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Departamento de Engenharia

Eletrônica e de Telecomunicação

Laboratório de Eletrônica II

Relatório da Prática 02
Amplificadores Operacionais II
Matheus Oliveira Fialho Vieira – Engenharia Eletrônica e de Telecomunicação

Elaborada pelo prof. Paulo J. C. Cunha


Revisão-0219: prof. Paulo J. C. Cunha

02/2019
Apostila de Laboratório de Eletrônica II 2/9
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SUMÁRIO

AULA PRÁTICA Nº 01 - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS I 3

QUESTÕES 9

AULA PRÁTICA Nº 02 - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS II 3

QUESTÕES 8

AULA PRÁTICA Nº 03 - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS III - COMPARADORES 14

QUESTÕES 16

AULA PRÁTICA Nº 04 - RETIFICADORES DE PRECISÃO 17

QUESTÕES 20

AULA PRÁTICA Nº 05 - APLICAÇÕES DO CIRCUITO INTEGRADO 555 21

QUESTÕES 24

AULA PRÁTICA Nº 06 - DIAGRAMAS DE BODE I 25

QUESTÕES 27

AULA PRÁTICA Nº 07 - DIAGRAMAS DE BODE II 28

QUESTÕES 30

AULA PRÁTICA Nº 08 - RESPOSTA EM FREQUÊNCIA DE UM AMPLIFICADOR


TRANSISTORIZADO 31

QUESTÕES 33

AULA PRÁTICA Nº 09 - REALIMENTAÇÃO NEGATIVA 34

QUESTÕES 38

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Apostila de Laboratório de Eletrônica II 3/9
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Aula Prática Nº 02 - Amplificadores Operacionais II

Objetivos
• Estudar o comportamento prático dos circuitos somador, diferença, fonte de corrente
constante e integrador utilizando amplificadores operacionais.
• Utilizar corretamente os instrumentos de medição para levantamento dos dados práticos.

Equipamentos Necessários:
 Fonte de alimentação CC dupla
 Módulo Amplificador Operacional
 Osciloscópio
 Gerador de funções
 Multímetro
 Microamperímetro
 Conjunto de cabos de teste
Parte Prática
▪ Circuito Somador

1) Utilizando os componentes disponíveis no módulo Amplificador Operacional, projetar um


circuito somador-inversor (Figura 1) de tal forma que a tensão de saída seja dada por:
VO = -(Va+ 2Vb ), onde Va e Vb são os sinais de entrada.
2) Anotar os valores das resistências de entrada (R A e RB) e da resistência de realimentação (R f)
no circuito da Figura 1.

RA = 2kΩ

RB = 1kΩ

Rf = 2kΩ

3) Montar o circuito projetado e


alimentá-lo com 18V.
4) Aplicar na entrada “Vb” o sinal da
saída sync disponível no gerador.
5) Com o osciloscópio medir sua amplitude e anotar o valor.
Amplitude do sinal sync = 5V

6) Na entrada “Va” aplicar um sinal senoidal de frequência igual a 1kHz e amplitude de pico igual a
duas vezes a amplitude do sinal sync medida anteriormente.
7) Ligar três canais do osciloscópio de forma a observar as formas de onda nas entradas e na
saída do circuito, desenhar a forma de onda na saída nos eixos ao lado e explicar o que se
observa.

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Observa-se, como nos diz a teoria dos circuitos somadores-inversores, ambos os sinais, Va
e Vb, somados e invertidos. Ou seja, vemos o nível DC de 10V causado pelos pulsos de Vb
acrescidos da senóide (invertida) de Va, para o semi-ciclo positivo; e apenas a senóide (invertida)
de Va no semi-ciclo negativo.

8) Reduzir a amplitude do sinal de onda senoidal lentamente até zero, observando no osciloscópio
o que acontece ao sinal de saída. Explicar.

Como era de se esperar, ao zerar o sinal de Va, a reposta do circuito somador é relativa
apenas ao sinal Vb, que será dobrado e invertido. Ou seja:

𝑉𝑜 = −(𝑉𝑎 + 2𝑉𝑏 ) = −(0 + 2𝑉𝑏 )


𝑉𝑜 = −2𝑉𝑏

9) Teoricamente, se a amplitude do sinal sync for reduzida a zero e a amplitude do sinal senoidal
for mantida, qual será a forma de onda da saída? Desenhá-la no eixo ao lado.

Se o sinal sync, de Vb, for reduzido a zero, teremos o mesmo efeito do item anterior, i.e., a
resposta do circuito somador será relativa apenas ao sinal Va. Então, temos:

𝑉𝑜 = −(𝑉𝑎 + 2𝑉𝑏 )

𝑉𝑜 = −(𝑉𝑎 + 2 × 0)

𝑉𝑜 = −𝑉𝑎

O circuito passará a ser um circuito


inversor!

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10) Aumentar a amplitude do sinal senoidal lentamente (até cerca de 20V de pico a pico). Observar
o que ocorre ao sinal de saída. Procurar explicar as alterações observadas.

O sinal de saída do amplificador operacional excedeu o valor de tensão de saturação


− = −16𝑉, que é ligeiramente menor que Vee = –18V.
negativa 𝑉𝑠𝑎𝑡

11) Reduzir a amplitude do sinal senoidal de entrada para 10V de pico a pico.
12) Reduzir lentamente o valor da tensão de alimentação negativa do amplificador operacional.
13) Explicar o que acontece ao sinal de saída.

Quando reduzimos o valor de alimentação negativa do amplificador operacional, estamos


também reduzindo o valor necessário para saturá-lo negativamente. Dessa forma, o sinal de saída
Vo satura precocemente, se comparada ao Vee original de 18V.

14) Desconectar os componentes do circuito somador

▪ Circuito Diferença

15) Utilizando os componentes disponíveis no módulo Amplificador Operacional, projetar um circuito


diferença de duas entradas (Va e Vb) de tal forma que o sinal de saída seja dado por:
VO = Vb – Va, onde Va e Vb são os sinais de entrada.
16) Anotar os valores dos resistores
(RA, RB, RC e Rf) e determinar a
fórmula do ganho.

RA = 1kΩ
RB = 1kΩ
RC = 1kΩ
Rf = 1kΩ
A=1

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17) Montar o circuito projetado e alimentá-lo com 15V.
18) Aplicar na entrada "A" um sinal senoidal com a mesma amplitude do sinal sync aplicado ao
circuito somador e frequência de 1kHz.
19) Aplicar na entrada “B” o sinal sync (TTL) do gerador de funções.
20) Ligar três canais do osciloscópio de forma a observar as formas de onda nas entradas e na
saída do circuito, observar a forma de onda encontrada na saída e compará-la com a obtida no
circuito somador.
21) Desenhar a forma de onda da saída no eixo ao lado.

No circuito subtrator, a senóide de Va é subtraída dos pulsos de Vb. Ao contrário do que


acontece no circuito somador, aqui as ondas não se sobrepõem, mas sim se subtraem!

▪ Circuito Regulador de Corrente

22) Montar o circuito indicado na Figura 3 e


alimentá-lo com 15V.
23) Ajustar o potenciômetro P para zero
ohm. Utilizar o ohmímetro se
necessário.
24) Aplicar em VS um sinal contínuo.
Ajustar o valor da tensão para que
tenhamos no microamperímetro cerca
de 70A.
25) Ligar o voltímetro em VO.
26) Variar o potenciômetro e observar o
que acontece à corrente no
microamperímetro e à tensão em VO.
Explicar o que aconteceu.

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À medida que se varia o potenciômetro, a tensão em Vo também varia em proporção. O fator
de proporção é justamente a corrente, já que, se R varia e o V também, o I se mantém no mesmo
valor! Com isso, qualquer que seja a saída de tensão do amplificador operacional, a corrente terá
sempre o mesmo valor – no nosso caso, 70uA.

27) Com o potenciômetro em zero ohm, aumentar o valor da tensão V S para que a corrente seja
aproximadamente 180A.
28) Variar novamente o potenciômetro e observar o que acontece ao sinal de saída V O e à corrente
medida no microamperímetro. Explicar as diferenças em relação ao item anterior.

Nesse caso, a saída do amplificador operacional satura. Com isso, o curto-circuito virtual
deixa de valer e a saída Vo permanece constante em +Vsat ou –Vsat. A corrente, então, volta a
variar!

▪ Circuito Integrador

29) Montar o circuito integrador mostrado na Figura 4.


30) Alimentar o circuito com 15V.
31) Aplicar na entrada do circuito um sinal de onda
quadrada, de amplitude 2,0V de pico a pico e
frequência de 1kHz.
32) Conectar o osciloscópio para observar o sinal
em VS e em VO.
33) Desenhar as formas de onda obtidas nos eixos
ao lado. Elas estão de acordo com o esperado?

Após adicionar uma fonte de tensão


contínua de 0,5V em série com Vs, devido às
limitações do simulador utilizado, as formas de
onda condisseram com o esperado:
- Retas crescentes para os nível alto da
onda quadrada e retas decrescentes
para o nível baixo;
- Mas o sinal de saída também é
invertido;
- E nas transições entre alto e baixo
da onda quadrada, observamos spikes
nas pontas do nosso sinal Vo.

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34) Substituir Rf = 10k por um resistor de 100k.
Observar e desenhar a forma de onda de saída e compará-
la com a anterior.

A diferença entre o sinal de Vo com o resistor de 100k para Vo com o resistor de 10k é a
amplitude do sinal, que logicamente é menor com Rf = 100kΩ.

35) Retirar agora o resistor de realimentação R f. Manter o


capacitor. Observar o sinal de saída e tentar explicar
alguma variação encontrada.

Na prática, retirar o Rf tornaria o ganho do circuito infinito, o que forçaria a saída à saturação
e desfaria o circuito integrador por completo!

36) Desligar e guardar todos os módulos, cabos e instrumentos.

Questões

1) Projetar um circuito somador não inversor com duas entradas que apresente em sua saída V o=
2(Va+Vb). Simular o circuito projetado utilizando um 741 alimentado com 15V e aplicando em
suas entradas um sinal contínuo de +2V e de +1V. Apresentar os resultados da simulação
comentados.

𝑅𝐹 𝑉𝑎 + 𝑉𝑏 3𝑘 2+1
𝑉𝑜 = ( + 1) × = ( + 1) × = 6𝑉
𝑅1 2 1𝑘 2

A simulação com valores contínuos reforça nosso cálculo!

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2) Aplicar agora um sinal quadrado com 1V de pico a pico em Va e um sinal senoidal com 1V de
pico a pico em Vb ambos com frequência de 1kHz. Apresentar os resultados da simulação
comentados.

3) Se aplicarmos um sinal senoidal (2V de pico a pico e 1kHz) na entrada do circuito integrador,
qual será a forma de onda da saída? Simular esta situação mostrando as formas de onda de
entrada e saída. Apresentar os resultados da simulação comentados.

Como resultado desse circuito, encontramos a integral da senóide na saída, uma


cossenóide. E também sabemos que uma cossenóide nada mais é do que uma senóide
defasada de 90º!

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