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AO JUÍZO DE DIREITO DA (XXX) VARA CÍVEL DA COMARCA DE PALMAS-TO

Por dependência à Ação de Execução Nº XXX

CD E EF EIRELI, Pessoa Jurídica de Direito Privado, Portadora do CNPJ º XXX


com sede estabelecida na cidade de Palmas, Estado do Tocantins, no endereço
(Rua, Bairro, CEP, Nº...) , neste ato representada por seu sócio proprietário Sr. XXX,
(qualificação), por seu procurador, que esta subscreve, instrumento de mandato
anexo, vem mui respeitosamente à presença do Douto Juízo, com fundamento no
artigo 914 e seguintes do NCPC propor os presentes

EMBARGOS À EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL

promovida por UNIVERITAS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, portadora do


CNPJ Nº XXX, sede estabelecida na cidade de Palmas, no endereço (Rua, Bairro,
Cep, Nº...), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I DOS FATOS

A parte Exequente propôs uma execução de título extrajudicial, através de


uma Duplicata Mercantil por indicação contra CD E EF EIRELI afirmando ser título
executivo.
Entretanto, o presente título cobrado, no valor de R$ XXX, nitidamente
prescrito, o que enseja em sua nulidade, sendo isso inclusive de ciência da própria
parte Exequente, conforme documento XXX acostado aos autos eletrônicos.
Da mesma maneira, a Exequente homologou Execução em foro não
competente. No presente caso, a Execução fundada em título extrajudicial deveria
ser processada perante o juízo competente, via de regra, no foro de domicílio do
executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela
sujeitos (Art. 781 do novo CPC/2015), o que não veio a ocorrer.
A Exequente ainda afirmou, sem nenhuma prova, que a empresa CD E EF
EIRELI é considerada devedora contumaz, ou seja, que ela declara possuir uma
dívida tributária, mas de forma reiterada e premeditada não age para quitá-la, o que
é uma grande inverdade, conforme provas os documentos XXX acostado aos autos.
Assim sendo, diante dos fatos expostos, deve se considerar nula a execução
e, consequentemente, não sujeitando o Executado ao pagamento do título pelos
motivos de direito que serão expostos a seguir:

II DO DIREITO

A nulidade da presente execução encontra resguardo através do artigo o Art.


803 do Novo CPC, que diz:

[...] É nula a execução se:


I - O título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e
exigível;
II - O executado não for regularmente citado.

Ainda, o Código de Processo Civil ao estabelecer as condições da ação de


execução, previu em seu art. 798, que deve o exequente instruir a petição inicial
com demonstrativo de debito atualizado, com previsão do índice de correção
monetária e as taxas de juros aplicadas até a data de propositura da ação.
No entanto, não houve na inicial apresentada, memorial de cálculos com os
requisitos ali previstos, configurando-se defeituosa a petição inicial, inviabilizando o
julgamento da lide e a defesa do executado.
Ademais, deixou de juntar documento indispensável a comprovar a certeza e
liquidez do referido débito, culminando na nulidade da execução, nos termos do Art.
803 do CPC.
Nos termos do Art. 46 do CPC/15: "A ação fundada em direito pessoal ou
em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do
réu." Portanto, considerando que o domicílio do Executado é em Palmas-TO,
conforme provas que junta em anexo, não tendo sido feita a remessa do processo
ao domicílio competente.
Portanto, tendo em vista os fatos e fundamentos dos presentes Embargos à
Execução, a execução proposta pelo embargado deve ser declarada nula e extinta.

III) DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer o Embargante a Vossa Excelência:

a) Que sejam recebidos os presentes Embargos;

b) Que seja o exequente-embargado declarado carecedor das condições da ação de


execução por inexequibilidade do título e inexigibilidade da obrigação, devendo a
presente execução ser extinta, aplicando-se o disposto no art. 917, I, do CPC, e
condenando a Embargante nas custas e honorários;

c) Protesta-se pela produção oportuna de todo gênero de provas em direito


admitidas, especialmente prova documental, testemunhal e pericial, e depoimento
da parte do executor, na pessoa de seu representante legal, sob pena de confesso.

Dá-se aos presentes Embargos, o mesmo valor da execução extrajudicial


ora embargada: R$ 50.000, 00 (Cinquenta mil reais)

Termos em que,
Pede Deferimento.

Palmas-TO, XX / XX / XXXX

___________________________________
Assinatura do advogado
OAB

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