Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Capítulo 2 PDF
Capítulo 2 PDF
2.1. Ductilidade
É a propriedade que permite ao material sofrer
deformações antes de se romper por tração. Mede-se a
ductilidade pelo alongamento percentual que ocorre no material
por ocasião da fratura. A ductilidade é o oposto da fragilidade e a
linha divisória entre ambos é o alongamento de 5%.
MATERIAL DUCTIL = Alongamento maior que 5%
MATERIAL FRÁGIL = Alongamento menor que 5%
A característica da ductilidade é permitir a absorção de grandes sobrecargas, e
também porque é uma medida da propriedade que indica a capacidade do material ser
trabalhado a frio: dobramento, estampagem, etc.
2.2. Dureza
É a medida de sua resistência a penetrações. Quando se
deve selecionar um material para resistir ao uso, ao desgaste ou à
deformação, a dureza é geralmente, a propriedade mais
importante. Os quatro tipos de dureza mais utilizados são:
BRINELL, ROCKWELL, VICKERS e SHORE sendo Brinell a mais
utilizada para aços e Shore para borrachas.
A dureza Brinell (HB) pode ser relacionada aproximadamente com a Tensão
Limite de Ruptura através das expressões:
- 58 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
Os dois últimos números após o prefixo (3 para os aços de alto carbono grupo 51
e 52) referem-se ao teor aproximado de carbono.
Exemplos: SAE C1020 - Aço carbono de forno básico com teor de carbono
entre 0,18% à 0,23%
SAE C4340 - Aço Níquel-Cromo-Molibdênio de forno básico com
teor de carbono entre 0,38% à 0,43%
- 59 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
σ (kgf cm 2 )
No caso de aços, aparece uma inflexão no gráfico e abaixo deste ponto, não
ocorrerá mais ruptura, não importando o número de ciclos. A resistência obtida neste
ponto de inflexão chama-se TENSÃO LIMITE DE FADIGA ( σ ' LIM
FAD ).
É importante salientar que o gráfico acima para metais não ferrosos e suas ligas
(Ex.: Bronze, Latão, Alumínio, etc.) nunca se torna horizontal e portanto estes materiais
não possuem limite à fadiga.
Chama-se RESISTÊNCIA A FADIGA ( σ FAD
'
) a ordenada do diagrama tensão-
ciclos; deve-se sempre especificar o número de ciclos n ao qual ela corresponde.
Os pesquisadores observaram que para o aço há uma relação entre a TENSÃO
σ ' LIM
FAD = 0,5 ⋅ σ R [kgf cm 2 ] para aços com σ R ≤ 14.000 kgf cm 2 (2.3)
σ ' LIM
FAD = 7.000 kgf cm
2
para aços com σ R > 14.000 kgf cm 2 (2.4)
- 60 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
σ ' LIM
FAD = 0, 4 ⋅ σ R
[kgf cm 2 ] (2.5)
- 61 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
Ponto B (n = 10 6
; σ ' FAD = σ ' LIM
FAD )
log σ ' LIM
FAD = − m ⋅ log 10 + b
6
0,9 ⋅ σ R
log = 3⋅ m
σ ' LIM
FAD
1 0,9 ⋅ σ R
m= ⋅ log (sem unidade) (2.7)
3 σ ' LIM
FAD
1 0,9 ⋅ σ R
b = log 0,9 ⋅ σ R + 3 ⋅ ⋅ log
3 σ ' LIM
FAD
(0,9 ⋅ σ R )2
b = log (sem unidade) (2.8)
σ ' LIM
FAD
- 62 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
(
log σ ' FAD = log n − m ⋅ 10 b )
σ ' FAD =
10 b [kgf cm 2 ] (2.9)
nm
Da equação (2.9), tem-se:
10 b
σ ' FAD =
nm
10 b
n =
m
σ ' FAD
b
n=
10 m
[ciclos] (2.10)
1
σ ' FAD m
σ FAD
LIM
= ka ⋅ kb ⋅ kc ⋅ kd ⋅ ke ⋅ kf ⋅ σ ' LIM
FAD [kgf cm 2 ] (2.11)
σ ' LIM
FAD => Tensão Limite de Fadiga do corpo-de-prova do teste de flexão rotativa.
- 63 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
Fatores de conversão
kgf cm 2 x 0,000.098.1 para ter GPa
- 64 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
kb Dimensões
1 d ≤ 7,6 mm
0,75 d > 50 mm
Tabela (2.1) – Fator de Tamanho
Quando nada for citado a respeito da confiabilidade adota-se R=50% (0,50) e fator
de confiabilidade kc=1,0.
- 65 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
kd = 1 para T ≤ 70°C
Barra submetida a tração ou compressão simples, com furo transversal Barra retangular com furo transversal, submetida a flexão
- 66 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
Barra retangular com entalhes, submetida a tração ou a compressão simples Barra retangular com entalhes, submetida a flaxão
Barra retangular com adelgaçamento, submetida a tração ou compressão simples Barra retangular com adelgaçamento, submetida a flexão
Eixo ou árvore com adoçamento, submetido a tração Eixo ou árvore com adoçamento, submetido a torção
- 67 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
Eixo ou árvore com adoçamento, submetido a flexão Eixo ou árvore com furo transversal (diametral), submetido a torção
Eixo ou árvore com furo transversal (diametral), submetido a flexão Placa submetida a tração por um pino que passa por um furo
Barra redonda com entalhe, submetida a tração Barra redonda com entalhe, submetida a flexão
- 68 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
Figura (2.4 O)
kh − 1 kh − 1
q= (2.14) q= (2.15)
kt − 1 kts − 1
- 69 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
Para que o fator “kh”, que é um fator que aumenta a tensão seja utilizado na equação
(2.11) e (2.11A), para diminuir a resistência, escreve-se a relação abaixo:
1
ke = (sem unidade) (2.18)
kh
onde:
ke => Fator modificador para Concentração de Tensões
O procedimento mais comum para o cálculo do ke é:
a) Através das figuras (2.4) calcular kt ou kts
b) Através das figuras (2.5) calcular q
c) Com kt ou kts e q na equação (2.16) ou (2.17) calcula-se kh
d) Com kh na equação (2.18) calcula-se ke
- 70 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
2
d r d r d
kt = 1,68 + 1,24 ⋅ cos − ⋅ 2,82 + 11,6 ⋅ arccos + ⋅ 5,71 + 29,6 ⋅ arccos (2.19)
D d D d D
1,1 ≤ D d ≤ 3
Sendo que os ângulos são dados em radianos.
Tensões Residuais (kf1): Este tipo de tensão pode afetar ou melhorar a Tensão Limite de
Fadiga. Exemplos: tratamentos com martelamento, laminação
a frio induzem tensões compressivas na superfície e melhoram
a Tensão Limite de Fadiga.
- 71 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
1
kf 3 = (2.21)
k
Figura (2.6)
- 72 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
- 73 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
σ MAX + σ MIN
σm =
2
[kgf cm 2 ] (2.22)
σ MAX − σ MIN
σA =
2
[kgf cm 2 ] (2.23)
Quando a tensão média é de tração, define-se a falha pela linha de tensão máxima
ou pelo limite de escoamento indicado pela linha horizontal correspondente à ordenada
σ E ; se a tensão média for de compressão, pelas linhas paralelas inferiores.
Este diagrama é particularmente útil para análise, quando se conhecem todas as
dimensões da peça e portanto se conhecem todas as tensões (σ MAX e σ MIN ) , mas é um
Este diagrama é particularmente útil para projeto porque mesmo que não se
conheçam as dimensões da peça, pode-se determinar a amplitude e a força média, ou a
amplitude do momento fletor e o momento fletor médio.
- 75 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
σ a Fa M fa
Então sabemos que = = , portanto conhecendo-se esta relação pode-
σ m Fm M fm
se traçar uma reta partindo da origem e passando pelo ponto A e determinar os valores
limites de σ a e σ m .
σa
α = arctg [grau ] (2.24)
σm
(σ )
LIM
FAD ou tensão à fadiga para uma vida finita (σ FAD ) é conhecida como Linha de
Soderberg e também foi proposta como um critério para projeto, porque usa também a
Tensão Limite de Escoamento para definir uma falha, entretanto, nota-se claramente que
este critério é mais conservativo e a maior parte dos calculistas projetam as peças pela
Linha Modificada de Goodman.
σR
τR =
3 [kgf cm 2 ] (2.26)
onde:
τ R => Tensão Limite de Ruptura por Torção
- 76 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
Figura (2.10)
Figura (2.11)
- 77 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
Portanto, não é necessário traçar o Diagrama de Fadiga para Torção, basta que se
verifiquem as duas condições abaixo:
τa ≤
τ FAD
LIM
[kgf cm 2 ] (2.29)
S
τa ≤
τ FAD [kgf cm 2 ] (2.30)
S
onde:
τa => Amplitude da Tensão de Torção
τ FAD
LIM
=> Tensão Limite de Fadiga à Torção
τR
τ MAX = τ m + τ a ≤ =τ
S [kgf cm 2 ] (2.32)
onde:
τ MAX => Máxima Tensão de Torção
τm => Tensão Média de Torção
σ COMP = σ M 2 + 3 ⋅ τ M 2
M
(2.33)
σ COMP = σ A 2 + 3 ⋅ τ A 2
A
(2.34)
- 78 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
2.9. Tabelas
Tabela (2.3) – Propriedades Mecânicas dos Aços Carbono
TENSÃO TENSÃO
TEMPERATURA ESTRICÇÃO RESILIÊNCIA
TIPO
DE
DE φ LIMITE DE
ESCOAMENTO
LIMITE DE
RUPTURA
ALONGAMENTO
% δ
DUREZA
BRINELL
KCU
TRATAMENTO 2
TRATAMENTO
°C
mm
kgf mm
2
kgf mm
2 CP = 2” % BHN daJ cm
L - - 18 – 22 31 – 33 28 50 95 – 120 -
SAE1010
T - - 31 – 38 37 – 42 20 40 110 – 130 -
N 900 - 18 – 20 30 – 32 29 50 95 – 110 -
L - - 21 – 26 39 – 45 25 50 110 – 150 -
T - - 36 – 40 43 – 49 15 40 120 – 160 -
SAE1020
L - - 26 – 31 48 – 51 20 40 137 – 150 -
T - - 45 – 53 53 – 59 12 35 140 – 170 -
L - - 30 – 37 53 – 58 18 40 150 – 160 -
T - - 50 – 65 60 – 70 12 35 170 – 190 -
L - - 35 – 47 63 – 74 15 35 180 – 230 -
T - - 59 – 73 70 – 80 10 30 200 – 240 -
L - - 38 – 49 69 – 80 12 30 200 – 240 -
- 79 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
°C
mm
kgf mm
2
kgf mm
2
% BHN daJ cm
50 – 75 - > 94 - - - -
SAE 5160
125 – 150 - - - - - -
150 – 250 - - - - - -
- 80 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
continuação...
TENSÃO TENSÃO
TEMPERATURA ESTRICÇÃO RESILIÊNCIA
SIMILAR DE φ LIMITE DE
ESCOAMENTO
LIMITE DE
RUPTURA
ALONGAMENTO
δ
DUREZA
BRINELL
KCU
VILLARES TRATAMENTO % 2
°C
mm
kgf mm
2
kgf mm
2
% BHN daJ cm
125 – 150 - - - - - -
150 – 250 - - - - - -
TT 870 75 – 100 > 65 > 100 > 10 - > 300 > 3,5
VS – 60 =
TR 550 100 – 125 > 50 > 80 > 11 - > 280 > 3,5
125 – 150 - - - - - -
150 – 175 - - - - - -
80 – 40 56,2 28,1 18 30
ASTM A 148 – 73
80 – 50 56,2 35,2 22 35
90 – 60 63,3 42,2 20 40
105 – 85 73,8 59,8 17 35
120 – 95 84,1 66,8 14 30
150 – 125 105,5 87,9 9 22
175 – 145 123,0 101,9 6 12
- 81 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
CHAPAS –
e ( mm )
σE σR
ESPECIFICAÇÃO ESTADO
APLICAÇÃO 2 2
mín máx
kgf mm kgf mm
USO GERAL E
ASTM A–283C SA 4,57 76,2 21,09 38,87
ESTRUTURAL
SA 4,57 38,1 25,31 40,78
USO
ASTM A–36
ESTRUTURAL
A > 38,1 76,2 25,31 40,78
USO
NTU–SAR 50B A 5,0 30,0 33,0 50,0
ESTRUTURAL
DE ALTA
RESISTÊNCIA NTU–SAR 55 A 3,0 30,0 36,0 50,0
- 82 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
1 0,9 ⋅ σ R
c) m= ⋅ log
3 σ ' LIM
FAD
(0,9 ⋅ σ R )2
d) b = log
σ ' LIM
FAD
10 b
e) Tensão à Fadiga para Vida Finita do corpo-de-prova: σ ' FAD = m
n
344,4
i) Fator de temperatura: kd = 1 para T ≤ 70°C ou kd = para T > 71°C
273,3 + T
1
m) Fator Modificador de concentração de tensões: ke =
kh
o) Tensão à fadiga para vida finita: σ FAD = ka ⋅ kb ⋅ kc ⋅ kd ⋅ ke ⋅ kf ⋅ σ ' FAD ir para (q)
- 83 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
r) Tensões alternadas => vida finita => (x) vida infinita => (y)
tensões variadas ou intermitente => (s)
σ MAX + σ MIN
s) Tensão média: σ m =
2
σ MAX − σ MIN
t) Amplitude da tensão: σ A =
2
σa
u) Cálculo do Ângulo: α = arctg
σm
σa σa σ MAX − σ MIN
w) Do diagrama σ a = , mas fazendo = obtém-se o “d” FIM
S S 2
σ FAD
x) σ FAD = => (z)
S
σ FAD
LIM
y) σ FAD
LIM
= => (za)
S
za) σ FAD
LIM
= σ ATUANTE ∴cálculo do “d” FIM
- 84 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
2.11. EXERCÍCIOS
2.11.1 A Tensão Limite de Fadiga de um corpo-de-prova rotativo em aço SAE 1020
FAD = 1.140 kgf cm . Qual será a Tensão à fadiga (σ FAD ) desse corpo-
laminado é σ ' LIM
2
Da tabela (2.3), pág. 79, obtemos para material SAE1020 L => σ R = 39 − 45 kgf
mm 2
c. Cálculo do coeficiente m
1 0,9 ⋅ σ R 1 0,9 ⋅ 3900
Da equação (2.7): m= ⋅ log => m = ⋅ log = 0,163
3 σ ' FAD
LIM
3 1140
d. Cálculo do coeficiente b
(0,9 ⋅ σ R )2 (0,9 ⋅ 3900)2
Da equação (2.8): b = log => b = log = 4,034
σ ' LIM
FAD 1140
n m FAD
(
70 ⋅ 10 3
)
0 ,163
- 85 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
2.11.2 Qual a tensão à fadiga de um corpo-de-prova rotativo de aço SAE 1030 laminado,
correspondente a uma vida de n=250.000 ciclos? Qual seria a vida desse corpo-de-
prova se a tensão alternada fosse de σ FAD
2
'
= 3.200 kgf cm ?
Da tabela (2.3), pág. 79, obtemos para material SAE1030 L => σ R = 48 − 51 kgf
mm 2
n m FAD
25 ⋅ 10 4
(
0 , 085
)
- 86 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
2.11.3 Determinar a tensão limite de fadiga de uma barra de aço SAE1050 laminado de
D=35 mm de diâmetro externo que trabalha em flexão com:
- Vida infinita;
- Confiabilidade de 99%;
- Temperatura de trabalho T=80°C;
- A barra possui um entalhe de
r=5mm para alojar um anel;
- Superfície usinada.
Da tabela (2.3), pág. 79, obtemos para material SAE1050 L => σ R = 63 − 74 kgf
mm 2
- 87 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
σ FAD
LIM
= 0,75 ⋅ 0,85 ⋅ 0,814 ⋅ 0,975 ⋅ 0,68 ⋅ 1 ⋅ 3150 => σ FAD
LIM
= 1084 kgf cm
2
- 88 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
2.11.4 Estimar a vida do eixo rotativo no caso de vida finita, ou seu coeficiente de
segurança no caso de vida infinita, da figura abaixo, que está apoiado sob rolamentos
autocompensadores de rolos e carregado pela força vertical estacionária F.
(Desprezar as tensões de cisalhamento).
Dados:
Material: Aço SAE1050 Trefilado
F=600kgf
Superfície usinada
Temperatura de trabalho T=90°C
Da tabela (2.3), pág. 79, obtemos para material SAE1050 T => σ R = 70 − 80 kgf
mm 2
- 89 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
σ FAD
LIM
= 0,74 ⋅ 0,85 ⋅ 1 ⋅ 0,95 ⋅ 0,74 ⋅ 1 ⋅ 3500 => σ FAD
LIM
= 1548 kgf cm
2
- 90 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
- 91 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
σ FAD
LIM
Se σ f ≤ σ FAD
LIM
=> vida infinita e S =
σf
b
10 m
Se σ f > σ LIM
FAD => vida infinita e n = 1
σ FAD m
Como a tensão atuante é maior que a Tensão Limite à Fadiga, a peça terá somente uma
vida finita e para calcular a vida do eixo, faz-se σ f = σ FAD = 2.082 kgf cm 2 .
- 92 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
c. Cálculo do coeficiente m
Da equação (2.7):
1 0,9 ⋅ σ 1 0,9 ⋅ 7000
m = ⋅ log LIM R => m = ⋅ log = 0,20
3 σ FAD 3 1548
d. Cálculo do coeficiente b
Da equação (2.8):
b = log
(0,9 ⋅ σ R )2 => b = log
(0,9 ⋅ 7000 )2 = 4,41
σ FAD
LIM
1548
- 93 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
2.11.5 Calcule o diâmetro do eixo estático da figura abaixo, para uma vida infinita que
recebe uma carga flutuante que varia 1000kgf a 3000kgf. Desprezar a tensão de
cisalhamento.
Dados:
P= 1000 a 3000kgf
L=60cm
Adotar coeficiente de segurança S=2,5
Material SAE1040 L
Superfície Laminada à Frio
Vida Infinita
d > 50mm
- 94 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
σ FAD
LIM
= 0,79 ⋅ 0,75 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 2650 => σ FAD
LIM
= 1570 kgf cm
2
u. Cálculo do ângulo
152788
σ fa 3
Da equação (2.24): α = arctg => α = arctg d = arctg 0,5 => α = 26,56°
σ fm 305578
d3
- 96 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
w. Cálculo do Diâmetro
Do diagrama obtemos: σ FAD = 960 kgf cm
2
σ fa 960 152788
Mas σ fa = = como σ fa = então tem-se:
S 2,5 d3
- 97 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
2.11.6 Calcule o diâmetro de uma barra redonda de aço SAE1050 laminado da figura
abaixo, para suportar com segurança uma carga constante de 3600kgf e uma carga
flutuante de 0 a 7200kgf, sabendo-se que a barra deve ser dimensionada para uma vida
infinita.
Dados:
P1=3600kgf
P2=0 a 7200kgf
r=4mm
kt=2 (adotado)
Coeficiente de segurança S=2
Superfície usinada
Vida Infinita
Adotado 7,6 < d ≤ 50mm
- 98 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
σ FAD
LIM
= 0,75 ⋅ 0,85 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 0,55 ⋅ 1 ⋅ 3150 => σ FAD
LIM
= 1104 kgf cm
2
- 99 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
u. Cálculo do ângulo
4584
σ 2
Da equação (2.24): α = arctg ta => α = arctg d = arctg 0,5 => α = 26,56°
σ tm 9168
d2
- 100 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
w. Cálculo do Diâmetro
Do diagrama obtemos: σ ta = 800 kgf cm
2
σ ta 800 4583
Mas σ ta = = como σ ta = 2 então tem-se:
S 2 d
4583 800 4583 ⋅ 2
= => d = 2 => d = 3,39cm
d2 2 800
- 101 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
2.11.7 Calcular a espessura da chapa da figura abaixo, que é constituída de ASTM A-36 e
deve suportar com segurança uma força P=5000kgf e deve trabalhar com um
coeficiente de segurança S=1,5 em relação à Tensão Limite de Escoamento.
Dados:
P=5000kgf
W=10cm
d=4cm
Coeficiente de Segurança S=1,5 em relação a σ E
S 1,5
- 102 -
UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
A = (W − d ) ⋅ e = (10 − 4) ⋅ e = 6 ⋅ e
5000
e= => e = 0,99cm => Adotaremos e = 12,7 mm
6 ⋅ 843
- 103 -