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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO

DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CACHOEIRINHA – RS

Nº do Processo: 5009759-42.2021.8.21.0086/RS
Apelante: TKE TRANSPORTES KARGO EXPERT DE CEREAIS LTDA
Apelada: TRANSPORTES CISNE LTDA

TKE TRANSPORTES KARGO EXPERT DE CEREAIS LTDA., já


qualificada nos autos supracitados, que lhe move TRANSPORTES
CISNE LTDA, também qualificada, através da advogada que esta
subscreve, vem à presença de V. Exa., não se conformando com
a r. sentença proferida no Evento 32, interpor o presente

RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL

Com base no disposto nos artigos 1.009 a 1.014, do


CPC, requerendo, na oportunidade, que a Apelada seja intimada
para, querendo, oferecer as contrarrazões e, ato contínuo,
sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Rio Grande do Sul, para os fins de
mister.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Araranguá-SC, 31 de maio de 2022.

SOLITA FERNANDES MARCOS


Advogada – OAB/SC 23.392
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Apelante: TKE TRANSPORTES KARGO EXPERT DE CEREAIS LTDA


Apelada: TRANSPORTES CISNE LTDA
Origem: Processo: 5009759-42.2021.8.21.0086/RS, da 1ª Vara cível da
Comarca de Cachoeirinha

RAZÕES DE APELAÇÃO CÍVEL

EGRÉGIO TRIBUNAL,
Colenda Câmara,

Eméritos Desembargadores,

I– BREVE SÍNTESE DO PROCESSO


A Apelada ajuizou a presente ação de indenização em face
da Apelante, sustentando afirmar que “(...) foi contratada pela empresa
ré, para a realização dos fretes” relacionados nas páginas 8-9 da
Inicial, cujos pedágios resultaram em R$ 473,70 (quatrocentos e
setenta e três reais e setenta centavos).

Afirmou que referidos fretes foram realizados nas datas de 15 e


20 de março de 2012, momento em que arcou com as despesas de
pedágios e, que “houve a efetiva contratação do serviço de transporte
por parte do(s) Réu(s), contendo a origem e o destino do frete
contratado”. (grifo nosso) Quando não há prova nesse sentido!!

Frisa-se, que a demanda foi ajuizada beirando aos 10 (dez)


anos de transcurso do tempo, com pedido de indenização do vale
pedágio, com juros e correção monetária, desde a data da realização
dos fretes.
Requereu, ainda, a condenação da empresa Apelante ao
ressarcimento dos valores pagos a título de pedágio, qual seja: R$
473,70.

Foi requerido ainda, pasmem, a determinação para que a


Apelante apresentasse os documentos relativos aos fretes que aduz
ter a parte Apelada realizado, tentando inverter o ônus da prova,
quando a parte tem a obrigação de provar os fatos constitutivos do
seu direito, a teor do disposto no art. 373, inciso I, do CPC.

Demais pedidos de praxe, deu a causa o valor absurdo de


R$ 14.363,70.

Citada, a Apelante apresentou defesa (Evento10), pelo qual


arguiu em preliminar:

 incompetência territorial do juízo, pois a empresa


Apelante tem sede no município de Araranguá – SC e
a demanda foi ajuizada no foro da Comarca de
Cachoeirinha – RS,
 inépcia da inicial por ausência de documentação
indispensáveis,
 ilegitimidade ativa ad causam

No mérito, fora suscitada prescrição e, notadamente, da


ausência de prova, pela Apelada, da efetiva prestação de serviços, já
que os documentos apresentados são ILEGÍVEIS, sem identificar,
por exemplo, a placa do veículo, resultando todos imprestáveis
ao fim pretendido.

Após manifestação das partes, sobreveio sentença de parcial


procedência, para condenar a Apelante ao pagamento do valor de R$
13.890,00, a ser corrigido pelo IGP-M desde a data do embarque e
juros a contar da citação.

Foi reconhecida a prescrição em relação ao pedido de


ressarcimento do pedágio, no valor de R$ 473,70.

Ainda, fora a Apelante condenada ao pagamento das custas


processuais e honorários advocatícios, arbitrados em 15%.

No entanto, como será demonstrado a seguir, a sentença


merece integral reforma.
II – PRELIMINARMENTE
INÉPCIA DA INICIAL. CARÊNCIA DE AÇÃO

A fim de embasar o pedido de indenização, a Apelada trouxe


aos autos os documentos no Evento 1, no entanto, imprestável, pois
ILEGÍVEIS, sem que se pudesse identificar a efetiva prestação
dos serviços de transporte de carga.

Inclusive, o MM. Juízo sentenciante asseverou que “em que


pese a VISUALIZAÇÃO DOS DOCUMENTOS NÃO ESTEJA PERFEITA, é
possível depreender que a parte autora prestou o serviço à ré,
havendo os comprovantes de pagamento de pedágio via SEM PARAR
(evento 1, EXTR13, 14). (grifo nosso)

Não há NENHUMA prova da prestação de serviços pela parte


Apelada, consoante se depreende dos documentos que embasaram o
pedido, a seguir:
O documento acima não identifica placas do caminhão
da Apelada. Não há data, não há assinatura do representante da
Apelante, não há especificação do percurso da viagem e sequer
há prova do embarque, da realização efetiva do frete.

Como pode a Apelante vir a ser condenada com


base em relatório de pedágio, sem qualquer documento
robusto e concreto, que prove a prestação de
serviços, pela Apelada???
É fato que a Apelada não trouxe nenhum documento legível,
plausível a comprovar suas alegações.

Os documentos hábeis a comprovar a efetiva prestação de


serviços de transporte de carga são: NF-e, DANFE, CT-e, ausentes
nos autos.

A Lei nº 10.209/2001 disciplinava no texto originário do


parágrafo único do art. 2º, que “o valor do pedágio obrigatório
deverá ser destacado em campo especifico no documento
comprobatório do transporte”. (Grifo nosso)

A redação da lei sofreu alteração pela Lei nº 10.561/2002, pelo


qual passou a disciplinar que o valor do vale pedágio obrigatório e os
dados do modelo próprio necessários à sua identificação, deverão ser
destacados em campo específico no documento comprobatório do
embarque.

Mais recentemente, o mesmo dispositivo sofreu alteração pela


Lei nº 14.206/2021, a qual definiu que “o valor do vale-pedágio
obrigatório e os dados do modelo próprio, necessários à sua
identificação, deverão ser destacados em modelo específico no
Documento Eletrônico de Transporte – DT-e”. (Grifo nosso)

Extrai-se das orientações da ANTT acerca do que seria


documento comprobatório do embarque:

“Documento Comprobatório de Embarque, o Documento de


Transporte ou Documento Fiscal que contenha informações de
transporte, dentre eles exemplificam-se, a Nota Fiscal, inclusive a
Nota do Produtor Rural, o Conhecimento de Transporte Rodoviário
de Carga, a Ordem de Embarque ou o Manifesto de Carga, ou seja, o
documento que acompanhe a carga durante o trajeto.”1 (Grifo nosso)

O documento sustentado pela Autora, como “prova” do


suposto transporte realizado são “recibos” ou “carretos”, no Evento 1,
NFISCAL 12, página 1 e 4, com informações apagadas, sem que fosse
possível identificar a placa do veículo, a origem e o destino da
mercadoria, não se prestando, assim, a provar a alegada prestação
de serviços de transporte de cargas, pela Autora, na medida em que
são IMPRESTÁVEIS, pois além de não comprovarem o embarque,
estão inegavelmente ILEGÍVEIS.

Nesse sentido, infere-se da jurisprudência, uníssona, que a


inicial é indeferida quando ausentes documentos indispensáveis à
propositura:

PROCESSUAL CIVIL - VÍCIOS CONSTRUTIVOS -


INDEFERIMENTO DA INICIAL - AUSÊNCIA DE
DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS À PROPOSITURA DA AÇÃO
- INTERESSE PROCESSUAL NÃO CARACTERIZADO - 1- Esta
Corte tem referendado o entendimento de que a ausência de descrição
dos danos apresentados especificamente pelo imóvel objeto da
demanda e a resistência em trazer documentos indispensáveis à
propositura da lide, como o contrato de compra e venda do imóvel,
enseja o reconhecimento da inépcia da inicial e a consequente
extinção do feito. 2- O fato de ser possível delinear com maior
precisão por meio de perícia judicial os supostos vícios não isenta o
interessado do dever de indicar, de maneira específica, os danos que
amparam sua pretensão; Afinal, se a parte tem condições de concluir
que há vícios no imóvel, também possui condições de apontá-los. 3- A
Quarta Seção desta Corte, recentemente, firmou o entendimento de
que, em casos versando sobre vícios construtivos, a postulação
administrativa é imprescindível para configurar o interesse
processual, frisando que dita exigência se relaciona, também, à
própria sistemática criada pelo Agente Operador do PMCMV para a
solução dos problemas dos mutuários junto aos construtores. (TRF-4ª
R. - AC 5001757-32.2020.4.04.7133 - Relª Desª Fed. Marga Inge
Barth Tessler - J. 23.02.2021) (Grifo e sublinho nosso)

A Apelada, de fato, quando da propositura da petição inicial,


deixou de colacionar os documentos indispensáveis à propositura da
demanda, ônus que lhe competia, nos termos do disposto no art. 373, I,
do CPC.

1
< http://appweb2.antt.gov.br/carga/pedagio/valepedagiobrigatorio.asp >
Deste modo, não foram cumpridos, igualmente, os arts. 319,
III2e 320 do CPC3, uma vez que para a propositura da actio objetivando
ressarcir vale-pedágio supostamente não antecipado e indenização,
faz-se necessária a juntada dos documentos comprobatórios do
embarque.

Requer-se a V. Exa., com todo acatamento, digne-se dar


provimento ao recurso de Apelação Cível, para acolher a preliminar
de inépcia da inicial, por carência de ação, ante a ausência dos
documentos indispensáveis à propositura da demanda, julgando extinto
o processo sem resolução do mérito.

DA ILEGITIMIDADE ATIVA DA APELADA

A sentença merece reforma no ponto, pois inexiste prova da


relação jurídica havida entre as partes = Transportadora Cisne x
TKE Transportes. A Apelada é pessoa jurídica direito privado, ao passo
que em momento algum constam seus dados nos documentos
acostados. A uma que são ilegíveis e, duas, ainda que fossem legíveis,
na última linha refere a “prestação se serviços autônomos”.

Em momento algum a Apelada trouxe qualquer elemento de


prova, ainda que mínimo, de que “(...) restou demonstrada a relação
jurídica havida entre as partes e a condição de embarcadora da ré,
nos termos do art. 1º, §1º, da Lei nº 10.209/2001, inexistindo qualquer
documento que indique a ocorrência de subcontratação.” (Evento 32,
SENT1, Página 2)

In casu, a Apelada não prestou serviço à Apelante.

Ainda que tivesse alguma prova de prestação de serviços de


transporte de carga, o que não é o caso dos autos, não se
evidenciaria sua condição de transportador autônomo de carga, de
modo que não haveria que falar em indenização do dobro do valor do
frete por suposta ausência de comprovação do pagamento do vale
pedágio.

2 Art. 319. A petição inicial indicará:


VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
3 Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
De mais a mais, apenas por amor ao debate, assevera-se
que a LEI É CLARA AO DISCIPLINAR QUE O VALE PEDÁGIO É
DISPONILIZADO
AO TRANSPORTADOR AUTÔNOMO, o que não é o caso da Apelada,
ainda que existisse prestação de serviços com a mesma.

Não há prova nos autos da contratação da Apelada, para


prestar os serviços de frete sustentados na peça inicial, nos dias
15/03/2012 e 20/03/2012.

A Apelada não se qualifica transportador autônomo,


portanto, não se mostraria legítima para receber o pagamento da
indenização postulada, uma vez que se depreende da leitura do art.
8º em combinação com os artigos 1º, § 3º, inciso II, parte final e 3º, §
2º, que a indenização é cabível ao transportador autônomo, a quem a
lei confere o direito a antecipação dos valores a título de vale-
pedágio.

Assim, não sendo configurada a Apelada como transportador


autônomo e ausente de prova da contratação da mesma, não se
mostra legítima para receber o pagamento da indenização postulada,
uma vez que se depreende da leitura do art. 8º em combinação com
o artigo 3º, § 2º, que a indenização é cabível ao transportador
autônomo:

Art. 3º A partir de 25 de outubro de 2002, o embarcador passará a


antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador, em modelo
próprio, independentemente do valor do frete, ressalvado o disposto
no § 5º deste artigo.
§ 2º O Vale-Pedágio obrigatório deverá ser disponibilizado ao
transportador autônomo de cargas contratado para o serviço de
transporte, no valor necessário à livre circulação entre a sua origem e
o destino, e a comprovação da antecipação prevista no caput deverá
ser consignada no Documento Eletrônico de Transporte – Dte.

De mais a mais, o artigo 2º, inciso I, estabelece o conceito


de transportador autônomo de carga, nos seguintes termos:

“Art. 2º A atividade econômica de que trata o art. 1o desta Lei é de


natureza comercial, exercida por pessoa física ou jurídica em regime
de livre concorrência, e depende de prévia inscrição do interessado
em sua exploração no Registro Nacional de Transportadores
Rodoviários de Cargas - RNTR-C da Agência Nacional de
Transportes Terrestres - ANTT, nas seguintes categorias:
I - Transportador Autônomo de Cargas - TAC, pessoa física que
tenha no transporte rodoviário de cargas a sua atividade
profissional;
[...]”
Nesse sentido, já se manifestou a jurisprudência deste Egrégio
Tribunal de Justiça:

RECURSO INOMINADO - VALE-PEDÁGIO - ILEGITIMIDADE


ATIVA - Pessoa jurídica subcontratada para realização do
transporte que não se qualifica como transportador autônomo.
Processo extinto sem análise do mérito. Sentença reformada.
Recursos providos. (JERS - RIn 71009922782 - 1ª T.R.Cív. - Relª
Fabiana Zilles - J. 20.05.2021) (Grifo e sublinho nosso)

RECURSO INOMINADO - VALE-PEDÁGIO - ILEGITIMIDADE


ATIVA - Pessoa jurídica sub-contratada para realização do
transporte que não se qualifica como transportador autônomo.
Processo extinto sem análise do mérito. Pedido de cobrança de saldo
remanescente. Ausência de prova mínima dos valores contratados.
Improcedência. Sentença reformada. Recurso provido. (JERS - RIn
71007324668 - 1ª T.R.Cív. - Relª Fabiana Zilles - J. 12.12.2017)
(Grifo e sublinho nosso)

Pelo exposto, o provimento do Recurso de Apelação Cível,


para que seja acolhida a preliminar de ilegitimidade ativa da apelada,
com a extinção do feito, sem a resolução do mérito, é medida que se
impõe.

III DO MÉRITO
DA AUSÊNCIA DE PROVA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

A r. sentença proferida pelo juiz a quo na Ação Indenizatória


proposta em face da Apelante deve ser modificada in totum.

A Apelada, pessoa jurídica, sustenta que “foi contratada pela


empresa Requerida para realização dos fretes discriminados na tabela
abaixo”, porém, não há prova desta contratação, tampouco da
prestação dos serviços pela empresa demandante.

É ônus probatório da Apelada comprovar, em primeiro lugar,


a prestação de serviços de transporte, e no segundo momento, o
pagamento dos pedágios, fato que não logrou êxito na instrução
processual.

Os documentos colacionados aos autos não comprovam a


aludida contratação ou subcontratação da Apelada, sendo ILEGÍVEIS
os documentos acostados aos autos e, ainda que legíveis fosse, não se
tratam de documentos comprobatórios de embarque.

A Apelante presta serviços a grandes corporações, a saber


Arcelormittal, sendo que na época todo o repasse de vale-pedágio era
realizado antecipadamente, diretamente pela Embarcadora.

In casu, porém, sequer há a prova da prestação de serviços!!!

A jurisprudência já se manifestou em casos semelhantes:

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. VALE-PEDÁGIO.


ERRO MATERIAL DA PETIÇÃO INICIAL NÃO EVIDENCIADO.
AUSÊNCIA DE PROVA DA QUITAÇÃO DOS PEDÁGIOS EM
RELAÇÃO AO TRANSPORTE CONTRATADO. CONTRATO QUE
DISCRIMINA OS VALORES ANTECIPADOS A TÍTULO DE VALE-
PEDÁGIO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA POR
SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO.
(TJRS, Recurso Inominado nº 71008937732, Primeira Turma
Recursal Cível, Rel. Drª. Fabiana Zilles, julgado em data de
29/10/2019) (grifo nosso)

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. RECURSO INOMINADO. CONTRATO


DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA. VALE-PEDÁGIO.
LEI Nº 10.209/2001. RESPONSABILIDADE DO EMBARCADOR OU
EQUIPARADO. PRESCRIÇÃO DECENAL NÃO IMPLEMENTADA.
Autor que não comprova o pagamento dos pedágios, ônus que lhe
incumbia, conforme art. 373, I, do CPC. Sentença reformada para
afastar a alegação de prescrição e no mérito, declarar improcedente
a demanda. RECURSO parcialmente PROVIDO. (TJRS, Recurso
Cível nº 71007133796, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas
Recursais, Relator: Giuliano Viero Giuliato, julgado em 22/02/2018)
(grifo nosso)

COBRANÇA ALEGADA AUSÊNCIA DE REEMBOLSO PELA RÉ DO


VALOR DA TARIFA DE PEDÁGIO DESEMBOLSADO PELA
AUTORA DURANTE O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO CONTRATO
DE TRANSPORTE ENTRE AS PARTES PROVA DOCUMENTAL
COMPROBATÓRIA DE QUE A AUTORA EFETIVAMENTE
PRESTOU O SERVIÇO DE TRANSPORTE À RÉ LEGITIMIDADE
PASSIVA AD CAUSAM CONFIGURADA RELATIVIDADE DOS
EFEITOS DA REVELIA INEXISTÊNCIA DE PROVA
DOCUMENTAL INEQUÍVOCA DE QUE A AUTORA
DESEMBOLSOU A QUANTIA PLEITEADA NA PETIÇÃO
INICIAL A TÍTULO DE PAGAMENTO DE PEDÁGIOS AUTORA
QUE NÃO SE DESINCUMBIU DO ÔNUS PREVISTO NO ART. 333,
INC. I, DO CPC IMPROCEDÊNCIA DECRETADA NESTA
INSTÂNCIA AD QUEM - RECURSO PROVIDO. (TJSP - Ap
0002454-22.2009.8.26.0653 - Vargem Grande do Sul - 20ª CDPriv. -
Rel. Correia Lima - DJe 18.12.2014 - p. 2198) (grifo nosso)

Assim, requer-se a V. Exa., com todo acatamento, digne-se


julgar improcedente a demanda proposta por TRANSPORTES CISNE
LTDA., na medida em que ausente prova da contratação e prestação
efetiva dos serviços pela mesma, tampouco que os pagamentos dos
pedágios foram realizados pela Autora.

IV DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a V. Exa., com todo acatamento,
digne-se conhecer do presente Recurso de Apelação Cível, dando-se
integral provimento, para reformar a sentença recorrida.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Araranguá/SC., 31 de maio de 2022.

SOLITA FERNANDES MARCOS


Advogada - OAB/SC 23.392

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