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TELECONTROLE - TELEMETRIA - TELESSUPERVISÃO

VERSÃO 5.1 - MANUAL DE REFERÊNCIA

Revisão A6
Este manual é publicado pela Flex Telecomunicações Ltda somente para fins de referência por parte do usuário.
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Página

Capítulo 1: Introdução 06

1.1 Introdução ao Sistema Controlflex .......................................................... 06

1.2 Estrutura da UTR5 ............................................................................... 08

1.2.1 Entradas Digitais (ED) ............................................................... 09


1.2.2 Entradas Analógicas (EA) .......................................................... 10
1.2.3 Saídas Digitais (SD) .................................................................. 10
1.2.4 Saídas Analógicas (SA) ............................................................. 10
1.2.5 Circuitos de radiofreqüência ......................... ............................. 10
1.2.6 Interface de comunicação para configuração .............................. 11
1.2.7 Interface de comunicação para expansão ................................... 11

1.3 Conectores da UTR5 - Dados técnicos ...................................................... 11

1.3.1 CNED: Conector de Entradas Digitais ......................................... 11


1.3.2 Circuito interno das Entradas Digitais ........................................ 12
1.3.3 CNSD: Conector de Saídas Digitais ............................................ 13
1.3.4 Circuito interno das Saídas Digitais ........................................... 13
1.3.5 CNEA: Conector de Entradas Analógicas .................................... 14
1.3.6 Circuito interno das Entradas Analógicas ................................... 15
1.3.7 CNSA: Conector de Saídas Analógicas ....................................... 16
1.3.8 Circuito interno das Saídas Analógicas ....................................... 17
1.3.9 CNSR: Conector de Saídas de Referência ................................... 19
1.3.10 CNEE: Conector de Entrada de Energia ...................................... 20
1.3.11 CNPE: Conector de Programação e Expansão ............................. 21
1.3.12 CNRF: Conector de RF (Antena) ................................................ 21

1.4 Painel da UTR5 .................................................................................... 21

1.4.1 Botão de Configuração Auxiliar .................................................. 21


1.4.2 Display Auxiliar ......................................................................... 23
1.4.3 Led "Energia" ........................................................................... 24
1.4.4 Led "TX" .................................................................................. 24
1.4.5 Led "RX" .................................................................................. 24
1.4.6 Led "ST" (Status/Alarme) .......................................................... 24
1.4.7 Leds de sinalização (SN1, SN2, SN3 e SN4) ................................ 24
1.4.8 Leds de Entradas Digitais .......................................................... 25
1.4.9 Leds de Saídas Digitais ............................................................. 25
1.4.10 Rótulos de Identificação ........................................................... 25

1.5 Módulos RF ......................................................................................... 25

1.5.1 Módulos transceptores ............................................................. 25


1.5.2 Módulos transmissores ............................................................. 26
1.5.3 Módulos receptores .................................................................. 26

1.6 Fonte de alimentação - FNT1 .................................................................. 26

1.6.1 Características ......................................................................... 26


1.6.2 Conexões ................................................................................ 27

1.7 Módulo de desacoplamento a relés – MD4 ............................................. 28

1.7.1 Características ......................................................................... 28


1.7.2 Conexões ................................................................................ 28

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Capítulo 2: Descrição de funcionamento 32

2.1 Resumo de operação ............................................................................ 33

2.1.1 Monitoramento das Entradas .................................................... 33


2.1.2 Transmissão de dados em RF ................................................... 34
2.1.3 Recepção de dados em RF ....................................................... 34
2.1.4 Atualização das saídas ............................................................. 35
2.1.5 Monitoramento da Interface de Expansão ................................. 35
2.1.6 Transmissão de dados para a Interface de Expansão ................. 35
2.1.7 Operação em modo bidirecional ou unidirecional ....................... 35

2.2 Parâmetros de configuração .................................................................. 36

2.2.1 NID: Número de Identificação .................................................. 36


2.2.2 QUD: Quantidade de Unidades Destino ..................................... 36
2.2.3 OATM: Offset das Analógicas para Transmissão por Mudança .... 36
2.2.4 TPMD: Tempo de Persistência para Mudança nas entradas Digitais 36
2.2.5 TETG: Tempo Entre Transmissões de Guard .............................. 37
2.2.6 TCRF: Taxa de Comunicação por Radiofreqüência ..................... 37
2.2.7 NBPT: Número de Bits do Preâmbulo de Transmissão ................ 37
2.2.8 TTPG: Tempo de Tolerância para Perda de Guard ..................... 37
2.2.9 NSQL: Nível de Squelch ........................................................... 37
2.2.10 ETP: ED8 Totalizador de Pulsos ................................................ 37
2.2.11 SD1=NID a SD8=NID: NID,ED Origem das Saídas Digitais ......... 38
2.2.12 SA1=NID e SA2=NID: NID,EA Origem das Saídas Analógicas ..... 38
2.2.13 UTR5-E: UTR5 Estendida ........................................................ 38
2.2.14 UTR5-T: UTR5 somente TX ..................................................... 38
2.2.15 UTR5-R: UTR5 somente RX .................................................... 38
2.2.16 UTR5 .................................................................................... 38
2.2.17 NRT1 a NRT90: NIDs a repetir transmissão .............................. 39
2.2.18 BTO: Bloqueio por Time-Out ................................................... 39

2.3 ProgCF5 - Configurando a UTR5 ............................................................. 39

2.3.1 Funções do ProgCF5 ................................................................ 40


2.3.2 Cabo adaptador RS232 ............................................................ 40
2.3.3 Iniciando o ProgCF5 ................................................................ 40
2.3.4 Gravando os parâmetros na UTR5 ........................................... 40
2.3.5 Lendo os parâmetros da UTR5 ................................................ 41
2.3.6 Salvando arquivo de configuração ........................................... 41
2.3.7 Abrindo arquivo de configuração ............................................. 41

2.4 Outras configurações ........................................................................... 41

2.4.1 Separação de fontes de alimentação ............................................ 41


2.4.2 Isolamento de referência à massa ............................................ 41
2.4.3 Saída de alarme ...................................................................... 42
2.4.4 Totalizador de pulsos .............................................................. 42

2.5 Topologias do Sistema Controlflex - Exemplos de aplicação ................. 42

2.5.1 Topologia "ponto a ponto" ....................................................... 42


2.5.2 Topologia "multiponto" ............................................................ 44
2.5.3 Utilizando repetição ................................................................. 45
2.5.4 Utilizando telessupervisão ........................................................ 47
2.5.5 Supervisório Visioflex ............................................................... 47
2.5.6 Resumo de funções do supervisório Visioflex .............................. 51
2.5.7 Outros supervisórios ................................................................ 52

4
Capítulo 3: Outros acessórios 55

3.1 Energia .............................................................................................. 56

3.1.1 FNT2 - Fonte 12V com proteção reforçada ............................... 56


3.1.2 UCES - Unidade Controladora de Energia Solar ......................... 56

3.2 Sensoreamento e controle para saneamento ........................................ 56

3.2.1 SNDA2 - Sensor de Nível Digital/Analógico ............................... 56


3.2.2 MCV1 - Módulo de Comando de Válvula ................................... 57

3.3 Sensoreamento para Hidrometeorologia e Climatologia ......................... 57

3.3.1 UPP1 - Unidade Pluviométrica Pulsada ..................................... 57


3.3.2 UDVV - Unidade de Medição de Direção e Velocidade do Vento . 57

3.4 Sensoreamento Elétrico e Automação .................................................. 57

3.4.1 UCLP - Unidade Controladora Lógica Programável .................... 57


3.4.2 UTCA - Unidade Transdutora de Corrente Alternada ................. 58
3.4.3 UTTA - Unidade Transdutora de Tensão Alternada ................... 58
3.4.4 Sensores, transdutores e atuadores em geral .......................... 58

Capítulo 4: Instalação 61

4.1 Montagem dos dispositivos ................................................................. 62

4.1.1 Caixas metálicas de montagem ............................................... 62


4.1.2 Caixas de montagem com tampa transparente ........................ 62
4.1.3 Fixação dos dispositivos ......................................................... 63
4.1.4 Interligação dos dispositivos ................................................... 63

4.2 Requisitos da estação ........................................................................ 64

4.2.1 Abrigo .................................................................................. 64


4.2.2 Alimentação pela rede elétrica ................................................ 64
4.2.3 Alimentação por energia solar ................................................ 65
4.2.4 Aterramento ......................................................................... 67
4.2.5 Pára-raios ............................................................................. 68

4.3 Enlaces de RF ................................................................................... 68

4.3.1 Noções sobre RF ................................................................... 68


4.3.2 Avaliação do enlace ............................................................... 68
4.3.3 Tipos de antena .................................................................... 69
4.3.4 Cabos coaxiais ...................................................................... 70

5
6
1.1 - Introdução ao Sistema Controlflex .

O Sistema Controlflex é uma tecnologia desenvolvida pela Flex Telecom, para implantação
completa de qualquer tipo de automação, telemetria, telecontrole e telessupervisão de
processos industriais utilizando radiofreqüência. Qualquer processo pode ser automatizado,
telecontrolado e telessupervisionado com o sistema.

Os equipamentos do sistema são baseados em arquitetura industrial e primam pela


simplicidade, flexibilidade e praticidade em sua utilização. A implantação é rápida e de baixo
custo, principalmente se for comparada com soluções por meios físicos para os canais de
comunicação (pares metálicos, fibra óptica, redes ethernet, etc) ou via satélite. O sistema tem a
menor relação custo/benefício do mercado. Além disso possui diversos diferenciais, inclusive em
relação a outras soluções via radiofreqüência.

O componente principal do Sistema Controlflex é a Unidade Terminal Remota UTR5. A UTR5 é


basicamente um dispositivo que engloba entradas digitais e analógicas - que monitoram
grandezas elétricas, e saídas digitais e analógicas – que atuam em dispositivos externos, além
dos circuitos de radiofreqüência para a comunicação com outras UTR5. Esta comunicação pode
ser feita diretamente entre uma UTR5 e outra num enlace simples, entre uma UTR5 e outras
duas ou mais UTR5, ou através da repetição de sinais pelas próprias UTR5, entre as diversas
que comporão o sistema.

Quanto à topologia, o sistema pode ser utilizado em configuração "ponto a ponto" e


"multiponto", ambas com ou sem telessupervisão. As funcionalidades de comunicação
implementadas admitem as mais variadas aplicações.

Cada UTR5 do sistema poderá ser configurada para apresentar em suas saídas (digitais e
analógicas) os valores associados às entradas (digitais e analógicas) de uma ou várias outras
UTR5. Esta flexibilidade de associações de variáveis juntamente com a capacidade de
"repetição" de cada UTR5 permite a montagem de sistemas de maior porte, com grande
alcance geográfico na comunicação e com a possibilidade ainda de efetivação de supervisão de
todas as variáveis em tela(s) de supervisão em um microcomputador.

Em algumas aplicações é importante a atualização em tempo-real das variáveis monitoradas.


Para tanto, o sistema transmite variações de forma bastante ágil, podendo inclusive ser
utilizado para proteção de dispositivos e aquisição de curvas de atuação. Todas as unidades de
comunicação operam numa mesma freqüência e um eficiente algoritmo de tratamento de
colisões reduz ao máximo o tempo de atualização dos dados, mesmo nos casos mais críticos.

Aliando a alta sensibilidade dos receptores, a utilização de antenas adequadas, uma eficiente
técnica de modulação e codificação dos dados trafegados e um protocolo de comunicação
especificamente dedicado à aplicação, o sistema permite enlaces surpreendentes sem a
ocupação demasiada dos canais de comunicação.

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1.2 - Estrutura da UTR5 .

Fig.1.2-1 - UTR5

Dimensões:

Fig.1.2-2 - Dimensões da UTR5

8
A Unidade Terminal Remota UTR5 é composta de:

• Entradas digitais (8 ED)


• Entradas analógicas (4 EA)
• Saídas digitais (8 SD)
• Saídas analógicas (2 SA)
• Circuitos de radiofreqüência
• Interface de comunicação para configuração
• Interface de comunicação para expansão

Fig. 1.2-3 - UTR5 - Diagrama de blocos

1.2.1 - Entradas Digitais (ED)

As entradas digitais têm a função de monitorar variáveis digitais (2 valores possíveis) do ambiente onde a UTR5
está instalada. Utiliza-se para monitorar estados de dispositivos (aberto/fechado, ligado/desligado, etc.). Isso
normalmente é feito através de contatos auxiliares, sensores, interruptores, chaves, etc.

A UTR5 possui oito entradas digitais. Todas as oito entradas possuem um referencial comum (+12VCC IN(1)) e
portanto são ativadas ao receberem 0VCC (GND IN(1)).

Utilizando-se da separação de alimentação para a UTR5, as entradas digitais estarão isoladas opticamente da
alimentação principal (CPU e circuitos de RF).

A UTR5 monitora constantemente as entradas digitais. Havendo variação em uma ou mais entradas, a UTR5
transmite imediatamente seus valores para as UTR5 destino, e/ou para a Unidade Supervisora(Nota 1).

Nota 1: A Unidade Supervisora é utilizada para telessupervisão (monitoramento e comandos através de tela(s) em um microcomputador).

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1.2.2 - Entradas Analógicas (EA)

As entradas analógicas têm a função de monitorar variáveis analógicas (até 256 valores possíveis) do ambiente
onde a UTR5 está instalada. Utiliza-se para monitorar valores de tensão ou corrente fornecidos por transdutores.
Estes transdutores convertem outras grandezas físicas (temperatura, pressão, vazão, nível, tensão CA, corrente
CA, etc.) em tensão ou corrente contínua proporcional.

A UTR5 possui quatro entradas analógicas. Com a utilização da placa “ADA42”, cada entrada possui sua própria
referência (entradas diferenciais) e uma impedância elevada para as outras entradas e para a alimentação
principal. Com a utilização da placa “ADAMAXI1”, as entradas terão um referencial comum (GND IN(1)).

1.2.3 - Saídas Digitais (SD)

As saídas digitais têm a função de ativar/desativar dispositivos instalados no ambiente onde a UTR5 está instalada.
Estes dispositivos podem ser os mais diversos (motores, sirenes, sinalizadores visuais, válvulas, lâmpadas, etc.). As
saídas digitais podem ter, a cada instante, um valor entre dois possíveis. Para a maioria das ativações, é necessária
a utilização de desacopladores a relé, uma vez que as saídas digitais da UTR5 são ativadas através de transistores
(open collector, máximo 500mA para cada saída).

A UTR5 possui oito saídas digitais. Todas as saídas digitais possuem um referencial comum (+12VCC IN(1)) e
portanto, quando ativadas fornecem 0VCC (GND IN(1)). Ou seja, drenam corrente.

Utilizando-se da separação de alimentação para a UTR5, as saídas digitais estarão isoladas opticamente da
alimentação principal (CPU e circuitos de RF).

A UTR5 monitora constantemente o sinal de radiofreqüência do sistema. Havendo recepção de algum pacote de
informação cujo conteúdo contenha variáveis digitais configuradas em suas saídas digitais, a UTR5 atualiza
imediatamente seus valores nas saídas. Os pacotes de informação podem ser criados a partir de outra UTR5
(devido a variações em suas entradas) ou a partir do software supervisório(Nota 2).

Nota 2: O software supervisório é utilizado para telessupervisão (monitoramento e comandos através de tela(s) em um microcomputador).

1.2.4 - Saídas Analógicas (SA)

As saídas analógicas têm a função de atuar em dispositivos instalados no ambiente onde a UTR5 está instalada.
Estes dispositivos podem ser os mais diversos (medidores, inversores de freqüência, dosadores, PLC's, outras
Remotas, etc.). As saídas podem ter, a cada instante, um valor entre até 256 possíveis.

A UTR5 possui duas saídas analógicas. Ambas possuem um referencial comum ((+12VCC IN(2)) e são isoladas
opticamente da alimentação principal (desde que seja utilizada a separação de alimentação).

A UTR5 monitora constantemente o sinal de radiofreqüência do sistema. Havendo recepção de algum pacote de
informação cujo conteúdo contenha variáveis analógicas configuradas em suas saídas analógicas, a UTR5 atualiza
imediatamente seus valores nas saídas. Os pacotes de informação podem ser criados a partir de outra UTR5
(devido a variações em suas entradas) ou a partir do software supervisório.

1.2.5 - Circuitos de radiofreqüência

A UTR5 possui um transceptor de radiofreqüência cuja função é a de manter comunicação em tempo integral com
as outras UTR5 do sistema (e/ou com a Unidade Supervisora). Caso a UTR5 seja configurada para UTR5-T ou
UTR5-R, deverá ser instalado o transmissor de radiofreqüência ou receptor, respectivamente. Caso a UTR5 seja
configurada para UTR5-E, não haverá necessidade de instalação de Circuitos de radiofreqüência, pois a UTR-E
utilizará a UTR5 principal para comunicação com o sistema (através da interface de comunicação para expansão).

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1.2.6 - Interface de comunicação para configuração

A UTR5 é configurada (programada) através de comunicação serial com o software de configuração ProgCF5 que
roda em microcomputador padrão IBM, ambiente Windows.

1.2.7 - Interface de comunicação para expansão

A UTR5 pode ter suas entradas e saídas digitais e analógicas expandidas através da utilização de Unidades
Terminais Remotas Estendidas - UTR5-E. Podem ser acopladas até sete UTR5-E a uma UTR5, totalizando até 64
ED, 32 EA, 64 SD e 16 SA num mesmo local. Todas utilizando uma só antena. A comunicação entre a UTR5 e a(s)
UTR5-E(s) é feita através de comunicação serial.

1.3 - Conectores da UTR5 - Dados técnicos .

Fig. 1.3-1 - Conectores da UTR5

1.3.1 - CNED: Conector de Entradas Digitais

Tipo do conector: RJ45 8 vias fêmea 90º contatos em bronze fosforoso dourado

• -ED1 (pino 8): Entrada Digital 1


• -ED2 (pino 7): Entrada Digital 2
• -ED3 (pino 6): Entrada Digital 3
• -ED4 (pino 5): Entrada Digital 4
• -ED5 (pino 4): Entrada Digital 5
• -ED6 (pino 3): Entrada Digital 6
• -ED7 (pino 2): Entrada Digital 7
• -ED8 (pino 1): Entrada Digital 8

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1.3.2 – Circuito interno das Entradas Digitais

Fig. 1.3.2-1 - Circuito interno das entradas Digitais

o Ativadas em 0Vcc. Sensibilidade mínima: 5mA.

o Normalmente ativadas pelo retorno de "GND OUT" (CNSR).

o Todas as entradas são referenciadas ao ponto "+12VCC IN(1)" (CNEE). Para isolamento das
referências, utilizar módulo isolador apropriado.

o Com os straps ST1 e ST2 retirados, todas as entradas são opticamente isoladas da fonte 1
(+12VCC IN(1) e GND IN(1)).

o Exemplo de aplicação:

Fig. 1.3.2-2 - Exemplo de aplicação das Entradas Digitais

12
o Dados técnicos:

Nível de comutação "ON": <6VCC


Nível de comutação "OFF": >9VCC
Isolamento óptico (ED/Fonte): 1000V
Referência: ED1 a ED8 entradas com um comum

1.3.3 - CNSD: Conector de Saídas Digitais

Tipo do conector: RJ45 8 vias fêmea 90º contatos em bronze fosforoso dourado

• -SD1 (pino 8): Saída Digital 1


• -SD2 (pino 7): Saída Digital 2
• -SD3 (pino 6): Saída Digital 3
• -SD4 (pino 5): Saída Digital 4
• -SD5 (pino 4): Saída Digital 5
• -SD6 (pino 3): Saída Digital 6
• -SD7 (pino 2): Saída Digital 7
• -SD8 (pino 1): Saída Digital 8

1.3.4 – Circuito interno das Saídas Digitais

Fig. 1.3.4-1 - Circuito interno das Saídas Digitais

13
o Ativação em 0Vcc (saída a transistor bipolar "open collector"). Corrente máxima: 500mA.

o Pode-se utilizar a saída "+12VCC OUT" (CNSR) para alimentação de dispositivos externos em
12VCC. Neste caso deverá ser dada atenção especial à capacidade de corrente da fonte utilizada.
A UTR pode fornecer até 3A pela saída "+12VCC OUT". Para ativação de dispositivos em tensões
diferentes, utilizar fonte separada conectando o terminal negativo à saída "GND OUT". A máxima
tensão possível é de 50VCC.

o Todas as saídas são referenciadas ao ponto "GND IN(2)" (CNEE). Para isolamento das referências,
utilizar módulo isolador apropriado.

o Com os straps ST1 e ST2 retirados, todas as saídas são opticamente isoladas da fonte 1 (+12VCC
IN(1) e GND IN(1)).

o Exemplo de aplicação:

Fig. 1.3.4-2 - Exemplo de aplicação das Saídas Digitais

o Dados técnicos:

Tipo: Transistor (open collector)


Máxima corrente por SD: 500mA
Referência: SD1 a SD8 saídas com um comum

1.3.5 - CNEA: Conector de Entradas Analógicas

Tipo do conector: RJ45 8 vias fêmea 90º contatos em bronze fosforoso dourado

• +EA1 (pino 8): Positivo da Entrada Analógica 1


• -EA1 (pino 7): Negativo da Entrada Analógica 1
• +EA2 (pino 6): Positivo da Entrada Analógica 2
• -EA2 (pino 5): Negativo da Entrada Analógica 2
• +EA3 (pino 4): Positivo da Entrada Analógica 3
• -EA3 (pino 3): Negativo da Entrada Analógica 3
• +EA4 (pino 2): Positivo da Entrada Analógica 4
• -EA4 (pino 1): Negativo da Entrada Analógica 4

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1.3.6 – Circuito interno das Entradas analógicas

Fig. 1.3.6-1 - Utilizando cartão ADAMAXI1

Fig. 1.3.6-2 - Utilizando cartão ADA42

o Entradas analógicas padrão 0 a 20mA, 4 a 20mA ou 0 a 10V(NOTA 3)

o A seleção do padrão é feita no cartão "ADA42" (Adaptador Analógico com entradas sem referência
comum), ou no cartão “ADAMAXI1” (Adaptador Analógico com entradas com referência comum).

o Utilizando-se o cartão “ADA42”, todas as entradas possuem alta impedância (≅1MΩ) em relação às
demais entradas e à alimentação principal da UTR (+12VCC e GND). Para isolamento galvânico,
utilizar módulo isolador apropriado.

o Utilizando-se o cartão “ADAMAXI1’, todas as entradas terão um referencial comum (GND IN(1)).

o Tanto o cartão "ADAMAXI1" quanto o cartão "ADA42" possuem uma pequena área de montagem
flexível, onde podem ser montados pequenos circuitos para adaptação. Por exemplo, para
monitorar diretamente uma tensão de 0 a 15V (monitoramento de uma bateria, por exemplo, sem
necessidade de maior precisão), pode-se incluir um diodo zener de 9,1V em série com a entrada,
de forma a permitir a medição da faixa de 9,1V a 15,1V.

15
o Exemplo de aplicação:

Fig. 1.3.6-3 - Exemplo de aplicação das Entradas Analógicas

o Dados técnicos (com cartão “ADA42”):

Sinal: 0 a 20mA / 4 a 20mA / 0 a 10V


Resolução: 8 bits (78,12µA / 62,5µA / 39mV)
Isolamento: ≅1MΩ para 0V e 12VCC
≅2MΩ para outras EA
Impedância interna: 249Ω (para entrada em corrente) ou 220kΩ (para entrada em tensão)
Exatidão (4 a 20mA): EA → enlace → SA: ± ≅0,2mA
EA → enlace → Supervisora: ± ≅0,1mA

NOTA 3: Utilizando-se o cartão "ADAMAXI1", o padrão 4 a 20mA terá uma resolução menor no sistema, uma vez que 20% da
escala do conversor analógico/digital não serão utilizados.

1.3.7 - CNSA: Conector de Saídas Analógicas

Tipo do conector: RJ11 4 vias fêmea 90º contatos em bronze fosforoso dourado

• +SA1 (pino 4): Positivo da Saída Analógica 1


• -SA1 (pinos 3): Negativo da Saída Analógica 1
• +SA2 (pino 2): Positivo da Saída Analógica 2
• -SA2 (pinos 1): Negativo da Saída Analógica 2

16
1.3.8 – Circuito interno das Saídas Analógicas

Fig. 1.3.8-1 - Circuito interno das Saídas Analógicas

o Saídas analógicas padrão 0 a 20mA, 4 a 20mA ou 0 a 5V.

o A alimentação do loop de corrente pode ser feita pela alimentação principal (Straps ST1 e ST2
inseridos) ou pela alimentação secundária (Straps ST1 e ST2 retirados).

o A seleção do padrão é feita no cartão "ADA42" (Adaptador Analógico) ou cartão “ADAMAXI1”.

o As duas saídas possuem um referencial em comum ((+12VCC IN(2)) e são isoladas opticamente
da alimentação principal (desde que seja utilizada a separação de alimentação, retirando-se ST1 e
ST2).

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o Exemplos de aplicação

A) Saídas analógicas conectadas a entradas analógicas isoladas:

Fig. 1.3.8-2 - Exemplo de aplicação das Saídas Analógicas (conectando em entradas isoladas)

B) Saídas analógicas conectadas a entradas analógicas com negativo comum:

Fig. 1.3.8-3 - Exemplo de aplicação das Saídas Analógicas (conectando em entradas com negativo comum)

18
C) Aumentando a capacidade do loop (com fonte externa 12V):

Fig. 1.3.8-4 - Exemplo de aplicação das Saídas Analógicas (aumentando a capacidade do loop)

o A tensão máxima permitida para a fonte externa do sinal analógico de saída é de 12VCC.

o A impedância máxima permitida para o circuito de corrente é calculada pela fórmula:

Sem o acréscimo da fonte externa, a impedância máxima do loop de corrente é: ~ 525Ω

Acrescentando fonte externa de 12V (total: 24V), a impedância máxima do circuito de corrente é:
~1125Ω

o Dados técnicos:

Sinal: 0 a 20mA / 4 a 20mA / 0 a 10V


Resolução: 8 bits (78,12µA / 62,5µA / 39mV)
Referência: SA1 e SA2 saídas com um comum
Exatidão (4 a 20mA): EA → enlace → SA: ± ≅0,2mA
Supervisora → enlace → SA: ± ≅0,1mA

1.3.9 - CNSR: Conector de Saídas de Referência.

Tipo do conector: RJ11 4 vias fêmea 90º contatos em bronze fosforoso dourado

• +12 VCC OUT (pino 4): Saída 12VCC de alimentação de passivos.

o Pode fornecer até 2,5A (dependendo obviamente da fonte utilizada).

o Não possui regulagem. Seu valor de tensão é igual à tensão +12VCC IN(2) menos 0,7V.

o Não possui fusível ou qualquer outra proteção de sobrecorrente internamente. As proteções são as
proteções da fonte 2 (utilizada em +12VCC IN(2) e GND IN(2)).

• GND OUT (pinos 3 e 2): Saída de referência negativa.

19
o Na UTR existem dois pontos "GND OUT" eletricamente conectados.

o Pode drenar até 2,5A.

• PTT OUT (pino 1): Saída "Push To Talk" para ativação de módulo de potência RF externo.

o Ativação em 0VCC com 220Ω de impedância interna.

o Máxima corrente 50mA.

1.3.10 - CNEE: Conector de Entrada de Energia.

Tipo do conector: RJ11 4 vias fêmea 90º contatos em bronze fosforoso dourado

• +12 VCC IN(1) (pino 4): Entrada de alimentação principal.

o Utilizada para alimentar a CPU da UTR e o transceptor RF.

o Pode ser conectada através do strap "ST1" à saída "+12 VCC OUT" (CNSR) nos casos onde não for
necessária a utilização de uma segunda fonte (para as entradas e saídas digitais e analógicas).

o A tensão limite é de 15VCC.

• GND IN(1) (pino 3): Referência da alimentação principal.

o Utilizada para alimentar a CPU da UTR e o transceptor RF.

o Pode ser conectada através do strap "ST2" à saída "GND OUT" (CNSR) nos casos onde não for
necessária a utilização de uma segunda fonte (para as entradas e saídas digitais e analógicas).

• +12 VCC IN(2) (pino 2): Entrada de alimentação secundária.

o Utilizada para alimentar as entradas e saídas digitais e analógicas.

o Nos casos onde não houver necessidade de duas fontes, a alimentação das entradas e saídas
digitais e analógicas pode ser retirada da fonte principal através dos straps "ST1" (+) e "ST2" (-).

o A tensão máxima permitida é de 15VCC.

• GND IN(2) (pino 1): Referência da alimentação secundária.

o Utilizada para alimentar as entradas e saídas digitais e analógicas.

Consumo da UTR5:

Máximo: ≅1,5W (com cartão ADAMAXI1) ou ≅2,2W (com cartão ADA42)


Médio: ≅1W (com cartão ADAMAXI1) ou ≅1,7W (com cartão ADA42)

20
1.3.11 - CNPE: Conector de Programação e Expansão.

Tipo do conector: RJ45 8 vias fêmea 90º contatos em bronze fosforoso dourado

Este conector é utilizado para programação da UTR e para comunicação com UTR-E (Unidade Terminal
Remota Expandida).

Para verificação dos pontos do conector CNPE, consulte a sessão 2.3 ("ProgCF5 - Configurando a UTR5") e o
manual da UTR-E (Expansão).

1.3.12 - CNRF: Conector de RF (Antena).

Tipo de conector: BNC fêmea 90º 50Ω

Conexão à antena externa.

o Impedância 50Ω.

o Proteção interna por indutor a GND.

1.4 - Painel da UTR5 .

Fig. 1.4-1 - Painel da UTR5

1.4.1 - Botão de configuração auxiliar:

Funções:

A) Modo Seleção de função para o display auxiliar:

Após ligar a UTR5, aguarde alguns segundos e dê um toque no botão de configuração auxiliar para alternar entre
os modos:

21
1 - Percentual SA1 e SA2: Mostra o valor percentual (0 a 99%) dos valores das saídas digitais SA1 (parte superior
do display) e SA2 (parte inferior do display).

2 - Nível de recepção de sinal: Mostra o NID do último pacote recebido (parte superior do display) e o respectivo
nível de sinal recebido (00 a 15; parte inferior do display).

3 – Erros: Mostra o último erro ocorrido.


o E1: Perda de sinal origem: Pelo menos um NID configurado em alguma saída da UTR5 não foi
recebido durante o intervalo configurado no parâmetro TTPG (veja a seção 2.2.8: “TTPG: Tempo de
Tolerância para Perda de Guard"). Na parte inferior do display será mostrado o último NID não
recebido.
o E2: Perda de sinal destino: Pelo menos uma UTR5 destino (ou a USUP) não respondeu a um pacote de
requisição de estado (veja a seção 2.1: “Resumo de operação”).
o E3: A UTR5 está bloqueada por time-out (veja a seção 2.4.5 “Bloqueio/desbloqueio por time-out”).
o E4: A UTR5 está bloqueada por comando remoto de bloqueio (veja a seção 2.4.6
“Bloqueio/desbloqueio por comando remoto”).
o E5: A UTR5 detectou excesso de ruído na freqüência de operação.

B) Modo Ajuste de nível de Squelch:

Após ligar a UTR5, aguarde alguns segundos, pressione e mantenha o botão de configuração auxiliar pressionado
para entrar no modo de "ajuste do nível de squelch". Após entrar no modo de ajuste de nível de squelch, continue
mantendo o botão de configuração auxiliar pressionado e a cada segundo será elevado o nível para um novo valor
(e após o maior nível, retorna ao menor valor, de forma circular), que será representado pelos leds SN1, SN2, SN3
e SN4 da seguinte maneira:

SN1 SN2 SN3 SN4 Nível ajustado


-120dBm (totalmente aberto)
-115dBm
-110dBm
-105dBm
-100dBm
-95dBm
-90dBm
-85dBm
-80dBm
-75dBm
-70dBm
-60dBm
-55dBm
-50dBm
-45dBm
-40dBm

Após 5 segundos da liberação do botão de configuração auxiliar, os leds SN1, SN2, SN3 e SN4 voltam a ter suas
funções normais (veja a seção 1.4.7 para saber sobre as funções normais dos leds SN1, SN2, SN3 e SN4).

22
C) Modo Configuração:

Desligue a UTR5, mantenha o botão de configuração auxiliar pressionado e ligue a UTR5. O led SN1 irá piscar
rapidamente. Enquanto SN1 pisca, libere o botão de configuração auxiliar e então a UTR5 entrará no modo
"Configuração". A partir daí, a UTR5 estará habilitada para entrar em comunicação com o programa de
configuração "ProgCF5" (veja a seção 2.3 para saber como utilizar o programa "ProgCF5").

Para sair do modo "Configuração", desligue e ligue novamente a UTR5.

D) Modo Teste:

Desligue a UTR5, mantenha o botão de configuração auxiliar pressionado e ligue a UTR5. O led SN1 irá piscar
rapidamente. Continue mantendo o botão pressionado. Após 5 segundos, o led SN2 irá piscar rapidamente.
Enquanto SN2 pisca, libere o botão de configuração auxiliar e então a UTR5 entrará no modo "Teste", que consiste
nas seguintes operações:
1 – Transmite portadora constante por 5 segundos
2 – Retira portadora por 5 segundos (e se mantém em estado de recepção normal de pacotes)
3 – Transmite um pacote de estado; e retorna à operação 1

Para sair do modo "Teste", desligue e ligue novamente a UTR5.

E) Modo desbloqueio:

Desligue a UTR5, mantenha o botão de configuração auxiliar pressionado e ligue a UTR5. O led SN1 irá piscar
rapidamente. Continue mantendo o botão pressionado. Após 5 segundos, o led SN2 irá piscar rapidamente.
Continue mantendo o botão pressionado. Após 5 segundos, o led SN3 irá piscar rapidamente. Enquanto SN3 pisca,
libere o botão e então a UTR5 entrará no modo desbloqueio (veja a seção 2.2.18 – BTO: Bloqueio por Time-Out).
Este modo permite que seja entrado um código de 4 dígitos para desbloqueio da UTR5. Entre o código da seguinte
forma:

1 – A cada toque do botão, o primeiro dígito no display auxiliar será incrementado, indo de 0 a 9 e voltando a 0.
Atingindo o valor correspondente ao primeiro dígito do código de desbloqueio, pressione o botão e mantenha-o
pressionado por no mínimo 2 segundos. O segundo dígito do display irá aparecer com o valor 0. Solte o botão de
configuração auxiliar.
2 – Proceda da mesma maneira citada na operação 1 até entrar os 4 dígitos do código de desbloqueio. Após entrar
o 4º dígito, pressione e mantenha o botão de configuração auxiliar por no mínimo 2 segundos.
3 – Desligue e ligue novamente a UTR5 e ela estará desbloqueada.

1.4.2 - Display auxiliar:

Funções:

A) Valores percentuais das saídas analógicas:

O display apresenta valores de “00” a “99”, correspondendo ao percentual atual dos valores das saídas analógicas
SA1 e SA2. Por exemplo, caso a SA1 esteja configurada para 4 a 20mA e em determinado instante apresente o
valor de 12mA, estando o display selecionado para SA1 e SA2, a parte superior irá apresentar o valor “50”, uma
vez que 12mA representa exatamente 50% da faixa de 4 a 20mA (veja a seção 1.4.1 “Botão de configuração
auxiliar” para saber como selecionar esta função para o display auxiliar).

B) Nível de recepção de sinal:

Na parte superior o display apresenta o NID do último pacote recebido. Na parte inferior, o display apresenta
valores de “00” a “99”, correspondendo ao percentual do nível de sinal recebido no último pacote. O valor “00” é
atribuído ao nível -120dBm e o valor “99” é atribuído ao nível -40dBm. Os valores intermediários são atribuídos de

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forma linear (veja a seção 1.4.1 “Botão de configuração auxiliar” para saber como selecionar esta função para o
display auxiliar).

C) Erros:

O display mostra o último erro ocorrido:


o E1: Perda de sinal origem: Pelo menos um NID configurado em alguma saída da UTR5 não foi
recebido durante o intervalo configurado no parâmetro TTPG (veja a seção 2.2: “Parâmetros de
configuração”). Na parte inferior do display será mostrado o último NID não recebido.
o E2: Perda de sinal destino: Pelo menos uma UTR5 destino (ou a USUP) não respondeu a um pacote de
estado geral (veja a seção 2.1: “Resumo de operação”).
o E3: A UTR5 está bloqueada por time-out (veja a seção 2.2.18 – BTO: Bloqueio por Time-Out).
o E4: A UTR5 está bloqueada por comando remoto de bloqueio (consulte o manual do supervisório
Visioflex para saber sobre bloqueio por comando remoto).
o E5: A UTR5 detectou excesso de ruído na freqüência de operação.

D) Desbloqueio:

O display apresenta os dígitos do código de desbloqueio da UTR5 ao serem inseridos (veja a seção 1.4.1 “Botão de
configuração auxiliar” para saber sobre como selecionar esta função para o display auxiliar).

1.4.3 – Led “Energia”:

Acende (vermelho) quando a UTR5 está com a alimentação principal conectada (conector CNEE, pinos 4 e 3 com
+12VCC).

1.4.4 – led “TX”:

Acende (verde) quando a UTR5 transmite um pacote de dados.

1.4.5 – Led “RX”:

Acende (amarelo) quando a UTR5 recebe uma portadora cujo nível é maior que o nível ajustado no squelch.

1.4.6 – Led “ST” (Status/alarme):

Pulsa (vermelho) em intervalo regular, sinalizando que o programa da UTR5 está sendo executado. Permanece
aceso no caso de algum erro na UTR5.

1.4.7 – Leds de sinalização (SN1, SN2, SN3 e SN4):

• Na inicialização da UTR5:

SN1, SN2, SN3 e SN4 acendem em seqüência.

• Na operação normal da UTR5:

SN1: Pisca a cada pacote “SCU” recebido (pacote sem conteúdo útil para a UTR5)
SN2: Pisca a cada pacote de dados recebido com erros (ou ruídos de sinal)
SN3: Pisca a cada pacote “CCU” recebido (pacote com conteúdo útil para a UTR5)

• No modo de ajuste de nível de squelch:

SN1, SN2, SN3 e SN4 representam o nível de squelch ajustado (veja a seção 1.4.1 “Botão de configuração auxiliar”
para saber como selecionar este modo na UTR5 e como verificar o nível ajustado).

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1.4.8 – Leds de Entradas Digitais:

Os oito leds acendem (vermelho) respectivamente com a ativação das oito entradas digitais.

1.4.9 – Leds de Saídas Digitais:

Os oito leds acendem (verde) respectivamente com a ativação das oito saídas digitais.

1.4.10 – Rótulos de identificação:

Ao lado de cada led de entrada digital e de cada led de saída digital existe uma área transparente na membrana
do painel. Uma etiqueta plástica é fornecida juntamente com a UTR5 e poderá ser colada sob a membrana, após
ter sido identificada adequadamente utilizando-se uma rotuladora. Esta funcionalidade permite uma melhor
associação das entradas e saídas digitais ao dispositivo monitorado/comandado pela UTR5.

1.5 - Módulos RF .

A UTR5 foi projetada para utilização de módulos de radiofreqüência nas faixas de VHF e UHF. Os certificados de
homologação concedidos ao equipamento pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) são baseados em
relatórios de testes dos parâmetros de radiofreqüência efetuados no equipamento. O comportamento do
equipamento sob o ponto de vista de radiofreqüência é exclusivamente dependente do módulo utilizado.

1.5.1 – Módulos transceptores:

Para operação no modo bidirecional (veja a seção 2.1.7), a UTR5 deve utilizar um módulo transceptor de RF.

Dados técnicos do módulo transceptor:

VHF:
• Impedância da saída para antena: 50Ω
• Espaçamento de canal: 25kHz
• Potência de transmissão: 10dBm / 20dBm / 25dBm / 27dBm / 30dBm
• Emissão de espúrios: -40dBm
• Precisão da freqüência: ±2,5kHz
• Modulação / desvio (pico): FM / 3kHz
• Modulação máxima de banda-base @ -3dB: 5kHz
• Sensibilidade Rx @ 12dB SINAD: -120dBm
• Imagem de rejeição: 60dB
• Rejeição de canal adjacente: 70dB

UHF:
• Impedância da saída para antena: 50Ω
• Potência de transmissão: 3,2dBm / 17dBm
• Emissão de espúrios: -55dBm
• Modulação / desvio (pico): FM / ±27kHz
• Modulação máxima de banda-base @ -3dB: 35kHz
• Sensibilidade Rx @ 10dB S/N: -113dBm
• Imagem de rejeição: 50dB

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1.5.2 – Módulos transmissores:

Para operação no modo unidirecional (veja a seção 2.1.7), a UTR5 para operar como UTR5-T deve utilizar um
módulo transmissor de RF.

Dados técnicos do módulo transmissor:

VHF:
• Impedância da saída para antena: 50Ω
• Potência de transmissão: 10dBm / 20dBm / 25dBm / 27dBm / 30dBm
• Emissão de espúrios: -70dBm
• Precisão da freqüência: ±2kHz
• Modulação / desvio (pico): FM / ±3kHz

UHF:
• Impedância da saída para antena: 50Ω
• Potência de transmissão: 3,2dBm / 17dBm
• Emissão de espúrios: -55dBm
• Modulação / desvio (pico): FM / ±27kHz
• Modulação máxima de banda-base @ -3dB: 35kHz

1.5.3 – Módulos receptores:

Para operação no modo unidirecional (veja a seção 2.1.7), a UTR5 para operar como UTR5-R deve utilizar um
módulo receptor de RF.

Dados técnicos do módulo receptor:

VHF:
• Sensibilidade Rx @ 10dB (S+N)/N: -119dBm
• Imagem de rejeição: 55dB
• Rejeição de canal adjacente: 55dB

UHF:
• Sensibilidade Rx @ 10dB S/N: -113dBm
• Imagem de rejeição: 50dB

1.6 - Fonte de alimentação - FNT1 .

A fonte (FNT1) é fornecida juntamente com a UTR5.

1.6.1 - Características

o Tensão de saída 14VCC +/- 8% x 400mA.

o Entrada 110VCA ou 220VCA selecionável.

o Proteção contra surtos e sobrecorrente.

o Isolamento duplo entre primário e secundário (> 6kV).

o Circuito de carga de flutuação para bateria com limitação e ajuste de corrente.

o Comutação automática para bateria sem limitação de tensão/corrente (sem perdas no circuito).

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o Saída dupla.

o Monitoramento de fase/fase ou fase/terra com saída de alarme.

o Sinalização de energia e alarme.

o Fixação por trilho DIN35.

o Conectores imperdíveis.

1.6.2 - Conexões

Fig. 1.6.2-1 - Conexões da fonte FNT1

• (conexão 8): Conexão à terra (terra de proteção).

• (conexões 9 e 10): Entrada de alimentação (110VCA ou 220VCA)

• (conexão 6): Saída (+) para carga de flutuação de bateria 12VCC.

• (conexão 7): Saída (-) para carga de flutuação de bateria 12VCC.

• (conexões 1 e 3): Saída nominal 12VCC (+).

• (conexões 2 e 4): Referência da saída nominal 12VCC.

• (conexão 5): Saída de alarme de falta CA. Ativa em 0VCC.

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1.7 – Módulo de desacoplamento a relés - MD4 .

Fig. 1.7-1 - Módulo de desacoplamento a relés - MD4

O módulo de desacoplamento(MD4) é utilizado para isolamento entre as saídas digitais da UTR e os dispositivos a
serem ativados externamente. Possui quatro saídas a contato seco 10A; duas com contato NA ou NF (selecionável
por strap interno) e duas com contato reversível NA/NF. O MD4 possui ainda isolamento óptico (configurável) entre
as entradas de ativação 3 e 4 e as bobinas dos respectivos relés. Pode ser alimentado em 12VCC (modelo MD4-12)
ou 24VCC (modelo MD4-24).

1.7.1 - Características

o Quatro saídas à relé com contatos secos de capacidade = 10A

o Ativação em 0VCC (para as 4 saídas) ou 12VCC (opcional para as saídas 3 e 4)

o Isolamento adicional (óptico) entre as entradas 3 e 4 e suas respectivas saídas.

o Saídas 1 e 2 com opção entre contato NA ou NF (straps internos)

o Saídas 3 e 4 reversíveis (Comum / NA / NF)

o Conectores de saída imperdíveis

o Conector de entrada do tipo RJ45

1.7.2 - Conexões

Fig. 1.7.2-1 - Conexões do módulo MD4

28
Entradas (conector RJ45):

• +VCC (Pino 1): +VCC comum para alimentação das bobinas dos quatro relés e circuito interno.

• GND (Pino 2): GND para alimentação do circuito interno.

• -E1 (Pino 3): Ativação em 0VCC do relé 1

• -E2 (Pino 4): Ativação em 0VCC do relé 2

• -E3 (Pino 5): Ativação em 0VCC do relé 3

• -E4 (Pino 6): Ativação em 0VCC do relé 4

• +E3 (pino 7): Ativação em +VCC do relé 3

• +E4 (pino 8): Ativação em +VCC do relé 4

Saídas (conectores 1 a 10):

• S1 NA/NF (conector 1): Contato NA (J5 fechado e J6 aberto) ou NF (J5 aberto e J6 fechado) do relé 1

• S1 C (conector 2): comum do contato do relé 1

• S2 NA/NF (conector 6): Contato NA (J5 fechado e J6 aberto) ou NF (J5 aberto e J6 fechado) do relé 2

• S2 C (conector 7): comum do contato do relé 2

• S3 NA (conector 3): Contato NA do relé 3

• S3 C (conector 4): Comum do relé 3

• S3 NF (conector 5): Contato NF do relé 3

• S4 NA (conector 8): Contato NA do relé 4

• S4 C (conector 9): Comum do relé 4

• S4 NF (conector 10): Contato NF do relé 4

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Anotações:

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Anotações:

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2.1 – Resumo de operação .

A UTR5 opera através de diversas funções específicas. As principais funções da UTR5 são:

• Monitoramento das entradas


o Monitoramento das entradas digitais
o Monitoramento das entradas analógicas
o Monitoramento da entrada de totalização (pulsada)
o Endereçamento das entradas

• Transmissão de dados em RF
o Transmissão de PEG (Pacote de Estado Geral)
o Transmissão de Guard
o Transmissão de PCR (Pacote de Confirmação de Recebimento)
o Transmissão de PRE (pacote de Requisição de Estado)
o Transmissão de pacotes de repetição (repetição de PEG de outra origem)
o Transmissão de PEG das UTR5-E (estendidas)
o Transmissão de PDT (Pacote de Dados Totalizados)

• Recepção de dados em RF
o Monitoramento de portadora
o Recepção de dados

• Atualização das saídas


o Atualização das saídas digitais
o Atualização das saídas analógicas

• Monitoramento da Interface de Expansão


o Monitoramento da entrada de dados na interface de expansão

• Transmissão de dados para a Interface de Expansão


o Transmissão de todos os pacotes recebidos para a interface de expansão

• Operação em modo bidirecional ou unidirecional


o Operação conforme a configuração selecionada (veja as seções 2.2.14, 2.2.15 e 2.2.16).

2.1.1 – Monitoramento das entradas

• Entradas digitais:

A UTR5 monitora as 8 entradas digitais constantemente. Havendo alteração em uma ou mais entradas, a UTR5
avalia a persistência da alteração em função do parâmetro TPMD (Tempo de Persistência para Mudança nas
Digitais). Caso a alteração persista por um tempo maior que TPMD (em milissegundos), a UTR5 transmite
instantaneamente um pacote PEG, que contém dados de todas as variáveis das entradas.

• Entradas analógicas:

A UTR5 monitora o valor das 4 entradas analógicas constantemente. Havendo alteração em uma ou mais entradas,
a UTR5 avalia o percentual da alteração em função do parâmetro OATM (Offset das Analógicas para Transmissão
por Mudança). Caso a alteração tenha sido maior que o valor configurado em OATM (em %), a UTR5 transmite
instantaneamente um pacote PEG, que contém dados de todas as variáveis das entradas.

• Entrada de totalização:

A ED8 da UTR5 pode ser configurada como uma entrada de totalização de pulsos. Nesse caso, a UTR5 totaliza os
pulsos e armazena o valor em memória não-volátil. A cada 5 transmissões de “guard”, a UTR5 transmite um PDT
(Pacote de Dados Totalizados). O valor máximo totalizado é de 4.294.967.296 pulsos. Havendo estouro do limite,
ocorrerá reinício do ciclo (recomeça em 0).

33
• Endereçamento das Entradas:

A UTR5 utiliza o parâmetro NID (Número de Identificação) para identificar no sistema todos os pacotes que a
tiverem como origem.

2.1.2 – Transmissão de dados em RF

• Transmissão de PEG (Pacote de Estado Geral):

No caso de alteração das entradas digitais ou analógicas, a UTR5 transmite um PEG, cujo conteúdo inclui todas as
variáveis de todas as entradas (analógicas e digitais). O PEG é também transmitido em intervalos de tempo
definidos pelo parâmetro TETG (Tempo Entre Transmissões de Guard), e em resposta a um PRE endereçado à
UTR5.

• Transmissão de Guard:

O PEG é transmitido em intervalos de tempo definidos pelo parâmetro TETG (Tempo Entre Transmissões de
Guard). A cada transmissão de Guard, o PEG contém o valor atual das variáveis da UTR5 (entradas digitais e
analógicas).

• Transmissão de PCR (Pacote de Confirmação de Recebimento):

Caso alguma saída da UTR5 esteja configurada para corresponder a alguma variável de um PEG recebido, ela
responde com um PCR. A UTR5 que transmitiu o PEG verifica a recepção do PCR. Enquanto não receber pacotes
PCR em quantidade igual à configurada no parâmetro QUD (Quantidade de Unidades Destino), a UTR5 repete o
PEG (com um limite de 5 vezes).

• Transmissão de PRE (Pacote de Requisição de Estado):

Ao ser iniciada, a UTR5 verifica quais outras UTR5 estão configuradas (nos parâmetros SDx=NID e SAx=NID)
como origem de suas saídas (digitais ou analógicas) e transmite a cada uma delas um PRE. Cada UTR5 que
receber o PRE destinado a ela, responde com um PEG.

• Transmissão de pacotes de repetição (repetição de PEG de outra origem):

Cada UTR5 pode ser configurada para repetir todos os pacotes enviados por até 90 outras UTR5. Caso o NID
(Número de Identificação) contido em cada pacote recebido esteja configurado nos parâmetros NRTx, a UTR5
retransmite imediatamente o respectivo pacote.

• Transmissão de PEG das UTR5-E (estendidas):

Caso haja uma ou mais UTR5-E (estendida) acoplada à UTR5, todos os dados transmitidos pela(s) UTR5-E (através
da interface de expansão) são transmitidos em RF pela UTR5.

• Transmissão de PDT (Pacote de Dados Totalizados):

Se a ED8 estiver configurada como entrada de totalização de pulsos, a UTR5 transmite um PDT a cada 5 pacotes
de guard transmitidos.

2.1.3 – Recepção de dados em RF

• Monitoramento de portadora:

A UTR5 ajusta digitalmente o circuito silenciador (Squelch) da recepção através do parâmetro NSQL (Nível de
Squelch), ou posteriormente através de ajuste pelo painel (veja a seção 1.4.1 B – Modo Ajuste de nível de

34
squelch). Caso ocorra a recepção de um sinal maior que o nível configurado/selecionado, serão analisados os
dados presentes no sinal.
• Recepção de dados:

A UTR5 recebe os dados modulados no sinal de RF e os utiliza ou não para atualização de suas saídas ou outras
funções. Conforme a utilização dos dados, é feita sinalização simplificada no painel (veja a seção 1.4.7 – Leds de
sinalização)

2.1.4 – Atualização das saídas

Havendo algum pacote CCU (pacote Com Conteúdo Útil), a UTR5 atualiza instantaneamente as saídas (digitais
e/ou analógicas) referenciadas no pacote.

2.1.5 – Monitoramento da interface de expansão

As UTR5-E (estendidas) que estiverem conectadas à UTR5 transmitem PEG através da interface de expansão. A
UTR5 transmite estes PEG em RF instantaneamente ao recebê-los.

2.1.6 – Transmissão de dados para a interface de expansão

Todos os pacotes recebidos pela UTR5 são imediatamente transmitidos para as eventuais UTR5-E acopladas a ela,
através da interface de expansão.

2.1.7 – Operação em modo bidirecional ou unidirecional

A UTR5 pode ser configurada para operar em modo bidirecional (transmite e recebe) ou unidirecional (somente
transmite ou somente recebe).

• Modo bidirecional:

Neste modo a UTR5 opera com módulo transceptor de RF. Todas as funções citadas do item 2.1.1 ao item 2.1.7
são executadas.

• Modo unidirecional:

Neste modo a UTR5 opera com módulo transmissor de RF se configurada para UTR-T ou com módulo receptor de
RF se configurada para UTR-R.

A) UTR-T: Se configurada como UTR-T, a UTR5 executa as funções:

o Monitoramento das entradas digitais (item 2.1.1)


o Transmissão de dados em RF (item 2.1.2) exceto:
 Transmissão de PCR
 Transmissão de PRE
 Transmissão de pacotes de repetição
o Monitoramento da interface de expansão (item 2.1.5)

B) UTR-R: Se configurada como UTR-R, a UTR5 executa as funções:

o Recepção de dados em RF (item 2.1.3)


o Atualização das saídas (item 2.1.4)
o Transmissão de dados para a interface de expansão (item 2.1.6)
o Alarme por perda de Guard (item 2.2.8)

35
2.2 – Parâmetros de configuração .

A UTR5 opera sistematicamente através de diversos parâmetros configurados previamente. Estes parâmetros são
todos armazenados em memória não-volátil (EEPROM).

2.2.1 - NID: Número de Identificação

A UTR5 utiliza este valor como um identificador dos pacotes (PEG e PDT) originados por ela no sistema.

Em um mesmo sistema não pode haver mais de uma UTR5 configurada com um mesmo NID.

Em um sistema com supervisório, a Unidade Supervisora recebe sempre o NID 00h. Todos os pacotes PEG que se
originarem do supervisório também recebem um NID que também deve ser diferente dos NID configurados nas
UTR5 do sistema.

O valor de NID deve estar entre 00h e FFh (notação hexadecimal)

2.2.2 - QUD: Quantidade de Unidades Destino

A UTR5 utiliza este valor para verificar o sucesso no recebimento (pelas outras UTR5) dos PEG que ela transmite.
Após transmitir PEG (por alteração nas entradas ou por Guard), a UTR5 espera retorno de um número de pacotes
PCR igual ao valor configurado no parâmetro QUD. Portanto, o valor de QUD a ser gravado na UTR5 é verificado
de acordo com a quantidade de outras UTR5 do sistema que estiverem configuradas para receber alguma de suas
variáveis (entradas digitais ou analógicas).

No caso de haver supervisório no sistema, a USUP (Unidade Supervisora) deverá ser considerada como mais uma
unidade de destino. Ou seja, havendo USUP no sistema, acrescer o valor 1 a QUD de cada UTR5.

O valor de QUD deve estar entre 1 e 12 (decimal – sem unidade).

2.2.3 - OATM: Offset das Analógicas para Transmissão por Mudança

A UTR5 monitora constantemente o nível presente nas entradas analógicas. Caso o valor medido em alguma
entrada analógica tenha uma diferença em relação ao valor anteriormente enviado no último PEG acima do
percentual configurado em OATM, haverá uma transmissão instantânea do PEG.

OATM deve ser considerado como um percentual da faixa total de leitura. Por exemplo, se estiver sendo utilizada a
entrada de 0 a 20mA, um valor de 10% colocado em OATM significa que haverá transmissão instantânea de PEG
quando o valor da entrada estiver mais de 2mA acima ou abaixo do valor transmitido no último PEG.

OATM é válido para todas as entradas analógicas.

O valor de OATM deve estar entre 0,5 e 100 (decimal percentual, em passos de 0,5 – unidade: %).

2.2.4 - TPMD: Tempo de Persistência para Mudança nas entradas Digitais

Este parâmetro é utilizado para filtrar ruídos nas entradas digitais da UTR5. Para que a UTR5 transmita o PEG por
mudança nas entradas digitais, a alteração deverá permanecer por um tempo maior que o valor configurado em
TPMD (em milissegundos).

TPMD é válido para todas as entradas digitais.

O valor de TPMD deve estar entre 0 e 2500 (decimal – unidade: milissegundo).

36
2.2.5 - TETG: Tempo Entre Transmissões de Guard

A UTR5 transmite PEG a cada intervalo de tempo configurado em TETG (em segundos), mesmo não havendo
alteração nas entradas.

O valor de TETG deve estar entre 1 e 240 (decimal – unidade: segundo).

2.2.6 - TCRF: Taxa de Comunicação por Radiofreqüência

A taxa de comunicação da UTR5 com o sistema pode ser selecionada entre os valores: 300bps, 600bps, 1200bps,
2400bps, 4800bps, 6400bps, 9600bps e 19200bps.

Quanto maior a velocidade de comunicação, menor o alcance dos enlaces do sistema.

2.2.7 - NBPT: Número de Bits do Preâmbulo de Transmissão

A UTR5 opera com transmissão curta de pacotes. Em transmissão de dados via radiofreqüência existe a
necessidade de estabilização da portadora antes que os dados possam efetivamente ser inseridos no modulador. O
número de bits configurado em NBPT será um conjunto de bits não-válidos como dados, mas será inserido no
pacote com a função de estabilizar o demodulador do(s) receptor(es) de destino do pacote.

O valor de NBPT deve ser considerado em função principalmente da banda de freqüência utilizada. Quanto maior o
valor de NBPT, mais segura é a comunicação. No entanto, obviamente, haverá maior atraso na transmissão dos
pacotes de dados.

O valor de NBPT deve estar entre 1 e 200 (decimal – sem unidade).

2.2.8 - TTPG: Tempo de Tolerância para Perda de Guard

A UTR5 verifica o tempo de ausência de sinal de todas as UTR5 cujos NID estejam configurados em suas saídas
(veja as seções 2.2.11 e 2.2.12 sobre as configurações das saídas digitais e analógicas respectivamente).

Caso o tempo configurado em TTPG (em minutos) seja alcançado sem que a UTR5 receba um novo PEG de todas
as UTR5 cujos NID estejam configurados em suas saídas, a UTR5 ativa sua saída de alarme (veja a seção 2.4.3
para saber sobre configuração de saída de alarme).

O Valor de TTPG deve estar entre 2 e 70 (decimal – sem unidade).

2.2.9 - NSQL: Nível de Squelch

A UTR5 opera através de silenciador (squelch) no circuito de recepção. O valor configurado em NSQL será
considerado como o valor inicial (ao inicializar a UTR5 pela primeira vez). Este valor pode ser alterado através do
botão de configuração auxiliar da UTR5. É utilizada uma tabela para ajuste do nível de sinal (veja a seção 1.4.1 B –
Modo Ajuste de nível de squelch).

O valor de NSQL deve estar entre 0 e 15 (decimal – sem unidade).

2.2.10 - ETP: ED8 Totalizador de Pulsos

A ED8 da UTR5 pode ser configurada para operar como um contador de pulsos. Habilitando o parâmetro ETP
(selecionando o campo ETP), a UTR5 passa a totalizar os pulsos recebidos na ED8 e transmitir os pacotes PDT a
cada 5 transmissões de Guard. o valor da variável ED8 será transmitido sempre como 0.

A UTR5 considera um pulso válido se este for um pulso contínuo de largura entre 50ms e 2 segundos. Pulsos
menores ou maiores não serão considerados.

37
2.2.11 - SD1=NID a SD8=NID: NID,ED Origem das Saídas Digitais

Cada saída digital da UTR5 pode ser configurada para corresponder a qualquer entrada digital de qualquer UTR5
do sistema; ou ainda a qualquer variável digital virtual do supervisório.

Cada campo SDx=NID deverá ser preenchido com um valor entre 00h e FFh e a seguir deverá ser selecionada qual
ED do NID escolhido fará a correspondência à saída digital configurada.

Exemplo:

Fig. 2.2.11-1 - Exemplo de configuração do parâmetro "SD1=NID,ED"

A configuração acima fará com que a UTR5 em questão sempre atualize a SD1 com o valor da ED2 da UTR5
configurada com o NID=2Dh no sistema.

Para desativar uma SD, basta escolher o valor 00h para o campo NID.

2.2.12 - SA1=NID e SA2=NID: NID,EA Origem das Saídas analógicas

Cada saída analógica da UTR5 pode ser configurada para corresponder a qualquer entrada analógica de qualquer
UTR5 do sistema; ou ainda a qualquer variável analógica virtual do supervisório.

Cada campo SAx=NID deverá ser preenchido com um valor entre 00h e FFh e a seguir deverá ser selecionada qual
EA do NID escolhido fará a correspondência à saída analógica configurada.

Para desativar uma SA, basta escolher o valor 00h para o campo NID.

2.2.13 - UTR5-E: UTR5 Estendida

Este campo deverá ser selecionado somente para configuração de UTR5-E (Unidade Estendida). Consulte o manual
da UTR5-E para maiores detalhes.

2.2.14 - UTR5-T: UTR5 somente TX

Este campo deverá ser selecionado para configuração da UTR5-T (modo unidirecional - unidade transmissora). Na
UTR5-T não existem os circuitos de recepção de sinal RF. Consulte o manual da UTR5-T para maiores detalhes.

2.2.15 - UTR5-R: UTR5 somente RX

Este campo deverá ser selecionado para configuração da UTR5-R (modo unidirecional - unidade receptora). Na
UTR5-R não existem os circuitos de transmissão de sinais RF. Consulte o manual da UTR5-R para maiores
detalhes.
2.2.16 - UTR5

Para operação no modo bidirecional este campo deverá ser selecionado para configuração da UTR5.

2.2.17 - NRT1 a NRT90: NIDs a repetir transmissão

Estes campos devem ser preenchidos com o NID de cada UTR5 do sistema cujos pacotes devam ser retransmitidos
pela UTR5 configurada.

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Os campos são considerados em seqüência a partir do NRT1. Havendo algum campo com o valor 00h, os campos
subseqüentes não serão considerados.

A UTR5 irá repetir os pacotes PEG, PCR, PDT e PRE cujos NID estejam selecionados.

2.2.18 - BTO: Bloqueio por Time-Out

A UTR5 pode ser configurada para operar por um período determinado e após esse período entrar em estado de
bloqueio. Neste estado, a UTR5 permanece inoperante (não recebe e não transmite dados), sinalizando o erro E3.

Neste campo deverá ser colocado o valor em horas pelo qual a UTR5 irá operar até que entre em bloqueio. O valor
0 (zero) desabilita a função.

Consulte a seção 1.4.1 D – Modo desbloqueio para saber sobre como desbloquear a UTR5.

O valor de BTO deverá estar entre 0 e 5000 (decimal – unidade: horas)

2.3 – ProgCF5 – Configurando a UTR5 .

Fig. 2.3-1 - Tela do ProgCF5


2.3.1 – Funções do ProgCF5

O programa “ProgCF5” é utilizado para:

• Gravar os parâmetros na UTR5


• Ler os parâmetros gravados na UTR5
• Abrir arquivo de configuração
• Salvar arquivo de configuração

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O mesmo programa é utilizado para configurar também a UTR5-E, UTR5-T, UTR5-R e USUP. Para estas unidades,
consulte os manuais respectivos.

O ProgCF5 é compatível com os sistemas operacionais Windows XP, Windows 98, Windows ME, Windows 2000.

2.3.2 – Cabo adaptador RS232

Para utilização do ProgCF5 é necessário utilizar o cabo adaptador RS232. A ponta com o conector RJ45 é acoplada
ao conector CNPE da UTR5 e a ponta com o conector DB9 fêmea é acoplada a uma porta serial RS232 do PC.

Fig. 2.3.2-1 - Esquema do adaptador RS232

Caso o PC não possua porta serial RS232 (COM1, COM2, etc), poderá ser utilizado um adaptador USB/RS232.

2.3.3 – Iniciando o ProgCF5

Não é necessário instalar o programa (assistente de instalação ou similar).

• Execute o arquivo “ProgCF5.exe”


• Selecione “Dispositivo”  “UTR5”
• Selecione “Arquivo”  “configurar”
• No campo “Port”, escolha a porta serial RS232 disponível no seu PC
• Configure os demais parâmetros para: 9600bps, 8 data bits, 1 stop bit, Parity: None e Flow Control: None
• Clique em “OK”
• Conecte o cabo adaptador à UTR5 e ao PC
• Coloque a UTR5 no modo “configuração” (consulte a seção 1.4.1 C – Modo Configuração).

2.3.4 – Gravando os parâmetros na UTR5

• Selecione todos os campos conforme instruções da seção 2.2


• Clique no botão “Gravar UTR”

Todos os parâmetros serão gravados na UTR5.

2.3.5 – Lendo os parâmetros da UTR5

• Clique no botão “Ler UTR”

Todos os parâmetros da UTR5 serão lidos e inseridos nos respectivos campos.

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2.3.6 – Salvando arquivo de configuração

• Selecione todos os campos conforme instruções da seção 2.2 ou leia os parâmetros da UTR5
• Selecione “Arquivo”  “Salvar”
• Escolha uma pasta e um nome do arquivo a ser salvo
• Clique em “Salvar”

Todos os parâmetros serão salvos no arquivo.

2.3.6 – Abrindo arquivo de configuração

• Selecione “Arquivo”  “Abrir”


• Escolha a pasta e o nome do arquivo desejado
• Clique em “Abrir”

Todos os parâmetros do arquivo serão lidos e inseridos nos respectivos campos.

2.4 – Outras configurações .

2.4.1 – Separação de fontes de alimentação

A UTR5 possui circuitos internos separados e com possibilidade de serem alimentados através de duas fontes
distintas. Esta característica propicia maior segurança e confiabilidade na operação de dispositivos sensíveis. Os
circuitos de processamento e RF são alimentados pela fonte principal e os circuitos de entradas e saídas digitais e
analógicas são alimentados pela fonte secundária.

Para utilização das fontes separadas, retire os straps ST1 e ST2, separando os circuitos.

Para o caso de instalação da UTR5 em ambientes menos ruidosos e menos susceptíveis a surtos, a fonte
secundária pode ser dispensada. Para que a fonte principal alimente todos os circuitos, os straps ST1 e ST2
precisam ser inseridos.

2.4.2 – Isolamento de referência à massa

Em algumas instalações, a utilização de fontes ou referências em comum impossibilita que a massa dos
equipamentos seja conectada à referência de tensão (GND). Na UTR5, para que a referência (GND) da fonte de
alimentação principal fique isolada da caixa metálica da UTR5, retire o jumper J1 e instale um capacitor de
poliéster de 68nF x 100V no mesmo ponto.

Deve ser dada especial atenção aos demais pontos de aterramento de toda a instalação, evitando que as
referências se conectem indevidamente (plano de terra da antena, referências das entradas e saídas, etc.).

2.4.3 – Saída de alarme

Em algumas situações (exemplo: perda de sinal) a UTR5 ativa sua saída de alarme (led “ST”). É possível que a
ativação de alarme ative dispositivos externos. Basta que o strap ST3 seja conectado de 1 para 2. Nesse caso, a
SD8 será então utilizada como uma saída de alarme. A função normal de SD8 é então substituída pela função de
alarme.

41
2.4.4 – Totalizador de pulsos

Alguns dispositivos transdutores utilizam saída pulsada para a totalização de medidas. Dessa forma, a margem de
erro na medida é reduzida significativamente. A UTR5 pode ter a ED8 configurada para atuar como um totalizador
de 32 bits, salvando a contagem em memória não volátil e transmitindo a totalização para o supervisório do
sistema. A largura do pulso deve estar entre 50ms e 2000ms. Para habilitação do totalizador, consulte a seção
2.2.10 - ETP: ED8 Totalizador de Pulsos.

Estando o totalizador habilitado, a UTR5 transmite um PDT (Pacote de Dados Totalizados) a cada 5 transmissões
de “guard”. O valor máximo totalizado é de 4.294.967.296 pulsos. Havendo estouro do limite, ocorrerá reinício do
ciclo (recomeça em 0).

2.5 - Topologias do Sistema Controlflex - Exemplos de aplicação .

O Sistema Controlflex pode ser utilizado em configuração "ponto a ponto" e "multiponto", ambas com ou sem
telessupervisão.

2.5.1 – Topologia “ponto a ponto”

Na topologia “ponto a ponto” a UTR5 é utilizada aos pares.

Considere uma aplicação de controle entre a Estação 1 e a Estação 2. Neste tipo de aplicação podem ser utilizadas
antenas direcionais de ganho, aumentando ainda mais o alcance direto do enlace.

Fig. 2.5.1-1 - Esquema simplificado da topologia "ponto a ponto"

No esquema simplificado da figura 2.5.1-1, a atuação nas botoeiras da estação 1 ativa entradas da UTR5.
Configurando as saídas da UTR5 da estação 2 para corresponder às entradas da UTR5 da estação 1 e vice-versa,
poderá ser implementada uma aplicação de ativação de dispositivos na estação 2 remotamente pela estação 1 e a
confirmação das atuações.

Veja na figura 2.5.1-2 um esquemático mais detalhado de exemplo.

42
Fig. 2.5.1-2 - Esquemático detalhado de estações em topologia "ponto a ponto"

• SD1 da UTR5 da Estação 2 será configurada para corresponder à ED1 da UTR5 da Estação 1;
• SA1 da UTR5 da Estação 2 será configurada para corresponder à EA1 da UTR5 da Estação 1;
• SD1 da UTR5 da Estação 1 será configurada para corresponder à ED1 da UTR5 da Estação 2;
• SA1 da UTR5 da Estação 1 será configurada para corresponder à EA1 da UTR5 da Estação 2.
Depois de configuradas, as UTR5 entrarão em comunicação, permitindo os seguintes controles:

• Comando remoto liga/desliga da bomba 1 da Estação 2 através da chave L/D da Estação 1


• Confirmação do estado (ligada/desligada) da bomba 1 da Estação 2 através da sinaleira

43
• Comando remoto analógico (aumentar/diminuir) da rotação da bomba 2 da Estação 2 através do seletor
RPM da Estação 1
• Confirmação da rotação (RPM) da bomba 2 da Estação 2 através do medidor

2.5.2 – Topologia “multiponto”

Na topologia multiponto, várias UTR5 são instaladas e efetivam enlaces de comunicação de formas variadas. Em
síntese, qualquer UTR5 do sistema poderá receber variáveis de qualquer outra UTR5 (e da USUP) e enviar
variáveis para qualquer outra UTR5 (e para a USUP). Todas as UTR5 podem operar no modo “master”, iniciando
uma comunicação.

As automações do sistema podem ser efetivadas pela comunicação entre as próprias UTR5, sem necessariamente
depender de comandos do supervisório.

Toda a comunicação entre as UTR5 pode ser supervisionada pela Unidade Supervisora e os dados são utilizados
para criação das telas de supervisão, relatórios, etc.

Utilizando-se o software supervisório, comandos poderão ser executados pelo PC.

A figura 2.5.2-1 representa um esquema simplificado de um sistema com quatro estações utilizando uma UTR5
cada uma.

Fig. 2.5.2-1 - Esquema simplificado de topologia multiponto

44
2.5.3 – Utilizando repetição

Em uma cidade com topografia montanhosa, uma estação com localização mais privilegiada (em local de maior
altitude e mais visível às outras estações) pode ser utilizada para repetir os sinais das estações com localização
menos privilegiada.

Utilizando a configuração de repetição o sistema se transforma numa rede, aumentando significativamente as


possibilidades de enlace.

Considere a situação representada na figura 2.5.3-1:

Fig. 2.5.3-1 - Utilizando repetição

No sistema do exemplo esquematizado na figura 2.5.3-1 houve as seguintes necessidades de comunicação:

• Estação 1 necessita de comunicação com Estação 2


• Estação 3 necessita de comunicação com Estação 5
• Estação 2 necessita de comunicação com Estação 5

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No entanto, situações críticas impossibilitaram os enlaces diretos entre estas estações (distância muito elevada,
obstáculos grandes muito próximos a uma das estações, impossibilidade de instalação de antenas de ganho, etc.).

Utilizando a capacidade de repetição das UTR5, a comunicação pode ser implementada, conforme a seguir:

• Comunicação da Estação 1 com a Estação 2: Configurar a UTR5 da Estação 3 para repetir os pacotes
originados pelas (e destinados para) UTR5 das estações 1 e 2.
• Comunicação da Estação 3 com a Estação 5: Configurar a UTR5 da Estação 4 para repetir os pacotes
originados pelas (e destinados para) UTR5 das estações 3 e 5.
• Comunicação da Estação 2 com a Estação 5: Configurar a UTR5 da Estação 4 e a UTR5 da Estação 3 para
repetir os pacotes originados pelas (e destinados para) UTR5 das estações 2 e 5.

A figura 2.5.3-2 apresenta a visão de satélite da região de implantação real de um sistema Controlflex.

A estação marcada com o número 1 (canto superior esquerdo) precisa transmitir e receber dados para a estação
marcada com o número 2 (Estação supervisora do sistema). A distância entre a estação 1 e a estação 2 é de 12km
(linha reta) e existem obstáculos que impediram um enlace de qualidade diretamente entre elas. No entanto, a
comunicação entre a estação 1 e a estação 3 é perfeita, assim como entre a estação 2 e a estação 3. Portanto,
basta que a UTR5 da estação 3 seja configurada para repetir os pacotes originados pela estação 1 e pela
estação 2.

A estação 3 continuará executando suas funções normais no sistema, mas estará agora também com a função de
garantir a comunicação entre a estação 1 e a estação 2.

Fig. 2.5.3-2 – Exemplo real de aplicação da repetição

46
2.5.4 – Utilizando telessupervisão

Qualquer topologia utilizada pode incluir uma estação de telessupervisão. Na estação de telessupervisão, todas as
variáveis do sistema são agregadas em telas desenhadas e esquematizadas de forma representativa, associando-
se facilmente aos dispositivos do sistema.

Com a centralização das informações (em tempo real) de todas as estações num só local (a estação supervisora),
todos os tipos de relatórios, gráficos, análises, geração de alarmes automáticos em situações críticas, registros de
dados, etc., são possíveis.

Para a implantação da estação de telessupervisão são necessários:


• USUP - Unidade Supervisora
• Software Supervisório
• Microcomputador

Fig. 2.5.4-1 - Topologia multiponto com telessupervisão

2.5.5 – Supervisório Visioflex

"Supervisório" é o nome dado ao software que tem a finalidade de estabelecer uma comunicação com os
dispositivos de um sistema de supervisão, muitas vezes dispersos geograficamente, de forma a prover diversas
funções, tais como:

• Representar graficamente e de forma amigável ao operador os estados dos dispositivos do sistema


• Efetuar alarmes em função de valores previamente selecionados como limites para as variáveis
• Armazenar as alterações das variáveis de forma a permitir a elaboração de relatórios, gráficos, etc.
• Enviar comandos aos dispositivos do sistema
• Executar funções lógicas com as variáveis do sistema, resultando em comandos, alarmes, etc.

Os softwares supervisórios são também comumente chamados de softwares "SCADA" (Supervisory Control And
Data Acquisition - Supervisório de Controle e Aquisição de Dados).

47
O software Visioflex é um supervisório desenvolvido pela Flex Telecom. O detalhamento do Visioflex não é o
objetivo deste manual. Neste tópico serão apresentados alguns exemplos de utilização do supervisório Visioflex.

Fig.2.5.5-1 - Exemplo de uma tela de supervisão de 54 estações

No exemplo da figura 2.5.5.1 (divulgação autorizada de um projeto real), várias estações compõem um sistema.
Todos os dispositivos e variáveis de todas as estações são representados na tela de supervisão.

Cada estação possui uma UTR5 que comunica com as estações que necessitam receber informações objetivando
automação; e com a Unidade Supervisora, para efetivação da telessupervisão.

Alguns enlaces operam através de repetição de sinais.

48
A figura 2.5.5-2 apresenta um esquema de montagem de uma parte do sistema, com a descrição de cada
elemento:

Fig. 2.5.5-2 - Alguns elementos da tela de supervisão

Fig. 2.5.5-3 - Diagrama unifilar da montagem da estação Elevatória Paraopeba

49
Fig. 2.5.5-4 - Diagrama unifilar da montagem da estação Res. Vila Gonçalo

Detalhando os elementos da tela:

1 - Mostrando numericamente o volume do reservatório: O sensor de nível do reservatório entrega um valor


analógico a uma EA da UTR5. O valor desta variável é recebido pelo Visioflex, que calcula o volume do reservatório
e apresenta o valor no respectivo campo da tela.

2 - Mostrando graficamente o nível do reservatório: O sensor de nível do reservatório entrega um valor analógico a
uma EA da UTR5. O valor desta variável é recebido pelo Visioflex, que atualiza um gráfico representando o
reservatório e com o nível proporcional ao nível real.

3 - Mostrando graficamente bomba1 desligada: O quadro de comando da bomba1 sinaliza o estado da bomba
através de um contato NA. O contato ativa uma ED da UTR5. O valor desta variável é recebido pelo Visioflex, que
atualiza um gráfico representando a bomba.

A atuação automática desta bomba é efetuada pelo sistema, através do sensor de nível do reservatório da estação
Res. Vila Gonçalo. Perceba que o sensor de nível em questão possui saída lógica com a histerese necessária ao
sistema, que atua também na ED3 da UTR5. Desta forma, basta que a UTR5 da estação Elev. Paraopeba tenha
sua SD1 configurada para corresponder à ED3 da UTR5 da estação Res. Vila Gonçalo.

4 - Mostrando graficamente bomba2 desligada: O quadro de comando da bomba2 sinaliza o estado da bomba
através de um contato NA. O contato ativa uma ED da UTR5. O valor desta variável é recebido pelo Visioflex, que
atualiza um gráfico representando a bomba.

5 - Mostrando graficamente a corrente da bomba2: O transdutor de corrente da bomba2 entrega um valor


analógico a uma EA da UTR5. o valor desta variável é recebido pelo Visioflex, que atualiza um gráfico
representando um amperímetro e com o ponteiro indicando um valor proporcional à corrente.

6 - Mostrando numericamente a corrente da bomba2: O transdutor de corrente da bomba2 entrega um valor


analógico a uma EA da UTR5. O valor desta variável é recebido pelo Visioflex, que calcula o valor de corrente
elétrica e o apresenta no respectivo campo da tela.

7 - Mostrando graficamente a presença de tensão na estação: O detector da tensão de alimentação sinaliza a


presença/ausência de tensão através de um contato NA. O contato ativa uma ED da UTR5. O valor desta variável é
recebido pelo Visioflex, que atualiza um gráfico representando a presença de tensão.

8 - Mostrando graficamente o estado do sensor de presença (normal): O sensor de presença da estação sinaliza a
presença/ausência de pessoas através de um contato NA. O contato ativa uma ED da UTR5. O valor desta variável
é recebido pelo Visioflex, que atualiza um gráfico representando a presença na estação.

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9 - Mostrando graficamente o estado do sensor de presença (atuado): O sensor de presença da estação sinaliza a
presença/ausência de pessoas através de um contato NA. O contato ativa uma ED da UTR5. O valor desta variável
é recebido pelo Visioflex, que atualiza um gráfico representando a presença na estação.

10 - Mostrando graficamente o nível de carga da bateria: A própria tensão da bateria é conectada a uma EA da
UTR5. O valor desta variável é recebido pelo Visioflex, que atualiza um gráfico representando a carga da bateria e
com o nível proporcional ao nível real.

Para possibilitar a conexão direta da tensão da bateria à EA da UTR5 foi instalado um diodo zener em série com a
EA (consulte a seção 1.3.6 para saber sobre esta possibilidade das EA da UTR5).

11 - Mostrando numericamente a tensão da bateria: A própria tensão da bateria é conectada a uma EA da UTR5. O
valor desta variável é recebido pelo Visioflex, que calcula o valor de tensão e o apresenta no respectivo campo da
tela.

12 - Botões de comando (Automático/Manual e Liga/Desliga: Dois botões são inseridos na tela, ao lado do gráfico
que representa o dispositivo a ser comandado; no caso, a bomba1. Passando o cursor do mouse sobre os botões,
sua função é mostrada na tela. Ao clicar no botão correspondente, abre-se uma tela de comando. Escolhe-se o
comando desejado, entra-se com a senha do operador do sistema e se efetiva o comando. O supervisório, através
da Unidade Supervisora, transmite o comando à estação e o dispositivo é comandado.

O comando "Automático/manual" no projeto em questão, tem a finalidade de comutar a operação da bomba1


entre a opção "automático" (a bomba receberá comando do sensor de nível da estação Reserv. Vila Gonçalo,
através da comunicação entre as UTR5 das duas estações) e a opção "manual" (a bomba receberá comando
exclusivamente do operador do sistema, através do supervisório).

2.5.6 – Resumo de funções do Supervisório Visioflex

1 – Monitoramento em tempo-real de todas as variáveis das estações através de símbolos gráficos representados
na tela:
Cada dispositivo presente em cada estação será representado graficamente na tela de supervisão. A alteração de
estado de um dispositivo é percebida pela UTR e transmitida instantaneamente para o software supervisório, que
altera a representação gráfica do dispositivo.

2 – Monitoramento de valores das variáveis medidas nas estações em tempo-real:


As alterações de valores medidos em cada estação são percebidas pela UTR e transmitidas instantaneamente para
o software supervisório, que altera os valores representados na tela.

3 – Totalização de medidas:
Os valores medidos em cada estação podem ser totalizados pelo software supervisório, inclusive no caso de
medidores com saída pulsada.

4 – Geração de alarmes sonoros e visuais por eventos:


Quaisquer tipos de eventos ou combinação de eventos podem ser configurados para que o software supervisório
gere alarmes visuais e sonoros, com reprodução de mensagem de áudio alusiva ao alarme.

5 – Geração de alarmes por perda de comunicação:


A perda de comunicação com alguma estação ativa alarme sonoro e visual.

6 – Geração de relatórios de eventos:


Os eventos são armazenados em ordem cronológica e podem ser apresentados em relatórios.

7 – Geração de histórico de variações:

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Todas as variáveis têm seus valores armazenados em ordem cronológica. Diversos tipos de relatórios e gráficos
podem ser criados através de exportação dos valores para planilhas Excel e compatíveis.

8 – Gerenciamento de senhas de acesso:


A operação do software supervisório pode ser protegida com senhas de acesso, senhas de configuração, senhas de
comando, etc.

9 – Acesso remoto pela Web:


O PC de supervisão pode ser configurado como servidor de acesso às telas através de terminal remoto, sem a
necessidade de instalação de softwares nos PCs cliente.

2.5.7 – Outros supervisórios

O sistema Controlflex pode utilizar outros softwares supervisórios do mercado. A ferramenta necessária à
compatibilização do sistema Controlflex com qualquer software supervisório do mercado é o driver de protocolo,
que pode ser desenvolvido de acordo com a necessidade.

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Anotações:

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Anotações:

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Para aprimorar as soluções em automação, telecontrole, telemetria e telessupervisão, a Flex Telecom, em contínua
atividade de desenvolvimento e fabricação, complementa o sistema Controlflex com novos dispositivos. Este
capítulo menciona sucintamente alguns destes dispositivos. Alguns se encontram em atualização de versão, ou em
fase final de desenvolvimento e brevemente estarão disponibilizados. Todos os dispositivos possuem baixo custo.

3.1 - Energia .

3.1.1 – FNT2 - Fonte 12V com proteção reforçada

A fonte FNT2 foi projetada para prover alimentação em tensão contínua nominal de 12V x 350mA, incluindo
dispositivos de proteção reforçada. Tem as seguintes características:

• Entrada CA 127V / 220V


• Isolamento duplo entre entrada/saída com blindagem à massa
• Proteção por varistor de óxido de zinco
• Saída para bateria com regulador de corrente de carga
• Saída para sinalização externa de alarme

3.1.2 – UCES - Unidade Controladora de Energia Solar

A UCES tem a finalidade de efetivar o controle de carga e descarga de baterias utilizadas em sistemas alimentados
por energia solar. Tem as seguintes características:

• Entrada e saída 12V ou 24V


• Controle microcontrolado de carga de flutuação e equalização da bateria
• Controle microcontrolado de descarga da bateria por desconexão em limite inferior
• Seleção dos valores de plena carga, e dois pontos de limite inferior.
• Atuação econômica selecionável (time-on e time-off) se atingido o ponto de limite inferior 1.
• Seleção de ampla faixa de "time-on" e "time-off" em condição de bateria descarregada (Vbat < limite
inferior 1)
• Proteção para inversão de polaridade de bateria e sobrecarga
• Baixo consumo

3.2 - Sensoreamento e controle para saneamento .

3.2.1 – SNDA2 - Sensor de Nível Digital/Analógico

O sensor de nível SNDA2 é um dispositivo de baixo custo com a função de sensoreamento de nível de reservatórios
de água. Utiliza um conjunto de eletrodos e sensoreamento por condução elétrica pulsada.

Características:

• Resolução de 10 níveis com saída analógica 0 a 10V


• Isolamento total entre os eletrodos e a fonte de alimentação
• Eletrodos inertes e operação com técnica anti-eletrólise
• Duas saídas lógicas com histerese selecionável para ativação de bombas
• Seleção de reversão para as saídas de ativação de bombas (controle de nível de montante ou jusante)
• Baixo consumo de energia (adequado para alimentação por energia solar)
• Monitoramento do estado dos eletrodos com saída de alarme em caso de falha

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3.2.2 – MCV1 - Módulo de Comando de Válvula

O MCV1 é composto de circuito de comando e controle, motor CC 12V e caixa de redução. Tem a finalidade de
atuar no eixo de válvulas de controle de vazão em geral.

Características:

• Alimentação em 12VCC, possibilitando o uso em estações alimentadas por energia solar


• Torque de até 10kgf no eixo
• Comando digital (Fecha/Abre) ou analógico (percentual de abertura/fechamento)
• Sensoreamento de fim de curso por análise de corrente do motor (dispensa contatos de fim de curso)
• Saída analógica para indicação do percentual de abertura/fechamento (4 a 20mA)
• Saída digital para indicação de aberta/fechada
• Saída de alarme de falha

3.3 - Sensoreamento para Hidrometeorologia e Climatologia .

3.3.1 - UPP1 - Unidade Pluviométrica Pulsada

A UPP1 tem a finalidade de efetivar totalização pluviométrica (volume de chuva).

Características:

• Não necessita alimentação


• Ajuste do volume por pulso

3.3.2 - UDVV - Unidade de medição de Direção e Velocidade do Vento

A UDVV é um anemômetro de baixo custo. Executa medição de direção e velocidade do vento de forma simples e
eficiente.

Características:

• Saída analógica de 0 a 20mA proporcional à velocidade do vento


• Saída analógica 0 a 20mA proporcional à direção do vento em relação ao Norte
• Baixo consumo
• Rolamentos de alta durabilidade

3.4 - Sensoreamento Elétrico e Automação .

3.4.1 - UCLP - Unidade Controladora Lógica Programável

A UCLP é um Controlador Lógico Programável de pequeno porte e bastante flexível. Sua programação é baseada
em ícones, de extrema facilidade de aprendizado.

Características:

• 12 entradas digitais e 12 saídas digitais


• 3 entradas analógicas (4 a 20mA)

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• Possibilidade de acoplamento de IHM
• RTC interno com bateria
• Tamanho reduzido

3.4.2 - UTCA - Unidade Transdutora de Corrente Alternada

A UTCA é utilizada para medição de valores de corrente alternada em barramentos de potência. Através da
utilização de um TC, transforma corrente entre 0 a 5A (CA) em valor proporcional de saída 4 a 20mA. Possui dois
circuitos transdutores separados na mesma unidade.

Características:

• 2 transdutores em uma unidade


• Entrada CA de 0 a 5A rms
• Saída 4 a 20mA passiva
• Alimentação pelo próprio loop de 4 a 20mA

3.4.3 - UTTA - Unidade Transdutora de Tensão Alternada

A UTTA é utilizada para medição de valores de tensão CA entre 20 e 300VCA. Saída 4 a 20mA.

Características:

• Alimentação pela própria entrada medida


• Entrada CA de 20 a 300VCA rms
• Saída 4 a 20mA passiva
• Saída de alarme de tensão baixa com ajuste
• Saída de alarme de tensão alta com ajuste

3.4.4 - Sensores, transdutores e atuadores em geral

Os padrões de entrada e saída utilizados pelo sistema Controlflex permitem a utilização de praticamente qualquer
tipo de sensor, transdutor e atuador do mercado. A Flexibilidade de utilização do sistema é importante também
para que possa ser utilizado em interfaces a outros sistemas já instalados.

A Flex Telecom, como desenvolvedora de soluções tecnológicas, também se disponibiliza a incluir funções ao
sistema conforme demanda.

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Anotações:

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Anotações:

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4.1 – Montagem dos dispositivos .

4.1.1 – Caixas metálicas de montagem

Praticamente todos os dispositivos que compõem uma estação podem e devem ser fixados dentro de uma caixa
metálica de montagem. Para projetos específicos, a Flex Telecom fornece o sistema de cada estação
apropriadamente montado. É altamente recomendada a utilização de caixas metálicas de montagem com vedação
de borracha, trilhos para fixação de fiação (grau de proteção IP54), placa de montagem removível, com bucha de
aterramento e pintura eletrostática com tratamento anti-corrosivo.

Fig. 4.1.1-1 – Caixas metálicas de montagem

As caixas proporcionam maior vida útil aos dispositivos se for fixada em local abrigado do sol e chuva.

O flange de entrada de cabos não possui vedação hermética, portanto, em locais de umidade excessiva é
recomendada a utilização de packs de sílica gel e/ou resistência de aquecimento. A caixa de montagem não deve
ser instalada em local vulnerável a vapores e gases corrosivos em geral.

Para evitar problemas com entrada de insetos, deve-se utilizar vedação das entradas de cabos com massa de
calafetar.

Na impossibilidade de disponibilização de abrigo, pode-se instalar a caixa ao tempo, desde que sejam tomadas as
seguintes precauções:

• Vedação das entradas de cabos utilizando boa quantidade de massa de calafetar apropriada
• Não furar as paredes externas da caixa
• Diminuir pela metade o período de manutenções preventivas
• Utilizar packs de sílica gel, substituindo-os com freqüência

4.1.2 – Caixas de montagem com tampa transparente

Algumas montagens com poucos componentes em cujo projeto se prevê a utilização intensiva de sinalização visual
dos painéis dos dispositivos pode-se utilizar caixas de montagem em ABS com tampa transparente, desde que seja
instalada em local abrigado de sol e chuva. Dessa forma é facilitada a visualização das indicações visuais dos
dispositivos a qualquer tempo.

Fig. 4.1.2-1 – Caixa de montagem em ABS com tampa transparente


A Flex Telecom fornece caixas de montagem em ABS com tampa transparente no tamanho 31cmx25cmx14cm
(CxLxH).

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4.1.3 – Fixação dos dispositivos

Praticamente todos os dispositivos do sistema Controlflex são fixados através de trilhos DIN35. O tamanho da
caixa de montagem e a disposição dos componentes devem ser previamente planejados de acordo com o projeto
específico de cada estação. A barra de conexões de interface (borneira de interface) padronizada pela Flex
Telecom é a BORN10; uma placa de circuito impresso com conexões de pressão (terminais de pressão) para a
fiação externa da interface e conexões por solda para a fiação interna. Deve ser posicionada na parte inferior da
placa de montagem, favorecendo a entrada/saída da fiação a ser conectada.

Fig. 4.1.4-1 – Barra de conexões de interface BORN10

Para uma montagem com boa estética e menor vulnerabilidade a falhas nos fios de interligação, próximo a cada
dispositivo deverá existir na placa de montagem uma furação de diâmetro suficiente para a colocação de “passa-
fios” (em plástico ou borracha) bem dimensionados para o volume de fios que será utilizado. Para calcular os
pontos de furação da placa de montagem, posicione previamente todos os dispositivos na placa e efetue as
marcações.

A Flex Telecom fornece caixas metálicas de montagem com a placa de montagem confeccionada já com as
furações de forma padrão, que atende a grande maioria das disposições internas dos componentes.

4.1.4 – Interligação dos dispositivos

Fig. 4.1.4-2 – Exemplo de projeto de montagem de uma estação

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As conexões entre os dispositivos da montagem no sistema Controlflex podem utilizar os seguintes tipos cabos:

• Cabo UTP de 4, 6 ou 8 vias:

Para os conectores do tipo RJ. Em uma ponta é feita a crimpagem do conector RJ. Na outra ponta, cada via
deverá ser conectada por solda a um ponto de um bloco de interconexão. A Flex Telecom padroniza e fornece
o bloco BL8CON, que interconecta fios do cabo UTP ou fios de bitola até 14AWG (2,08mm2).

Fig. 4.1.4-3 – Bloco de interconexão BL8CON

• Cabo flexível 24AWG (0,20mm2):

Para interligação entre pontos do bloco BL8CON e/ou dispositivos com conectores por parafusos. Para conexão
a um ponto de um bloco BL8CON a ponta deverá estar estanhada. Para conexão a conectores por parafusos,
utilizar terminal agulha.

• Cabo flexível 14AWG (2,08mm2):

Para interligação entre pontos de maior corrente (até 10A). Exemplo: saídas de contato do MD4, alimentação
de MCV1. Nas pontas do cabo deverão ser utilizados terminais agulha.

4.2 – Requisitos da estação .

4.2.1 – Abrigo

Em se considerando apenas a instalação da caixa de montagem e antena do sistema Controlflex, é suficiente a


construção de abrigo simples (alvenaria, metálicos, etc.) com espaço suficiente para o posicionamento ergonômico
de um técnico para instalação e manutenção. É também importante incluir no abrigo:

• Janelas com proteção contra invasão e vidros translúcidos claros canelados


• Telas de ventilação em duas paredes opostas
• Iluminação artificial e ponto de tomada de energia (se alimentada por energia da rede elétrica)

Para maior proteção, é interessante a construção de cerca externa. O sistema poderá prever uma entrada digital
da UTR5 para monitoramento de alarme de invasão (infravermelho, reed-switch de porta, etc.).

4.2.2 – Alimentação pela rede elétrica

A grande maioria das falhas de sistemas de telecomunicações em geral são ocasionadas por surtos e descargas
originados na rede de energia elétrica. Em geral, estações alimentadas por redes extensas têm muito maior
probabilidade de sofrerem danos por surtos e descargas.

Dentre os principais eventos que ocorrem na rede elétrica, um dos mais comuns é a ocorrência de picos de tensão
ou surtos. Estes surtos são elevações momentâneas da voltagem da rede, geralmente decorrentes de descargas
atmosféricas, partida de motores, fusão de fusíveis, operação de contatores e outros dispositivos de manobra,

64
entre outras causas. Estes picos podem atingir níveis de tensão equivalentes a 30 vezes o valor nominal da rede,
durante breves intervalos de tempo (alguns milissegundos).

Conforme dados do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Brasil é um dos países de maior incidência
de relâmpagos (se não o maior) de todo o mundo. São cerca de 100 milhões de descargas por ano.

Para reduzir os danos provocados por surtos e descargas, é necessário um projeto que inclua:

• Malha de aterramento
• Pára-raios
• Dispositivos de proteção

4.2.3 – Alimentação por energia solar

Em locais onde a concessionária não disponibiliza a rede de energia elétrica o sistema Controlflex pode ser
alimentado através de energia solar.

O sistema de energia solar é composto de painel solar (ou conjunto), bateria (ou banco), controlador de carga e
acessórios.

Para dimensionamento do sistema deve-se levar em conta a potência total média instalada, a autonomia desejada
e o tempo médio diário de insolação da região. A potência média instalada é a soma das potências médias de
consumo de todos os dispositivos do projeto. A autonomia desejada é o tempo em que a capacidade das baterias
instaladas pode suprir o sistema na ausência de insolação. Cálculos exatos são impossíveis, mas é possível
dimensionar o sistema com segurança:

A) Cálculo da Potência nominal do conjunto de painéis (Potência nominal é definida como a potência desenvolvida
em insolação máxima):

P = Potência nominal necessária dos painéis solares (W)


PI = Potência média instalada (W)
TMI = Tempo médio diário de insolação máxima da região (Média no Brasil = 6h)

Exemplo: Montagem básica de telecontrole e telessupervisão de uma estação de reservação (saneamento):

UTR5: consumo médio = 1W


SNDA2: consumo médio = 0,5W
TMI = 6 horas

P = 7,5W

Neste exemplo, um painel de 10W (valor comercial) estaria bem dimensionado. A margem de segurança se
encontra no fato de que o período de baixa insolação do dia não entrou no cálculo. Neste período existe uma
pequena contribuição do painel solar como fonte para o sistema.

B) Cálculo da capacidade do conjunto de baterias (para alimentação em períodos sem insolação):

C = Capacidade nominal necessária do conjunto de baterias (Ah)


AD = Autonomia Desejada (h)
PI = Potência média instalada (W)

Exemplo: Montagem básica de telecontrole e telessupervisão de uma estação de reservação:

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UTR5: consumo médio = 1W
SNDA2: consumo médio = 0,5W
AD = 48 horas
C = 6Ah

Neste exemplo, uma bateria de 7Ah (valor comercial) estaria bem dimensionada.

Obviamente, alguns outros fatores não foram considerados nos métodos de dimensionamento citados. Estes
métodos se prestam como base para um dimensionamento mais simplificado, e são suficientes para a grande
maioria das aplicações do sistema Controlflex.

A Flex Telecom fornece sistemas de energia solar com potência em múltiplos de 5W.

Posicionamento dos painéis solares:

Considerações sobre inclinação:


• A maior eficiência de um painel solar se dá nas condições de menor inclinação dos raios solares em relação à
linha perpendicular ao plano do painel.
• O eixo de rotação da Terra é inclinado em cerca de 66º em relação a seu plano orbital em relação ao sol.

Portanto, para um melhor aproveitamento da energia solar durante o ano deve-se inclinar o painel de forma que
se estando no hemisfério sul (Brasil) seu plano se volte para o norte geográfico.

Fig. 4.2.3-1 - Diferentes planos das elipses de "movimentação do sol" nos diferentes períodos do ano

O grau de inclinação a ser colocado no painel é mais eficiente se considerar a tabela a seguir:

Lat. (S) do local Ângulo de inclinação


0º a 15º 15º
16º a 20º 20º
21º a 25º 25º
26º a 30º 35º
31º a 35º 40º

Fig. 4.2.3-2 - Inclinação do painel solar

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4.2.4 – Aterramento

A seguir estão listadas algumas regras básicas para o projeto de um sistema de aterramento:

• Deverá ser prevista malha geral de aterramento, através de cabo de cobre nu e hastes de aterramento de
aço revestido por camada de cobre (Barras Copperweld), em quantidade suficiente para se obter uma
resistência a terra mínima de 10Ω.
• Todas as partes metálicas não condutoras da estação, inclusive a torre, cercas, etc., deverão ser
conectadas à malha geral de aterramento.
• O neutro da Concessionária, juntamente com as barras de terra e de neutro do Quadro Geral de Entrada
(QGE), deverá também ser conectado à malha de aterramento, através de uma única barra de cobre
centralizadora dessas conexões.
• Deverão ser previstos poços de inspeção para medição de resistência de terra.

Um bom sistema de aterramento pode ser obtido através da colocação de uma ou várias hastes metálicas no solo
e da utilização das ferragens das fundações da construção, de forma a se obter, conforme determina a NBR 5410,
uma impedância máxima de 10Ω.

• O Fio Terra, ou condutor de proteção deverá sempre ser conectado no Terminal de Aterramento do quadro
de distribuição.
• Se sua instalação não dispõe de Fio Terra, providencie.
• O Neutro de sua instalação elétrica não pode ser utilizado diretamente como Terra. Para utilizá-lo deve ser
aterrado e construído conforme as normas da concessionária e a NBR 5410 "Instalações elétricas de Baixa
Tensão - procedimento".
• Se houver emendas, deverão ser eletricamente bem feitas.
• Em caso de dúvidas, entre em contato com a concessionária de energia de sua região.

Fig. 4.2.4-1 - Esquema usual de aterramento

67
4.2.5 – Pára-raios

Para a proteção das estações, é necessária a utilização de pára-raios de acordo com a norma ABNT NBR 5419.

Um deles é o pára-raios tipo haste (conhecido como pára-raios Franklin) instalado no alto de edificações. Este
pára-raios oferece proteção para a edificação (ou parte dela) contida sob o cone de proteção cujo vértice encontra-
se no topo da haste captora. O que estiver dentro desse espaço estará protegido (método Franklin). O Ângulo de
proteção variará de acordo com o nível de proteção requerido, tipo de ocupação, valor do conteúdo, localização e
altura da edificação. A norma ABNT NBR 5419 fornece os detalhes da sua especificação.

O método Franklin não se aplica a todos os tipos de edificações, devendo ser utilizados outros métodos
(eletrogeométrico, malha ou gaiola de Faraday), de acordo com a norma ABNT NBR 5419. No caso de edificações
maiores, acima de 60 metros, aplica-se somente o método da gaiola de Faraday. Em quaisquer dos métodos
utilizados deve sempre haver um adequado aterramento.

O bom funcionamento dos pára-raios e a adequada proteção contra sobretensão estão associadas a um sistema de
aterramento eficaz. O tipo de aterramento e o número de eletrodos de terra (hastes de aterramento) a serem
utilizados para assegurar a eficácia do aterramento dependem das características do solo.

4.3 – Enlaces de RF .

4.3.1 – Noções sobre RF

Sinais elétricos oscilantes com freqüência entre 10kHz e 300GHz são denominados sinais de radiofreqüência. Nesta
faixa ocorre o fenômeno físico da radiação, onde o sinal se propaga no espaço. Uma vez propagado, é possível que
seja captado. Milhões de dispositivos eletrônicos utilizam esta possibilidade para transmitir e receber informação de
um ponto a outro.

As antenas são utilizadas para transmitir e receber ondas de rádio. Ligada a um transmissor, a antena converte os
sinais elétricos fornecidos pelo transmissor em ondas eletromagnéticas que se propagam no espaço. Ligada a um
receptor, capta as ondas eletromagnéticas e as converte em sinais elétricos que são amplificados e utilizados pelo
receptor.

4.3.2 – Avaliação do enlace

Para que um sinal transmitido possa ser efetivamente captado e aproveitado pelo receptor, algumas condições têm
que ser satisfeitas. Em síntese, os principais fatores que influenciam na possibilidade de um enlace são:

• Distância entre a antena transmissora e antena receptora (menor = melhor)


• Distância de obstáculos em relação à antena transmissora e à antena receptora (maior = melhor)
• Potência do transmissor (maior = melhor)
• Ganho da antena (maior = melhor)
• Sensibilidade do receptor (maior = melhor)
• Ruídos e interferências de sinal na mesma freqüência (menor = melhor)

De uma maneira bastante simplificada, uma análise destes fatores indica a qualidade do enlace. Enlaces mais
críticos poderão requerer um ou mais de um dos artifícios a seguir:

• Utilização de antenas de maior ganho


• Elevação das antenas
• Aumento da potência de transmissão (se possível e permitido)

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As próprias UTR5 podem ser utilizadas para teste do enlace, antes da instalação definitiva das antenas. Pode-se
observar:

• Display auxiliar:
Mostra o nível do sinal recebido.
• O led "RX":
Acende com a presença de portadora em nível superior ao ajustado no silenciador (Squelch). Ajustes para
níveis inferiores podem permitir a captação de ruídos também.
• Os leds "SN1", "SN2" e "SN3":
Sinalizam o sucesso ou insucesso na recepção dos pacotes.

4.3.3 – Tipos de antena

Para o sistema Controlflex são utilizados basicamente dois tipos de antena: omnidirecionais ou direcionais.

Antenas omnidirecionais:

As antenas omnidirecionais são utilizadas normalmente em enlaces menos críticos onde a utilização das antenas
direcionais é impossibilitada (espaço físico, necessidade de transmissão ou recepção em direções em mais de um
quadrante, etc.).

Fig. 4.3.3-1 - Antena plano-terra omnidirecional Fig. 4.3.3-2 - Antena omnidirecional

A utilização de antena omnidirecional para transmissão é menos indicada para licenciamento da estação, uma vez
que implica em propagação do sinal em todas as direções do plano horizontal.

Antenas direcionais:

As antenas direcionais proporcionam um ganho no sinal e a característica de direcionalidade. Ou seja, atenuam os


sinais em quase todas as direções e amplificam na direção principal.

Fig. 4.3.3-3 - Antena direcional Yagi em polarização vertical

Antenas precisam operar em polaridade igual em todos os pontos de enlace.

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4.3.4 – Cabos coaxiais

A correta utilização do cabo que interliga a UTR5 à antena é de vital importância. Em qualquer sistema, é
necessária a utilização dos três elementos de forma a haver um casamento de impedâncias. Transmissor (ou
receptor), cabo e antena necessitam ter impedância de mesmo valor. O sistema Controlflex opera com impedância
de 50Ω, e portanto, a impedância característica do cabo coaxial a ser utilizado também deverá ser de 50Ω.

O comprimento do cabo é mais um fator importante para o sistema. Deve ser tão curto quanto possível, para que
não ocasione perda significativa. Esta perda é função também do tipo do cabo e da freqüência de trabalho. Deve-
se evitar que haja uma perda maior que 2dB.

A seguir, uma tabela com os comprimentos máximos recomendados para que não haja perda maior que 2dB no
cabo:

FREQ. (MHz) RG – 58 (m) RGC – 58 (m) RG – 213 (m) RGC – 213 (m)
150 10 15 23 35
900 3 5 07 12

Portanto, é importante que o posicionamento da caixa de montagem em relação à localização da antena seja
previamente avaliado, de forma a permitir o uso de cabos mais curtos.

MTV .

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Anotações:

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Anotações:

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