Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
RESUMO
2
1. INTRODUÇÃO
Tipos de Burnout
Novas demandas contemporâneas de trabalho têm contribuído para o aumento
da vulnerabilidade e dos níveis de estresse entre os trabalhadores, com
consequências graves para a saúde (Sandin, 2008). Atualmente, uma das principais
condições de saúde relacionadas ao trabalho é a Síndrome de Burnout ou
esgotamento profissional (Salanova e Llorens, 2008), com consequências deletérias
para os indivíduos e organizações (Schaufeli & Buunk, 2002).
"Burnout" é um termo anglo-saxão, cujas traduções mais utilizadas são
síndrome de esgotamento profissional, esgotamento, exaustão, desgaste, cansaço e
desesperança em relação ao trabalho. Foi Freudenberger (1974) que iniciou o
desenvolvimento do conceito de que um tipo específico de estresse poderia ser
associado a algumas profissões ou tipos de serviços assistenciais. Posteriormente,
Maslach e Jackson (1981), com base no estudo dos processos de categorização
emocional, definem burnout como uma síndrome de esgotamento ou exaustão
emocional, despersonalização (sentimento de distanciamento ou estranhamento de si
próprio), e falta de realização pessoal no trabalho.
Posteriormente, o conceito de burnout foi revisto para melhor atender a todos
os tipos de ocupações profissionais (Maslach, Jackson e Leiter, 1996; Maslach,
Schaufeli e Leiter, 2001). Nessa nova linha, aceita-se que o desenvolvimento da
síndrome é o resultado da exposição prolongada a estressores crônicos no trabalho, e
esta seria determinada pelas dimensões: exaustão, cinismo e ineficácia profissional.
Exaustão seria definida como a sensação de não ser capaz de dar mais de si mesmo
emocionalmente; o cinismo seria como uma atitude distante em relação ao trabalho e
em relação aos pares; e a ineficiência seria o sentimento de fazer incorretamente as
tarefas, e a consequente sensação de incompetência.
Segundo a teoria da troca social, o estabelecimento de relações sociais
recíprocas é essencial para a saúde e o bem-estar dos indivíduos. De acordo com
esta teoria, o mecanismo psicológico subjacente ao desenvolvimento do burnout seria
a sensação de falta de reciprocidade nas relações de trocas sociais (Buunk &
Schaufeli, 1993; Buunk e Schaufeli, 1999; Schaufeli, 2005). Isso ocorre porque a falta
de equilíbrio entre os esforços e recompensas é uma grande fonte de estresse no
trabalho (Siegrist, Siegrist e Weber, 1986; Siegrist e Matschinger, 1989; Siegrist,
1996).
Dentro de uma perspectiva clínica, o burnout tem sido descrito como uma
experiência na qual o trabalhador sente um forte mal-estar devido à discrepância entre
suas contribuiçoes ao trabalho e as recompensas que recebe ou pensa receber
(Farber, 1990; 1999; 2000a). O grau de dedicaçao às tarefas do trabalho com o qual
se afrontem os sentimentos de frustraçao gerados, poderia determinar o
desenvolvimento de um tipo ou outro tipo de burnout (Montero-Marín, García-
Campayo, Mosquera y López, 2009a). Ainda que o síndrome de burnout é
considerado uma entidade uniforme, com etiologia e sintomas consistentes, a
experiencia clínica sugere distintas formas de se manifestar o fenômento (Farber,
2000a).
O tipo clínico de burnout chamado de “frenético” (Farber, 1990, 1991a, 1991b,
1999, 2000a, 2000b, 2001) é uma categoria de sujeitos muito implicados e ambiciosos
em relação ao trabalho, que chegam a sobrecarregar-se ao cumprirem as demandas
3
do trabalho. A implicação seria o investimento de esforço necessário para superar as
dificuldades; a ambição seria uma grande necessidade de obter grandes triunfos e
objetivos; e a sobrecarga seria o fato de arriscar a saúde e descuidar da vida pessoal
na busca de bons resultados no trabalho (Montero-Marín, García-Campayo y Andrés,
2008; Montero-Marín, García-Campayo, Mosquera y López, 2009a). Este tipo de
sujeito trabalharia cada vez mais intensamente até se esgotar, buscando êxitos a
altura da tensão ocasionada pelos esforços (Farber, 1990; 2000a), e poderiam
desenvolver a síndrome ao consumir seus recursos pessoais por uma entrega
desmedida (Schaufeli, Taris y Van Rhenen, 2008; Viviers, Lachance, Maranda,
Ménard, 2008; Borritz, Bültmann, Ruqulies, Christensen, Villadsen y Kristensen, 2005;
Gil-Monte, 2005; Schaufeli, Salanova, González-Romá y Bakker, 2002; Spence y
Robins, 1992; Maslach, 1986).
O tipo de burnout “sem-desafios” (Farber, 1990, 1991a, 1991b, 1999, 2000a,
2000b, 2001), englobaria aqueles sujeitos indiferentes e chateados com o trabalho, e
que não se desenvolvem pessoalmente no trabalho. A indiferença é a falta de
preocupação, o pouco interesse e a falta de entusiasmo pelas tarefas de trabalho;
sentir-se chateado é vivenciar o trabalho como algo mecânico e rotineiro, com pouca
variedade de atividades; e a falta de desenvolvimento pessoal seria a ausência de
crescimento pessoal no posto de trabalho atual e o desejo de dedicar-se a outro
trabalho no qual se possa desenvolver de forma mais adequada as próprias
capacidades (Montero-Marín, García-Campayo y Andrés, 2008; Montero-Marín,
García-Campayo, Mosquera y López, 2009a). Este tipo de trabalhador se encontraria
sem objetivos suficientes, e teria que afrontar condições pouco estimulantes que não
proporcionariam a satisfação necessária (Farber, 1990; 2000a). A perda de interesse
pela pouca variedade de atividades, e a falta de identificação com a monotonia das
tarefas têm sido associados de forma significativa com a síndrome de burnout
(Montero-Marín, García-Campayo, y Andrés, 2009b; Dickinson y Wright, 2008; Borritz,
Bültmann, Ruqulies, Christensen, Villadsen y Kristensen, 2005; Janssen, de Jonge, y
Bakker, 1999; Moreno-Jiménez, Bustos, Matallana, Miralles, 1997; Schwab, Jackson, y
Schuler, 1986).
O tipo de burnout “desgastado” (Farber, 1990, 1991a, 1991b, 1999, 2000a,
2000b, 2001) estaria formado por sujeitos que apresentam sentimentos de falta de
controle sobre os resultados de seu trabalho e falta de reconhecimento pelos seus
próprios esforços, e que finalmente abandonam suas responsabilidades. A falta de
controle é a sensação de impotência que resulta do fato de lidar com muitas situações
de trabalho que se encontram além do próprio controle ou capacidade; a falta de
reconhecimento é a crença de que a instituição/organização onde se trabalha não tem
percebe o esforço e a dedicação despendidos; e o abandono se refere a desistência
como resposta a qualquer dificuldade encontrada (Montero-Marín, García-Campayo y
Andrés, 2008; Montero-Marín, García-Campayo, Mosquera y López, 2009a). Este tipo
de sujeitos se rende frente ao estresse ou ausência de gratificação (Farber, 1990;
2000a), e as características deste perfil se encontram fortemente associadas a
síndrome de burnout (Magnusson, Theorell, Oxenstierna, Hyde y Westerlund, 2008;
Schaufeli, Salanova, 2007; Van Ham, Verhoeven, Groenier, Groothoff y De Haan,
2006, Borritz, Rugulies, Christensen, Villadsen y Kristensen, 2006; Borritz, Bültmann,
Ruqulies, Christensen, Villadsen y Kristensen, 2005; Bühler y Land, 2003).
A prevalência de burnout está relacionada com a de estresse laboral, e as
porcentagens parecem variar em função da profissão, do país de referência e dos
4
pontos de corte aplicados para o diagnóstico (Paoli y Merllié, 2001, Milczarek,
Schneider y Rial-González, 2009). Se considerarmos como casos de burnout aqueles
sujeitos que pontuam alto nas dimensões de cansaço emocional e despersonalização,
ao mesmo tempo que pontuam baixo na dimensão de realização pessoal, os dados de
prevalência encontrados oscilam desde 4% (Schaufeli y Enzmann, 1998) a 30,5%
(Albaladejo y cols, 2004). Em geral, diz-se que ao redor de 12,0% dos trabalhadores
poderiam sofrer atualmente a síndrome de burnout. Tomando como referência o setor
saúde, estima-se a prevalência de burnout em torno de 14,9% (Gil-Monte, 2009).
Mindfulness
A palavra mindfulness pode ser usada para descrever uma característica
psicológica, uma prática de cultivo da atenção no momento presente (por exemplo, por
meio das práticas meditativas do tipo mindfulness), e um modo, estado, ou processo
psicológico (Keng et al., 2011). Uma das definições mais citadas de mindfulness diz
respeito ao estado psicológico que surge por meio de "prestar atenção de uma forma
particular: intencionalmente, no momento presente, e sem julgamento" (Kabat-Zinn,
1990). Descrições e definições de mindfulness fornecidas pela maioria dos
pesquisadores do tema são semelhantes a essa (Keng et al., 2011).
As práticas e intervenções baseadas em mindfulness (palavra inglesa que tem
sido traduzida como atenção plena) são encontradas em diversas tradições culturais,
religiosas, filosóficas e médicas do oriente, como por exemplo, no budismo e na
medicina tibetana. Essas práticas e intervenções têm sido cada vez mais adaptadas e
integradas na prática clínica contemporânea ocidental de forma secular,
principalmente na psicologia e na medicina, podendo ser classificadas dentro do que
chamamos no Brasil de práticas integrativas e complementares (PIC). Junto ao
desenvolvimento na área clínica, tem havido extensa elaboração epistemológica,
como também pesquisa clínica e epidemiológica, buscando estudar o impacto dessas
intervenções na saúde física e psicológica das pessoas e populações (Demarzo,
2011).
Segundo a Rede Britânica de Professores de Mindfulness (UK Network for
Mindfulness-Based Teachers)1 as intervenções terapêuticas baseadas em mindfulness
(mindfulness-based interventions) são de diversos tipos, podendo ser citadas:
Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR), Mindfulness-Based Cognitive Therapy
(MBCT) e Breathworks Mindfulness-Based approaches to Pain and Illness (MBPI). Em
geral, essas intervenções são desenvolvidas em grupo, com encontros presenciais
semanais durante 08 semanas, sendo que cada encontro/sessão tem duração de 2-3
horas, sessões nas quais são ensinadas, praticadas e discutidas técnicas de
mindfulness com foco na saúde.
As intervenções do tipo MBSR foram as pioneiras, desenvolvidas ainda na
década de 1970 por Jon Kabat-Zinn e outros professores da Universidade de
Massachusetts, os quais também criaram um centro para divulgação e pesquisa sobre
o mindfulness (www.umassmed.edu/cfm/home/index.aspx), reconhecido
internacionalmente. O MBCT é uma integração do programa MBSR com a Terapia
Cognitiva Comportamental (http://mbct.co.uk/), e foi inicialmente desenvolvido pelos
pesquisadores Zindel Segal, Mark Williams e John Teasdale como terapia auxiliar na
prevenção da recaída em pacientes com depressão maior; e atualmente é uma das
terapias reconhecidas como efetivas pelo Sistema Nacional de Saúde (National Health
1
Disponível em: www.mindfulnessteachersuk.org.uk (acessado em 15 de janeiro de 2012)
5
Service) do Reino Unido2. O MBPI foi desenvolvido por Vidyamala Burch em
Manchester, Inglaterra, também a partir do MBSR, e é voltado principalmente às
pessoas com dores crônicas e/ou outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)
(www.breathworks-mindfulness.org.uk).
Embora alguns pesquisadores se concentrem quase exclusivamente no
componente de atenção envolvido nas práticas de mindfulness, a maioria segue o
modelo de Bishop e colaboradores (2004), que propuseram que a consciência engloba
dois componentes: 1) autorregulação da atenção, e 2) a adoção de uma determinada
orientação para suas experiências. Autorregulação da atenção refere-se à observação
consciente das sensações, pensamentos ou sentimentos. Ela exige tanto a
capacidade de ancorar a atenção sobre o que está ocorrendo no momento, como a
capacidade de mudar intencionalmente a atenção de um aspecto da experiência para
outro. Orientação para a experiência diz respeito ao tipo de atitude que se tem para
com a experiência vivida, especificamente uma atitude de curiosidade, abertura e
aceitação. Vale a pena notar que "aceitação" no contexto da atenção com mindfulness
não deve ser confundida com passividade ou resignação. Em vez disso, a aceitação
neste contexto se refere à capacidade de experimentar eventos como eles realmente
são, sem recorrer a nenhum dos extremos: o da preocupação excessiva com, ou o da
tentativa de supressão da experiência.
Em suma, as conceituações clínicas e psicológicas mais atuais de mindfulness
trazem dois elementos essenciais: a consciência intencional da própria experiência de
momento a momento; e uma atitude não julgadora e de aceitação da experiência atual
(Keng et al., 2011).
Apesar do fato das investigações sobre mindfulness já terem se iniciado ainda
na década de 1960, foi a partir do final dos anos 1970 que o mindfulness começou a
ser estudado como uma intervenção para melhorar o bem-estar psicológico e a saúde
mental. A aplicação das intervenções baseadas em mindfulness (IBM) como terapia
comportamental para problemas clínicos começaram com o trabalho de Jon Kabat-
Zinn, que explorou o uso do mindfulness (no caso, MBSR) no tratamento de pacientes
com dor crônica (Keng et al., 2011). No geral, as evidências mais atuais sugerem que
o estado de mindfulness é positivamente associado com uma variedade de
indicadores de saúde mental, tais como níveis mais elevados de afetos positivos,
satisfação com a vida, vitalidade e regulação da emoção de adaptação, e menores
níveis de afetos negativos e sintomas psicopatológicos. Também há evidências
crescentes, provenientes de estudos neurobiológicos, que indicam o papel potencial
das IBM na redução da reatividade a estímulos emocionais e melhora do bem-estar
psicológico. Além disso, há trabalhos mostrando a aplicabilidade das IBM em
diferentes patologias como, por exemplo, na melhora de qualidade de vida em
pacientes com câncer, na redução de ansiedade em pacientes com doenças
cardíacas, em distúrbios do humor, e no tratamento de abuso de substâncias (o
desenvolvimento da habilidade de mindfulness parece ainda estar relacionado a uma
menor probabilidade de recaídas em dependentes de nicotina, por exemplo) (Keng et
al., 2011).
O potencial de aplicabilidade de Mindfulness na prevenção do burnout entre
trabalhadores e profissionais é grande. Além dos benefícios clínicos e psicológicos,
explicitados acima, estudos em profissionais em geral têm evidenciado que a prática
2
Ver http://guidance.nice.org.uk/CG90/NICEGuidance/pdf/English (diretrizes para tratamento da
depressão em adultos)
6
ou a participação em um programa de mindfulness pode melhorar o manejo de
situações estressantes no dia-a-dia de trabalho, com menor risco de desenvolvimento
de burnout (esgotamento profissional) e melhora de indicadores de qualidade de vida
associada ao trabalho, aumento da produtividade e diminuição do absenteísmo.
Também, têm sido observados benefícios para a relação profissional-usuário, com
melhora dos níveis de empatia e comunicação interpessoal, proporcionando melhora
dos resultados. Muitas instituições públicas e privadas têm introduzido as práticas de
Mindfulness dentro de seus programas de qualidade de vida, buscando tais benefícios
desde a formação dos profissionais (García-Campayo, 2008; Irving et al, 2009; Justo,
2010; Martín Asuero et al, 2013).
2. OBJETIVOS
Objetivo principal:
Objetivos secundários:
3. HIPÓTESE.
4. METODOLOGIA.
7
Trata-se de um estudo piloto, aberto, com avaliação antes-depois da
intervenção, com apenas um grupo.
Será realizado um estudo piloto que avaliará a efetividade de uma intervenção de
quatro semanas baseada nos programas Mindfulness-Based Stress Reduction
(MBSR) e Mindfulness-Based Approaches to Pain and Ilness (MBPI) no
comportamento de um questionário de subtipos clínicos de burnout (BCSQ-36) e de
outras variáveis de bem-estar psicológico entre servidores do Hospital de Messejana
Dr. Carlos Alberto Studart Gomes em Fortaleza-CE. A divulgação da pesquisa será
realizada pela mídia impressa (panfletos e cartazes) e virtual.
Este projeto faz parte do projeto guarda-chuva da tese de doutorado intitulado
“Efeitos da Acupuntura e de Mindfulness em Usuários com Cefaleia Crônica na
Atenção Primária à Saúde de Fortaleza-Ce: Estudo Controlado e Randomizado,
do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, do Departamento de Medicina
Preventiva, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do grupo de pesquisa
"Mente Aberta" - Centro Brasileiro de Mindfulness e Promoção da Saúde, tendo como
instituição executora a Universidade de Fortaleza (Unifor) em colaboração com o
grupo de pesquisa Cultura e Humanização do Cuidado – CNPq (Unifor).
4.1) Participantes:
4.2) Procedimentos:
O protocolo experimental completo terá duração de aproximadamente 4
semanas. Inicialmente, será realizado um contato com os gestores do Departamento
de Gestão de Pessoas, a fim de apresentar a metodologia e os objetivos da pesquisa
e verificar a disponibilidade dos profissionais e a viabilidade da pesquisa nas
dependências do serviço.
8
Através deste primeiro contato, o recrutamento dos servidores acontecerá por
indicação dos gestores ou por interesse do próprio servidor em participar do estudo.
Os servidores interessados passarão por uma palestra introdutória que terá duração
de uma hora. No conteúdo da palestra será incluído a apresentação da pesquisa e os
componentes de evidência científica das intervenções baseadas em Mindfulness.
Os voluntários serão orientados quanto aos objetivos e procedimentos do
trabalho de pesquisa. Após os esclarecimentos, aqueles que concordarem em
participar da pesquisa deverão declarar sua concordância por meio de Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), aprovado anteriormente pelo Comitê de
Ética em Pesquisa do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes.
Após a assinatura do TCLE, os voluntários receberão a primeira bateria de
questionários da avaliação pré-participação, que consistirá na aplicação dos
instrumentos de autorrelato, descritos a seguir, que caracterizarão a linha de base dos
participantes quanto às variáveis a serem analisadas.
A avaliação pós-participação ocorrerá imediatamente após a
intervenção de quatro semanas. As avaliações serão similares à avaliação pré-
participação, exceto pelo questionário sociodemográfico.
9
4.2.2) Protocolo de Intervenção:
4.3) Instrumentos:
10
Como critério padrão de burnout se utilizará o Maslach Burnout Inventory
General Survey ou MBI-GS (Maslach, Jackson, y Leiter, 1996), utilizando-se a
validação espanhola de Bresó, Salanova e Schaufeli (2007). São 15 itens agrupados
em 3 dimensões: esgotamento, cinismo e eficácia. As respostas se organizam através
de uma escala tipo Likert com 7 itens, valoradas de 0 (nunca) a 6 (sempre). Todas as
dimensões do questionário apresentam consistência interna α≥0,78 (Bresó, Salanova
y Schaufeli, 2007). Está validada em português.
11
a experimentar as emoções e pensamentos não desejados, assim como a
impossibilidade de estar no “momento presente”, e de buscar ações baseadas em
valores de vida, principalmente frente às experiências psicológicas negativas e de
“fracasso”. As características psicométricas da escala são adequadas (Ruiz, 2013). O
questionário será validado para o Brasil em estudo paralelo e independente, sob
coordenação do orientador da tese.
12
do trabalho, pede-se que o sujeito participante marque um ponto em uma linha
contínua de um “termômetro”, a qual representa sua opinião sobre o nível de
compromisso com o qual participa em seu trabalho. O questionário será validado para
o Brasil em estudo paralelo e independente, sob coordenação do orientador da tese.
13
a) Duração: seis meses (de abril a setembro de 2014)
b) Dedicação semanal: 40 horas/semana
14
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Albaladejo, R., Villanueva, R., Ortega, P., Astasio, P., Calle, M., y Domínguez,
V. (2004). Síndrome de burnout en el personal de enfermería de un hospital de Madrid.
Revista Española de Salud Pública, 78, 505-516.
Borritz, M, Rugulies, R., Christensen, K.B., Villadsen, E., Kristensen, T.S.
(2006). Burnout as a predictor of self-reported sickness absence among human
service workers: prospective findings from year follow up of the PUMA study.
Occupational and Environmental Medicine, 63;98-106.
Borritz, M., Bültmann, U., Ruqulies, R., Christensen, K.B., Villadsen, E.,
Kristensen, T.S. (2005). Psychosocial work characteristics as predictors for burnout:
findings from 3-year follow up of the PUMA Study. Journal of Occupational and
Environmental Medicine, 47(10):1015-25.
Brown, K. W., & Ryan, R. The benefits of being present: Mindfulness and its
role in psychological well-being. Journal of Personality and Social Psychology 2003;
84: 822–848.
Bühler, K.E., Land, T. (2003). Burnout and personality in intensive care: an
empirical study. Hospital Topics Fall, 81(4):5-12.
Buunk, B.P. y Schaufeli, W.B. (1993). Burnout from a social comparison
perspective. En W.B. Schaufeli, C. Maslach, y T. Marek (Eds). Professional Burnout:
Recent Developments in Theory and Research (pp. 53-69). Washington: Taylor &
Francis.
Buunk, B.P. y Schaufeli, W.B. (1999). Reciprocity in Interpersonal
Relationships: An Evolutionary Perspectiva on its Importante for Health and Well-
being. En W. Stroebe y M. Hewstone (Eds). European Review of Social Psychology,
10, 260-291.
Cattell, R. B. (1966). The scree test for the number of factors. Multivariate
Behavioral Research, 1, 245-76.
Comrey, A.L. (1985). Manual de análisis factorial. Madrid: Cátedra.
Departamento de Sanidad, Bienestar Social y Familia (2012). Atención
Primaria. Aragón [2011]. Gobierno de Aragón. Disponible en:
http://www.aragon.es/DepartamentosOrganismosPublicos/Departamentos/SanidadBie
nestarSocialFamilia/AreasTematicas/SanidadCiudadano/InformacionEstadisticaSanitar
ia/ci.01_Informacion_sanitaria.detalleDepartamento/
Dickinson, T., y Wright, K. M. (2008). Stress and burnout in forensic mental
health nursing: a literature review. British journal of nursing, 17(2), 82-8.
Etxeberría, J. (2007). Regresión Múltiple. Madrid: La Muralla.
Farber, B. A. (1990). Burnout in Psychotherapist: Incidence, types, and trends.
Psychotherapy in Private Practice, 8 (1), 35-44.
Farber, B. A. (1991a). Symptoms and Types: Worn-Out, Frenetic, and
Underchallenged Teachers. In Barry A. Farber: Crisis in Education. Stress and
Burnout in the American Teacher (pp. 72-97). San Francisco: Jossey-Bass
Publishers.
Farber, B. A. (1991b). Idealism and Disillusionment: Who Teaches, Who
Leaves, and Why. In Barry A. Farber: Crisis in Education. Stress and Burnout in the
American Teacher (pp. 98-125). San Francisco: Jossey-Bass Publishers.
Farber, B. A. (1999). Inconsequentiality -The key to understanding teacher
burnout. In R. Vandenberghe & M. Huberman (Eds.). Understanding and preventing
teacher burnout (pp. 159-165). NY: Cambridge University Press.
15
Farber, B. A. (2000a). Treatment strategies for different types of teacher
burnout. Psychotherapy in Practice, 56(5), 675-689.
Farber, B. A. (2000b). Understanding and Treating Burnout in a Changing
Culture. JCLP / InSession: Psychotherapy in Practice, 56(5), 589–594.
Farber, B. A. (2001). Subtypes of burnout: theory, research and practice. Paper
presented at the Annual Conference, American Psychological Association. San
Francisco.
Fjorback LO, Arendt M, Ørnbøl E, Fink P, Walach H. Mindfulness-Based Stress
Reduction and Mindfulness-Based Cognitive Therapy – a systematic review of
randomized controlled trials. ActaPsychiatrScand 2011: 124: 102–119.
Franco, M., Vivo, J.M. (2007). Análisis de Curvas ROC. Principios básicos y
aplicaciones. Madrid: La Muralla.
Freudenberger, H. (1974). Saff burn-out. Journal of social issues, 30, 159-166.
García, E., Gil, J., y Rodríguez, G. (2000). Análisis Factorial. Madrid: La
Muralla.
García-Campayo, J., Rodero, B., Alda, M., Sobradiel, N., Montero-Marín, J., y
Moreno, S. (2008). Validación de la versión española de la escala de catastrofización
ante el dolor (Pain Catastrophizing Scale) en la fibromialgia. Med Clin, 131(13):487-92.
Gil-Monte, P. R. (2005). El síndrome de Quemarse por el Trabajo (burnout).
Una enfermedad laboral en la sociedad del bienestar. Madrid: Pirámide.
Gil-Monte, P. R. (2009). Algunas razones para considerar los riesgos
psicosociales en el trabajo y sus consecuencias en la salud pública. Revista Española
de Salud Pública, 83, 169-173.
Gil-Monte, P. R., Moreno-Jiménez, B. (2007). El Síndrome de quemarse por el
trabajo (burnout). Grupos profesionales de riesgo. Madrid: Pirámide Psicología.
http://www.wma.net/es/30publications/10policies/b3/index.html
http://www.wpanet.org/content/madrid-ethic-spanish.shtml
Irving JA, Dobkin PL, Park J (2009). Cultivating mindfulness in health care
professionals: A review of empirical studies of mindfulness-based stress reduction
(MBSR). Complementary Therapies in Clinical Practice 15 61–66.
Irving JA, Dobkin PL, Park J. Cultivating mindfulness in health care
professionals: A review of empirical studies of mindfulness-based stress reduction
(MBSR). Complementary Therapies in Clinical Practice 15 (2009) 61–66.
Janssen, P., de Jonge, J., y Bakker, A. (1999). Especific determinats of intrinsic
work motivation, burnout and turnover intentions: A study among nurses. Journal of
advanced Nursing, 29, 1360-1369.
Kaiser, H. F. (1960). The application of electronic computers to factor analysis.
Educational and Psychological Measurement, 20, 141-151.
Keng SL, Smoski MJ, Robins CJ. Effects of mindfulness on psychological
health: A review of empirical studies. Clinical Psychology Review.2011, 31: 1041–
1056.
Magnusson Hanson, L. L., Theorell, T., Oxenstierna, G., Hyde, M., Westerlund,
H. (2008). Demand, control and social climate as predictors of emotional exhaustion
symptoms in working Swedish men and women. Scandinavian Journal of Public
Health, 36(7), 737-43.
Martín Asuero A, Rodríguez Blanco T, Pujol-Ribera E, Berenguera A, Moix
Queraltó J (2013). [Effectiveness of a mindfulness program in primary care
professionals.]. Gac Sanit. 2013 May 27. doi:pii: S0213-9111(13)00086-1.
16
10.1016/j.gaceta.2013.04.007. [Epub ahead of print] Spanish. PubMed PMID:
23721869.
Martínez-González, M.A., Sánchez-Vallegas, A., y Faulín, J. (2006).
Bioestadística amigable (2ª ed.). Madrid: Díaz de Santos.
Maslach, C. (1986). Stress, burnout and workaholism. In R.R. Killberg, P.E.
Nathan, & R.W. Thoreson (Eds.), Professionals in distress: Issues, syndromes and
solutions in psychology (pp. 53–73). Washington, DC: American Psychological
Association.
Maslach, C., Jackson, S.E., Leiter, M.P. (1996). Maslach Burnout Inventory.
Palo Alto, CA: Consulting Psychologist Press.
Maslach, C., Schaufeli, W. B., y Leiter, M. P. (2001). Job Burnout. Annual
Review of Psychology, 52, 397-422.
Maslach, C., y Jackson, S.E. (1981). Maslach Burnout Inventory. Palo Alto,
CA: Consulting Psychologists Press.
Milczarek, M., Schneider, E., y Rial-González, E. (2009). OSH in figures: stress
at work - facts and figures. Luxemburg: European Agency for Safety and Health at
Work.
Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales (2006). Encuesta de Calidad de Vida
en el Trabajo (ECVT). Disponible en
http://www.mtas.es/Estadisticas/ecvt/Ecvt2006/index.htm
Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales (2007). VI Encuesta Nacional de
Condiciones de Trabajo. Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el trabajo.
Disponible en http://www.mtas.es/insht/statistics/viencuesta.pdf
Montero-Marín, J., García-Campayo, J. J. y Andrés, E. (2008). Análisis
exploratorio de un modelo clínico basado en tres tipos de burnout. Cuadernos de
Medicina Psicosomática y Psiquiatría de Enlace, 88, 41-49.
Montero-Marín, J., García-Campayo, J. J., y Andrés, E. (2009b). Validez
Factorial de la estructura del Cuestionario Breve de Burnout (CBB). Revista de
Psicopatología y Psicología Clínica, 14(2), 123-132.
Montero-Marín, J., García-Campayo, J.J., Mosquera, D., y López, Y. (2009a).
A new definition of burnout syndrome based on Farbers’s proposal. Journal of
Occupational Medicine and Toxicology, 4:31.
Moreno-Jiménez, B., Bustos, R., Matallana, A., y Miralles, T. (1997). La
evaluación del burnout. Problemas y alternativas. El CBB como evaluación de los
elementos del proceso. Revista de Psicología del Trabajo y de las Organizaciones, 13,
2, pp. 185-207.
Múñiz, J. (1998). Teoría Clásica de los Test. Madrid: Pirámide.
Paoli, P., y Merllié, D. (2001). Thirtd European survey on working conditions
2000. Dublin: European Foundation for the Improvement of Living and Working
Conditions.
Raes, F., Pommier, E., Neff, K. D., & Van Gucht, D. (2011). Construction and
factorial validation of a short form of the Self-Compassion Scale. Clinical Psychology &
Psychotherapy. 18, 250-255.
Salanova, M., y Llorens, S. (2008). Estado actual y retos futuros en el estudio
del burnout. Papeles del Psicólogo, 29(1),59-67.
17
Sandín, B. (2008). El estrés crónico (I): estrés crónico laboral. En Bonifacio
Sandín: El estrés psicosocial: conceptos y consecuencias clínicas (2ª ed., pp.123-
150). Madrid: Ed. Klinik.
Sandín, B., Chorot, P., Lostao, L., Joiner, T.E., Santed, M.A., y Valiente, R.M.
(1999). Escalas PANAS de afecto positivo y negativo: Validación factorial y
convergencia transcultural. Psicothema, 11, 37-51.
Schaufeli, W. B., y Enzmann, D. (1998). The burnout companion to study and
practice: A critical analysis. London: CRC Press - Taylor y Francis Group.
Schaufeli, W.B. (2005). Burnout en profesores: Una perspectiva social del
intercambio. Revista de Psicología del Trabajo y de las Organizaciones, 21(1-2), 15-
35.
Schaufeli, W.B. y Salanova, M. (2007). Efficacy or inefficacy, that's the
question: burnout and work engagement, and their relationship with efficacy beliefs.
Anxiety Stress Coping, 20(2), 177-96.
Schaufeli, W.B., Salanova, M., González-Romá. V., y Bakker, A.B. (2002). The
measurement of engagement and burnout: A confirmatory factor analytic approach.
Journal of Happiness Studies, 3, 71–92.
Schaufeli, W.B., Taris, T. W., y Van Rhenen, W. (2008). Workaholism, Burnout,
and Work Engagement: Three of a Kind or Three Different Kinds of Employee Well-
being? Applied Psychology: An International Review, 57(2), 173-203.
Schaufeli, W.B., y Buunk, B.P. (2002). Burnout: An overview of 25 years of
reserarch and theorizing. M.J. Schabracq, J.A.M. Winnubst, C.L. Cooper. Handbook of
work and health psychology (pp. 383-425). Chichester: Wiley.
Schwab, R.L., Jackson, S.E., y Schuler, R.S. (1986). Educator burnout:
sources and consecuences. Educational Research Quartely, 10, 14-30.
Siegrist, J. (1996). Stress work, self-experience, and cardiovascular disease
prevention. En K. Orth-Gomér y N. Schneiderman (Eds.), Behavioral medicine
approaches to cardiovascular disease prevention (pp. 87-102). Mahwah, NJ: LEA.
Siegrist, J., Siegrist, K., y Weber, I. (1986). Sociological concepts in the
etiology of chronic disease: The case of ischemic Herat disease. Social Science and
Medicine, 22, 247-253.
Siegrist, J., y Matschinger, H. (1989). Restricted status control and
cardiovascular risk. En A. Steptoe y A. Apples (Eds.), Stress, personal control and
health (pp. 65-82). Chichester: Wiley.
Silva, L.C. y Barroso, I.M. (2004). Regresión Logística. Madrid: La
Muralla/Hespérides.
Spence, J. T., y Robins, A. S. (1992). Workaholism: Definition, measurement,
and preliminary results. Journal of Personality Assessment, 58(1), 160-178.
Sullivan MJL, Adams H, Horan S, Maher D, Boland D, Gross R. The Role of
Perceived Injustice in the Experience of Chronic Pain and Disability: Scale
Development and Validation. J Occup Rehab 2008
Van Ham, I., Verhoeven, A.A., Groenier, K.H. Groothoff, J.W., y De Haan, J.
(2006). Job satisfaction among general practitioners: a systematic literature review.
European Journal of General Practice, 12(4), 174-80.
Vercambre, M.N., Brosselin, P., Gilbert, F., Nerrière, E., y Kovess-Masféty, V.
(2009). Individual and contextual covariates of burnout: a cross-sectional nationwide
study of French teachers. BMC Public Health, 9:333.
18
Viviers, S., Lachance, L., Maranda, M.F., y Ménard, C. (2008): Burnout,
psychological distress, and overwork: the case of Quebec's ophthalmologists.
Canadian Journal of Ophthalmology, 43:535-46.
World Medical Association (2008). Declaration of Helsinki (Seúl): Ethical
Principles for Medical Research Involving Human Subjects. Disponible en:
World Psychiatric Association (2002). Declaración de Madrid (Yokohama) sobre
los requisitos éticos de la práctica de la Psiquiatría. Disponible en:
19