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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG

ESCOLA DE ENGENHARIA

NÚCLEO DE EXPRESSÃO GRÁFICA

Desenho Arquitetônico

UNIDADE 11

ESCADAS

Prof. Me. Sinval Xavier


ESCADAS

As escadas é um dos tipos de circulação vertical utilizadas


nos edifícios. Além das escadas há as rampas e os
elevadores.

Prof. Me. Sinval Xavier


ESCADAS

As escadas são elementos construtivos destinados a


permitir a comunicação entre dois ou mais pisos situados
em níveis diferentes.

Elas são formadas por uma série de pequenos planos


horizontais, denominados pisos. O plano vertical que liga
dois pisos consecutivos chama-se espelhos e ao conjunto
formado pelo piso e pelo espelho dá-se a denominação de
degrau.

O piso às vezes avança sobre o espelho formando o que


chamamos de bocel (nariz). Emprega-se também degraus
sem espelho.

A existência de elevador em um edifício não dispensa a


construção de uma escada.

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ESCADAS

Além do código de obras municipal, as escadas, no que


couber, devem atender ao disposto nas seguintes normas
técnicas:

NBR 9050 – Acessibilidade


NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios

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ESCADAS

Após um certo número de degraus coloca-se um de maior


largura a que se dá o nome de patamar ou descanso, tendo
em vista o papel que desempenha.

A série de degraus intercalados entre o pavimento e o


patamar ou entre dois patamares consecutivos chamamos
de lance.

As escadas são formadas por um ou mais lances, separados


por patamares, conforme a altura a vencer. Esses lances
podem ser retos ou curvos.

O número máximo de degraus de cada lance depende do


fim a que se destina o edifício e da utilização da escada. Nas
residências esse número é normalmente 16.

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ESCADAS

As escadas possuem parapeito a fim de evitar possíveis


quedas das pessoas que delas se utilizam. Esses parapeitos
denominam-se guarda-corpo e são utilizados em conjunto
por uma peça, geralmente arredondada, chamada corrimão.
Os guarda-corpos podem ser contínuos (ex: parede de
alvenaria) ou vazados (ex: grade)

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GUARDA-CORPO CONTÍNUO

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GUARDA-CORPO CONTÍNUO

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GUARDA-CORPO VAZADO

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GUARDA-CORPO VAZADO

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FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES

Os lances podem ser retos ou curvos e a sua combinação dá lugar à


formação de escadas retas, curvas ou mistas.

Escadas retas
São constituídas por lances retos e podem estar dispostos de
diversas formas. Temos portanto, escadas:

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FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES

ESCADA NORMAL (EM “L”)

7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

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FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES

ESCADA PARALELA (EM “U”)

16 15 14 13 12 11 10 9

1 2 3 4 5 6 7 8

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FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES

ESCADA NORMAL e PARALELA

11 12 13 14 15 16

10

6 5 4 3 2 1

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FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES

ESCADA RETILÍNEA (EM UM ÚNICO LANÇE)

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FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES

Escadas curvas
São constituídas unicamente por lances curvos e têm geralmente
forma circular. Encontra-se, também, as elípticas, helicoidais, em
leques e outras.

Escadas mistas
São formadas pela combinação de
lances retos ou curvos.

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FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES

ESCADA HELICOIDAL (CARACOL)

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TIPOS ESPECIAIS DE DEGRAUS

DEGRAUS ENGRAUXIDOS
Degrau cujo formato se assemelha em maior ou menor escala ao de
uma cunha, e cuja a finalidade é criar uma mudança de direção.

degraus engrauxidos

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TIPOS ESPECIAIS DE DEGRAUS

DEGRAUS COMPENSADOS (BALANCEADOS)


Cada um dentre uma série de degraus ingrauxidos dispostos de
modo tal a apresentarem a mesma largura na linha de percurso que
os degraus comuns adjacentes

Linha de percurso de uma escada: linha imaginária sobre a qual sobe


ou desce uma pessoa que segura o corrimão, estando afastada de 0.50
a 0,60 m da borda livre da escada ou da parede. Sobre esta linha, todos
os degraus devem possuir piso de largura igual.44

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LARGURA DAS ESCADAS

A largura das escadas dependem da importância e finalidade do


edifício. Deve-se sempre verificar o Código de Obras da cidade e,
quando for o caso, NBR 9077 e a NBR 9050. Veja abaixo exemplos
de ocupação (fila) de uma escada.

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FORMA DOS DEGRAUS

Piso perpendicular ao espelho

Espelho inclinado com o piso

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FORMA DOS DEGRAUS

Piso engastado sem espelho

Piso sobre vigas

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EXEMPLOS

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EXEMPLOS

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EXEMPLOS

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EXEMPLOS

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DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento dos degraus depende do fim a que se destina a
escada. Geralmente dimensionamos diferentemente uma escada de
serviço de uma escada social de um residência. Em uma existe a
preocupação da economia e na outra o conforto.

A NBR 9077 recomenda que a altura do degrau esteja compreendida


entre 16 a 18cm, com tolerância de 0,05cm.

A largura do degrau deve ser fixado de modo que o pé assente


facilmente no piso. Para o assentamento fácil do pé, não se deve
permitir degraus com menos de 24 a 25cm.

Pela fórmula de BLONDEL, o dobro da altura mais a largura do


degrau, devera estar entre 63 a 64cm.

0,63m ≤ ( 2.h + b) ≥ 0,64m

Numa mesma escada os espelhos e os pisos não poderão sofrer


alteração de dimensões em seu desenvolvimento.

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DIMENSIONAMENTO

As escadas devem ser dispostas, de tal forma que assegurem a


passagem com altura livre igual ou superior a 2,00 m.

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DIMENSIONAMENTO

As escadas deverão ter a inclinação sempre constante. O valor do


plano horizontal e da altura (plano vertical) não devem variar
jamais de um patamar a outro.

A inclinação mais favorável é de 30 para as escadas internas.

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GUARDAS-CORPOS E CORRIMÃOS

De acordo com a NBR 9050, os corrimãos devem ser instalados em


ambos os lados dos degraus das escadas fixas e das rampas. Os
corrimãos devem ter largura entre 3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas
vivas.

Deve ser deixado um espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a


parede e o corrimão. Devem permitir boa empunhadura e
deslizamento, sendo preferencialmente de seção circular, conforme
figura a seguir.

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GUARDAS-CORPOS E CORRIMÃOS

As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas


adjacentes por paredes devem dispor de guarda-corpo
associado ao corrimão, conforme figura a seguir.

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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

Como exemplo de dimensionamento iremos projetar uma escada


para uma “caixa da escada” de 2,15m de largura por 3,10m de
comprimento, em uma residência unifamiliar de 2 pavimentos, em
que os níveis são de 0,50 metros no pavimento térreo e de 3,30
metros no pavimento superior.

Cálculo do desnível entre pavimentos

É a diferença entre o nível do pavimento superior menos o nível do


pavimento inferior.

3,30m - 0,50m = 2,80m

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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

Quantidade de espelhos

A NBR 9077 define que os espelhos de uma escada deverão estar


entre 0,16m à 0,18m; então a quantidade de espelhos que
teremos será: o desnível dividido pelo número de espelhos.

2,80m / 0,16m = 17,5 espelhos


2,80m / 0,18m = 15,55 espelhos

Então teremos de 15,55 a 17,5 espelhos. Como só pode existir


número de espelhos inteiros, a escada poderá ter 16 ou 17
espelhos.

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Dimensão dos espelhos ( h )

Como nesse projeto poderemos ter 16 ou 17 espelhos; os valores


dos espelhos será o desnível dividido pela quantidade de espelhos.

h1 = 2,80m /16 = 0,175m


h2 = 2,80m /17 = 0,1647m
Base do degrau

Escolhemos a altura de 0,175 (por ser a menos fracionada)


Aplicando-se a fórmula de BLONDEL para a altura escolhida tem-

0,63m ≤ ( 2.h + b) ≥ 0,64m


se:

(2.h + b) = 0,63 a 0,64m

b= 0,63 - (2 x 0,175) = 0,28 m


b= 0,64 - (2 x 0,175) = 0,29 m
Base entre 0,28 e 0,29m

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

1º - Caixa

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

2º - Lances e Degraus

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

3º - Guarda-corpo e Corrimão

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

4º - Indicações

b=..28 / h=.175

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

Corte Longitudinal - AB

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

Corte Longitudinal - AB

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

Corte Longitudinal - AB

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

Corte Longitudinal - AB

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

Corte Longitudinal - AB

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

Corte Longitudinal - GH

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

Corte Transversal - CD

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EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO

Corte Transversal - EF

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Saída de emergência, rota de saída ou saída


Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas,
corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas,
rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser
percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto
da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do
incêndio, em comunicação com o logradouro.

ESCADAS EM SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o


espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas
ou não, as quais devem, entre outras coisas:

• atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas


terminando obrigatoriamente no piso desta, não podendo ter
comunicação direta com outro lance na mesma prumada (conforme
exemplo a seguir)

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

sobe p/ pav. superior

Vem do pav. inferior

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Largura das escadas


as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do
pavimento de maior população, o qual determina as larguras
mínimas para os lances correspondentes aos demais pavimentos,
considerando-se o sentido da saída.

A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e


outros, é dada pela seguinte fórmula:

N = P/C

Onde:
N = número de unidades de passagem, arredondado para número
inteiro;
P = população, conforme coeficiente da Tabela 5 da norma;
C = capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 5 da
norma

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

As larguras das escadas devem atender aos seguintes requisitos:

a) ser proporcionais ao número de pessoas que por elas devam


transitar em caso de emergência;

b) ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar,


excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que
se podem projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de
aumento na largura das escadas;

c) ter, quando se desenvolver em lances paralelos, espaço mínimo de


10 cm entre lances, para permitir localização de guarda ou fixação do
corrimão.

Larguras mínimas a serem adotadas


As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser de
1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem (largura
mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m),
para as ocupações em geral.

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Dimensionamento de degraus e patamares

Os degraus devem:

a) ter altura compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância


de 0,05 cm;

b) ter largura dimensionada pela fórmula de Blondel:


63 cm < (2h + b) < 64 cm;

c) ser balanceados quando o lance da escada for curvo (escada em


leque), caso em que a medida do degrau (largura do degrau) será
feita segundo a linha de percurso e a parte mais estreita destes
degraus ingrauxidos não tenha menos de 15 cm;

OBS: Linha de percurso de uma escada: linha imaginária sobre a


qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimão, estando
afastada 0,55 m da borda livre da escada ou da parede. Sobre esta
linha, todos os degraus devem possuir piso de largura igual.

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

d) ter, num mesmo lance, larguras e alturas iguais e, em lances


sucessivos de uma mesma escada, diferenças entre as alturas de
degraus de, no máximo, 5 mm;

e) ter bocel (nariz) de 1,5 cm, no mínimo, ou, quando este inexistir,
balance da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com este
mesmo valor mínimo;

f) O lance mínimo deve ser de três degraus e o lance máximo, entre


dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,70 m de altura.
O comprimento dos patamares deve ser:

i) dado pela fórmula: p = (2h + b)n + b,


em que o n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de
escada reta, medido na direção do trânsito;

ii) no mínimo, igual à largura da escada, quando há mudança de


direção da escada sem degraus ingrauxidos, não se aplicando, neste
caso, a fórmula anterior.

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Escadas em edificações com população total inferior a 50


pessoas

Qualquer tipo de escada de emergência pode ter largura de 90 cm e


degraus ingrauxidos, respeitadas as demais exigências para escadas
de saídas de emergência, quando se enquadrar em uma das
seguintes situações:

a) atender a edificações classificadas nos grupos de ocupação A, B,


D, G, I ou J, com população total do prédio inferior a 50 pessoas,
sendo uma edificação baixa (tipo L - altura até 6,00 m);

b) a escada for exigida apenas como segunda saída, desde que haja
outra escada que atenda a toda população, que não pode ultrapassar
50 pessoas, nos mesmos grupos de ocupação citados na alínea
anterior.

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Escadas com lances curvos

As escadas com lances curvos podem ser utilizadas em saídas de


emergência quando:

a)só atenderem a edificações com ocupações do grupo A


(residencial), ou se tratar de escadas não enclausuradas (escadas
comuns), exceto no caso de ocupações da divisão F-3 (centros
esportivos);

b) os lances curvos forem constituídos de degraus ingrauxidos iguais,


as linhas de bocéis convergindo em um ponto (centro da
circunferência), havendo, pois, bomba ou escaparate com diâmetro
mínimo de 0,97 m (escada com degraus b = 32 cm) a 1,375 m (para
b = 27 cm) (ver Figura 6);

c) tiverem larguras entre 1,10 m e 1,65 m, sem corrimão


intermediário.

OBS: as escadas à prova de fumaça não podem ter lances curvos.

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Escadas com lances mistos

As escadas com lances mistos, isto é, as chamadas escadas em


leque, podem ser escadas de emergência nas seguintes condições:

a) devem obedecer à alínea b escadas com lances curvos;

b) os degraus em leque devem ser balanceados de acordo com as


regras da boa técnica, utilizando-se um dos sistemas de
balanceamento recomendados, com largura (b) constante na linha de
percurso;

c) a borda interna (borda da bomba) do degrau em posição mais


desfavorável deve ter, no mínimo, 15 cm;

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Não são admissíveis lances mistos, em saídas de emergência:

a) em escadas à prova de fumaça;


b) em edificações com ocupações dos grupos F e H.

Escada com lances curvos e degraus balanceados

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Escada enclausurada protegida com degraus ingrauxidos balanceados

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Escadas não destinadas a saídas de emergência

As escadas secundárias, não destinadas a saídas de emergência,


mas que podem eventualmente funcionar como tais, isto é, todas as
demais escadas da edificação, devem, entre outras coisas:

a) ser dotadas de corrimãos, atendendo ao prescrito na norma,


bastando, porém, apenas um corrimão nas escadas com até 1,20 m
de largura e dispensando-se corrimãos intermediários;

b) ser dotadas de guardas em seus lados abertos, conforme a


norma;

c) atender ao prescrito na norma (dimensionamento dos degraus


conforme lei de Blondel, balanceamento e outros), admitindo-se,
porém, nas escadas curvas, que a parte mais estreita dos degraus
ingrauxidos chegue a um mínimo de 7 cm e dispensando-se a
aplicação da fórmula dos patamares, bastando que o patamar tenha
um mínimo de 80 cm.

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Tipos de escadas conforme a NBR 9077

Escada não enclausurada ou escada comum (NE)


Escada que, embora possa fazer parte de uma rota de saída, se
comunica diretamente com os demais ambientes, como corredores,
halls e outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo.

Escada enclausurada protegida (EP)


Escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por
paredes corta-fogo e dotada de portas resistentes ao fogo.

Escada enclausurada à prova de fumaça (PF)


Escada cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de
portas corta-fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente
enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaça em
caso de incêndio.

Obs: o número de saídas de emergência e o tipo de escada a ser


utilizada são definidas através da tabela 7 da norma (NBR 9077)

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Exemplo de escada enclausurada protegida

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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Conceitos básicos

Exemplo de escada enclausurada á prova de fumaça

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ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Conceitos básicos

Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis


Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis devem estar associados
à rampa ou ao equipamento de transporte vertical.

Características dos pisos e espelhos


Nas rotas acessíveis não devem ser utilizados degraus e escadas
fixas com espelhos vazados. Quando for utilizado bocel ou espelho
inclinado, a projeção da aresta pode avançar no máximo 1,5 cm
sobre o piso abaixo, conforme figura abaixo.

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ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Conceitos básicos

Dimensionamento de degraus isolados


A dimensão do espelho de degraus isolados deve ser inferior a 0,18
m e superior a 0,16 m. Devem ser evitados espelhos com dimensão
entre 1,5 cm e 15 cm. Para degraus isolados recomenda-se que
possuam espelho com altura entre 0,15 m e 0,18 m.

Dimensionamento de escadas fixas


As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a
escada, atendendo às seguintes condições:

a) pisos (p): 0,28 m < p < 0,32 m;

b) espelhos (e) 0,16 m < e < 0,18 m;

c) 0,63 m < p + 2e < 0,65 m.

Escadas fixas com lances curvos ou mistos devem atender ao


disposto na ABNT NBR 9077.

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ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Conceitos básicos

Largura das escadas fixas


A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo
de pessoas, conforme ABNT NBR 9077. A largura mínima
recomendável para escadas fixas em rotas acessíveis é de 1,50 m,
sendo o mínimo admissível 1,20 m.

O primeiro e o último degraus de um lance de escada devem


distar no mínimo 0,30 m da área de circulação adjacente, conforme
figura abaixo

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ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Conceitos básicos

Patamares das escadas fixas


As escadas fixas devem ter no mínimo um patamar a cada 3,20 m de
desnível e sempre que houver mudança de direção.Entre os lances
de escada devem ser previstos patamares com dimensão longitudinal
mínima de 1,20 m. Os patamares situados em mudanças de direção
devem ter dimensões iguais à largura da escada.

Corrimãos e guarda-corpos
Os corrimãos e guarda-corpos devem ser construídos com materiais
rígidos, ser firmemente fixados às paredes, barras de suporte ou
guarda-corpos, oferecer condições seguras de utilização, e serem
sinalizados

Corrimãos
Os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus
isolados, das escadas fixas e das rampas. Devem ter largura entre
3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado um espaço
livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o corrimão. Devem
permitir boa empunhadura e deslizamento, sendo preferencialmente
de seção circular.

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ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Conceitos básicos

Quando embutidos na parede, os corrimãos devem estar afastados


4,0 cm da parede de fundo e 15,0 cm da face superior da
reentrância, conforme demonstrado na figura 15.

Os corrimãos laterais devem prolongar-se pelo menos 30 cm antes


do início e após o término da rampa ou escada, sem interferir com
áreas de circulação ou prejudicar a vazão. Em edificações existentes,
onde for impraticável promover o prolongamento do corrimão no
sentido do caminhamento, este pode ser feito ao longo da área de
circulação ou fixado na parede adjacente.

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ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Conceitos básicos

As extremidades dos corrimãos devem ter acabamento recurvado,


ser fixadas ou justapostas à parede ou piso, ou ainda ter desenho
contínuo, sem protuberâncias.

Para degraus isolados e escadas, a altura dos corrimãos deve ser de


0,92 m do piso, medidos de sua geratriz superior. Para rampas e
opcionalmente para escadas, os corrimãos laterais devem ser
instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70 m do piso, medidos da
geratriz superior.

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ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Conceitos básicos

Quando se tratar de escadas ou rampas com largura superior a


2,40m, é necessária a instalação de corrimão intermediário. Os
corrimãos intermediários somente devem ser interrompidos quando o
comprimento do patamar for superior a 1,40m, garantindo o
espaçamento mínimo de 0,80m entre o término de um segmento e o
início do seguinte, conforme figura abaixo.

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ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Conceitos básicos

Guarda-corpos
As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas adjacentes
por paredes devem dispor de guarda-corpo associado ao corrimão,
conforme figura abaixo, e atender ao disposto na ABNT NBR 9077..

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