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Filtragem no Domínio da Frequência

Parte II
BCC36F - Processamento de Imagens

Profª. Drª. Aretha Barbosa Alencar


arethaalencar@utfpr.edu.br

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)


Departamento Acadêmico de Computação (DACOM)

Campo Mourão - PR

Prof.ª Dr.ª Aretha Alencar (UTFPR-CM) Filtragem no Domínio da Frequência Processamento de Imagens 1 / 73
Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Filtragem no Domínio da Frequência

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Filtragem no Domínio da Frequência

Características Adicionais do Domínio da Frequência

A frequência é diretamente relacionada a taxas espaciais de


variação.
Não é difícil associar intuitivamente frequências na
transformada com padrões de variações de intensidade em
uma imagem.
A componente de variação mais lenta (u = v = 0) é proporcional à
intensidade média de uma imagem. Caso a transformada esteja
centralizada, a componente dc está em u = M/2 e v = N/2.

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Características Adicionais do Domínio da Frequência

À medida que nos aproximamos da origem da transformada, as


baixas frequências correspondem aos componentes de
intensidade de variação lenta em uma imagem:
mudanças suaves de intensidade na parede e no piso da imagem
de uma sala;

À medida que nos distanciamos da origem da transformada, as


frequências mais altas começam a corresponder a variações de
intensidade cada vez mais rápidas:
bordas de objetos e outros elementos, mudanças abruptas de
intensidade;

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Características Adicionais do Domínio da Frequência

As técnicas de filtragem no domínio da frequência se baseiam na


modificação da transformada de Fourier para atingir um objetivo
específico e calcular a DFT inversa para retornar ao domínio da
imagem.

Figura: (a) Imagem SEM de circuito integrado danificado; (b) Espectro de Fourier de (a).

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Características Adicionais do Domínio da Frequência

A transformada de Fourier Discreta bidimensional é


frequentemente visualizada como uma função de intensidade.
Para facilitar a visualização, ao invés de se apresentar |F(u, v)|, o
que se apresenta é a função: D(u, v) = c log[1 + F(u, v)].

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Características Adicionais do Domínio da Frequência

Figura: (a) Imagem de um prédio; (b) Espectro de sua transformada.

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Filtragem no Domínio da Frequência

Consiste em modificar a Transformada de Fourier (DFT) de uma


imagem e depois calcular a transformada inversa (IDFT) para
obter o resultado processado.
Dada uma imagem digital, f (x, y), de tamanho M × N, a equação
básica de filtragem tem a forma:

g(x, y) = =−1 {H(u, v)F(u, v)} (1)

onde:
=−1 é a IDFT;
F(u, v) é a DFT da imagem de entrada, f (x, y);
H(u, v) é um filtro no domínio da frequência (tamanho M × N), que
é simplificado consideravelmente ao usar funções simétricas em
relação ao seu centro;
g(x, y) é a imagem filtrada (saída).

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Filtro Básico: Notch

Um dos filtros mais simples é um filtro H(u, v) que é 0 no centro


da transformada e 1 em todos os outros termos de F(u, v).
Tem a propriedade de zerar o termo dc (proporcional à
intensidade média da imagem):
Uma média zero implica a existência de intensidades negativas.

(
0 se (u, v) = (M/2, N/2)
H(u, v) =
1 caso contrário
(2)

Figura: Reduz a intensidade média da imagem,


gerando uma imagem mais escura
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Filtros Básicos: Passa-baixa e Passa-alta

Baixas frequências na transformada são correspondentes a


componentes que variam lentamente na imagem, tais como
paredes de uma sala.
Altas frequências são causadas por transições abruptas de
intensidade, tais como arestas e ruídos.
Espera-se que um filtro H(u, v) que atenua altas frequências e
deixa passar baixas frequências (low pass filter) gere blur
(borramento).
Um filtro que permite altas frequências e atenua baixas
frequências (high pass filter) deve melhorar os detalhes de
edges, mas causa redução no contraste da imagem.

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Filtragem no Domínio da Frequência

Filtros Básicos: Passa-baixa e Passa-alta

Figura: Topo: filtros no domínio da frequência; Abaixo: imagens filtradas correspondentes; Foi
usado a = 0.85 em (c) para obter (f)(a altura do filtro é igual a 1).
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O Erro de wraparound

A convolução:

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O Erro de wraparound

A convolução considerando a periodicidade inerente da DFT:

A proximidade entre períodos interfere no processo de


convolução, ocasionando um erro comum chamado wraparound
error.
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O Erro de wraparound

Para contornar o problema, acrescentam-se zeros (zero padding):

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O Erro de wraparound

Figura: (a) Imagem de entrada; (b) Resultado da aplicação de um filtro passa-paixa Gaussiano
sem padding; (b) Aplicação do mesmo filtro com padding.

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O Erro de wraparound

Figura: Periodicidade inerente da imagem ao usar DFT. (a) Periodicidade da imagem sem uso
de padding; (b) Periodicidade apos padding com 0s (preto). As áreas pontilhadas no centro
correspondem a imagem original.

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Filtragem no Domínio da Frequência

O Erro de wraparound

Seja f (x, y) uma imagem de tamanho M × N, o zero padding é


feito com as seguintes dimensões:
(
f (x, y) 0 ≤ x ≤ M − 1 e 0 ≤ y ≤ N − 1
fp (x, y) = (3)
0 M ≤ x ≤ P ou N ≤ y ≤ Q

onde

P ≥ 2M − 1 (4)
Q ≥ 2N − 1 (5)

Ao imagem resultante do processo de zero padding, fp (x, y), terá


tamanho P × Q.
Portanto, o filtro H(u, v) também terá tamanho P × Q.

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Filtragem no Domínio da Frequência

Passos para Filtragem no Domínio da Frequência

O material das seções anteriores pode ser resumido em:


1 Dada uma imagem de entrada f (x, y) com tamanho M × N, calcule os
parâmetros para o zero padding. Tipicamente, P = 2M e Q = 2N.

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Filtragem no Domínio da Frequência

Passos para Filtragem no Domínio da Frequência

O material das seções anteriores pode ser resumido em:


1 Dada uma imagem de entrada f (x, y) com tamanho M × N, calcule os
parâmetros para o zero padding. Tipicamente, P = 2M e Q = 2N.
2 Formar a imagem com padding, fp (x, y), de tamanho P × Q, colocando o
número necessário de zeros em f (x, y).

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Filtragem no Domínio da Frequência

Passos para Filtragem no Domínio da Frequência

O material das seções anteriores pode ser resumido em:


1 Dada uma imagem de entrada f (x, y) com tamanho M × N, calcule os
parâmetros para o zero padding. Tipicamente, P = 2M e Q = 2N.
2 Formar a imagem com padding, fp (x, y), de tamanho P × Q, colocando o
número necessário de zeros em f (x, y).
3 Multiplique fp (x, y) por (−1)x+y para centralizar sua transformada.

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Filtragem no Domínio da Frequência

Passos para Filtragem no Domínio da Frequência

O material das seções anteriores pode ser resumido em:


1 Dada uma imagem de entrada f (x, y) com tamanho M × N, calcule os
parâmetros para o zero padding. Tipicamente, P = 2M e Q = 2N.
2 Formar a imagem com padding, fp (x, y), de tamanho P × Q, colocando o
número necessário de zeros em f (x, y).
3 Multiplique fp (x, y) por (−1)x+y para centralizar sua transformada.
4 Computar a DFT, F(u, v), da imagem do passo 3.

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Filtragem no Domínio da Frequência

Passos para Filtragem no Domínio da Frequência

O material das seções anteriores pode ser resumido em:


1 Dada uma imagem de entrada f (x, y) com tamanho M × N, calcule os
parâmetros para o zero padding. Tipicamente, P = 2M e Q = 2N.
2 Formar a imagem com padding, fp (x, y), de tamanho P × Q, colocando o
número necessário de zeros em f (x, y).
3 Multiplique fp (x, y) por (−1)x+y para centralizar sua transformada.
4 Computar a DFT, F(u, v), da imagem do passo 3.
5 Gerar uma função de filtro real e simétrica, H(u, v), de tamanho P × Q
com centro em P/2 e Q/2. Formar o produto G(u, v) = H(u, v)F(u, v)
usando a multiplicação matricial, i.e., G(i, k) = H(i, k)F(i, k).

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Filtragem no Domínio da Frequência

Passos para Filtragem no Domínio da Frequência

O material das seções anteriores pode ser resumido em:


1 Dada uma imagem de entrada f (x, y) com tamanho M × N, calcule os
parâmetros para o zero padding. Tipicamente, P = 2M e Q = 2N.
2 Formar a imagem com padding, fp (x, y), de tamanho P × Q, colocando o
número necessário de zeros em f (x, y).
3 Multiplique fp (x, y) por (−1)x+y para centralizar sua transformada.
4 Computar a DFT, F(u, v), da imagem do passo 3.
5 Gerar uma função de filtro real e simétrica, H(u, v), de tamanho P × Q
com centro em P/2 e Q/2. Formar o produto G(u, v) = H(u, v)F(u, v)
usando a multiplicação matricial, i.e., G(i, k) = H(i, k)F(i, k).
6 Obter a imagem processada:
gp (x, y) = real =−1 [G(u, v)] (−1)x+y
  
(6)
onde a parte real é selecionada para ignorar os componentes
complexos.

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Filtragem no Domínio da Frequência

Passos para Filtragem no Domínio da Frequência

O material das seções anteriores pode ser resumido em:


1 Dada uma imagem de entrada f (x, y) com tamanho M × N, calcule os
parâmetros para o zero padding. Tipicamente, P = 2M e Q = 2N.
2 Formar a imagem com padding, fp (x, y), de tamanho P × Q, colocando o
número necessário de zeros em f (x, y).
3 Multiplique fp (x, y) por (−1)x+y para centralizar sua transformada.
4 Computar a DFT, F(u, v), da imagem do passo 3.
5 Gerar uma função de filtro real e simétrica, H(u, v), de tamanho P × Q
com centro em P/2 e Q/2. Formar o produto G(u, v) = H(u, v)F(u, v)
usando a multiplicação matricial, i.e., G(i, k) = H(i, k)F(i, k).
6 Obter a imagem processada:
gp (x, y) = real =−1 [G(u, v)] (−1)x+y
  
(6)
onde a parte real é selecionada para ignorar os componentes
complexos.
7 Obter o resultado final, g(x, y), extraindo a região M × N do canto
superior esquerdo de gp (x, y).
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Filtragem no Domínio da Frequência

Zero Padding em Filtros

a Uma imagem M × N, f .
b Imagem com padding, fp ,
com tamanho P × Q.
c Resultado de multiplicar fp
por (−1)x+y .
d Espectro de Fp .
e Filtro Gaussiano
passa-baixa centralizado,
H, com tamanho P × Q.
f Espectro do produto H · Fp .
g gp , o produto de (−1)x+y e a
parte real da IDFT de H · Fp .
h Resultado final, g, obtido
extraindo as primeiras M
linhas e N colunas de gp .

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência

Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência

Arestas e outras transições bruscas de intensidades (como ruído)


em um imagem contribuem significativamente para o conteúdo de
alta frequência na transformada de Fourier.
Obtém-se a suavização (borramento) no domínio na frequência
atenuando-se altas frequências e deixando passar baixas
frequências, i.e, usando filtros passa-baixas.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência

Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência

Três tipos de filtros de suavização serão vistos:


Ideal (very sharp)
Butterworth (intermediário)
Gaussiano (very smooth)
O filtro Butterworth tem um parâmetro chamado ordem do filtro.
Para valores altos de ordem o filtro se aproxima do ideal. Para
valores baixos o filtro é mais parecido com o Gaussiano.
Esses filtros seguem o procedimento visto anteriormente. Então
todas as funções H(u, v), são entendidas como funções discretas
de tamanho P × Q.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Ideal

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Ideal

Filtro Passa-Baixa Ideal

Um filtro 2D que passa sem atenuação todas as frequências dentro de


um círculo de raio D0 da origem, e corta todas as frequências fora dessa
circunferência é um filtro passa-baixa ideal (ILPF, Ideal Low Pass
Filter ).
Especificado pela função:
(
1 se D(u, v) ≤ D0
H(u, v) = (7)
0 se D(u, v) > D0

onde D0 é uma constante positiva e D(u, v) é a distância entre o ponto


(u, v) no domínio da frequência ao centro do retângulo de frequência;
isto é: 1/2
D(u, v) = (u − P/2)2 + (v − Q/2)2

(8)

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Ideal

Filtro Passa-baixa Ideal

Figura: (a) Diagrama em perspectiva do fitro de passa-baixa ideal; (b) Filtro como imagem; e (c)
Seção radial do filtro.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Ideal

Filtro de Passa-Baixa Ideal – Exemplo

Figura: (a) Imagem de teste com tamanho 688 × 688; (b) Espectro de Fourier. O espectro tem o
dobro do tamanho da imagem devido ao padding, mas é mostrado com a metade do tamanho
(não é cropping). Os círculos superpostos têm raios 10, 30, 60, 160 e 460. Estes raios
englobam 87,0, 93,1, 95,7, 97,8 e 99,2% da potência da imagem, respectivamente.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Ideal

Filtro Passa-Baixa Ideal – Exemplo

a (a) Imagem original;


b (b)-(f) Resultados da
filtragem usando ILPF
com frequências de corte
nos valores de raio 10,
30, 60, 160 e 460. A
potência removida por
esses filtros foi de 13,
6.9, 4.3, 2.2 e 0.8% do
total, respectivamente.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Ideal

Filtro Passa-Baixa Ideal – Exemplo

Figura: (Esquerda) Representação no domínio espacial de um filtro ILPF de raio 5 e tamanho


1000 × 1000; (Direita) Perfil de intensidade do mesmo filtro, pode ser interpretado com uma linha
horizontal passando pelo centro da representação no domínio espacial desse filtro.

É possível perceber um efeito de “ringing”.


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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Butterworth

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Butterworth

Filtro Passa-Baixa Butterworth

A função de transferência do filtro passa-baixa Butterworth


(BLPF, Butterworth Low Pass Filter ) de ordem n, e com frequência
de corte a uma distância D0 da origem é definida como:
1
H(u, v) = (9)
1 + [D(u, v)/D0 ]2n

onde D(u, v), definido pela Equação 8, é a distância entre o ponto


(u, v) no domínio da frequência ao centro do retângulo de
frequência.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Butterworth

Filtro Passa-Baixa Butterworth

Diferente do filtro ideal, o filtro BLPF não tem descontinuidade


abrupta entre as frequências passantes e as frequências filtradas.

O filtro passa-baixa Butterworth pode ser visto como provedor de


uma transição entre dois extremos:
Para valores altos de n, o filtro passa-baixa Butterworth
aproxima-se do filtro passa-baixa ideal.
Já para valores baixos de n, o filtro passa-baixa Butterworth
aproxima-se do filtro passa-baixa Gaussiano.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Butterworth

Filtro Passa-Baixa Butterworth

Figura: (a) Diagrama em perspectiva do filtro passa-baixa Butterworth; (b) Filtro como imagem; e
(c) Seção radial do filtro para valores de n = 1 até n = 4.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Butterworth

Filtro Passa-Baixa Butterworth – Exemplo

a Imagem original.
b (b)-(f) Resultados da
filtragem usando BLPF com
n = 2 e frequências de corte
nos valores de raio 10, 30,
60, 160 e 460.
Comparando com os
resultados do ILPF:
Transição suave do
borramento em função do
aumento da frequência
de corte.
Nenhum ringing é visível
em qualquer uma das
imagens processadas.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Butterworth

Filtro Passa-Baixa Butterworth – Exemplo

Figura: (a)-(d) Representações espaciais do BLPFs com D0 = 5 e ordem n = 1, 2, 5 e 20,


respectivamente, e perfis de intensidade correspondentes pelo centro dos filtros. Observe como
o efeito de ringing aumenta com valores maiores de n.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Gaussiano

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Gaussiano

Filtro Passa-Baixa Gaussiano

Os filtros passa-baixa gaussianos (GLPF, Gaussian Lowpass


Filters) de duas dimensões têm a forma:
2 (u,v)/2σ 2
H(u, v) = e−D (10)

onde:
D(u, v) é a distância entre um ponto (u, v) no domínio da frequência
e o centro da função de frequência;
σ é uma medida de espalhamento da gaussiana em torno do seu
centro.
Se fizermos σ = D0 , frequência de corte, a notação fica
compatível com os outros filtros:
2 (u,v)/2D2
H(u, v) = e−D 0 (11)

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Gaussiano

Filtro Passa-Baixa Gaussiano

A transformada inversa de Fourier do filtro GLPF também é uma


gaussiana.
Dessa forma, que o filtro espacial Gaussiano, obtido pela
transformada inversa de Fourier do filtro GLPF, não apresenta
“ringing”.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Gaussiano

Filtro Passa-Baixa Gaussiano

Figura: (a) Diagrama em perspectiva do filtro passa-baixa Gaussiano; (b) Filtro mostrado como
uma imagem; e (c) Seção radial do filtro para vários valores de D0 = 10 até D0 = 100.

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Baixa Gaussiano

Filtro Passa-Baixa Gaussiano – Exemplo


a Imagem original.
b (b)-(f) Resultados da filtragem
usando GLPFs com frequência
de corte em 10, 30, 60, 160 e
460, respectivamente.
Comparando com os resultados
do BLPF:
Apresenta transição suave
do borramento em função
do aumento da frequência
de corte.
Existem a garantia de que
não haverá “ringing”
O GLPF promoveu um
pouco menos de borramento
que um BLPF de ordem 2
para o mesmo valor de
frequência de corte.
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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Exemplos Adicionais

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Exemplos Adicionais

Filtros Passa-Baixa – Exemplos Adicionais

Reconhecimento de Caracteres – Apesar de seres humanos não terem em


geral dificuldade para juntar os “gaps” nos caracteres mentalmente, sistemas
computacionais de reconhecimento de caracteres tem dificuldade em fazer o
mesmo.

Figura: (a) Texto em baixa resolução (note caracteres quebrados na visão magnificada); (b)
Resultado da filtragem com um filtro GLPF com D0 = 80 (segmentos de caracteres quebrados
foram juntados).
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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Exemplos Adicionais

Filtros Passa-Baixa – Exemplos Adicionais

Processamento “Cosmético” – Objetivo é reduzir rugas finas e espinhas, que


são transições de intensidade abruptas na imagem, por meio de filtros de
suavização.

Figura: (a) Imagem original; (b) Resultado da filtragem com um filtro GLPF com D0 = 100; e (c)
Resultado da filtragem com um filtro GLPF com D0 = 80.
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Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência Exemplos Adicionais

Filtros Passa-Baixa – Exemplos Adicionais

Processamento de Imagens de Satélites e Aéreas – Redução de linhas


horizontais proeminentes em imagens de satélites, provenientes do tipo de
sensor usado.

Figura: (a) Imagem de satélite NOAA mostrando linhas horizontais proeminentes, provenientes
do tipo de sensor usado; (b) Resultado da filtragem usando um filtro GLPF com D0 = 50; e (c)
Resultado da filtragem usando um filtro GLPF com D0 = 20.

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência

Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência

Obtém-se o realce de imagens (sharpening) no domínio da


frequência atenuando-se baixas frequências e deixando passar
as altas frequências, i.e, usando-se filtros passa-altas.
Esses filtros seguem o mesmo procedimento visto anteriormente.
Então todas as funções H(u, v), são entendidas como funções
discretas de tamanho P × Q.

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência

Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência

Os filtros passa-alta, HHP (u, v), são obtidos a partir dos filtros
passa-baixa, HLP (u, v):

HHP (u, v) = 1 − HLP (u, v) (12)

Serão considerados os filtros ideal, Butterworth e Gaussiano para


filtragem passa-alta.
De forma similar, veremos que o filtro passa-alta Butterworth
promove uma transição entre o formato abrupto do filtro
passa-alta ideal e o formato suave do filtro passa-alta Gaussiano.

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência

Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência

Figura: Linha do Topo: diagrama em perspectiva, representação em imagem, e seção radial de


um típico filtro ideal. Linhas do meio e inferior: a mesma sequência para filtros passa-alta
Butterworth e Gaussiano típicos.
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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência

Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência

Figura: Representação espacial de típicos filtros passa-alta: (a) Ideal, (b) Butterworth, e (c)
Gaussiano; e perfis de intensidade correspondentes pelo centro dos filtro

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Alta Ideal

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Alta Ideal

Filtro Passa-Alta Ideal

Um filtro passa-alta ideal (IHPF, Ideal Highpass Filter ) 2D é


definido como:
(
0 se D(u, v) ≤ D0
H(u, v) = (13)
1 se D(u, v) > D0

onde:
D0 é a frequência de corte;
e D(u, v), definido pela Equação 8, é a distância entre o ponto
(u, v) no domínio da frequência ao centro do retângulo de
frequência.

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Alta Ideal

Filtro Passa-Alta Ideal

Figura: Resultados da filtragem passa-alta na imagem do slide 31 usando um filtro IHPF com
D0 = 30, 60, e 160, respectivamente.

“Ringing” evidente, o que produz arestas de objetos distorcidas e mais grossas.


Situação melhora a medida que a frequência de corte é aumentada.

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Alta Butterworth

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Alta Butterworth

Filtro Passa-Alta Butterworth

Um filtro passa-alta Butterworth (BHPF, Butterworth Highpass


Filter ) 2D de ordem n é definido como:
1
H(u, v) = (14)
1 + [D0 /D(u, v)]2n

onde:
D0 é a frequência de corte;
e D(u, v), definido pela Equação 8, é a distância entre o ponto
(u, v) no domínio da frequência ao centro do retângulo de
frequência.

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Alta Butterworth

Filtro Passa-Alta Butterworth

Figura: Resultados da filtragem passa-alta na imagem do slide 31 usando um filtro BHPF de


ordem n = 2 e com D0 = 30, 60, e 160, respectivamente.

Arestas dos objetos estão menos distorcidas mesmo para valores mais baixos
de frequência de corte.
A transição para valores maiores de frequência de corte é mais suave com este
filtro.
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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Alta Gaussiano

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Alta Gaussiano

Filtro Passa-Alta Gaussiano

Um filtro passa-alta Gaussiano (GHPF, Gaussian Highpass


Filter ) 2D é definido como:
2 (u,v)/2D2
H(u, v) = 1 − e−D 0 (15)

onde:
D0 é a frequência de corte;
e D(u, v), definido pela Equação 8, é a distância entre o ponto
(u, v) no domínio da frequência ao centro do retângulo de
frequência.

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Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência Filtro Passa-Alta Gaussiano

Filtro Passa-Alta Gaussiano

Figura: Resultados da filtragem passa-alta na imagem do slide 31 usando um filtro GHPF com
D0 = 30, 60, e 160, respectivamente.

Como esperado, os resultados são mais graduais do que com os dois filtros
anteriores.
Mesmo a filtragem em objetos pequenos e barras finas é mais “limpa” com o
filtro passa-alta Gaussiano.
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Filtragem Seletiva

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Filtragem Seletiva

Filtragem Seletiva

Existem aplicações nas quais é de interesse processar faixas


específicas de frequências ou pequenas regiões no retângulo
de frequência.
Na primeira categoria se enquadram os filtros chamados
passa-faixa (bandpass) ou rejeita-faixa (bandreject).
Já filtros na segunda categoria são chamados de filtros
notch.

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Filtragem Seletiva

Filtragem Seletiva – Filtros Rejeita-Faixa e Passa-Faixa

Rejeita-Faixa Ideal
(
0 se D0 − W2 ≤ D ≤ D0 + W
2
H(u, v) =
1 caso contrário
(16)
Rejeita-Faixa Butterworth
1
H(u, v) = (17)
1 + [ D2DW
−D2
]2n
0

Rejeita-Faixa Gaussiano
D2 −D20 2
H(u, v) = 1 − e−[ DW ] (18)

Onde: W é a largura da banda; D é a distância


D(u, v); D0 é a frequência de corte; e n é a
ordem do filtro Butterworth,

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Filtragem Seletiva

Filtragem Seletiva – Filtros Rejeita-Faixa e Passa-Faixa

Figura: (a) Imagem corrompida com ruído periódico; (b) Espectro de Fourier de (a); (c) Filtro
rejeita-faixa Butterworth de ordem 4 (branco representa 1); e (d) Resultado da filtragem.

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Filtragem Seletiva

Filtragem Seletiva – Filtros Rejeita-Faixa e Passa-Faixa

Um filtro passa-faixa é obtido de um filtro rejeita-faixa da mesma


maneira pela qual obtemos um filtro passa-alta de um filtro
passa-baixa:
HBP (u, v) = 1 − HBR (u, v) (19)

Figura: (a) Filtro Gaussiano Rejeita-Faixa; (b) Filtro Passa-Faixa correspondente.

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Filtragem Seletiva

Filtragem Seletiva – Filtros Rejeita-Faixa e Passa-Faixa

Ruído senoidal do exemplo anterior obtido com um filtro


passa-faixa do slide anterior.

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Filtragem Seletiva

Filtragem Seletiva – Filtros Notch


Filtros notch são muito úteis e rejeitam (ou passam) frequências em
uma ou mais vizinhanças predefinidas (notchs) sobre no retângulo de
frequência.
Como os filtros devem ser simétricos em relação a origem, então um
notch com centro em (u0 , v0 ) deve ter uma correspondente notch em
localização (−u0 , −v0 ).

Figura: Diagramas em perspectivas de filtros notch (rejeita) (a) ideal, (b) Butterworth (de ordem
2) e (c) Gaussiano.
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Filtragem Seletiva

Filtragem Seletiva – Filtros Notch

Filtros notch que rejeitam frequências podem ser construídos


como produtos de filtros passa-alta que tiveram seu centros
transladados para os centros dos notches.
Uma forma geral:
Q
Y
HNR (u, v) = Hk (u, v)H−k (u, v) (20)
k=1

onde:
Hk (u, v) e H−k (u, v) são filtros passa-alta cujos centros estão em
(uk , vk ) e (−uk , −vk ), respectivamente. Esses centros são
especificados com respeito ao centro do retângulo de frequência,
(M/2, N/2)
Q é o número total de notches.

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Filtragem Seletiva

Filtragem Seletiva – Filtros Notch

Já que os centros são especificados com respeito ao centro do


retângulo de frequência, (M/2, N/2). Os cálculos de distâncias
para cada um dos filtros individuais é dado por:
1/2
Dk (u, v) = (u − M/2 − uk )2 + (v − N/2 − vk )2

(21)

e 1/2
D−k (u, v) = (u − M/2 + uk )2 + (v − N/2 + vk )2

(22)

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Filtragem Seletiva

Filtragem Seletiva – Filtros Notch

a Imagem de jornal
mostrando padrão moiré.
b Espectro de Fourier.
c Filtro notch passa-alta
Butterworth multiplicado
pelo espectro de Fourier.
d Imagem filtrada.

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Filtragem Seletiva

Filtragem Seletiva – Filtros Notch

a Imagem dos anéis de


Saturno mostrando
interferência periódica.
b Espectro de Fourier – O
estouro de energia no
eixo vertical perto da
origem corresponde ao
padrão de interferência.
c Um filtro notch vertical.
d Imagem filtrada.

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Transformada Rápida de Fourier (FFT)

Sumário

1 Filtragem no Domínio da Frequência


2 Suavização da Imagem usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Baixa Ideal
Filtro Passa-Baixa Butterworth
Filtro Passa-Baixa Gaussiano
Exemplos Adicionais
3 Realce de Imagens usando Filtros no Domínio da Frequência
Filtro Passa-Alta Ideal
Filtro Passa-Alta Butterworth
Filtro Passa-Alta Gaussiano
4 Filtragem Seletiva
5 Transformada Rápida de Fourier (FFT)

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Transformada Rápida de Fourier (FFT)

Transformada Rápida de Fourier (FFT)

Implementar as equações da DFT não constitui tarefa simples.


A Fast Fourier Transform (FFT) proporciona uma redução nos
cálculos envolvidos.
A redução de complexidade de FFT é conseguida por um
método chamado sucessive-doubling method.
Exemplo: Transformada de Fourier de uma imagem 1024 × 1024.
DFT-2D: mais de 1 trilhão de operações ((MN)2 ).
FFT: aproximadamente 20 milhões (MN log2 MN).
Octave: fft2(A) e ifft2(A)

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Referências

Gonzales, R. C. et al. Digital Image Processing. Prentice Hall,


Terceira Edição, 2008, ISBN 9780131687288.
Capítulo 4 — Filtering in the Frequency Domain

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Dúvidas

?
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