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RITUALISTICA
RITUALISTICA
O Templo
De forma profana entende-se por templo : “do Latim Templu., qualquer lugar
ou edifício erigido em honra de uma divindade; edifício público destinado ao
culto religioso; igreja; sala em que se celebram as sessões da maçonaria;
nome de uma ordem militar e religiosa; fig., lugar misterioso e respeitável.”
Contudo para nós iniciados “Templo” não se refere apenas a um lugar físico
delimitado da matéria, mas a sua conjunção com a egrégora universal. Não
pode apenas um edifício ser ornado e nomeado templo sem que a devida
consagração, participação e zelo de IIr.·. façam-se presentes. No inicio os
maçons operativos se reuniam em assembléias denominadas “Oficinas”, com o
passar do tempo e tornando-se a maçonaria especulativa começou-se a
empregar o termo “Loja”. A loja deriva da expressão usada para definir a lona
cinza a qual os artífices se reuniam no canteiro de obras, em tempos
ancestrais, o alojamento de obreiros. Podemos ainda tomar como interpretação
de loja o termo sânscrito “Loga”, que denomina mundo. Podemos ainda
encontrar a definição de templo no latim “Fanum” que significa sagrado, desta
palavra também se origina a denominação dos não iniciados “Profanum” ou
“profanos” os que não tiveram a iluminação.
A Harmonia que deve reinar no átrio serve como filtro para barrar, antes da
reunião da Loja, as más influências recebidas do mundo exterior, pois no dia-a-
dia de cada um, a ansiedade e os problemas comuns do cotidiano geram
preocupações, às vezes excessivas, e estas desarmonizam a Loja, gerando
conflitos e contendas desnecessários. Por essas causas deve reinar silêncio
absoluto no átrio.
O átrio é uma sala conveniente contígua à loja, (entre a Sala dos Passos
Perdidos e à Loja), e por esse motivo é também evidente que devemos manter
postura adequada na Sala dos Passos Perdidos para desse modo não quebrar
a harmonia dos irmãos que já estiverem preparando-se, em silêncio, no átrio.
Os cumprimentos entre irmãos, indispensáveis em qualquer ocasião e que
devem ser sempre afetuosos e fraternos, podem ser feitos com modos
discretos em tom baixo, para não distrair a atenção dos irmãos que no átrio, se
dedicam ao estudo de suas lições e se preparam para a reunião ritualística que
acontecerá em seguida, no interior do Templo.
O Átrio
Jóias Móveis
Dos trajes
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A Prece no Átrio
O Orador tem por função o conhecimento ritualístico, para tanto cabe o mesmo
guardar, explicitar e observar a liturgia ritualística. Em alguns ritos o mesmo é
conhecido como Capelão, mas sua função é idêntica. O Orador também zela
pela harmonia nas dependências do templo.
“A união é a força e nesse momento vamos somar com quem estiver ao lado
as vibrações benéficas, visando encontrar após o umbral desta porta, a força e
paz que tanto necessitamos”.
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Ao chamado do M∴ de CCer∴, os IIr∴ adentram no templo, pelo Norte indo
todos ocupar seus respectivos lugares, tanto no Ocidente como no Oriente,
permanecendo em pé, em silêncio e sem o Sinal de Ordem, enquanto o M∴ de
CCer∴entre colunas anunciará a entrada do V∴M∴
ABERTURA RITUALÍSTICA
A CERIMÔNIA DE INCENSAÇÃO
Algumas Lojas realizam a cerimônia de incensação antes da abertura
ritualística. Nesse caso geralmente o V∴M∴prepara toda a incensação auxiliado
ou não por demais IIr∴
• Cabe a loja decidir cumprir o ritual de incensação conforme determina o
manual, ou poderá fazer conforme melhor prática, porém em todas as sessões
a incensação do Templo é obrigatória.
ENTRADA DE VISITANTES
TEMPO DE ESTUDOS
9 Nunca é demais frisar que não deverão ser abordados temas proibidos por
nossas leis, como o políticopartidário e religioso-sectário.
A CIRCULAÇÃO DA BOLSA
A circulação em Loja aberta, trata-se de uma prática que impõe ordem e
disciplina aos trabalhos. É feita sem o Sinal de Ordem no sentido
destrocêntrico, da esquerda para a direita, ou seja, no sentido horário, tendo
como referência o Painel do Grau que está localizado ao centro do Ocidente. O
giro neste sentido, representa o caminho aparente do Sol em redor da Terra.
Os VVig∴ concedem a palavra diretamente ao Ir∴ que dela queira fazer uso,
em suas CCol∴. No Oriente a palavra é solicitada diretamente através do
Ven∴Mestre.
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CADEIA DE UNIÃO
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SAÍDA DOS IRMÃOS VISITANTES
O V∴M∴ solicita ao Orador (ou ele mesmo pode assim proceder), para dirigir
algumas palavras de união e fraternidade maçônica aos IIr∴ VVis∴ e lhes
agradecer pela ajuda e presença nos trabalhos da loja maçônica, após solicita
ao Ir∴ M∴ CC∴, para lhes acompanhar à saída do Templo.
LEITURA DA ATA
A Ata (ou Balaústre) será lida, discutida e aprovada por todos os presentes, na
mesma sessão. Não é permitido deixar a leitura para a próxima sessão. A
Maçonaria determina, conforme lição de Aprendiz, para guardarmos segredo
de tudo que tenha passado, ou venha a ser relato dentro de uma loja, à todo
irmão que nela não tenha estado presente. Portanto nada do que aconteceu na
reunião pode ser revelado a nenhum irmão ausente.
AS CONCLUSÕES DO ORADOR
Por último deve sair o GT∴, após apagar as luzes e fechar o Templo.
OS OFICIAIS
10. COMO SABEIS QUE SOIS MAÇOM? Pela regularidade de minha iniciação,
repetidas provas e aprovações e a boa vontade em submeter-me, em qualquer
tempo, a uma exame, se a ele for regularmente convidado.
11. COMO PROVAIS AOS OUTROS SERDES MAÇOM? Por SS., TT., PP., e
os Perfeitos Passos da minha esquadria.
14. POR QUE RAZÃO UMA LOJA MAÇÔNICA ESTÁ SITUADA DO ORIENTE
AO OCIDENTE? A Primeira é porque a luz do Sol vem do Oriente para o
Ocidente. A Segunda razão é porque as luzes do evangelho da civilização
vieram do Oriente espalhando-se no Ocidente. A terceira é referente à Tenda
ou Tabernáculo que Moisés erigiu no ermo, por ordem Divina, e que estava
orientado na direção Oriente ao Ocidente.
A que alude ele? À tradiç. penalidade do meu jr. e significa que, como homem
honrado e como maçom, preferirei ter m. g. c. de o.a o. a indev. rev. os ss. que
me forem confiados.
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T. A...
QUE SE FAZ EM V. LOJ.? Levanta-se tt. às vvirt. e cav.-se mmasm. aos vv.
QUE VINDES AQUI FAZER? Vencer minhas pp., submeter mm. vont. e fazer
nn. pprogr. na F. M. estreit. os llac. de frat. que nos u. como vverd. Ilr.
QUE DESEJAIS? Um lug. ent. vós. - Este vos é concedido meu Ir.
A LARGURA? Do N. ao S.
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COMO É DADA A PALAVRA? De uma maneira singular, com toda cautela, foi
isso que me ensinaram em minha iniciação. Nunca dando-a por extenso, e sim
por letras ou sílabas.
O cinzel serve para polir e preparar a pedra, tornando-a pronta para ser
manejada por operário mais destro, o cinzel chama nossa atenção para as
vantagens da educação, por cujos meios, apenas, nos tornamos dignos
membros da sociedade regularmente organizada.
A MAÇONARIA SEMPRE FOI CONSTITUÍDA DE TODAS AS CLASSES
SOCIAIS? Não. Antes, em datas primordiais, era composta apenas de
operários de diversas artes; no entanto, devido a sua força e valor, os reis,
monarcas e nobres decidiram cooperar em sua grandeza, trocando o cetro pela
trolha, e em comum trabalhavam em nossas oficinas, em verdadeira igualdade
fraterna.
V.M∴ ∴∴ ∴ Meus IIr∴, de acordo com os preceitos que nos regem, vamos
proceder à preleção do grau, destinada, especialmente, aos nossos IIr∴
AApr∴e recordar nossos conhecimentos.
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Do mesmo modo que os antigos sábios egípcios, para subtrair seus segredos e
mistérios aos olhos dos profanos, ministravam seu ensino por meio de
símbolos, a Maçonaria, continuando a tradição egípcia, encerra seus
ensinamentos e filosofia em símbolos, pelos quais oculta suas verdades ao
mundo profano, só as revelando àqueles que ingressam em seus Templos.
20 Isto não quer dizer que ele deve se despojar em absoluto de tudo o que
possui e adquiriu como resultado de seus esforços, mas que unicamente deve
parar de dar a essas coisas a importância primária que pode fazer de si um
escravo ou servidor das mesmas, e pôr sempre em primeiro lugar, acima de
toda consideração material ou utilitária, a fidelidade aos Princípios e às razões
espirituais. Trata-se, conseqüente e essencialmente, do despojo de todo apego
às considerações e laços exteriores, com o objetivo de que possamos enlaçar-
nos com nossa íntima realidade interior e abrir-nos para a sua expressão
sempre mais livre, plena e perfeita.
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Sabedoria, Força e Beleza, nada mais são que a velha Trilogia que ornava os
antigos Templos iniciáticos: Fé, Esperança e Caridade, virtudes morais que
devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser humano, principalmente do
Maçom, que não se esquecerá, jamais, de depositar Fé no G∴ A∴ D∴ U∴,
Esperança, no aperfeiçoamento moral e Caridade para com os seus
semelhantes. A Fé é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará
a termo; a Esperança é a Força do espírito, amparando-o e animando-o nas
dificuldades encontradas no caminho da Vida, e a Caridade é a beleza que
adorna o espírito e o coração bem formado, fazendo com que neles se
abriguem os mais puros sentimentos humanos.
As Jóias da Loja são três móveis e três fixas. As móveis são: o Esquadro, o
Nível e o Prumo, assim chamadas porque são transferidas a cada mandato aos
novos Veneráveis e Vigilantes, com a passagem da Administração. As fixas
são a Prancheta da Loja, a P∴ B∴ e a P∴ P∴ A Prancheta da Loja serve para o
Mestre desenhar e traçar, o que, simbolicamente, exprime que o Mestre guia
os AApr∴, no trabalho indicado por ela, traçando o caminho que eles devem
seguir para o aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos trabalhos da
Arte Real. Chamam-se fixas estas jóias porque permanecem imóveis em Loja
como um Código de Moral, aberto à compreensão de todos os Maçons.
VM.: Ir.: S.V.: tendes o uso da palavra para informações adicionais ao novo
irmão aprendiz.
1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque, além dos órgãos do nosso ser material, o ente Supr∴
nos dotou de inteligência, que nos faz discernir o Bem do Mal.
VEN∴ ∴∴ ∴ - Como livre? Admitis, por ventura, que o homem possa viver na
escravidão?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Não, Ven∴ Mestre. Todo homem é livre; porém, está preso a
entraves sociais, que o privem, momentaneamente de parte de sua liberdade e,
o que é pior, o torna escravo de suas próprias paixões e de seus
2º VIG∴ ∴∴ ∴- Não sei lê-la nem pronunciá-la, Ven∴ Mestre, por isso, não vo-la
posso dar S∴S∴
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2º VIG∴ ∴∴ ∴- Porque ela caracteriza o primeiro grau de iniciação, que é o
emblema do homem e da sociedade na fase da ignorância, quando o estudo e
as artes, pôr deficiência das faculdades intelectuais, ainda não lhe são
conhecidos. Assim, o Apr∴ recebe primeiro para dar depois.
VEN∴ ∴∴ ∴ Dai ao Ir∴ Exp∴ a P∴ S∴ e o T∴, para que ele transmita ao irmão
aprendiz.
• Ir.: Exp.: levanta-se, dirige-se ao Ir.: 2º VIG.: e recebe a P.: e o T.: que leva ao
aprendiz.
2º VIG∴ ∴∴ ∴ - Porque ele nos lembra que o homem nasceu para o trabalho e
que todo Maçom deve trabalhar incessantemente para a descoberta da
Verdade e para o aperfeiçoamento da Humanidade.
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VM.: Ir.: S.V.: tendes o uso da palavra para informações adicionais ao novo
irmão aprendiz.
• Executa.
TOLERÂNCIA
Sob nosso controle estão nossas opiniões, aspirações, desejos e as coisas que
causam repulsa ou desagradam. Essas áreas são justificadamente da nossa
conta porque estão sujeitas à nossa influência direta. Temos sempre a
possibilidade de escolha quando se trata do conteúdo e da natureza de nossa
vida interior.
Fora de nosso controle, entretanto, estão as coisas como o tipo de corpo que
temos, se nascemos ricos ou se tiramos a sorte grande e enriquecemos de
repente, a maneira como somos vistos pelos outros ou qual é a nossa posição
na sociedade. Devemos lembrar que essas coisas são externas e, portanto,
não dependem de nós. Tentar controlar ou mudar o que não podemos só
resulta em aflição, angústia e sofrimento.
30 concentre em combater as coisas ao seu alcance e que não são boas para
você. Faça o possível para ser dono de seus desejos. Porque, se deseja algo
que está fora de seu controle, sem dúvida o resultado será uma decepção.
Enquanto isso, você poderá estar negligenciando as coisas que estão sob seu
controle e que valem a pena desejar. É claro que existem ocasiões em que, por
questões práticas, você precisa correr atrás de alguma coisa e deixar outra de
lado, mas faça isso com graça, finura e flexibilidade.
Quando algo acontece, a única coisa que está em seu poder é a atitude com
relação ao fato. Suas alternativas são: a aceitação ou o ressentimento. O que
realmente nos assusta e desanima não são os acontecimentos externos em si,
mas a maneira como pensamos a seu respeito. Não são as coisas que nos
perturbam, mas a forma como interpretamos seu significado.
HARMONIZAÇÃO
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2º VIG∴ ∴∴ ∴ – Que eles devem morrer para a Maçonaria, ou seja, que depois
de terem sido legalmente julgados pelo comitê encarregado das demissões,
seus nomes sejam cortados do Livro de Arquitetura e queimados nos Templos
e as cinzas jogadas ao vento, de forma que sua memória, sepultada pelo seu
crime, seja rechaçada por todos e ignorada pelo homens de boa vontade e
pelos maçons de todo o mundo.
VEN∴ ∴∴ ∴ – Ir∴ 1º Vig∴, entre mim e vós existe alguma cousa?
1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Sim, Ven∴ Mestre, um culto.
VEN∴ ∴∴ ∴ - Que culto é esse?
1º Vig∴ ∴∴ ∴ - Um segredo.
1º VIG∴ ∴∴ ∴ - A Maçonaria.
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1º VIG∴ ∴∴ ∴ - Força e Apoio.
VEN∴ ∴∴ ∴ - Que é preciso para que uma Loja seja justa e perfeita?
VM.: Ir.: S.V.: tendes o uso da palavra para informações adicionais ao novo
irmão aprendiz.
Que se faz em vossa loja? Levanta-se tt. às vvirt. e cav.-se mmasm. aos vv.
Que vindes aqui fazer? Vencer minhas pp., submeter mm. vont. e fazer
nn.pprogr. na F.M., estreit. os llaç. de frat. que nos u. como vverd. IIr.:
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Apesar de não estar sob nosso controle determinar o tipo de papel que nos é
atribuído, cabe-nos representar da melhor maneira possível e procurar não
reclamar, não ser negativo. Onde quer que você esteja e quaisquer que sejam
as circunstâncias, procure apresentar um desempenho impecável.
Você se torna aquilo que pensa. O que pensais passais a ser. Evite atribuir
supersticiosamente aos acontecimentos poderes ou significados que eles não
possuem. Mantenha a cabeça firme. Nossas mentes se não devidamente
ocupadas estão sempre tirando conclusões, inventando e interpretando sinais
que não existem de fato.
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VEN∴ ∴∴ ∴– Por que sete a fazem justa e perfeita?
1º VIG∴ ∴∴ ∴ – Por que estes são os sete oficiais principais da Loj∴ e porque
este número contém em si grandes e sublimes mistérios. Ao projetar a Luz
branca sobre um delta em forma de prisma, ela se descompõe em sete cores;
cada cor corresponde a uma vibração de luz determinada, cada vibração
corresponde a uma nota da escala musical, e cada som rege um circuito
orgânico desde a medula espinhal. Além dos sete oficiais que fazem uma Loj∴
Justa e Perfeita, representam também os sete dias que o Todo-Poderoso levou
para criar o Universo, e os sete anos que foram necessários para construir o
Templo de Salomão. Indica também as sete esferas celestiais, correspondendo
aos sete dias da semana. Por fim, as propriedades do número são tantas, que
os antigos proclamavam que ele governava o Universo.
VEN∴ ∴∴ ∴ - Ir.: S.V.:, como se compõe uma Loj∴?
2º VIG∴ ∴∴ ∴ - A de um quadrilongo.
VEN∴ ∴∴ ∴ Por que razão está nossa Loja situada do Oriente ao Ocidente?
VEN∴ ∴∴ ∴-Que solidariedade, então, é a que deve existir entre nós, Ir∴ 1º
Vig∴?
1º VIG∴ ∴∴ ∴- Sem boas e justas razões, não. Nossa Ordem nos ensina a amar
a Pátria e a sermos bons cidadãos. Não o seríamos, nem nos poderíamos
julgar merecedores desse nobre título e da confiança de nossos IIr∴, se ao bem
público antepuséssemos os interesses de uma pessoa menos apta ou menos
digna de trabalhar pelos interesses da Sociedade e da Pátria.
1º VIG∴ ∴∴ ∴- São afirmações dos que, não conhecendo a razão das coisas,
julgam incondicional nossa solidariedade. Se há MMaç∴ que galgam posições
elevadas e de grandes responsabilidades sociais, a razão se oculta,
evidentemente, no seguinte: nossa Ordem não acolhe profano, sem, antes,
examinar-lhe sua inteligência, caráter e probidade de homens livres e bons
costumes. Daí, é natural que da nossa Ordem surjam cidadãos que se
destaquem pôr suas qualidades pessoais, tornando-se, assim, dignos de serem
aproveitados na conquista do progresso e da felicidade do povo.
LIÇÕES DA JUSTIÇA:
39 Ser justo significa dar a cada um quanto lhe é devido. Isto se refere aos
bens temporários de natureza material. O melhor exemplo pode ser a
retribuição do trabalho, ou o chamado direito ao fruto do próprio trabalho e da
própria terra. Mas o homem lhe deve também a reputação, o respeito, a
consideração, a fama que mereceu. Quanto mais conhecemos o homem, mais
ele nos revela sua personalidade, seu caráter, sua inteligência e seu coração.
E tanto mais nos damos conta — e devemos nos dar conta! — do critério com
que devemos “medi-lo” e o que significa ser justo com ele. Os maçons praticam
estes princípios nobres uns com os outros, procurando dar a cada operário o
salário que lhe corresponde e, assim, despedi-los sempre do trabalho
contentes e satisfeitos. Por tudo isso é necessário se aprofundar
continuamente no conhecimento da justiça. Não é esta uma ciência teórica. É
virtude, é capacidade do espírito humano, da vontade humana e, inclusive do
coração. A justiça tem muitas implicações e muitas formas. Há também um
modelo de justiça que se refere ao que o homem deve ao Princípio Criador, e
outro que se relaciona com o que se deve a si mesmo. Estes são temas
fundamentais, e que têm de ser ilustrados pela contemplação, pela
transcendência, pelo estudo e pelo debate, que constituem o marco mais
apropriado para a instrução.
NADA... Conta-se que perguntaram a Pitágoras, após ter sido iniciado nos
mistérios, o que tinha visto no Templo, tendo ele respondido simplesmente:
NADA. Se Pitágoras, ao sair do Templo Egípcio não tinha visto “nada”,
descobriu que era em si mesmo que não tinha visto “nada mais” que desejos e
ilusões. Foi então que começou seu caminho para a sabedoria.
Ainda que saía de nosso convívio, sua decepção o segue. E ainda que não o
confesse, não deixará de pensar, de vez em quando, que, para encontrar algo,
se necessitam de duas coisas: algo que existe e alguém que saiba procurar. Ao
lado do seu orgulho, porque ele não se deixou enganar, estará a constante
inquietude acerca do que terão encontrado os que ficaram e que ele não soube
descobrir. Vê-se, assim, posto frente a frente, como sua própria insuficiência.
Com seu próprio Nada.
Se for sincero consigo mesmo, reconhecerá que onde não encontrou nada foi
em si mesmo. Este é o ponto onde começa a germinar a idéia Maçônica. Se o
irmão chegar a este ponto, começará a ser Maçom.
O Segredo exigido pela Loja, e que deve sempre ser lembrado os irmãos do
quadro: A Maçonaria determina, conforme lição de Aprendiz, para guardarmos
segredo de tudo que tenha passado, ou venha a ser relato dentro de uma loja,
à todo irmão que nela não tenha estado presente. Portanto nada do que
aconteceu na reunião pode ser revelado a nenhum irmão ausente.
Se, com efeito, supusermos que as coisas materiais são apenas um invólucro
que cobre o invisível, o imaterial; se as considerarmos somente como símbolos
dessa imaterialidade, com mais forte razão os números, concepção puramente
abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois que eles representam, até
certo ponto, a expressão mais imediata das Leis Divinas (e das Leis da
Natureza), compreendidas e estudadas neste mundo.
O Apr∴ Maç∴ não deve se aprofundar no estudo deste número, porque, fraco
ainda do cabedal cientifico de nossas tradições, pode enveredar pelo caminho
oposto ao que deveria seguir.
Esta é, ainda, uma das razões pela qual o Apr∴ Maç∴ é guiado em seus
trabalhos iniciáticos; sua passagem pelo número 2, duvidoso, pode arrastá-lo
ao Abismo da Dúvida.
A nova unidade, porém, não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não
houve intervenção alguma; não é uma unidade idêntica com o próprio número,
como se dá com a unidade primitiva; é uma unidade que absorveu e eliminou a
unidade primitiva, verdadeira, definida e que se tornou unidade de vida, do que
existe por si próprio, do que é perfeito.
VEN∴ ∴∴ ∴- Por que, Ir∴ 2º Vig∴, quando o iniciado penetra no Templo, nada
encontra que se relacione, simbolicamente, ao número um?
2º VIG∴ ∴∴ ∴- Porque, para facilitar o estudo dos números, a Maç∴ faz uso de
emblemas, para atrair a atenção sobre suas propriedades essenciais. E assim
deve ser, porque nada do que é sensível pode ser admitido a representar a
Unidade, mesmo porque só percebemos, fora e em volta de nós, diversidade e
multiplicidade. Nada é simples na natureza; tudo é complexo. No entanto, se a
Unidade não nos aparece naquilo que nos é exterior, parece residir em nosso
íntimo, pois todo ser pensante tem a convicção, o sentimento inato de que é
um.
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2º VIG∴ ∴∴ ∴- Por nossa maneira de pensar, agir e sentir. Nossas idéias,
levadas ao pensamento de um “todo harmônico”, fazem nascer em nós a
noção do “Verdadeiro”. Este é o mais precioso talismã que pode possuir o
iniciado, quando condensa seu ideal no JUSTO, no BELO e no VERDADEIRO.
VEN∴ ∴∴ ∴- E que poderá suceder se, por ventura, estas qualidades estiverem
isoladas?
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VEN∴ ∴∴ ∴- Vede, pois, IIr∴ AApr∴, que todo Maçom que quiser ser digno deste
nome, deve cultivar “igualmente” essas três qualidades, representadas pelos
três pontos (∴ ∴∴ ∴), que apõe a seu nome, quais as três estrelas que brilham
ao Or∴ da Loja. Ir∴ 1º Vig∴, o ternário pode ser estudado sob outros pontos de
vista?
1º VIG∴ ∴∴ ∴- Sim, Ven∴ Mestre. Dentre esses pontos de vista, citarei, apenas,
os principais, que são:
VEN∴ ∴∴ ∴- Como vedes, IIr∴ AApr∴, em toda parte encontra-se o número três,
o Ternário, do qual o Delta Sagrado é o mais humano e o mais puro emblema.
Nas Lojas Maçônicas, o ternário é, ainda, simbolizado pelos três grandes
pilares: SABEDORIA - FORÇA - BELEZA, que representam as Três Luzes,
colocadas: a primeira no Or∴, a segunda no N∴ e a terceira no Sul, de acordo
com a orientação das “Três Portas” do Templo de Salomão. Ir∴ Orad∴, que
letra se vê no centro do Delta?
2º VIG∴ ∴∴ ∴- Três.
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VEN∴ ∴∴ ∴- O que simboliza o sinal gutural?
2º VIG∴ ∴∴ ∴- O juramento que fiz, pois consenti que tivesse minha garg. cort.,
se eu me tornasse indiscreto sobre os assuntos da Ordem.
Uso da Palavra:
Não existe repique, nem aumento do número de batidas para atingir o grau
acima subseqüente. Concedida autorização para adentrar ao Templo, o Ir∴
procederá com toda formalidade, realizando a marcha do Grau e saudando as
Luzes hierarquicamente.
O Candidato após ser preparado, deve estar tranqüilo e confiante. Deve ser
orientado quanto à importância da cerimônia simbólica pela qual vai passar,
onde sua atenção deve ser total em tudo que vai ser falado e perguntado, para
que suas respostas sejam sinceras, espontâneas e naturais. Durante o
desenvolvimento dos trabalhos, deverá ser conduzido com moderação, sendo
proibido usar de violência e excessos. É necessário que o candidato esteja
emocionalmente tranqüilo e equilibrado, totalmente confiante e seguro em
relação ao seu guia e convicto de que está, entre amigos e futuros irmãos.
10 – INFORMAÇÕES GERAIS:
Prova da Taça Sagrada - Não permitir ao candidato ingerir toda bebida doce,
pois se o fizer, não poderá "esgotar o amargo dos seus restos", como previsto
no Ritual. Tudo deverá ocorrer com moderação, sendo proibido qualquer tipo
de exagero, violência ou brutalidades.
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Banco das Reflexões - empregar um banco comum, sem encosto e não uma
cadeira. É proibido o uso da tábua com pregos ou similares, bem como cruzar
espadas sobre o assento. O Candidato deve permanecer na Câmara das
Reflexões por alguns minutos em reflexão no mais profundo e absoluto
silêncio.
1 - Não são feitos Sinais quando se circula normalmente pelo Templo, por
dever de ofício ou não.
21 - Nos Templos que possuem degraus de acesso ao Oriente (que não são
obrigatórios), os Obreiros devem subi-lo andando normalmente e não com
passos em esquadria. O Mesmo assunto deve observar o Orador que ao dirigir-
se ao centro da loja para abertura do V.L.S.’. deve andar normalmente,
(somente realizar a esquadria quando necessário) e não andar com todos os
passos em esquadria.
41 - Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra Coluna ou até
para o Oriente durante as discussões de assuntos em Loja, para fazer uso da
palavra, para réplicas ou para introduzir um novo enfoque da questão. Nesses
casos, o correto é que a palavra volte as colunas e faça o seu giro normal, para
que o assunto torne-se esgotado e fique definitivamente esclarecido.
Encontros festivos
A ABERTURA
O Parlatório deve ser montado de frente para o salão e ao lado da mesa das
autoridades. Quem for usar da palavra não pode ficar de costas para esta
mesa.
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Deve ser tomado todo o cuidado para que ninguém se machuque durante o
movimento das espadas. O movimento com as espadas deve ser feito de forma
sincronizada e com expressão no início e no fim de cada movimento com as
mesmas.
Nas festas de iniciação os iniciados com suas esposas, (se forem casados),
aguardam fora do recinto do banquete o chamado do Mestre de Cerimônias.
A condução é feita com o irmão de braços dados coma nova cunhada e o novo
irmão da mesma forma, entra de braços dados com a cunhada mais antiga.
O Porta-Bandeira deve estar de terno preto com gravata preta e luvas brancas.
Uso da Palavra: 1. O Aprendiz (com maior tempo de iniciação) da Loja deve ser
escolhido para usar da palavra em nome dos novos iniciados, quando for festa
de iniciação; 2. A autoridade não maçônica; 3. Um irmão (Mestre-Maçom) do
quadro de obreiros escolhido para falar com tema alusivo ao ato; 4. Mestres
Maçons visitantes de outra Obediência; 5. O Venerável Mestre da Loja; 6. As
autoridades do Poder Central. 7. O Soberano Grão-Mestre.
O Banquete
O Final