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PRINCIPAIS CAUSAS E EFEITOS DAS ESTEREOTIPIAS EM EQUINOS ESTABULADOS

Felipe Oliveira da Silva Barbosa1; Isadora David Tavares de Moraes1; Kamila


Rodrigues Souto1; Gabriel Vila Verde de Oliveira1; Diogo Alves da Costa
Ferro²; Rafael Alves da Costa Ferro²

1
Graduando do curso de medicina veterinária da Universidade Estadual de Goiás - São
Luís de Montes Belos - Goiás, Brasil. 2Docente da Universidade Estadual de Goiás - São
Luís de Montes Belos - Goiás, Brasil.
*Autor para correspondência: felipeoliveira_98@hotmail.com

Os estudos voltados ao comportamento equino aumentaram cada vez mais nas últimas
décadas, grande parte deste avanço é proveniente da procura de criadores que buscam
elevar a qualidade no bem-estar destes animais. É nítida a enorme mudança que esta
espécie sofreu ao longo dos dois últimos milênios, deixando um estado de vida
praticamente selvagem para os atuais sistemas, quase exclusivamente, estabulados
(GARCIA et. al., 2010). Segundo Konieczniak (2014) mesmo sabendo que equinos têm por
natureza a liberdade, o homem confinou este animal para facilitar o manejo do mesmo.
Entretanto, manter um equino preso por muitas horas, sem atividades e distrações, além de
retirá-lo de seu bando, pode levar o animal a desenvolver certos comportamentos que não
são naturais. Na medida em que um comportamento indesejável e inútil torna-se um mau
hábito persistente e repetitivo, ele é chamado de comportamento estereotipado
(MACHADO, 2011). Existem vários tipos de classificações de estereotipias, segundo
McGreevy (2004), toda estereotipia oral apresenta gasto de energia para o cavalo,
diminuindo sua habilidade em manter o peso corporal por permanecer a maioria do tempo
executando o comportamento, em lugar de se alimentar ou até mesmo descansar. Dentre
eles pode-se citar a lignofagia, aerofagia com ou sem apoio, falsa lambedura, rolar de
língua, coprofagia e geofagia. Existem comportamentos estereotipados relacionados ao
aparelho locomotor em equinos que possuem causas semelhantes associadas a
comportamentos sociais, o andar estereotípico ou percurso de rota, balançar de cabeça e a
síndrome do urso. Balançar pode gerar desgastes excessivos dos cascos e do sistema
musculoesquelético. Andar na baia em uma única direção pode causar atrofia lateral e
hipertrofia da musculatura lombar. O comportamento de mordeduras tem sido associado à
desordens digestivas e desgaste dos dentes. A medida de maior sucesso em reduzir a
frequência das estereotipias mais comuns é dar ao animal maior tempo em liberdade e
forragem à vontade, entretanto, pode não ser um método prático devido ao acesso limitado
à pastagens, podendo não erradicar completamente o comportamento (McGREEVY, 2001).

Palavras-chave: Bem-estar. Comportamento. Aerofagia. Baia

Universidade Estadual de Goiás, Câmpus de São Luís de Montes Belos, Rua da Saudade c/ Viela B,
n° 56, Vila Eduarda. CEP: 76.100-000

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