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Quadro Jurídico-legal e os princípios fundamentais que regem os

processos eleitorais

Há 5 tipos de eleições
- Eleição do Presidente da República
- Eleição dos Deputados da Assembleia da República
- Eleição do Presidente do Conselho Municipal
- Eleição dos Membros da Assembleia Municipal
- Eleição dos Membros da Assembleia Provincial

1. Quadro Jurídico-Legal

1.1. Instrumentos Internacionais


1.1.1 - Declaração Universal dos Direitos do Homem
Artigo 21
§1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu
país, directamente ou por intermédio de representantes
livremente escolhidos.
§3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta
vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por
sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que
assegure a liberdade de voto.

1.1.2 - Pacto Internacional dos Direitos Políticos


Artigo 25 - Todo cidadão terá o direito e a possibilidade, sem qualquer
das formas de discriminação mencionadas no artigo 2º e sem
restrições infundadas:
1. de participar da condução dos assuntos públicos, directamente ou
por meio de representantes livremente escolhidos;
2. de votar e ser eleito em eleições periódicas, autênticas,
realizadas por sufrágio universal e igualitário e por voto secreto,
que garantam a manifestação da vontade dos eleitores.
1.2. Instrumentos Regionais

1.2.1 - Carta Africana e dos Povos

Artigo 13º - 1. Todos os cidadãos têm direito de participar


livremente na direção dos assuntos públicos do seu país, quer
diretamente, quer por intermédio de representantes livremente
escolhidos, isso em conformidade com as regras prescritas na lei.
2.Todos os cidadãos têm, igualmente, direito de acesso às funções
públicas do seu país.

1.2.2 - Carta Africana Sobre a Democracia, as Eleições e a


Governação.
Artigo 17º - Os Estados partes reafirmam o seu compromisso em
realizar regularmente eleições transparentes, livres e justas, em
conformidade com a Declaração da União relativo aos Princípios que
regem as Eleições democráticas em África. Com efeito, todo Estado
parte deve:
1. Criar e reforçar os órgãos eleitorais nacionais independentes e
imparciais, encarregados da gestão das eleições.
2. Criar e reforçar os mecanismos nacionais para regular, dentro de
um prazo determinado o contencioso eleitoral.
3. Assegurar aos partidos e candidatos participantes nas eleições
acesso equitativo aos média do Estado, durante as eleições.
4. Adoptar um código de conduta que vincula os partidos políticos
legalmente reconhecidos, e o governo bem como os outros actores
políticos antes, durante e depois as eleições. Este código inclui o
compromisso dos actores políticos em aceitarem os resultados das
eleições ou contestá-los por meios exclusivamente legais.

Artigos 18 a 22 - Observação eleitoral às eleições pela Comissão


Africana de Eleições.

1.2. Legislação Nacionais


1.2.1 - Constituição da República de Moçambique
Artigo 8 (Estado unitário) – A República de Moçambique é um Estado
unitário, que respeita na sua organização os princípios da
autonomia das autarquias locais.

Artigo 73 (Sufrágio universal) - O povo moçambicano exerce o poder


político através do sufrágio universal, directo, igual, secreto e
periódico para a escolha dos seus representantes (…);

Artigo 135 (Princípios gerais do sistema eleitoral)


1. O sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico
constitui a regra geral de designação dos titulares dos órgãos
electivos de soberania, das províncias e do poder local.
2. O apuramento dos resultados das eleições obedece ao sistema de
representação proporcional.
3. A supervisão do recenseamento e dos actos eleitorais cabe à
Comissão Nacional de Eleições, órgão independente e imparcial,
cuja composição, organização, funcionamento e competências são
fixados por lei.

Artigo 142 (Assembleias provinciais)


1. As assembleias provinciais são órgãos de representação
democrática, eleitas por sufrágio universal, directo, igual, secreto
e periódico e de harmonia com o princípio de representação
proporcional, cujo mandato tem a duração de cinco anos;

Artigo 147 (Elegibilidade)


1. O Presidente da República é eleito por sufrágio universal directo,
igual, secreto, pessoal e periódico.

Artigo 148 (Eleição)


1. É eleito Presidente da República o candidato que reúna mais de
metade dos votos expressos.

Assembleia da República
Artigo 170 (Eleição e composição)
1. A Assembleia da República é eleita por sufrágio universal,
directo, igual, secreto, pessoal e periódico.

Artigo 272 (Autarquias locais)


1. O Poder Local compreende a existência de autarquias locais.

Artigo 275 (Órgãos deliberativos e executivos)


1. As autarquias locais têm como órgãos uma Assembleia, dotada de
poderes deliberativos, e um executivo que responde perante ela, nos
termos fixados na lei.
2. A Assembleia é eleita por sufrágio universal, directo, igual,
secreto, pessoal e periódico dos cidadãos eleitores residentes na
circunscrição territorial da autarquia, segundo o sistema de
representação proporcional.
3. O órgão executivo da autarquia é dirigido por um Presidente
eleito por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e
periódico dos cidadãos eleitores residentes na respectiva
circunscrição territorial.
4. As candidaturas para as eleições dos órgãos das autarquias locais
podem ser apresentadas por partidos políticos, isoladamente ou em
coligação, ou por grupos de cidadãos eleitores, nos termos da lei.
5. A organização, a composição e o funcionamento dos órgãos
executivos são definidos por lei.

1.2.2 - Legislação Eleitoral

- Lei n.º 4/2013, de 22 de Fevereiro, alterada e republicada pela


Lei n.º11/2014, de 23 Abril referente à eleição dos membros das
Assembleias Provinciais;

- Lei n.º 5/2013, de 22 de Fevereiro, alterada e republicada pela


Lei n.º8/2014, de 12 de Março referente ao recenseamento eleitoral
sistemático para realização das eleições.
- Lei n.º 6/2013, de 22 de Fevereiro alterada e republicada
sucessivamente pela Lei n.º 9/2014, de 12 de Março e Lei n.º
30/2014, de 26 de Setembro referente as funções, composição,
organização, competência e funcionamento da Comissão Nacional de
Eleições.

- Lei n.º 7/2013, de 22 de Fevereiro, alterada e republicada pela


Lei n.º10/2014, de 23 de Abril referente à eleição do Presidente do
Conselho Municipal e dos membros da Assembleia Municipal.

- Lei n.º 8/2013, de 27 de Fevereiro, alterada e republicada pela


Lei n.º12/2014 de 23 de Abril referente à eleição do Presidente da
República e dos Deputados da Assembleia da República.

- Lei n.º 6/2006, de 2 de Agosto que aprova a Lei Orgânica do


Conselho Constitucional

- Lei n° 24/2007, de 20 de Agosto – Lei da Organização Judiciária

- Lei n° 4/2017, de 18 de Janeiro – Lei Orgânica do Ministério


Público e Estatuto dos respectivos magistrados.

1.2.3 - Código Penal


Aprovado pela Lei nº 30/2014, de 31 de Dezembro e regula os ilícitos
eleitorais nos seus artigos 431 a 457. Aplicam-se igualmente a parte
geral do CP (princípios gerais, prescrição do procedimento, regras
sobre autoria, comparticipação criminosa, concurso, aplicação da lei
no tempo, etc).

Devem ser consideradas como revogadas as correspondentes normas


sobre aqueles ilícitos, tendo em conta que, nos termos do artigo 457
do referido Código Penal, apenas nos casos aí não previstos, observar-
se-ão as disposições que se acham decretadas nas leis especiais das
eleições.
1.2.4 - Código do Processo Penal
Todas as regras sobre participação criminal, legitimidade,
competência dos tribunais, prisão preventiva, prazos, entre outras no
que se refere aos ilícitos eleitorais, deve ser observado o CPP.

2. Princípios Fundamentais

2.1. Princípio do direito de sufrágio

O sufrágio é um instrumento fundamental para a realização do


princípio democrático. Daí a importância do direito de voto e a
relevância do procedimento eleitoral justo.

Diz o artigo 4 da Lei n° 7/2013, de 22 de Fevereiro (alterada e


republicada pela Lei n° 10/2014, de 23 de Abril) que “o sufrágio
constitui um direito pessoal e inalienável dos cidadãos munícipes”.

2.2 - Princípio da legalidade


Artigo 3 (Estado de Direito Democrático)
A República de Moçambique é um Estado de Direito, baseado no
pluralismo de expressão, na organização política democrática, no
respeito e garantia dos direitos e liberdades fundamentais do Homem.

Artigo 2 (Soberania e legalidade) .


3. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade.

Artigo 135 CRM - 4. O processo eleitoral é regulado por lei.

2.3 - Princípio Democrático

O princípio democrático é um princípio nuclear do nosso


ordenamento constitucional consubstanciado no artigo 3, da
Constituição da República de Moçambique (CRM), o qual consagra
Moçambique como um Estado de Direito democrático, baseado no
pluralismo de expressão, na organização política democrática, no
respeito e garantia dos direitos e liberdades fundamentais do Homem.

A dimensão representativa da democracia relaciona-se com a


designação dos titulares dos órgãos públicos, os quais desempenham
os mandatos em nome da comunidade política.

2.4 - Princípios do sufrágio universal, directo, igual, secreto e


periódico

Prevê o sufrágio universal, directo, igual secreto, pessoal e


periódico (art.73, 147, 135 e 170 da CR).

Consta ainda dos instrumentos internacionais e regionais que


mencionamos em sede própria.

Artigo 73 - (Sufrágio universal)


O povo moçambicano exerce o poder político através do sufrágio
universal, directo, igual, secreto e periódico para a escolha dos
seus representantes…”.
Sufrágio universal, directo, igual secreto, pessoal e periódico (art.73,
147, 135 e 170 da CR);
Artigo 135 CRM (Princípios gerais do sistema eleitoral)
1. O sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e
periódico constitui a regra geral de designação dos titulares dos
órgãos electivos de soberania, das províncias e do poder local.

Artigo 147 CRM 1. O Presidente da República é eleito por sufrágio


universal directo, igual, secreto, pessoal e periódico.

Artigo 170 CRM. 1. A Assembleia da República é eleita por sufrágio


universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico.
Eleição do Presidente da República e os deputados da Assembleia da
República pelo universo de todos os cidadãos moçambicanos. (artigo
3,10 e 11 da Lei n.º 8/2013, de 27 de Fevereiro 1).

Eleição dos membros das assembleias provinciais por cidadãos


moçambicanos residentes na respectiva província. (artigo 3 da Lei
4/2013, de 22 de Fevereiro)

Artigo 275 CRM


(Órgãos deliberativos e executivos)
1. As autarquias locais têm como órgãos uma Assembleia, dotada de
poderes deliberativos, e um executivo que responde perante ela, nos
termos fixados na lei.
2. A Assembleia é eleita por sufrágio universal, directo, igual,
secreto, pessoal e periódico dos cidadãos eleitores residentes na
circunscrição territorial da autarquia, segundo o sistema de
representação proporcional.
3. O órgão executivo da autarquia é dirigido por um Presidente eleito
por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico
dos cidadãos eleitores residentes na respectiva circunscrição
territorial.

- Voto directo - imediatamente do sufrágio - o voto tem de resultar


“imediatamente” da vontade do eleitor. O cidadão dá directamente o
seu voto.
- Liberdade de voto - garantia de um voto formado sem qualquer
coação exterior, pública ou privada;
- Sufrágio secreto - pressupõe a pessoalidade do voto e a proibição
da “sinalização do voto”;
- Igualdade de sufrágio - todos os votos têm a mesma eficácia
jurídica legal, o mesmo valor de resultado;

1
A Lei n.º 12/2014, de 23 de Abril altera e republica a lei n.º 8/2013, 27 de Fevereiro,
que Estabelece o quadro para a eleição do Presidente da República e para eleição dos
deputados da Assembleia da República.
2.4. Princípio da universalidade.

Traduz-se no voto igual e secreto da universalidade dos cidadãos que


tenham a idade legal para votar. A universalidade do sufrágio
significa o alargamento do direito de voto a todos os cidadãos.

Artigo 3 da Lei n° 5/2013, de 22 de fevereiro, alterada e republicada


pela Lei n° 8/2014, de 12 de Março.

É dever de todos os cidadãos moçambicanos, residentes no país ou no


estrangeiro, com dezoito anos completos ou a completar à data da
realização das eleições, promover a sua inscrição no recenseamento
eleitoral.

- Capacidade eleitoral activa e passiva (artigos 16 e 17 da Lei n°


7/2013, de 22 de Fevereiro e artigo 11, 12, 13 e 14 da 4/2013, de 22
de Fevereiro e 10, 11, 129, 159 e 160 da Lei n.º 8/2013, de 27 de
Fevereiro)

2.5 - Princípio da representatividade

Traduz a ideia do exercício do poder politico pelo povo eleitor, não


directamente, mas através de seus representantes, por si designados,
com mandato para actuar em seu nome e por sua autoridade.

Artigo 2 CRM
1. A soberania reside no povo.
2. O povo moçambicano exerce a soberania segundo as formas
fixadas na Constituição.

Artigo 73 - (Sufrágio universal)


O povo moçambicano exerce o poder político através do sufrágio
universal, directo, igual, secreto e periódico para a escolha dos seus
representantes…”.
Artigo 168 CRM - 1. A Assembleia da República é a assembleia
representativa de todos os cidadãos moçambicanos.

2.6. Princípio da representação proporcional


O princípio de base da representação proporcional consiste em
assegurar uma representação das minorias em cada circunscrição
eleitoral, na proporção exacta do número de votos obtidos.

Sistema eleitoral de maioria a duas voltas para eleição do


Presidente da República (art. 148 da CR, 132 e 133 da Lei n.º 8/2013,
de 27 de Fevereiro) e de maioria a uma volta para os dois deputados
correspondentes às comunidades de moçambicanos no estrangeiro
(artigo 171 da Lei n.º 8/2013, de 27 de Fevereiro);

Artigo 147 e 148 da Lei n° 7/2013, de 22 de Fev.

Sistema eleitoral de representação proporcional para apuramento


dos resultados da eleição para os órgãos colegiais (art. 135 CR,
167,168,169, 170 da Lei n.º 8/2013, de 27 de Fevereiro) e (153 da Lei
n.º 4/3013 de 22 de Fevereiro).

Artigo 168 da Lei n° 7/2013, de 22 de Fevereiro

Artigo 135 (Princípios gerais do sistema eleitoral)


2. O apuramento dos resultados das eleições obedece ao sistema de
representação proporcional.

2.7 - Princípio da unicidade da inscrição e do voto

Implica a proibição de um mesmo cidadão possuir mais de que uma


inscrição eleitoral ou votar mais do que uma vez da mesma eleição.

Artigo 6 da Lei n 5/2013, de 22 de Fev. alterada e republicada pela


Lei n° 8/2014, de 12 de Março
Ninguém pode estar inscrito mais do que uma vez no recenseamento
eleitoral.

Artigo 78, n° 2 e 80 da Lei n° 7/2013, de 22 de Fevereiro

Artigo 441.º Voto plúrimo CP


Aquele que votar ou permitir que se vote mais de uma vez será
punido com pena de prisão de três meses a um ano e multa de três a
cinco salários mínimos.

2.8. Princípio da oficiosidade e obrigatoriedade do


recenseamento eleitoral
O recenseamento eleitoral é oficioso, obrigatório e único para eleição
por sufrágio universal, directo, igual, pessoal e periódico. (artigo 2 da
Lei n° 5/2013, de 22 de Fevereiro, alterada e republicada pela Lei n°
8/2014, de 12 de Março).

A inscrição dos potenciais eleitores no recenseamento eleitoral é


realizada obrigatoriamente pela entidade recenseadora e é dever do
cidadão que reúna requisitos para exercer o direito de volto, promover
a sua inscrição no recenseamento, verificar a conformidade da sua
inscrição e ser portador do respectivo cartão de eleitor. (artigo 5,
idem).

2.9 - Princípio electivo


– Artigo 3 da Lei n° 7/2013, de 22 de Fevereiro, alterada e
republicada pela lei n° 10/2014, de 23 de Abril

O presidente do conselho e os membros das assembleias municipais


são eleitos por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e
periódico dos cidadãos munícipes moçambicanos residentes na
respectiva autarquia (…).

Vide ainda artigo 77 da mesma lei.


2.10. Princípio da periodicidade do recenseamento e dos
processos eleitorais.

Artigo 7 da Lei n° 5/2013, de 22 de Fev., alterada e republicada pela


Lei n° 8/2014, de 12 de Março.
A validade do recenseamento eleitoral é para cada ciclo eleitoral.

Periodicidade do sufrágio - o sufrágio deve ser periódico, devendo


haver renovação periódica dos cargos políticos (n° 1 do artigo 135
CRM).

2.11. Princípio da gratuidade

Artigo 170, n° 2 e 174 ambos da Lei n° 7/2013, de 22 de Fevereiro,


alterada e republicada pela lei n° 10/2014, de 23 de Abril

O processo judicial eleitoral é gratuito, com isenção de custas e


quaisquer encargos.

Vide ainda n° 2 do artigo 193 lei n° 8/2013, alterada e republicada


pela Lei n° 12/2014, de 23 de Abril.

2.12 - Princípio da liberdade de propaganda e igualdade de


candidaturas

Artigo 5 da Lei n° 7/2013, de 22 de Fevereiro, alterada e republicada


pela lei n° 10/2014, de 23 de Abril e da Lei n° 8/2013, de 27 de
Fevereiro, alterada e republicada pela Lei n° 12/2014, de 23 de Abril

O processo eleitoral pressupõe liberdade de propaganda


política e igualdade de candidaturas.
Também prevê-se a liberdade de propaganda politica e igualdade de
candidaturas (artigo 5 da Lei n.º 4/2013, de 22 de Fevereiro 2)

Artigo 39 da Lei n° 7/2013, de 22 de Fevereiro – igualdade de


oportunidade de candidatura.
2.13 - Princípio da urgência e tratamento prioritário dos recursos
eleitorais

Artigo 169 Lei n° 7/2013, de 22 de Fevereiro, alterada e republicada


pela lei n° 10/2014, de 23 de Abril. 3

O recurso eleitoral é interposto e julgado no prazo de 48 horas a


contar da afixação do edital que publica os resultados.
Havendo recurso da decisão do tribunal judicial de distrito, é
interposto no prazo de 3 dias, remetendo-se ao Conselho
Constitucional no prazo de 24 horas pela via mais rápida.

Artigo 170 e 174 ambos da Lei n° 7/2013, de 22 de Fevereiro,


alterada e republicada pela lei n° 10/2014, de 23 de Abril. 4

Os tribunais devem atender e julgar os recursos decorrentes do


contencioso eleitoral com urgência e com prioridade sobre todo o
expediente do tribunal.

O Ministério Público instrui o processo no prazo de 3 dias (artigo


171, n° 2 da Lei n° 7/2013, de 22 de Fev.

2.14 - Princípio da impugnação prévia

2
A Lei n.º 11/2014, de 23 de Abril altera e republica a Lei n.º 4/2013, de 22 de
Fevereiro, que estabelece o Quadro Jurídico para a Eleição dos Membros das
Assembleias Provinciais.
3
Vide igualmente o artigo 192 da Lei n° 8/2013, de 27 de Fevereiro, alterada e
republicada pela Lei n° 12/2014, de 23 de Abril
4
Vide igualmente o n° 1 do artigo 193 da ° 8/2013, de 27 de Fevereiro, alterada e
republicada pela Lei n° 12/2014, de 23 de Abril
As irregularidades no decurso da votação e no apuramento parcial,
distrital ou de cidade, provincial, geral e nacional, podem ser
apreciadas em recurso contencioso, desde que tenham sido objecto
de reclamação ou protesto. (art. 169 Lei n° 7/2013, de 22 de
Fevereiro).

2.15 - Princípio da responsabilidade criminal/penal

As práticas susceptíveis de integrar prática criminoso no processo


eleitoral, são passíveis de responsabilidade criminal (artigo 171 da Lei
n° 7/2013, de 22 de Fevereiro, alterada e republicada pela lei n°
10/2014, de 23 de Abril).

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