas trevas,


ambicionava a Luz.
VEN∴ ∴∴ ∴ - Onde fostes recebido Maçom?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Em uma Loja Justa, Perfeita e Regular.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que é preciso para que uma Loja seja justa e perfeita?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Que três a governam, cinco a componham e sete a completem.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que é uma Loja regular?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - É a que, sendo justa e perfeita, obedece a uma Instituição


Maçônica e pratica rigorosamente todos os princípios da Maçonaria Universal,
baseada na tríade: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que os AAp∴, trabalham do meio-dia à meia-noite?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - É uma homenagem a um dos primeiros instituidores dos


Mistérios, Zoroastro, que reunia, secretamente, seus discípulos ao meio-dia e
terminava seus trabalhos à meia-noite, por um ágape fraternal.

VM.: Ir.: S.V.: tendes o uso da palavra para informações adicionais ao novo
irmão aprendiz.

2º VIG ∴ ∴∴ ∴ Ir.: Aprendizes, prestai atenção ao Telhamento Universal do


Grau.

• 2º VIG ∴ ∴∴ ∴Ensina aos novos aprendizes o telhamento do grau.

Sois Mac.? MM.II.C.T.M.RR

Que idade tendes? T. a.


De onde Vindes? De uma loja de S. J.; Justa, perf. e reg.

Que trazeis? Trago Amiz., P. e V. de Prosp. a todos os IIr.:

Nada mais trazeis? O VM.: de m. loja, vos s. por T.V.T.

Que se faz em vossa loja? Levanta-se tt. às vvirt. e cav.-se mmasm. aos vv.

Que vindes aqui fazer? Vencer minhas pp., submeter mm. vont. e fazer
nn.pprogr. na F.M., estreit. os llaç. de frat. que nos u. como vverd. IIr.:

34

Que Desejais? Um lug. ent. Vós.

Este vos é concedido meu Ir.’.

NÃO EXISTE DIFICULDADE Cada dificuldade na vida oferece uma


oportunidade para nos voltarmos para dentro de nós mesmos aos recursos
interiores escondidos ou mesmos desconhecidos. As provações que
suportamos podem e devem revelar quais são as nossas forças.

As pessoas prudentes enxergam além do incidente em si e procuram criar o


hábito de utilizá-lo da maneira mais saudável. Quando houver um
acontecimento imprevisto, não reaja impensadamente. Volte-se para seu íntimo
e pergunte a si mesmo de que recursos dispõe para lidar com aquilo. Mergulhe
fundo. Você possui forças que provavelmente desconhece. Encontre as que
necessita nesse momento. Use-as.
NÃO SEJA NEGATIVO Somos como atores em uma peça de teatro. A vontade
divina designou um papel para cada um sem nos consultar. Alguns atuarão em
peças curtas, outros em longas. Podemos ser chamados e desempenhar o
papel de uma pessoa pobre, de um deficiente físico, de uma eminente
celebridade, de um líder político ou de um simples cidadão comum.

Apesar de não estar sob nosso controle determinar o tipo de papel que nos é
atribuído, cabe-nos representar da melhor maneira possível e procurar não
reclamar, não ser negativo. Onde quer que você esteja e quaisquer que sejam
as circunstâncias, procure apresentar um desempenho impecável.

Você se torna aquilo que pensa. O que pensais passais a ser. Evite atribuir
supersticiosamente aos acontecimentos poderes ou significados que eles não
possuem. Mantenha a cabeça firme. Nossas mentes se não devidamente
ocupadas estão sempre tirando conclusões, inventando e interpretando sinais
que não existem de fato.

Lembre-se: Todos os acontecimentos na vida tem algo muito vantajoso: Se


você quiser procurar! A verdadeira felicidade é sempre independente de
condições externas.

VEN∴ ∴∴ ∴ Ir.: P.V∴, como se compõe uma Loj∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ – Três a governam, cinco a formam e sete a fazem justa e


perfeita.

VEN∴ ∴∴ ∴ – Quem são os três que governam a Loj∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ – O V∴M∴ e os dois VVig∴.


VEN∴ ∴∴ ∴– Por que dizeis que três governam uma Loj∴?
1º VIG∴ ∴∴ ∴– Porque o homem está composto de um corpo, um espírito e
uma alma, a qual se faz de intermediária unindo os dois primeiros.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Por que cinco formam uma Loj∴?
1º VIG∴ ∴∴ ∴ – Porque o homem tem cinco sentidos, dos quais três são
essenciais ao Maçom: a visão para ver o S∴, a audição para escutar a P∴, e o
tato para interpretar o T∴. Também representam o homem na plenitude quando
em sua posição astral tende a transmutar-se em uma estrela de cinco pontas,
expressa nas cinco luzes da Loj∴.

35
VEN∴ ∴∴ ∴– Por que sete a fazem justa e perfeita?
1º VIG∴ ∴∴ ∴ – Por que estes são os sete oficiais principais da Loj∴ e porque
este número contém em si grandes e sublimes mistérios. Ao projetar a Luz
branca sobre um delta em forma de prisma, ela se descompõe em sete cores;
cada cor corresponde a uma vibração de luz determinada, cada vibração
corresponde a uma nota da escala musical, e cada som rege um circuito
orgânico desde a medula espinhal. Além dos sete oficiais que fazem uma Loj∴
Justa e Perfeita, representam também os sete dias que o Todo-Poderoso levou
para criar o Universo, e os sete anos que foram necessários para construir o
Templo de Salomão. Indica também as sete esferas celestiais, correspondendo
aos sete dias da semana. Por fim, as propriedades do número são tantas, que
os antigos proclamavam que ele governava o Universo.
VEN∴ ∴∴ ∴ - Ir.: S.V.:, como se compõe uma Loj∴?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Quando os Maçons se reúnem em Loj∴ são somente porções


da Loj∴ Universal, assim, cada maçom em qualquer Loj∴ a que assiste forma
parte da Loj∴ Universal; pois a Maçonaria é somente uma, apesar de seus
diferentes ritos, da mesma forma que a raça humana é uma só, apesar das
diferentes línguas. Nós viajamos rumo ao mesmo objetivo, assim, todos os
maçons deveriam dar e receber o beijo da paz e formar o laço indissolúvel que
a filosofia uniu.
VEN∴ ∴∴ ∴- Que forma tem nossa Loja ?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - A de um quadrilongo.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Que altura tem?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Da terra ao Céu.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Qual seu comprimento?


2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Do Oriente ao Ocidente.

VEN∴ ∴∴ ∴ - E sua largura?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Do Norte ao Sul.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Qual a sua profundidade?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Da superfície ao centro da Terra.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que essas dimensões?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque a Maçonaria é universal e o Universo é uma Oficina.

VEN∴ ∴∴ ∴ Por que razão está nossa Loja situada do Oriente ao Ocidente?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque assim como a luz do Sol vem do Oriente para o


Ocidente, as Luzes da civilização vieram do Oriente, espalhando-se no
Ocidente.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Em que base se apóia nossa Loja?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Em três CCol∴: Sabedoria, Força e Beleza.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Quem representa o pilar da Sabedoria?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - O Venerável Mestre, no Oriente.

VEN∴ ∴∴ ∴ - E os pilares da Força e da Beleza, quem os representa?


36

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - O Ir∴ 1º Vig∴, no Setentrião, o da Força, e o 2º Vig∴, no Sul, o


da Beleza.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que o Venerável Mestre representa o pilar da Sabedoria?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque dirige os Obreiros e mantém a ordem.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que representais o pilar da Força, Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque pago aos Obreiros o salário, que é a força e a


manutenção da existência.

VEN∴ ∴∴ ∴ - E por que o Ir∴ 2º Vig∴ é o da Beleza?

1º VIG ∴ ∴∴ ∴ - Porque faz repousar os Obreiros, fiscalizando-os no trabalho.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que a Loja é sustentada por três CCol∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento de


tudo; sem elas nada é perfeito e durável.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que, meu Ir∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque a Sabedoria cria, a Força sustenta e a Beleza adorna.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Por que a Maçonaria combate a ignorância, em todas as suas


formas?
1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque a ignorância é a causa de todos os vícios e seu princípio
é: Nada saber; Saber mal o que sabe; e Saber coisas além do necessário.
Assim o ignorante não pode medir-se com o sábio, cujos princípios são a
Tolerância, o Amor Fraternal e o respeito a si mesmo. Eis porque os ignorantes
são grosseiros, irascíveis e perigosos; perturbam e desmoralizam a sociedade,
evitando que os homens conheçam seus direitos e saibam, no cumprimento de
seus deveres, que mesmo com contribuições liberais, um povo ignorante é
escravo. Os ignorantes são inimigos do progresso que, para dominar,
afugentam as luzes, intensificam as trevas e permanecem em constante
combate contra a Verdade, contra o Bem e contra a Perfeição.

VEN∴ ∴∴ ∴- E por que combatemos o fanatismo, Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque a exaltação perverte a razão e conduz os insensatos a,


em nome de Deus e para honrá-lo, praticarem ações condenáveis. A
superstição é um falso culto mal compreendido, contrário à razão e às idéias
que se devem fazer de Deus; é a religião dos ignorantes, das almas timoratas.
Fanatismo e superstição são os maiores inimigos da religião e da felicidade dos
povos e os maiores flagelos da humanidade.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Para fortalecermo-nos no combate, que devemos manter contra


esses inimigos, qual o laço sagrado que nos une?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- A Solidariedade, Ven∴ Mestre.

VEN∴ ∴∴ ∴- Será por isso, que, comumente, se diz que a Maçonaria


proporciona a seus adeptos vantagens morais e materiais?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- Essa afirmação não corresponde à verdade. O proveito material,


como interesse unicamente individual, não entra nas nossas práticas, e as
vantagens morais resumem-se no adquirir a firmeza de caráter, como
conseqüência natural da nítida compreensão dos deveres e dos altos ideais da
Ordem Maçônica.

VEN∴ ∴∴ ∴- Como podeis fazer tal afirmação, se todos dizem que a


solidariedade maçônica consiste no amparo incondicional de uns aos outros
Maçons, quaisquer que sejam as circunstâncias?
37
2º VIG∴ ∴∴ ∴- É a mais funesta interpretação que se tem dado a esse
sentimento nobre que fortalece os laços da fraternidade maçônica. O amparo
moral e material, que, individual e coletivamente, devemos aos nossos IIr∴, não
vai até o dever de proteger aos que, fugindo de suas responsabilidades sociais,
se desviam do caminho da Moral e da Honra.

VEN∴ ∴∴ ∴-Que solidariedade, então, é a que deve existir entre nós, Ir∴ 1º
Vig∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴- É a solidariedade mais pura e fraternal, mas somente para os


que praticam o Bem e sofrem os revezes da vida; para os que nos trabalhos
lícitos e honrados são infelizes; para os que, embora rodeados de fortuna,
sentem na alma os amargores das desgraças; enfim, a Solidariedade Maçônica
está onde estiver uma causa justa e nobre.

VEN∴ ∴∴ ∴- Não jurastes, então, defender e socorrer vossos IIr∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴- Jurei, sim, Ven∴ Mestre, e, sempre que posso, correspondo a


esse juramento. Quando, porém, um Ir∴esquecido dos princípios e dos
ensinamentos maçônicos, se desvia da Moral que nos fortifica, para se tornar
mau cidadão, mau esposo, mau pai, mau filho, mau irmão, mau amigo; quando
cego pela ambição ou pelo ódio, pratica atos que consideramos indignos de um
Maçom, ele, e não nós, rompeu a Solidariedade que nos unia e que não mais
poderá existir, porque se assim não procedêssemos, seria pactuarmos com
ações de que a simples conivência moral nos degradaria, pôr isso que o
Maçom que assim procede deixou de ser Ir∴, perdeu todos os direitos ao
nosso auxílio material e, principalmente, ao nosso amparo moral.

VEN∴ ∴∴ ∴- Não deveis, porém, dar preferência, na vida pública, a um Ir∴sobre


um profano?

1º VIG∴ ∴∴ ∴- Em igualdade de circunstâncias, é meu dever preferir um Ir∴,


sempre que para fazê-lo, não cometa injustiça, que fira a minha consciência.
Os ensinamentos da nossa Ordem nos obrigam a proteger um Ir∴em tudo que
for justo e honesto. Não será justo nem honesto proteger o menos digno
mesmo que seja Ir∴, preterindo os direitos do mérito e do valor moral e
intelectual.

VEN∴ ∴∴ ∴- Então, não favoreceis, sistematicamente a um Ir∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴- Sem boas e justas razões, não. Nossa Ordem nos ensina a amar
a Pátria e a sermos bons cidadãos. Não o seríamos, nem nos poderíamos
julgar merecedores desse nobre título e da confiança de nossos IIr∴, se ao bem
público antepuséssemos os interesses de uma pessoa menos apta ou menos
digna de trabalhar pelos interesses da Sociedade e da Pátria.

VEN∴ ∴∴ ∴- Como, então, a voz pública acusa os MMaç∴ de progredirem no


mundo profano, graças ao nosso sistema de proteção.

1º VIG∴ ∴∴ ∴- São afirmações dos que, não conhecendo a razão das coisas,
julgam incondicional nossa solidariedade. Se há MMaç∴ que galgam posições
elevadas e de grandes responsabilidades sociais, a razão se oculta,
evidentemente, no seguinte: nossa Ordem não acolhe profano, sem, antes,
examinar-lhe sua inteligência, caráter e probidade de homens livres e bons
costumes. Daí, é natural que da nossa Ordem surjam cidadãos que se
destaquem pôr suas qualidades pessoais, tornando-se, assim, dignos de serem
aproveitados na conquista do progresso e da felicidade do povo.

VEN∴ ∴∴ ∴- Concluís, então, que em nossa Ordem não surjam, às vezes


desonestos?

1º VIG∴ ∴∴ ∴- Nada é perfeito, ainda, no mundo. Não deixo de reconhecer que,


muitas vezes, nos temos enganado na escolha de alguns elementos, apesar do
rigor de nossas sindicâncias. Assim, infelizmente, maus elementos têm-se
infiltrado no seio da nossa Sublime Ordem. Para esses insensíveis à ação de
nossa Moral e dos nossos Princípios, nossa Lei nos fornece meios seguros e
prontos de separarmos o joio do trigo, o que devemos fazer sem temor nem
vacilação. É, portanto, pela exclusão dos elementos refratários aos
ensinamentos austeros e elevados dos Princípios Maçônicos, que poderemos
fortificar nossa Ordem.

VEN∴ ∴∴ ∴- Em que consiste, então, nossa Fraternidade?


38
1º VIG∴ ∴∴ ∴- Em educarmo-nos, instruirmo-nos, corrigindo nossos defeitos e
sendo tolerantes para com as crenças religiosas e políticas de cada um. Nossa
Fraternidade nos ensina a dar e não a pedir, sem justa necessidade.

VEN∴ ∴∴ ∴– Qual é a etimologia dos graus simbólicos?


1º VIG∴ ∴∴ ∴ – O Aprendiz aprende; o Companheiro compartilha e
compreende; o Mestre empreende.

LIÇÕES DA JUSTIÇA:

O homem, cercado por um mundo de vícios e perversidade, busca a justiça por


toda parte, sem achá-la em nenhuma. É consciente, em certa maneira, de que
não é possível achar a medida total da justiça na transitoriedade deste mundo.
As palavras ouvidas tantas vezes: “não há justiça neste mundo”, possivelmente
sejam frutos de uma simplicidade muito fácil, embora haja nelas também um
princípio de verdade profunda. De certo modo, a justiça é maior que o homem,
maior que as dimensões de sua vida terrena, maior que as possibilidades de
estabelecer nesta vida relações plenamente justas entre os homens, os
ambientes, a sociedade, os grupos sociais, as nações etc. Todo homem vive e
morre com certa sensação de insaciabilidade de justiça, porque o mundo não é
capaz de satisfazer plenamente um ser criado à imagem e semelhança de seu
Criador, nem no âmago da pessoa nem nos distintos aspectos da vida humana.
E assim, através desta fome de justiça é como o homem chega até os portais
de nosso Templo. Nós lhes inculcamos o Dom da Piedade, que aperfeiçoa a
Virtude da Justiça. Este dom espiritual sana o coração de todo tipo de dureza e
o abre à ternura para com o próximo e para com o G∴A∴D∴U∴, que é a Justiça:
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão
saciados”. Com este sentido maçônico de justiça ante os olhos, deveis
considerá-la a dimensão fundamental da vida do maçom no mundo profano.
Esta é a dimensão ética. A justiça é princípio inerente à existência e
coexistência das Lojas maçônicas, que com seu impulso civilizador a
expandem às comunidades humanas, às nações e aos povos. Além disso, a
justiça é regra primitiva da vida interna das Lojas Maçônicas e princípio
fundamental de coexistência entre os diferentes Ritos e Obediências em que se
divide a Maçonaria. Neste terreno extenso e diferenciado, o Maçom e a
Maçonaria procuram continuamente justiça para o mundo: este é um processo
perene e uma tarefa de suma importância. Através do tempo, a justiça foi tendo
definições mais apropriadas segundo as distintas relações e aspectos. Daí o
conceito de justiça comutativa, distributiva, legal ou social. Tudo isso é
testemunho de como a justiça tem uma significação fundamental na ordem
moral entre os homens, nas relações sociais e entre os diferentes povos e
nações. Pode dizer-se que o sentido da existência do homem sobre a terra
está vinculado à justiça. Definir corretamente quanto se deve a cada um por
parte de todos e, ao mesmo tempo, a todos por parte de cada um, o que se
deve ao homem de parte do homem nos diferentes sistemas e relações, defini-
lo e, sobretudo, levá-lo a efeito, é a maior coisa pela qual vive cada um dos
maçons e graças a qual suas vidas têm sentido. Por isso, através dos séculos
de existência humana sobre a Terra, é permanente o esforço contínuo e a luta
constante para organizar com justiça o conjunto da vida social em seus vários
aspectos. É necessário olhar com respeito os múltiplos programas e a
atividade, reformadora, às vezes, das distintas tendências e dos sistemas. De
uma vez por todas é necessário ser consciente de que não se trata aqui dos
sistemas, mas sim da justiça e do homem. Não pode viver o homem para o
sistema, mas sim deve viver o sistema para o homem. Por isso há que se
defender do aniquilamento dos sistemas sociais, econômicos, políticos,
culturais etc., que devem ser sensíveis ao homem e ao seu bem integral;
deveis ser capaz de reformar-vos a vós mesmos e reformar vossas próprias
estruturas segundo as exigências da verdade total sobre o homem. Desse
ponto de vista tereis que valorizar o grande esforço que sempre fomentou
nossa Augusta Instituição, tendendo a definir e consolidar os direitos do
homem na vida da humanidade de todos os tempos. Portanto, é necessário
que cada um de nós possa viver em um contexto de justiça e, mais ainda, que
cada um seja justo e atue com justiça em relação à Fraternidade que o acolhe.
A Maçonaria pretende inspirar o amor fraterno entre todos seus membros e,
mais ainda, para com toda a Humanidade. Neste convite está tudo que se
refere à justiça. Não pode existir amor sem justiça. O amor suplanta a justiça,
mas ao mesmo tempo encontra sua verificação na justiça. Até o pai e a mãe,
ao amarem seu filho, devem ser justos com ele. Se a justiça cambalear,
também o amor e a fraternidade correm perigo.

39 Ser justo significa dar a cada um quanto lhe é devido. Isto se refere aos
bens temporários de natureza material. O melhor exemplo pode ser a
retribuição do trabalho, ou o chamado direito ao fruto do próprio trabalho e da
própria terra. Mas o homem lhe deve também a reputação, o respeito, a
consideração, a fama que mereceu. Quanto mais conhecemos o homem, mais
ele nos revela sua personalidade, seu caráter, sua inteligência e seu coração.
E tanto mais nos damos conta — e devemos nos dar conta! — do critério com
que devemos “medi-lo” e o que significa ser justo com ele. Os maçons praticam
estes princípios nobres uns com os outros, procurando dar a cada operário o
salário que lhe corresponde e, assim, despedi-los sempre do trabalho
contentes e satisfeitos. Por tudo isso é necessário se aprofundar
continuamente no conhecimento da justiça. Não é esta uma ciência teórica. É
virtude, é capacidade do espírito humano, da vontade humana e, inclusive do
coração. A justiça tem muitas implicações e muitas formas. Há também um
modelo de justiça que se refere ao que o homem deve ao Princípio Criador, e
outro que se relaciona com o que se deve a si mesmo. Estes são temas
fundamentais, e que têm de ser ilustrados pela contemplação, pela
transcendência, pelo estudo e pelo debate, que constituem o marco mais
apropriado para a instrução.

NADA... Conta-se que perguntaram a Pitágoras, após ter sido iniciado nos
mistérios, o que tinha visto no Templo, tendo ele respondido simplesmente:
NADA. Se Pitágoras, ao sair do Templo Egípcio não tinha visto “nada”,
descobriu que era em si mesmo que não tinha visto “nada mais” que desejos e
ilusões. Foi então que começou seu caminho para a sabedoria.

Muitos irmãos recém-iniciados se afastam da Ordem porque em nossas Lojas


não encontram “nada”, porque nosso simbolismo não lhes significa “nada”,
porque na Loja fala-se muito e “nada” mais ...

Propomos perguntar-nos: o que significa esse “nada” com respeito à


Maçonaria? Isso dá margem a várias perguntas, afinal o neófito bateu a porta
do Templo a qual abriu-se para ele e não encontrou nada?. De fato algo ele
encontra, mas somente palavras, ritualística, símbolos, idéias. Algo portanto ele
encontra, porém não o que buscava. E como o que ele encontra não é nada
em comparação com o que procurava, diz simplesmente que não há nada.

Porém, este “nada” não é somente um fenômemo negativo. Este “nada” é


como um gérmen, algo novo e grande. O Irmão que se afasta da Loja
queixando-se de “não haver encontrado nada” não se limita somente a isso.
Afasta-se desgostoso, decepcionado. O encontro com o “nada” o afetou no
mais profundo do ser. Não achou o que buscava, porém deparou-se com
precisamente seu próprio desgosto, sua própria decepção.

Ainda que saía de nosso convívio, sua decepção o segue. E ainda que não o
confesse, não deixará de pensar, de vez em quando, que, para encontrar algo,
se necessitam de duas coisas: algo que existe e alguém que saiba procurar. Ao
lado do seu orgulho, porque ele não se deixou enganar, estará a constante
inquietude acerca do que terão encontrado os que ficaram e que ele não soube
descobrir. Vê-se, assim, posto frente a frente, como sua própria insuficiência.
Com seu próprio Nada.

Se for sincero consigo mesmo, reconhecerá que onde não encontrou nada foi
em si mesmo. Este é o ponto onde começa a germinar a idéia Maçônica. Se o
irmão chegar a este ponto, começará a ser Maçom.

Lembre-se: De cada cem que busca um caminho, apenas um encontra. De


cada cem que encontra o caminho, apenas um caminha. De cada cem que
caminha, apenas um chega ao fim.

A GUARDA DOS SEGREDOS O Segredo na maçonaria pode ser interpretado


de três formas distintas:

Os Segredos dos sinais de reconhecimento, passado nas cerimônias


ritualísticas e pelos quais nos reconhecemos como irmãos e nos distinguimos
do resto do mundo.

40 Os Segredos Filosóficos, que define uma maneira própria de ver a


maçonaria: um sistema peculiar de moralidade, velado por alegorias e ilustrado
por símbolos.

O Segredo exigido pela Loja, e que deve sempre ser lembrado os irmãos do
quadro: A Maçonaria determina, conforme lição de Aprendiz, para guardarmos
segredo de tudo que tenha passado, ou venha a ser relato dentro de uma loja,
à todo irmão que nela não tenha estado presente. Portanto nada do que
aconteceu na reunião pode ser revelado a nenhum irmão ausente.

VEN∴ ∴∴ ∴ Nesta instrução o Ir.’. Aprendiz completará os conhecimentos de


que necessita para avançar na trilha que encetou, ficando de posse do
conhecimento da simbologia dos quatro primeiros números: 1 - 2 - 3 e 4, pela
qual verá como estes números, além do valor intrínseco, representam verdades
misteriosas e profundas, ligadas, intimamente, à própria simbologia das
alegorias e emblemas que, em nossos Templos, se patenteiam à sua vista. Ir∴
Orad∴, tende a bondade de encetar esta instrução.
ORAD∴ ∴∴ ∴- Com certeza já notastes, IIr∴ AApr∴, a coincidência que
apresentam a Bat∴, a Marcha e a Id∴ do Apr∴ Maç∴. Todas encerram o número
“três”. TRÊS pancadas, TRÊS passos e TRÊS anos. Como vedes o número 3 é
primordial no grau de Apr∴.

É de toda conveniência que o Maçom “especulativo” não se desinteresse desta


parte do Ensino Iniciático, se tiver o legítimo desejo de compreender qualquer
coisa da Arquitetura da Idade Média e da Antigüidade e, em geral, das grandes
obras concebidas e executadas pelas Ordens de Companheiros-Construtores.

O emprego dos números, sobretudo de alguns números, em todos os


monumentos conhecidos, é muito freqüente, para que se creia que só o acaso
os tenha produzido. E, neste ponto, a História vem em nosso auxilio.

Todos os povos da antigüidade fizeram uso emblemático e simbólico dos


números e das fórmulas e em geral do número e da medida. Todos os povos
da antigüidade tiveram um sistema numérico ligado intimamente à religião e ao
culto. E este fato é o resultado da idéia que, então, se fazia do mundo, idéia
segundo a qual a matéria é inseparável do espírito, do qual exprime a imagem
e a revelação.

Enquanto a matéria for necessária à forma e à dimensão; enquanto o mundo


for uma soma de dimensões, existirá o número e cada coisa terá seu número,
do mesmo modo que forma e dimensões. Há entretanto números que parecem
predominar na estrutura do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais
ou menos, a base fundamental de todos os fenômenos da natureza. Esses
números foram tidos sempre como sagrados, pelos antigos, como
representando a expressão da Ordem e da Inteligência das coisas, como
exprimindo mesmo a própria divindade.

Se, com efeito, supusermos que as coisas materiais são apenas um invólucro
que cobre o invisível, o imaterial; se as considerarmos somente como símbolos
dessa imaterialidade, com mais forte razão os números, concepção puramente
abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois que eles representam, até
certo ponto, a expressão mais imediata das Leis Divinas (e das Leis da
Natureza), compreendidas e estudadas neste mundo.

A China, a Índia, a Grécia, mesmo antes de Pitágoras, conheceram e


empregaram a “Ciência dos Números”, e seu simbolismo é, em grande parte,
baseado nesta ciência. Vemos, pois, que os números se prestam facilmente a
tornarem-se símbolos, figuras das idéias e de suas relações. E toda a doutrina
das relações morais e de ligação indestrutível com o mundo material, isto é, a
filosofia, foi sempre exposta por um sistema numérico e representada por
números.

VEN∴ ∴∴ ∴ - Explicai-nos, Ir∴ 1º Vig∴, o símbolo do número 1.

1º VIG∴ ∴∴ ∴- O número um, a unidade, é o princípio dos números, mas a


unidade só existe pelos outros números. Todos os sistemas orientais
começaram pôr um SER PRIMITIVO. Conquanto esta abstração não tenha
positivamente uma existência real, tem, contudo um lado positivo que o torna
suscetível de uma existência definida: “é o que os antigos denominavam
Pothos, isto é, o desejo ou a ação de sair do absoluto, a fim de entrar no real,
considerado por nós, concreto”.

41 Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é confundida, como


unidade, com o Todo, ela tem o nome de Unidade. A unidade só é
compreendida por efeito do número dois; sem este, ela torna-se idêntica ao
todo, isto é, identifica-se com o próprio número.

A natureza do número dois, em sua relação com a unidade, representa a


divisão, a diferença.

VEN∴ ∴∴ ∴- Ir∴ 2º Vig∴, explicai-nos algo sobre o número dois.

2º VIG∴ ∴∴ ∴- O número dois é o símbolo dos contrários e, portanto, da dúvida,


do desequilibro e da contradição. Como prova disso, temos o exemplo concreto
de uma das sete ciências maçônicas a aritmética, em que 2 + 2 = 2 x 2.

Até na matemática o número dois produz confusão, pois ao vermos o número


4, ficamos na dúvida se é o resultado da combinação de dois números dois,
pela soma, ou pela multiplicação, o que não se dá em absoluto, com outro
qualquer número. Ele representa: o Bem e o Mal; a Verdade e a Falsidade: a
Luz e as Trevas; a Inércia e o Movimento, enfim, todos os princípios
antagônicos, adversos. Por isso, representava, na antigüidade, o “Inimigo”,
símbolo da Dúvida quando nos assalta o espírito.

O Apr∴ Maç∴ não deve se aprofundar no estudo deste número, porque, fraco
ainda do cabedal cientifico de nossas tradições, pode enveredar pelo caminho
oposto ao que deveria seguir.

Esta é, ainda, uma das razões pela qual o Apr∴ Maç∴ é guiado em seus
trabalhos iniciáticos; sua passagem pelo número 2, duvidoso, pode arrastá-lo
ao Abismo da Dúvida.

VEN∴ ∴∴ ∴- Ir∴ 1º Vig∴, como poderá ser vencida a dúvida aniquiladora do


número dois?

1º VIG∴ ∴∴ ∴- A diferença, o desequilíbrio, o antagonismo que existem no


número dois, cessam, repentinamente, quando se lhes ajunta uma terceira
unidade. A instabilidade da divisão ou da diferença, aniquilada pelo acréscimo
de uma terceira unidade, faz com que, simbolicamente, o número Três se
converta, também, em unidade.

A nova unidade, porém, não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não
houve intervenção alguma; não é uma unidade idêntica com o próprio número,
como se dá com a unidade primitiva; é uma unidade que absorveu e eliminou a
unidade primitiva, verdadeira, definida e que se tornou unidade de vida, do que
existe por si próprio, do que é perfeito.

Eis porque o neófito vê no Or∴ o Delta Sagrado, luminoso emblema do “SER”


ou da “VIDA”, no centro do qual brilha a letra IOD, inicial do tetragrama IEVE.

O triângulo, conquanto composto de 3 ângulos e 3 linhas, forma um todo


completo. Todos os outros polígonos subdividem-se em triângulos, e estes são,
assim, o tipo primitivo, que serve de base à construção de todas as outras
superfícies. É, ainda, pôr esta razão que a figura do triângulo é o símbolo da
existência da divindade, bem como de sua “Potência produtora” ou da
Evolução.

VEN∴ ∴∴ ∴- Por que, Ir∴ 2º Vig∴, quando o iniciado penetra no Templo, nada
encontra que se relacione, simbolicamente, ao número um?
2º VIG∴ ∴∴ ∴- Porque, para facilitar o estudo dos números, a Maç∴ faz uso de
emblemas, para atrair a atenção sobre suas propriedades essenciais. E assim
deve ser, porque nada do que é sensível pode ser admitido a representar a
Unidade, mesmo porque só percebemos, fora e em volta de nós, diversidade e
multiplicidade. Nada é simples na natureza; tudo é complexo. No entanto, se a
Unidade não nos aparece naquilo que nos é exterior, parece residir em nosso
íntimo, pois todo ser pensante tem a convicção, o sentimento inato de que é
um.

VEN∴ ∴∴ ∴- E como se manifesta esta unidade, que está em nós?

42
2º VIG∴ ∴∴ ∴- Por nossa maneira de pensar, agir e sentir. Nossas idéias,
levadas ao pensamento de um “todo harmônico”, fazem nascer em nós a
noção do “Verdadeiro”. Este é o mais precioso talismã que pode possuir o
iniciado, quando condensa seu ideal no JUSTO, no BELO e no VERDADEIRO.

VEN∴ ∴∴ ∴- E qual o símbolo que oculta esta verdade?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- O candelabro de 3 braços, que se vê sobre o Altar do


Ven∴Mestre, ideal que é o único pólo para o qual tendem todas as aspirações
humanas.

VEN∴ ∴∴ ∴- Por que o neófito não deve estacionar no número dois?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- Porque sendo o binário símbolo dos contrários, da divisão, seria


condenar-se à luta estéril, à oposição cega, à contradição sistemática; ficaria,
em suma, escravo desse princípio de divisão, que a antigüidade simbolizou e
estigmatizou sob o nome de “inimigo” (Agramaniu, Satan, etc.).

VEN∴ ∴∴ ∴- E como se conseguiu evitar a influência desse INIMIGO”?


2º VIG∴ ∴∴ ∴- Procedendo à conciliação dos antagônicos, condensando, no
Ternário, o Binário e a Unidade.

VEN∴ ∴∴ ∴- Assim concebido, qual a significação do número 3, Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ ∴∴ ∴- TRÊS é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor). Três são os


pontos que o Maçom deve se orgulhar de apor a seu nome, pois, esses 3
pontos, como o Delta Luminoso e Sagrado, são emblemas dos mais
respeitáveis; representam todos os ternários conhecidos e, especialmente, as
três qualidades indispensáveis ao Maçom. VONTADE, AMOR, INTELIGÊNCIA.

VEN∴ ∴∴ ∴- E estas qualidades são inseparáveis?

1º VIG∴ ∴∴ ∴- São absolutamente inseparáveis uma das outras, pois devem


agir, em perfeito equilíbrio, no candidato à iniciação, para que ele possa ter a
iniciação real, “vivida” e não emblemática.

VEN∴ ∴∴ ∴- E que poderá suceder se, por ventura, estas qualidades estiverem
isoladas?

1º VIG∴ ∴∴ ∴- Separando-as, veremos surgir o desequilíbrio. Suponhamos um


ser dotado, unicamente, de Vontade, de energia, mas sem o menor sentimento
afetuoso e desprovido de inteligência, teremos um verdadeiro bruto. Dotemo-lo,
agora, de Inteligência e suprimamos-lhe a Vontade e a Sabedoria que é a
expressão do Amor, e teremos o pior dos egoístas e dos inúteis; um terreno
onde a “boa semente” não germinará e que as ervas daninhas inutilizarão.

Demos-lhe, enfim, unicamente o Amor (sabedoria), sem sombra de Vontade e


de Inteligência, e veremos que sua bondade é inútil, suas melhores aspirações
serão condenadas a esterilidade, porque não serão, jamais, acionadas pôr uma
Vontade forte, agindo sob o controle da Razão.

VEN∴ ∴∴ ∴- Se, apenas, uma dessas qualidades estiver separada, quais as


conseqüências, Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- Dotado de Vontade e Inteligência, mas sem sentimento afetuoso


para com seus semelhantes, o homem poderá ser um gênio, mais,
forçosamente, será, também, um monstro de egoísmo e, como tal, condenado
a desaparecer.

Possuindo Coração e Inteligência, mas não tendo Vontade nem energia, o


homem será uma criatura fraca, de caráter passivo, que, embora não faça mal
a ninguém e nutra belas aspirações e elevado ideal, jamais chegará a realizá-
lo, pôr faltar-lhe a energia; será, em suma , um inútil.

A Energia, unida ao Amor, daria melhor resultado, mas a falta de Inteligência


impedir-lhe-ia de ser Bom e Ativo, de fazer obra verdadeiramente útil, porque o
Discernimento, função da Inteligência, lhe faltaria. Não poderia aplicar suas
belas qualidades; correria, mesmo, perigo de, sob a direção de um mau
intelecto, tornar-se servidor das forças do mal, pôr falta de discernimento.

43

VEN∴ ∴∴ ∴- Vede, pois, IIr∴ AApr∴, que todo Maçom que quiser ser digno deste
nome, deve cultivar “igualmente” essas três qualidades, representadas pelos
três pontos (∴ ∴∴ ∴), que apõe a seu nome, quais as três estrelas que brilham
ao Or∴ da Loja. Ir∴ 1º Vig∴, o ternário pode ser estudado sob outros pontos de
vista?

1º VIG∴ ∴∴ ∴- Sim, Ven∴ Mestre. Dentre esses pontos de vista, citarei, apenas,
os principais, que são:

Do tempo: Presente, Passado e Futuro; Do movimento diurno do Sol: Nascer,


Zênite e Ocaso; Da vida: Nascimento, Existência e Morte; Mocidade,
Madureza e Velhice: Da Família: Pai, Mãe e Filho; Do Hermetismo: - Arqueu,
Azote e Hilo; Da Gnose: Princípio, verbo e Substância; Da Cabala Hebraica:
-Da qual são tirados as PP∴ SS∴ e de P∴ da Maçonaria: - Keter (Coroa),
Hockma (Sabedoria) e Binah (Inteligência); Da Trindade Cristã: Pai, Filho e
Espírito Santo; Da Trimurti: - Brama, Vishnu e Siva; Sat, Chit e Ananda; Dos
“Três GOUNAS”, ou qualidades inerentes à Substância Eterna (Maia), na índia;
- Tamas (Inércia), Rajas (Movimento) e Sattva (Harmonia); Do Budismo: Buda
(Iluminado), Dharma (Lei) e Sanga (Assembléia de fiéis); Do Egito: - Osiris, Isis
e Horus; Ammon, Mouth e Khons; Do Sol, no Egito: - Horus (Nascer), Ra
(Zênite) e Osiris (Ocaso); Da Caldéia: - Ulomus (Luz), Otosurus (Fogo) e Elium
(Chama).

VEN∴ ∴∴ ∴- Como vedes, IIr∴ AApr∴, em toda parte encontra-se o número três,
o Ternário, do qual o Delta Sagrado é o mais humano e o mais puro emblema.
Nas Lojas Maçônicas, o ternário é, ainda, simbolizado pelos três grandes
pilares: SABEDORIA - FORÇA - BELEZA, que representam as Três Luzes,
colocadas: a primeira no Or∴, a segunda no N∴ e a terceira no Sul, de acordo
com a orientação das “Três Portas” do Templo de Salomão. Ir∴ Orad∴, que
letra se vê no centro do Delta?

ORAD∴ ∴∴ ∴- No centro do Delta está a letra IOD, inicial do Tetragrama (4


letras) IEVE, símbolo da Grande Evolução, ou “do que existiu”, do que existe e
“do que existirá”.

VEN∴ ∴∴ ∴- Ir∴ 2º Vig∴, que idade tendes?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- T... anos, VM.:

VEN∴ ∴∴ ∴- Por que respondeis dessa forma, se pareceis mais velho?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- Porque antigamente demoravam-se três anos para ser avaliado


e reconhecido como sendo discreto em todas as provas, antes de se tornar um
Aprendiz Maçom.

VEN∴ ∴∴ ∴- O que significam os três passos do aprendiz em esquadro?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- Significam sua idade e ao mesmo tempo o fazem conhecido pelo


grau que possui; eles lembram que um maçom jamais deve se desviar do
caminho da eqüidade, da virtude e da honestidade, para nunca fazer algo de
que se arrependerá.

VEN∴ ∴∴ ∴- Quais são essas três máximas?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- Batei e ser-vos-á aberta, pedi e ser-vos-á dado, procurai e ser-


vos-á concedido.
VEN∴ ∴∴ ∴- Quantos Sinais possui um Aprendiz?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- Três.

VEN∴ ∴∴ ∴- Como os chamais? 2º VIG∴ ∴∴ ∴- Gutural, pedestre e manual.

44
VEN∴ ∴∴ ∴- O que simboliza o sinal gutural?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- O juramento que fiz, pois consenti que tivesse minha garg. cort.,
se eu me tornasse indiscreto sobre os assuntos da Ordem.

VEN∴ ∴∴ ∴- O que simboliza o sinal pedestre?

2º VIG∴ ∴∴ ∴- Que um maçom deve marchar corretamente e jamais desviar do


caminho da virtude.

VEN∴ ∴∴ ∴- O que simboliza o sinal manual? 2º VIG∴ ∴∴ ∴- É um Toque para


que nos façamos ser reconhecidos.

VEN∴ ∴∴ ∴- Ir∴ Apr∴, lede e meditai, sobre esta e sobre as instruções


anteriores. Sede vós um livre investigador da verdade e ela vos abrirá os olhos
aos problemas mais transcendentais, cujo estudo ainda não vos é permitido,
mas que se apresentarão pôr certo, ao vosso espírito, agora fortificado e
esclarecido pelo simbolismo dos números.

DINÂMICA E PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS


INDUMENTÁRIA MAÇÔNICA

O Traje Maçônico é o terno preto. Admite-se em nossas lojas (em todas as


sessões) o uso do Balandrau (veste talar, de mangas compridas e com capuz,
na cor preta, sem insígnia ou símbolo estampados), desde que usado com
calças pretas ou azul marinho, sapato e meias pretas. Deve-se ressaltar que,
originalmente, o verdadeiro traje maçônico é o Avental, símbolo do trabalho,
sem o qual o maçom é considerado desnudo.

SINAIS MAÇÔNICOS E USO DA PALAVRA Sinal de Ordem

É o sinal executado, de acordo com o grau e da maneira prescrita no referido


ritual, quando : a – estiver em pé e parado, pois não se caminha com o sinal,
bem como não se faz sinal quando sen
tado;
b - ao fazer uso da palavra durante as sessões ritualísticas; c – como forma de
agradecimento; d – durante a marcha ritualística; e – quando
assim determinar o Ritual. f – O Sinal de Ordem só poderá ser desfeito por
determinação e a critério exclusivo do Venerável Mes
tre.

Sinal de Aprovação: Empregado nos processos de votação, é feito estendendo-


se o braço direito para a frente, em linha reta, com a palma da mão voltada
para baixo e os dedos unidos.

Uso da Palavra:

O maçom, em Loja aberta, se manifesta através da palavra, solicitada no


momento adequado, conforme previsto no Ritual, diretamente aos Vigilantes,
quando tiver assento nas Colunas, e ao Venerável, quando no Oriente. Quando
concedida, ficará em pé e com o Sinal de Ordem, saudando hierarquicamente
as Dignidades, Autoridades e os Irmãos presentes.

Havendo necessidade de retornar a palavra, após passar pelas Colunas, ela


será solicitada pelos Vigilantes ao Venerável, que poderá ou não concedê-la,
sempre de forma ritualística.
45 Ao fazer uso da palavra, o maçom, deve ser objetivo, falar pouco e
corretamente, contando e medindo suas palavras, empregando sempre
expressões comedidas, evitando discursos intermináveis, prolixos e repletos de
lirismo.

Entrada na Loja após Inicio dos Trabalhos:

Independente do Grau em que a Loja está trabalhando, o Ir∴ em atraso, deverá


dar somente três batidas na porta. Se não for possível seu ingresso no
momento solicitado, o G.T∴ responderá com a mesma bateria.

Caso a Loja esteja trabalhando no grau de Comp∴ ou Mest∴, G.T.∴ deverá se


dirigir a sala dos PP∴ PP∴ e verificar se o Ir∴ possui qualidade para participar
da sessão, através do telhamento relativo ao grau.

Não existe repique, nem aumento do número de batidas para atingir o grau
acima subseqüente. Concedida autorização para adentrar ao Templo, o Ir∴
procederá com toda formalidade, realizando a marcha do Grau e saudando as
Luzes hierarquicamente.

SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO - INTRODUÇÃO

Considerando que a Sessão Magna de Iniciação é a prática Ritualística que


mais requer esmero e dedicação de todos participantes, solicitamos aos Irmãos
sua atenção para as Orientações abaixo relacionadas, a fim de se evitar
desencontros e situações constrangedoras durante os trabalhos Ritualísticos.

È importante ressaltar que todos os Irmãos presentes na sessão são


meramente coadjuvantes, onde o ator principal é sempre o Candidato. Ele é o
centro das atenções, e tudo deve ser feito para que os ensinamentos
transmitidos durante os trabalhos sejam pôr ele assimilados. Sua visão
temporariamente impedida, possibilita uma audição aguçada e sensível. A
presença de alguém sempre ao seu lado, deve sempre inspirar confiança e
gerar tranqüilidade.

Todo cuidado no desenvolvimento do trabalho ritualístico e total atenção no


desenrolar do mesmo, se faz necessário para que se atinja na sua plenitude o
objetivo principal, ou seja, o de possibilitar o inicio do processo de
transformação “do Homem Comum em um Homem Maçom”. Todo tipo de
brincadeira, chacota, conversa paralela, insinuações entre outras atitudes não
condizentes com os princípios maçônicos e que possam provocar qualquer tipo
de constrangimento ou pondo às vezes em risco a integridade física da pessoa
são inadmissíveis e inaceitáveis, quer durante a preparação do Candidato
antes dos inicio dos trabalhos, quer durante o transcorrer dos trabalhos.
Iniciação não é "trote". A Maçonaria é uma instituição séria composta de
pessoas sérias, e como tal devemos agir e portar.

O Candidato após ser preparado, deve estar tranqüilo e confiante. Deve ser
orientado quanto à importância da cerimônia simbólica pela qual vai passar,
onde sua atenção deve ser total em tudo que vai ser falado e perguntado, para
que suas respostas sejam sinceras, espontâneas e naturais. Durante o
desenvolvimento dos trabalhos, deverá ser conduzido com moderação, sendo
proibido usar de violência e excessos. É necessário que o candidato esteja
emocionalmente tranqüilo e equilibrado, totalmente confiante e seguro em
relação ao seu guia e convicto de que está, entre amigos e futuros irmãos.

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA UMA SESSÃO DE INICIAÇÃO

01 - Leitura prévia e cuidadosa do Ritual por todos aqueles que terão


participação direta na sessão. É indispensável pelo menos um ensaio com
todos para se evitar falhas imperdoáveis, que descaracterizam e quebram a
ritualística dos trabalhos de Iniciação.

O cuidado com a preparação de qualquer trabalho ritualístico, principalmente


em uma Sessão Magna de Iniciação, deve ser ponto de honra para qualquer
administração.

Durante o decorrer dos trabalhos, as leituras devem ser feitas com


desenvoltura, em tom firme, voz empostada, segura e de forma audível por
todos presentes, sem titubeio e erros, que fazem com que até de
46 olhos vendados o candidato perceba que os protagonistas estão inseguros
e não dominam o que estão fazendo. Existindo mais de um candidato, as
perguntas podem ser feitas de forma alternadas entre eles.

O Templo deve ser adequadamente preparado. Todos devem estar


rigorosamente vestidos e paramentados, conforme determina a legislação
maçônica pertinente.

02 - O Secretário deve preparar a documentação do Candidato com


antecedência, onde deverá incluir o Placet de Iniciação emitido pela Grande
Loja, o Testamento a ser preenchido pelo candidato na Câmara das Reflexões,
o Cim emitido pela Grande Loja e que deverá ser entregue no final da sessão
bem como o Avental de Aprendiz, as Luvas Brancas e o Balandrau.

* As lojas devem preferencialmente adquirir os paramentos maçônicos


(Avental, Luvas e o Balandrau) no Atelier Maçônico da Grande Loja, de modo a
padronizar os paramentos tanto entre os irmãos dos quadros quanto em
eventos nacionais, quando nesse caso, todos estarão usando o mesmo padrão
de vestimenta ritualística.

03 - O Mestre de Harmonia deve ter o cuidado de preparar a trilha sonora


adequada para a solenidade, sempre preferencialmente com clássicos
orquestrados. Sua total atenção para o desenrolar da Ritualística é
imprescindível para não cometer fiascos, deixando de colocar música nas
horas apropriadas ou utilizando de trilhas sonoras que não condizem com o
desenvolvimento dos trabalhos. Durante toda a sessão a música deve se fazer
presente de forma harmônica, cabendo ao Mestre de Harmonia manter a
tonalidade e o volume do som o mais adequado possível para cada momento.
04 - O Arquiteto da Loja, deve deixar todos os itens necessários para o
cerimonial devidamente preparado e nos seus devidos lugares. As Espadas, o
Mar de Bronze para a prova da água, o Banco (e não cadeira) das Reflexões,
as Taças Sagradas e as Bebidas: Amarga (de preferência de raízes naturais) e
Doce (utilizar água e adoçante), enfim, preparar tudo antecipadamente,
conforme determina o ritual.

05 - Na circulação do Tronco de Beneficência é função do Orador, de forma


objetiva, explicar o significado desta prática ao novo iniciado. O Orador deve
preparar sua fala de modo que em poucas palavras sintetize a filosofia do Grau
de Aprendiz, e na mesma oportunidade saudar o Iniciado em nome de todos
IIr∴ da Loja, permitindo com isto que na "palavra relativa ao ato" ela fique
integralmente disponível aos convidados.

06 - Os efeitos da Ritualística e da Liturgia em qualquer dos trabalhos


maçônicos somente podem ser sentidos se o ritual for seguido integralmente.
Não se pode suprimir parte do Ritual. Não existe trabalho ritualístico “sem
formalidades”.

07 - O emprego do Malhete por parte do Ven.∴ e VVig∴, deve ser sincronizado,


nítidos e com firmeza, caracterizando atenção e segurança quanto aos
trabalhos. Os VVig∴ devem estar atentos para os momentos de repique com o
Malhete que deverão ser BATIDOS COM FORÇA E FIRMEZA, porem sem
exageros.

08 - O Mestre de Cerimônias, O Guarda do Templo e o Experto, são peças


fundamentais para o desenvolvimento correto dos trabalhos, com toda
formalidade e rigor que exige o Ritual. Devem conhecer todos os
procedimentos ritualísticos previstos para a sessão e dominar com segurança
os textos maçônicos envolvidos na cerimônia.

09 - O traje do candidato é o Terno Escuro (preto ou azul marinho), a camisa


branca, meias pretas, sapatos pretos e gravata preta. No caso de iniciação de
Mulheres o traje da candidata é blazer preto e camisete branca; meias pretas e
sapatos pretos, não necessita o uso de gravata.

10 – INFORMAÇÕES GERAIS:

Prova da Taça Sagrada - Não permitir ao candidato ingerir toda bebida doce,
pois se o fizer, não poderá "esgotar o amargo dos seus restos", como previsto
no Ritual. Tudo deverá ocorrer com moderação, sendo proibido qualquer tipo
de exagero, violência ou brutalidades.
47

Banco das Reflexões - empregar um banco comum, sem encosto e não uma
cadeira. É proibido o uso da tábua com pregos ou similares, bem como cruzar
espadas sobre o assento. O Candidato deve permanecer na Câmara das
Reflexões por alguns minutos em reflexão no mais profundo e absoluto
silêncio.

Viagens - O Experto conduz o Candidato pelo braço durante todo tempo,


transmitindo com este gesto segurança e tranqüilidade.

ATIVIDADES EXERCIDAS PELO EXPERTO

O EXPERTO, como o nome já diz, é o perito da Loja e suas funções são


múltiplas. Este cargo, por tradição, é confiado a um Maçom experimentado que
conhece a fundo os Rituais e a dinâmica do trabalho ritualístico em uma
sessão, principalmente “Magna de Iniciação”, pois o seu papel é essencial em
todas as Cerimônias Maçônicas, sendo executor de todas as decisões
tomadas.

Nas Sessões Magnas de Iniciação cabe ao Irmão Experto (corretamente


paramentado utilizando quando necessário um capuz para não ser reconhecido
e o balandrau preto) a tarefa e o cuidado de receber e preparar o candidato
para que passe pelo cerimonial simbólico da Iniciação, conduzindo-o e
instruindo-o com segurança. Cabe também ao Experto, coibir e proibir
exageros e brincadeiras de mau gosto com o candidato, pois ele merece todo o
nosso respeito.

01 - Recepção do Candidato - o candidato, deve ser introduzido ao prédio da


Loja (preferencialmente já vendado), de modo que não veja, nem identifique a
ninguém, senão o seu introdutor, o Ir.: Experto deverá conduzi-lo a sala do
átrio.

02 - Câmara de Reflexão - Introduzir o candidato a Câmara de Reflexão


previamente preparada pelo Arquiteto. Retirar a venda dos olhos e entregar-lhe
o testamento a ser preenchido e assinado. Orientá-lo para observar
atentamente e refletir sobre os símbolos e dizeres presentes na câmara.

03 - Paramentação do Candidato – Proceder conforme determina o ritual.

04 - Entrada ao Templo – Quando determinado no ritual, coloca-se a ponta da


espada em contato com o peito, de modo que o candidato a sinta espetando.

ATENÇÃO: durante os questionamentos e perguntas, ficar atento para orientar


o candidato, repetindo a questão ou pergunta se necessário for, porem
tomando o máximo de cuidado para “não responder por ele”, ou, "colocar
palavras e respostas na sua boca". As respostas do candidato deverão ser
próprias dele, sem constrangimento, com a maior liberdade e franqueza
possível.

NORMAS GERAIS DE COMPORTAMENTO RITUALÍSTICO

Respeitando as particularidades, os procedimentos e a ritualística específica no


Ritual, relacionamos algumas normas gerais de comportamento ritualísticos
básicos para os trabalhos em Loja.

1 - Não são feitos Sinais quando se circula normalmente pelo Templo, por
dever de ofício ou não.

2 - Os Sinais maçônicos, de ordem e saudação, só são feitos quando o Obr∴


está em pé e parado; assim é um grave erro fazer o Sinal enquanto se anda
pelo Templo (a exceção é a marcha do Grau).

3 - Todos os Sinais maçônicos são feitos com a mão e jamais com


instrumentos de trabalho (Malhetes, Espadas, Bastões, etc.)

4 - Qualquer sessão maçônica deve ser aberta e fechada com todas as


formalidades ritualísticas, pois não é maçônica a sessão aberta e/ou fechada a
um só golpe de malhete, ou com eliminação das principais passagens
ritualísticas, salvo nos casos previstos na legislação maçônica.
48

5 - Não é permitido ao Maçom, paramentar-se no interior do templo; isso


deverá ser feito no átrio, tanto por aqueles que participam do cortejo de entrada
quanto por aqueles que chegam com atraso.

6 - Da mesma maneira, não se deve tirar os paramentos dentro do Templo.

7 - Qualquer Maçom retardatário, ao ter o acesso permitido ao Templo, deverá


fazê-lo com as devidas formalidades do Grau; é errado ele se dirigir ao seu
lugar sem formalidades e sem autorização do Venerável.

8 - Em Loja Simbólica, no Livro de Presenças, só deve constar o Grau


simbólico do Maçom - Aprendiz, Companheiro, ou Mestre - ou a sua qualidade
de Mestre Instalado (que não é Grau), não sendo permitido constar o uso dos
Graus Filosóficos em que ele esteja colado.

9 – Considerando que o Soberano Santuário da Maçonaria Brasileira do Antigo


e Primitivo Rito Egípcio de Memphis-Misraim é autoridade sobre o sistema de
instrução dirigido aos Triângulos Maçônicos, Lojas Maçônicas Simbólicas e
Lojas Maçônicas Filosóficas, é permitido o uso de paramentos de Altos Graus
ou Graus Filosóficos também em Loja Simbólica.

10 - É errada a prática de arrastar os pés no chão como sinal de desaprovação


a um pronunciamento.

11 - Também são errados os estalos feitos com os dedos polegar e médio,


para demonstrar aprovação ou aplauso.

12 - Qualquer Obreiro ao sair do Templo durante as Sessões, deve fazê-lo


andando normalmente e não de costas como muitos fazem, alegando um
pretendido respeito ao Delta.
13 - Não é permitido retirar metais do tronco de Solidariedade durante a sua
circulação. O Tronco deve ser sempre engrossado e nunca esvaziado ou
diminuído por retiradas indevidas.

14 - É errado, ao colocar a sua contribuição no Tronco, o Obreiro anunciar que


o faz por ele e por Irmãos ausentes ou Lojas, pois a contribuição é sempre
pessoal e presencial.

15 - A formação da Cadeia de União, exige absoluto silêncio e postura ereta;


assim, é um erro arrastar os pés e/ou balançar o corpo ou os braços nessa
ocasião.

16 - Independentemente do Grau em que a Loja esteja funcionando, o Obreiro


que chegar atrasado à Sessão deverá dar somente três pancadas na porta.

17 - O Guarda do Templo, quando não puder dar ingresso, ainda, a um irmão


retardatário, responderá com outras três pancadas no lado interno da porta.

18 - Não pode haver acúmulo da Sessão de Iniciação com qualquer outra


ritualística, a não ser a de filiação.

19 - A circulação ordenada no Templo, no espaço entre as Colunas do Norte e


do Sul é feito no sentido horário, circundando o painel do Grau.

20 - No Oriente não há padronização da marcha.

21 - Nos Templos que possuem degraus de acesso ao Oriente (que não são
obrigatórios), os Obreiros devem subi-lo andando normalmente e não com
passos em esquadria. O Mesmo assunto deve observar o Orador que ao dirigir-
se ao centro da loja para abertura do V.L.S.’. deve andar normalmente,
(somente realizar a esquadria quando necessário) e não andar com todos os
passos em esquadria.

22 - O Obreiro que subir ao Oriente, deve fazê-lo pela região Nordeste (à


esquerda de quem entra), saindo, depois, pelo Sudeste (à esquerda de quem
sai).
49 23 - Aprendizes e Companheiros não podem ter acesso ao Oriente que é o
fim da escalada iniciática, só acessível aos Mestres. Da mesma maneira, os
Aprendizes não devem ter acesso à Coluna dos Companheiros.

24 - Nas Sessões abertas ao público (Sessão Pública e não Sessão Branca


como se emprega erradamente), os homens sentam-se, preferencialmente, na
Coluna da Força - Norte, e as mulheres, na Coluna da Beleza – Sul.

25 - Nas Sessões abertas ao público (Sessão Pública) não é permitido correr


o Tronco de Beneficência entre os “profanos”, preferencialmente não circular a
Bolsa.

26 - Nenhum Obreiro pode sair do Templo sem autorização do Venerável.

27- Se o Obreiro for sair definitivamente do Templo, deverá, antes, colocar a


sua contribuição no Tronco de Beneficência, e entre colunas fazer a saudação
ao Ven∴ e VVig∴, sempre acompanhando o M∴ de Cer∴.

28 – Após Abertura da Loja, o G.T.’., só sairá se alguém bater à porta do


Templo. Se algum Obreiro for sair definitivamente do Templo o M∴ de Cer∴
acompanha-o até a saída. Nesses casos específicos,.o G.T.’. somente abre e
fecha a porta da Loja.

29 - Sempre que um maçom desconhecido apresentar-se à porta do Templo


ele deverá ser telhado pelo Ir.’. Experto. Telhar é examinar uma pessoa nos
Toques, Sinais e Palavras, cobrindo-se o examinador contra eventuais fraudes
(telhar é cobrir, claro); o termo é confundido com Trolhar que significa passar a
trolha, aparando as arestas (apaziguando irmãos em eventual litígio). O termo
certo, para o exame descrito é telhamento (trolhamento nesse caso, é
incorreto) e, é por isso que o Ir.’. Experto é, também chamado “em nosso rito e
muitos outros” de Cobridor ou Telhador (nos países de língua inglesa é o Tiler;
nos de língua francesa é o Tuileur; na Itália é o Tegolatore; e assim por diante).

Deve-se também durante o telhamento, solicitar a documentação maçônica


(Carteira de Identificação Maçônica com data de validade em vigor ou
documento similar) e profana (Carteira de Identidade) para se verificar a
regularidade do visitante bem como da Obediência e Loja Maçônica à qual
pertencer.

30 - A hora em que os Maçons simbolicamente iniciam os seus trabalhos, é


sempre a do meio-dia porque esse momento do dia tem um grande significado
simbólico para a Maçonaria: é a hora do sol a pino, quando os objetos não
fazem sombra; assim, é o momento da mais absoluta igualdade, pois ninguém
faz sombra a ninguém.

31 - A maneira maçônica correta de demonstrar em Loja, o pesar pelo


falecimento de um irmão é a bateria fúnebre, ou bateria de luto: três pancadas
em surdina (ou surdas), dadas com a mão direita, sobre o antebraço esquerdo
(surdina é uma peça que se coloca nos instrumentos para tornar surdos, ou
abafados os seus sons; em surdina, significa: com som abafado). O tradicional
minuto de silêncio é homenagem “profana”.

32 - Os Obreiros com assento no Oriente “têm o direito”, se assim desejarem,


de falar sentados.

33 - Irmãos visitantes (desconhecidos de alguém do quadro da loja), só são


recebidos após a Ordem do Dia, não devendo, também participar das
discussões de assuntos privativos da Loja.

34 - Um obreiro do Quadro, se chegar atrasado à Sessão, não poderá


ingressar durante a abertura Ritualística.

35 - Não é permitida a circulação de outros Troncos cuja finalidade não seja a


de beneficência.

36 - Em qualquer cerimônia em que sejam usadas velas, elas serão sempre


apagadas com abafador e não soprando a chama.
50 37 - Só o Venerável Mestre ou outro Mestre Instalado é que pode fazer a
sagração do candidato à iniciação, à Elevação ou à Exaltação. Também só um
Venerável ou outro Mestre Instalado é que pode tocar a Espada Flamejante,
símbolo do poder de que se acham revestidos, ao fazer a sagração.

38 - Só o Maçom eleito para o Veneralato de uma Loja é que pode receber a


dignidade de Mestre Instalado, depois de passar pelo Ritual de Instalação.

39 - O certo é Aclamação e não exclamação.

40 - Depois que a palavra circulou pelas Colunas e está no Oriente, se algum


Obreiro das Colunas quiser acrescentar algo, deverá solicitar ao seu Vigilante
que a palavra volte a elas; se o Venerável concordar, haverá todo o giro
regulamentar de novo. Não se justificam os famosos pedidos “pela ordem”,
para falar sobre o mesmo assunto, pois esse pedido é apenas uma questão de
ordem que só deve ser levantada para o encaminhamento de votações e para
chamar a atenção para eventuais alterações da ordem dos trabalhos.

41 - Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra Coluna ou até
para o Oriente durante as discussões de assuntos em Loja, para fazer uso da
palavra, para réplicas ou para introduzir um novo enfoque da questão. Nesses
casos, o correto é que a palavra volte as colunas e faça o seu giro normal, para
que o assunto torne-se esgotado e fique definitivamente esclarecido.

42 - Durante as Sessões de Iniciação não pode ser dispensada nenhuma


formalidade Ritualística em função da crença religiosa do candidato; isso, em
relação principalmente à genuflexão, que muitos acham que pode ser
dispensada se a crença do candidato não permití-la. O que deve ser feito antes
da aceitação do candidato é o padrinho ou os sindicantes avisá-lo dessa
exigência do Rito, para que ele possa apresentar sua proposta a outra Oficina,
cujo Rito não exija a genuflexão.

43 - Não é necessário o Aprendiz ser impedido de falar, em Loja, já que é só


simbólico o seu impedimento de fazer uso da palavra, já que em qualquer
sociedade iniciática, o recém-iniciado, simbolicamente, só ouve e aprende, não
possuindo, ainda, nem os meios e nem o conhecimento para falar. Esse
simbolismo é mais originado do mitraismo persa e do pitagorismo.
44 - Não existe um tempo específico para a duração de uma Sessão
maçônica, “embora o aconselhável seja duas horas”, já que dependendo dos
assuntos a serem tratados, ela poderá durar mais ou menos tempo. Qualquer
limitação do tempo de duração das Sessões é medida arbitrária, pois cerceia a
liberdade dos membros do Quadro, impõem restrições à Loja e interfere na sua
soberania, quando tal medida é tomada pelas Obediências. Os Obreiros é que
devem ter discernimento para evitar perda de tempo com assuntos irrelevantes;
o Venerável também tem que ter discernimento para evitar que a Sessão se
estenda sem motivo justificado. Mas isso é uma decisão da Oficina e não pode
ser medida imposta pela Obediência. O ideal, porém, é que todas as sessões
ordinárias tenham início pontualmente às 20hs.

45 - Não é permitida a presença de imagens de santos, ou símbolos religiosos,


no templo, para não interferir com a crença pessoal dos OObr∴; são permitidos,
apenas, os símbolos alusivos ao G∴A∴D∴U∴, como o Delta Radiante. Errado é,
portanto, colocar no Templo, imagens de S. João Batista, S. João Evangelista,
S. Jorge, etc. Todavia, é permitida a presença de representações de Zeus
(Júpiter dos romanos), ou Atena (Minerva dos romanos), para o Ven∴, Ares
(Marte dos romanos), para o 1º Vig∴ e Afrodite (Vênus dos romanos) para o 2º
Vig∴, pois, além da assimilação aos atributos desses cargos, esses são deuses
da mitologia greco-romana, que hoje não representam mais qualquer grupo
religioso.

46 – Tanto na circulação da Bolsa das Prop∴como na Bolsa de Beneficência, o


Oficial designado (Hospit∴, ou M∴ de CCer∴) deverá apresentar o recipiente,
alargando-lhe a boca e virando a cabeça discretamente, para o lado. O Obr∴,
sentado e sem qualquer sinal, colocará a sua mão fechada na sacola,
retirando-a aberta (no caso do Tronco, principalmente, para que fique em
segredo a sua contribuição).

47 - A Cerimônia de Incensação do Templo é permitida antes da abertura da


sessão ou conforme determina o ritual. Porém a incensação é obrigatória, a
loja poderá adotar a melhor forma.

51 48 - Quando um Apr∴ tiver que apresentar algum trabalho (para aumento de


salário, geralmente) ele deverá fazê-lo de seu lugar, na Coluna, e não do Or∴,
que lhe é vedado, ou Entr∴ CCol∴, local que tem uso específico.
49 - O uso da palavra “Entre Colunas” é específico: caso algum Obr∴, que
tenha o Grau de Mestre Maçom, seja flagrantemente, impedido de falar - ou
ignorado, em seu pedido - pelo Vig:. de sua Col∴, num flagrante desrespeito
aos seus direitos, poderá colocar-se Entr∴ CCol∴, de onde pode pedir a palavra
diretamente ao VM∴ e onde não pode ser interrompido, ou ter a palavra
cassada, a não ser que se comporte sem o decoro exigido de um Maç∴,
principalmente de um Mestre Maçom.

50 - O único membro do Quadro de uma Loja que, se chegar atrasado, tem o


direito de ser recebido com formalidades, com todos os OObr∴ de pé e à ordem
- é o Venerável. Porém é também o VM∴ que deve ser exemplo aos OObr∴,
evitando atrasos. Pelo contrário, deve o VM∴ sempre chegar algumas horas
antes para organizar os assuntos e preparar melhor a sessão.

51 - Em LLoj∴ simbólicas, são consideradas autoridades maçônicas os


portadores de cargos em altos corpos simbólicos ou filosóficos - do Executivo,
do Legislativo e do Judiciário - além de VVen∴ e ex-VVen∴

52 - Durante os trabalhos os Sinais são: o de Ordem e a Saudação. Inclinação


de cabeça ou tronco não são Sinais Maçônicos.

53 - Durante as Cerimônias de Iniciação é expressamente proibido se utilizar


de práticas que possam comprometer a integridade física e psíquica do
candidato, tais como: tábua de pregos, arame farpado, prova da coragem,
visita a cemitérios, passeio em porta malas, entre outros exageros que não
fazem parte do cerimonial.

Encontros festivos

As reuniões com características festivas envolvem além dos maçons e as suas


famílias, as autoridades públicas e as pessoas ilustres da sociedade local e por
essa causa as formalidades devem ser conduzidas com muita habilidade.

Estes encontros podem acontecer nas seguintes ocasiões:


• Reuniões domiciliares; • Atividades cívicas, esportivas e culturais; •
Banquetes em local público.

Reuniões domiciliares - Festa de aniversários e encontros fraternais

Qualquer que seja o motivo destas reuniões, se forem realizadas em nome da


loja ou de outro poder da obediência, inclusive das organizações para-
maçônicas, é obrigatório obedecer as formalidades. Mesmo nas festas de
aniversários de irmãos, cunhadas e sobrinhos, quando é festa oficial, devem
ser observados os procedimentos aqui mencionados.

É melhor que o início do cerimonial aconteça logo que chegarem os últimos


convidados. Na primeira providência, o Mestre de Cerimônias da Loja escolhe
um lugar destacado à frente de todos e daí anuncia o motivo da festa e
oficialmente abre a reunião. Em seguida forma o quadro das autoridades
maçônicas, convidando-as para se colocarem à frente, na seguinte ordem: os
Vigilantes, e as autoridades maçônicas presentes. Finalmente chama o
Venerável Mestre da Loja. Se o Grão-Mestre estiver presente este é o último a
ser chamado. Após convida o Orador para fazer uma prece de abertura, em
nome de Deus – o G.A.D.U.’.

52 Feita a prece, o Mestre de Cerimônias convida um irmão do quadro para


falar em alusão ao ato, em nome da Loja. Em seguida fala o Venerável Mestre
da Loja e por último, como é tradição, o discurso do GrãoMestre.

O Mestre de Cerimônias da Loja encerra as formalidade em seguida ao


discurso Venerável Mestre da Loja ou do Grão-Mestre (se estiver presente), e a
festa continua sem necessidade de qualquer outra interferência oficial.

Atividades cívicas, esportivas e culturais


O hasteamento da Bandeira Nacional em atividades Cívicas obedece as
normas peculiares: 1. A Bandeira do Brasil no centro. 2. À esquerda, a
Bandeira do estado. 3. A direita, a Bandeira do Município e à sua direita a
Bandeira da Grande Loja.

Essa regra serve para todas as atividades em que acontece o hasteamento de


bandeiras. O Hino Nacional é executado durante o hasteamento do Pavilhão
Nacional.

A Bandeira Nacional nestas atividades é hasteada às 8:00 e arriada às 18:00


horas. Para que o Pavilhão Nacional possa ficar hasteado também à noite é
necessário que ele seja perfeitamente iluminado durante este período.

Banquetes em Local Público

A ABERTURA

O Parlatório deve ser montado de frente para o salão e ao lado da mesa das
autoridades. Quem for usar da palavra não pode ficar de costas para esta
mesa.

O Mestre de Cerimônias da Loja sobe ao palco e abre oficialmente o encontro


em nome de Deus – o G.A.D.U.’. , após saúda os presentes e faz uma breve
explicação sobre o motivo da solenidade.

O ambiente formado para a realização dos banquetes será composto de mesas


em forma da letra "U",com a parte oriental reservada para as autoridades
maçônicas e suas respectivas esposas, sendo que as duas "pernas" das
mesas serão ocupadas pelos demais irmãos, cunhadas e convidados,
acompanhados de suas famílias.

O Mestre de Cerimônias convida o irmão Porta- Estandarte para conduzir o


Estandarte da Loja e levá-lo ao pedestal já colocado atrás ou ao lado da mesa
das autoridades, de acordo com o espaço disponível. Após a colocação do
estandarte respectivo, retorna ao seu lugar no salão.
Antes da formação da mesa das autoridades, os Portas-Espadas devem se
colocar no lugar adequado para formar a abóbada de aço na passagem dos
irmãos com cargos importantes e suas esposas. Os portasEspadas devem
estar vestido com o terno preto, sapatos e meias pretas, camisa branca e
gravata preta, luvas brancas.

Os Portas-Espadas devem se colocar estrategicamente para que todas as


autoridades da mesa principal passem sob a abóbada de aço.

A espada estará sempre na sua mão direita: quando estiver em movimento a


ponta da espada deve ficar com a ponta para o chão, junto a sua perna direita.
Quando o porta-espada estiver parado e a abóbada não formada, a espada
repousa sobre o ombro direito.

Esta posição só muda quando é formada a abóbada de aço, com a ponta da


espada cruzada com a do outro porta-espada à sua frente.

Todos os Portas-Espadas permanecerão nesta posição até a passagem das


autoridades.

53

A comissão de Portas-Espadas deve ficar atenta para que a abóbada de aço


seja formada antes da aproximação das autoridades.

Deve ser tomado todo o cuidado para que ninguém se machuque durante o
movimento das espadas. O movimento com as espadas deve ser feito de forma
sincronizada e com expressão no início e no fim de cada movimento com as
mesmas.

Após a recepção às autoridades, a comissão de Portas-Espadas retornam em


fila para os seus lugares de origem, com as espadas apontadas para o piso.

A Composição da Mesa Principal


Depois que todos os irmãos, cunhadas e convidados estão instalados em seus
lugares, o Mestre de Cerimônias convida as autoridades para tomarem assento
nos lugares que lhes foram reservados juntamente com as suas respectivas
esposas.

As autoridades não maçônicas são as primeiras a serem chamadas para tomar


os seus lugares à mesa principal. Um irmão designado deve estar próximo à
mesa para indicar à autoridade o seu lugar.

As autoridades maçônicas quando convidadas a ocupar seus lugares são


recebidas com palmas.

Para a entrada da maior autoridade maçônica presente à solenidade como o


Grão Mestre, autoridades do Poder Central ou o Venerável Mestre da Loja, o
Mestre de Cerimônias solicita que todos fiquem de pé e anuncia: "Irmãos,
cunhadas, sobrinhos e convidados, temos a honra de chamar agora a maior
autoridade maçônica presente, o (cargo que exerce), venerável irmão...".

Só existe uma exceção que justifica a entrada de irmão depois da maior


autoridade maçônica: na iniciação de novos obreiros. Nessas ocasiões quando
os novos maçons são recebidos não por parte, mas por toda a congregação de
irmãos.

Nas festas de iniciação os iniciados com suas esposas, (se forem casados),
aguardam fora do recinto do banquete o chamado do Mestre de Cerimônias.

O Mestre de Cerimônias solicita a um irmão do quadro que acompanhado por


sua esposa, conduza o novo iniciado e sua esposa (se for casado), para a sua
cadeira.

A condução é feita com o irmão de braços dados coma nova cunhada e o novo
irmão da mesma forma, entra de braços dados com a cunhada mais antiga.

A Entrada da Bandeira Nacional


Em seguida à formação da mesa e a entrada dos iniciados, o Mestre de
Cerimônias convida o Porta- Bandeira para ingressar no recinto da reunião com
a Bandeira Nacional.

O Porta-Bandeira deve estar de terno preto com gravata preta e luvas brancas.

A Bandeira Nacional é conduzida já instalada em seu mastro, para evitar a


formalidade de ter de dobrála. O mastro com a Bandeira é colocado sobre o
ombro direito e seguro com ambas as mãos.

Com o corpo aprumado entra no ambiente da reunião ao som do Hino Nacional


e com passos cadenciados vai até o pedestal estrategicamente colocado à
frente das mesas do salão: atrás ou ao lado da mesa das autoridade e ali
instala a Bandeira.

As outras bandeiras como a do Estado, do Município e do Grande Loja já


devem estar colocadas em seus respectivos lugares.

54 Após a instalação do Pavilhão Nacional o Mestre de Cerimônias convida os


irmãos a usarem da palavra na ordem de costume.

Uso da Palavra: 1. O Aprendiz (com maior tempo de iniciação) da Loja deve ser
escolhido para usar da palavra em nome dos novos iniciados, quando for festa
de iniciação; 2. A autoridade não maçônica; 3. Um irmão (Mestre-Maçom) do
quadro de obreiros escolhido para falar com tema alusivo ao ato; 4. Mestres
Maçons visitantes de outra Obediência; 5. O Venerável Mestre da Loja; 6. As
autoridades do Poder Central. 7. O Soberano Grão-Mestre.

O Banquete

Depois de encerrado o uso da palavra é servido o almoço ou jantar.


O Encerramento da Solenidade

Posteriormente ao almoço ou jantar, o Mestre de Cerimônias convida os irmãos


para a solenidade de encerramento.

O Porta-Bandeira é convidado a retirar o Pavilhão Nacional com a saudação de


praxe:

"Bandeira do Brasil, que acabas de assistir os nossos trabalhos; inspira-nos


sempre com a tua divisa Ordem e Progresso, fonte asseguradora da
fraternidade e da Evolução, ideais supremos da humanidade na sua marcha
infinita através dos séculos."

"Recebe dos obreiros maçons, aqui reunidos, o compromisso de fidelidade


maçônica na defesa dos supremos interesses do grande País que és símbolo
augusto pleno de generosidade e nobreza."

O Final

O Mestre de Cerimônias encerra oficialmente o ato agradecendo a presença de


todos, em nome de Deus, o Grande Arquiteto do Universo.
É proibida a reprodução total ou parcial deste documento, nem a recopilação
em um sistema informático, nem a transmissão por qualquer forma ou por
qualquer meio, por registro ou por outros métodos, sem a permissão prévia e
por escrito do Soberano Santuário da Maçonaria Brasileira.

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