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Termoquímica

química II

A Termoquímica é a parte da Termodinâmica que tem por objetivo 5. Entalpia


estudar as trocas de calor associadas às reações químicas, ou ainda, entre A entalpia é o calor trocado a pressão constante.
o “sistema químico” e suas vizinhanças.
Todas as leis estudadas na Termodinâmica continuam válidas, porém 5.1 Demonstração
precisamos olhá-las sob outro ponto de vista, o químico! Considerando a equação acima para dois casos particulares de
É necessário perceber que certas máximas físicas não se aplicam mais variação de energia de um sistema:
aos sistemas em que as reações químicas se processam.
I. O volume permanece constante durante a transformação:
1. Energia interna (E)
E = qV
A energia interna é a energia total de um sistema, ou seja, a soma
de todas as energias cinéticas ou potenciais associadas às partículas,
átomos ou moléculas. II. A pressão permanece constante durante a transformação.
Experimentalmente é mais fácil estudar as reações químicas à
A determinação da energia total de um sistema não chega a ser
pressão constante. Se um sistema sofre uma transformação de A
possível, entretanto, o estudo de suas variações é extremante simples.
para B, temos que:
Por convenção, teremos a seguinte notação: qP = qB − q A = ( EB − EA ) + P(VB − VA )
qP = qB − q A = ( EB + PVB ) − ( EA + PVA )
• ∆U > 0, denota que a energia aumentou dentro do sistema, ou seja,
de alguma forma a energia fluiu de fora para dentro do sistema;
• ∆U < 0, denota que a energia diminui dentro do sistema, ou seja, de É conveniente criar uma função de estado, dependente de
alguma forma a energia fluiu de dentro para fora do sistema. E, P e V : H = E + P · V, denominada entalpia.

2. Calor (Q) qP = HB − H A = ∆H
É a energia que flui do sistema para suas vizinhanças ou vice-versa.
Assim, temos para uma transformação a pressão constante:
Por convenção, teremos a seguinte notação:
∆H = ∆E + P ⋅ ∆V
• Q > 0: o calor será representado como positivo quando o sistema
absorver energia, ou seja, quando fluir energia das vizinhanças para Obs:
dentro do sistema. I. Para reações em que somente estão envolvidos líquidos e sólidos,
• Q < 0: calor será representado como negativo quando o sistema liberar ocorrem modificações de volume muito pequenas. Se as reações são
energia, ou seja, quando fluir energia do sistema para suas vizinhanças. feitas em pressão relativamente baixa de 1atm, P · ∆V é muito pequeno,
de modo que temos:
3. Trabalho (w)
Uma reação química pode realizar dois tipos de trabalho: ∆H ≅ ∆E (reações envolvendo somente sólidos e líquidos)

• o trabalho devido à variação de volume gasoso; II. Se há produção ou consumo de gases durante a reação, ∆H e ∆E
• o trabalho elétrico devido a troca de elétrons em um processo de podem ser bem diferentes. Assim, em temperatura constante:
oxirredução, que será discutido em eletroquímica.
∆H = ∆E + ∆n ⋅ R ⋅ T
Em relação ao sinal do “trabalho de volume”, é importante analisarmos
com a ótica da energia envolvida. Para expandir-se, um sistema realiza 6. Tipos de reação
trabalho “empurrando” suas vizinhanças pra que consiga aumentar de
volume. Dessa forma, o sistema gasta energia para conseguir sua expansão, 6.1 – Reações endotérmicas
ou seja, tem sua energia interna total diminuída. Reações que absorvem calor → ∆H > 0 (positivo)
Então, podemos dizer que o trabalho realizado é calculado por Ex.: 2 HBr (g) → H2 (g) + Br2 (g)
w = − Pext ⋅ ∆V . ∆H = 8,7 Kcal

4. Primeira lei da termodinâmica Pode, também, ser representada com o calor fazendo parte efetiva da reação:
A energia interna de um sistema isolado é constante.
E =q+w , 2 HBr (g) + 8,7 Kcal → H2 (g) + Br2 (g)
A partir da situação mais comum, temos a equação acima na forma: 2 HBr (g) → H2 (g) + Br2 (g) – 8,7 Kcal

 Mudança de   Calor adicionado   Trabalhorealizado 


 = + 
 energiainterna   aosistema   pelosistema 
E = q − p ⋅ ∆V

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QUÍMICA II
Representação gráfica: II. Quantidade de reagentes – o calor de uma reação é diretamente
proporcional à quantidade dos participantes da reação.

H Exemplo: A queima de um palito de fósforo libera uma certa quantidade de


calor Q, enquanto a queima de dois palitos de fósforo liberará o dobro (2Q).

III. Estado físico dos reagentes (sólido, líquido e gasoso) – para cada
estado físico de uma substância, temos energias associadas diferentes.
R
O estado gasoso sempre será o de maior energia, enquanto o sólido
o de menor energia para uma mesma substância, já que é preciso
fornecer calor latente para as mudanças de fase.
R
IV. Variedade alotrópica – a energia associada a cada forma alotrópica
varia. Quanto maior a estabilidade de uma certa forma alotrópica,
menor sua entalpia.

t Exemplo: C grafite e C diamante – o grafite é mais estável, portanto terá


uma entalpia menor – cerca de 0,5 kcal/mol de diferença.
6.2 Reações exotérmicas
Reações que liberam calor → ∆H < 0 (negativo) 8. Cálculo da variação de entalpia
8.1 Energia de formação
Ex.: C (grafite) + O2 (g) → CO2 (g)
Durante a formação de uma substância, a partir de suas substâncias
∆H = – 94,0 Kcal
simples mais estáveis, o calor liberado ou absorvido denomina-se calor de
formação da substância. Se esta formação ocorre a 25°C e 1 atm, o calor
Pode, também, ser representada com o calor fazendo parte efetiva da
liberado é definido como sendo o calor padrão de formação da substância
reação:
C (grafite) + O2 (g) → CO2 (g) + 94 Kcal e é representado por ∆H o ou ∆Hf o .
C (grafite) + O2 (g) – 94 Kcal → CO2 (g) Por convenção, o calor de formação (entalpia) de qualquer elemento
químico puro, no estado padrão, é igual a zero.
Representação gráfica: O cálculo da variação da entalpia é feito por:

H ∆HR = ∑ HOf dos produtos – ∑ HOf dos reagentes

9.2 Energia de ligação


Durante uma reação química, temos a quebra e a formação de diversas
R ligações, esses fenômenos ocorrem com o envolvimento de energia.
Quando temos a formação de uma ligação química (processo estável),
temos liberação de energia, ao ter a quebra de uma ligação química
(processo forçado) tem-se o fornecimento de energia. Utilizando os dados
P
de energia de ligação, é possível calcular a variação de entalpia por:

∆HR = ∑ ELIGAÇÃO dos reagentes – ∑ ELIGAÇÃO dos produtos

t 9.3 Lei de Hess


A variação de entalpia de uma reação é a mesma, quer ela se verifique
7. Fatores que afetam o ∆H de uma só vez, quer em várias etapas. Isso significa que é possível
I. Condições de temperatura e pressão – é muito comum trabalhar apenas combinarem-se as entalpias padrões de várias reações para se ter a entalpia
nas condições padrão (25°C e 1atm), porém, usando os conhecimentos de outra reação, operando de maneira algébrica.
de calorimetria, é simples calcular o ∆H para uma nova temperatura
a partir do ∆H fornecido nas condições padrão e. Generalizando para uma reação química do tipo:

Exemplo resolvido: aA + bB + ... → mM + nN + ...


Sabendo que a reação genérica 2A → B possui ∆H (25°C) = +10 Kcal, ∆H = ( m ⋅ ∆H Mo + n ⋅ ∆HNo + ...) − ( a ⋅ ∆H Ao + b ⋅ ∆HBo + ...) , em função dos
O

calcule o ∆H (30°C). calores de formação.


(Dados: cp de A = 3 cal · mol–1 K–1 e cp de B = 5 cal · mol–1 K–1)
S o l u ç ã o : ∆ H 303 = ∆ H 298 + ( n c ∆ T ) B – ( n c ∆ T ) A = A Lei de Hess também é aplicada nos cálculos das energias de
=10.000 + 1 · 5 · (303 – 298) – 2 · 3 · (303 – 298) = 9.995 cal. dissociação das ligações, ionização de compostos, dissociação em água, etc.

288 Assunto 14
Termoquímica
Podemos utilizar a lei de Hess para o cálculo de variação de entalpia,
conforme abaixo: Calcule o ∆H da reação de oxidação do álcool etílico:

I. 1 C (grafite) + 1 O2 (g) → 1 CO2 (g) ∆HI = – 94,1 Kcal 1 C2H5OH(l) + 1/2 O2(g) → 1 C2H4O(l) + H2O(l), nas mesmas condições.

II. 2 CO (g) + 1 O2 (g) → 2 CO2 (g) ∆HII = – 135,4 Kcal Resolução:


1 C2H5OH(l) + 3 O2(g) → 2 CO2 (g) + 3 H2O(l) ∆H = – 327,6 Kcal
III. 2 C (grafite) + 1 O2 (g) → 2 CO (g) ∆HIII = ? Kcal
2 CO2(g) + 2 H2O(l) → 1 C2H4O(l) + 5/2 O2 (g) ∆H = + 279,0 Kcal
Eq. I. · 2  2 C (grafite) + 2 O2 (g) → 2 CO2 (g) 2 · ∆HI
1 C2H5OH(l) + 3 O2 (g) + 2 CO2 (g) + 2 H2O(l) → 2 CO2 (g) + 3 H2O(l) +
Eq. II. inverte  2 CO2 (g) → 2 CO (g) + 1 O2 (g) (–) ∆HII 1 C2H4O(l) + 5/2 O2 (g)

Somando-se as duas  2 C (grafite) + 1 O2 (g) → 2 CO (g) ∆HIII Simplificando como se fosse uma igualdade matemática:

∆HIII = 2 ∆HI – ∆HII 1 C2H5OH(l) + 1/2 O2 (g) → 1 C2H4O(l) + H2O(l)


∆HIII = 2 · (– 94,1) – (– 135,4) → ∆HIII = – 52,8 Kcal ∆H = – 327,6 + 279,0 = – 48,6 Kcal

exercícios resolvidos
01 Considere a reação de adição de gás cloro, Cl2 (g), ao eteno, C2H4
(g). Calcule o ∆H da reação sendo conhecidas as energias de ligação
9. Entropia
abaixo : A entropia é uma medida da desordem de um sistema. Qualquer
H–C : 98,8 Kcal / mol, C–C : 82,9 Kcal / mol, C=C : 146,8 Kcal / mol, processo espontâneo deve conduzir a um aumento total na entropia do
C–Cl : 78,2 Kcal / mol, Cl–Cl : 58,0 Kcal / mol universo (segunda lei da termodinâmica).
A entropia padrão de uma reação química calcula-se a partir das
Resolução: entropias absolutas dos reagentes e produtos.
∆H = (ECl–Cl + 4 EC–H + EC=C) – (2 EC–Cl + 4 EC–H + EC–C) A entropia de um sistema pode ser calculada pela relação:
∆H = (58 + 4 · 98,8 + 146,8 ) – (2 · 78,2 + 4 · 98,8 + 82,9)
Q
∆S =
∆H = – 34,5 kcal T

02 Calcule o ∆H de combustão de 1 mol de ácido acético, dados os


seguintes ∆H°f , em condições padrão: 10. Energia livre de gibbs
A energia livre está associada à espontaneidade da transformação.
∆HOf , C2H4O2 (l) = – 116,4 Kcal / mol
∆HOf , CO2 (g) = – 94,05 Kcal / mol
∆HOf , H2O (l) = – 68,03 Kcal / mol ∆G = ∆H – T · ∆S

Resolução:
A reação de combustão pode ser representada por: C2H4O2 + 2 O2 →  ∆G > 0, o processo não é espontâneo
2 CO2 + 2 H2O, logo teremos: 
Quando:  ∆G = 0, o processo está em equilíbrio químico (equilíbrio dinâmico)
∆H = [2 ∆HOf , CO2 + 2 ∆HOf, H2O] – [∆HOf, C2H4O2 + ∆HOf, O2]  ∆G < 0, o processo é espontâneo

∆H = [2 · (– 94,05) + 2 · (– 68,03)] – [ (– 116,4) + (0)]
(subst. simples: ∆H°f, O2 = 0) A mudança de energia livre de uma reação é obtida a partir da energia
livre padrão de formação dos reagentes e produtos.
∆H = – 207,76 kcal

03 Dadas as reações:
11. Relações entre energia livre de gibbs
I. 1 C2H5OH(l) + 3 O2 (g) → 2 CO2 (g) + 3 H2O(l) ∆H = – 327,6 Kcal e a constante de equilíbrio químico
II. 1 C2H4O(l) + 5/2 O2 (g) → 2 CO2 (g) + 2 H2O(l) ∆H = – 279,0 Kcal A constante de equilíbrio de uma reação e a variação de energia livre
padrão da reação relacionam-se por meio da equação: ∆G°= – R · T ln Kc.

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QUÍMICA II

01 (UERJ) Ao se dissolver uma determinada quantidade de cloreto de 04 (PUC-MG) Sejam dados os processos abaixo:
amônio em água a 25°C, obteve-se uma solução cuja temperatura foi de
15ºC. A transformação descrita caracteriza um processo do tipo: I. Fe(s) → Fe(ℓ)
II. H2O(ℓ) → H2(g) + 1/2 O2(g)
(A) atérmico. (D) exotémico. III. C(s) + O2(g) → CO2(g)
(B) adiabático. (E) endotérmico. IV. H2O(v) → H2O(s)
(C) isotérmico. V. NH3(g) → 1/2 N2(g) + 3/2 N2(g)

02 (UNIRIO) Observe os diagramas I e II de energia obtidos para a reação A opção que representa somente fenômenos químicos endotérmicos é:
A → B e assinale a opção correta.
(A) I, II e V. (C) III e IV apenas.
I II
(B) II e V apenas. (D) II, III e V.

05 (UERJ) As equações químicas a seguir representam reações de síntese,


realizadas em diferentes condições, para a obtenção de uma substância
hipotética XY.
Entalpia

Entalpia

A A
I. X2 (g) + Y2 (g) → 2 XY (l) + Q1
II. X2 (g) + Y2 (g) → 2 XY (s) + Q2
B B III. X2 (g) + Y2 (g) → 2 XY (g) + Q3

Caminho da reação Caminho da reação Considere Q1 , Q2 e Q3 as quantidades de calor liberadas, respectivamente,


nas reações I, II e III. A relação entre essas quantidades está expressa na
(A) A variação de entalpia em I é menor do que em II. seguinte alternativa:
(B) A energia de ativação em II é maior do que em I.
(C) A reação representada nos diagramas I e II é endotérmica. (A) Q1 > Q2 > Q3. (C) Q3 > Q1 > Q2.
(D) A reação em II ocorre em presença de um catalisador. (B) Q2 > Q1 > Q3. (D) Q3 > Q2 > Q1.
(E) A reação representada nos diagramas I e II não ocorre.
06 (CESGRANRIO) Num teste de um motor de fórmula Indy, verificou-se o
03 (CESGRANRIO) O gráfico abaixo refere-se ao diagrama energético de consumo de 8 L de metanol a cada volta de um circuito. Considerando-se
uma reação química (reagentes → produtos) onde se veem destacados dois esse consumo representado pela combustão completa do álcool, qual é,
caminhos de reação: aproximadamente, a quantidade de calor liberada por aquele motor, ao final
Caminho 1: reação normal de 5 voltas, em Kcal?
Caminho 2: reação com um catalisador (Dados: C = 12; O = 16; H = 1; entalpia de combustão de metanol
= – 173,6 Kcal/mol; densidade do metanol = 0,79)
Entalpia 1
c 2 07 (PUC-RJ) A combustão completa do etino (mais conhecido como
acetileno) é representada na equação:
a
b C2H2(g) + 2,5O2(g) → 2CO2(g) + H2O(g), ∆HO = – 1255 kJ. Assinale a
alternativa que indica a quantidade de energia, na forma de calor, que é
HR
liberada na combustão de 130 g de acetileno, considerando o rendimento
d
dessa reação igual a 80%.
HP
(A) – 12550 kJ. (C) – 5.020 kJ.
Caminho da reação (B) – 6275 kJ. (D) – 2.410 kJ.
HR – entalpia dos reagentes
HP – entalpia dos produtos 08 (UERJ) A metabolização do etanol das bebidas alcoólicas pelo
organismo humano se dá através de uma combustão na qual, reagindo
Após uma análise das entalpias dos reagentes, dos produtos e dos valores com o oxigênio, o etanol forma dióxido de carbono e água. Apesar de o
a, b, c e d, podemos afirmar que a organismo receber a energia produzida por esta combustão, o consumo de
tais bebidas não é recomendado, pois, dentre outros fatores, não contêm
(A) reação é endotérmica e a presença do catalisador diminui o ∆H de a vitaminas nem aminoácidos. Considere as seguintes informações:
para b.
(B) reação é endotérmica e a representa o ∆H com a presença do Entalpia padrão de
catalisador. Substância
formação (kcal/mol)
(C) reação é exotérmica e a energia de ativação, sem a presença do
catalisador, é representada por c. H2 O – 68,5
(D) presença do catalisador diminui ∆H da reação, representada por c. CO2 – 94,1
(E) presença do catalisador diminui a energia de ativação de a para b e CH3CH2OH – 66,2
mantém constante o ∆H da reação representada por d.

290 Assunto 14
Termoquímica
Sabendo que a combustão ocorre nas condições padrão e que 1 caloria Energia de ligação
alimentar (Cal) equivale a 1 kcal, calcule a quantidade de calorias alimentares Ligação
(kJ mol–1)
resultante da metabolização de 9,2 g de etanol, contidos em uma certa
dose de bebida alcoólica. O=O 498
C–H 413
09 (UERJ) O alumínio é utilizado como redutor de óxidos, no processo
denominado aluminotermia conforme mostra a equação química: C–O 357
8 A(s) + 3 Mn3O4(s) → 4 A2O3(s) + 9 Mn(s).Segundo a equação, para C=O 744
a obtenção do Mn (s), qual a variação de entalpia, em kJ?
O–H 462
Entalpia de formação
Substância
(kJ/mol) Em relação ao metanal, determine a variação de entalpia correspondente
A2O3 (s) – 1667,8 à sua oxidação, em kJ ⋅ mol–1.

Mn3O4 (s) – 1385,3 13 (FUVEST) Pode-se conceituar energia de ligação química como
sendo a variação de entalpia (∆H) que ocorre na quebra de 1 mol
10 (UFRJ) F. Haber (Prêmio Nobel – 1918) e C. Bosch (Prêmio Nobel – 1931) de uma dada ligação. Assim, na reação representada pela equação:
foram os responsáveis pelo desenvolvimento do processo de obtenção de NH3 (g) → N(g) + 3H(g), ∆H = 1170 kJ/mol NH3, são quebrados 3 mols de
amônia (NH3) a partir do nitrogênio (N2) e do hidrogênio (H2). ligação N – H, sendo, portanto, a energia de ligação N – H igual a 390 kJ/mol.
O trabalho de Haber e Bosch foi de fundamental importância para a produção de Sabendo-se que na decomposição: N 2H 4 (g) → 2N(g) + 4H(g),
fertilizantes nitrogenados, o que permitiu um aumento considerável na produção ∆H = 1.720 kJ/mol N2H4, são quebradas ligações N – N e N – H, qual o
mundial de alimentos; por esse motivo, o processo Haber-Bosch é considerado valor, em kJ/mol, da energia de ligação N – N?
uma das mais importantes contribuições da química para a humanidade.
(A) 80.
A amônia, ainda hoje, é produzida com base nesse processo. (B) 160.
O gráfico a seguir relaciona o calor liberado pela reação com a massa de (C) 344.
nitrogênio consumida. (D) 550.
(E) 1.330.
Calor liberado
(kJ) 14 (UFF) Quando o benzeno queima na presença de excesso de oxigênio,
a quantidade de calor transferida à pressão constante está associada à
69 reação: C6H6() + 15/2O2(g) → 6CO2(g) + 3H2O(). O calor transferido
nesta reação é denominado calor de combustão. Considerando as reações
abaixo, calcule o calor de combustão do benzeno.

21 Massa consumida 6C (grafite) + 3H2 → C6H6 (); ∆H = 49,0 kJ


de N2 (gramas) C(grafite) + O2 (g) → CO2 (g); ∆H = – 393,5 kJ
H2 (g) + ½ O2 (g) → H2O (); ∆H = – 285,8 kJ
a. Determine a entalpia de formação da amônia, em kJ.
b. Escreva a fórmula estrutural do NH3. 15 (CESGRANRIO) O gás hilariante (N2O) tem característica anestésicas
e age sobre o sistema nervoso central, fazendo com que as pessoas riam
11 (UNIRIO) O gás cloro (C2), amarelo-esverdeado, á altamente tóxico. de forma histérica. Sua obtenção é feita a partir de decomposição térmica
Ao ser inalado, reage com a água existente nos pulmões, formando ácido do nitrato de amônio (NH4NO3), que se inicia a 185ºC, de acordo com a
clorídrico (HC), um ácido forte capaz de causar graves lesões internas, seguinte equação : NH4NO3(s) → N2O (g) + 2 H2O (g).
conforme a reação abaixo. No entanto, o processo é exotérmico e a temperatura fornecida age como
energia de ativação. Sabendo-se que as formações das substâncias N2O,
Energia de ligação H2O e NH4NO3 ocorrem através das seguintes equações termoquímicas:
Ligação
(kJ/mol; 25°C e 1 atm)
N2 (g) + ½ O2 (g) → N2O (g) – 19,5 Kcal
Cl – Cl 243
H2 (g) + ½ O2 (g) → H2O (g) + 57,8 Kcal
H–O 464 N2 (g) + 2 H2 (g) + 3/2 O2 (g) → NH4NO3 (s) + 87,3 Kcal
H – Cl 431
Qual é a quantidade de calor liberada, em kcal, no processo de obtenção
Cl – O 205 do gás hilariante?

16 O ácido pirúvico (C3H4O3), ao ser oxidado, segundo a equação não


Utilizando os dados constantes na tabela acima, calcule o valor correto da balanceada a seguir, produz ácido acético (C2H4O2) e gás carbônico (CO2).
variação de entalpia verificada, em kJ/mol. Sabendo-se que os calores de combustão do ácido pirúvico e do ácido
acético são 277,0 kcal/mol e 207,0 kcal/mol, respectivamente, determine
12 (UERJ) O metanal é um poluente atmosférico proveniente da queima de a variação de entalpia no processo de oxidação de 2,0 moles do ácido
combustíveis e de atividades industriais. No ar, esse poluente é oxidado pelo pirúvico a ácido acético e CO2.
oxigênio molecular formando ácido metanoico, um poluente secundário. C3H4O3 () + O2 (g) → C2H4O2 () + CO2 (g)
Na tabela abaixo, são apresentadas as energias das ligações envolvidas (25°C, 1atm).
nesse processo de oxidação.

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QUÍMICA II
17 (UECE) Para avaliar o “grau de desordem” de um sistema, os cientistas
idealizaram uma grandeza denominada entropia, usualmente designada por
S, tal que:
01 (UFMG) O cloreto de sódio, NaC, é um composto iônico, solúvel
I. Aumento de desordem → aumento de entropia
em água. Sua dissolução pode ser assim representada: dissolução do
∆S > 0, ∆S = S(final) – S(inicial)
cristal: NaC(s) → Na+ (aq) + C– (aq). Esse processo também pode
II. Aumento de ordem → diminuição de entropia
ser representado, formalmente, em duas etapas:
∆S < 0, S(final) < S(inicial)

A transformação em que ocorre diminuição de entropia é: I. Dissociação do cristal: NaC(s) → Na+ (g) + Cℓ– (g)
água
II. Solvatação dos íons: Na+ (g) + C– (g) Na+ (aq) + Cℓ– (aq)
fusão
(A) Ferro(s) Ferro(l)
Considerando-se essas etapas da dissolução do cristal, é correto afirmar
(B) C6H6(l)+3H2(g) C6H12 (l)
que,
(C) 2O3(g) 3O2(g)
vaporização
(D) H2O(l) H2O(v) (A) na etapa da solvatação dos íons do cloreto de sódio, ocorre liberação
de energia.
18 (PUC-SP) A 25°C e 1 atm têm-se: (B) na água pura, as interações entre as moléculas são mais fortes que
as interações entre os íons no cristal.
∆H de formação do CO2 = – 94,1 kcal/mol (C) na solução de cloreto de sódio, as moléculas de água estabelecem
∆H de formação de H2O = – 68,3 kcal/mol ligações de hidrogênio com os íons sódio.
∆H de combustão do C2H2 = – 310,6 kcal/mol (D) na etapa da dissociação do cloreto de sódio, a energia do retículo
∆S de formação do C2H2 = – 0,048 kcal/mol cristalino é liberada.

Escolha entre as alternativas relacionadas na tabela a seguir a que completa, 02 (ENEM) Nas últimas décadas, o efeito estufa tem se intensificado de
adequadamente, a afirmação: maneira preocupante, sendo esse efeito muitas vezes atribuído à intensa
A 25 °C e 1 atm, ∆H de formação do C2H2 é_________, ∆G é __________, liberação de CO2 durante a queima de combustíveis fósseis para geração
portanto o processo é __________. de energia. O quadro traz as entalpias padrão de combustão a 25°C (∆H0)
do metano, do butano e do octano.

∆H em kcal/mol ∆G em kcal/mol Espontaneidade


Fórmula Massa molar
Composto ∆H25
0
(kJ/mol)
(A) + 54,1 – 68,4 espontâneo molecular (g/mol)
(B) – 54,1 + 68,4 não espontâneo metano CH4 16 – 890
(C) + 54,1 + 68,4 não espontâneo butano C4H10 58 – 2.878
(D) – 54,1 – 55,3 espontâneo octano C8H18 114 – 5.471
(E) + 54,1 + 55,3 não espontâneo
À medida que aumenta a consciência sobre os impactos ambientais
relacionados ao uso da energia, cresce a importância de se criar políticas
19 (UFRN) Um béquer de vidro, com meio litro de capacidade, em
de incentivo ao uso de combustíveis mais eficientes. Nesse sentido,
condições normais de temperatura e pressão, contém 300 mL de água considerando-se que o metano, o butano e o octano sejam representativos
líquida e 100 g de gelo em cubos. Durante o processo de fusão do gelo nas do gás natural, do gás liquefeito de petróleo (GLP) e da gasolina,
condições do sistema descrito no texto (273 K e 1,0 atm), deve ocorrer: respectivamente, então, a partir dos dados fornecidos, é possível concluir
que, do ponto de vista da quantidade de calor obtido por mol de CO2 gerado,
(A) aumento de entropia e diminuição de entalpia. a ordem crescente desses três combustíveis é:
(B) diminuição de entalpia e de entropia.
(C) diminuição de entropia e aumento de entalpia. (A) gasolina, GLP e gás natural.
(D) aumento de entalpia e de entropia. (B) gás natural, gasolina e GLP.
(C) gasolina, gás natural e GLP.
20 (UFPE) Considere as equações químicas escritas a seguir. (D) gás natural, GLP e gasolina.
(E) GLP, gás natural e gasolina.
I. Cℓ2 (g) + H2O() → HC(aq) + HCO(aq)
II. 4NH3(g) + 5O2(g) → 4NO(g) + 6H2O(g), ∆G = – 960 kJ/ mol 03 (UFRJ) Em 1854, com a inauguração da Companhia de Iluminação a
III. Fe2O3(s) + 2A(s) → A2O3(s) + 2Fe(s), ∆H0 = – 851,5 kJ Gás, o Rio de Janeiro passou a ser uma das primeiras cidades, no mundo,
a usufruir de iluminação a gás. O processo era baseado na reação entre
Com base nos dados acima, pode-se afirmar que: carvão incandescente e vapor d’água, produzindo uma mistura gasosa
chamada de gás de água ou gás azul, segundo a equação:
( ) I representa uma reação em que ocorre aumento de entropia.
( ) II representa uma reação química espontânea. C(s) +H2O(v) 1 → CO(g) +H2 (g)
( ) todas as equações representam reações de oxirredução.
.000° C   
gás de água
( ) III representa uma reação química fortemente endotérmica, nas
condições padrão.
( ) as três equações acima são equações termoquímicas.

292 Assunto 14
Termoquímica
O gás de água era estocado em reservatórios e chegava às casas por meio Considerando a reação e as tabelas a seguir:
de uma grande rede de tubulações. Esse gás continuou sendo usado como
combustível doméstico até 1967, quando foi substituído por gás proveniente →
CH4(g) + Cl2(g) ← H3CC(g) + HC(g)
do processamento de petróleo.
Substântcia CH4 Cℓ2 CH3Cℓ HCℓ
a. Escreva a equação de combustão completa do gás de água e, com
base nos calores de combustão de CO e de H2, calcule a sua entalpia ∆Hf em kJ · mol –1
– 75 0 — – 92
de combustão.
(Dados: ∆H combustão de CO = – 280 kJ/mol e ∆H combustão de Ligação H3C–H Cℓ–Cℓ H3C–Cℓ H–Cℓ
H2 = –240 kJ/mol.)
b. Um reservatório, que contém uma certa quantidade de gás de água ∆Hf em kJ · mol –1
435 242 452 431
a uma temperatura de 300 K e a uma pressão de 2 atm, recebe
uma quantidade adicional de gás. O número final de mols de gás no
reservatório é seis vezes o número inicial, e a temperatura final do gás a. Determine o valor de ∆Hr.
é igual a 400 K. b. Calcule a entalpia de formação para o H3CCl(g).
Admitindo que o gás seja ideal, determine a pressão no interior do
reservatório ao final do enchimento. 08 (UNICAMP)

04 (UFRJ) 350 g de uma solução aquosa de hidróxido de sódio, a 20°C, e a. Calcule ∆H298 0
(reação) para a desaminação do ácido L-aspártico e
350 g de uma solução aquosa de ácido perclórico, também a 20°C, foram ácidofumárico:
misturados em um recipiente termicamente isolado, produzindo uma solução HOOC – CH(NH2) – CH2 – COOH → HOOC – CH = CH – COOH + NH3.
neutra. Este processo fez com que a temperatura final dos 700 g de solução Sendo dados os calores de formação a 25°C para o ácido L-aspártico e
atingisse 30°C, devido à liberação de calor da reação de neutralização. ácido fumárico, respectivamente, como: –233,75 kcal · mol–1 e – 194,13
kcal · mol–1. Enquanto para o NH3, ∆H298
0
(formação) = –11,02 kcal · mol–1.
a. Admitindo que 1 caloria aumenta em 1°C a temperatura de 1g da b. As energias de ligação são, por vezes, utilizadas para estimar os
solução final e que H+(aq) + OH– (aq) → H2O(ℓ), ∆H = – 14.000 cal calores de reação para as reações entre fases condensadas, quando
calcule a massa de hidróxido de sódio contida na solução básica outros dados termodinâmicos não são disponíveis. Repita os cálculos
original. de (a) usando as energias de ligação médias a 25°C como sendo
b. Escreva a fórmula química do sal formado por essa reação. 330,5 kJ · mol–1 para C – C; 300,4 para C – N; 415,9 para C – H; 589,5 para
C = C e 389,1 para N – H, e compare os resultados.(No cálculo a partir
05 (UEL-PR) A pirolusita é um dos mais importantes minérios que contêm de energias de ligação, não é necessário desmembrar completamente
o dióxido de manganês (MnO2). Na indústria metalúrgica, o manganês o reagente em fragmentos, considere somente as partes da molécula
puro pode ser obtido por processo térmico a partir da pirolusita, através que sofrem alteração.)
da reação: 3MnO2(s) + 4A ℓ(s) → 2A ℓ 2O3(s) + 3Mn(s). Com base nas
informações, é correto afirmar que na produção de 11,0 g de manganês 09 Observe as equações termoquímicas abaixo:
puro, a par tir das entalpias de formação das substâncias, ocorre:
(Entalpias de formação a 25°C e 1 atm em kJ/mol: MnO2(s) = – 521,0; MnO2 (s) → MnO (s) + ½ O2 (g) ∆H = 32,5 Kcal
Aℓ2O3(s)= – 1.676,0.) MnO2 (s) + Mn (s) → 2 MnO (s) ∆H = – 59,5 Kcal

(A) absorção de 358 kJ de energia. Qual a entalpia de formação do MnO2 em kcal?


(B) liberação de 358 kJ de energia.
(C) absorção de 119 kJ de energia. 10 (UFRJ) O H2SO4 é uma substância tão importante, devido ao seu
(D) liberação de 119 kJ de energia. extenso uso em processos industriais, que a quantidade de ácido sulfúrico
(E) liberação de 146 kJ de energia. produzido anualmente por um país é um dos indicadores de seu nível
de desenvolvimento. As reações que descrevem um dos processos de
06 (IME) A combustão completa de uma amostra de certo hidrocarboneto obtenção desse ácido e suas respectivas entalpias a 25°C são:
gasoso, acíclico, realizada em recipiente a pressão constante, consumiu
62,5 cm3 de oxigênio e liberou 0,359 kcal. A mistura gasosa continha S(s) + O2(g) → SO2(g) , ∆H = – 297 kJ
50,0 cm3 de um gás que foi totalmente absorvido em hidróxido de SO2(g) + 1/2 O2(g) → SO3(g) , ∆H = – 99 kJ
potássio. Considerando que todas as medidas foram realizadas nas CNTP, SO3(g) + H2O() → H2SO4(), ∆H = – x kJ
e que a hidrogenação de um mol desse hidrocarboneto consome dois
mols de hidrogênio, determine o seu calor de formação. (Dados: ∆Hf do a. Sabendo-se também que H2(g) + 1/2 O2(g) → H2O() , ∆H = – 286 kJ
CO2 = 94,3 kcal/mol e ∆Hf do H2O = 68,8 kcal/mol.) e que a entalpia de formação (∆Hf) do H2SO4 a 25°C é igual a
– 814 kJ/mol, calcule o valor de x.
07 (UNB) A variação de entalpia de uma reação na fase gasosa, ∆Hr, pode b. Escreva a fórmula estrutural do ácido sulfúrico.
ser obtida indiretamente por duas maneiras distintas:
11 Calcular a quantidade de calor resultante da transformação de 1 grama
I. pelas diferenças entre as entalpias de formação, ∆Hf, dos produtos e de álcool etílico em ácido acético, sabendo que o calor de combustão do
dos reagentes; álcool é 7.067 cal/g e o ácido é 3.496 cal/g.
II. pela diferença entre as entalpias de ligação, ∆Hl, das ligações rompidas
e das ligações formadas. ∆H 0 = + 172, 5 kJ ( 25°C, 1atm)
12 (IME) Dado: Cgrafite + CO2(g) → 2 CO(g) 
0
∆S = + 176, 3 kJ ( 25°C, 1atm)

IME-ITA | Vol. 4 293


QUÍMICA II
Pede-se: Das comparações acima, está(ão) correta(s):

a. ∆G0 (25°C e 1 atm) dessa reação. (A) apenas I. (D) apenas III.
b. A que temperatura essa reação é espontânea? (B) apenas I e II. (E) apenas IV.
(C) apenas II.
13 (IME) Calcule o valor da variação da energia livre, a 25°C, para a reação
representada a seguir: 17 A entalpia de fusão do alumínio é igual a 10,7 kJ/mol e a entropia de
2 Na2O2(s) + 2 H2O(l) → 4 NaOH(s) + O2(g) fusão é igual a 11,4 J/mol · K. Calcule a temperatura de fusão do alumínio.
Dados:
Entalpia de 18 Calcule a temperatura adiabática de chama na combustão de
Substância Entropia de formação 1 mol de CH4 com a quantidade estequiométrica de O2.
formação
(Dados: ∆Hc do CH 4 (25°C) = – 212,8 kcal/mol e c p (cal/mol K):
H2O(l) – 286,0 kJ/mol 69,69 J/Kmol CO2 = 9,0 e H2O = 9,8.)
Na2O2(s) – 510,9 kJ/mol 94,60 J/Kmol
NaOH(s) – 426,8 kJ/mol 64,18 J/Kmol 19 Repita o problema anterior considerando que o CH4 está sendo
queimado no ar, com composição de 80% de N2.
O2(g) 0 kJ/mol 205,00 J/Kmol (Dado: cp (cal/mol K): N2 = 7,0)

14 (IME) Calcule a que temperatura a reação abaixo é espontânea:


01 (IME) Sabendo que as energias de ligação de C – C, C – H,
CO(g) + ½ O2 (g) → CO2 (g) C = O, O = O e O – H são, respectivamente, 82,6; 98; 192; 119,1 e
110,6 kcal/mol, determine a quantidade de calor liberado na combustão
Entalpia padrão Entropia padrão de 8,8 kg de propano, considerando-se os reagentes em fase gasosa e à
Substância
(25°C, 1atm) (25°C, 1atm) temperatura de 25°C e 1 atm. Determine, ainda, a variação da temperatura
CO(g) H0 = – 110,5 kJ/mol S0 = 198 J/mol · K de 1.000 litros de água, supondo que 30% da energia liberada na combustão
foi efetivamente usada no aquecimento da água.
CO2(g) H0 = – 393,5 kJ/mol S0 = 214 J/mol · K
O2(g) H0 = 0 S0 = 205 J/mol · K 02 (IME) A decomposição por aquecimento de 1.000 gramas de certa
mistura contendo CaCO3, NaHCO3 e material inerte não volátil, produz gases e
15 (ITA) Num cilindro, provido de um pistão móvel sem atrito, é realizada 640 gramas de resíduo seco. A quantidade de calor absorvido na decomposição
a combustão completa de carbono (grafita). A temperatura no interior do é 298 Kcal. Calcular a porcentagem de material inerte na mistura inicial
cilindro, é mantida constante desde a introdução dos reagentes até o final sabendo-se que os colares molares de decomposição são os seguintes:
da reação. Considere as seguintes afirmações: CaCO3.: 44,0 Kcal e NaHCO3.: 15,5 Kcal com formação de H2O (g).

I. A variação da energia interna do sistema é igual a zero. 03 (IME) Uma solução de metanol em etanol foi queimada totalmente,
II. O trabalho realizado pelo sistema é igual a zero. liberando 78,0 kcal. O volume dos gases da combustão medido a 127°C e
III. A quantidade de calor trocada entre o sistema e a vizinhança é igual a zero. 1 atm foi de 45,1 L. Sabendo que os calores de combustão do etanol e do
IV. A variação da entalpia do sistema é igual à variação da energia interna. metanol são, respectivamente, 295,0 e 152,0 kcal/mol. Determine a fração
molar de metanol na solução.
Destas afirmações, está(ão) correta(s): 04 (IME) Uma fábrica, que produz cal (Ca(OH)2), necessita reduzir o custo da
produção para se manter no mercado com preço competitivo para seu produto.
(A) apenas I. (D) apenas II e IV. A direção da fábrica solicitou ao departamento técnico o estudo da viabilidade
(B) apenas I e IV. (E) apenas III e IV. de reduzir a temperatura do forno de calcinação de carbonato de cálcio, dos
(C) apenas I, II e III. atuais 1.500 K, para 800 K. Considerando apenas o aspecto termodinâmico,
pergunta-se: o departamento técnico pode aceitar a nova temperatura de
16 (ITA) Considere as reações representadas pelas seguintes equações calcinação? Em caso afirmativo, o departamento técnico pode fornecer
químicas balanceadas: uma outra temperatura de operação que proporcione maior economia?
Em caso negativo, qual é a temperatura mais econômica para operar o forno
C2H5OH(l) + O2(g) → 2 C(s) + 3H2O(g) ∆HI(T); ∆EI(T) de calcinação? Observações: desconsidere a variação das propriedades
C2H5OH(l) + 2O2(g) → 2 CO(s) + 3H2O(l) ∆HII(T); ∆EII(T) com a temperatura.

sendo ∆H(T) e ∆E(T), respectivamente, a variação da entalpia e da energia DS0 (J mol–1 · K–1) DH0 (kJ mol–1)
interna do sistema na temperatura . Assuma que as reações acima são
CaCO3(s) 92,9 –1.206,9
realizadas sob pressão constante, na temperatura T, e que a temperatura
dos reagentes é igual à dos produtos. Considere que, para as reações CaO(s) 39,8 –635,1
representadas pelas equações acima, sejam feitas as seguintes comparações: CO2(g) 213,6 –393,5

I. |∆EI|=|∆EII| 05 (IME) A combustão de 1 mol de naftaleno (C10H8) sólido a 25°C,


II. |∆HI|=|∆HII| realizada em um calorímetro adiabático a volume constante, libera 1227 kcal
III. |∆HII|=|∆EII| com formação apenas de um produto gasoso, o gás carbônico. Calcular o
IV. |∆HI|=|∆EI| calor liberado por esta reação a pressão constante.

294 Assunto 14
Termoquímica
rascunho

IME-ITA | Vol. 4 295


Eletroquímica

química II

1. Pilha ou célula eletroquímica a. Qual o ânodo? Eletrodo de Zinco


b. Qual o cátodo? Eletrodo de Cobre
É um dispositivo que transforma energia química em energia elétrica, c. Qual o sentido do fluxo de elétrons? Do eletrodo de Zinco para o eletrodo
através de uma reação de oxirredução. de Cobre, ou seja, do ânodo para o cátodo.
d. Que íon tem sua concentração aumentada? Zn2+
Cátodo ou eletrodo positivo → é o polo onde ocorre a redução. e. Que íon tem sua concentração diminuída? Cu2+
Ânodo ou eletrodo negativo → é o polo onde ocorre a oxidação. f. Que metal tem a sua massa aumentada? Cu
g. Que metal tem a sua massa diminuída? Zn
1.1 Pilha de Daniell h. Qual a função da ponte salina (ou da parede porosa)? Possibilitar a
Zn(s) + CuSO4(aq) Cu(s) + ZnSO4(aq) passagem de íons com o intuito de manter as soluções em equilíbrio
elétrico.
Pode ser representada por: i. Qual a reação anódica? Zn → Zn2+ + 2e–
j. Qual a reação catódica? Cu2+ + 2e– → Cu
Zn / Zn2+ (1M) // Cu2+ (1M) / Cu k. Qual a equação global da pilha? –Zn + Cu2+ → Zn2+ + Cu
ou l. Que íons circulam pela ponte salina? Sulfato e Zinco
Zn, Zn2+ (1M) / Cu2+ (1M), Cu

voltímetro 1.2 Potenciais eletroquímicos


e– e–
I. Potencial padrão de redução (ERed) – quanto maior o potencial de
cátodo (+) ânodo (–) redução, maior será a tendência da espécie química sofrer redução.
Cu II. Potencial padrão de oxidação (EOxid) – quanto maior o potencial de
K+SO42– oxidação, maior será a tendência da espécie química sofrer oxidação.
Zn

ponte salina Para se determinar os potenciais de cada espécie química utiliza-se


como referência o Eletrodo de Hidrogênio que, por convenção, possui ERed
e EOxid iguais a zero.
solução de
solução de sulfato
sulfato de de zinco 2H+(aq) + 2e– → H2(g), ERed = 0,0 V
cobre Cu2+ Zn2
SO 2–

SO42+ SO42+ 4
H2(g) → 2H+(aq) + 2e–, EOxid = 0,0 V
Cu 2+ SO 2–
4
Zn2

(Adaptado de: <http://www.mundoeducacao.com>. Acesso em: 05 de mai. 2014.)

Potencial de redução (E0red) Estado reduzido Estado oxidado Potencial de oxidação (E0oxid)
– 3,04 Li Li+ + e– + 3,04
– 2,92 K K+ + e– + 2,92
Ordem crescente da ação oxidante

Ordem crescente da ação redutora


– 2,90 Ba Ba 2+
+ 2e –
+ 2,90
– 2,89 Sr Sr 2+
+ 2e –
+ 2,89
– 2,87 Ca Ca 2+
+ 2e –
+ 2,87
– 2,71 Na Na+ + e– + 2,71
– 2,37 Mg Mg 2+
+ 2e –
+ 2,37
– 1,66 Al Al 3+
+ 3e –
+ 1,66
– 1,18 Mn Mn 2+
+ 2e –
+ 1,18
– 0,83 H2 + 2(OH)– 2 H2O + 2e– + 0,83
– 0,76 Zn Zn 2+
+ 2e –
+ 0,76
– 0,74 Cr Cr 3+
+ 3e –
+ 0,74
– 0,48 S2– S + 2e– + 0,48
– 0,44 Fe Fe 2+
+2e –
+ 0,44

296 Assunto 15
Eletroquímica
Potencial de redução (E0red) Estado reduzido Estado oxidado Potencial de oxidação (E0oxid)
0,28 Co Co 2+
+ 2e –
+ 0,28
– 0,23 Ni Ni 2+
+ 2e –
+ 0,23
– 0,13 Pb Pb 2+
+ 2e –
+ 0,13
Ordem crescente da ação oxidante

Ordem crescente da ação redutora


0,00 H2 2H+ + 2e– 0,00
+ 0,15 Cu +
Cu 2+
+e –
– 0,15
+ 0,34 Cu Cu 2+
+ 2e –
– 0,34
+ 0,40 2 (OH)– H2O + 1/2 O2 + 2e– – 0,40
+ 0,52 Cu Cu + e+ –
– 0,52
+ 0,54 2l –
I2 + 2e –
– 0,54
+ 0,77 Fe 2+
Fe 3+
+e –
– 0,77
+ 0,80 Ag Ag+ + e– – 0,80
+ 0,85 Hg Hg 2+
+ 2e –
– 0,85
+ 1,09 2Br –
Br2 + 2e –
– 1,09
+ 1,23 H2O 2H+ + 1/2 O2 + 2e– – 1,23
+ 1,36 2 Cl –
Cl2 + 2e –
– 1,36
+ 2,87 2F –
F2 + 2e –
– 2,87
(Disponível em: <http://www.brasilescola.com>. Acesso em: 06 de mai. 2014)

1.3 Diferença de potencial das pilhas (d.d.p.) 1.6. Cálculo da d.d.p. fora das condições padrão
»»1.3.1 Fatores que influem na d.d.p. 0 RT 0, 0592
Equação de NERST: E = E − ln Q , a 25°C, E = E 0 − log Q
nF n
• natureza dos metais;
• concentração das soluções empregadas; Ex.: Qual o valor de E para a célula eletroquímica que envolve as
• temperatura. semirreações abaixo, sabendo que [Fe+3] = 0,1 M; [Fe+2] = 0,02 M;
[Br–] = 0,34 M.
Obs.: Condição Padrão de uma pilha: T = 25°C e concentração das
soluções = 1 molar. AgBr(s) + 1 é Ag(s) + Br–(aq) E0 = + 0,0713

»»1.3.2 eletrodo padrão de Hidrogênio Fe+3(aq) + 1 é Fe+2(aq) E0 = + 0,77


2H+(aq) + 2 é H2(g) E0 = 0,00 V
2. Eletrólise ou célula eletrolítica
1.4 Cálculo da d.d.p. de uma pilha
É um dispositivo que transforma energia elétrica em energia química,
DE ou d.d.p. = Ered,
0
red
+ E0oxid, oxid através da passagem de uma corrente elétrica que força a ocorrência de
reação de oxirredução.
Ou como se costuma usar:
Por ser um processo forçado é importante observar a mudança dos
d.d.p. = E0red, red – E0red, oxid sinais nos respectivos polos:
Ex.: Pilha de Daniell
• o cátodo continua sendo o eletrodo onde ocorre a redução, porém ele
»»Potencial de Redução será o eletrodo negativo;
• o ânodo continua sendo o eletrodo onde ocorre a oxidação, porém ele
Zn2+(aq) + 2 é → Zn E0 = – 0,76 V será o eletrodo positivo.

Cu2+(aq) + 2 é Cu E0 = + 0,34 V
d.d.p. = 0,34 – (– 0,76) = 1,10 V
2.1. Eletrólise ígnea

É a eletrólise que ocorre com a substância pura no estado líquido.


1.5. Espontaneidade das reações de oxirredução DE > 0 Teremos o cátion sofrendo redução ao receber elétron e o ânion oxidando
ao perdê-lo.
Ex.: Zn + 2HC → ZnC2 + H2
Cu + 2HC → CuC2 + H2 Ex.: NaC líquido.

IME-ITA | Vol. 4 297


QUÍMICA II
fluxo de elétrons 2.3. Leis de Faraday
I. Primeira Lei de Faraday: A massa (m) de uma substância eletrolisada
é diretamente proporcional à quantidade de eletricidade ou carga (Q)
pilha que atravessa a solução.
Matematicamente: m = K1Q, onde, Q = i · t
grafita ou II. Segunda Lei de Faraday: A mesma quantidade de eletricidade irá
palatina eletrolisar massas de diferentes substâncias, que serão proporcionais
aos respectivos equivalentes-grama (E).
Matematicamente: m = K2E
ânodo cátodo
Reunindo as duas leis, teremos: m = K · E · i · t onde, K = 1 / 96500
gás cloro envolve célula
As unidades de trabalho para esse K são: E em grama, i em ampère
o ânodo eletrolítica
e t em segundos.
oxidação redução
Cl– Obs.: 1F = 96500°C, sendo que 1F é capaz de eletrolisar 1 equivalente-
ânions sódio metálico
forma-se no cátodo grama de qualquer substância.
Cl– Na +
Na
+

cátions
cloreto de sódio 2.4. Equivalente eletroquímico
fundido
(Adaptado de: <http://brasilescola.com>. Acesso em: 05 de mai. 2014.)
O equivalente eletroquímico (e) representa a massa de substância que
é eletrolisada por 1 coulomb.
Reação catódica (onde ocorre a redução): Na+ + e– → Na
Reação anódica (onde ocorre a oxidação): Cℓ– → 1/2 Cℓ2 + e– e = E / 96500
Reação global: Na+ + Cℓ– → Na + 1/2 Cℓ2

Observa-se uma inversão nos sinais dos polos em função de ser um 2.5. Células eletrolíticas em série
fluxo de elétrons forçado.
Quando as células estão ligadas em série a corrente que percorre uma
das células percorre a outra também, logo:
2.2. Eletrólise em solução aquosa
m1 m2
Na eletrólise em solução aquosa ocorrerá competição dos cátions e =
ânions presentes em solução. E1 E2

• Facilidade de descarga no cátodo: cátions de metais alcalinos,


alcalinos terrosos e A– < H+ < demais cátions.
• Facilidade de Descarga no Ânodo: ânions oxigenados e F– < OH– <
01 (UFRR) A célula de Daniell (ou pilha de Daniell) foi inventada pelo
demais ânions.
químico britânico John Daniell em 1836, pela necessidade urgente de uma
Ex.: NaCℓ em água. fonte elétrica confiável e estável, devido ao crescimento do uso da telegrafia.
Trata-se de um exemplo de célula galvânica a que está representada no
esquema abaixo:

e–

H+ OH– Zn Cu

Na+ Cl–
Zn2+ Cu2+

(Disponível em: <http://webeduc.mec.gov.br>. Acesso em: 05 de mai 2014.) A alternativa que contém a equação da reação total desta pilha é:

Reação catódica (onde ocorre a redução): H+ + e– → 1/2 H2 (A) Zn0 + Cu0 → Zn2+ + Cu2+
Reação anódica (onde ocorre a oxidação): Cℓ– → 1/2 Cℓ2 + e– (B) Zn+ + Cu+ → Zn2+ + Cu0
Reação global: H+ + Cℓ– → 1/2H2 + 1/2 Cℓ2 (C) Zn0 + Cu2+ → Zn2+ + Cu0
(D) Zn2+ + Cu2+ → Zn0 + Cu0
Observa-se uma inversão nos sinais dos polos em função de ser um (E) Zn+ + Cu+ → Zn0 + Cu2+
fluxo de elétrons forçado.

298 Assunto 15
Eletroquímica
02 (UEM-PR) Considerando a pilha representada por Ni0 / Ni2+ // Cu2+ / Cu0, Sobre essas baterias e as semirreações I e II, assinale a afirmativa correta:
dado que o potencial de oxidação do níquel é 0,25 V e do cobre é – 0,34 V,
é correto afirmar que: (A) As quantidades de substâncias Cd(OH)2 (s) e Ni(OH)2(s) diminuem com
a descarga da bateria.
(A) o cobre sofre oxidação. (B) O elemento que se oxida é o Níquel e o que se reduz é o Cádmio.
(B) a reação global da pilha é Ni0 + Cu2+ + 2e– → Ni2+ + Cu0 (C) O processo de carga ou recarga é espontâneo e o de descarga é não
(C) o ânodo corresponde à semicélula de níquel. espontâneo.
(D) a força eletromotriz dessa pilha é – 0,59 V. (D) A semirreação I é anódica e a semirreação II é catódica.
(E) o eletrodo de cobre sofrerá uma diminuição de massa. (E) A equação da reação global (descarga) é 2NiOH + 2H2O + Cd →
2Ni(OH)2 + Cd(OH)2
03 (UEG-GO) Grande parte do conforto do cotidiano, bem como a
velocidade de modernização das atividades industriais, advém da utilização 06 (UFF) Determine:
da energia elétrica em larga escala. A geração de eletricidade pode ser obtida
por vários meios, como, por exemplo, a partir de usinas termoelétricas, a. O valor do potencial padrão da cela para uma pilha galvânica na qual
usinas nucleares etc. A conversão da energia química em energia elétrica um eletrodo é de cobre imerso numa solução de Cu2+ 1,0 M e o outro
também é possível a partir da construção de pilhas. Sobre esse assunto, é magnésio imerso numa solução de Mg2+ 1,0 M.
e considerando a figura abaixo, julgue as afirmativas posteriores: b. O eletrodo que é o cátodo.
c. A equação (líquida) total para o processo espontâneo da pilha.
voltímetro
Considere os seguintes valores de potencial:

Mg2+ + 2e– → Mg E0 = – 2,37 V


Dado: Zn2+ + 2e– → Zn0 Ered
0
= – 0,763 V Cu2+ + 2e– → Cu E0 = + 0,34 V
Cu + 2e → Cu Ered = + 0,337 V
2+ – 0 0
07 (UFRRJ) Usando as semirreações Zn(s) / Zn++(aq) e Al(s) / Al+++(aq) é
possível construir uma célula galvânica. Responda e/ou calcule:
ZnSo4 CuSo4 Dados:
Al+++ (aq) + 3e– → Al(s) E0 = –1,66V
Zn++(aq) + 2e– → Zn(s) E0 = –0,763V
I. O zinco poderia ser utilizado como eletrodo de sacrifício para proteção
de materiais feitos de cobre. a. Quais são os agentes redutor e oxidante?
II. O eletrodo de cobre é o polo positivo da pilha. b. Escreva as reações que ocorrem, respectivamente, no ânodo e no
III. A voltagem da pilha é igual a + 0,426 V. cátodo.
c. A reação é espontânea? Justifique a sua resposta com base no valor
Assinale a alternativa correta: de E0.

(A) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 08 (UFPE) Podemos dizer que, na célula eletroquímica : Mg(s) | Mg2+(aq)
(B) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. || Fe2+(aq) | Fe(s):
(C) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
(D) Apenas a afirmativa III é verdadeira. (A) o magnésio sofre redução.
(B) o ferro é o ânodo.
04 (UFC) As pilhas alcalinas são compostas basicamente de grafite (C) os elétrons fluem, pelo circuito externo, do magnésio para o ferro.
(carbono, C), pasta de dióxido de manganês (MnO2) e zinco (Zn) em meio (D) há dissolução do eletrodo de ferro.
alcalino de hidróxido de potássio (KOH). Dados os potenciais padrão de (E) a concentração da solução de Mg2+ diminui com o tempo.
redução:
09 (UFRRJ) A pilha esquematizada abaixo possui nos eletrodos A e B
Zn(OH)2(s) + 2e– → Zn(s) + 2OH–(aq), E0 = – 0,90 V duas placas metálicas M e M1 mergulhadas, respectivamente, em suas
2MnO2(s) + H2O(l) + 2e– → Mn2O3(s) + 2OH–(aq), E0 = + 0,60 V soluções.
K+(aq) + e– → K(s), E0 = – 2,93 V S

Assinale a alternativa correta:


Ponte salina
(A) O dióxido de manganês funciona como cátodo.
(B) A voltagem padrão da pilha é – 0,30 V.
(C) O hidróxido de potássio funciona como cátodo. M M1
(D) A grafite funciona como eletrodo de sacrifício.
(E) O hidróxido de zinco funciona como cátodo.

05 (UFMT) Muitos telefones celulares e os chamados sem fio utilizam


E0 = + 0,80 V E0 = + 0,23 V
baterias recarregáveis de níquel/cádmio com as seguintes semirreações:

I. Cd(s) + 2OH–(aq) → Cd(OH)2(s) + 2e– A B


II. 2e– + NiO2(s) + 2H2O(l) → Ni(OH)2(s) + 2OH–(aq)

IME-ITA | Vol. 4 299


QUÍMICA II
Com base nos potenciais de redução indicados para cada eletrodo, é Zn(s) = Zn2+(aq) + 2e–
correto afirmar que: HgO(s) + H2O(L) + 2e– = Hg(L) + 2OH–(aq)

(A) o eletrodo A é o cátodo. a. De qual eletrodo partem os elétrons quando a pilha está fornecendo
(B) a oxidação ocorre no eletrodo B. energia? Justifique.
(C) a redução ocorre no eletrodo A. b. Cite duas substâncias cujas quantidades diminuem com o
(D) o eletrodo B é o ânodo. funcionamento da pilha. Justifique.
(E) a redução ocorre no eletrodo B.
12 (UFRJ) Nas baterias de chumbo, usadas nos automóveis, os eletrodos
10 (UFPI) Os solos, por mais secos que pareçam, sempre contêm água, são placas de chumbo e de óxido de chumbo (PbO2) imersas em solução
o que os torna excelentes meios eletrolíticos. Para proteger uma tubulação de ácido sulfúrico concentrado, com densidade da ordem de 1,280.
metálica contra o processo de corrosão, faz-se uso, frequentemente, de uma
técnica denominada proteção catódica ou eletrodo de sacrifício, conforme
ilustração da figura abaixo:

solo

eletrólito de placas alternadas


H2SO4 de Pb e PbO2

eletrodo de As reações que ocorrem durante a descarga da bateria são as seguintes:


sacrifício I. Pb(s) + SO42– → PbSO4(s) + 2e–
II. PbO2(s) + 4H+ + SO42– + 2e– → PbSO4(s) + 2H2O(l)
tubulação a. Qual das duas reações ocorre no polo negativo (ânodo) do bateria?
Justifique sua resposta.
b. Explique o que acontece com a densidade da solução da bateria durante
Análise as afirmativas abaixo: sua descarga.

I. Quanto mais pura a água do solo, maior a passagem da corrente elétrica. 13 (UFRJ) Utilizando a tabela de potenciais padrão apresentada a
II. O eletrodo de sacrifício tem DG° > 0 em relação ao metal da tubulação. seguir, pode-se prever se uma reação ocorre espontaneamente e também
III. Ao formar a pilha com a tubulação, o eletrodo de sacrifício é o ânodo. determinar a diferença de potencial entre os eletrodos de uma pilha.

Zn0 Ag0
Marque a opção correta.

(A) Apenas I é verdadeira.


(B) Apenas II é verdadeira.
(C) Apenas III é verdadeira. Zn++ Ag+
(D) Apenas I e II são verdadeiras. pilha zinco/prata
(E) Apenas II e III são verdadeiras.
Sn2+ + 2e– Sn0 E0 = – 0,14 V
11 (UNICAMP) A figura abaixo representa uma pilha de mercúrio usada Fe2+ + 2e– Fe0 E0 = – 0,44 V
em relógios e cronômetros. Zn2+ + 2e– Zn0 E0 = – 0,76 V
Ag+ + e– Ag0 E0 = + 0,80 V
isolante
a. Justifique por que, nas condições padrão, a reação Sn2+ + Fe0 →
Sn0 + Fe2+ ocorre espontaneamente.
zinco b. Determine a força eletromotriz padrão (d.d.p. padrão) da pilha zinco/prata.
metálico
14 (PUC-SP) Dados:
pasta de KOH e água
• o indicador fenolftaleína é incolor em pH < 8 e rosa em pH acima de 8.
• o amido é utilizado como indicador da presença de iodo em solução,
adquirindo uma intensa coloração azul devido ao complexo iodo-amido
óxido de mercúrio (II) formado.

aço inox Um experimento consiste em passar corrente elétrica contínua em uma


solução aquosa de iodeto de potássio (KI). O sistema está esquematizado
a seguir:
As reações que ocorrem nesta pilha são:

300 Assunto 15
Eletroquímica
e– I. Inverter a polaridade da fonte de corrente contínua.
A B II. Substituir a solução aquosa de NaCl por solução aquosa de NiSO4.
III. Substituir a fonte de corrente contínua por uma fonte de corrente
alternada de alta freqüência.
O êxito do experimento requereria apenas:
(A) a alteração I.
(B) a alteração II.
(C) a alteração III.
(D) as alterações I e II.
(E) as alterações II e III.
Kl(aq)
17 (UFMG) Uma bateria de carro é, basicamente, constituída de placas de
Para auxiliar na identificação dos produtos, são adicionadas, próximo aos chumbo metálico e placas de chumbo recobertas com óxido de chumbo
eletrodos, uma solução alcoólica de fenolftaleína e dispersão aquosa de (IV), em uma solução de H2SO4. Esta equação representa o funcionamento
amido. Sobre o experimento é incorreto afirmar que: de uma bateria:

(A) haverá formação de gás no eletrodo B. PbO2(s) + Pb(s) + 2H+(aq) + 2HSO4–(aq)  2PbSO4(s) + 2H2O(l)
(B) a solução ficará rosa próximo ao eletrodo A.
(C) no eletrodo B ocorrerá o processo de oxidação. Considerando-se essas informações, é incorreto afirmar que:
(D) o eletrodo A é o cátodo do sistema eletrolítico.
(A) a densidade da solução aumenta no processo de recarga.
(E) a solução ficará azul próximo ao eletrodo B.
(B) o óxido PbO2 é o oxidante no processo de descarga.
(C) o pH da solução de uma bateria que está descarregando aumenta.
15 (ITA) A figura abaixo mostra o esquema da aparelhagem utilizada por
(D) os elétrons migram, na descarga, do eletrodo de PbO2 para o eletrodo
um aluno para realizar a eletrólise de uma solução aquosa ácida, com
de Pb.
eletrodos inertes. Durante a realização da eletrólise, pela seção tracejada
(A B), houve a seguinte movimentação de partículas eletricamente
18 (UFMS) Uma corrente de 0,0965 ampère é passada através de 50 mL
carregadas através da solução:
de solução aquosa de NaCl 0,1 mol/L, durante 1.000 segundos. É garantida,
fonte no cátodo, somente a redução de H2O(l) a H2(g); no ânodo, somente a
amperímetro X Y oxidação de Cl–(aq) a Cl2(g). Determine a concentração média de OH–(aq) na
A solução final, sabendo-se que 1F = 96500C = carga de 1 mol de elétrons.

19 (Unifor-CE) Peroxiborato de sódio, NaBO3, pode ser obtido pela


O2 H2 eletrólise de uma solução aquosa de bórax (Na2B4O7) contendo NaOH. No
polo positivo da cuba eletrolítica ocorre:

B Na2B4O7(aq) + 10 NaOH(aq) →
→ 4 NaBO3(aq) + 5 H2O(l) + 8 Na+(aq) + 8e–
(A) Elétrons da esquerda para a direita.
(B) Elétrons da direita para a esquerda. Utilizando-se uma corrente elétrica de 20 ampères durante 9 · 104 segundos,
(C) Cátions da esquerda para a direita e ânions da direita para a esquerda. a massa de NaBO3 produzida, em gramas, é da ordem de:
(D) Cátions da direita para a esquerda e ânions da esquerda para a direita.
(E) Cátions e ânions da esquerda para a direita. Dados:

16 (FUVEST) Com a finalidade de niquelar uma peça de latão, foi montado • carga de 1 mol de elétrons: cerca de 1 · 105 coulombs;
um circuito, utilizando-se fonte de corrente contínua, como representado • MM g/mol: Na2B4O7 = 200;
na figura. • NaBO3 = 80.

(A) 980 (D) 180 V


– + (B) 720 (E) 90
e– (C) 360

20 (UFPE) O alumínio metálico pode ser obtido por processo eletroquímico,


no qual o íon A é convertido a alumínio metálico. Se uma unidade montada
latão
com esta finalidade opera a 100.000 A e 4 V, qual será a massa do metal
Ni obtida após 50 minutos de operação?
NaCl (aq)
Dado:
latão – liga de cobre e zinco • constante de Faraday: 96.500 C mol–1.

No entanto, devido a erros experimentais, ao fechar o circuito, não ocorreu (A) 3,0 · 108 g (D) 8.100 g
a niquelação da peça. Para que essa ocorresse, foram sugeridas as (B) 2,8 · 104 g (E) 8,1 · 106 g
alterações: (C) 27,0 g

IME-ITA | Vol. 4 301


QUÍMICA II
21 (UDESC) Qual o volume de gás flúor que pode ser produzido quando 02 (UFMS) Analise os seguintes potenciais de oxirredução, em condições
uma corrente de 0,5 A é passada por fluoreto de potássio fundido durante padrão, para os metais abaixo relacionados:
8 horas? Considere que o gás produzido encontra-se a 273 K e 1,0 atm
de pressão. Fe2 + 2e–  Fe E0 = – 0,44 V
Al3+ + 3e–  Al E0 = – 1,66 V
(A) 1,68 L (D) 0,84 L Ag+ + 1e–  Ag E0 = + 0,80 V
(B) 0,93 mL (E) 3,3 L Cu2+ + 2e–  Cu E0 = + 0,34 V
(C) 6,7 L
Assinale a(s) afirmativa(s) incorreta(s).
22 (UNESP) Uma das principais contribuições tecnológicas da química
para o nosso dia a dia são as baterias utilizadas, por exemplo, nos aparelhos (01) Numa pilha em que se processa a reação: 2 Ag+ + Cu → Cu2+ +2 Ag,
portáteis. Essas baterias são células eletroquímicas. Na bateria de níquel- o valor da força eletromotriz é de 0,46 V.
cádmio (nicad) ocorre a reação: Cd(s) + 2 Ni(OH)3 (s) → Cd(OH)2(s) + 2 Ni(OH)2(s). (02) Uma pilha formada por um eletrodo de ferro, em contato com uma
O potencial de célula da bateria é de 1,25 V e a constante de Faraday solução contendo íons Fe2+, e um eletrodo de prata, em contato com
é 96500 Cmol–1. A energia livre da reação em CVmol–1 (CV = 1 J) é: uma solução contendo íons Ag+, ligados por uma ponte salina, irão
provocar a oxidação da prata com formação de Ag+.
(A) + 4,82 · 105. (D) – 2,42 · 105. (04) O potencial padrão da pilha, da afirmativa anterior, será de + 1,24 V.
(B) + 1,21 · 105. (E) – 3,62 · 105. (08) Uma placa de alumínio, mergulhada em uma solução 1 mol/L–1 de
(C) – 1,21 · 105. CuSO4, apresentará a formação de um depósito de cobre metálico
sobre ela.
23 (UERJ) Muitas latas utilizadas em embalagens de alimentos (16) A reação 2 Ag + Fe2+ → 2 Ag+ + Fe é espontânea.
industrializados são formadas a partir de uma folha de ferro, revestida
internamente por uma camada de estanho metálico. A aplicação desta 03 (UFSC) Uma pilha a combustível é um dispositivo eletroquímico no qual
camada sobre o ferro se dá por meio de um processo de eletrodeposição, a reação de um combustível com oxigênio produz energia elétrica. Esse tipo
representado pela seguinte reação: Sn2+(aq) + 2e– → Sn(s). Admitindo que em de pilha tem por base as semirreações apresentadas na tabela abaixo:
uma lata exista, em média, 1,19 · 10–3 g de estanho e que 1F = 96.500°C,
calcule o tempo necessário para a eletrodeposição de uma lata, mediante
o emprego de uma corrente elétrica com intensidade de 0,100 A. Potencial padrão de
Semirreação
redução, E0(V)
24 (UERJ) As novas moedas de centavos, que começaram a circular 2H2O(l) + 2e– → H2(g) + 2OH– (aq) – 0,83
no mercado, apresentam uma tonalidade avermelhada obtida por
eletrodeposição de cobre a partir de uma solução de sulfato de cobre II. O2(g) + 2H2O(l) + 4e– → 4OH–(aq) + 0,40
Para recobrir um certo número de moedas foi efetuada a eletrólise, com
uma corrente elétrica de 5 ampères, em 1 L de solução 0,10 mol/L em A figura a seguir mostra o esquema de uma pilha a combustível.
CuSO4, totalmente dissociado.
vapor
eletrodo de
a. Escreva a equação química que representa a dissociação do sulfato carbono poroso eletrodo de
de Cobre II e calcule a concentração dos íons sulfato, em mol/L, na carbono poroso
solução inicial.
b. Determine o tempo necessário para a deposição de todo o cobre
existente na solução. OH–
H2 O2
(quente)

01 (COVEST) O ácido ascórbico, mais conhecido por vitamina C, é uma


substância que apresenta atividade redox. Sendo o potencial de redução
do ácido ascórbico, em pH 7, igual a 0,06 V, podemos compará-lo com (Adaptado de: MARTIMER, E. F; MACHADO, A. H. Química para o ensino médio. Vol. único.
São Paulo: Scipione, 2002, p. 307.)
outras substâncias conhecidas, cujos potenciais de redução a pH 7 são
também apresentados:
De acordo com as informações do enunciado e da figura acima, assinale
O2(g) + 4 + 4 H (aq) → 2 H2O(ℓ)
e– +
E = 0,816 V a(s) proposição(ões) correta(s).
Fe3+(aq) + e– → Fe2+(aq) E = 0,77 V
2 H+(aq) + 2e– → H2(g) E = – 0,42 V (01) O gás hidrogênio atua na pilha como agente oxidante.
(02) A diferença de potencial elétrico padrão da pilha é + 1,23 V.
Com base nessas informações, podemos afirmar que o ácido ascórbico (04) O oxigênio sofre redução.
deve ser capaz de: (08) A obtenção de energia elétrica neste dispositivo é um processo
espontâneo.
(A) reduzir o íon Fe3+. (16) A equação global da pilha no estado padrão é 2H2(g) + O2(g) → 2 H2O(l).
(B) oxidar o íon Fe2+. (32) A diferença de potencial elétrico padrão da pilha é + 0,43 V.
(C) oxidar o O2.
(D) reduzir a água. 04 (PUC-RS) A pilha eletroquímica esquematizada abaixo contém duas
(E) oxidar o íon H+. lâminas metálicas, uma de magnésio e outra de cobre, imersas em soluções
de concentração 1 mol/L de seus respectivos sulfatos. As lâminas estão

302 Assunto 15
Eletroquímica
unidas por fios condutores que contêm um medidor de voltagem. A 06 (Fuvest) Recentemente, foi lançado no mercado um tira-manchas, cujo
montagem inclui uma ponte salina preenchida com solução saturada de componente ativo é 2Na2CO3 · 3H2O2. Este, ao se dissolver em água, libera
KC. A reação que ocorre na pilha eletroquímica pode ser representada peróxido de hidrogênio, que atua sobre as manchas.
pela equação química:
Dados:
Mg(s) + Cu2+(aq) → Mg2+(aq) + Cu(s)
Semirreação de redução E0red / volt
e e
v H2O2(aq) + 2H+(aq) + 2e– 2H2O(l) 1,77
I2(s) + 2e– 2I–(aq) 0,54
O2(g) + 2H2O(l) + 2e– H2O2(aq) + 2OH–(aq) – 0,15
Mg Cu
ponte salina a. Na dissolução desse tira-manchas, em água, forma-se uma solução
neutra, ácida ou básica? Justifique sua resposta por meio de equações
químicas balanceadas.
b. A solução aquosa desse tira-manchas (incolor) descora rapidamente
uma solução aquosa de iodo (marrom). Com base nos potenciais-
padrão de redução indicados, escreva a equação química que
representa essa transformação.
Mg2+ , 1M Cu2+ , 1M c. No experimento descrito no item b, o peróxido de hidrogênio atua como
oxidante ou como redutor?

Com base nessas informações, são feitas as seguintes afirmativas: 07 (PUC-RS) Considere as seguintes informações:

I. O potencial de redução do eletrodo de Cu2+(aq) / Cu(s) é menor do que A prata, em presença de compostos sulfurados existentes na atmosfera,
o do eletrodo Mg2+(aq) / Mg(s). forma um composto de cor escura, o sulfeto de prata. Para remover essa
II. Admitindo-se um comportamento ideal das soluções, um aumento da cor, envolve-se o objeto de prata em uma folha de alumínio. E em seguida,
concentração molar da solução de CuSO4 favorece a reação normal este sistema é colocado imerso em uma solução diluída de bicarbonato
da pilha e aumenta, em conseqüência, o potencial desta. de sódio, sendo aquecido ligeiramente.
III. Um aumento no tamanho da placa de magnésio metálico empregada Com relação ao observado no processo de remoção da cor escura do
na montagem influencia no potencial fornecido pela pilha. objeto de prata, são feitas as seguintes afirmativas:
IV. O eletrodo de magnésio é o ânodo da pilha, portanto ocorrerá desgaste
da placa metálica. I. O potencial de oxidação da prata é maior do que o do alumínio.
II. O potencial de redução do alumínio é menor do que o da prata.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que somente estão corretas: III. A reação que ocorre pode ser corretamente representada por:
2Al(s) + 3Ag2S(s) aquoso 2Al3+(aq) + 3S2–(aq)+ 6Ag(s)
(A) I e II (D) III e IV
IV. O alumínio está sofrendo uma oxidação e os íons Ag1+ e S2– estão
(B) I e III (E) II, III e IV
sofrendo uma redução.
(C) II e IV
Pela análise das informações, somente estão corretas as afirmativas:
05 (UNIUB-MG) O citocromo, uma molécula complexa que pode ser
representada por CyFe2+, reage com o ar que respiramos (que contém
(A) I e II (D) I, III e IV
O2), fornecendo a energia necessária para sintetizar a adenosina trifosfato
(B) II e III (E) II, III e IV
(ATP).
(C) III e IV
O corpo usa ATP como fonte de energia para promover uma série de outras
reações indispensáveis à manutenção da vida. As duas semirreações
08 (UNIFESP) Quatro metais, M1, M2, M3 e M4, apresentam as seguintes
envolvidas no processo citado e os seus respectivos potenciais de redução
propriedades:
são apresentados a seguir.
I. Somente M1 e M3 reagem com ácido clorídrico 1,0 M, liberando H2(g).
Semi-reação 1: O2(g) + 4 H+(aq) + 4e– → 2 H2O(l) Eo = + 0,82 V
II. Quando M3 é colocado nas soluções dos íons dos outros metais, há
Semi-reação 2: CyFe3+(aq) + e– → CyFe2+(aq) Eo = + 0,22 V
formação de M1, M2 e M4 metálicos.
III. O metal M4 reduz M, para dar o metal M2 e íons M4n+.
Baseado nas semirreações do processo acima, assinale a alternativa
correta:
Com base nessas informações, pode-se afirmar que a ordem crescente
dos metais, em relação à sua capacidade redutora, é:
(A) A reação: 4 CyFe2+(aq) + O2(g) + 4 H+(aq) → 4 CyFe3+(aq) + 2 H2O(l) é
representativa do processo global das semirreações.
(A) M1, M2, M3 e M4.
(B) A diferença de potencial (DE01) da pilha formada pelas semirreações
(B) M2, M4, M1 e M3.
é de + 1,04 V.
(C) M2, M1, M4 e M3.
(C) Na reação abordada o íon Fe2+ ligado ao citocromo ao passar para íon
(D) M3, M1, M4 e M2.
Fe3+ sofre uma redução.
(E) M4, M2, M1 e M3.
(D) O oxigênio é o agente redutor no processo.
(E) Na primeira semirreação o íon H+ sofre uma redução formando água.

IME-ITA | Vol. 4 303


QUÍMICA II
09 (UFSCar-SP) A pilha seca, representada na figura, é uma célula 11 (UFRJ) Para verificar a autenticidade de um lote de moedas cunhadas
galvânica com os reagentes selados dentro de um invólucro. Essa pilha em uma liga de Zn/Cu, contendo 60% em massa de cobre, foi realizada,
apresenta um recipiente cilíndrico de zinco, com um bastão de carbono inicialmente, uma análise qualitativa que confirmou a presença apenas
no eixo central. O eletrólito é uma mistura pastosa e úmida de cloreto de desses dois metais na liga. Em seguida, realizou-se a sequência de
amônio, óxido de manganês (IV) e carvão finamente pulverizado. procedimentos experimentais descrita a seguir:

+ • uma moeda de peso igual a 5 g foi colocada em um recipiente contendo


excesso de uma solução aquosa de HC de concentração igual a 1 mol/L;
• a reação iniciou-se imediatamente, com a evolução de gás;
recipiente de zinco • ao término da reação, restou uma mistura de um líquido e um resíduo
sólido metálico, que foi filtrada;
bastão de carbono • a solução aquosa obtida foi recolhida em um recipiente e submetida
a um método de separação;
• ao final da separação, restou um sólido branco cristalino no recipiente.
Pasta úmida
O diagrama a seguir ilustra o processo:
NH4Cl, MnO2 e carvão
gás
moeda

As equações das reações envolvidas na pilha são:

2MnO2(s) + NH+4(aq) + 2 e– → Mn2O3(s) + 2 NH3(aq) + H2O(l)


HCl
Zn0 → Zn2+ + 2 e– (1mol/L)
sólido
Considere as seguintes afirmações sobre a pilha seca: metálico
I. O recipiente de zinco é o ânodo.
II. Produz energia através de um processo espontâneo. H2O(v) + HCl(g)
III. O NH4+ sofre redução.
IV. Os elétrons migram do ânodo para o cátodo através do eletrólito.
solução
Está correto apenas o que se afirma em: separação aquosa

(A) I, II e III. (D) I e IV.


(B) II, III e IV. (E) II e III. sólido branco
(C) I e II.
O potencial de redução do cobre é igual a + 0,34 V e o do Zinco é igual
10 (PUC-CAMP) No ano de 2000, foram comemorados os 200 anos de a – 0,76 V.
existência da pilha elétrica, invento de Alessandro Volta. Um dos dispositivos Sabendo que foram obtidos 2 g de sólido metálico após a reação, escreva
de Volta era formado por uma pilha de discos de Prata e de Zinco, sendo a semirreação de oxidação que ocorre e verifique se a moeda examinada
que cada par metálico era separado por um material poroso embebido é falsa. Justifique sua resposta.
com uma solução ácida. É daí que veio o nome “pilha”, utilizado até hoje.
Volta construiu pilhas com diversos tipos de pares metálicos e de soluções 12 (UFTM-MG) A figura abaixo representa uma pilha elétrica:
aquosas. Para conseguir tensão elétrica maior do que a fornecida pela pilha
de Volta, foram propostas as seguintes alterações:
Chave
I. aumentar o número de pares metálicos (Ag e Zn) e de separadores
embebidos com soluções ácidas;
Multímetro
II. substituir os discos de Zinco por discos de outro metal que se oxide
mais facilmente;
III. substituir os separadores embebidos com solução ácida por discos Zno – NO3– Na+ + Cuo
de uma liga Ag/Zn.

Há aumento de tensão elétrica somente com o que é proposto em:

(A) I
(B) II NO3–
(C) III Zn2+
(D) I e II
(E) II e III NO3– NO3–
NO3 –
Cu2+

304 Assunto 15
Eletroquímica
A análise dessa pilha permite afirmar que: Assinale a opção que contém a afirmação errada a respeito do que ocorre
no sistema após a chave S ser “fechada”:
I. a reação é espontânea;
II. o ânodo é o eletrodo de Zinco; (A) O fluxo de corrente elétrica ocorre no sentido do semicélula-II →
III. o fluxo de elétrons se dá do cátodo para o ânodo; semicélula-I
IV. o potencial de redução do cobre é menos positivo que o do Zinco; (B) A diferença de potencial entre os eletrodos M2 / M+2(aq) e M1 / M+1(aq)
V. os íons migram através da ponte salina, para propiciar a neutralidade diminui.
elétrica das soluções. (C) O eletrodo M1 / M+1(aq) apresentará um potencial menor do que o eletrodo
M2 / M+2(aq)
As afirmações corretas são: (D) Ao substituir a ponte salina por um fio de cobre a diferença de potencial
entre os eletrodos será nula.
(A) I, II, III e V, apenas. (E) A concentração dos íons M+2(aq) na semicélula II diminui.
(B) I, II, IV e V, apenas.
(C) I, II e V, apenas. 15 (UFRJ) Duas pilhas são apresentadas esquematicamente a seguir; os
(D) I, IV e V, apenas. metais X e Y são desconhecidos:
(E) II, III e IV, apenas.
pilha–1 pilha–2
H2
13 (PUC-SP) Dados: semirreações de redução e respectivos potenciais
de redução.
X Y X
2H+(aq) + 2e– → H2(g) E0red = 0,00 V
Ag+(aq) + e– → Ag(s) E0red = 0,80 V
Cu2+(aq) + 2e– → Cu(s) E0red = 0,34 V
Mg2+(aq) + 2e– → Mg(s) E0red = – 2,37 V
Fe2+(aq) + 2e– → Fe(s) E0red = – 0,44 V
Pt2+(aq) + 2e– → Pt(s) E0red = + 1,20 V
ânodo cátodo
Zn2+(aq) + 2e– → Zn(s) E0red = – 0,76 V DE = + 0,23 V DE = + 0,21 V

Quatro metais, aqui designados por MA, MB, MC e MD, apresentam as A tabela a seguir apresenta alguns potenciais-padrão de redução:
seguintes propriedades:

• somente MA e MC são corroídos por solução aquosa de ácido clorídrico Potenciais padrão de redução Volts
(HCl) 1 mol/L, liberando gás hidrogênio (H2); Zn ++
+ 2e → Zn 0
– 0,76
• se MC é colocado em contato com as três soluções de cada cátion
Fe ++
+ 2e → Fe 0
– 0,44
dos demais metais, são obtidos MA, MB e MD na forma metálica;
• o metal MD reduz MBn+ formando MB e MDx +. Ni++ + 2e → Ni0 – 0,23
Pb ++
+ 2e → Pb 0
– 0,13
Considerando as informações acima, os metais MA, MB, MC e MD podem
Cu ++
+ 2e → Cu 0
+ 0,34
ser, respectivamente:
Ag + 1e → Ag
+ 0
+ 0,80
(A) Zn, Cu, Fe e Ag.
(B) Fe, Cu, Mg e Zn. a. Utilizando as informações da tabela, identifique o metal Y da pilha 2.
(C) Zn, Ag, Mg e Cu. Justifique sua resposta.
(D) Cu, Ag, Mg e Pt. b. De acordo com os potenciais de redução apresentados verifica-se que
(E) Ag, Fe, Pt e Zn. a reação Zn + CuCl2 → ZnCl2 + Cu é espontânea. Indique o agente
oxidante dessa reação. Justifique sua resposta.
14 (ITA) Uma corrente elétrica flui através do circuito, representado na
figura abaixo, quando a chave S é “fechada”. 16 (ITA) Assinale a opção que contém a afirmação certa em relação ao
que irá ocorrer se uma lâmina de alumínio for posta em contato com uma
S solução 1 molar de hidróxido de sódio, na temperatura ambiente:

ponte salina (A) Não irá ocorrer nenhuma reação.


– + (B) A lâmina perderá massa, haverá desprendimento de hidrogênio e a
solução continuará transparente.
(C) A lâmina ganhará massa por deposição de um produto sólido, sendo
que isto ocorrerá sem desprendimento de gás.
M1 M2 (D) A lâmina perderá massa, haverá desprendimento de oxigênio e na
solução aparecerá uma turbidez.
(E) A lâmina perderá massa, ficará colorida e não haverá desprendimento
I II gasoso.
M1+(aq) M2+(aq)

IME-ITA | Vol. 4 305


QUÍMICA II
17 (ITA) Num frasco de Erlenmeyer contendo uma solução aquosa 1,0 A imagem abaixo, será utilizada para responder as questões 20 e 21.
molar de nitrato férrico, introduz-se uma lâmina de ferro, lixada e limpa.
Em seguida fecha-se o frasco com uma válvula que impede o acesso de ar
mas permite a saída de gases. Assinale a opção que contém a afirmação
certa em relação ao que ocorrerá no frasco: Cobre

(A) A lâmina de ferro ganhará massa.


(B) A cor da solução mudará de verde para castanha.
(C) A presença do ferro não irá alterar a solução.
(D) Haverá desprendimento de O2(g). I II III IV
(E) A lâmina de ferro perderá massa.

18 (UFMG) São dados os potenciais padrão de oxidação: H2SO4(aq) H2SO4(aq)

semirreação E0(volts)
20 (ITA) Ao se completar o circuito, ligando-se o interruptor será notado
Zn(s) → 2 e + Zn
– +2
(aq)
+ 0,76 desprendimento de hidrogênio gasoso apenas no(s) eletrodo(s):
Ni(s) → 2 e– + Ni+2(aq) + 0,25 (A) I (D) I e III
Ag(s) → e– + Ag+(aq) – 0,80 (B) IV (E) II e IV
(C) I e II
Medidor de
voltagem 21 (ITA) Durante a eletrólise irá ocorrer desgaste de cobre metálico apenas
E Ni Ag F Zn no(s) eletrodo(s):
Zn
(A) I (D) I e III
(B) IV (E) II e IV
(C) I e II

A B C D 22 (ITA) Uma solução aquosa de NiSO4 é eletrolisada numa célula com


eletrodos de platina, mediante a passagem de uma corrente elétrica
As voltagens nas células (A – B) e (C – D), quando elas estão operando constante de 268 mA, durante 1,0 hora. No cátodo, além da eletrodeposição
isoladamente, são, respectivamente: de níquel, foi observada a formação de 11,2 mL (CNTP) de um certo gás.
Assinale a opção que representa a razão percentual correta entre a carga
(A) 0,51 e 1,56 volt (C) 1,01 e 1,56 volt elétrica utilizada para a eletrodeposição de níquel e a carga elétrica total
(B) 0,51 e 0,04 volt (D) 1,01 e 0,04 volt que circulou pelo sistema:
(A) 10 (D) 75
19 (ITA) Dois elementos galvânicos reversíveis, distintos, designados
(B) 25 (E) 90
por alfa e beta, são ligados entre si por fios metálicos, conforme a figura
(C) 50
abaixo. As setas nos fios indicam o sentido da corrente convencional. Os
sinais (+) e (–) significam que na célula alfa o eletrodo a é positivo em
23 (ITA) Durante uma eletrólise, a única reação que ocorreu no cátodo foi
relação ao eletrodo b, enquanto que na célula beta o eletrodo d é positivo
a deposição de certo metal. Observou-se que a deposição de 8,81 gramas
em relação ao eletrodo c.
do metal correspondeu à passagem de 0,300 mols de elétrons pelo circuito.
Qual das opções abaixo contém o metal que pode ter sido depositado?
(A) Ni. (D) Sn.
(B) Zn. (E) Pb.
(C) Ag.
+ – – +

a Alfa b c Beta d 24 (ITA) Uma cuba eletrolítica com eletrodos de cobre e contendo solução
aquosa de Cu(NO3)2 é ligada em série com outra provida de eletrodos de
prata e contendo solução aquosa de AgNO3. Este conjunto de cubas em
série é ligado a uma fonte durante certo intervalo de tempo. Neste intervalo
Assinale a opção que contém a afirmação correta em relação à situação de tempo, um dos eletrodos de cobre teve um incremento de massa de
acima. 0,64 g. O incremento de massa em um dos eletrodos da outra célula deve
ter sido:
(A) Os eletrodos b e c são cátodos.
(B) Nos eletrodos b e d ocorrem reduções. (A) 0,32 g (D) 1,08 g
(C) No eletrólito da célula alfa, cátions migram do eletrodo a para o (B) 0,54 g (E) 2,16 g
eletrodo b. (C) 0,64 g
(D) Tanto a célula alfa como a beta são baterias em descarga.
(E) A célula alfa está fornecendo energia elétrica para célula beta. 25 (UFC) Uma das fontes de produção do “combustível limpo” H2
(considere comportamento de um gás ideal) é a reação de eletrólise da
água que, na ausência de oxigênio e em um ambiente fechado, gera um

306 Assunto 15
Eletroquímica
meio alcalino. Sabendo que, ao final de uma eletrólise, o pH da solução é c. Calcule o DE0 do processo. Este processo é espontâneo? Justifique.
9,00, assinale a alternativa que indica o volume (em L) ocupado por este d. Escreva a expressão matemática da lei cinética ou de velocidade da
gás a 1,0 atm e 30°C. reação global do processo.
e. Sabendo que tal reação somente ocorre em meio ácido, e supondo que
Dado: a concentração de íons H+ no meio reacional é de 1,0 · 10–2 mol/L,
calcule o pH inicial da solução.
R = 0,0821 atm · L/mol · K.
03 (UERJ) Aparelhos eletrônicos sem fio, tais como máquinas fotográficas
(A) 1,96 · 10–7 (D) 1,24 · 10–4 digitais e telefones celulares, utilizam, como fonte de energia, baterias
(B) 1,72 · 10–6 (E) 1,12 · 10–3 recarregáveis. Um tipo comum de bateria recarregável é a bateria de níquel-
(C) 1,48 · 10–5 cádmio, que fornece uma d.d.p. padrão de 1,25 V e cujos componentes
apresentam baixa solubilidade em água.

A ilustração abaixo representa uma dessas baterias.


01 (FUVEST) Uma mistura de cloreto de sódio e nitrato de sódio, de massa
tampa (+)
20,20 g, foi dissolvida em água suficiente. A essa solução adicionaram-se
250 mL de solução aquosa de nitrato de prata de concentração 0,880 mol/L.
Separou-se o sólido formado, por filtração, e no filtrado mergulhou-se uma separador
placa de cobre metálico de massa igual a 20,00 g. Após certo tempo,
observou-se depósito prateado sobre a placa e coloração azul na solução. eletrodo
A placa seca pesou 21,52 g. negativo

O esquema desse procedimento é:


eletrodo
caixa (–)
cloreto de sódio + nitrato de sódio, em água positivo

solução de nitrato de prata


etapa A

Admita que:

placa de cobre • a reação global desta bateria seja representada pela equação:
precipitados solução
etapa B Cd + 2 NiOOH + 2 H2O  Cd(OH)2 + 2 Ni(OH)2;
• a semirreação de oxidação apresente um potencial igual a 0,76 V e
Dados: massas molares (g/mol) que seja representada pela equação: Cd + 2OH– Cd(OH)2 + 2e–.

Ag = 108 a. Escreva a equação que representa a semirreação de redução e seu


Cu = 64 respectivo potencial padrão.
NaCl = 58 b. Sabendo que o produto de solubilidade do hidróxido de Cádmio vale
3,2 · 10–14 mol3 · L–3 a 25°C, determine sua solubilidade, em mol ·
a. Escreva a equação balanceada que representa a reação química que L–1, nessa temperatura.
ocorre na etapa B.
b. Qual a quantidade, em mols, do depósito prateado formado sobre a 04 A análise do gás que é retirado do ânodo de uma célula para produção
placa de cobre? Mostre os cálculos. de cloro, a partir de uma solução de NaC, contém 97,5 % de Cl2 e 2,5 %
c. Qual a quantidade, em mols, de nitrato de prata em 250 mL da solução de O2 por mol. Calcule o rendimento do processo para a produção de Cl2.
precipitante? Mostre os cálculos.
d. Qual a massa de nitrato de sódio na mistura original? Mostre os 05 (ITA) Considere os eletrodos representados pelas semi-equações
cálculos. químicas seguintes e seus respectivos potenciais na escala do eletrodo
de hidrogênio(E0) e nas condições-padrão:
02 (UFJF-MG) O método de determinação da concentração de água
oxigenada numa solução é baseado na reação entre a água oxigenada e In+(aq) + e– (CM) → In(s) E0I = – 0,14 V
o permanganato de potássio em meio ácido. Este método é utilizado no In2+(aq) + e– (CM) → In+ (aq) E0II = – 0,40 V
controle de qualidade do produto “água oxigenada”, comumente vendido em In3+(aq) + 2e– (CM) → In+ (aq) E0III = – 0,44 V
farmácias. As semirreações do processo, com seus respectivos potenciais In3+(aq) + e– (CM) → In2+ (aq) E0IV = – 0,49 V
padrão de redução, são as seguintes:
Assinale a opção que contém o valor correto do potencial padrão do eletrodo
Mno–4(aq) + 8H+(aq) + 5e– → Mn2+(aq) + 4H2O(l) E0 = 1,51 V representado pela semiequação In3+(aq) + 3e– (CM) → In(s):
2H+(aq) + O2(g) + 2e– → H2O2(l) E0 = 0,68 V
(A) – 0,30 V. (D) – 1,03 V.
a. Escreva a reação global balanceada do processo. (B) – 0,34 V. (E) – 1,47 V.
b. ndique os agentes oxidante e redutor do processo. (C) – 0,58 V.

IME-ITA | Vol. 4 307


ColOides

química II

1. Conceito de estado coloidal disperso dispergente exemplo


Os sistemas químicos são classificados em homogêneos e vidro vermelho obtido pela
heterogêneos. No entanto, esta distinção nem sempre é bem nítida. A um sólido sólido
dispersão do ouro no vidro
estado intermediário que denominamos estado coloidal.
sólido líquido goma arábica na água
Observando-se as dimensões das partículas dispersas em uma
solução coloidal, constata-se que as dimensões dessas partículas estão sólido gás fumaça
compreendidas entre 1 e 100 mμ (milimícron). líquido sólido geleias
Em uma solução coloidal, ou simplesmente denominada coloide, líquido líquido óleos solúveis na água, maionese
destacam-se duas partes: o dispergente ou dispersante, que é constituído
de partículas menores, e o disperso (também chamado de micelas ou líquido gás neblina
tagmas), que é a parte de dimensões bastante maiores que aquelas que gás sólido pedra-pomes
a circundam. O disperso já é visível nos ultramicroscópios, enquanto as gás líquido espuma, chantili
partículas do dispergente só são distinguidas em uma análise de raios X.
gás gás não existe
As partículas dos dispergentes são geralmente moléculas, podendo ser
íons ou mesmo átomos isolados. As partículas do disperso são: agregados
de íons ou moléculas e muitas vezes são macromoléculas e íons gigantes, Obs. 1: Não existem coloides de um gás. Misturas gasosas são sempre
cujos pesos moleculares ultrapassam 10.000. Como exemplo, temos o soluções verdadeiras.
sangue, em que o peso molecular de hemoglobina é da ordem de 68.000. Obs. 2.: No estudo dos coloides aparecem diversos termos, tais
como: sol, gel, hidrossol, aerossol, emulsão, suspensão, pectização,
2. Classificação dos sistemas coloidais peptização, etc.
Adotaremos três critérios de classificação: SOL – é o nome que se dá ao sistema coloidal de um disperso sólido
I. Quanto à natureza num líquido dispergente, de modo que o sistema não tome uma forma
II. Quanto ao estado físico definida, pois predomina mais o estado líquido. Exemplos: tintas, goma
III. Quanto à dispersabilidade. de amido.
GEL – é quando o sistema é constituído de um sólido num líquido,
I. Quanto à natureza
porém mais se destaca o aspecto sólido, tendo a solução coloidal uma
De acordo com esse critério, podemos falar em: forma já definida. Pode-se mesmo dizer que se trata de um líquido disperso
num sólido dispergente. Exemplos: pudim de caramelo, geleias, sílica-gel.
2.1 Coloides micelares
Quando as partículas coloidais são agregados de moléculas, íons ou HIDROSSOL e AEROSSOL – alguns autores denominam qualquer
átomos. São, neste caso, as partículas do disperso denominadas MICELAS. coloide de sol. Se o dispergente é água, temos o hidrossol; se é ar, temos
aerossol. No entanto, nestes capítulos, ao se falar em SOL, estaremos nos
Exs.: referindo à dispersão de um sólido num líquido.
enxofre na água → micela molecular EMULSÃO – solução coloidal de líquido num outro líquido.
brometo de prata no filme fotográfico → micela iônica Ex.: maionese.
metais colodais como ouro coloidal → micela atômica SUSPENSÃO – quando se trata de um SOL (sólido num líquido) muito
instável e geralmente com partículas quase reconhecíveis ao microscópio,
2.2 Coloides moleculares dá-se o nome de suspensão à referida solução coloidal.
Quando o disperso é constituído de partículas que são moléculas gigantes.
Exs.: enxofre na água, ouro coloidal, suspensão de leite de cal, etc.
Exs.: amido na água, hemoglobina no sangue, borracha no tolueno
(borracha coloidal) NOTA: Alguns autores admitem que as suspensões são casos em
que as partículas do disperso já ultrapassam o limite do tamanho coloidal.
2.3 Coloides iônicos
Quando as partículas do disperso são íons gigantes. PECTIZAÇÃO – é a passagem de um sol a gel. Como vimos, a diferença
entre sol e gel está na maior ou menor proporção do sólido em relação ao
Exs.: líquido. Percebe-se mesmo intuitivamente que, se tivermos uma geleia em
Cumpre ressaltar que os coloides micelares podem tornar-se soluções muita água, teremos um sol. Deixando-se evaporar água da goma arábica,
verdadeiras. No entanto, o disperso dos coloides moleculares e iônicos só teremos um gel. Esta transformação é denomina pectização.
poderá aparecer no estado coloidal e é chamado de eucoloide. PEPTIZAÇÃO – é o contrário do caso anterior. Adicionando-se água
II. Quanto ao estado físico do dispergente e disperso ao leite em pó, obtém-se uma solução coloidal e a operação é denominada
Como o dispergente e o disperso podem ser: sólido, líquido ou gás, peptização.
temos os seguintes casos a considerar: III. Quanto à dispersabilidade

308 Assunto 16
Coloides
2.4 Coloides reversíveis ou liófilos 3.2 Eletrodiálise
São aqueles coloides nos quais o disperso, em um simples contato É utilizada quando na solução coloidal existem íons em solução
com o dispergente, forma o estado coloidal. verdadeira com o dispergente. O processo é análogo ao caso anterior.
Quando o dispergente é a água, o coloide recebe o nome de hidrófilo. Colocam-se agora eletrodos fora da membrana; estes atraem os íons, que
Como exemplos, temos a goma-arábica, muitas proteínas na água, borracha atravessam a membrana com maior rapidez.
no tolueno, etc. O nome reversível é em virtude de se poder obter sol do gel eletrodos
e em seguida voltar a gel por simples evaporação do solvente.
Em outras palavras, pode-se facilmente aplicar a pectização e, logo + –
em seguida, a peptização, voltando assim ao estado coloidal.

COLOIDE REVERSÍVEL

PECTIZAÇÃO

SOL GEL
sol + íons membranas
PEPTIZAÇÃO solvente

3.3 Ultrafiltração
2.5 Coloides irreversíveis ou liófobos Passa-se um sistema coloidal através de um filtro. O ultrafiltro é aquele
Colocando-se enxofre em contato com a água, mesmo por agitação com uma porosidade extremamente fina, como, por exemplo, papel de filtro
forte, não se consegue obter o estado coloidal. No entanto, dissolvendo- ou porcelana porosa impregnada com um coloide.
-se o enxofre no álcool, temos uma solução verdadeira. Colocando esta O ultrafiltro só deixa atravessar partículas da solução verdadeira. Como
solução na água, teremos enxofre coloidal constituído por um agregado o processo é muito lento, deve-se acelerá-lo com compressão ou utilização
de moléculas de S8. Em seguida, pela eliminação do álcool, pode-se obter de uma bomba de vácuo.
o enxofre coloidal.
Este coloide é irreversível, pois, uma vez precipitado, não se obtém 3.4 Ultracentrifugação
do gel o sólido por simples contato com o dispergente. Os exemplos mais Por meio de ultracentrifugação, pode-se “assentar” as partículas
típicos são aqueles das substâncias inorgânicas na água denominados coloidais e separá-las da solução verdadeira.
coloides hidrófobos. Exemplos: AgCl, As2S3, Al(OH)3, Fe(OH)3, ouro Em seguida, pela adição de solvente puro e agitação, pode-se obter
coloidal, etc. uma solução coloidal mais pura.

3. Purificação dos coloides 4. Propriedades dos coloides


Muitas vezes, quando se obtém uma solução coloidal no processo de São dois os principais fatores que caracterizam as propriedades dos coloides.
preparação, acompanham outras substâncias que constituem soluções
I. Tamanho médio das partículas;
verdadeiras com o dispergente.
II. Fenômeno de adsorção, que é a retenção de moléculas ou íons na
superfície das partículas coloidais.
3.1 Diálise
Vimos que partículas das soluções verdadeiras atravessam, muito mais Obs.: Não se deve confundir adsorção com absorção.
rapidamente, membranas permeáveis como celofane, papel-pergaminho,
bexiga de porco, etc. A absorção é apenas um fenômeno de retenção de uma substância
Os íons ou moléculas da solução verdadeira que se encontram no sol nos poros de uma matéria.
atravessam com muito maior rapidez a membrana, ficando retidas no sol Ex.: absorção da água por uma esponja.
as partículas coloidais.
A adsorção já é um fenômeno ultramicroscópico, ou seja, a retenção
de átomos, moléculas ou íons pela superfície de uma substância.
solução coloidal Ex.: O paládio adsorve átomos de hidrogênio.

4.1 Propriedades físicas


Muitas propriedades físicas como densidade, viscosidade, tensão
superficial, etc. nos coloides liófobos não diferem muito das propriedades
membrana do dispergente puro. É o que acontece com soluções coloidais de enxofre,
cloreto de prata, metais, na água. No entanto, para coloides liófilos as
propriedades já diferem bastante. Como exemplos, temos: goma-arábica,
solvente puro gelatinas em que fundamentalmente as diferenças estão na viscosidade
e tensão superficial.

ime-ita | Vol. 4 309


QUÍMICA II
4.2 Efeito Tyndall 5. Estabilidade dos coloides
Chama-se Tyndall a propriedade de partículas microscópicas difratarem
luz visível. É o que acontece quando um raio luminoso lateral penetra numa Um coloide será tanto mais estável quanto mais difícil for a precipitação
sala escura e podemos enxergar partículas da poeira em suspensão no ar. do disperso. Os fatores que favorecem a estabilidade dos coloides são:
Quando uma solução coloidal é observada em um microscópio, onde se
incide luz lateral forte, podemos notar nitidamente as partículas dispersas
I. movimento browniano, que, mantendo as partículas em movimento,
na solução. Este dispositivo é denominado de ultramicroscópio.
dificulta a sedimentação.
4.3 Movimento browniano II. as cargas elétricas que, tendo o mesmo sinal em todas as partículas,
As partículas da solução coloidal sofrem constante bombardeamento das determinam a repulsão entre elas.
moléculas do dispergente. Isto resulta em movimento lento e desordenado das III. camada de solvatação (ou hidratação no caso da água) que impede
partículas coloidais dentro do próprio dispergente. Este movimento foi pela o contato direto entre as partículas e a consequente aglutinação e
primeira vez observado por Brown, razão pela qual recebeu esse nome. Como
precipitação dessas partículas. É por isso que os coloides liófilos são
a massa da partícula coloidal é muito maior que da molécula do dispergente,
o movimento é bastante lento. Isto vem explicar em parte a difícil difusão das mais estáveis que os liófobos.
partículas coloidais através de membranas permeáveis.
6. Coloides protetores
4.4 Propriedades coligativas
São propriedades que dependem do número de partículas “dissolvidas”. Muitas vezes a estabilidade de uma solução coloidal é nitidamente
Ora, como as partículas coloidais são muito grandes em relação à soluções aumentada pela ação de um coloide chamado “protetor”, que envolve
verdadeiras, quase não se nota o efeito tonométrico, criométrico e ebuliométrico. as par tículas já dispersas. Geralmente utiliza-se o coloide protetor
Apenas a variação da pressão osmótica é ligeiramente observada nas soluções quando temos um coloide liófobo. Evidentemente que o coloide protetor
coloidais em relação ao solvente puro. É um dos processos para se determinar será liófilo.
o “peso molecular” médio das partículas em solução coloidal.
Considere a emulsão de querosene na água. Colocando-se estes
4.5 Propriedades elétricas líquidos em contato, mesmo após uma forte agitação não se formará
uma solução coloidal. No entanto, agitando o querosene na água com
Quando as partículas coloidais são submetidas a campos elétricos,
ocorre migração delas para determinado polo. A solução torna-se mais um pouco de sabão, teremos uma emulsão. As partículas do querosene
“opaca” de um lado e mais “transparente” nas proximidades do outro polo. são hidrocarbonetos que conseguem envolver a parte apolar do sabão,
O fenômeno é chamado eletroforese. enquanto que a parte polar do sabão fica na água. Dizemos que o sabão
é um coloide protetor porque envolve as partículas do querosene não
– + permitindo a sua aglutinação.
Outro exemplo típico é a maionese, na qual o azeite é imiscível no vinagre.
No entanto,a gema do ovo serve de agente protetor para as partículas do azeite.
Nos filmes fotográficos, encontra-se AgBr coloidal, utilizando-se
gelatina como coloide protetor.

eletroforese

01 O efeito Tyndall será observado principalmente em: 03 O fenômeno da migração das partículas coloidais sob a influência de
um potencial elétrico é chamado:
(A) uma solução.
(B) um sol. (A) eletroforese.
(C) um gel. (B) cataforese.
(D) um solvente. (C) peptização.
(E) uma suspensão. (D) diálise.

02 As partículas de um coloide hidrófobo podem ser separadas de uma 04 Eletroforese é:


dispersão aquosa (sol) por todos os métodos abaixo exceto:
(A) a decomposição de uma substância pela corrente elétrica.
(A) adição à solução de um eletrólito apropriado. (B) o transporte elétrico de micelas de uma solução coloidal.
(B) filtração através de papel de filtro comum. (C) a produção de corrente elétrica a partir de uma solução.
(C) ultracentrifugação. (D) a medida da constante dielétrica de um solvente.
(D) coagulação.
(E) diálise.

310 Assunto 16
Coloides
05 O ponto isoelétrico de um coloide é medido através: um lado da membrana enquanto uma solução de diálise adequada o contacta
pelo outro lado. Produtos residuais do sangue, tais como ureia e creatinina,
(A) do pH. difundem para essa solução, que é depois descartada. Não seria necessário
(B) da adsorção. dizer que a água utilizada na solução de diálise precisa ser tratada dentro de
(C) da concentração. normas preestabelecidas, mas não foi o que ocorreu no Instituto de Doenças
(D) nenhuma das respostas. Renais de Caruaru. A contaminação da solução de diálise por uma toxina
denominada Microsystina LR, liberada por algas encontradas em reservatórios
O texto a seguir, retirado de um livro de receitas, refere-se às questões 6, de água não tratada, matou muitas pessoas, desestruturou famílias e reforçou
7, 8 e 9. uma certeza: se não forem tomadas atitudes sérias e urgentes para sanar os
problemas da saúde pública, ficaremos à mercê de que uma tragédia como
“Misture gema de ovo com suco de limão em um liquidificador em esta nos atinja a qualquer momento.
velocidade baixa. A seguir, adicione lentamente óleo à mistura inicial. Após
o término da adição deixe o liquidificador funcionando por mais 2 ou 3 a. Às vezes a eletrodiálise é usada no lugar da diálise para purificar uma
minutos. Posteriormente, coloque uma pequena quantidade do coloide dispersão coloidal. Indique a diferença entre esses dois processos.
obtido num pedaço de pão ou biscoito e experimente.” b. Comente dois outros processos que podem ser utilizados para purificar
dispersões coloidais.
06 O coloide citado pode ser classificado quanto ao estado físico como.
11 Em uma dispersão coloidal do tipo gel, as fases disperso e dispergente se
(A) sol. (C) névoa. distribuem uniformemente uma na outra e as partículas do disperso formam
(B) gel. (D) emulsão. filamentos finos que mantêm a fase dispergente em uma estrutura semirrígida.
Essa estrutura tridimensional imposta pelas partículas do disperso em alguns
07 Qual o nome do comercial do produto obtido? (Caso julgue necessário géis pode ser temporariamente rompida pela aplicação de força ou agitação.
“produza” a receita em casa.) Tal gel, em seguida, se reverte a sol, podendo fluir livremente. Mantido sem
perturbação, o gel volta a se reconstituir. Este fenômeno é conhecido por
(A) Geleia. tixotropia. Algumas tintas são géis tixotrópicos; elas são densas e viscosas na
(B) Mostarda. lata, tornam-se aparentemente ‘líquidas” quando se mergulha um pincel em seu
(C) Azeite. interior, engrossam sobre o pincel, diminuindo o gotejamento, liquefazendo-se
(D) Maionese. quando pintadas sobre uma parede ou tela, de modo a correr suavemente, e
tornam-se viscosas, uma vez mais, na superfície pintada, onde secam sem
08 Ao identificar o disperso e o dispersante do coloide formado, escorrimento ou gotejamento. Alguns géis que não são tixotrópicos também
encontramos, respectivamente: podem ser transformados em sol e vice-versa. Explique em que condições isso
ocorre, como é feito e como é denominado cada um desses processos.
(A) gema do ovo e suco de limão.
(B) óleo e suco de limão. 12 Em relação a misturas de substâncias preparadas e mantidas em um
(C) suco de limão e gema do ovo. laboratório de química, são feitas as seguintes afirmações:
(D) gema de ovo e óleo.
I. O líquido resultante da adição de metanol a etanol é monofásico e,
09 Considerando a substância (entre as citadas na questão anterior) que portanto, é uma solução.
não é classificada como disperso ou dispersante, podemos afirmar que II. O líquido transparente que resulta da mistura de carbonato de cálcio e água
ela funciona como: e que sobrenada o excesso de sal sedimentado é uma solução saturada.
III. O líquido turvo que resulta da mistura de hidróxido de sódio e solução
(A) solvente. (C) coloide protetor. aquosa de nitrato cúprico é uma suspensão de um sólido num líquido.
(B) membrana. (D) coagulante. IV. A fumaça branca que resulta da queima de magnésio ao ar é uma
solução de vapor de óxido de magnésio em ar.
10 A revista Veja, edição 1447, de junho de 1996, publicou um artigo V. O líquido violeta e transparente que resulta da mistura de permanganato
denominado “Tragédia da indiferença” com o seguinte destaque: “Indiferente e de potássio com água é uma solução.
conformado, o país assiste à morte em sequência das vítimas da hemodiálise
em Caruaru. O número de mortos já chegou a 52, mas a tragédia não comove o Destas afirmações está(ao) incorreta(s) apenas:
povo nem perturba as autoridades”. Quando uma dispersão coloidal encontra-se
contaminada por impurezas altamente solúveis, utiliza-se o processo de diálise (A) I. (D) II e V.
para purificá-la. Esse processo baseia-se na diferença de velocidade com que (B) II. (E) II, III e V.
ocorre a difusão de uma solução e de uma dispersão coloidal através de uma (C) IV.
membrana permeável ou semipermeável O sangue pode ser considerado uma
dispersão coloidal, e o rim, o órgão responsável pela purificação do sangue. 13 A popular maionese caseira é formada pela mistura de óleo, limão (ou
Um rim sadio filtra o sangue e remove os produtos residuais das reações que vinagre) e gema de ovo; este último componente tem a função de estabilizar
ocorrem no organismo. As disfunções renais levam à uremia, que é a retenção a referida mistura. Esta mistura é um exemplo de:
no sangue de substâncias normalmente eliminadas na urina (condição que pode
ser fatal). Para fazer o trabalho dos rins, utiliza-se a hemodiálise que remove (A) solução verdadeira concentrada.
estas substâncias tóxicas, deixando-as difundir para fora do sangue por meio (B) solução verdadeira diluída.
da diálise. O estoque de sangue do paciente é conectado por tubulações a uma (C) uma dispersão coloidal do tipo gel.
máquina que atua como rim artificial. Esse dispositivo contém uma membrana (D) uma dispersão coloidal do tipo emulsão.
semipermeável, sob forma de serpentina ou folhas paralelas. O sangue flui por (E) um gel que sofreu uma peptização.

ime-ita | Vol. 4 311


QUÍMICA II
14 Considere o quadro a seguir: 15 Qual das misturas abaixo exemplifica uma dispersão coloidal?

Propriedade Mistura A Mistura B Mistura C (A) Soro fisiológico. (D) Água sanitária.
(B) Ácido muriático. (E) Álcool hidratado.
Átomos, íons Macromoléculas Partículas
Natureza da (C) Leite pasteurizado.
ou pequenas ou grupo de visíveis a
molécula
moléculas moléculas olho nu
16 Em relação às afirmações:
Efeito da Não sedimenta
Não sedimenta Sedimenta I. Sol é uma dispersão coloidal na qual o dispergente e o disperso são sólidos.
gravidade rapidamente
II. Gel é uma dispersão coloidal na qual o dispergente é sólido e 0o
Não tão
Uniformidade homogênea Heterogênea disperso é líquido.
homogênea
III. A passagem de sol para gel é chamada pectização.
Pode ser IV. A passagem de gel a sol é chamada peptização.
Pode ser
Não pode ser separada
separada
Separabilidade separada por somente por São corretas as afirmações:
por papel de
filtração membranas
filtro (A) I e II. (D) II, III e IV.
especiais
(B) II e III. (E) Todas.
Logo, podemos afirmar que: (C) I, III e IV.

(A) A é uma solução; B é uma dispersão grosseira e C é uma dispersão coloidal. 17 A diminuição da eficiência dos faróis de um automóvel na neblina está
(B) A é uma dispersão grosseira; B é uma dispersão coloidal e C é uma solução. intimamente relacionada com:
(C) A é uma dispersão coloidal; B é uma solução e C é uma dispersão grosseira.
(D) A é uma dispersão coloidal; B é uma dispersão grosseira e C é uma solução. (A) o movimento browniano. (D) a eletroforese.
(E) A é uma solução; B é uma dispersão coloidal e C é uma dispersão grosseira. (B) a diálise. (E) a adsorção de carga elétrica.
(C) o efeito Tyndall.

rascunho

312 Assunto 16

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