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CONHEÇA TODOS OS

PASSOS, REGRAS E
FINALIDADES DA
ATIVIDADE DE
AVALIAÇÕES IMOBILIÁRIAS

WWW.INVESTORCP.COM
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SUMÁRIO

- Introdução--------------------------------------------------------------------------------------------------03

- O que é uma Avaliação Técnica Imobiliária------------------------------------------------------04

- Quem pode fazer uma avaliação técnica imobiliária-------------------------------------------05

- Quais são as razões para fazer uma avaliação técnica imobiliária?-----------------------06

- Normas Técnicas-----------------------------------------------------------------------------------------15

- Princípios----------------------------------------------------------------------------------------------------18

- Conclusão---------------------------------------------------------------------------------------------------25

- Glossário-----------------------------------------------------------------------------------------------------26
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INTRODUÇÃO
Saber o valor justo de um imóvel, seja ele residencial,
um lote, uma área rural, um galpão industrial ou um
empreendimento, exige técnica e conhecimento. Quem
possui um imóvel geralmente tem uma ideia de quanto
ele vale, ou pelo menos uma expectativa de valor. Seja
por comparação com imóveis semelhantes, ou pelo
valor que foi adquirido e investimentos realizados, ou
mesmo por já ter feito uma avaliação informal em algum
momento. No entanto, há uma diferença grande entre
contratar uma avaliação técnica à suposições empíricas
e palpites de leigos ou corretores de imóveis, que
podem não ter qualificação profissional exigida por lei e
ainda esbarram em conflitos de interesses, já que seus
rendimentos estão atrelados à comercialização do
imóvel em questão.
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MAS O QUE É UMA


AVALIAÇÃO TÉCNICA
IMOBILIÁRIA?
A Engenharia de Avaliações consiste em conhecimentos técnicos-científicos
especializados, com fundamentação e precisão, aplicados na avaliação dos
bens tangíveis e intangíveis. Os bens tangíveis, como exemplo, são imóveis
urbanos, rurais, industriais, máquinas, equipamentos e matéria-prima, já os
intangíveis podem ser os lucros cessantes, fundo de comércio, softwares,
marcas e patentes.

Uma avaliação técnica é realizada dentro de procedimentos técnicos e


normativos. O resultado do trabalho se dá em um Laudo Técnico de Avaliação,
um relatório detalhado, elaborado em conformidade com as normas vigentes,
com clareza e precisão. O Laudo Técnico fundamentado consiste na apuração
do objetivo e finalidade da avaliação, vistoria do imóvel e seu entorno, pesquisa
imobiliária completa da região em análise, cálculos de avaliação precisos de
acordo com a metodologia de avaliação aplicada e a conclusão sobre o valor
da propriedade.
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Os profissionais que estão aptos à realizarem


avaliações, vistorias e pareceres com respaldo
técnico da ABNT são engenheiros, arquitetos e
agrônomos, devidamente registrados no
QUEM PODE Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
(CREA) e Conselho de Arquitetura e
FAZER UMA Urbanismo (CAU), preferencialmente

AVALIAÇÃO
associados do Instituto Brasileiro de Avaliações
e Perícias de Engenharia (IBAPE) e com

TÉCNICA cursos de especialização na área. Os trabalhos


técnicos devem necessariamente ser

IMOBILIÁRIA? assinados por profissionais registrados nestes


conselhos e obrigatoriamente acompanhado da
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
para que produzam efeitos legais do exercício
profissional e assunção de responsabilidades
sobre o serviço prestado.
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Contratar uma avaliação


imobiliária feita por especialistas
QUAIS SÃO AS pode atender à diversas
RAZÕES PARA finalidades e, acredite, ser a
FAZER UMA solução de muitos conflitos,
AVALIAÇÃO principalmente em processos
TÉCNICA judiciais e arbitragens. Veja
IMOBILIÁRIA? abaixo 10 razões para contratar
um serviço de avaliação
imobiliária.
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1- Negociações justas e embasadas :


Em casos de compra e venda de imóvel, ter um laudo técnico de avaliação é
essencial para alinhar o discurso e evitar divergências entre as partes envolvidas. A
definição do valor do imóvel é, sem dúvida, o momento mais difícil durante as
negociações.

Se há um corretor envolvido, normalmente a tendência é que ele avalie o imóvel


atribuindo um valor que facilite as negociações, levando em consideração o perfil dos
envolvidos no trâmite. Já os proprietários, tendem a ser afetados pelo aspecto
emocional, podendo superestimar o valor do bem em relação ao que realmente vale.
Finalmente os compradores sempre iniciam uma negociação contando com um
deságio no valor pedido, ou seja, esperando um desconto no valor do imóvel, mas
nunca sabem ao certo qual o percentual dessa gordura.

Desta forma, o laudo técnico contribui muito para o sucesso das negociações, uma
vez que diminui os prazos e o desgaste entre as partes, já que apresenta uma
determinação justa e embasada do valor de mercado.
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2- Atendimento às legislações contábeis: 


Para atender às legislações contábeis decorrentes da Lei 11.638/2007, normas da
CVM alinhadas as normas internacionais (convênio CPC, modelos IFRS), dentre as
quais destacam-se a redução ao valor recuperável de ativos - Impairment (CPC 01),
combinação de negócios (CPC 15), ativo imobilizado (CPC 27), interpretação sobre a
aplicação inicial ao ativo imobilizado (ICPC 10) e mensuração do valor justo (CPC
46).

Redução ao valor recuperável de ativos - Impairment (CPC 01): É aplicado para


verificar se os ativos da empresa estão desvalorizados, ou seja, se o valor contábil
excede seu valor recuperável, sendo que o recuperável é o maior valor entre o valor
líquido de venda e o valor em uso.

Combinação de negócios (CPC 15): Tem como objetivo melhorar a relevância, a


confiabilidade e a comparabilidade das informações fornecidas pela empresa em
suas demonstrações contábeis a respeito da combinação de negócios e sobre seus
efeitos.
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Ativo imobilizado (CPC 27): Visa descrever o tratamento contábil para ativos
imobilizados permitindo que nas demonstrações contábeis seja possível discernir a
informação sobre o investimento de uma empresa em seus ativos imobilizados, bem
como as mutações nesse investimento.

Interpretação sobre a aplicação inicial ao ativo imobilizado (ICPC 10): Dentre os


itens de maior relevância, estão as revisões periódicas de vidas úteis e a
determinação do valor residual, fundamentais para a definição do montante a ser
depreciado, de acordo com o CPC 27.

Mensuração do valor justo (CPC 46): Corresponde ao IFRS 13 e tem como


objetivo suprir o mercado de esclarecimentos sobre a expressão usada na língua
IFRS: Valor Justo (Fair Value). O Valor Justo parte do princípio que a transação
ocorre no “mercado principal” do ativo ou passivo objeto ou, na ausência deste, “no
mais vantajoso”. A mensuração do valor justo consiste na evidenciação deste
mercado, que deve ser identificado, se possível, com evidências de transações
anteriores ou, caso não existam, com justificativas para a premissa adotada.
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3- Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica: 


Áreas de maior porte com características que as credenciam à implementação de
loteamentos urbanos e demais empreendimentos imobiliários são tecnicamente
denominadas “glebas urbanizáveis”. O valor de tais áreas reflete o seu
aproveitamento e baseia-se no estudo de viabilidade técnico-econômica, alicerçado
em seu aproveitamento eficiente, mediante hipotético empreendimento imobiliário.

A avaliação por este método considera a receita provável da comercialização das


unidades autônomas (VGV do empreendimento), com base em preços obtidos em
pesquisas de mercado. Por outro lado, contrapõe-se todas as despesas inerentes à
execução do projeto e vendas das unidades, além do lucro do empreendedor,
mediante taxas financeiras operacionais reais e prazos viáveis para execução. O
valor do terreno resulta como resíduo da provável receita de comercialização do
empreendimento e normalmente é apresentado em faixas de valores plausíveis,
considerando cenários distintos. Este método, de maior complexidade, utiliza
conceitos de Engenharia Econômica e é tecnicamente conhecido como “Método
Involutivo”.
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4- Garantias bancárias:
Compreende a avaliação imobiliária para fins de garantias, como hipotecas,
financiamentos, garantias bancárias, penhor mercantil, dentre outras. A avaliação
técnica é importante para a segurança da instituição financeira e para o proprietário
do imóvel, uma vez que o laudo de avaliação tem como objetivo determinar o valor
justo dos bens, visando balizar o valor do crédito a ser disponibilizado ou em caso de
execução do imóvel pela instituição financeira.

5- Fusões, Incorporações e Cisões Societárias:


Em situações de reorganização societária, como fusões, incorporações e cisões, é
essencial a avaliação dos bens para evitar conflitos entre as partes interessadas. O
laudo técnico de avaliação determinará o valor justo e com embasamento para
contribuir com as negociações.
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6- Ações revisionais de aluguel:


Em situações de divergência entre locador e locatário, o laudo de avaliação contribui
para determinar o valor locativo justo do imóvel em questão. É comum deparámos
com essas situações quando o mercado está muito aquecido ou desaquecido, e os
reajustes de valores do aluguel, indexados a índices de inflação, por exemplo, não
condizem com a realidade do mercado imobiliário.

7- Desapropriação:
A desapropriação é o procedimento de direito público pelo qual o Poder Público
transfere para si a propriedade de terceiros, por razões de utilidade pública ou de
interesse social, normalmente mediante o pagamento de indenização. Para chegar
ao valor justo da indenização, é imprescindível uma avaliação técnica do bem em
questão, com embasamentos técnicos e respaldo normativo.
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8- Inventários e ações de falência:


A realização de avaliações técnicas imobiliárias atualiza os valores das
propriedades, muitas vezes desconhecidos ou defasados, evitando conflitos entre
as partes interessadas e prejuízos financeiros decorrentes de alienações a
valores discrepantes. Trata-se de um procedimento justo e seguro a fim de que
nenhum envolvido se sinta prejudicado no futuro.

9- Litígios em geral:

Em qualquer tipo de ação litigiosa, seja em execuções, cumprimentos de


sentenças, penhoras, dentre outros, em que os bens patrimoniais são objetos
de garantia, pagamento, ou amortização de dívidas, é importante a
contratação de uma assessoria para elaboração de laudos técnicos de
valoração dos bens para fundamentar e conferir legitimidade ao processo.
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10- Avaliação Contraditória para revisão de


cálculo de ITCD:
O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou
Direitos (ITCD) é um tributo que incide sobre a doação ou sobre a transmissão
hereditária ou testamentária de bens móveis (semoventes, títulos, créditos) e
bens imóveis. A base de cálculo do ITCD é o valor de mercado do ativo, no
entanto, são recorrentes os casos em que se questiona as avaliações feitas pela
Receita Estadual, consideradas acima do valor “justo de mercado”. As avaliações
técnicas podem ser utilizadas, nestes casos, para contrapor os valores
apresentados pela receita e consequente diminuição do ITCD a ser pago.
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NORMAS
TÉCNICAS
Confira as normas para o exercício de avaliação
imobiliária, que fornecem diretrizes, consolidam
conceitos, métodos e procedimentos gerais.

A aplicação das normas exige conhecimentos


técnicos de engenharia, arquitetura e agronomia
e fazem parte da formação profissional do
Engenheiro de Avaliações, demandando intenso
trabalho técnico, científico e intelectual.
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NBR 14653-1:2001 
Avaliação de bens – Parte 1: Procedimentos gerais – Fixa as diretrizes para avaliação de bens em
geral, quanto à classificação da sua natureza; instituição de terminologias, definições, símbolos e
abreviaturas; classificação de sua natureza; descrição das atividades básicas; definições de
metodologias básicas; especificação das avaliações; requisitos básicos de laudos e pareceres
técnicos de avaliação.
NBR 14653-2:2004 
Avaliação de bens – Parte 2: Imóveis urbanos – Fixa as diretrizes para avaliação de imóveis urbanos,
segundo os parâmetros descritos na NBR 14653-1: 2001, objetivando a identificação do valor de
mercado do imóvel urbano.

NBR 14653-3:2004 
Avaliação de bens – Parte 3: Imóveis rurais – Detalha as diretrizes e padrões específicos de
procedimentos para a avaliação de imóveis rurais, segundo os parâmetros descritos na NBR 14653-
1:2001, objetivando a identificação do valor de mercado do imóvel rural.
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NBR 14653-4:2002 
Avaliação de bens – Parte 4: Empreendimentos – Fixa as diretrizes para avaliação de
empreendimentos, segundo os parâmetros descritos na NBR 14653-1:2001.
NBR 14653-5:2006 
Avaliação de bens – Parte 5: Máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais em geral – Fixa
as diretrizes para a avaliação de máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais em geral,
segundo os parâmetros descritos na NBR 14653-1:2001.

NORMA DE AVALIAÇÃO DE BENS DO IBAPE


Parte 1: Procedimentos Gerais: 2005 – Fornece diretrizes, consolida conceitos, métodos e
procedimentos gerais e estabelece padrões aceitos e aprovados pelo IBAPE na elaboração de
trabalhos de avaliação de bens, com harmonização e adequação aos princípios básicos das normas
do IVSC International Valuation Standards Committee e da UPAV – Unión Panamericana de
Asociaciones Valuación.

Outras normas que dão suporte à atividade:


NBR 12721:  Avaliação de custos de construção. NBR 13752:  Perícias Construção Civil.

Fonte: Ibape-SP
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PRINCÍPIOS

Conheça os princípios que norteiam a “Norma de


Avaliação de Bens do IBAPE. Parte 1:
Procedimentos Gerais: 2005”, elaborada em
conformidade aos princípios básicos de normas
internacionais, como a do IVSC – Comitê
Internacional de Normas de Avaliação - e da
UPAV – União Pan-americana de Associações de
Avaliação.
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1. Princípio do maior e melhor uso (“Highest and Best Use”):


Princípio no qual o valor de um imóvel, independentemente do uso ou do seu
aproveitamento, será o que resulte economicamente mais aconselhável, dentro
das possibilidades legais e físicas, e desde que absorvíveis pelo mercado. Ou
seja, são análises que visam verificar qual é o melhor e mais rentável uso de um
imóvel, verificando suas melhores potencialidades e viabilidades econômicas, etc.
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2. Princípio ou “lei” da oferta e da procura (“Supply and Demand”):


Essa “lei” é bem conhecida por todos em vários nichos de mercado, não diferente
do mercado imobiliário, havendo o equilíbrio do preço médio de mercado no
equilíbrio da oferta e da procura.

A visão determinística: Visão probabilística: faixas de preços:


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3. Princípio da permanência (“Permanence”):


Princípio que, embora reconheça a variabilidade dos preços ao longo do tempo, admite
que, mantidas as condições do bem e do mercado vigentes por ocasião da avaliação,
existe um lapso de tempo em que os preços podem se manter constantes. No mercado
imobiliário em especial, esta condição depende, e muito, das condições econômicas
vigentes no país.

4. Princípio da proporcionalidade (“Proportion Principle”):

Princípio segundo o qual dois bens semelhantes, em mercados semelhantes, têm preços
semelhantes. Em consequência, as eventuais diferenças de preços serão proporcionais
às diferenças entre as características dos bens e dos respectivos mercados. Esta
condição é a ideal em uma avaliação, pois nesse caso, estaríamos avaliando bens
semelhantes comparando-os entre si. Esta metodologia é denominada na Engenharia
de Avaliações como “Método Comparativo Direto de Dados do Mercado”.
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5. Princípio da substituição, ou da equivalência (“Substitution


Principle”):
Princípio segundo o qual dois bens fungíveis, em mercados semelhantes, têm
preços equivalentes, numa certa data. Isso ocorre no que se denomina “Zonas
homogêneas”.

6. Princípio da rentabilidade (“Rent Principle”)

Princípio segundo o qual o valor de um imóvel que se encontra em exploração


econômica é função da expectativa de renda que previsivelmente proporcionará no
futuro. Para a determinação dessa renda, é imprescindível uma avaliação bem
fundamentada e precisa.
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7. Princípio da finalidade (“Finality Principle”)


Princípio segundo o qual a finalidade da avaliação condiciona o método e as
técnicas de avaliação a serem empregadas. Este princípio é um dos principais
que regem as Normas Avaliatórias e a Engenharia de Avaliações.

8. Princípio da probabilidade (“Probability Principle”)

Princípio segundo o qual quando existirem vários cenários ou possibilidades de


eleição razoáveis, devem ser escolhidos aqueles que possam ser considerados os
mais prováveis.
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9. Princípio da prudência (“Prudence Principle”):

Princípio segundo o qual são adotados os valores mais conservadores que


permitam maior liquidez ao bem. À prudência se junta o bom senso do
Engenheiro de Avaliações.

10. Princípio da transparência (“Transparency Principle”)

Princípio segundo o qual o laudo ou parecer avaliatório de um bem deve conter a


informação necessária e suficiente para sua fácil compreensão e detalhar as
hipóteses e documentações utilizadas.

Fonte: Ibape-SP
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CONCLUSÃO
O criterioso trabalho de avaliação imobiliária atende à diversas
finalidades e deve ser executado por profissionais especializados
no assunto, isentos de interesses econômicos sobre o objeto. Os
imóveis podem ser os ativos de maior valor financeiro de pessoas
e empresas, sendo assim, a determinação do justo valor não pode
partir de um palpite leigo ou viciado de interesses. Quando se tem
em mãos um laudo técnico, os argumentos entre as partes
interessadas tornam-se embasados, evitando conflitos,
diminuindo prazos e facilitando possíveis negociações.

A Investor Consulting Partners conta com um corpo técnico


especializado em Engenharia de Avaliações, pronto para auxiliá-lo.

Ficou com dúvidas? Entre em contato conosco, será um prazer


compartilhar informações e esclarecer suas questões.
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GLOSSÁRIO
Conheça os principais termos utilizados em Avaliações Imobiliárias:

ABL: Área Bruta Locável.

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.

AMOSTRA: Conjunto de dados de mercado representativos de uma população.

APROVEITAMENTO EFICIENTE: Aquele recomendável e tecnicamente possível para o local, em uma


data de referência, entre os diversos usos permitidos pela legislação pertinente. ÁREA

EQUIVALENTE DE CONSTRUÇÃO: Área construída sobre a qual é aplicada a equivalência de custo


unitário.

ÁREA HOMOGENEIZADA: Área útil, privativa ou construída, com tratamentos matemáticos, para
fins de avaliação, segundo critérios baseados no mercado imobiliário.
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ÁREA PRIVATIVA: Área útil acrescida de elementos construtivos (tais como paredes, pilares, etc.).

ÁREA TOTAL DE CONSTRUÇÃO: Resultante do somatório da área real privativa e da área comum
atribuídas a uma unidade autônoma, definidas conforme a ABNT. 

ÁREA ÚTIL: Área real privativa subtraída a área ocupada pelas paredes e outros elementos
construtivos que impeçam ou dificultem sua utilização.

ATIVO: Recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados dos quais se
esperam benefícios econômicos futuros.

ATIVO IMOBILIZADO: Ativos tangíveis disponibilizados para uso na produção ou fornecimento de


bens e serviços, esperando-se que sejam usados por mais de um período contábil.

BDI: Benefícios e Despesas Indiretas. Percentual incidente sobre o custo direto de construção.

CAMPO DE ARBÍTRIO: Intervalo de variação no entorno do estimador pontual adotado na avaliação,


dentro do qual se pode arbitrar o valor do bem desde que justificado pela existência de
características próprias não contempladas no modelo.  
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CÓDIGOS ALOCADOS: Ordenação numeral (notas ou pesos) para diferenciar as características


qualitativas dos imóveis.

CPC: Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

CUSTO: Total dos gastos diretos e indiretos necessários à produção, manutenção ou aquisição de
um bem.

CUSTO DE REEDIÇÃO: Custo de reprodução, descontada a depreciação do bem, tendo em vista o


estado em que se encontra.

CUSTO DE REPRODUÇÃO: Gasto necessário para reproduzir um bem, sem considerar eventual
depreciação.

CVM: Comissão de Valores Mobiliários. 

DADO DE MERCADO: Conjunto de informações coletadas no mercado, relacionadas a um


determinado bem.
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DATA-BASE: Data específica (dia, mês e ano) de aplicação do valor da avaliação.

DATA DE EMISSÃO: Data de encerramento do laudo de avaliação, quando as conclusões da


avaliação são transmitidas ao cliente.

DCF Discounted Cash Flow: Fluxo de caixa descontado.

DEPRECIAÇÃO: Alocação sistemática do valor depreciável de ativo durante sua vida útil.

EMPREENDIMENTO: Conjunto de bens capaz de produzir receitas por meio de comercialização ou


exploração econômica. Ex.: loteamento, edifícios, hotel, shopping center, parques temáticos.

ESTADO DE CONSERVAÇÃO: Situação física de um bem em decorrência de sua manutenção.

FATOR DE COMERCIALIZAÇÃO: Razão entre o valor de mercado de um bem e seu custo de


reedição ou substituição, que pode ser maior ou menor do que 1. 

GLEBA URBANIZÁVEL: Terreno passível de receber obras de infraestrutura urbana, visando o seu
aproveitamento eficiente, por meio de loteamento, desmembramento ou implantação de
empreendimento.
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HOMOGENEIZAÇÃO: Tratamento dos preços observados, mediante a aplicação de transformações


matemáticas que expressem, em termos relativos, as diferenças entre os atributos dos dados de
mercado e os do bem avaliando.

IAS International Accounting Standard: Normas Internacionais de Contabilidade.

IDADE APARENTE: Idade estimada de um bem em função de suas características e estado de


conservação no momento da vistoria.

IFRS International Financial Reporting Standard: Normas Internacionais de Relatórios Financeiros.

IMPAIRMENT: Também citado como “Teste de Recuperabilidade”. Quando o valor contábil de um


ativo excede seu valor líquido de venda ou valor em uso. 

INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Método de tratamento de dados utilizado em Engenharia de Avaliações,


que permite extrair conclusões sobre a população a partir da amostra.

INFRAESTRUTURA BÁSICA: Equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação


pública, redes de esgoto sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e
domiciliar, vias de acesso, guias e sarjetas. 
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INSTALAÇÕES: Conjunto de materiais, sistemas, redes, equipamentos e serviços para apoio


operacional a uma máquina isolada, linha de produção ou edificação.

LIQUIDAÇÃO FORÇADA: Condição relativa à hipótese de uma venda compulsória ou em prazo menor
que a média de absorção pelo mercado.

LIQUIDEZ: Capacidade de conversão de determinado ativo em dinheiro ou em pagamento de


determinada dívida.

LUVAS: Quantia paga pelo futuro inquilino para assinatura ou transferência do contrato de locação,
a título de remuneração do ponto comercial.

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO: Uma ou mais abordagens utilizadas na elaboração de cálculos


avaliatórios para a indicação de valor de um ativo. 

PADRÃO CONSTRUTIVO: Qualidade das benfeitorias em função das especificações dos projetos, de
materiais, execução e mão de obra efetivamente utilizados na construção.

PARECER TÉCNICO: Esclarecimento técnico, emitido por um profissional capacitado e legalmente


habilitado, sobre assunto de sua especificidade. 
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PERÍCIA: Atividade técnica realizada por profissional com qualificação específica para averiguar e
esclarecer fatos, verificar o estado de um bem, apurar as causas que motivaram determinado
evento, avaliar bens, seus custos, frutos e direitos.

PLANTA DE VALORES: Representação gráfica ou listagem de valores genéricos de metro quadrado


de terreno.

TESTADA: Medida de frente de um imóvel.

VALOR CONTÁBIL: Valor em que um ativo ou passivo é reconhecido no balanço patrimonial.

VALOR DEPRECIÁVEL: Custo do ativo menos o seu valor residual.

VALOR JUSTO: Valor pelo qual um ativo pode ser trocado de propriedade entre um potencial
vendedor e um potencial comprador, quando ambas as partes possuem conhecimento dos fatos
relevantes e nenhuma está sob pressão para realizá-lo. 

VALOR PRESENTE Ou VPL: Fluxos de caixas trazidos a valor presente, descontados a determinada


taxa que represente o risco ou atratividade do negócio.
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VALOR RESIDUAL: Valor do bem novo ou usado projetado para uma data, limitada àquela em que o
mesmo se torna sucata.

VARIÁVEIS INDEPENDENTES: Variáveis que dão conteúdo lógico à formação do valor do imóvel


objeto da avaliação.

VARIÁVEL DEPENDENTE: Variável que se pretende explicar pelas independentes.

VIDA REMANESCENTE: Vida útil que resta a um bem.

VIDA ÚTIL ECONÔMICA: Período no qual se espera que um ativo esteja disponível para uso.

VOCAÇÃO DO IMÓVEL: Uso economicamente mais adequado de determinado imóvel em função das
características próprias e do entorno, respeitadas as limitações legais. 
BH: +55 (31) 2127-2270
SP: +55 (11) 3230-2707
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